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CAPITULO I

1.Introdução

A informática é o termo usado para se descrever o conjunto das ciências da informação,


estando incluídos neste grupo a ciência da computação, a teoria da informação, o processo de
cálculo, a análise numérica e os métodos teóricos da representação dos conhecimentos e de
modelagem dos problemas. A estatística actualmente está sendo usada em diversas áreas de
conhecimento, sendo aplicada em quase todos os campos da actividade humana, pois na
grande maioria das vezes é necessária uma análise de um dado fenómeno (experimento) para
uma tomada de decisão. A estatística é, então, a ciência que procura evidências do
comportamento de variáveis associadas a populações ou universos. Trata de procurar
regularidades em massas de informações, muito comuns em áreas da informática. O trabalho
visa descrever a importância da estatística em informática, uma vez que a organização,
agrupamento e análise dos dados computacionais são estratificados para diversas finalidades
em campos de engenharia, educação e outras áreas.
1.1.Objectivos
1.1.1.Objectivo Geral

 Compreender a importância da estatística na engenharia informática.

1.1.2.Objectivos Específicos

 Identificar a relação entre a estatística na enginharia informática;


 Descrever o papel da estatística no processo de resolução de problemas de engenharia;
 Explicar a influência da informática na análise de dados e no processo educativo.

1.2.Metodologia

Para realização do trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica de artigos científicos, livros e


revistas de determinados autores para fundamentação teórica, sendo sustento da abordagem
sobre a importância da estatística na área de Informática. É pertinente destacar-se a
intervenção de autores como Barbetta, Reis & Bornia. (2010). Estatistica para Cursos de
Engenharia e Informática. Após a análise dos conteúdos, fez-se a compilação dos mesmos
com base nas normas da APA.
CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA

2.Importância da Estatística na Engenharia Informática

Enquanto a informática é a ciência que trata da informação através de meios electrónicos, a


estatística procura obter informações relevantes de massas de dados e, nos dias de hoje, isso
costuma ser feito com auxílio do computador. Portanto, a análise do desempenho desses
sistemas computacionais exige tratamento estatístico (Barbetta, Reis & Bornia, 2010).

É comum construir sistemas para simular certas situações reais. Mas, como no mundo real os
acontecimentos nem sempre são previsíveis, toma-se necessário incluir no modelo de
simulação alguma aleatoriedade, que pode ser feita com base em modelos de probabilidade.
Por exemplo, pode ser razoável supor que em uma fila cheguem, em média, cinco indivíduos
por minuto, mas o número exacto de indivíduos que vão chegar no próximo minuto não é
totalmente previsível (Barbetta, Reis & Bornia, 2010).

Outra relação importante é o uso do conjunto de banco de dados, estatística e inteligência


artificial para extrair informações relevantes e não triviais de grandes arquivos de dados,
armazenados sob diferentes formatos e em diferentes locais. Por exemplo, as empresas
telefónicas têm dados das ligações telefónicas de seus milhares ou até milhões de clientes
(Barbetta, Reis & Bornia, 2010).

Entretanto, nota-se uma crescente valorização da avaliação experimental dos métodos e


conceitos abordados em software. Esse aumento indica a busca de novas formas de avaliação
e validação dos resultados obtidos nas pesquisas. A produção de avaliações empíricas
significativas depara-se com muitas incertezas e dificuldades. Qualquer pesquisador pode
esquecer ou negligenciar um factor, aparentemente inócuo, que pode vir a invalidar todo um
trabalho. Algumas directrizes de design experimental essenciais, podem ser ignoradas durante
o processo, culminando na desconfiança quanto a validade de grande parte do trabalho
realizado (Wainer, 2007).

As pesquisas na área computacional, em geral, convergem para construção de software,


modelos ou algoritmos. Os resultados obtidos nas respectivas pesquisas são validados através
de avaliações, as quais estão cada vez mais rigorosas. Como alternativa para auxílio à tarefa
de comprovação dos resultados, positivos ou negativos, resultantes do estudo, apresenta-se o
uso de métodos estatísticos (Wainer, 2007).
A Estatística é aplicada em diversas áreas do conhecimento, fornecendo métodos para colecta,
organização, análise e interpretação dos dados. O poder estatístico é uma parte inerente de
estudos experimentais, os quais empregam testes de significância, essenciais para o
planeamento, interpretação e validade das conclusões de um estudo (Rocha, Souzam &
Barcellos, 2012).

