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MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

??????Propondo questões
Mais uma vez os homens desafiados pela dramaticidade da hora
atual propõem a si mesmos como problema. Descobrem que pouco sabem de
si, de seu ‘posto no cosmos’, e inquietam-se por saberem mais. Estará,
alias, no reconhecimento do seu pouco saber de si uma das razões dessa
necessidade interior de procura? FREIRE

EIXO TEMÁTICO 1
artes e humanidades
bairro-escola
carta da terra
educação ambiental
educação cidadã
educação formal e informal
participação
qualidade de vida

EIXO TEMÁTICO 2
educação
diversidade cultural
ecomuseus
economia da cultura
espaços públicos
gestão cultural
Inclusão social
museus comunitários

EIXO TEMÁTICO 3
agricultura urbana
bacia hidrográfica
biodiversidade
economia de recursos
energia renovável
espaços verdes
qualidade do ar
recursos Naturais

EIXO TEMÁTICO 4
ilhas de calor
cooperação internacional
eficiência energética
energia renovável
justiça ambiental
alterações climáticas
proteção do clima
responsabilidades globais
a sustentabilidade e a educação

A Carta da Terra propõe um estilo de vida


sustentável e saudável. E assim será, se conseguirmos reunir na
nossa educação formal e no que aprendemos ao longo da vida, os
diversos valores e habilidades para tanto. Se nossas escolas
disponibilizarem oportunidades educativas, principalmente às
crianças e aos jovens, que lhes permitam desempenhar o
papel de protagonista no desenvolvimento sustentável local e
regional estaremos, brevemente, trilhando o caminho certo.
Precisamos ainda assegurar o papel dos meios de
comunicação de massa no reforço à conscientização sobre os
desafios ecológicos e sociais a enfrentar e reconhecer a importância
da educação ética, baseada em valores, para uma condição de vida
sustentável.

Sustentabilidade envolve o uso inteligente das novas


tecnologias, o estudo dos potenciais locais, a geração de
formas mais democráticas de decisão sobre o uso dos
recursos e a busca de soluções diferenciadas segundo as
diferentes regiões ou bairros. A educação deve servir menos
para permitir à pessoa escapar de sua realidade e mais para
ajudar a transformá-la. Neste sentido, as pessoas devem se
apropriar do conhecimento do local onde vivem, das suas
dificuldades e de seus potenciais. Cada universidade pode
gerar um centro de documentação sobre a sua região, e
organizar uma rede de consulta científica para assegurar o
conhecimento sobre todo o território, e ser uma articuladora
do conhecimento necessário aos diversos agentes
econômicos e sociais. Há numerosas experiências no Brasil,
como Pintadas (BA), onde se ensinam os problemas e
potenciais do semi-árido, porque é a realidade local, ou o
movimento Minha Escola/ Meu Lugar, em Santa Catarina, ou
ainda os Arranjos Educativos Locais, no Paraná. Se
quisermos ter desenvolvimento sustentável, devemos ter
pessoas com a formação correspondente. A educação passa
assim a ser vista para além da sala de aula, evoluindo para a
gestão integrada do conhecimento no território.
Em meio à poluição em que vivemos, várias notícias deixam o mundo inteiro
perplexo, uma delas foi a não-adesão do Sr. Bush, dos Estados Unidos, ao
protocolo de Kyoto. Outras questões ambientais — como mostra esta charge de
Zope — são um problema de todos e devem ter também uma solução de todos.

