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Tete
Abril 2023
Disciplina: Ciência Política e Direito Constitucional-1
Tete
Abril 2023
Índice
1.Introdução................................................................................................................................4
3.Critica de Kant......................................................................................................................5.6
11.Cidadania.............................................................................................................................14
12.conclusão..............................................................................................................................15
13.Bibliografia..........................................................................................................................16
INTRODUÇÃO
Para tanto, o estudo presente analisa as conceções de Estado e estado de natureza delineadas
por Kant em seus diversos escritos, tendo como principal referencial a obra Ideia de
uma história universal com propósito cosmopolita (1784), visando demonstrar que os aspetos
da teoria política de Immanuel Kant, ainda ecoam na atualidade, servindo, pois, de base
teórica para o aperfeiçoamento dos sistemas políticos.
O pensamento político de Emmanuel Kant
Kant delineia o problema da autoridade política por meio de considerações elementares sobre
aspetos básicos da razão humana e da liberdade de agir para mostrar que somente sob o
regime da ideia de um contrato social pode-se dizer que uma vontade livre tem a genuína
possibilidade de fazer aquisições jurídicas ...
Assim sendo, apresenta Kant que no estado de natureza vige apenas um direito provisório e
transitório e somente com a passagem do estado de natureza para o Estado Civil é que os
indivíduos têm assegurado, por meio do poder estatal, a coexistência das liberdades segundo
uma lei universal.
As 3 críticas de Kant
A fundamentação sistemática de sua filosofia está presente nas suas três críticas da razão: a
Crítica da Razão Pura (1781), a Crítica da Razão Prática (1788) e a Crítica do Juízo
(1790).
A “Crítica da Razão Pura” é o livro em que Kant separa os domínios da ciência e da ação.
O conhecimento se constrói a partir do fenômeno que alia a intuição sensível ao conceito do
intelecto. Assim, são as categorias lógicas que constituem objetos, permitindo que possam ser
conhecidos de forma universal e necessária.
Kant pretendia com a Crítica da Razão Pura
A crítica da razão prática em geral tem, pois, a obrigação de tirar à razão empiricamente
condicionada a pretensão de querer proporcionar por si só, de modo exclusivo, o
fundamento da determinação da vontade.
A razão prática pura é aquela estrutura da razão que gera um princípio para
considerações sistemáticas de um tipo prático. Ao invés de tratar "das condições dadas" ou
conceitos, como a razão teórica pura faz na Dialética da primeira Crítica, a razão prática pura
teria que fornecer um princípio para a tomada de decisão.
A crítica da razão prática em geral tem, pois, a obrigação de tirar à razão empiricamente
condicionada a pretensão de querer proporcionar por si só, de modo exclusivo, o fundamento
da determinação da vontade.
Critica do juízo
Critica do juízo e a capacidade de um individuo medir as consequências de seus atos.
Os 3 tipos de juízos
Para facilitar a compreensão, nos deteremos nos seguintes tipos de juízo: o juízo de fato, o
juízo de valor e os juízos kantianos.
Juízo de fato
Juízo de fato trata da avaliação criada a partir de uma realidade vivida; refere-se às
coisas de modo objetivo. Por isso, os juízos de fato são descritivos, isto é, são afirmações que
se propõem a descrever algum aspecto da realidade.
Juízo de valor
Juízo de valor é um julgamento feito a partir de percepções individuais, tendo como base
fatores culturais, sentimentais, ideologias e pré-conceitos pessoais, normalmente relacionados
aos valores morais.
Juízo kantiana
Kant começa pelo próprio termo esclarecimento, que «é a saída do homem de sua
menoridade». O que produz tal menoridade é o próprio homem, que não consegue sair de sua
condição medíocre e tomar coragem de servir-se de si mesmo sem necessitar da ajuda de
alheios.
"O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele." (Kant)
Para Kant, existe um dever universal baseado em leis morais e esse dever está submetido ao
estrito cumprimento das leis morais em qualquer situação racional. O ser humano ou qualquer
outro ser racional deve cumprir aquilo que é estabelecido pela lei moral.
Para Kant, a liberdade é a autonomia de cumprir seu dever de acordo com as Leis da
Natureza. Dessa forma, somos donos de nós mesmos e de nossas ações.
Kant, define constituição republicana como sendo aquela fundada no princípio da liberdade
dos membros da sociedade, enquanto seres humanos; na dependência dos membros a uma
única legislação comum, enquanto súditos; e conforme a igualdade de todos como cidadãos
Em ética, seu principal legado é o conceito de imperativo categórico, que utilizou para
afastar a visão utilitarista
As principais características da filosofia kantiana
A grande característica dos pensamentos que envolvem Kant está em seu julgamento
estético e teleológico, onde estes se unem a fim de juntar os julgamentos empíricos e
morais; unificando o sistema social como um todo.
Kant critica o racionalismo e o empirismo, pois defende que ambas as doutrinas não
consideram o papel ativo da pessoa no processo de aquisição do conhecimento. Dessa
forma, Kant estabelece limites para o intelecto humano em relação ao conhecimento.
Kant afirma, ainda, que “a boa vontade não é boa por aquilo que promove ou realiza, pela
aptidão para alcançar qualquer finalidade proposta, mas tão somente pelo querer, isto é,
em si mesma”
Os juízos de Kant
Para Kant os elementos que fundamentam a dignidade da pessoa humana, tem como ponto
partida, a educação da razão, pois é por ela que o ser humano é “construído”.
