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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Faculdade de Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos

Introdução aos Recursos Florestais

Licenciatura em Gestão de Recursos Florestais e Faunísticos 1º Ano,


Laboral, 1º Semestre, 4º grupo.

Tema: Matas Deciduas Secas de Miombo.

Discentes: Docente:

Celestina Augusto Fernandes Eng. Vitalina B. Temporario

Cremildo F.A. Romão

Edmara Milenia da Costa

Ivone da Emília Jaime Tavares

Lichinga, Março de 2018

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Índice
Introdução................................................................................................................................3
Conceito...................................................................................................................................4
Divisão de miombo...................................................................................................................5
Tipos de miombo......................................................................................................................6
Recursos naturais.....................................................................................................................7
Área basal.................................................................................................................................8
Tabela.......................................................................................................................................8
Estrutura..................................................................................................................................9
Fenologia................................................................................................................................10
Mortalidade............................................................................................................................11
Conclusão...............................................................................................................................12
Referências bibliográficas.......................................................................................................13

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Introdução

Este presente trabalho teve uma base de pesquisa como manual de silvicultura que tem como
autora Natacha Ribeiro et al, e um pouco da quilo que e o wikipedia,.

O tema de pesquisa que desenvolveu-se nesse trabalho e muito importante para aquilo que
são os recursos que fazem parte das florestas de Moçambique.

Buscou-se aprofundar aquilo que e o tema do grupo onde podemos encontrar vários tópicos
que desenvolvem o tema em pesquisa.

Objectivos

 Dar um pouco daquilo que foi a pesquisa em relação ao tema, como foi desenvolvido,
quais foram os tópicos encontrados ao longo da pesquisa, procurar abordar o tema
mas detalhadamente e saber ate que pontos podem ser esclarecidas as questões
sobre as «Matas deciduas secas de miombo».

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Conceito

Segundo Natacha et al (2002)ː diz que a palavra “Miombo” prove de varias línguas faladas
no centro de África e denota uma ou mais espécies do género brachystegia, julbernardia, e
isoberlina angolensis(fabaceas subfamilia caesalpinioideae) como sendo as mais
abundantes da região. Na África, o miombo ocorre somente ao sul do equador, em países
como Tanzânia, Zâmbia, Zaire, Malawi, Moçambique e Zimbabwe numa extensão de
aproximadamente 270 milhões de hectares (celender, 1983; Campbell e tal., 1996; frost,
1996).

O miombo e o principal tipo de floresta de Moçambique e ocupa aproximadamente 2/3 da


superfície total, principalmente a norte do rio limpopo (sitoe & ribeiro, 1995). Conforme as
variações topográficas e fiográficas, a estrutura e a composição do miombo e modificada
pelo clima, solo e altitude, distinguindo ̵ se de uma região para outra.

Segundo Campbell, bruce M (1996)ː Miombo e a palavra swahili parabrachystegia, um


género de arvore que inclui um grande numero de espécies. A floresta de miombo e
classificada nos biomasː

Pastagens tropicais e subtropicais, savanas e moitas, o bioma incluem quatro bioregiões


caracterizadas pela presença predominante de espécies de miombo, com uma variedade
de climas húmido a semi ̵ árido, tropical e subtropical, ou misto temperado.

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Divisão de miombo

De acordo com precipitação, o miombo subdivide-se em miombo húmido e miombo seco


(white 1983; chidumayo, 1997, citado por frost, 1996). A variante húmida e mais frequente
no oeste de Angola, norte da Zâmbia, sudoeste da Tanzânia e a zona central de Malawi,
em áreas com precisão media anual superior 1000 mm. O miombo húmido também ocorre
em Moçambique, embora, muito pouco frequente, pode ser encontrado em gurue na
província da Zambézia e, nalgumas regiões da província de Nampula e cabo delgado.

Floristicamente e mais rico que o miombo seco e nele podem ser encontradas quase todas
as espécies as do miombo, como por exemplo brachystegia spiciformis, brachystegia
floribunda , brachystegia glaberrima, brachystegia longififolia, brachystegia bohemii,
isoberlina angolesis e julbernardia globiflora.Também e possível encontrar um numero
significativo de outras espécies como por exemplo, pterocarpus angolensis,burkea
africana, milletia stuhlmanii, pseudolochnostylis maproueifolia entre outras. Os solos são
profundos, bem drenados e as arvores atigem alturas superiores a 15 m.

