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RELAÇÃO HOMEM-NATUREZA E SEUS IMPACTOS NO AMBIENTE, SAÚDE E

SOCIEDADE: UMA PROBLEMÁTICA INTERDISCIPLINAR

Taciana Silveira Passos


Cristiane Costa da Cunha Oliveira

GT3 – Educação e Ciências Matemáticas, Naturais e Biológicas

RESUMO
Toda a história humana diz respeito ao modo como os homens mantêm uma relação entre si e com a
natureza externa a eles, o meio ambiente. A partir da Revolução Industrial, a ação do homem sobre o
meio ambiente tem se tornado cada vez mais insustentável e destrutiva. A educação ambiental aponta
para uma solução: a conscientização ambiental e a construção de uma nova relação entre o homem e a
natureza. O conhecimento sobre a crise ambiental que ameaça a sobrevivência de todas as espécies
vivas, inclusive a dos seres humanos, pode contribuir para que haja melhor participação social dos
coletivos que provavelmente irão interferir de forma diferente no meio ambiente. O objetivo da
pesquisa é fazer uma reflexão sobre a relação entre o homem e a natureza que demonstra um cenário
atual de iniquidades sociais e ambientais. Isto se torna importante, pois à medida que a reflexão sobre
a temática ambiental for considerada poderá contribuir de forma adequada para que possa ser
trabalhada na transmissão de conhecimento pelos educadores.
Descritores: Homem. Natureza. Interdisciplinaridade. Educação Ambiental

RESUMEN

La historia de la humanidad se refiere a cómo los hombres han mantenido una relación con los demás
y con la naturaleza exterior a ellos, el medio ambiente. Desde la revolución industrial, la acción del
hombre sobre el medio ambiente se ha convertido cada vez más insostenible y destructiva. La
educación ambiental a una solución: la conciencia ambiental y la construcción de una nueva relación
entre el hombre y la naturaleza. El conocimiento sobre la crisis ambiental que amenaza la
supervivencia de todas las especies vivientes, incluyendo los seres humanos, puede contribuir para que
haya una mejor participación de la colectividad que probablemente han de intervenir de manera
diferente en el medio ambiente. El objetivo de la investigación es hacer una reflexión sobre la relación
entre el hombre y la naturaleza que muestra un escenario actual de desigualdades sociales y
medioambientales. Esto es importante, deveras se considere la reflexión sobre la temática ambiental
podrá contribuir de forma adecuada para que sea trabajada la transmisión de los conocimientos de los
educadores.

Palabras clave: Hombre. La naturaleza. Educación interdisciplinaria. Ambiental

¹ Mestranda em Saúde e Ambiente e Graduada em Enfermagem na Universidade Tiradentes/SE,


Brasil. e-mail: taciana.silveira@acad.unit.br

² Doutora em Odontologia (Saúde Coletiva) pela Universidade de Pernambuco. Professora da


graduação e Mestrado em Saúde e Ambiente da Universidade Tiradentes, pesquisadora do Instituto
de Tecnologia e Pesquisa/SE, Brasil. e-mail: criscunhaoliva@yahoo.com.br
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INTRODUÇÃO

O Brasil, apesar de ser considerado um dos países emergentes, em função do seu


potencial econômico gerador e consumidor de bens, abriga o estigma de grandes
desigualdades sociais. O país é dotado de uma vasta fonte natural, a maior biodiversidade do
planeta. Na atualidade apresenta significativos avanços tecnológicos, representados por redes
de junção interna e transnacional; e de importante parque industrial, o maior do hemisfério
sul, posição alcançada à custa de grandes desigualdades sociais e regionais e da enorme perda
de recursos naturais e de vidas humanas. Nesse contexto, o Estado e a sociedade têm uma
responsabilidade enorme sobre o território e na política territorial, que deveriam ser a base dos
fundamentos principais da legitimação nacional (RIGOTTO; AUGUSTO, 2007).

A relação homem-natureza é tão antiga quanto a própria existência humana na Terra,


tudo que está ao redor do homem advém da natureza, ela é a condição fundamental para a
sobrevivência humana. Neste sentido, o planeta vem sofrendo ao longo do tempo a
interferência direta do ser humano na natureza com fins na extração de matéria-prima,
recursos naturais ou obtenção de alguma vantagem. O que se pode observar é a ocorrência de
uma mudança da visão e comportamento do homem no decorrer da história,
consequentemente isso refletiu na relação que o homem tem com a natureza, uma vez que a
natureza não está dissociada da história da humanidade nem das manifestações culturais que
estão inseridas neste contexto (GONÇALVES, 2008).

