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a) princípio da anterioridade.
b) princípio do ne bis in idem.
c) princípio da taxatividade.
d) princípio da legalidade.
e) princípio da razoabilidade.
a) exclusão da tipicidade.
b) exclusão da ilicitude.
c) exclusão da culpabilidade.
d) extinção da punibilidade.
e) extinção da pena.
03. Caio, detentor de notório saber jurídico e reputação ilibada, aprovado em 1º lugar no
concurso público para procurador do Estado de Santa Catarina, foi designado para exercer as
suas atribuições no Município de Florianópolis, em um novo prédio arrendado pelo Estado,
com controle de acesso e um esquema de segurança formidável. Um determinado dia,
verificando que a repartição estava vazia, Caio ingressou no gabinete de Tício, também
procurador do Estado, e colocou três maços de folha A4 que lá se encontravam em sua
mochila, para utilizá-los, em sua residência, para fins pessoais. O Ministério Público tomou
ciência dos fatos, em razão de monitoramento eletrônico no local.
05. Rafael, primário, foi preso em flagrante delito após tentar subtrair poucos bens de uma
rede de Supermercados. Avaliados, os bens totalizaram R$ 38,00 (trinta e oito reais) e foram
integralmente restituídos à vítima. Nesse caso, o Defensor Público fundamentará seu pedido
de absolvição por insignificância com base no princípio da
a) aceitação social.
b) intervenção mínima.
c) reserva legal.
d) isonomia.
e) ampla defesa.
a) Só se deve recorrer ao Direito Penal se outros ramos do direito não forem suficientes; o
Direito Penal deve ser concebido como a última opção, para ser usado somente quando
estritamente necessário
b) O Direito Penal deve tutelar os bens jurídicos mais relevantes para a vida em sociedade,
sem levar em consideração valores exclusivamente morais ou ideológicos
c) Não há crime se não há lesão ou perigo real de lesão a bem jurídico tutelado pelo Direito
Penal
d) Condutas historicamente aceitas e consideradas adequadas pela sociedade em tese não
merecem intervenção penal punitiva, não sendo abrangidas pelos tipos penais
e) Decorrente do princípio da dignidade da pessoa humana, impõe impedir que a pena
venha a ser empregada como instrumento de violência, com tratamento desumano ou
cruel.
07. Mário, com inveja de Helena, sua colega de trabalho, resolveu sequestrá-la com a
finalidade de impedi-la de participar de um processo seletivo profissional. Para tanto, Mário
privou Helena de sua liberdade por uma semana, período em que foram realizados os testes
do processo seletivo, fazendo com que Helena perdesse a oportunidade.
Ocorre que, no meio da semana em que Helena restou privada de sua liberdade, entrou em
vigor nova lei recrudescendo a sanção penal para o delito de crime de sequestro e cárcere
privado.
Nessa situação hipotética, podemos afirmar que
a) a nova lei não poderá ser aplicada, por ser lei penal nova mais gravosa.
b) a nova lei não poderá ser aplicada, porque o crime iniciou-se sob a égide de lei mais
benéfica e, em se tratando de crime continuado, a lei menos gravosa deve ser aplicada.
c) a nova lei não poderá ser aplicada, porque o crime iniciou-se sob a égide de lei mais
benéfica e, em se tratando de crime permanente, a lei menos gravosa deve ser aplicada.
d) a lei nova mais gravosa deverá ser aplicada, uma vez que o crime de sequestro é crime
permanente.
e) a lei nova mais gravosa deverá ser aplicada, uma vez que o crime de sequestro é crime
continuado.
10. Rebeca trabalha há muitos anos como instrumentadora cirúrgica e tem bastante
experiência na sua atuação. Sabe que, via de regra, os centros cirúrgicos exigem tipos especiais
de calçados para acesso. Tendo em vista sua larga experiência com a atividade de
instrumentação, Rebeca passa a utilizar sapatos de salto alto, por ser muito vaidosa, e por ter
certeza de que este fato não irá comprometer sua atividade.
