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UNIVERSIDADE PÚNGUÈ

Faculdade de Letras, Ciências Sociais e Humanidade

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Curso de Licenciatura em direito

Tete
Abril 2023
Disciplina: Ciência Política e Direito Constitucional-1

Pensamento político de Emmanuel Kant;


-Estado;
-Governo;
-Cidadania.

Docente: Prof. Dr. David Adriano Nota

Tete
Abril 2023
Índice

1.Introdução................................................................................................................................4

2.O Pensamento política de Emmanuel Kant.............................................................................5

3.Critica de Kant......................................................................................................................5.6

4.A Teoria dos juízos em Kant....................................................................................................7

5.OS Principais pensamentos de Kant........................................................................................8

6.As principais características da filosofia Kantiana.................................................................9

7.Ideias que Kant defende.........................................................................................................10

8.A Principal diferença ente a moral Kantiana e a moral


tradicional........................................11

9.O Estado na visão de


Kant......................................................................................................12

10.O governo segundo Kant......................................................................................................13

11.Cidadania.............................................................................................................................14

12.conclusão..............................................................................................................................15

13.Bibliografia..........................................................................................................................16
INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa apresentar os fundamentos e as justificativas do Estado na teoria


política de Immanuel Kant, nos aspetos ligados à fundação, cidadania e finalidade do Estado.
As linhas que seguem não visam um aprofundado exame da teoria política do pensador, mas
pretende uma análise de sobrevoo e contato prévio com as ideias defendidas por Kant. O mote
condutor dessa abordagem é esclarecer o problema referente às necessidades do Estado, qual
seja: por que um Estado se apresenta como condição asseguradora do desenvolvimento
humano?

A busca de soluções à problemática em questão, deve passar pela análise da importância da


natureza humana na formação do Estado; pela contextualização da ideia de cidadania e a
participação popular no Estado kantiano e na compreensão da finalidade do Estado como
promotor da paz.

Para tanto, o estudo presente analisa as conceções de Estado e estado de natureza delineadas
por Kant em seus diversos escritos, tendo como principal referencial a obra Ideia de

uma história universal com propósito cosmopolita (1784), visando demonstrar que os aspetos
da teoria política de Immanuel Kant, ainda ecoam na atualidade, servindo, pois, de base
teórica para o aperfeiçoamento dos sistemas políticos.
O pensamento político de Emmanuel Kant

Kant delineia o problema da autoridade política por meio de considerações elementares sobre
aspetos básicos da razão humana e da liberdade de agir para mostrar que somente sob o
regime da ideia de um contrato social pode-se dizer que uma vontade livre tem a genuína
possibilidade de fazer aquisições jurídicas ...

Quem foi Kant e o que ele defendia

Immanuel Kant (1724-1804) foi um filósofo alemão, fundador da “Filosofia Crítica” -


sistema que procurou determinar os limites da razão humana. Sua obra é considerada a pedra
angular da filosofia moderna. Sua obra-prima “Crítica da Razão Pura” deu início a grande era
da metafísica alemã

A visão de Kant sobre o estado

Assim sendo, apresenta Kant que no estado de natureza vige apenas um direito provisório e
transitório e somente com a passagem do estado de natureza para o Estado Civil é que os
indivíduos têm assegurado, por meio do poder estatal, a coexistência das liberdades segundo
uma lei universal.

As 3 críticas de Kant

A fundamentação sistemática de sua filosofia está presente nas suas três críticas da razão: a
Crítica da Razão Pura (1781), a Crítica da Razão Prática (1788) e a Crítica do Juízo
(1790).

Crítica da Razão Pura

A “Crítica da Razão Pura” é o livro em que Kant separa os domínios da ciência e da ação.
O conhecimento se constrói a partir do fenômeno que alia a intuição sensível ao conceito do
intelecto. Assim, são as categorias lógicas que constituem objetos, permitindo que possam ser
conhecidos de forma universal e necessária.
Kant pretendia com a Crítica da Razão Pura

Kant, em a Crítica da razão pura, tentou superar o impasse entre o racionalismo e o


empirismo, porém considerou que a razão pura poderia apresentar juízos sintéticos a priori,
concluindo que parte da ciência natural e a Matemática seriam conhecimentos certos por não
necessitarem de recorrer à experiência.

O objetivo da Crítica da razão prática

A crítica da razão prática em geral tem, pois, a obrigação de tirar à razão empiricamente
condicionada a pretensão de querer proporcionar por si só, de modo exclusivo, o
fundamento da determinação da vontade.