Definida como um risco social, a vulnerabilidade caracteriza-se pela concentração da


precariedade, ou falta de serviços coletivos e de investimentos públicos em infraestruturas,
que desse modo provocam a desproteção social das comunidades mais carentes. A
vulnerabilidade pode ou não estar associada a riscos ambientais, como, por exemplo,
moradias localizadas em áreas de alta declividade, perigo de deslizamentos e soterramentos de
pessoas e habitações, ou sujeitas a enchentes (PENNA; FERREIRA, 2014).

Ballantyne (2007) identifica que é possível dividir a vulnerabilidade em dois tipos: a


vulnerabilidade extrínseca – ocasionada por circunstâncias externas, como falta de poder
socioeconômico, falta de escolaridade ou carência de recursos; e a vulnerabilidade intrínseca
– causada por características que se relacionam com próprios indivíduos, tais como doença
mental, deficiência intelectual, doença grave, os indivíduos em extremos de idade: crianças e
idosos, ou que sofrem discriminação por raça: negro, índio.
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A inclusão das discussões de questões sociais no currículo escolar tem por objetivo
discutir o sentido ético da convivência humana nas suas relações com várias dimensões da
vida social: o ambiente, a cultura, a sexualidade e a saúde. Essas temáticas que deveriam ser
incorporadas nas áreas já existentes do trabalho educativo de escolas. Ou seja, devem ser
trabalhadas interdisciplinarmente.

O objetivo da pesquisa é realizar uma reflexão sobre a relação entre o homem e a natureza
que demonstra um cenário atual de iniquidades sociais e ambientais. Isto se torna importante. Além
disso, a forma como esta relação é considerada poderá determinar como a temática ambiental
será trabalhada na transmissão de conhecimento pelos educadores.

1. A RELAÇÃO HOMEM-NATUREZA: PERCURSO HISTÓRICO

As primeiras formas de organizações sociais iniciaram com a capacidade do homem


primitivo de escolher um lugar confiável e seguro onde pudesse se proteger dos animais e das
condições climáticas intensas. O primeiro lugar utilizado pelo homem primitivo foram as
cavernas, com o objetivo principal de dormitório. No entorno dessas cavernas surgiram as
primeiras aglomerações humanas. Nessas localidades o homem iniciou o domínio das técnicas
agrícolas, visando o cultivo de plantas e a domesticação de animais, garantindo-lhe a
permanência por mais tempo num mesmo lugar, o que consequentemente resultou numa nova
relação entre homem e natureza. Essas localidades iam se produzindo de maneira que
houvesse relação de domínio com o território e gestão da vida coletiva (HECK; ALVES;
PEREIRA, 2012).

O homem se assume com a posição de domínio e desenvolve problemas por achar


ser capaz de controlar, transformar e direcionar os recursos naturais de acordo com suas
vontades, por várias vezes nomeadas como necessidades. Os grandes problemas gerados pela
relação conflituosa entre o homem e a natureza são denominados crises ambientais, tais como:
disponibilidade de água potável, geração de resíduos, mudanças climáticas, degradação da
biodiversidade e tantos outros complicadores. Outros problemas associados e tão citados
pelos veículos de comunicação são as crises sociais: não acesso à saúde, educação e moradia,
desigual produção de alimentos, falta de emprego e renda e tantos outros. Contudo, pode-se
perceber que nem sempre foi assim (GARCIA, 2011).

No princípio as relações do homem com a natureza eram demonstradas além da


questão alimentar, da saúde, do lazer e da integração física ao meio, através da prática de
rituais de magia que confirmava uma relação de profundo temor, respeito e veneração pela
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natureza. Para cada fenômeno natural havia um deus, uma entidade responsável e
organizadora da vida no planeta: o deus do sol, do mar, da Terra, dos ventos, das chuvas, dos
rios, das pedras, das plantações, dos raios e trovões etc. O medo da vingança dos deuses era o
moderador do comportamento dessas pessoas, impedindo uma intervenção desastrosa, ou,
sem uma justificativa plausível ante a destruição natural (MENDES, 2014; GONÇALVES,
2008).

