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Ângela Felisberto Mahesse

Jonebelo António Chunguane

Marcionila da Flora Jorge

Wilson Fernando Matine

Zita Júlio Mondlane

MOVIMENTO HUMANISTA DA APRENDIZAGEM


Licenciatura em Física e Especialização em Ensino de Física

Universidade Save
Chongoene
2

2023
I

Ângela Felisberto Mahesse

Jonebelo António Chunguane

Marcionila da Flora Jorge

Wilson Fernando Matine

Zita Júlio Mondlane

MOVIMENTO HUMANISTA DA APRENDIZAGEM

Trabalho de pesquisa a ser


apresentado no Departamento de
Física, Faculdade de Ciências
Naturais e Exactas, da Universidade
Save, na cadeira de Psicologia de
Aprendizagem para efeito de
avaliação, sob orientação do
docente: MSc. Artur A. Chanjale

Universidade Save

Chongoene

2023
II

Índice
1.0 Introdução..................................................................................................................................4

1.1 Objectivos..................................................................................................................................5

1.1.1 Objectivo Geral:......................................................................................................................5

1.1.2 Objectivos Específicos:..........................................................................................................5

1.2 Metodologia...............................................................................................................................5

2.0 Teoria de Aprendizagem Humanista.........................................................................................6

2.1 As concepções de Carl Rogers para a educação........................................................................6

2.1.1 Contribuições da teoria de Carls Rogers................................................................................7

2.2 As concepções de Abraham Maslow para a educação..............................................................8

2.2.1 Contribuição da teoria da hierarquia das necessidades para a aprendizagem.......................10

2.3 Implicações pedagógicas da teoria humanista.........................................................................10

3.0 Conclusão................................................................................................................................11

4.0 Referências Bibliográficas.......................................................................................................12


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1.0 Introdução

Neste presente trabalho de Psicologia de Aprendizagem, iremos abordar sobre as teorias de


Aprendizagem, concretamente a teoria de aprendizagem humanistas e por sua vez enfatiza as
relações interpessoais, na construção da personalidade do indivíduo no ensino centrado no aluno
em suas perspectivas se composição e coordenação pessoal da realidade e sua habilidade de
operar como ser integrado. Existe uma apreensão com a vida psicológica e afetiva da pessoa,
com a direcção interna com o auto conceito, com o crescimento de uma concepção legitima de se
mesmo dirigida para a realidade individual e grupal. Sendo assim, a abordagem centrada na
pessoa (ACP) de Carl Rogers, compreende que o acto de aprender é individual, singular e
peculiar de cada sujeito, de forma que a vivencia subjetiva deve ser considerada pois o aluno
retém somente o que lhe convém ser importante, o que acredita ser muito importante e que se
relaciona com o seu contexto.
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1.1 Objectivos

1.1.1 Objectivo Geral:

 Estudar o movimento humanista de aprendizagem

1.1.2 Objectivos Específicos:

 Abordar as concepcoes de Carl Rogers e Abraham Maslow para a educacao;


 Destacar as contribuicoes da teoria de Carl Rogers e as contribuicoes da teoria da
hiearquia das necessidades para a aprendizagem;
 Explicar as Implicações pedagogicas da teoria humanista;

1.2 Metodologia

A metodologia deste estudo se estruturou na revisão bibliográfica. Na concepção de Tozoni-Reis


(2009) a revisão bibliográfica é uma busca de conhecimentos sobre os fenômenos investigados
na bibliografia especializada. Considerando essa definição, foram revisadas publicações, assim
como várias obras com o propósito de alcançar o meu objectivo.
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2.0 Teoria de Aprendizagem Humanista

2.1 As concepções de Carl Rogers para a educação

Rogers (1985) afirma que é pelo contacto que se educa e que o professor deve ser um educador-
facilitador, uma pessoa realmente presente para seus alunos. O educador não deve adoptar um
modelo único de facilitar o aprendizado, precisa colocar os interesses dos alunos em primeiro
lugar, esse método consiste em o aluno seguir, apreendendo a aprender e o professor, sendo um
facilitador dessa aprendizagem de forma singular e livre, com autenticidade, aceitação, confiança
tanto em si como no aluno e compreensão empática.