Conhecimento da razão pura decorre

O conhecimento filosófico, portanto, é caracterizado pelo esforço da razão pura para


questionar os problemas humanos, recorrendo apenas às luzes da própria razão

Critica da razão pratica

A razão prática pura é aquela estrutura da razão que gera um princípio para
considerações sistemáticas de um tipo prático. Ao invés de tratar "das condições dadas" ou
conceitos, como a razão teórica pura faz na Dialética da primeira Crítica, a razão prática pura
teria que fornecer um princípio para a tomada de decisão.

A crítica da razão para Kant

A crítica, no vocabulário kantiano, é uma atividade da razão capaz de dar discernimento


aos juízos que ela emite. Ela procura delimitar os limites da razão, impedindo a emissão de
juízos em domínios que ela não possa atuar.

A crítica da razão prática em geral tem, pois, a obrigação de tirar à razão empiricamente
condicionada a pretensão de querer proporcionar por si só, de modo exclusivo, o fundamento
da determinação da vontade.

Critica do juízo
Critica do juízo e a capacidade de um individuo medir as consequências de seus atos.

A teoria dos juízos em Kant

Juízo, na concepção kantiana, é um enunciado que se submete a valores de verdade. Kant


também aqui segue o pensamento de Aristóteles, para quem todo juízo se articula de acordo
com a estrutura sujeito-verbo-predicado.

Os 3 tipos de juízos

Para facilitar a compreensão, nos deteremos nos seguintes tipos de juízo: o juízo de fato, o
juízo de valor e os juízos kantianos.

Juízo de fato

Juízo de fato trata da avaliação criada a partir de uma realidade vivida; refere-se às
coisas de modo objetivo. Por isso, os juízos de fato são descritivos, isto é, são afirmações que
se propõem a descrever algum aspecto da realidade.

Juízo de valor

Juízo de valor é um julgamento feito a partir de percepções individuais, tendo como base
fatores culturais, sentimentais, ideologias e pré-conceitos pessoais, normalmente relacionados
aos valores morais.

Juízo kantiana

Juízo, na concepção kantiana, é um enunciado que se submete a valores de verdade. Kant


também aqui segue o pensamento de Aristóteles, para quem todo juízo se articula de acordo
com a estrutura sujeito-verbo-predicado.

A importância do pensamento de Kant

Kant trouxe à luz a enorme importância do emaranhamento, da mistura epistemológica,


da interação, da interdependência, do empirismo e do racionalismo. Isso é o que vem à
mente com mais destaque quando reflito sobre por que Kant é uma figura importante na
filosofia ocidental.
Os principais pensamentos de Kant sobre o esclarecimento

Kant começa pelo próprio termo esclarecimento, que «é a saída do homem de sua
menoridade». O que produz tal menoridade é o próprio homem, que não consegue sair de sua
condição medíocre e tomar coragem de servir-se de si mesmo sem necessitar da ajuda de
alheios.

A frase mais famosa de Immanuel Kant

"O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele." (Kant)

O que resume o pensamento de Kant

Para Kant, existe um dever universal baseado em leis morais e esse dever está submetido ao
estrito cumprimento das leis morais em qualquer situação racional. O ser humano ou qualquer
outro ser racional deve cumprir aquilo que é estabelecido pela lei moral.

O que é liberdade na visão de Kant

Para Kant, a liberdade é a autonomia de cumprir seu dever de acordo com as Leis da
Natureza. Dessa forma, somos donos de nós mesmos e de nossas ações.

Kant define a Constituição

Kant, define constituição republicana como sendo aquela fundada no princípio da liberdade
dos membros da sociedade, enquanto seres humanos; na dependência dos membros a uma
única legislação comum, enquanto súditos; e conforme a igualdade de todos como cidadãos

O legado deixado por Kant

Em ética, seu principal legado é o conceito de imperativo categórico, que utilizou para
afastar a visão utilitarista
As principais características da filosofia kantiana

A grande característica dos pensamentos que envolvem Kant está em seu julgamento
estético e teleológico, onde estes se unem a fim de juntar os julgamentos empíricos e
morais; unificando o sistema social como um todo.

A critica do Kant contra o racionalismo

Kant critica o racionalismo e o empirismo, pois defende que ambas as doutrinas não
consideram o papel ativo da pessoa no processo de aquisição do conhecimento. Dessa
forma, Kant estabelece limites para o intelecto humano em relação ao conhecimento.

A crítica feita ao Kant sobre a boa vontade

Kant afirma, ainda, que “a boa vontade não é boa por aquilo que promove ou realiza, pela
aptidão para alcançar qualquer finalidade proposta, mas tão somente pelo querer, isto é,
em si mesma”

Os juízos de Kant

E há duas formas de juízo: o juízo analítico e o juízo sintético. Na esteira da teoria de


Leibniz, para Kant juízo analítico é aquele em que o conceito do predicado está contido no
conceito do sujeito. Ele expressa, portanto, uma identidade, explícita ou implicitamente.

