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Catarina Damião

Dionísio Alberto César

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia com Habiltação em Química

Cadeira de Ecologia Geral e Humana

Impacto da espécie humana sobre a natureza (crescimento demográfico e redução de


recursos naturais)

Interferência humana em ecossistemas naturais (desmatamento).

Universidade Rovuma
Extensao de Cabo Delgado
2023
Catarina Damião
Dionísio Alberto César

Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia com Habiltação em Química

Cadeira de Ecologia Geral e Humana

Impacto da espécie humana sobre a natureza (crescimento demográfico e redução de


recursos naturais)

Interferência humana em ecossistemas naturais (desmatamento).

Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue no


Departamento de Ciências Naturais, Matemática,
Engenharia, Tecnologia e Estatística, no Curso de
Ensino de Biologia, Cadeira de Ecologia Geral e
Humana, 2º Ano para fins avaliativos orientado
pela docente da Cadeira.
MSC: Natércia Mário

Universidade Rovuma
Extensao de Cabo Delgado
2023
Índic

e
Resumo..............................................................................................................................4

Introdução..........................................................................................................................5

A relação homem e meio ambiente...................................................................................6

O crescimento populacional e a sua relação com o meio ambiente..................................7

A interferência humana em ecossistemas (O desmatamento).........................................10

O desmatamento..............................................................................................................11

Causas do desmatamento.................................................................................................11

Consequências do desmatamento....................................................................................12

Considerações finais........................................................................................................14

Referências bibliográficas...............................................................................................15
Resumo

O objectivo do presente trabalho é discutir, a partir de uma revisão da literatura,


sobre os impactos ambientais causados pelo crescimento populacional sem as devidas
precauções. Este estudo se configura como bibliográfico e descritivo e, desse modo,
consultou-se artigos científicos e livros que versam sobre a temática aqui abordada. O
problema de pesquisa que guiará esse estudo está ligado à compreensão de se os
impactos ambientais são um problema governamental ou representam a falta de
conscientização da população, o que justifica a relevância da proposta. Parte-se da
hipótese de que com o crescimento da população, a demanda por moradias e mais
alimentos foi aumentando cada vez mais. Em pesquisas a respeito do tema e a partir
de visitas realizadas em lixões e diversos setores de construções da cidade, a
conclusão foi que se homem e natureza não conviverem harmoniosamente, em pouco
tempo não terá mais como viver de forma sustentável. Terrenos preservados e
florestas são devastadas para construção de novas moradias. A pesquisa tem como
objetivo, então, refletir sobre como essa prática tem afetado o meio ambiente. Os
surgimentos de novos bairros afetam a natureza e, devido à falta de planejamento, a
interferência humana prejudica ainda mais a saúde do planeta. Todos os dias são
destruídos espaços juntamente com suas biodiversidades e, no lugar, surgem novas
casas, novos prédios, novos espaços de lazer, etc. Como resultado, tem-se o fato de
que o homem tem interferido cada vez mais e de diferentes maneiras ao modificar o
meio ambiente, prejudicando a natureza e ele mesmo.

Palavras-chave: Impacto da espécie humana sobre a natureza (crescimento


demográfico e redução de recursos naturais)

Interferência humana em ecossistemas naturais (desmatamento).


Introdução

O impacto ambiental é um desequilíbrio provocado pelo choque de relação entre o


homem e a natureza advindo da revolução humana, ou seja, no momento em que o
homem começou a evoluir em seu modo de vida. Nos primórdios, o homem vivia em
harmonia e submisso à natureza. Tem-se, então, como problema, analisar se os
impactos ambientais são um problema governamental ou representam a falta de
conscientização da população. A concentração da população em ambientes urbanos é
cada vez maior. Esse fenômeno gera um crescimento desordenado e acelerado,
provocando uma série de mudanças no meio ambiente. Com a expansão urbana
desordenada, surge a necessidade de adaptação das cidades como construções de
casas, prédios, sem contar com o crescimento das favelas em áreas urbanas sem que
haja uma fiscalização adequada de profissionais competentes.