O Iluminismo de Kant
Kant escreveu duas importantes obras sobre este assunto, nas quais reúne
suas principais ideias. Foram elas: a Crítica da Razão Prática e a Crítica da Razão Pura.
Kant diz que não podemos usar a humanidade como um meio seja a nossa ou a dos outros
mas sempre como um fim
O ser humano não deve, por conseguinte, absolutamente ser usado como meio, mas tão-
somente como fim em si mesmo, devendo ser chamado de pessoa e não de coisa, porque,
enquanto esta possui valor relativo, aquela é fim em si mesmo, possui valor absoluto e,
portanto, dignidade.
A principal diferença entre a moral kantiana e a moral tradicional
Caso se queira dizer com "moral tradicional" os valores de cada cultura, religião e
sociedade; a diferença fica na tomada racional que Immanuel Kant leva as questões de
ética. Ao invés de simples obediência aos preceitos de costumes
Chegamos, portanto, a uma síntese que Kant faz entre racionalismo e empirismo. Sem o
conteúdo da experiência, dados na intuição, os pensamentos são vazios de mundo
(racionalismo); por outro lado, sem os conceitos, eles não têm nenhum sentido para nós
(empirismo).
Outros filósofos de ponta, como Hegel, Marx, Schopenhauer, Nietzsche prestariam a Kant a
homenagem de discordar dele em grande escala. Estes pensadores se deram conta de que a
filosofia crítica de Kant é um divisor de águas na história do pensamento.
A visão de Kant
Kant acreditava na autonomia da razão e que os seres são plenamente capazes de agir
racionalmente, motivados pelo dever, ou seja, sabem racionalmente o que devem fazer.
Para isso, Kant postula a necessidade da existência moral de Deus, ou seja, ele afirma que
essa necessidade moral “é subjetiva, isto é, uma carência, e não objetiva, ou seja, ela mesma
um dever; pois não pode haver absolutamente um dever de admitir a existência de uma coisa
(porque isto concerne meramente ao uso ...
O estado na visão de Kant
Seguindo a teoria tripartite de Montesquieu, Kant afirma que o Estado, como representação
da vontade geral unida, é composto por três pessoas, o soberano, a autoridade executiva e a
autoridade judiciária.
Assim sendo, apresenta Kant que no estado de natureza vige apenas um direito provisório e
transitório e somente com a passagem do estado de natureza para o Estado Civil é que os
indivíduos têm assegurado, por meio do poder estatal, a coexistência das liberdades segundo
uma lei universal.
Por- tanto, o Estado kantiano não visa simplesmente assegurar um direito originário, ou seja,
ele não é meio para outro fim, mas um fim em si mesmo. Sendo assim, ele é um ser jurídico-
moral que transcende a soma das vontades individuais, bem como está além de qualquer
ordem utilitária.
Por- tanto, o Estado kantiano não visa simplesmente assegurar um direito originário, ou seja,
ele não é meio para outro fim, mas um fim em si mesmo. Sendo assim, ele é um ser jurídico-
moral que transcende a soma das vontades individuais, bem como está além de qualquer
ordem utilitária.
Governo
segundo princípio da cidadania kantiana é a igualdade entre os súditos. Essa igualdade nada
mais é que o direito que cada membro da comunidade possui de coagir os outros. Ressalta- se
que essa igualdade é apenas entre os súditos. O chefe de Estado não se iguala aos súditos não
podendo ser repreendido por nenhum deles, todavia, cabe a ele o direito de repreender todos.
Assim, pode-se afirmar que a igualdade dos súditos está na sua submissão às leis. Essa é a
prerrogativa do Estado kantiano de direito. Aos mais desavisados e desatentos leitores de
Kant que se impressionam com seus discursos de frases isoladas sobre cidadania, a igualdade
proposta não implica em equalizar condições, mas de tratar apenas juridicamente igual. A
igualdade “é de todo compatível com a maior desigualdade na qualidade ou nos graus de sua
propriedade, na superioridade quer física, quer intelectual sobre os outros ou em bens de
fortuna que lhes são exteriores e em direitos em geral”
Conclusão
Kant é um dos mais notáveis e importantes filósofos do século XVIII e talvez de todos os
tempos. De tudo o que escreveu convém assinalar os textos sobre a teoria do conhecimento, a
metafísica e a ética.
BOBBIO, Norberto. Direito e estado no pensamento de Emanuel Kant. 8. ed., Trad. Alfredo
Fait, São Paulo: Mandarim, 2000.
KANT, Immanuel. Ideia de uma história universal com propósito cosmopolita. Trad. Artur
Morão.1784.Disponível...em:
http://www.lusosofia.net/textos/kant_ideia_de_uma_historia_universal.pdf. Acesso em:
23/07/2020.
KANT, Immanuel. Sobre a expressão corrente: isto pode ser correto na teoria, mas nada vale
na prática. Trad. Artur Morão. Luso Sofia: Pres, 1781.
Ausübende Rechtslehre. Kants Begriff der Politik. In: SCHOENRICH & KATO (Hrsg.). Kant
in der Diskussion der Moderne. Frankfurt a/Main, 1996. GOUDELI, Kyriaki. Kant´s
Reflective Judgement: The Normalisation of Political Judgement. Kant-Studien. Jhrg. 94,
Heft. 1, Berlim, 2003. HABERMAS, Jürgen. Kants Idee des ewigen Friedens – aus dem
historischen Abstand von 200 Jahren. In: Die Einbeziehung des Anderen. Studien zur
politischen Theorie. 2. Aufl. Frankfurt a/ Main: Suhrkamp, 1996.