A passagem da idade média à idade moderna foi, particularmente, um período de


profundas mudanças. Tão determinantes, que caracterizaram toda posteridade, seja no campo
político, econômico ou científico. A passagem do feudalismo ao capitalismo e a derrubada da
nobreza e do clero, estabeleceram a necessidade de construção de um novo modo de pensar e
agir, distanciado do controle teológico, que em pouco tempo, possibilitou o estabelecimento
de um modelo de sociedade que perdura até hoje. Apesar da modernidade não ter cumprido,
no plano social, a totalidade de suas promessas, marcou a civilização da época no pensar e no
fazer ciência, bem como todos os sistemas educacionais modernos. O método cartesiano
simplificou, individualizou e racionalizou a percepção e apreensão das coisas do mundo
(BATISTELA; BONETE, 2008; BERTICELLI et al., 2012).

A partir da Revolução industrial, nos séculos XVIII e XIX, os padrões de produção e


consumo basearam-se na exploração dos recursos naturais e do trabalho de forma ilimitada e,
além disso, instigou-se o consumismo, o individualismo e a competitividade. Nesta
perspectiva, evidencia-se que o capitalismo e o socialismo foram estruturados sobre a mesma
base técnico-científica e pela suposição de que seriam capazes de gerar conhecimentos,
técnicas e tecnologias que poderiam compensar os impactos negativos causados pelos
processos produtivos na natureza e na condição humana (GARCIA, 2011).

De acordo com Raynaut (2011), a ciência tem sido um produto da filosofia


positivista e a ideologia do progresso, que constituíram o alicerce ideológico do
desenvolvimento acelerado durante o século XIX e uma boa parte do século XX. Ao mesmo
tempo que ela fornece ao ser humano a possibilidade de concretizar sua pretensão de dominar
o mundo e submetê-lo aos seus desejos, desencadeia-se também consequências contraditórias.

Ao longo do século XX, o capitalismo consolidou o processo desenvolvimentista que


influenciou culturas e sociedades. Quando se analisa os ciclos evolutivos da humanidade, o
século supracitado, dando continuidade ao processo de desenvolvimento acelerado, apresenta
os grandes saltos na quantidade e na velocidade da produção de mercadorias e tecnologias,
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refletindo diretamente na alta destruição dos ecossistemas e ampliando o abismo


socioeconômico entre os indivíduos (PINHEIRO; BASSOLI, 2005).

O Brasil no século XX vivencia um processo de urbanização dos mais intensos,


havendo grandes mudanças na distribuição demográfica em seu território. Distribuída de
forma heterogênea pelo espaço rural, sua população passa a confluir para as cidades, sendo
esta movimentação diretamente associada às transformações na estrutura produtiva, à
concentração de oportunidades de trabalho e serviços nas cidades, aos investimentos
predominantemente urbanos, às inovações tecnológicas, entre outros. A reivindicação pela
extinção do modelo latifundiário, o qual desde o período da colonização vigorou no país,
começou a tomar força no final dos anos 50 e início da década de 60. Resulta deste processo,
um intenso crescimento da população urbana, em especial nos espaços metropolitanos no
centro sul, havendo fluxos migratórios de regiões menos desenvolvidas para outras.
(PEQUENO, 2008).

Tentativas em reverter este quadro foram realizadas, favorecendo a industrialização


de outros espaços metropolitanos de regiões menos favorecidas e de espaços não
metropolitanos, organizados a partir de cidades de porte médio na década de 1970. As
mudanças impostas pela “nova” sociedade que se desenvolve a partir da década de 70 vêm
fortalecer a categoria espaço e território nas pesquisas em saúde pública. Por um lado, as
mudanças no perfil de morbimortalidade da população, caracterizada pela redução das
doenças infecciosas e o aumento das doenças crônico-degenerativas, e, por outro, a
emergência de novas enfermidades, como a AIDS, são responsáveis pela crise que se instaura
na ciência epidemiológica no sentido de buscar formas mais eficientes de entender a doença
como manifestação coletiva (PEQUENO, 2008; FARIA; BORTOLOZZI, 2009).