Não tendo a devida orientação, o que se vê são construções feitas de forma irregular e
precária. Com isso, a degradação do meio ambiente é constante, representada pelo
lixo e entulhos depositados em qualquer lugar, esgoto a céu aberto e em razão de uma
série de problemas relacionados à saúde, higiene, falta de estrutura e ausência de
conhecimentos sobre preservação e meio ambiente. A escolha do tema se deu pelo
fato de ser necessário observar a relação do ser humano com o meio ambiente,
marcada pelo desrespeito. Desrespeito esse que, em muitas das vezes, é gerado pela
falta de conhecimento da causa ou mesmo orientação na hora de agir. A metodologia
que embasa esse estudo é a pesquisa de caráter bibliográfico e descritivo, e, em razão
disso, consultou-se artigos e livros relacionados à temática, com vistas a discutir
sobre os impactos dessa relação homem vs natureza.

A partir dos achados, constata-se que a qualidade de vida do ser humano está cada
vez pior devido aos maus hábitos adquiridos ao longo dos anos. Estamos no século
XXI e os problemas ambientais estão piorando de forma acelerada, o que torna as
estratégias necessárias ao convívio harmônico entre homem e natureza
indispensáveis. O objetivo principal desse trabalho é apresentar estratégias para que
se busque por soluções para que as autoridades locais e a população se conscientizem
de que a natureza é como nossa casa, precisando ser limpa e preservada. Levar essas
ideias para as escolas públicas e particulares, por meio de palestras e elaboração de
cartazes sobre a preservação do meio ambiente.
A relação Homem e meio ambiente

A relação entre homem e meio ambiente tem se tornado cada vez mais insustentável,
pois, com o crescimento demográfico avançando continuamente, a vida sustentável
do planeta está cada vez mais escassa. A população tem crescido assustadoramente,
e, com isso, o consumismo tem aumentado. Com o crescimento desordenado das
grandes cidades e as grandes devastações das áreas verdes, a extinção de plantas e
animais silvestres está aumentando a cada dia. É cada vez mais comum ouvir pessoas
reclamarem de poluição, doenças relacionadas a tal coisa, e, em alguns lugares, há até
escassez de alimentos (MARTINE, 1993). A harmonia entre o homem e a natureza
precisa ser estabelecida, antes que não haja mais natureza para preservar.

Quando falamos sobre preservação ambiental, precisa-se compreender que é algo


muito além do que ensinamos na sala de aula. Vivemos em uma sociedade capitalista
e o que sempre fazemos é explorar os recursos naturais, até esgotá-los. No material
de estudos fornecidos pela UCAM, (2014, p. 9), que se trata de uma apostila que
apresenta aspectos voltados à Projetos, Planejamento e Licenciamento Ambiental, um
trecho esclarece que:

Os artigos 1º e 2º da Lei 9.795/99, que dispõe sobre educação ambiental e institui a


política nacional de educação ambiental, definem educação ambiental como os
processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do
meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade, sendo um componente essencial e permanente da educação
nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal (UCAM, 2014, p.
9).

Segundo Hogan (1991), em seu artigo “Crescimento Demográfico e Meio Ambiente”,


sabe-se que a pressão demográfica já foi responsabilizada por todos os males do
mundo moderno, tais como: desertificação, fome, esgotamento de recursos,
degradação ambiental, etc. O que pôde ser constatado com esse argumento é que está
longe de ser resolvida a questão do crescimento populacional sem que ocorra a
degradação do meio ambiente. Existe, ainda, uma problemática maior que tem se
intensificado a cada ano. É a questão do lixo. Quanto mais cresce a população, mais
lixo se fabrica todos os dias. Um problema que envolve todos na busca de solução.
As instituições de ensino educação infantil e ensino fundamental que têm seus
currículos voltados à educação ambiental percebem que, ainda na infância, é possível
corrigir vários erros dos nossos antepassados.