Sugere ainda a não padronização e a universalização dos comportamentos e sim a singularizarão


e o respeito às diferenças, a relação aluno professor deve transcender a sala de aula porque a
educação sem actuação é comparada ao adestramento, na prática educativa o aluno precisa ser
actor do seu processo de aprendizagem, reflectindo, questionando e fazendo escolhas.

O educador-facilitador deve ajudar seu aluno a entrar em contacto com os seus interesses,
objectivos e expectativas, incentivando-o a ser um agente da sua própria aprendizagem. “A
responsabilidade de tornar o curso interessante é problema individual” (Rogers, 1973). O aluno
deve ser estimulado a buscar o sucesso na sua busca por conhecimento para não se tornar um
mero acumulador de informações.

Conforme Rogers (1985) o professor necessita exprimir, também, seus interesses, suas
percepções e seu desejo sincero de ensinar, utilizando métodos estimulantes para colocar os
conteúdos propostos e situar-se na sala de aula. A diferença principal que Rogers sugere é
que o espaço da aula e do professor não seja previamente estabelecido, porém que venha sendo
construído por um conjunto de pessoas autênticas que se comunicam e se relacionam entre si.

Rogers (1985) afirma, ainda, que o desafio das instituições de ensino seja proporcionar uma
atmosfera favorável onde estudante e professores se sintam livres para novas descobertas, sem
sofrer pressões ou censuras externas, com auto-aceitação, sendo apenas o que se é sem se
enganar. A aprendizagem autoiniciada proposta por Rogers envolve a pessoa do aprendiz de
forma holística, unindo sentimento e intelecto, desta forma se tornando ainda mais duradoura. A
chamada aprendizagem socialmente útil deve fazer parte da vida do aluno moderno, o qual ela
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deve incorporar dentro de si um processo de mudança, aprendendo a aprender, estando aberto a


novas experiências e busca de conhecimento.

Para Almeida (2002) as contribuições de Rogers na formação de professores facilitadores que


atuam, explorando a pessoa criativa dos estudantes, tornam possível estender uma atmosfera de
respeito mútuo e liberdade de expressão mútua em sala de aula, para que seja igualmente
aplicado com os alunos com dificuldades educacionais especiais. Professores de escolas
inclusivas podem adoptar a mesma atmosfera de valorização do afecto, porque aprender não é
apenas acumular conhecimento e os aspectos cognitivos não são abrangentes ou separados dos
aspectos afectivos no processo de aprender.

2.1.1 Contribuições da teoria de Carls Rogers

Portanto, Carls Rogers com seus pensamentos humanísticos da personalidade contribuiu


grandemente para uma visão mais holística e sistêmica da pessoa, por acreditar que cada ser em
si é capaz de se auto-regular em busca de saúde e bem-estar, por acreditar na capacidade do
estudante em ser o gestor do seu próprio aprendizado. Palavras-chave: Teoria Humanista.

A principal contribuição para a educação refere-se á defesa de uma aprendizagem significante,


não circunscrita à acumulação de informações, mas que provoque reorganização dos valores e
atitudes na vida do ser em todos os seus aspectos: emocionais, cognitivos, sociais e físicos,
dentre outros. Para tanto a aprendizagem deve ser auto iniciado pelo aluno a partir de seus
interesses e objectivos, processo no qual o professor é um facilitador e não apenas um
planejador curricular, ou mero usuário de livros e outros recursos, ou elaborador de provas e
atribuidor de notas. O que implica dizer que “o professor deixe o aluno livre para aprender,
para escolher o seu próprio curso de acções; que o professor tenha uma confiança básica de que
o aluno é digno e merecedor de oportunidades para o seu desenvolvimento; que o professor
tenha compreensão empática, ou seja, que consiga colocar-se no lugar do estudante.” Coutinho
(1999).
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2.2 As concepções de Abraham Maslow para a educação

