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MINISTÉRIO DA EDUCACAO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZONIA


PROJETO FORMA PARÁ: EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM NÍVEL
SUPERIOR NO ESTADO DO PARÁ
PROJETO CONVENIO 022/2022/SECTET/UFRA/FADESP

Fichamento
Cleuma Lucelina Costa de Lima 1
Isaías Neres Pinto 2
Marines Pena de Oliveira 3
Raissa Maria Carvalho Alves 4
Wener Maria Santos Flor de Lima 5
____________________________________

Referência
MOURA CARVALHO, Isabel Cristina de. Educação ambiental: a formação do sujeito
ecológico. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2012.

Informação Geral (foco amplo do conteúdo geral)


O texto nos permite entender o ecologismo que origina a Educação Ambiental, sendo esta de
fundamental importância para nos emancipar como seres ecológicos, quebrando a dicotomia
entre a natureza “intocável” e mundos dos humanos, através de uma visão socioambiental,
que nos permite compreender a existência de uma sociobiodiversidade.
Resumo/Conteúdo (Aspectos principais/pontos essenciais)
O texto mostra como existe a ideia de dois mundos dicotômicos: o mundo natural, da vida
biológica e seus elementos físicos e dos seres humanos. E que nós devemos olhar com novas
lentes e quebrar esse paradigma imposto à sociedade e perceber que existem apenas um
espaço socioambiental, em que a cultura humana permeia a natureza, produzindo deste modo
sociobiodiversidade e nos tornando sujeitos ecológicos. Isso ocorre porque a sociedade toma
para si o movimento da ecologia e entende que é preciso obter um desenvolvimento
sustentável. Então ela busca através da Educação Ambiental levar a toda a sociedade o
conhecimento sobre que a natureza não é um espaço intocável, já que existem registros de
uso pelos nossos ancestrais, mas sim que a natureza se inter-relaciona com a cultura humana.

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Assim obtemos uma visão socioambiental, em que considera a relação entre a vida biológica,
fatores físicos e a cultura humana.
Glosa (explicação de texto/termo obscuro – se houver)
EA - Educação Ambiental; Extemporâneo - que não é próprio ou característico do tempo ou
do momento em que ocorre.
Comentário (explicação do grupo retratando melhor compreensão/análise)
O texto mostra que o ecologismo deu origem a Educação Ambiental e a formação do sujeito
ecológico que devemos ser, devido a sociedade ter trazido para si o movimento da pegada da
ciência ecologia. E que a Educação Ambiental vai fazer uso de visão socioambiental que
considera a existência de uma sociobiodiversidade, contrapondo a dicotomia entre natureza
e seres humanos, uma concepção estereotipada engendrada pela mídia.
Citações Diretas Curtas (Reprodução fiel de palavras ou trechos considerados relevantes,
entre aspas)
“Os conceitos não esgotam o mundo, não abarcam nunca a totalidade do real” (MOURA
CARVALHO, 2012, p.33).
“Somos, de certa forma, reféns das nossas visões ou conceitos, ângulos sempre parciais que
usamos para acessar o mundo” (MOURA CARVALHO, 2012, p.33).
“a visão naturalista da natureza” (MOURA CARVALHO, 2012, p.34).
“quais expectativas e valores sócios-históricos estão contidos nessa construção sobre a
natureza?” (MOURA CARVALHO, 2012, p.35).
“Nesse sentido, adiantamos ao leitor que nossa lente vai procurar captar a questão por outro
ângulo: o socioambiental” (MOURA CARVALHO, 2012, p.36).
“[...] observa-se que, em muitos dos ambientes naturais considerados “intactos”, é possível
reconhecer vestígios das trocas das transformações geradas pela presença humana, a qual,
com suas interferências, pode ter aumentado o nível de troca e a biodiversidade” (MOURA
CARVALHO, 2012, p.36).
“A EA surge em um terreno marcado por uma tradição naturalista” (MOURA CARVALHO,
2012, p.37).
“um esforço de superação da dicotomia entre natureza e sociedade” (MOURA CARVALHO,
2012, p.37).
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“A visão socioambiental [...] pensa o meio ambiente não como sinônimo de natureza
intocada, mas como um campo de interações entre a cultura, a sociedade e a base física e
biológica dos processos vitais” (MOURA CARVALHO, 2012, p.37).
“A visão socioambiental não nega a base ‘natural’ da natureza, ou seja, suas leis físicas e
seus processos biológicos” (MOURA CARVALHO, 2012, p.38).
Citação Direta Longa (Reprodução fiel de palavras ou trechos considerados relevantes, de
acordo com as normas)
Isso significa “desnaturalizar” os modos de ver que tínhamos como óbvios.
Podemos fazer isso questionando conceitos já estabilizados em muitos campos da
experiência humana, criando, dessa maneira, espaços para novos aprendizados e
para a renovação de alguns de nossos aprendizados e para a renovação de alguns
de nossos pressupostos de vida (MOURA CARVALHO, 2012, p.33).

Essa visão “naturalizada” tende a ver a natureza como o mundo da ordem biológica,
essencialmente boa, pacificada, equilibrada, estável em suas interações
ecossistêmicas, o qual segue vivendo como autônomo e independente da interação
com o mundo cultural humano. Quando essa interação é focada, a presença humana
amiúde aparece como problemática e nefasta para a natureza (MOURA
CARVALHO, 2012, p.35).

Nesse ponto de vista, a natureza e os humanos, bem como a sociedade e o ambiente,


estabelecem uma relação de mútua e copertença, formando um único mundo. Essa
lente vai-nos possibilitar, entre outras coisas, repensar a ideia de evolução,
percebendo-a como interação entre a natureza e a ação das espécies que vão
surgindo, particularmente a humana. A esse processo interativo os ecologistas
chamam coevolução (MOURA CARVALHO, 2012, p.36).

Assim, para o olhar socioambiental, as modificações resultantes da interação entre


os seres humanos e a natureza nem sempre são nefastas; podem muitas vezes ser
sustentáveis, propiciando, não raro, um aumento da biodiversidade pelo tipo de
ação humana ali exercida. Nesse caso, poderíamos pensar essa relação como um
tipo de sociobiodiversidade, ou seja, uma condição de interação que enriquece o
meio ambiente, como é o caso de vários grupos extrativistas e ribeirinhos e dos
povos indígenas (MOURA CARVALHO, 2012, p.37).

Assim, há o deslocamento da ideia de ecologia, que passa a denominar não mais


apenas um campo do saber científico, mas também um movimento da sociedade,
portador de uma expectativa de futuro para a vida neste planeta. Mais do que a
ciência ecológica, é o ecologismo que constitui a origem da EA e da formação do
sujeito ecológico (MOURA CARVALHO, 2012, p.40).

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