Rebeca, certo dia, escorrega durante a atividade de instrumentação e derruba a mesa auxiliar
de instrumentação, caindo alguns objetos na área cirúrgica. O acidente ocasionou danos
graves no paciente, com sequela cicatricial não esperada ao tipo de procedimento a que se
submetia.
Neste caso, é possível dizer que a conduta de Rebeca, que implicou no resultado lesivo ao
paciente, foi praticada com
a) dolo eventual.
b) culpa inconsciente, na modalidade imperícia.
c) culpa inconsciente, na modalidade imprudência.
d) culpa consciente, na modalidade imprudência.
e) culpa consciente, na modalidade imperícia.
11. Maria Marta, endividada e reincidente no crime de furto, cometeu outro furto em uma
loja de joias situada no centro comercial de Rio Verde, local onde fazia faxina por
contratação temporária. Dias depois, a loja detectou o sumiço da referida joia e alertou a
polícia local para que iniciasse a investigação. Temendo ser denunciada por crime de furto
qualificado e a fim de reduzir os danos de sua conduta, Maria Marta poderá
a) enfrentar processo penal, para comprovar sua inocência diante da escusa absolutória,
pois era faxineira do estabelecimento.
b) alegar crime impossível, pois praticou o furto enquanto estava sob território monitorado
pelas vendedoras.
c) alegar crime culposo, uma vez que praticou o furto por imprudência.
d) defender seu ato como excludente de ilicitude, pois praticou o furto em estado de
necessidade.
e) usar do arrependimento posterior, devolvendo o objeto furtado antes do recebimento
da denúncia, para que obtenha direito à redução da pena de um a dois terços.
12. Os crimes em que o tipo penal descreve a conduta e o resultado naturalístico (necessária
modificação do mundo exterior), sendo indispensável a sua ocorrência para haver
consumação, são denominados
a) de mera conduta.
b) formais.
c) materiais.
d) permanentes.
e) de perigo.
13. Em 03 de abril de 2022, Victor foi a um festival de música na cidade onde mora. Durante a
madrugada, Victor percebeu que uma moradora de sua rua, Juliana, estava dançando
distraída; Victor aproveitou o momento e subtraiu, sem violência ou grave ameaça,
o smartphone de Juliana. Juliana somente percebeu que estava sem o aparelho celular quando
chegou em casa e, no dia seguinte, realizou o registro de ocorrência. Em 05 de abril de 2022,
Victor arrependeu-se, foi até a casa de Juliana, pediu desculpas e devolveu, intacto, o aparelho
celular. Apesar disso, em 15 de abril de 2022, o Ministério Público denunciou Victor com
incurso nas penas do Art. 155, caput, do CP.
Na hipótese, é correto afirmar que
a) houve arrependimento eficaz, previsto no Art. 15, segunda parte, do CP, tendo em vista
que Victor impediu a produção do resultado.
b) houve desistência voluntária, prevista no Art. 15, primeira parte, do CP, visto que Victor
desistiu voluntariamente de seguir com a execução.
c) não houve crime, porque Victor se arrependeu e devolveu o bem intacto.
d) houve arrependimento posterior, previsto no Art. 16, do CP.
e) houve crime impossível, previsto no Art. 17, do CP.
a) Não se adotou no Brasil a teoria conditio sine qua non (condição sem a qual não).
b) A cadeia causal tornar-se aparentemente infinita se não sofrer qualquer limitação, de
modo que não se adota no Brasil a teoria da equivalência dos antecedentes causais.
c) A teoria da equivalência dos antecedentes causais é limitada pela proibição do regresso,
de modo que não é possível retroceder além dos limites de uma vontade livre e
consciente, dirigida à produção do resultado.
d) O supramencionado artigo faz distinção entre condição, causa e concausa.