A saúde e a qualidade do ambiente sofreram com o processo de modernização


forçada, na medida que se manteve uma das piores distribuições de renda do mundo, com uma
significativa população vivendo abaixo da linha da pobreza, com um baixo crescimento
econômico e elevados índices de desemprego, situação que vem se agravando desde a década
de 80. Nessa situação, as técnicas, a velocidade de introdução de novos padrões produtivos e
de consumo e o poder real de gasto criaram necessidades e desigualdades pela
impossibilidade de acesso ao que é ofertado. Até os anos 90, as bandeiras de luta dos
movimentos sociais, especialmente defendidas pelos trabalhadores urbanos e rurais,
praticamente não se solidarizavam com os habitantes das grandes cidades ou com grupos
sociais excluídos, relativos à: raça, etnia, sexo, idade. (RIGOTTO; AUGUSTO, 2007).
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2. PROBLEMAS AMBIENTAIS SOB A ÓTICA DA INTERDISCIPLINARIDADE

A globalização confirma as transformações alcançadas pelo mundo contemporâneo.


As ciências sofreram transformações através de um processo um processo de fragmentação
disciplinar, no início do século XXI, superando o referencial linear cartesiano. Esse processo
denominou-se modernidade que se diferencia da medievalidade que a principal ciência era a
teologia e o conhecimento se fundamentava na fé. Contudo a tematização
inter/multi/transdisciplinaridade é um fenômeno recente (BERTICELLI et al., 2012).

A utilização do método interdisciplinar ainda caminha a passos lentos e restritos


entre as universidades, professores e alunos, isso devido a fatores históricos, científicos,
tecnológicos e culturais da sociedade. As ações humanas são ainda reflexos diretos dos
ditames mercadológicos ou capitalistas, no entanto, o desenvolvimento dessa metodologia
depende da ação de todos diante da consciência ecológica que hoje vive a comunidade
mundial.

Entende-se por multidisciplinaridade um conjunto de disciplinas a serem trabalhadas


simultaneamente sem fazer aparecer as relações que possam existir entre elas. A
interdisciplinaridade questiona a segmentação entre os diferentes campos de conhecimento
levando em conta a inter-relação e influência que existe entre eles como objetivo de
reciprocidade e troca. A transdisciplinaridade por sua vez possui sistemas de níveis e objetos
múltiplos objetivando a compreensão global do mundo (ROQUETE, 2012).

Há uma necessidade de se utilizar da interdisciplinaridade quando se pensa em


desenvolvimento humano e suas implicações no domínio do meio ambiente pois pode-se
observar uma interdependência das questões ambientais e humanas. Isso se deve ao fato que
os problemas ambientais refletem diretamente em questões de âmbitos sociais, econômicos e
políticos. Contudo, além das consequências de processos ambientais sobre as sociedades,
também se considera a importância de incorporar as dimensões ambientais na formulação de
políticas de desenvolvimento (RAYNAUT, 2011; GARCIA, 2011).

Atualmente há uma preocupação presente em organismos internacionais e blocos


regionais quanto à proteção do meio ambiente desde a preservação até a sua recuperação.
Podem-se observar transformações no que se diz respeito a propostas e projetos frutos de
políticas públicas internas com ações direcionadas ao meio ambiente. A “consciência
ambiental” está presente na política de Organizações Não Governamentais (ONG) e até
mesmo de governo de Estados Soberanos. No entanto as crises socioambientais são as mais
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urgentes a serem minimizadas ou solucionadas tendo em vista os vários desafios que a


humanidade enfrentará ao longo deste século (PINHEIRO; BASSOLI, 2005; BASTO, 2007;
GARCIA, 2011).

