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Índice

1.Introdução.................................................................................................................................2
1.1. Objectivos.........................................................................................................................2
1.1.1. Geral:..........................................................................................................................2
1.1.2. Específico:..................................................................................................................3
1.1.3. Metodologia...............................................................................................................3
2.Resumo das unidades................................................................................................................4
2.1. Unidade 1..........................................................................................................................4
2.2. Conceitualização Detecção Remota (Remote Sensing).....................................................4
2.3. Evolução do Conceito........................................................................................................4
2.4. Evolução Histórica de Detecção Remota...........................................................................5
2.5. Componentes do Sistema de Detecção remota..................................................................6
3.Unidade 2..................................................................................................................................7
3.1. Princípios Físicos Básicos de Detecção remota.................................................................7
4.Unidade 3..................................................................................................................................8
4.1. Níveis de aquisição Terrestre, Sub-Orbital, Orbital)..........................................................8
4.2. Aspectos gerais e conceitos..............................................................................................8
5.Unidade 4..................................................................................................................................8
5.1. Sistemas Sensores presentes em Satélites..........................................................................8
5.2. Conceito de Sensores.........................................................................................................8
5.3. Tipos de Sensores............................................................................................................10
5.4. Vantagens e desvantagens de Sensores activos e passivos..............................................11
6.Unidade 5................................................................................................................................12
6.1. Obritas percorridas pelos satélites...................................................................................12
6.2. Tipos de órbitas...............................................................................................................12
6.3. Os satélites, quanto à sua órbita podem ser classificados em: geo-estacionários e não geo-
estacionários...........................................................................................................................12
7.Unidade 8................................................................................................................................14
7.1.Pré- Processamento de Imagem de satélite.......................................................................14
7.2. Distorções geométricas....................................................................................................14
7.3. Distorções radiométricas.................................................................................................15
7.4. Principais Distorções induzidas pelo Sensor...................................................................15
8. Conclusão...............................................................................................................................15
9. Referências bibliográficas......................................................................................................16
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1.Introdução

O trabalho pertence a cadeira de Fundamentos de Detecção Remota subordina-se ao


seguinte tema: Resumo das unidades 1 a 5 e 8 do módulo. Detecção remota é processo
de obter informação sobre um objecto sem estar em contacto directo com ele, e inclui
medições de energia eléctrica, magnética, electromagnética e vibracional (acústica)
(Horler e Barber, 1981). aqui procura-se mostrar como os satélites e às regiões do
visível e do infravermelho reflectivo, visto que a maioria das aplicações operacionais de
observação da Terra por satélite se basear no visível e no infravermelho reflectivo. Esta
opção deve-se pelo facto de da aquisição de imagens do visível e do infravermelho
reflectivo ser feita por sensores passivos, pois captam radiação naturalmente disponível
(i.e. radiação solar reflectida pela superfície da Terra). Por outro lado, o infravermelho
térmico é uma radiação emitida e não reflectida o que lhe dá características muito
particulares.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral:
 Resumir de forma detalhada as unidades do módulo.

1.1.2. Específico:
 Definir os conceitos de Detecção Remota;
 Mostrar o processo da evolução histórica da Detecção Remota;
 Identificar e caracterizar as componentes de Detecção Remota;
 Diferenciar o objecto de estudo em relação a cada principio básico (radiação
electromagnética e sensor.);
 Apontar as vantagens de cada nível de aquisição;
 Conceptualizar orbita;
 Classificar os satélites, quanto à sua órbita.