16. Nos exatos termos o art. 13, “caput” do CP, o resultado, de que depende a existência do
crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa
17. Jack, um nadador iniciante, é levado por seu técnico até a praia, para adquirir maior
resistência nadando contra a correnteza. Afogando-se, grita por socorro, mas o técnico não
atenta para o pedido, visto que conversava com turistas sobre a gastronomia da região. Russel,
um robusto e experiente nadador que caminhava na praia, ao perceber os gritos, adentra no
mar agitado, mas acaba falecendo em razão da intensidade da correnteza. Ao técnico:
18. Roberto, com intenção de matar Marcelo, acelerou seu veículo automotor em direção à
vítima, que, em conseqüência, sofreu traumatismo craniencefálico. Internado em hospital
particular, Marcelo, no decurso do tratamento, veio a falecer em virtude de uma
broncopneumonia que contraiu nesse período.
Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção que apresenta, respectivamente, a
natureza da causa superveniente da morte de Marcelo e o tipo de homicídio doloso pelo qual
Roberto deverá responder.
19. A é esfaqueada por B, sofrendo lesões corporais leves. Socorrida e medicada, A é orientada
quanto aos cuidados a tomar, mas não obedece à prescrição médica e em virtude dessa falta
de cuidado, o ferimento infecciona, gangrena, e ela morre. Assinale a alternativa CORRETA.
a) B responde pelo resultado morte, visto se tratar de causa superveniente absolutamente
independente.
b) B responde pelo ato de lesão praticado, visto se tratar de causa concomitante
relativamente independente.
c) B responde pelo resultado morte, visto se tratar de causa concomitante absolutamente
independente.
d) B responde pelo resultado morte, visto se tratar de causa preexistente relativamente
independente.
e) B responde pelo ato de lesão anteriormente praticado, visto se tratar de causa
superveniente relativamente independente, que por si só produziu o resultado.
21. Jeferson decide praticar um crime de roubo, sozinho, em uma farmácia. Para tanto, vai até
o local, rende os funcionários e, de repente, antes mesmo de se apossar de algum bem, após o
alarme tocar, é surpreendido pela Polícia, momento em que sai correndo para tentar fugir,
mas é alcançado e preso em flagrante. De acordo com essas informações, a defesa de Jeferson
deverá pleitear o reconhecimento de
a) desistência voluntária.
b) arrependimento eficaz.
c) tentativa.
d) arrependimento posterior.
e) crime impossível.
a) tentativa imperfeita.
b) tentativa perfeita.
c) tentativa vermelha.
d) tentativa cruenta.
e) crime impossível.
24. Tendo em conta as disposições penais relativas à aplicação da lei penal e ao crime
constante de Código Penal, assinale a alternativa correta.
27. João e José desejam a morte de Joaquim e ambos, em ocasiões distintas, mas próximas no
tempo, sem qualquer conhecimento da intenção do outro, ajuste ou mesmo combinação
prévia, atiram contra a vítima. Joaquim morre em decorrência de um dos tiros; o outro,
conforme exame pericial feito, atingiu a vítima somente de raspão. Todavia, mesmo com a
perícia, não restou verificada a autoria do tiro que atingiu mortalmente Joaquim.
Nessa hipótese, é correto afirmar que João e José respondem por delito de
28. Rafael conta a Sandra que tem intenção de matar Raimundo e pede opinião da amiga.
Sandra, que secretamente desejava a morte dessa mesma pessoa, incentiva que Rafael
pratique delito de homicídio contra Raimundo. Influenciado pelas palavras de Sandra, Rafael
chama Raimundo para sair com o objetivo de matá-lo. Todavia, poucas horas antes, Rafael
desiste e manda mensagem para Raimundo desmarcando o encontro. Nessa hipótese, assinale
a alternativa correta.
30. No Direito Penal, conduta praticada para salvar de perigo atual, não provocado por sua
vontade e que não podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se, caracteriza:
31. Considerando as excludentes do crime no Direito Penal Brasileiro, é correto afirmar que
32. Francisco estava em uma festa, e foi agredido injustamente por outro convidado, o qual
praticava artes marciais. Imediatamente, a fim de repelir as agressões, Francisco arremessou
uma cadeira na cabeça de seu agressor, que desmaiou.