De acordo com Raynaut (2011, p. 75),

Durante milhares de anos as sociedades humanas têm enfrentado o clima - as


chuvas, o vento, a temperatura- como um dado material, totalmente fora do seu
alcance. No entanto geralmente a natureza, com suas características intrínsecas,
impunha-se como referencial intangível, ao qual o ser humano tinha que se
submeter, se adequar. Hoje, a questão das responsabilidades das práticas humanas,
dos modos de consumo e de produção nas mudanças climáticas do planeta confere à
relação entre ser humano/natureza uma orientação radicalmente diferente. O clima
(outrora manifestação mais inatingível da potência da natureza) tem-se tornado
artefato, bem comum, de modo que doravante se impõe a urgência de definir regras
coletivas para enquadrar as práticas técnicas e os comportamentos econômicos que
impactam o clima. A discussão sobre medidas a serem tomadas para diminuir o
fenômeno de aquecimento global está na pauta de grandes reuniões internacionais
(RAYNAUT, 2011, p. 75).
No mundo de hoje é imprescindível a adoção de medidas compartilhadas, em
cooperação, especialmente em matérias relativas à democracia, ao meio ambiente e aos
direitos humanos. Em dezembro de 2009, representantes de 193 países se encontraram em
Copenhague, junto com cientistas e cidadãos do mundo, esperava-se que a 15ª Conferência
das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP-15)
representasse um passo significativo das negociações internacionais sobre o clima
(LUEDEMANN; HARGRAVE; 2010).

Segundo Viola (2010), nos meses anteriores à Conferência de Copenhague, as


potências climáticas explicitaram seus compromissos. União Europeia, Japão, Brasil e Coréia
do Sul eram os únicos atores relevantes que tinham se comprometido com metas
significativas de redução de emissões. Contudo, nos dois primeiros, as metas de redução de
20% em 2020 com relação ao ano-base de 1990 eram insuficientes do ponto de vista do IPCC,
que promove uma redução de 30% a 40% para todos os países desenvolvidos.

O documento reconhece que a mudança climática é um dos maiores desafios dos dias
de hoje e que ações devem ser tomadas para manter o aumento de temperatura global para
abaixo de 2° C. Entretanto, o evento foi marcado por certa decepção, pois o Acordo de
Copenhague, assinado na conferência, foi apenas um documento político, não legalmente
vinculante; ele talvez aponte para um futuro, mas não concretiza um passo suficiente para a
transição para um futuro de baixo carbono (LUEDEMANN; HARGRAVE; 2010).

As metas do Brasil e da Coréia do Sul podem implicar uma redução de emissões


entre 10% 15% em 2020 com relação a 2005. Nestes dois países as metas se aproximavam do
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que propõe como necessário. Os Estados Unidos da América anunciaram uma meta de
redução de 17% em 2020 com relação a 2005 que implicava redução de apenas 4% com
relação ao ano base de 1990, e essa meta requeria ainda uma problemática aprovação do
Senado. A China assumiu o compromisso de redução da intensidade de carbono do PIB de 40
a 45% entre 2005 e 2020, mas continuou negando-se a estabelecer um pico de emissões e um
ano de estabilização. Logo, por falta de consenso sobre as metas de diminuição de emissão de
gases, a COP-15 limitou-se a elaborar um acordo não imperativo, contendo apenas metas
desejáveis (VIOLA, 2010).

Um dos valores comuns que também deve ser objeto de atenção é o uso racional dos
recursos ambientais, que passam por problemas que superam os limites territoriais entre os
Estados, abrangendo não só as alterações climáticas, mas também a poluição dos recursos
hídricos, a deterioração da camada de ozônio, a extinção de espécies da fauna e da flora, a
devastação de florestas, entre outros.

Nesta perspectiva, os cientistas têm alertado os Governos sobre o fenômeno do


aquecimento global, mostrando evidências cada vez mais convincentes de que a temperatura
da Terra está subindo a uma taxa maior do que a esperada pelos registros históricos, devido a
ações do homem; a queima de combustíveis fósseis seria a principal causa desse fenômeno e
os níveis de dióxido de carbono na atmosfera. Nesse quadro os biocombustíveis vão se inserir
no mundo com as responsabilidades de ajudar a reduzir a emissão de gases de efeito estufa e
substituir parcialmente o petróleo para alongar sua vida útil (LEITE; LEAL, 2007).

Há quem discorde e seja contrário à expansão da produção nacional de


biocombustível. Os contrários a esta expansão alegam que os biocombustíveis competem com
a produção de alimentos, colocando em risco a segurança alimentar da população mais pobre,
além de agravar, ainda mais, os problemas do campo. Eles afirmam que na conjuntura
agrícola atual, as matérias-primas empregadas na produção de biocombustíveis são
produzidas em monocultura. (CORDEIRO, 2008).