1.1.3. Metodologia
Metodologia é conjunto de técnicas e processos utilizados para ultrapassar a
subjectividade do autor e atingir a obra literária; é a arte de dirigir o espírito na
investigação da verdade (Silvestre & Araújo, 2012:107).
O procedimento metodológico que orientou o tema: “Resumo das unidades do
módulo.”, fundamentou-se numa abordagem descritiva, obedecendo as técnicas e os
princípios de estudos teóricos sobre este tema, que se circunscreve na pesquisa
educacional, como caminhos que possibilitam a construção do conhecimento. Nesta
óptica, para a efectivação do trabalho, baseou-se na busca, análise e selecção de obras.
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2.Resumo das unidades


2.1. Unidade 1
2.2. Conceitualização Detecção Remota (Remote Sensing).
2.3. Evolução do Conceito

Existem diversas definições referentes à tecnologia de sensoriamento remoto. Algumas


são mais apropriadas que outras quando se olha do ponto de vista do usuário de imagens
de satélite. Considerando que o sensoriamento remoto tem sua origem ligada à época de
Galileu, em princípio pode-se definir sensoriamento remoto como:
“Tecnologia que permite a aquisição de informações sobre objectos, sem contacto
físico com eles”
Esta definição peca pela amplitude, abrangendo um vasto campo de tecnologias. Por
exemplo, um telescópio permite a aquisição de informações sobre objectos (ex: astros)
sem que haja qualquer espécie de contacto físico com eles.
Por conseguinte, um telescópio seria um sensor remoto. É interessante reparar, que
seguindo a definição proposta, o olho humano também pode ser considerado um sensor
remoto.
Entretanto, deseja-se vincular o termo sensoriamento remoto à aquisição de medidas nas
quais o ser humano não é parte essencial do processo de detecção e registro dos dados.
Neste caso, um telescópio não poderia ser considerado um instrumento sensor, visto que
sua função é apenas ampliar a acuidade do observador através de sistemas ópticos. É
óbvio concluir que o olho humano também deixa de ser considerado um sensor remoto.
Considerando a restrição apresentada anteriormente, tem-se uma nova proposta para
definição do termo:
” Tecnologia que utiliza sensores para extrair informações sobre objetos ou
fenômenos, sem que haja contato direto entre eles, e sem que o homem seja parte
essencial do processo de aquisição de dados”
Esta definição, mais restritiva, caracteriza-se como instrumento sensor os equipamentos
capazes de coletar energia proveniente do objecto, converte-la em sinal passível de
registro e apresenta-lo em forma adequada ao seu processamento. Tal definição permite,
ainda, que se
observe que a aquisição da informação se dá através da transferência de energia.
Embora mais restritiva, a definição continua ampla no sentido do tipo de informação
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que se deseja registrar. É necessário especificar melhor o tipo de energia utilizada na


transferência de informação do objecto ao sensor.
Tendo em vista que a energia eletromagnética se propaga no vácuo com a velocidade de
3 x 108 m/s em direção ao sensor, ela se constituir num dos mais importantes campos de
força para a actividade de sensoriamento remoto, permitindo um meio de transferência
de informação entre objecto e sensor de alta velocidade. Dessa forma, acrescenta-se
mais uma restrição à definição de sensoriamento remoto para considerar apenas os
instrumentos que detectam energia ou radiação eletromagnética:
“Tecnologia que utiliza sensores para extrair informações sobre objetos ou fenômenos,
a partir da radiação eletromagnética sem que haja contato direto entre eles, e sem que
o homem seja parte essencial do processo de aquisição de dados”
Ainda assim, existem numerosas fontes de energia eletromagnética no Universo, mas,
em função das aplicações abordadas no curso, limitasse o estudo às interações
processadas na superfície terrestre.
Mais que uma definição, o texto a seguir engloba todo o conceito que deve ser
entendido sobre o que é sensoriamento remoto, quando do ponto de vista do usuário de
imagens de satélite:
“Sensoriamento remoto consiste na utilização conjunta de modernos instrumentos
(sensores), equipamentos para processamento e transmissão de dados e plataformas
(aéreas ou espaciais) para carregar tais instrumentos e equipamentos, com o objetivo
de estudar o ambiente terrestre através do registro e da análise das interações entre a
radiação eletromagnética e as substâncias componentes do planeta Terra, em suas
mais diversas
manifestações.” (NOVO, 1989)