A variante seca segundo aqueles autores, ocorre no sul de Malawi, Zimbabwe e


Moçambique, em áreas com um precipitaçãomédia inferior a 1000 mm/ano. A diversidade
floristica e menor que no miombo húmido e as espécies mais dominantes são brachystegia
spiciformis, brachystegiabohemii e julbernardiaglobiflora.

Em Moçambique, o miombo estende-se desde o extremo norte do pais no rio rovuma ao


rio limpopo, sendo mais predominante no norte do pais cobrindo extensas áreas da
província de Niassa, Nampula e cabo delgado. Noutros casos, a vegetação e inter. Cortada
com outros tipos florestais como e o caso da região costeira do vale do Zambeze.

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Tipos de miombo

Conforme as variações do clima, solos e altitude, o miombo de Moçambique pode ser


dividido em três tipos (costa 1996, cit em frost, 1996; pereira 2000)ː

 Miombo denso. Constituído por arvores de 15 a 22 metros de altura, com copas


juntas e sobre postas e pouco capim no solo, cobrindo zonas com altitudes
superiores a 1000 m e precipitação ao redor de 1200 ̵ 1800 mm, como e o caso do
miombo das terras altas de manica e Zambézia.
 Miombo médio. Ocorre em zonas com altitudes acima de 500 m e precipitação
entre 900 e 1400 mm/ano, apresentando arvores com uma altura media de 10 a
15 m e com necessidade menor que a anterior. Este tipo de miombo pode ser
encontrado em pindayanga ̵ manica.
 Miombo pobre. Ocorre em zonas com altitude entre 50 ̵ 800 e regime de chuva
entre 800 ̵ 900 mm/ano. Asárvores estão dispersas, formando florestas abertas
cuja altura média varia entre 7 e 12 m. o miombo pobre encontra-se na província
de Tete e nas zonas de influencia do rio Zambeze, mas também, ocorre nalgumas
zonas da província de inhambane e Gaza, com precipitação entre 400 ̵ 800 mm,
mas que se vai transformando em savana arbórea a medida que se avança em
direcção ao sul do pais.

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Recursosnaturais

Segundo Campbell, bruce M (1996), as formas florestais de miombo deciduo seco ocupam
a maior parte do distrito e as do miombo deciduo tardio as zonas montanhosas do distrito,
sendo cobertas por imensa vegetação arbustiva com predominância para as Brachystegias.

 Pessoas. Estas florestas de miombo são também importantes para a subsistência


de muitas populações rurais que dependem dos recursos disponibilizados pela
floresta. A grande variedade de espécies fornece produtos não ̵madeireiros, tais
como frutas, mel, forragem para o gado e lenha.
 Flora e fauna. Apesar de um solo relativamente pobres em nutrientes, estacão
seca prolongada e baixa precipitação em algumas áreas, a floresta e o lar de
muitas espécies, incluindo varias espécies de aves endémicas exclusivas do
miombo. A árvore predominante e o miombo (Brachystegia).

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Área basal

A área basal e um bom indicador do crescimento volumétrico e a quantidade de biomassa


aérea de um povoamento. O volume médio no miombo seco varia entre 14 a 59 mᶟ/há e no
miombo húmido (manejado) entre 41 ̵ 100 mᶟ/há (endean, 1968 e chidumayo, 1988b, citados
por frost, 1996; lowore et al. 1994; Campbell 1996).

Tabela

Espécies mais comuns de miombo em três regiões diferentes de Moçambique (sitoe & ribeiro,
1995).