Num grupo, cada vez que os mais velhos se organizam para passar às novas
gerações as experiências e as informações que permitiram a sobrevivência da
comunidade, inicia-se a gestação do espaço que virá a ser escola. Tanto faz que isso
ocorra em cavernas (ou abrigos de caçadores) ou à beira de rios e lagos enquanto se
amarram juncos, cabaças ou troncos – primeiras formas para garantir a flutuação. Ou,
ao selecionar raízes, folhas e frutas alimentares, essa intencionalidade de passagem
entre as gerações garante a “educação do fazer”.
Quando as informações se acumularam muito, o homem precisou criar registros
para lembrar-se delas e teve de “ensinar” o domínio dos utensílios e das técnicas para
fazê-lo. MEC –EDUCAÇÃO DO OLHAR

a sustentabilidade e a cultura
Tornou-se necessário desenvolver políticas
culturais que respeitem e valorizem a diversidade e o pluralismo
cultural e a defesa do patrimônio natural, ao mesmo tempo em que
promovam a transmissão das heranças naturais, culturais e
artísticas, assim como incentivem uma visão mais aberta
de cultura, em que valores solidários e transculturais estejam
baseados e antenados compráticas participativas e sustentáveis.
Também necessários, são a formulação de parâmetros culturais; o
desenvolvimento de conceitos e práticas que religuem o homem à
natureza buscando o humanismo e os preceitos da sustentabilidade;
garantir acesso aos espaços culturais existentes; buscar parcerias e
incentivos para a construção de novos equipamentos; estabelecer
acesso gratuito ou a preços simbólicos nos equipamentos e espaços
culturais públicos.
A sociedade industrial, além do profundo impacto que causou ao
meio ambiente, promoveu amplamente uma cultura urbana que
parece ter apartado o ser humano da natureza, desnaturando-o a tal
ponto que chegou a causar a impressão de que poderia dela
prescindir. Hoje, sem duvida alguma, já sofremos as consequências
de tal equivoco e ilusão. A cultura do século XXI tem o enorme
desafio de re-significar o humanismo e romper com a ortodoxia
antropocêntrica, reintegrando o homem a natureza, no sentido de
que ela nao esta ai apenas para servir aos homens, ser dominada,
explorada e modificada a exaustão. A natureza tem seus próprios
códigos, equilíbrios precários e limites. E o homem e absolutamente
dependente dela. Por isso, há que se erigir uma nova cultura, não
mais como definição antagônica a própria natureza, mas como
promotora da sobrevivência de todas as espécies, inclusive da
nossa. A Agenda 21 da cultura é o primeiro documento, com
vocação mundial, que estabelece as bases de um compromisso das
cidades e dos governos locais para o desenvolvimento cultural. Ela
foi aprovada por cidades e governos locais de todo o mundo,
comprometidos com os direitos humanos, a diversidade cultural, a
sustentabilidade, a democracia participativa e a criação de
condições para a paz.

Avatar
aborda a questão da
sustentabilidade e da
proteçãoao meio
ambiente numa das
raras vezes que um
grande investimento
comercial em diversão e
entretenimento usa com
propriedade e sucesso as
questões mais cruciais
da sobvrevivência do
planeta e do descaso
ambiental

Recentemente, este filme que trata de questões ambientais e do abuso de poder


de um governo como causa maior desta situação, chegou à condição de maior
bilheteria de todos os tempos e em todo o mundo. A ficção sobre um ataque ao
primitivo povo Na’vi, que vive em harmonia com a natureza em Pandora, um
planeta repleto de valioso minério que gera a cobiça dos humanos, parece ser
mesmo real. A questão econômica sempre se sobrepõe ao cuidado com o meio
ambiente. Talvez o alerta sobre a responsabilidade com a saúde do planeta Terra
possa sensibilizar o imenso público deste filme que, fazendo um parâmetro entre
ficção e realidade, chegará à conclusão de que a responsabilidade com a
preservação é de todos.
"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens,
livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para
um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar
do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto.
Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância
que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser;
que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e
simplesmente ir ver”. AMYR KLINK

o consumo responsável
Melhorar a eficiência energética é evitar os
desperdícios de energia, adotar e proporcionar o uso prudente e
eficiente dos recursos, o consumo e produção sustentáveis, evitando
e reduzindo os resíduos, e aumentando a reutilização e a
reciclagem. É adotar uma política sustentável de aquisição de bens
e serviços visando promover a inclusão social dos trabalhadores
autônomos (catadores, entre outros), fomentando e estimulando a
organização e a estruturação do trabalho desses agentes
ambientais.

