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6º Ano - AULA 10/2023 – As formas de relevo, os solos e sua ocupação: urbana e

rural

RECURSOS NATURAIS E SUA EXPLORAÇÃO

O homem é parte integrante da natureza e, desde o seu surgimento na Terra, sempre contou
com o que ela lhe oferecia, como alimento, água e abrigo, itens essenciais para sua sobrevivência.
Em todas as etapas históricas a humanidade fez uso da natureza, primeiramente para o seu próprio
sustento e mais tarde para produzir excedente, especialmente após a Revolução Industrial. As
sociedades capitalistas, que buscam incessantemente o lucro, extraem cada vez mais elementos
da natureza, denominados de recursos naturais.

São considerados recursos naturais tudo aquilo que é necessário ao homem e que se
encontra na natureza, dentre os quais podemos citar: o solo, a água, o oxigênio, energia oriunda
do Sol, as florestas, os animais, dentre outros. Os recursos naturais são classificados em dois
grupos distintos: os recursos naturais não renováveis e os recursos naturais renováveis.

Os recursos naturais não renováveis abrangem todos os elementos que são usados nas
atividades antrópicas, e que não têm capacidade de renovação. Com esse aspecto temos: o
alumínio, o ferro, o petróleo, o ouro, o estanho, o níquel e muitos outros. Isso quer dizer que quanto
mais se extrai, mais as reservas diminuem, diante desse fato é importante adotar medidas de
consumo comedido, poupando recursos para o futuro.

Já os recursos naturais renováveis detêm a


capacidade de renovação após serem
utilizados pelo homem em suas atividades
produtivas. Os recursos com tais características
são: florestas, água e solo. Caso haja o uso
ponderado de tais recursos, certamente não se
esgotarão.

Desigualdades na distribuição e na
apropriação dos recursos naturais no mundo

A distribuição dos recursos naturais


influencia grandemente na forma como os
países se relacionam entre si. A maioria dos
recursos naturais não é distribuída
uniformemente sobre a terra. Determinado lugar pode ter grandes quantidades de um recurso em
especial, enquanto outros podem ter pouca ou nenhuma. A escassez de certos recursos e bens
levou ao comércio entre os países do mundo.

• Recursos ou bens trazidos de outro país são conhecidos como importações.


• Recursos ou mercadorias enviadas de um país para outro são conhecidos
como exportações.

Os recursos naturais existem em quantidade limitada, pelo que a sua posse provoca a sua
menor disponibilidade para o resto da comunidade. Os recursos não podem ser produzidos, visto
que muitos são finitos e a sua posse, por si só, constituí uma vantagem competitiva para o
proprietário sem que tenha sido gerada qualquer mais-valia para a sociedade e sem que nada
tenha sido produzido ou criado.

Assim sendo, mesmo num regime de economia de mercado, a posse e fruição dos recursos
nunca pode ser comparável e ter as mesmas regras que a das mercadorias. Para mais, o acesso
aos recursos é condição essencial à sobrevivência humana. Porém a distribuição das reservas
destes recursos não se dá de forma uniforme no planeta.

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/fontes-de-energia-2-carvao-petroleo-gas-
agua-e-uranio.htm
A distribuição dos minerais mais utilizados pelo homem é distribuída irregularmente pelo
Planeta, e levando-se em conta o território brasileiro encontraremos as Estruturas Sedimentares:
BACIAS SEDIMENTARES da Amazônia, do Maranhão, do Pantanal e do Paraná. E entre as
Estruturas Cristalinas destacam-se o Escudo das Guianas, o Atlântico, o do Brasil Central e o
Uruguaio no sul-rio-grandense.

Nas sedimentares são encontrados recursos minerais energéticos como: o carvão, o gás e o
petróleo – e também as principais ocorrências de bauxita, minério fundamental à produção de
alumínio. Por sua vez, são nos escudos cristalinos que se localizam as jazidas minerais de
manganês, ferro, níquel, diamante, urânio, entre outros.

O ferro brasileiro, por exemplo, tem os principais destinos: China, Japão, Coreia do Sul e
países europeus, como Holanda, Itália e Alemanha. Além de Argentina, Omã, entre outros.