Na situação hipotética apresentada, a conduta de Francisco
a) A legítima defesa sucessiva é a que se origina após a agressão inicial e excede a causa.
b) Os ofendículos são artefatos utilizados para defesa do bem jurídico e configuram estado
de necessidade.
c) O Código Penal não admite a legítima defesa real recíproca.
d) Na legítima defesa, o excesso será punido apenas na modalidade dolosa.
e) Na legítima defesa putativa, o agente responderá pelo crime doloso na modalidade
tentada.
34. Maria e Júlia são integrantes do Circo “Seja Feliz” e trabalham juntas na apresentação de
arremesso de facas. Um dia, durante o treinamento que sempre faziam juntas, iniciou-se uma
discussão entre elas por ciúmes do dono do circo, Astolfo, que, na verdade, sempre preferiu
Maria em seu espetáculo.
Durante a discussão, Maria percebeu que Júlia, completamente descontrolada, colocou a mão
no bolso. Maria pensou que Júlia iria arremessar uma faca em sua direção. Ato contínuo,
pensando estar em defesa de sua vida, Maria arremessou e atingiu Júlia com uma faca,
causando-lhe lesões. Após, constatou-se que Júlia tinha apenas um lenço em seu bolso e iria
utilizá-lo para enxugar suas lágrimas.
Nessa hipótese, é correto afirmar que Maria agiu em
a) legítima defesa.
b) legítima defesa putativa.
c) estado de necessidade.
d) estado de necessidade putativo.
e) exercício regular de direito putativo.
35. Juliano e Bruno são amigos desde a infância e resolveram fazer um passeio de barco
organizado pela empresa “Escuna Viver Bem” em uma região de praia do litoral brasileiro.
Durante o passeio, o clima mudou e começou a chover intensamente. A embarcação não
suportou o mar agitado e virou. Na água, Juliano e Bruno disputaram o único colete que
sobrou, momento em que Juliano afogou Bruno e pegou o colete para salvar sua vida.
Nesse caso, podemos afirmar que Juliano agiu em
a) legítima defesa.
b) legítima defesa putativa.
c) estado de necessidade.
d) estado de necessidade putativo.
e) exercício regular de direito putativo.
36. Pedro e sua filha de cinco anos estavam caminhando pela rua quando foram surpreendidos
com a chegada de um cachorro de grande porte, sem coleira, indo na direção deles. Ao
perceber que o cão começaria o ataque contra sua filha, Pedro atirou uma pedra na cabeça do
animal, que veio a falecer.
Considerando essa situação hipotética, Pedro agiu em
37. O estado de necessidade caracteriza-se por ser um conflito entre interesses legítimos, no
qual um destes é salvo à custa do outro, em face da impossibilidade fática de que ambos
subsistam. São requisitos legais do estado de necessidade:
a) risco atual não provocado, evitabilidade do sacrifício ao bem jurídico, direito próprio ou
alheio e inexigibilidade do sacrifício;
b) perigo atual não provocado, evitabilidade do sacrifício ao bem jurídico, direito próprio ou
alheio e inexigibilidade do sacrifício;
c) perigo atual não provocado, evitabilidade do sacrifício ao bem jurídico, direito próprio ou
alheio e exigibilidade do sacrifício;
d) risco atual não provocado, inevitabilidade do sacrifício ao bem jurídico, direito próprio ou
alheio e exigibilidade do sacrifício;
e) perigo atual não provocado, inevitabilidade do sacrifício ao bem jurídico, direito próprio
ou alheio e inexigibilidade do sacrifício.
38. O Código Penal (CP) trouxe, em seu conjunto de leis, a previsão das excludentes de
ilicitude, a saber: o estado de necessidade, a legítima defesa e o estrito cumprimento de dever
legal, além do exercício regular do direito. Em relação ao estrito cumprimento do dever legal,
seguem-se seis afirmações:
III - A prática da conduta deve ser promovida nos exatos termos da lei;
Marque a alternativa que contenha somente as afirmações corretas acerca dos elementos
caracterizadores do estrito cumprimento do dever legal.
a) V e VI.
b) II e III.
c) I e III.
d) I e VI.
e) I e IV.