Um dos principais teóricos da Psicologia Humanista foi Abraham Maslow (1908-1970) ,


americano, considerado o pai espiritual do movimento humanista, acreditava na tendência
individual da pessoa para se tornar auto-realizadora, sendo este o nível mais alto da existência
humana. Maslow criou uma escala de necessidades a serem satisfeitas e, a cada conquista, nova
necessidade se apresentava. Isso faria com que o indivíduo fosse buscando sua autorealização,
pelas sucessivas necessidades satisfeitas, conforme gráfico abaixo:

Figure 1: pirâmide das necessidades humanas básicas

Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura- 1 -Piramide-das-necessidades-humanas-


basicas_fig2_348306893

A base da pirâmide consiste nas necessidades fisiológicas, acima está a segurança, depois a
questão social, depois está a estima e no topo a realização pessoal. Entenda cada uma delas
abaixo:

 Necessidades fisiológicas: Nessa área está tudo que é inevitável para as pessoas. São
obrigatoriedades como a respiração, alimentação, beber água, dormir e ter onde morar.
Neste nível, fazemos tudo tão mecanicamente que nem percebemos o quanto são
importantes. Entretanto, por mais que seja básico e mecânico, ele não é menos importante
do que os outros, uma vez que passamos uma vida em busca de melhorias neste sentido,
ou seja, trabalhamos e realizamos nossas funções diárias para termos cada vez mais
ganhos financeiros razoáveis, que nos permitam nos alimentar bem, ter uma casa própria,
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que nos possibilite ter mais qualidade de vida, ter uma cama confortável para dormir e
assim por diante.
 Segurança: Essa é a camada que fala da carência que existe em se sentir seguro em
relação ao emprego, saúde, família e propriedade. Isso quer dizer, que quando estamos
em um emprego estável, quando estamos saudáveis, quando moramos em uma residência
que dá segurança a nós e nossos familiares e amigos, a tendência é nos sentirmos mais
seguros, tranquilos e motivos, tanto para realizar as actividades mais básicas do dia-a-dia,
quanto para realizar um trabalho bem feito nas empresas em que desempenhamos nossas
funções.
 Necessidades sociais: O próximo andar da pirâmide serve para atender às questões
sociais. São seus relacionamentos com família, amigos e na vida amorosa. Somos seres
essencialmente sociais, precisamos contar com a colaboração das pessoas ao nosso redor
para nos sentirmos mais tranquilos e seguros nos ambientes pelos quais transitamos.
Assim, estamos sempre em busca de uma relação saudável com nossos familiares e
amigos, bem como de aceitação por parte de nossos colegas de trabalho, pois é através do
companheirismo deles que teremos a possibilidade de crescer profissionalmente como
desejamos. Além disso, por mais que precisemos desenvolver constantemente o amor-
próprio, vivemos em busca também de um relacionamento amoroso, que contribua para
que nos sintamos seres ainda mais realizados em nossa jornada evolutiva pela Pirâmide.
 Estima: A estima é o nível em que sentimos a necessidade de sermos reconhecidos por
nossos pares, pelas funções que desempenhamos na vida, seja pessoal ou
profissionalmente. Também é o nível em que nós mesmos reconhecemos nossas
capacidades e habilidades pessoais, que nos ajudam a evoluir constantemente. A partir
destes dois tipos de reconhecimentos, tanto do meio, quanto de nós mesmos, passamos a
nos sentir cada vez mais autoconfiantes, o que melhor também a nossa auto-estima, sendo
estes dois elementos fundamentais para que continuemos crescendo e subindo ao mais
alto nível da Pirâmide de Maslow.
 Realização pessoal: Para finalizar, a camada que fala de realização pessoal que engloba
a criatividade, moralidade, solução de problemas, ausência de preconceitos e
autoavaliação. Aqui, no nível mais alto da Pirâmide, o indivíduo sente-se completamente
realizado com os feitos que desempenhou e tem desempenhado ao longo de sua
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existência. Quando alcança este ponto, a pessoa passa a utilizar o seu potencial máximo,
o que lhe possibilita ter crescimento profissional, autonomia e participação na tomada de
decisões ao seu redor, bem como independência, mais liberdade e controle sobre os
rumos que a sua vida está tomando.