2.4. Evolução Histórica de Detecção Remota

Diversos autores, escudados pela American Society of Photogrametry e seu


“Manual of Remote Sensing” (1975), associam a origem do sensoriamento remoto com
o surgimento dos sensores (câmeras) fotográficas. Assim pode-se dizer que a história
divide-se em duas etapas: o primeiro, que tem seu inicio em 1860 até 1960, esta é
completamente dominado pelas fotografias áreas que inicialmente usou-se balões que
eram suspensos em cabos ate uma dada altura e tiravam fotos que posteriormente eram
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usados para reconhecimentos na área militar mais tarde foi usada aviões que tinha como
missão transportar câmara fotográficas.
A segunda etapa inicia em 1960 ate aos dias de hoje, caracteriza –se pela multiplicidade
de sistemas sensores. A aerofotogrametria que reinou absoluta no primeiro período,
experimentou grandes avanços por ocasião das duas grandes guerras mundiais.
Os significativos avanços obtidos nas áreas de telecomunicações, ciência da
computação, mecânica fina de precisão, óptica de precisão, etc., são automaticamente
incorporadas às tecnologias ligadas ao sensoriamento remoto. Exemplos podem ser
vistos com sensores hiper-espectrais, sensores de alto poder resolutivo, sistemas
especialistas para interpretação e análise de dados, comunicação via satélite a taxas de
centenas de megabits por segundo.
Na década de 60 surgiram os aviões norte americanos de espionagem denominados U2.
Estes aviões, ainda hoje utilizados em versões mais modernas, voam a uma altitude
acima de 20.000 m o que dificulta o seu abate por forças inimigas. Estes aviões têm
sido utilizados também
para uso civil. Em 1995, um deles foi utilizado pelos Estados Unidos para
monitoramento de queimadas e mapeamentos diversos, nas regiões Norte e Centro-
Oeste do Brasil.
A grande revolução do SR aconteceu no início da década de 70, com o lançamento dos
satélites de recursos naturais terrestres. Os satélites, embora demandem grandes
investimentos e muita energia nos seus lançamentos, orbitam em torno da Terra por
vários anos. Estes aparatos espaciais executam um processo contínuo de tomadas de
imagens da superfície terrestre coletadas 24 h/dia.

2.5. Componentes do Sistema de Detecção remota

Um sistema de detecção remota incluí as seguintes componentes:


 fonte de energia ou iluminação (A) – o primeiro requisito para um sistema de
detecção remota é a existência de uma fonte de energia,
 radiação e atmosfera (B) – a energia, depois de sair da sua fonte e antes de
atingir os objectos na superfície da Terra
 interacção da radiação com os objectos (C) – a interacção da radiação com o
objecto depende do comprimento de onda da radiação e das características do
objecto;
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 gravação da energia pelo sensor (D) – o sensor recolhe e grava a radiação


reflectida pelo objecto;
 transmissão, recepção e processamento (E) – a energia gravada pelo sensor é
transmitida para uma estação receptora onde os dados são processados e
compilados numa imagem;
 interpretação e análise (F) - extracção de informação da imagem;
 aplicação (G) – a informação extraída da imagem é utilizada na resolução dos
problemas que motivaram a sua aquisição.

Figura. Componentes de um sistema de detecção remota. Fonte: CCRS (2002).

3.Unidade 2
3.1. Princípios Físicos Básicos de Detecção remota
Em relação aos princípios básicos de defecação remota importa referir que existem três
elementos são fundamentais para o funcionamento de um sistema de sensoriamento
remoto que são:
 Objecto de estudo;
 Radiação Eletromagnética;
 Sensor.
Pelo princípio da conservação da energia, quando a radiação eletromagnética incide
sobre a superfície de um material, parte dela será refletida (Reletância) por esta
superfície, parte será absorvida (Absortância) e parte pode ser transmitida, caso a
matéria possua alguma transparência. (Transferência) A soma desses três componentes
é sempre igual, em intensidade, à energia incidente.
O que nossos olhos percebem como cores diferentes são, na verdade, radiação
eletromagnética de comprimentos de onda diferentes.
Os sensores remotos medem as intensidades do Espectro eletromagnético e, com essas
medidas, obtém imagens nas regiões do visível (azul, verde e vermelho) ao
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infravermelho medem a intensidade da radiação eletromagnética refletida em cada


intervalo pré-determinado de comprimento de onda.