Com os recursos e cuidados necessários na captação e queima de gás, tratamento de


do mesmo e demais cuidados necessários, visando, dessa forma, acabar com a
infestação de animais e urubus no local, é possível obter resultados bastante
satisfatórios, porém, cabe a mudança de postura. Foi um grande avanço, pois, no
passado, o lixo era depositado à céu aberto, trazendo transtornos para os moradores
próximos ao lixão e, assim, muitas doenças eram transmitidas às pessoas que
procuravam materiais no lixo. Tratando-se de soluções para preservar o meio
ambiente, é preciso colocar em pauta dois fatores. De um lado está a natureza,
localizada onde sempre esteve. Do outro, o homem, que, por sua vez, busca e cria
novas tecnologias, utilizando, para isso, recursos que, na maioria das vezes, agridem
e destroem o meio ambiente.

E, na busca de seus ideais, esquecem que sem preservação não existe natureza e sem
natureza não tem sobrevivência. Há que se concordar com Dias (2003) quando infere
que a falta de planejamento adequado na utilização dos recursos naturais acarretará, à
médio prazo, o esgotamento desses recursos, que, em muitas das vezes, são
irrecuperáveis ou são recompostos em um espaço de tempo muito longo.

O crescimento populacional e a sua relação com o meio ambiente


"A população mundial, ao longo dos últimos séculos, elevou-se em um ritmo
exponencial, muito embora as últimas décadas tenham apresentando certa desaceleração
nesse crescimento. O principal marco para o aumento do número de habitantes na Terra
foi a Revolução Industrial a partir do século XVIII em diante, que possibilitou o
crescimento das cidades e uma acelerada urbanização, que inicialmente ocorreu nos
países desenvolvidos e, atualmente, manifesta-se no mundo subdesenvolvido.

Actualmente, a população mundial está estimada em 7,2 bilhões de pessoas, o que gera
preocupação por parte de muitos sobre como esse grande número de habitantes utilizará
os recursos naturais disponíveis na Terra. Será que o planeta conseguirá atender as
demandas e o nível de consumo de tantas pessoas?

O facto é que, realmente, o nível de exploração e utilização dos recursos naturais vem se
expandindo, sendo atribuído por muitos como uma consequência do crescimento
massivo da população. No entanto, se fizermos uma análise mais cuidadosa, poderemos
perceber que não necessariamente o aumento de pessoas é o responsável pelo aumento
da exploração da natureza pelo ser humano. Afinal, mesmo com o crescimento
populacional desacelerando-se atualmente, o consumo vem se expandindo, e tal
expansão ocorre de maneira desigual no mundo

Algumas organizações e entidades internacionais afirmam que o planeta produz,


atualmente, uma quantidade de alimentos e recursos suficientes para cerca de nove
bilhões de pessoas, o que, no entanto, não impede que quase 1 bilhão de habitantes
sofram com o problema da fome e da miséria extrema, a maioria concentrada nos países
subdesenvolvidos. Portanto, o que se nota não é a escassez de recursos – sobretudo
alimentares – frente ao aumento do número de pessoas, mas a má distribuição e a falta
de acesso a esses elementos, fruto das relações de desigualdade e pobreza acentuada em
várias partes do planeta."

A busca pela sobrevivência está cada vez mais disputada entre homens e natureza, e,
nessa busca desenfreada, é comum encontrar vários rastros de destruição deixados
pelo ser humano. Não adianta lembrar e falar sobre Protocolo de Kyoto, Eco-92 e de
demais instituições que tratam do assunto de preservação ambiental se não colocarem
em prática tudo que foi tratado. As fábricas continuam poluindo, as florestas estão
sendo destruídos, os rios poluídos com o despejo de esgotos, além de resíduos tóxicos
das grandes fábricas, sem contar o lixo hospitalar que ainda causa transtorno no
manejo e descarte. A aceleração do crescimento populacional tem contribuído muito
com o estrago da natureza. Todos os anos são colocados grandes frotas de veículos
nas ruas e, apesar da fiscalização, o grau de poluição emitida pelas descargas dos
veículos ainda é muito preocupante.