Segundo Kant defende como dignidade humana

Para Kant os elementos que fundamentam a dignidade da pessoa humana, tem como ponto
partida, a educação da razão, pois é por ela que o ser humano é “construído”.

O Iluminismo de Kant

O iluminismo é a saída do homem da sua menoridade de que ele próprio é culpado. A


menoridade é incapacidade de se servir do entendimento sem a orientação de outrem.
Ideias que Kant defende com os conceitos de maioridade e menoridade humana

Segundo Kant, maioridade é a saída do homem de sua


'menoridade autoimposta'. Menoridade é a incapacidade de usar seu próprio entendimento
sem qualquer guia ou tutor, e essa menoridade é autoimposta se sua causa ocorre não por
falta de entendimento, mas por indecisão e falta de coragem de usar seu próprio pensamento.

A principal obra de Kant

Kant escreveu duas importantes obras sobre este assunto, nas quais reúne
suas principais ideias. Foram elas: a Crítica da Razão Prática e a Crítica da Razão Pura.

Como define Kant a ética

A ética de Kant fundamenta-se única e exclusivamente na Razão, as regras são


estabelecidas de dentro para fora a partir da razão humana e sua capacidade de criar
regras para sua própria conduta. Isso garante a laicidade, independência da religião, e a
autonomia, independência de normas e leis, da moral kantiana.

Kant diz que não podemos usar a humanidade como um meio

A percepção de Immanuel Kant de que o homem é um fim em si mesmo, e deste


modo não se pode utilizar o outro como meio, pois deve assegurar dignidade amolda-se
perfeitamente à necessidade do redimensionamento instrumental para a tutela de bens não-
patrimoniais, sobretudo justificando a proteção do trabalhador.

Kant diz que não podemos usar a humanidade como um meio seja a nossa ou a dos outros
mas sempre como um fim

O ser humano não deve, por conseguinte, absolutamente ser usado como meio, mas tão-
somente como fim em si mesmo, devendo ser chamado de pessoa e não de coisa, porque,
enquanto esta possui valor relativo, aquela é fim em si mesmo, possui valor absoluto e,
portanto, dignidade.
A principal diferença entre a moral kantiana e a moral tradicional

Caso se queira dizer com "moral tradicional" os valores de cada cultura, religião e
sociedade; a diferença fica na tomada racional que Immanuel Kant leva as questões de
ética. Ao invés de simples obediência aos preceitos de costumes

A proposta de Kant para unir racionalismo e empirismo

Chegamos, portanto, a uma síntese que Kant faz entre racionalismo e empirismo. Sem o
conteúdo da experiência, dados na intuição, os pensamentos são vazios de mundo
(racionalismo); por outro lado, sem os conceitos, eles não têm nenhum sentido para nós
(empirismo).

A crítica do pensamento de Kant

Outros filósofos de ponta, como Hegel, Marx, Schopenhauer, Nietzsche prestariam a Kant a
homenagem de discordar dele em grande escala. Estes pensadores se deram conta de que a
filosofia crítica de Kant é um divisor de águas na história do pensamento.

A visão de Kant

Kant acreditava na autonomia da razão e que os seres são plenamente capazes de agir
racionalmente, motivados pelo dever, ou seja, sabem racionalmente o que devem fazer.

Questões mais importantes do pensamento de Kant

O ponto fundamental do criticismo kantiano é a solução aplicada ao debate entre


racionalistas e empiristas, a chamada Revolução Coperniciana da Filosofia.

A explicação do Kant sobre existência de Deus

Para isso, Kant postula a necessidade da existência moral de Deus, ou seja, ele afirma que
essa necessidade moral “é subjetiva, isto é, uma carência, e não objetiva, ou seja, ela mesma
um dever; pois não pode haver absolutamente um dever de admitir a existência de uma coisa
(porque isto concerne meramente ao uso ...
O estado na visão de Kant

Seguindo a teoria tripartite de Montesquieu, Kant afirma que o Estado, como representação
da vontade geral unida, é composto por três pessoas, o soberano, a autoridade executiva e a
autoridade judiciária.

A visão de Kant sobre o estado

Assim sendo, apresenta Kant que no estado de natureza vige apenas um direito provisório e
transitório e somente com a passagem do estado de natureza para o Estado Civil é que os
indivíduos têm assegurado, por meio do poder estatal, a coexistência das liberdades segundo
uma lei universal.

Por- tanto, o Estado kantiano não visa simplesmente assegurar um direito originário, ou seja,
ele não é meio para outro fim, mas um fim em si mesmo. Sendo assim, ele é um ser jurídico-
moral que transcende a soma das vontades individuais, bem como está além de qualquer
ordem utilitária.