Constantemente as organizações indagam se os resultados, por elas esperados, estão sendo


alcançados, e responder a essa questão não é uma tarefa trivial, haja vista que nem sempre o
seu desempenho real é conhecido. A estatística visa fornecer informações de forma numérica,
onde o estudo e a análise dos seus dados podem ser divididos em três fases, conforme (Rocha,
Souzam & Barcellos, 2012), sendo respectivamente:

1. Obtenção dos dados;


2. Descrição, classificação e apresentação dos dados;
3. Conclusões a partir dos dados.
Acrescenta que a 2ª fase é normalmente conhecida por Estatística Descritiva, já a 3ª
denomina-se Estatística Inferencial, sendo essa uma das mais importantes, uma vez que a
obtenção e organização dos dados sugerem conclusões (Rocha, Souzam & Barcellos, 2012).

2.1.Programa Microsoft Excel


Actualmente o estudo da estatística é bastante abordado no âmbito escolar, sendo visto por
exemplos: representação gráfica de utilização de gráfico de sectores, gráficos de segmentos,
gráfico de barras, gráfico de colunas. Ainda notamos as medidas de posição (média, moda e
mediana), medidas de dispersão (variância, desvio-padrão), dentre outros assuntos (Araújo,
2015).

O Excel 2007 faz parte do pacote de programas do Microsoft Office 2007, sendo baseado em
planilha electrónica, ou seja, páginas em formato matricial compostas de células e formadas
por colunas e linhas. Este programa é muito utilizado para produção de planilhas de cálculo,
criação de gráficos (Araújo, 2015).

Segundo Figueiredo (1989) no que respeita à sua organização e funcionamento, desenvolveu-


se, quatro grandes opções:
1. Descentralização, quer geográfica, quer funcional, aos diversos níveis de organização,
e consequente atribuição de elevada relevância à iniciativa dos seus grupos
constituintes;
2. Crescimento gradual, centrado numa dinâmica de experimentação e reflexão sobre os
resultados alcançados, orientada para uma assimilação crescente pela classe docente e
pelos diversos níveis do ensino;
3. Atribuição de particular importância à componente de investigação e
desenvolvimento, materializada no papel central atribuído às universidades e escolas
superiores de educação;
4. Estruturação orientada para a garantia de que, pela combinação das entidades
intervenientes, sendo apoiado em elevada competência tecnológica, se mantivesse, no
entanto, permanentemente animado e controlado pelos objectivos educacionais.
2.2.Software Matemático-Probabilidade com Urnas
O software Probabilidade com Urnas é um software educacional que auxiliar os alunos a
explorar o cálculo de probabilidades envolvendo experimentos de extracção de bolas
indistinguíveis em urnas, utilizando para isto três actividades, onde a primeira envolve
extracção de urna com reposição, a segunda sem reposição e a terceira actividade envolve a
urna de Polya (Araújo, 2015).

2.3.1.Actividades do Software Probabilidade com Urnas


As actividades do mencionado software são realizadas através da extracção de bolinhas em
urna, onde poderemos realizar as seguintes actividades: Extracção de bolas com reposição,
extracção de bolas sem reposição e Extracção de bolas da urna de Polya, sendo que ao final de
cada actividade os alunos compreenderão e assimilarão de forma mais rápida e dinâmica os
conteúdos ministrados (Araújo, 2015).
2.3.2.Actividade de Extracção com reposição
Quando começamos a actividade, temos uma urna composta por bolinhas azuis e vermelhas,
em um total de 20. Primeiramente devemos definir a quantidade de bolas azuis e vermelhas
que a urna conterá, sendo esta a quantidade total que será realizada em todas as actividades, a
qual para a actividade 01 e 02 é composta por quatro questões com dois itens cada, e já para a
actividade 03, temos duas questões sendo a primeira com três itens e a segunda com dois itens
(Araújo, 2015).