Nesse contexto, visualiza-se, ainda hoje, que a poluição emitida na atmosfera é


contínua e faz com que os hospitais fiquem lotados e as pessoas doentes em razão de
problemas respiratórios, sendo que os mais prejudicados são as crianças e os idosos.
A qualidade de vida está cada vez pior, principalmente nas grandes cidades, onde
existe uma quantidade maior de veículos nas ruas e fábricas poluidoras. Não é preciso
ir muito longe para vislumbrar o que o ser humano tem feito para destruir o meio
ambiente. No nosso bairro, nas ruas de nossa cidade e mesmo na vizinhança ao lado
vemos a ignorância do ser humano à respeito do assunto. É necessário, urgentemente,
implantar a educação ambiental no currículo escolar, de forma obrigatória, com
pessoas capacitadas para instruir as crianças à respeito da importância e os cuidados
que se deve ter para com o meio ambiente.

Deve-se orientar e educar desde cedo, pois esse é o recurso mais eficiente. Não
devemos esperar que essas crianças se tornem adultos para que se comprometam com
o meio. Aprender a respeitar a natureza é uma tarefa que deve ser ensinada em casa,
nas empresas e nas escolas. Muito se houve falar na destruição da floresta amazônica
com o desmatamento, incêndios, etc. Contudo, esquecemos que a educação ambiental
começa dentro de nossas residências, quando orientamos a família e aplicamos
medidas cabíveis quanto ao descarte de nosso lixo, usando a reciclagem e fazendo o
uso consciente da água e energia elétrica, evitando desperdícios desnecessários. A
maior parte das águas potáveis que consumimos vem dos rios (PAIVA, 2011). Além
do lixo que vai parar no leito de um rio depois de fortes chuvas, existe, também, a
contaminação pelo esgoto não tratado das residências e indústrias.

Não podemos esquecer que a distribuição irregular da população vem afetando muito
a condição climática, pois a densidade demográfica tem aumentado cada vez mais na
região sudeste e litorânea, motivo pelo qual essa região concentra maior crescimento
populacional cujos impactos ambientais são maiores.

Devemos, também, conscientizar as gerações futuras sobre a preservação ambiental,


criando leis que garantam essa preservação, pois, desse modo, tem-se esperança em
salvar o planeta. Com o aumento da população, aumenta-se a taxa de mortalidade.
Preservando e cuidando do meio ambiente, acarreta, por outro lado, a melhora da
qualidade e expectativa de vida.
A interferência humana em ecossistemas (O desmatamento)
Inúmeras são as consequências advindas da ação do homem, sejam elas no campo da
ciência, tecnologia, urbanismo ou na natureza. Ondas de calor intensas, chuvas
carregadas, ar seco e chuvas volumosas, podem ser exemplos resultantes da intervenção
humana na natureza.

Tais ações podem influenciar drasticamente na variação das temperaturas, como a


queima de combustíveis, que resulta na maior emissão de monóxido de carbono, e
consequentemente impacta e contribui para o aumento da velocidade do aquecimento
global, ou pelo desmatamento, diminuindo assim, a oxigenação do ar e o sequestro do
gás carbônico da atmosfera, realizado pelas plantas.

Com isso, a actuação humana proporciona alterações no ecossistema e, que por


consequência, afectam a vida de toda a população. Situações como a que vivemos neste
momento, em que o inverno apresenta temperaturas semelhantes às do verão, ocasionam
uma aceleração no ciclo de diferentes espécies, influenciando a quantidade de
indivíduos de um ecossistema.

Por exemplo, insectos em geral se reproduzem em climas mais quentes e, portanto,


diminuem a quantidade de indivíduos no inverno. Com esta linearidade de temperatura
elevada acima dos padrões médios, o número de insectos mantém-se aumentado ao
longo de todo o ano trazendo doenças que não são comuns de acontecerem com tanta
incidência nas épocas mais frias do ano.