Relação Homem – Natureza e o Capitalismo

A relação homem natureza faz parte do processo de evolução da humanidade. Em um


passado distante, a interação do homem com a natureza era semelhante a dos animais. Um dos
aspectos revolucionários que moldou esta relação foi o surgimento da agricultura. Com a
possibilidade de novas tecnologias e formas de uso da terra, a humanidade mudou o seu olhar
sobre a natureza, provocando uma modificação radical nos ecossistemas.

A revolução industrial representou um grande salto na capacidade do ser humano em intervir


na natureza e esse processo continua a aumentar de forma considerável. O uso intensivo de
reservas de combustíveis fósseis (petróleo; gás natural; carvão mineral) abre caminho para uma
expansão inédita da escala das atividades humanas, pressionando a base dos recursos naturais.

A década de 1960 é marcada pela inserção da questão ambiental na agenda de pesquisa dos
economistas. As atenções para a degradação dos recursos naturais evidenciam a falta da inserção
dos aspectos ecológicos aos modelos de crescimento econômico. E ao longo do século XXI, esse
debate ganha força e proporciona debates sobre as bases do crescimento e a pressão exercida
sobre o meio ambiente.

O DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA E A QUESTÃO AMBIENTAL: UMA ABORDAGEM


INICIAL

A economia capitalista baseada no acúmulo de riquezas e extração de recursos naturais de


forma predatória, moldou e transformou a relação homem-natureza, rompendo com a harmonia que
outrora existia nesta relação. O modo de produção baseado no consumo generalizado de produtos
industrializados e demandante de matérias-primas, marca a trajetória de mudanças econômicas,
sociais e ambientais estabelecidas pelo sistema produtivo. Associado a isso, a ideia de crescimento
econômico, ganhou força e estabeleceu as bases para o desenvolvimento econômico

Uma das primeiras abordagens de desenvolvimento como sinônimo de crescimento


econômico foi implantada até o início dos anos 1960, pela não necessidade de distinguir
crescimento econômico de desenvolvimento, porque as nações que haviam se tornado ricas eram
também as mais desenvolvidas e desfrutavam das benesses da industrialização. E os países que
se encontravam em processo de desenvolvimento eram os países mais pobres, onde a
industrialização ainda era tardia e incipiente ou não havia começado.

Alguns fatos passaram a ser observados, colocando em discussão esse processo de


crescimento. Notou-se que apesar da evolução crescente e rápida de desenvolvimento e
industrialismo marcado pelo crescimento econômico durante a década de 1950, em diversos países
semi industrializados, inclusive no Brasil, esse processo pouco modificou o acesso das populações
mais pobres aos bens materiais e culturais como ocorrera nos países desenvolvidos, a começar
pela ampliação à saúde e educação.

A preocupação com a questão ecológica e ambiental, foi colocada em destaque na


conferência de Estocolmo em 1972, em que elucidou a importância do meio ambiente e a
necessidade de uma pesquisa permanente e global das possibilidades do futuro humano. Aliado a
isto e reforçando a questão, em 1987, foi lançado o Relatório do Nosso Futuro Comum, também
chamado Relatório Brundtland, que serviu para configurar a urgência de debates para a integração
das questões ambientais com as questões relativas ao desenvolvimento econômico através da
promoção de reuniões que pudessem guiar os governos do planeta em direção à políticas
sustentáveis.

A ECO-92 propõe um segundo avanço no conceito de Ecologia, pois defende que os países
pobres não precisam e não devem estar subordinados a uma ordem produtiva secundária, feita de
uma maneira a garantir a riqueza do planeta, da qual não se retira nem uma parte do mínimo
sustentável. A partir da evolução do conceito de ecologia e de desenvolvimento, a sociedade e os
governos locais podem visualizar modelos de apropriação da natureza e de relação entre Estados,
sociedades e cidadania, que garantam a diminuição de impactos ao meio ambiente.

Neste sentido, entende-se que o capitalismo enquanto modo de produção não é sustentável,
mas existem formas e maneiras de tentar construir no capitalismo modelos e processos menos
degradantes da natureza promovendo um desenvolvimento ecológico e socialmente equilibrado.

Disponível
em: http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2017/pdfs/eixo9/ocapitalismoeaquestaoambientalrefle
xoesteoricassobreaeconomiadomeioambiente.pdf (Adaptado).

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