Espécies Niassa Manica cabo delgado


Annona senegalensis x x
Brachystegia spp x x
Crossopterix febrifuga x x
Diplorhynchus x x x
condilocarpon
Friesodielsia obavata x x
Julbernardia globiflora x x
Millettia stuhlmannii x x
Piliostigma thonningii x
Protea spp. x
Pseudolachnostylis x x x
maprouneifolia
Terminalia x x
stenostachya
Terminalia sericea x x
Uapaca kirkiana x x

Estrutura

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Segundo Natacha et al, (2000), A floresta de miombo apresenta geralmente 2 a 3 estratos. Os
estratos inferiores em geral compõe ̵se de uma mistura de arbustos, arvores em regeneração,
arvores jovens oprimidas pelas copas das arvores maiores, gramíneas, espécies forrageiras por
(exemplo digitaria sp., eragrotis sp., andropogon sp., hyparrhenia sp. etc.) e fetos (no miombo
húmido).

A densidade das plantas(excluindo a camada herbácea) varia entre 1500 ̵ 4100 plantas/há. A
densidade das árvores(com mais de 2 metros de altura) varia entre 380 ̵ 400 árvores/há. Em
Moçambique as espécies dominantes como são o caso da brachystegiaspiciformis,
julbernardia sp. Entre outras associadas a estas, desenvolvem-se bem em solos profundos (>3
m) e bem drenados, podendo atingir 27 m em miombos densos, mas em geral poucas atingem
alturas superiores 22 mm.

No miombo médio e pobre as árvores atingem alturas não superiores a 15 m.

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Fenologia

A maioria das arvores e arbusto do miombo são deciduas e deixam cair as suas folhas durante
a estacão seca. Em geral, as folhas caem entre Julho ̵ Agosto no miombo seco e entre Agosto a
Setembro, no miombo húmido (frost 1996). Mas, o período em que permanecem desfolhadas,
varia de ano para ano e depende fundamentalmente das condições de humidade.

O aparecimento de novas folhas ocorre geralmente 4 a 8 semanas após as primeiras chuvas. As


folhas, em particular da brachystegiaspiciformis pouco tempo depois da emergência
apresentam uma coloração vermelha, coloração essa que resulta da síntese de antocianinas,
uma substancia que entre outras funções, proteger as folhas contra acção de herbívoros e
pategenos.(coley e aide 1989; frost 1996).

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Mortalidade

A mortalidade da maioria das árvores se deve principalmente a fogo e secas prolongadas


(Ernest, 1988). A influência destes factores, varia de uma espécie para outra. Por exemplo,
plantas jovens de brachystegiaspiciformis com 14 a 30 dias de vida, dificilmente sobrevivem
para alem de 12 dias sem água, mas, por outro lado, plantas de isoberlinaangolensis, com mais
ou menos a mesma idade resistem tempos relativamente mais longos (frost, 1996).
Abiziaadiantifolia, e intolerante ao fogo mas, brachystegiasspiciformis, julbernardiaglobiflora e
isoberlinaangolensis são muito resistentes ao fogo. Estudos realizados sobre a mortalidade no
primeiro ano de vida das árvores em varias regiões onde ocorre o miombo, encontraremos
seguintes taxas 12%(afzeliaquanzensis), 22%(brachystegiaspiciformis), 55%
(julbernardiapaniculata) e 67%(julbernardiaglobiflora) e, em geral a mortalidade diminui nos
anos subsequentes.

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Conclusão

No trabalho em geral podemos concluir que as matas deciduas secas de miombo segundo
Natacha et al, (2002)ː a floresta húmida e a que e mais frequente no oeste de Angola, norte da
Zâmbia e entre outros países em quanto que no miombo seco podem ser encontradas quase
todas as espécies de miombo.

Num breve conceito segundo Campbell(1996), miombo e um género de arvore que inclui um
grande numero de espécies.

E que o bioma da mesma e caracterizada pela presença predominante de espécies de miombo

Falou-se daquilo que são os recursos, a fenologia, a estrutura, a mortalidade sem esquecer da
área basal da tabela que ilustra espécies que podemos encontrar em alguns cantos do nosso
pais como em Niassa, manica e cabo delgado.

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Referências bibliográficas

Ribeiro, N. Sitoe, A. Guede, B. Staiss, C. (2002). Manual de sivicultura.

Campbell, B. M. (1996). The miombo transitionːwoodlands & welfare in Africa.Padrão de


referencia sobre a descrição e usos em que animais e homem utilizam as
savanasarborizadas [S.I.]ː CIFOR.

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