4.Unidade 3
4.1. Níveis de aquisição Terrestre, Sub-Orbital, Orbital)
4.2. Aspectos gerais e conceitos

O sensoriamento remoto pode ser em nível terrestre, sub-orbital e orbital.


Os representantes mais conhecidos do nível sub-orbital são as também chamadas
fotografias aéreas, utilizadas principalmente para produzir mapas. Neste nível opera-se
também algumas câmeras de vídeo e radares.
No nível orbital estão os balões meteorológicos e os satélites. Os primeiros são
utilizados nos estudos do clima e da atmosfera terrestre, assim como em previsões do
tempo. Enquanto os satélites podem produzir imagens para uso meteorológico, mas
também são úteis nas áreas de mapeamento e estudo de recursos naturais.
Ao nível terrestre são feitas as pesquisas básicas sobre como os objectos absorvem,
refletem e emitem radiação. Os resultados destas pesquisas geram informações sobre
como os objetos podem ser identificados pelos sensores orbitais.
Desta forma é possível identificar áreas de queimadas numa imagem gerada de um
satélite, diferenciar florestas de cidades e de plantações agrícolas e até identificar áreas
de vegetação que estejam doentes ou com falta de água.
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5.Unidade 4
5.1. Sistemas Sensores presentes em Satélites
5.2. Conceito de Sensores

Os sensores são as máquinas fotográficas dos satélites com finalidade de captar a


radiação eletromagnetica (REM) proveniente da superfície terrestre.
Os sistemas sensores presentes em satélites dependendo do tipo de produto gerado
podem ser imageadores ou não imageadores,.
Os sensores imageadores, dividem-se ainda em sistemas de:
 Sistema de varredura mecânica (cross-track scanning). É formado por um
telescópio, em cuja abertura encontra-se um espelho plano que oscila
perpendicularmente ao deslocamento da plataforma (NOVO, 2008).

Através do movimento oscilatório a cena é imageada linha por linha. Esse sistema foi
utilizado pelos sensores MSS e TM do Landsat, mas representa uma tecnologia já
superada. Este sistema varrem a Terra numa série de linhas com orientação linhas
perpendiculares à direcção de deslocamento da plataforma do sensor.
Este tipo de obtenção de imagens pode ser comparado aos movimentos de uma vassoura
de mão para limpar uma mesa de um lado para o outro, e por isso este tipo de sensores
têm sido designados por whiskbroom scanner. Cada linha está subdividida numa
sequência contígua de elementos espaciais que representam uma determinada área no
terreno.

Fonte: Caetano,2009

 Sistemas de varredura eletrônica-(along-track) Este tipo de sensor utiliza um


sistema óptico grande-ângular, através do qual a cena é imageada em sua
totalidade através de um arranjo linear de detectores. Fonte: (NOVO, 2008).
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Os sistemas along-track scanning distinguem-se dos anteriormente descritos porque


não tem o espelho rotativo, mas antes um conjunto de detectores em linha sobre o plano
focal da imagem.
Este sistema pode ser visualizado como uma vassoura que se empurra ao longo
do chão, e em que as cerdas da vassoura seriam os detectores, e que por isso são
designados por pushbroom scanners. Cada detector quantifica a energia de uma célula
de resolução no solo.

5.3. Tipos de Sensores


Existe um grande número de tipos de sensores. A (National Aeronautics and Space
Administration) apresenta uma proposta para classificar os sensores.