Por outro lado, foi publicado na Folha de São Paulo que alguns especialistas não
concordam com a ideia de haver uma guerra por espaço no interior do Brasil entre o plantio
de comida e produção de biocombustíveis. O autor declarou que a expansão do cultivo de
cana-de-açúcar para produzir etanol não havia afetado, até hoje, áreas de cultivo de alimentos.
O autor esclarece que a cana avança para cima dos pastos e os plantios de café, laranja ou
feijão não se alteraram com o crescimento das plantações de cana mesmo em São Paulo,
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grande produtor nacional de etanol. Isso não significa que o Brasil esteja produzindo menos
carne. Ressalta ainda que uma eficiência maior poderia evitar inclusive que a pecuária se
expandisse em função do desmate da Amazônia, como vem acontecendo no país (MIOTO,
2010).

Em simulações feitas no estudo de um ecólogo paulista da Universidade de Kassel


(Alemanha), o resultado demonstrou aumento da produção de biocombustível pela expansão
de plantações de cana em resposta ao aumento da produção de etanol em sua maioria nos
estados do Sudeste e, em menor grau, no Nordeste do Brasil. Enquanto que a expansão das
plantações de soja em resposta a aumento da produção de biodiesel iria acontecer
principalmente nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. Para
preencher a produção de biocombustíveis metas para 2020, cerca de 88% desta de expansão
(145,700 km2) terá lugar em áreas anteriormente utilizadas como pastagens. O desmatamento
direto é causado apenas por biodiesel de soja e eleva-se a poucas quilometragens de floresta e
de cerrado. As mudanças indiretas são mais preocupantes pois desloca o gado que estava no
pasto para ser realocado em outras regiões, sobretudo Amazônia e cerrado (LAPOLA, et al
2010).

Vários fatores políticos, econômicos e sociais pressionam os ecossistemas resultando


no desmatamento e, consequentemente, na queima de biomassa. As queimadas na Amazônia e
no Cerrado representam a principal contribuição brasileira para as fontes globais de vários
gases de efeito estufa como CO2 (dioxido de carbono), CH4 (metano) e N2O (oxidonitroso).
As emissões de gases precursores da formação de ozônio pelas queimadas fazem com que as
concentrações deste gás sejam elevadas, podendo comprometer a saúde das populações nas
áreas de influência das queimadas assim como a manutenção da floresta não queimada, uma
vez que o ozônio é fitotóxico e alcança milhares de quilômetros a partir das áreas queimada
(BARCELLOS et al., 2009).

Entre os problemas que os estudos relacionam com o aquecimento global estão:


derretimento dos picos das montanhas, aumento das atividades sísmicas diluindo os depósitos
de gelo e aliviando a pressão em algumas partes do mundo e aumentando em outras, e
produção de magma sendo impulsionada por mudanças de pressão nos vulcões subglaciais,
como os da Islândia (MATSON, 2010).

Um noticiário publicou que centenas de milhares de pessoas foram evacuadas no dia


28/02/10 da costa norte do Japão, onde vários maremotos de mais de um metro de altura
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atingiram o litoral pacífico japonês em consequência do violento terremoto do dia anterior no


Chile. Isso aconteceu porque o nível do mar subiu bruscamente e os diques não conseguiram
conter as águas, que cobriram os molhes de vários portos na costa setentrional do Japão.
Outro noticiário relatou que Centenas de pessoas morreram no Chile após esse terremoto que
teve 8,8 graus na escala Richter. Esse movimento sísmico foi muito mais poderoso que o
terremoto que devastou o Haiti no mesmo ano. (OZAWA, 2010; FOLHAONLINE, 2010).

Além de causar o aumento global de temperatura, as alterações de uso da terra


também podem aumentar a amplitude de variações de temperatura e precipitação. Os
desastres naturais, tais como inundações ou secas podem levar a migrações forçadas. Para
abordar essa questão, um estudo selecionou dois casos: o Mar de Aral, na Ásia Central, e
Tuvalu, um estado insular do Pacífico. Os processos que estão na origem das migrações
ambientais dos dois casos são opostos: num, trata-se do desaparecimento da água de um lago,
no outro trata-se da invasão por parte da água do mar. Nesse âmbito, os problemas ambientais
ganham um especial relevo, devido ao crescente número de indivíduos que afetam e,
principalmente, face ao aumento de situações em que a própria ação do homem
cria vulnerabilidade (BASTO, 2007).