O consumo responsável envolve formas mais inteligentes de uso


dos recursos. O mundo tem 7 bilhões de habitantes, 75 milhões a
mais a cada ano. Em 2050, seremos 9 bilhões. E os recursos no
planeta estão sendo consumidos em ritmo cada vez mais acelerado.
O petróleo, por exemplo, se formou durante centenas de milhões de
anos, e no ritmo atual teremos acabado com ele em duzentos anos.
Devemos pensar o consumo de forma a assegurar uma distribuição
razoável entre toda a população, sem comprometer o nosso futuro.
Isso se vincula diretamente ao conceito de estilo de vida, já que o
consumismo e a ostentação nos levam a uma economia do
desperdício. Não se trata de se privar e de realizar grandes
sacrifícios, mas sim de consumir de maneira moderada e inteligente.
Neste contexto, os meios de comunicação têm um papel
fundamental a desempenhar.
Foi preciso um bilhão de anos para que, na crosta esfriada da terra,
a vida evoluísse até a categoria de vermes; um milhão de anos até que
desses vermes, passando pelos estados de peixe e réptil, se formassem
os mamíferos; um milhão de anos, provavelmente, para que o homem
primitivo se distinguisse dos animais pelas sua inteligência e atividades
sociais. Quanto será que ainda falta para ficarmos prontos?

bens naturais
É nossa responsabilidade proteger, preservar e
assegurar o acesso equilibrado aos bens comuns naturais,
reduzindo o consumo de energia não-renovável e aumentando o de
energias renováveis; melhorando a qualidade da água; promover e
aumentar a biodiversidade; melhorar a qualidade do solo,
promovendo a agricultura e o reflorestamento sustentáveis.

Por bens naturais comuns compreende-se elementos do meio físico


que o homem precisa para viver, como água, solo e gases
atmosféricos, e também integrantes da fauna e flora, enfim, da
biodiversidade. Entendemos que deve haver harmonia na relação
entre as atividades do homem e o consumo dos recursos naturais.
Dado o caráter finito de alguns recursos, é imprescindível que não
haja desperdício e perdas. Necessitamos induzir práticas educativas
de reaproveitamento e reciclagem dos insumos, componentes de
produtos e de seus resíduos que se formam no processo de
produção e de consumo. Essas ações podem fazer com que as
cidades caminhem para uma economia com desenvolvimento
sustentável. Para a preservação e uso adequado dos recursos
hídricos e da biodiversidade, contribuem muito as políticas públicas
que promovem equilíbrio entre intervenções urbanas e preservação
ambiental. As políticas na área de energia devem ter diretrizes de
redução de uso das fontes de origem fóssil, que são recursos
naturais de oferta finita, privilegiando o desenvolvimento de fontes
renováveis como eólica e solar. No tocante aos renováveis de
origem de biomassa, combustíveis como etanol e biodiesel, as
atividades agrícolas e agroindustriais devem ser conduzidas de tal
forma que não ocorra exploração predatória do solo ou dos recursos
hídricos, promovendo modos sustentáveis de produção.
No final do Século passado, esta
foi a charge mais difundida pelos
opositores à invasão do Iraque,
pelo Sr Bush que, sem motivo
convincente ou aval da ONU,
levou destruição e morte a
milhares de civis. Assim, o Século
XXI começou com grande parte da
humanidade lutando pela paz
(ambientalistas; artistas; atletas
intelectuais; religiosos; escritores;
cientistas e políticos). Pouco
provável que aconteça, a terceira
guerra mundial que, devido ao
poder de destruição dos
armamentos modernos, traria uma
grande devastação para agressor
e vítima; para os aliados de ambos os lados e, inclusive para os neutros, foi
substituída por uma série de pequenos conflitos espalhados por todos os cantos
do mundo (conflitos econômicos, raciais, religiosos, sociais, culturais e
ambientais).
• Mas, precisamos de uma guerra mundial para destruir o planeta?