2.2.1 Contribuição da teoria da hierarquia das necessidades para a aprendizagem

A teoria contribui a medida que explica a importância do ciclo motivacional, pois quando esse
não existe no ambiente escolar, causa desde comportamento ilógico até passividade e não
colaboração por parte do aluno.

A teoria de Maslow tem muito a oferecer no processo de ensino-aprendizagem, porque enxerga o


indivíduo com todas as suas nuances, ou seja, holisticamente, enfatizando as suas necessidades
de uma forma geral. É importante lembrar que o professor, como sujeito desse processo, também
tem suas necessidades a serem satisfeitas de acordo, tornando o processo bilateral como ele deve
ser, para que os resultados sejam mais eficazes. Ocorre que infelizmente, as políticas
educacionais actuais não conseguem atender as necessidades de alunos e professores,
acarretando o quadro actual que vemos nas escolas: alunos dispersos e professores desmotivados.

2.3 Implicações pedagógicas da teoria humanista

Nesta perspectiva humanista da aprendizagem, e num ambiente de FCT, o professor e o aluno


aparecem como os co-responsáveis pela aprendizagem, havendo por parte do primeiro uma
preocupação com o desenvolvimento da pessoa humana, centrado a aprendizagem no aluno, nas
suas preocupações, vontades e sentimentos, e não nos objectivos ou nos conteúdos
programáticos. O professor deve procurar criar uma atmosfera emocional positiva que
proporcione ao formando novas experiências, proporcionando processos de aprendizagem por
descoberta, autónomos e experiências significativas. Havendo uma responsabilização do aluno
pelo seu processo de aprendizagem deve incentivar-se a auto-avaliação.
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3.0 Conclusão

Findo o trabalho de Psicologia de Aprendizagem, foi o fruto de grande aquisição de


conhecimento científico sobre as teorias de Aprendizagem, onde concluímos que, as teorias
Humanistas desenvolvidas por Maslow e Roger realçam o carácter único da experiência pessoa e
constitui-se no somatório Behaviorista com a teoria Cognitivista. Defende que o ensino deve de
estar centrado no formando, ou seja, cada pessoa tem o seu próprio percurso e tem maior
responsabilidade para decidir o que quer aprender, tornando-o autónomo no seu processo de
aprendizagem. O educando tente a descobrir pelo seu próprio caminho, numa atitude de auto-
realização e custo-avaliação, num processo de “tornar-se pessoa”, sendo esta a chave do processo
de aprendizagem.

Nesta perspectiva humanista da aprendizagem, e num ambiente de FCT, o professor e o aluno


aparecem como os co-responsáveis pela aprendizagem, havendo por parte do primeiro uma
preocupação com o desenvolvimento da pessoa humana, centrado a aprendizagem no aluno, nas
suas preocupações, vontades e sentimentos, e não nos objectivos ou nos conteúdos
programáticos. O professor deve procurar criar uma atmosfera emocional positiva que
proporcione ao formando novas experiências, proporcionando processos de aprendizagem por
descoberta, autónomos e experiências significativas. Havendo uma responsabilização do aluno
pelo seu processo de aprendizagem deve incentivar-se a auto-avaliação.
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4.0 Referências Bibliográficas

Almeida, L.R. (2002). Contribuição da psicologia de Rogers para a educação: uma abordagem
histórica. (5.ed.).. São Paulo: Educ.

Coutinho, M. T. da C. & Moreira, M. (1999). Psicologia da Educação: um estudo dos processos


psicológicos de desenvolvimento e aprendizagem humanos, voltado para a educação. Belo
Horizonte: Lê.

Rogers, C.R. (1973). Liberdade para Aprender. (2.ed.). Belo Horizonte: Interlivros.

Rogers, C.R. (1985). Liberdade de aprender em nossa década. Porto Alegre: Artes Médicas

TOZONI-REIS, Marília Freitas de Campos. Metodologia da pesquisa. 2. ed. Curitiba: Iesd Brasil
S. A., 2009. 136 p.

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