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CURSO DE FILOSOFIA
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Cotrim Gilberto, 2000, SARAIVA.
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Cotrim Gilberto, 2000, SARAIVA.
Dentre essas pertinentes questões detenhamos nossa reflexão no que diz
respeito a questão do saber, que em sua máxima podemos em termos Kantianos
formular da seguinte forma. O que de fato posso saber?
O problema do conhecer humano de Kant esta entre as questões de maior
importância no seu pensamento. Levando em conta uma forte influência de David
Hume, Kant começa a questionar profundamente os níveis do conhecer humano.
Remorara-se que na filosofia de Hume, todo conhecimento vem da
experiência. Kant compreende, mas percebe a necessidade de fazer uma nova
forma de pensar o conhecimento, a tal ponto ele queria isso, que sua reformulação
da teoria do conhecimento é comparada a revolução copernicana, e não à toa (Cf.
Pretti3, 2016, p.93).
Kant começando do impulso deixado por Descartes do Eu, começa então a
postular o que seria o conhecimento humano? O que de fato posso conhecer?
Como é possível a metafisica como ciência? (Cf. Martins Filho, 2000, p. 198.)
Respondendo a esses questionamentos levando em conta o forte ceticismo
de Hume para não se cair em dogmatismos, Kant então elabora uma filosofia critica
(Cf. Pretti, p. 97). Aqui destacamos que uma boa expressão para resumir a filosofia
de Kant é esta: uma filosofia critica, onde a razão é posta em sua máxima dos
juízos, um verdadeiro tribunal da razão, e Kant, como nenhum outro irá levar até as
máximas esse seu pensamento crítico.
O pensador Alemão, em torno da questão epistemológica, faz uma divisão em
sua obra “critica da razão pura”, no que confere a forma básica do conhecimento,
sendo elas o conhecimento empírico (a posteriori) e o conhecimento puro ou a priori.
Sendo o primeiro o conhecimento que vem da experiencia (lembra Hume), e o
segundo o conhecimento anterior a experiencia, o conhecimento puro mesmo. Para
Kant, o conhecimento por sua vez que é puro, pode conduz a certos juízos
universais, o que não podemos falar do juízo empírico (Cotrim, 2000, p. 174).
Mas, o que isso significa na pratica com relação ao conhecimento? Ora, essa
reflexão de Kant na verdade mudou tudo, se pudéssemos resumir o que Kant nos
quis dizer, poderíamos falar, que na grande briga antiga para saber se o
conhecimento tem origem na sensibilidade ou no intelecto, Kant põem um ponto final
e diz que não seria apenas o intelecto que se adaptam as coisas, mas, também as
coisas se adaptam ao intelecto. Assim sendo, ele coloca termino as discussões de
empiristas e racionalistas, e é justamente por isso, que, do ponto de vista filosófico,
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Daniel do Valle Pretti- Bolsista CAPES- Doutorando pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Conferir em
“Introdução à teoria do conhecimento kantiana – a mudança de perspectiva com relação ao papel da sensibilidade na
cognição”.
seria uma “revolução copernicana”. Podemos entender melhor utilizando as
propicias palavras de Daniel Pretti:
Um juízo de conhecimento precisa ser a expressão da correspondência entre a
representação conceitual do sujeito e a representação do objeto dada pela
sensibilidade. A raiz da questão está na tentativa de adequação entre estas duas
instâncias, inteligibilidade e sensibilidade; que, por um lado, são identificáveis em
um juízo de conhecimento, por outro, precisam resguardar-se em sua diferença, de
modo a uma não aniquilar a outra. Kant considera um ponto central de sua teoria do
conhecimento a identificação entre estes dois elementos do processo cognitivo,
assim como a não redução de um ao outro (Daniel do Valle Pretti-Conferir em
“Introdução à teoria do conhecimento kantiana, p. 100).
BIBLIOGRAFIA
GILBERTO COTRIM, FUNDAMENTOS DA FILOSOFIA HISTÓRIA E GRANDES
TEMAS, , 15. ED. SARAIVA, SÃO PAULO, 2000.