O propósito de Kant é que estados jurídicos republicanos resolvam todas as ameaças de


liberdade dos arbítrios das pessoas para garantir um convívio pacífico, com o objetivo maior
de ser alcançada uma paz universal e permanente entre as pessoas e entre os estados.

Características do estado segundo Kant

Por- tanto, o Estado kantiano não visa simplesmente assegurar um direito originário, ou seja,
ele não é meio para outro fim, mas um fim em si mesmo. Sendo assim, ele é um ser jurídico-
moral que transcende a soma das vontades individuais, bem como está além de qualquer
ordem utilitária.
Governo

O governo é a organização que é a autoridade governante de uma


unidade política, o poder de regrar uma sociedade política, ou o aparato pelo
qual o corpo governante funciona e exerce autoridade. O governo é, usualmente,
utilizado para designar a instância máxima de administração executiva,
geralmente reconhecida como a liderança de um Estado ou
uma nação. Os Estados podem ter vários níveis ou esferas de governo, conforme
a organização política daquele país, como por exemplo os governos locais ou
municipais, os regionais ou estaduais e o nacional ou federal.

No direito administrativo contemporâneo, governo é a expressão que define o


núcleo diretivo do Estado, alterável por eleições e responsável pela gerência dos
interesses estatais e pelo exercício do poder político.
Cidadania

segundo princípio da cidadania kantiana é a igualdade entre os súditos. Essa igualdade nada
mais é que o direito que cada membro da comunidade possui de coagir os outros. Ressalta- se
que essa igualdade é apenas entre os súditos. O chefe de Estado não se iguala aos súditos não
podendo ser repreendido por nenhum deles, todavia, cabe a ele o direito de repreender todos.
Assim, pode-se afirmar que a igualdade dos súditos está na sua submissão às leis. Essa é a
prerrogativa do Estado kantiano de direito. Aos mais desavisados e desatentos leitores de
Kant que se impressionam com seus discursos de frases isoladas sobre cidadania, a igualdade
proposta não implica em equalizar condições, mas de tratar apenas juridicamente igual. A
igualdade “é de todo compatível com a maior desigualdade na qualidade ou nos graus de sua
propriedade, na superioridade quer física, quer intelectual sobre os outros ou em bens de
fortuna que lhes são exteriores e em direitos em geral”
Conclusão

Kant é um dos mais notáveis e importantes filósofos do século XVIII e talvez de todos os
tempos. De tudo o que escreveu convém assinalar os textos sobre a teoria do conhecimento, a
metafísica e a ética.

A razão para a presença do Estado como assegurador do desenvolvimento humano, se deve ao


seu caráter de promotor da liberdade, isto é, a liberdade de se isolar e de se individualizar,
mas também promovendo a liberdade de se socializar, de viver coletivamente. Para tanto, é
forçoso reconhecer que a liberdade de participação como cidadão, visando o estabelecimento
de leis que aprimorem o convívio em sociedade e, notadamente, a paz.
Bibliografia

BOBBIO, Norberto. Direito e estado no pensamento de Emanuel Kant. 8. ed., Trad. Alfredo
Fait, São Paulo: Mandarim, 2000.

HERNÁNDEZ, Oriester Abarca. El Estado como necesidad racional y el derecho de


propiedad em la teoria política de Kant. Inter Sedes, vol. 2 (2-3), p. 13-30, 2001.

KANT, Immanuel. Ideia de uma história universal com propósito cosmopolita. Trad. Artur
Morão.1784.Disponível...em:
http://www.lusosofia.net/textos/kant_ideia_de_uma_historia_universal.pdf. Acesso em:
23/07/2020.

KANT, Immanuel. Sobre a expressão corrente: isto pode ser correto na teoria, mas nada vale
na prática. Trad. Artur Morão. Luso Sofia: Pres, 1781.

Francisco José Santiago Martins publicado por pontodemira às 22:05

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Ausübende Rechtslehre. Kants Begriff der Politik. In: SCHOENRICH & KATO (Hrsg.). Kant
in der Diskussion der Moderne. Frankfurt a/Main, 1996. GOUDELI, Kyriaki. Kant´s
Reflective Judgement: The Normalisation of Political Judgement. Kant-Studien. Jhrg. 94,
Heft. 1, Berlim, 2003. HABERMAS, Jürgen. Kants Idee des ewigen Friedens – aus dem
historischen Abstand von 200 Jahren. In: Die Einbeziehung des Anderen. Studien zur
politischen Theorie. 2. Aufl. Frankfurt a/ Main: Suhrkamp, 1996.

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