Nesse contexto, as alterações climáticas podem provocar transformações em diversos


ecossistemas do nosso planeta, como em florestas tropicais, geleiras dos polos e os
recifes de corais, resultando em mais de 50% de destruição de espécies conhecidas por
nós. Sem mencionar os danos que podem impactar diretamente a vida da espécie
humana e como consequência, seus hábitos alimentares e até mesmo na economia.

Diante desse cenário, uma medida relativamente eficaz, poderia ser a substituição de
árvores exóticas por outras de espécie nativas, com a finalidade de manter o equilíbrio
do ecossistema local. Sem mencionar as dicas e orientações que já são conhecidas por
todos, como a diminuição da emissão de gás carbônico, por meio da utilização de
transportes alternativos, por exemplo, ou a diminuição do uso indevido de água.
O desmatamento
O desmatamento é caracterizado pela remoção da vegetação nativa de uma área. A sua
causa está atrelada principalmente à ação antrópica, ou seja, à atuação do homem no
desenvolvimento das actividades produtivas. As consequências do desmatamento estão
ligadas à perda da biodiversidade e, consequentemente, à extinção de espécies. Além
disso, o desmate provoca um amplo conjunto de impactos ambientais negativos e é
apontado como um dos grandes responsáveis pelas mudanças climáticas.

O desmatamento é um fenômeno mundial. No entanto, o maior volume de ocorrências


de desmate está nos países subdesenvolvidos e emergentes. Esse cenário de devastação
requer políticas preservacionistas a fim de proteger-se os recursos naturais. Desse modo,
uma solução é a implementação de modelos de produção de cunho sustentável voltados
para o desenvolvimento econômico em conjunto com a preservação ambiental.

Causas do desmatamento
A principal causa do desmatamento está ligada à ação antrópica, ou seja, à atuação
do ser humano no processo de remoção da vegetação. Desse modo, o desmatamento, na
maior parte das áreas florestadas, é causado diretamente pelas actividades
produtivas desenvolvidas pelo ser humano em sua totalidade. A remoção da vegetação
é realizada pelo corte directo, por máquinas e ainda por outros meios, como
as queimadas. Essas áreas desmatadas são comumente utilizadas para a exploração
dos recursos naturais e para a ocupação do solo.

O processo de desmatamento foi iniciado mediante a necessidade de matérias-primas


para a produção de diferentes elementos de uso da sociedade. Desse modo,
a exploração da madeira, por exemplo, para a fabricação de papel e de móveis, é uma
importante causadora do grande volume de desmatamento verificado em vários pontos
do globo. Nesse contexto, destaca-se ainda a produção de carvão vegetal e de meios
de transporte que utilizam a madeira em sua fabricação, como barcos. A madeira
também é utilizada para a construção de casas e confecção de objetos.

Já o avanço da urbanização e da industrialização também é considerado importante


vetor do desmatamento. As cidades cresceram amplamente em áreas antes florestadas,
sendo a remoção da vegetação necessária para a construção de casas, prédios e ruas. Já
as indústrias impulsionaram a utilização de elementos da natureza como matéria-prima.
Logo, além da madeira, frutas, seivas e outros elementos florestais começaram a ser
amplamente utilizados na indústria, cenário que provocou uma grande devastação de
áreas de floresta.

O desmatamento também é direcionado para a utilização do solo. As práticas agrícolas


e pecuárias são um exemplo desse tipo de uso, sendo que a vegetação é retirada, seja
por máquinas, seja por queimadas, para ceder espaço para a implementação de grandes
lavouras monocultoras e, ainda, para a criação de gado.

Consequências do desmatamento

A principal consequência do desmatamento está atrelada ao desequilíbrio


ambiental provocado pela perda da vegetação nativa. A remoção da vegetação provoca
uma grande perda da biodiversidade assim como a perda do habitat de animais e
plantas, e, ainda, impacta diretamente na elevação do número de espécies em extinção.

Desse modo, o desmatamento causa um conjunto de impactos ambientais que geram


uma grande mudança no ecossistema local, alterando drasticamente as características
geográficas e biológicas da área desmatada. Além disso, o desmatamento provoca
consequências sociais negativas, em especial, nas comunidades tradicionais e muito
dependentes das florestas.