Reestruturar áreas degradadas, equipar áreas carentes e buscar mais equidade na vida
urbana constituem ainda a grande preocupação dos dias atuais para todos aqueles que se
ocupam da gestão das cidades. Esses locais são produtos da produção capitalista do espaço
que valoriza alguns lugares na cidade em detrimento de outros. Desvalorizados e esquecidos
pelo capital, são também abandonados pelo poder público e tornam-se os possíveis lugares da
moradia da população pobre e/ou excluída que, vulnerável, se insere informal e precariamente
no espaço urbano. Assim, esses locais sem infraestrutura, sem oportunidades de trabalho e de
condições de vida formam “territórios de risco” que alimentam o ciclo vicioso da
“imobilidade social”. Ferreira, Vasconcelos e Penna (2008) assim se referem às desigualdades
sociais e territoriais:

Desigualdades sociais e territoriais são faces da mesma moeda e se mesclam no


espaço, se sintetizam e se expressam como desigualdades sócio-espaciais,
retroalimentando-se. E na medida em que as condições de infraestrutura e de vida
são melhoradas nesses lugares, a valorização expulsa os mais pobres para locais
ainda com piores condições. É a lógica da produção injusta do espaço (FERREIRA;
VASCONCELOS; PENNA, 2008, p. 9).
As iniquidades expõem a situação de vulnerabilidade que veda ou bloqueia
indivíduos, famílias ou grupos fragilizados socialmente de adquirirem os ativos necessários à
sua reprodução objetiva e subjetiva, capazes de dotar seus portadores das condições materiais
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e sociais que promovem a participação dos indivíduos na sociedade sob bases consideradas
socialmente como legítimas. Em sociedades de classes, as relações que se estabelecem entre
as classes determinam diferentes possibilidades e restrições ao desenvolvimento da vida e,
consequentemente, diferentes formas ou possibilidades de viver, adoecer e morrer. Nessas
sociedades, uma classe terá maior ou menor desgaste no trabalho e maior ou menor
possibilidade de acesso aos produtos da produção social, na dependência como se insere na
produção de consumo (BARBOSA; COSTA, 2013).

Entende-se que uma área especialmente vulnerável é a da saúde. Os impactos na


saúde humana decorrerão de diferentes dinâmicas. Inicialmente a produção de alimento será
afetada pelas alterações em regimes de chuva e no aumento do período de secas em algumas
regiões do globo, em especial nas baixas latitudes. Com a diminuição na produção de
alimentos, a precarização na distribuição de comida a população condiciona a uma má
nutrição, isto constitui-se numa potencialização de incidência de doenças, pois em meio a uma
fraca alimentação o corpo tem sua imunidade em risco com maior vulnerabilidade a doenças
(VAZ, 2010).

De acordo com Beserra et al. (2010), para elaborar estratégias educativas sobre saúde
ambiental, faz-se necessário uma discussão prévia sobre o desequilíbrio ambiental, na busca
pelo conhecimento da realidade para que se possa interferir de maneira eficaz, permitindo
assim a proteção e a promoção de saúde de forma integral às comunidades, além de capacitar
a sociedade a realizar ações saudáveis para o meio ambiente, despertando com isso uma
consciência ecológica.

Nesse sentido, torna-se difícil opinar e conceber o que seria sustentabilidade que
passa pela sustentabilidade ambiental, mas inclui também as formas para que o que o homem
se sustente (ALVES, 2013). Assim, embora os ambientalistas, em sua maioria critiquem a
desigualdade social e a exploração do homem e da natureza no sistema capitalista, não
assumem posições políticas de esquerda.

A sustentabilidade ambiental deve ser um conceito recheado de valores a serem


construídos pelo homem sujeito da educação formal e informal, dentre os muitos momentos
de aprendizagem ao longo de sua vida, inclusive nos diversos níveis e modalidades de ensino.
Compreende-se que a sustentabilidade diz respeito, dentre outras coisas, das inúmeras
possibilidades de diálogo entre os homens e destes com a natureza em busca de melhores
condições para viver (AQUINO; NASCIMENTO, 2013).
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De acordo com Alves (2013), a sociedade vive manifestações diárias de hipocrisia do


“desenvolvimento sustentável”. Ele menciona a conferência Rio + 20, que reuniu líderes das
potências econômicas do mundo no Brasil, do quanto se prometeu executar durante a
realização da Eco 92, a primeira destas conferências, e do quanto se deixou de realizar até o
presente. Quase nada do que os governos assumiram há 20 anos como compromisso em suas
agendas saiu do papel. Crescentes problemas de saneamento, energia elétrica, saúde pública e
moradia são os grandes desafios dos governos municipais em todo o país. O autor ainda
afirma que não é possível responsabilizar somente governos. A conscientização e
sensibilização da sociedade como é muito importante para mudar essa realidade. Neste
contexto deve estar o grande mercado para as ONGs difundirem a educação ambiental em
todo o mundo.

