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COMO VIVER SEM A MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO DA NATUREZA?

O ser humano afeta e impacta o meio ambiente da mesma maneira que uma
árvore pode influenciar o clima de uma região e a presença de determinada vida
silvestre define a cadeia alimentar e o equilíbrio entre as espécies. O principal
responsável pelo desequilíbrio ecológico ambiental é o ser humano, suas ações
desastrosas, como: desmatamento, uso indevido de água e de energia, poluição de
rios, mares, solos e florestas podem ocasionar diversas consequências, as quais podem
ter impactos de ordem física, química e biológica no equilíbrio ecológico, algumas
delas são: diminuição da qualidade do ar e água, aumento dos casos de doenças,
intensificação de eventos climáticos e redução da biodiversidade...

Estamos superando os limites de recursos disponíveis do planeta Terra; a


população vem aumentando a cada ano; consumindo mais combustíveis fósseis;
acumulando toneladas de lixo; aumentando o consumo de carnes (peixes, porco, vaca,
galinha etc.).

Chegamos hoje ao momento histórico em que o problema ecológico


nos pede que tornemos simultaneamente consciência da nossa
relação fundamental com o cosmo e que lhe sejamos estranhos. Toda
história da humanidade é história de interação entre a biosfera e o
homem. O processo intensificou-se com o desenvolvimento da
agricultura, que modificou profundamente o meio ecológico. Além
disso, criou-se uma espécie de diálogo (relação simultaneamente
complementar e antagonista) entre a esfera antropossocial e a
natureza. (MORIN, pag.3, 2007)

O meio ambiente é um conjunto de relações interdependentes que são


estabelecidas entre os fenômenos naturais, a fauna, a flora e o homo sapiens.
Qualquer desses componentes, quando alterado, age de alguma forma sobre os
demais. Uma espécie animal, por exemplo, quando extinta, pode fazer que outra se
prolifere, destruindo parte da vegetação, que lhe servirá de alimento, o que pode
alterar o clima, o solo e chegar a trazer malefícios ao próprio ser humano “civilizado”,
que não tem sabido explorar corretamente o que a natureza lhe ofereceu. Por outro
lado, o movimento no sentido oposto, em busca de reestruturação do que se tem
perdido qualitativamente, em razão dos próprios modos “civilizados” de viver, não
pode ser feito de repente, mas pensado a longo prazo.
O desequilíbrio dos ecossistemas reflete um desequilíbrio anterior da
mente, tornando-o uma questão fundamental nas instituições voltadas para
o aperfeiçoamento da mente. Em outras palavras, a crise ecológica é, em
todos os sentidos, uma crise da educação. (CAPRA, pag. 11, 2019)

Uma das alternativas é o investimento em Educação Ambiental. O simples fato


de não se saber como as ações humanas afetam o ecossistema, limita não só a
sobrevivência do homem, mas a dos outros seres que habitam o planeta; então, é
preciso, mais do que nunca, cuidar da Terra e de toda diversidade que a compõe. Em
países subdesenvolvidos, em que grande parte da população não dispõe de muitas
alternativas, limitando-se a garantir a própria sobrevivência, os jovens estudantes
podem contribuir para essa transição em direção a consciência ecológica, uma vez que
ainda estão em processo de formação de personalidade e definição de hábitos. Além
disso crianças e jovens têm a capacidade de influenciar a opinião de adultos, podendo
difundir em sua comunidade tudo aquilo que aprenderem.

A educação para uma vida sustentável estimula tanto o entendimento


intelectual da ecologia como cria vínculos emocionais com a natureza. Por
isso, ela tem muito mais probabilidade de fazer com que as nossas crianças
se tornem cidadãos responsáveis e realmente preocupados com a
sustentabilidade da vida; que sejam capazes de desenvolver uma paixão
pela aplicação dos seus conhecimentos ecológicos à reformulação das
nossas tecnologias e instituições sociais, de maneira a preencher a lacuna
existente entre a prática humana e os sistemas da natureza ecologicamente
sustentáveis. (CAPRA, pag. 15, 2019)

Será que não percebemos que, para nos mantermos vivos, é necessário
preservar o meio ambiente? Será que, se pode mudar o “caminho”? Preservar a
natureza é um ato muito importante, tanto para manter a saúde do planeta, quanto
para preservar as espécies que nele habitam.

O caminho pode ser alterado quando existe possibilidades e consciência da


necessidade de mudanças, trabalhos que desenvolve sentido artístico musical, levando
em consideração o som do meio ambiente, pode colaborar com a quebra de
paradigmas mentais: dogmáticos e antropocêntricos, a arte no geral, como: poesia,
teatro, circo, pintura, dança, música, podem chocar completamente com o mundo que
conhecemos limitadamente, com rotinas intensas feito máquinas da indústria, com
muito deveres, obrigações e pouco ócio criativo. A arte reinventa um mundo
completamente novo, ampliando as conexões com o mundo, estabelecendo troca de
energia, sensações, sentimentos e expressões. E por meio dessas trocas podemos
compreender o valor do outro e aprimorarmos a capacidade de enxergar o mundo que
pode ser infinitamente artístico, dependendo do olhar de cada apreciador de arte e
natureza. A capacidade de modificar o meio ambiente, transmuta intensamente as
paisagens visuais e sonoras, desencadeando inúmeros problemas ambientais, que
podem ser compreendidos caso haja inquietações mentais e percepção de que as
pessoas podem ser agentes transformadores do seu ambiente e contribuir para
mudanças que caminhem para o pensamento ecológico de respeito a natureza.

por Lívia Pereira Martins


Instituto de Artes UNESP
Curso: Mestrado em Educação Musical
São Paulo - SP

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