O processo de mudança das condições climáticas verificado no globo nos últimos


anos é um fenômeno que tem como um dos causadores a crescente destruição da
vegetação nativa de diferentes biomas nele. Ademais, a elevação da temperatura e a
ocorrência de eventos climáticos extremos são apontadas por alguns pesquisadores
como resultantes de processos de origem antrópica, sendo um dos principais o
desmatamento.

Além disso, o desmatamento acelera a ocorrência de processos naturais que são


intensificados pela ação humana. A remoção da vegetação impacta diretamente no
aumento da erosão e da desertificação, por exemplo. No mais, o desmatamento interfere
no ciclo hidrológico e ocasiona efeitos como o esgotamento das fontes de água, já que a
retirada da vegetação dificulta a absorção da água da chuva pelo subsolo e o
consequente abastecimento das reservas subterrâneas e das nascentes.
O desmatamento e a degradação florestal são atividades que emitem gases causadores
do efeito estufa, sobretudo gás carbônico (CO2), que causam a mudança do clima.

Além de contribuir para o efeito estufa, o desmatamento gera outros impactos negativos
para a sociedade e o meio ambiente. Ameaçando espécies da fauna e da flora com a
destruição de habitats, afetando diretamente o meio de vida de milhões de pessoas,
comprometendo a oferta hídrica de outros tantos milhões e contribuindo para a perda de
solos férteis e a erosão. O desmatamento e as queimadas afetam também o clima local
reduzindo a umidade nas áreas atingidas e podendo afetar o fluxo das chuvas no
território.
Considerações finais

De acordo com tudo que foi exposto na pesquisa concluiu-se que o problema com o
meio ambiente abrange todo planeta. Com uma visão mais futurista foi possível
perceber que a solução para tais problemas está nas mãos de cada um de nós, pois já
não é mais um problema somente político-organizacional. Se cada indivíduo
conscientizar e começar, mesmo com medidas simples, dentro do seu próprio
ambiente onde habita e trabalha, cuidando do seu espaço, a contribuição para a
preservação será visível à todos. A mudança de atitude das pessoas diante da nova
realidade propicia uma qualidade de vida melhor. Para viver de forma sustentável é
necessário que homem e natureza vivam em harmonia. Para que aconteça a melhoria
não podemos cobrar nada da natureza, pois ela está onde sempre esteve. Cabe, a nós,
preservá-la.

O invasor é o ser humano que degrada, agride, maltrata sem se importar com as
consequências futuras, que, na verdade, já não pertencem mais ao futuro, é uma
realidade. Da forma de como está acelerada a devastação muito em breve os
problemas relacionados aos actos humanos sobre a natureza serão irreversíveis.
Lembrando que o homem foi feito por causa da natureza, não o inverso.
Consciencializar a população sobre preservação ambiental é a melhor solução para
melhorar a qualidade de vida e contribuir, também, para com um desenvolvimento
sustentável em cada localidade. Com algumas atitudes como: reflorestar as áreas
desmatadas, criar um processo de despoluição dos nossos rios e lagos e com a adesão
a medidas sustentáveis, como, por exemplo, o uso consciente dos recursos naturais,
evita-se, assim, qualquer tipo de poluição.
Referências bibliográficas

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CERVI, T. M. D. C. O estudo de impacto ambiental: A realidade entre a proteção


jurídica do meio ambiente e o desenvolvimento. 2009. Disponível em:
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http://www.portaldomeioambiente.org.br/cidadania/2087-crescimento-da-
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MARCONI, M. de. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas,


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PAIVA, R. Mundo Amigo. 1ª ed. São Paulo: Edições SM, 2011.

PEDRO LEOPOLDO. Prefeitura Municipal. Secretaria de meio Ambiente e


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PENNA, A. M. Projetos, Planejamento e Licenciamento Ambiental. Revisão


atualizada segundo o novo acordo ortográfico: Prof.ª. Ms. Camila Menezes. Coronel
Fabriciano: Prominas, 2014.

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