Podemos notar, de imediato, que existe


um fio condutor ligando estas belas
imagens. Por volta do ano 1511, surgia no
teto da Capela Sistina, no Vaticano, o
afresco “A criação de Adão”, obra de
Michelangelo, famoso e importante artista
italiano. Muito tempo depois, em 1982, era
lançado nos EUA, o filme infantil de maior
sucesso no país, “ET the Estra-
Terrestrial/ET o Estraterrestre” do grande
e conceituado cineasta estadunidense
Steven Spielberg e, no ano passado, no
Reino Unido, foi lançado, com grande
sucesso, o filme “Creation/A Criação”,
obra de Jon Amiel, cineasta inglês, sobre
a vida de Charles Darwin. É óbvio que os
cartazes promossionais dos dois filmes,
fazem uma alusão à obra do grande pintor
renacentista, mas será que em todas as
ilustrações, a intenção dos autores é
representar, de acordo com sua obra, o
elo que liga criaturas diferentes
partilhando os mesmos conhecimentos,
convivência e cooperação, em um
mesmo ambiente, ou não?
Os heróis do novo século surgem, repentinamente, do nada.
“O palhaço” Tiririca, deputado mais votado do país; “o cantor” Luan
Santana, recorde de público em shows; “o monstro” Wellington
Menezes, assassino da escola pública de Realengo e até “a
princesinha inglesa”, personagem de um conto de fadas que já não
existe mais, passaram a ocupar todos os espaços da mídia e da
nossa vida. Isso é possível pelo poder e força das novas
tecnologias. Poderíamos conseguir a atenção ou qualquer tipo
de adepto para uma causa nobre na mídia?

A pobreza não para de crescer e o número de pessoas que vivem com


menos de 1 dólar por dia, duplicou. Segundo a Organização das Nações
Unidas, a tendência é que isso piore até 2015, quando o mundo poderá
passar a ter 420 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza.
Calcula-se que 815 milhões de pessoas sejam vítimas de subnutrição, a
maior parte das quais, crianças. Relatório da organização mostra que
morrem de fome, anualmente, 5 milhões de crianças no mundo, o que dá
uma média de um óbito a cada 5 segundos. Ou seja, desde que você
começou a ler este parágrafo já morreram duas crianças de fome, pelo
menos”. Você tem fome de quê?
CAPA DA ÚLTIMA EDIÇÃO DA REVISTA
. “TARZAN – O REI DOS MACACOS”

Não permita Deus que eu morra,


Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."

GONÇALVES DIAS
Fonte

• Ministério da Ciência e Tecnologia


http://www.mct.gov.br/

• Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE


http://www.inpe.br/index.php

• Organização das Nações Unidas (ONU)


http://www.un.org/

• United Nations Framework Convention on Climate Change


http://unfccc.int/2860.php

• Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente


http://www.unep.org/

• Global Climate Network


http://www.globalclimatenetwork.info/ourmembers/

• Campanha Global de Ação contra a Pobreza (GCAP)


http://www.whiteband.org/

• Observatório de La sostentabilidad Rede Latinoamérica


http://www.suswatchla.org/

• Rede Nacional de Organizações da Sociedade Civil para as


Energias Renováveis (RENOVE)
http://www.renove.org.br/oldsite/index.php

• Rede Brasileira de Justiça Ambiental


http://www.justicaambiental.org.br/_justicaambiental/

• Rede Brasileira de Agendas 21 Locais


http://rebal21.ning.com/

• The International Institute for Sustainable Development


http://www.iisd.ca/

• United Nations Conference on Desertification (UNCOD)


http://www.unccd.int/

• WWF – Brasil
http://www.wwf.org.br/

• Greenpeace Brasil
http://www.greenpeace.org/brasil/

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