A Educação Ambiental surge justamente para tentar criar propostas de uma nova
relação homem/natureza que consiga conciliar sustentabilidade ambiental e igualdade social.
Essa proposta é normalmente é entendida como um ramo da educação cujo objetivo é a
disseminação do conhecimento sobre o meio ambiente, a fim de ajudar na sua preservação e
na utilização sustentável de seus recursos. Assim, a educação ambiental propõe modificar as
bases do nosso olhar sobre a natureza, transformar nossa maneira de concebê-la e reavaliar
nossas ações sobre o planeta (ALBUQUERQUE, 2007).

Tratar o meio ambiente como tema transversal nas escolas ficou fortalecida com a
promulgação da lei n. 9795/1999 (BRASIL, 1999), que dispõe sobre a Educação Ambiental e
instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental.

A Ecopedagogia, também denominada Pedagogia da Terra ou Educação Sustentável,


surgiu como proposta pedagógica para formação da sociedade sustentável, pois, conforme se
lê na Carta da Ecopedagogia:

A sustentabilidade econômica e a preservação do meio ambiente dependem também


de uma consciência ecológica e esta da educação. A sustentabilidade deve ser um
princípio interdisciplinar reorientador da educação, do planejamento escolar, dos
sistemas de ensino e dos projetos político-pedagógicos da escola. (INSTITUTO
PAULO FREIRE, 1999, p.1).
Nessa perspectiva hoje a ecopedagogia é a trilha a ser percorrida para a
sobrevivência e permanência de vida na terra e para tanto é necessário articular novos rumos
da Educação Ambiental para que de fato, haja um padrão de desenvolvimento sustentável
através de critérios que promove responsabilidade ética e definições da relação sociedade
natureza. Através da necessidade de uma educação ambiental, a ecopedagogia a incorpora e
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estuda os fins da educação ambiental e os meios de sua realização concreta (GADOTTI,


2005).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebe-se que existe um vínculo entre natureza e ação humana, ou seja, entre o
espaço natural e o espaço geográfico. Mas essa relação não é tranquila e harmoniosa, muitas
vezes os seres humanos exploram além natureza, provocando profundas alterações sobre o
meio natural. Quando áreas inteiras de florestas são devastadas observa-se o impacto da
sociedade sobre a natureza. Em tempos de globalização, os efeitos negativos da relação
homem-natureza são gradativamente mais intensos, o que proporciona preocupações
generalizadas com questões como o agravamento do efeito estufa, o aquecimento global, os
desastres, entre outros tipos de impactos ambientais.

O que hoje é chamado de “crise ambiental” foi desencadeado por esse modo de
pensar e agir da sociedade que interferem nos âmbitos biológicas, culturais, sociais e
econômicos. Essa crise não é considerada só um problema nacional, atinge também
proporções internacionais. Portanto, mais do que simplesmente consumir a totalidade dos
recursos naturais e agredir a natureza de forma frenética, a humanidade precisa desenvolver
técnicas sustentáveis de melhor aproveitamento desses recursos. Falar em sustentabilidade é
falar em garantir a preservação dos recursos naturais para as próximas gerações, o que se
tornou um grande desafio para todas as sociedades do mundo contemporâneo.

A quebra dos paradigmas e a mudança de valores são extremamente imprescindíveis


na resolução dos problemas ambientais e na reconstrução da consciência humana quanto as
suas ações por meio do método interdisciplinar do conhecimento, não se pode mais aceitar,
diante da complexidade ambiental, o uso de apenas um campo de conhecimento para o estudo
da natureza. Para despertar a consciência de que o ser humano é parte do meio ambiente é
necessária uma educação que forme indivíduos preocupados com os problemas ambientais e
que busquem a conservação e preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade
abordando os seus aspectos econômicos, sociais, políticos, ecológicos e éticos.

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