2.4.O Método de Engenharia e o Julgamento Estatístico

O campo da estatística lida com a colecta, apresentação, análise e uso dos dados para tomar
decisões, resolver problemas e planejar produtos e processos. Métodos estatísticos são usados
para nos ajudar a entender a variabilidade. Por variabilidade, queremos dizer que sucessivas
observações de um sistema ou fenómeno não produzem exactamente o mesmo resultado. A
estatística nos fornece uma estrutura para descrever essa variabilidade e para aprender sobre
as fontes de variabilidade potenciais (Araújo, 2015).
Um dos ramos importantes na relação entre a estatística e a informática é a denominada
Estatística Computacional, descrita pelo poder de processamento dos computadores a partir da
prática dos modelos estatísticos. Verifica-se nos computadores modernos junto com os
algoritmos numéricos apropriados, um aumento do interesse dos modelos não lineares
(especialmente redes neurais e árvores de decisão) para a criação de novos tipos, como o
modelo multi-nível (Araújo, 2015).
O aumento na capacidade de computação também tem levado à popularização de métodos que
demandam muitos cálculos baseados em reamostragem (em inglês resampling), como testes
de permutação e bootstrap, enquanto técnicas como a amostragem de Gibbs tem feito com que
os métodos de Bayes fiquem mais fáceis. A revolução informática também tem levado a um
aumento na ênfase na estatística "experimental" e "empírica". Um grande número de
softwares estatísticos, de uso tanto geral como específico estão disponíveis no mercado
(Araújo, 2015).
2.4.1.Relação entre o método estatístico na informática
A Informática na educação passou a incluir também o uso da internet para possibilitar:
 O acesso a materiais de aprendizagem;
 Interação com conteúdo, instrutores e outros aprendizes;
 Suporte durante o processo de aprendizagem visando adquirir conhecimento para
construir significado pessoal e para crescer a partir da experiência de aprendizagem
(Anderson, 2008).
A partir do acesso a Internet em larga escala e com a constante evolução dos computadores e
técnicas computacionais, diferentes tipos de ambientes educacionais têm sido propostos e
pesquisados como, por exemplo, os sistemas de gerenciamento de aprendizagem (Sclater,
2008).
3.Conclusão

A estatística na actualidade tem contribuído de forma significativa para o processo de tomada


de decisão, pois grande parte do que se faz é baseado em métodos quantitativos, sendo a
estatística uma dessas áreas. Na era da informação e do conhecimento, essa (informática)
utiliza a matemática para dar apoio aos profissionais da iniciativa privada, do governo e
pesquisadores. O grande volume de informações produzido pelo mundo moderno precisa ser
analisado de forma consistente e fidedigna. Esse suporte ocorre por meio da estatística. Onde
houver incerteza, essa ferramenta pode ser usada. Assim, todas as áreas do conhecimento
humano a requerem como técnica de análise de dados.
É comum, na informática, encontrarmos populações em que podemos associar variáveis ou
características que apresentam variações e seria muito interessante, senão relevante social e
cientificamente, conhecer o comportamento destas variações. Por exemplo, de um conjunto de
dados educacionais que devem ser agrupados, organizados e tabulados para finalidades
distintas na área da escrita (word, excel e powerpoint).
Portanto, a estatística pode ser aplicada a informática em muitas situações do mundo real,
com vistas a se conhecer o comportamento da variabilidade de características de populações
alvos em sistemas de informação, em ciência da computação e em engenharia da computação.
4.Referências Bibliográficas

Anderson, T. (2008). The theory and practice of online learning. Athabasca University Press.
Araújo, Francisco Aislan de Pontes. (2015). A importância da estatística e suas aplicações.
Universidade Federal do Ceará, Maranguape.

Barbetta, Pedro Alberto; Reis, Marcelo Menezes & Bornia, António Cezar. (2010). Estatistica
para Cursos de Engenharia e Informática. 3a Edição. Editora Atlas S.A. São Paulo.

Figueiredo, A. D. (1989). Computadores nas Escolas. Lisboa.

Rocha, A. R. C.; Souza, G. S.; Barcellos, M. P. (2012). Medição de Software e Controle


Estatístico de Processos.

Sclater, N. (2008). Web 2.0, personal learning environments, and the future of learning

management systems. Research Bulletin, P. 1-13.

Wainer, J. (2007). Métodos de pesquisa quantitativa e qualitativa para a Ciência da


Computação. P. 221-262.

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