Fonte: (Caetano.2009)
Em função da fonte de radiação eletromagnética os sensores podem ser classificados em
sensores activos e passivos.
Os sensores Activos são responsáveis pelo envio de um sinal para a superfície da Terra
e registram o sinal refletido, avaliando a diferença entre eles (Ex. RADAR). Estes
sistemas utilizam REM artificial, produzida por radares instalados nos próprios satélites.
Portanto estes tipos de sensores providenciam a sua fonte de energia para iluminação
dos elementos a caracterizar e emitem radiação que irá interagir com os elementos, e
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depois captam e gravam a energia após interacção com esses mesmos elementos.
(CAETANO. 2009)

Os Sensores Passivos são os que utilizam apenas a REM natural refletida ou emitida a
partir da superfície terrestre. A luz solar é a principal fonte de REM dos sensores
passivos.
Os sensores passivos detectam radiação exterior a eles e que se encontra disponível no
meio natural. geralmente estes sensores captam e gravam energia solar depois de
interagir com os elementos a caracterizar. CAETANO, 2009)

Muitos satélites têm sensores pancromáticos, que se distinguem dos multi-espectrais


porque recolhem dados de radiância apenas numa zona do espectro electromagnético
pois não dividem a radiação nas suas componentes espectrais (que é o que os sensores
multiespectrais fazem).
Uma característica importante dos sensores de detecção remota é a largura da imagem,
i.e. swath. A swath pode variar muito de sensor para sensor. Por exemplo, o Quickbird
tem uma swath de 22 Km e o Landsat 7 uma de 185 Km. (CAETANO, 2009)

5.4. Vantagens e desvantagens de Sensores activos e passivos

Uma vantagem dos sensores activos é que as ondas produzidas pelos radares atravessam
as nuvens, podendo ser operados sob qualquer condição atmosférica.
Uma desvantagem é que o processo de interação com os alvos não capta, tão
detalhadamente quanto os sensores passivos, informações sobre as características físicas
e químicas das feições terrestres.
Por outra, os sensores activos podem também utilizar zonas do espectro eletromagnético
que não existem em quantidade suficiente na energia solar, como é o caso das micro-
ondas.
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Por outro lado, os sensores passivos funcionam através do registro da radiação


eletromagnética refletida pelo Sol.

6.Unidade 5
6.1. Obritas percorridas pelos satélites
6.2. Tipos de órbitas
A inclinação da órbita é o ângulo entre o plano orbital e o plano do equador, e determina
a área da Terra que será observada pelo sensor a bordo do satélite.
Um satélite com uma inclinação de 50º terá uma área de observação entre 50º Norte e
50º Sul do Equador. Se se quiser observar toda a superfície da Terra com um só satélite,
este terá que ter uma inclinação de 90º.
A altitude da órbita está obviamente relacionada com a velocidade do satélite necessária
para uma volta completa à Terra: quanto mais baixa for a órbita maior será a velocidade
e menor será o tempo necessário para dar essa volta (Tabela Repare-se que a altas
altitudes a força gravitacional é menor e, portanto, a velocidade também pode ser
menor.

6.3. Os satélites, quanto à sua órbita podem ser classificados em: geo-estacionários
e não geo-estacionários.

Os satélites geo-estacionários deslocam-se a altitudes de 36 000 Km


(aproximadamente) sobre o plano do equador na mesma direcção e a velocidades
semelhantes à da rotação da Terra. Um satélite em órbita geo-estacionária desloca-se
aproximadamente a 3 Km por segundo.
Os satélites geo-estacionários permitem aquisições de imagens da mesma área com uma
grande periodicidade. Satélites meteorológicos (e.g., GOES, METEOSAT) e de
comunicações normalmente têm órbitas geo-estacionárias.
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A órbita geo-estacionária é um caso particular de órbita geo-síncrona por estar no plano


do equador. O período de uma órbita geo-síncrona é igual ao período de rotação da
Terra, i.e., um dia.

Figura 3.5 Ilustração de uma órbita geo-estacionária. Fonte: NASA (2002).

Exemplo de uma imagem adquirida pelo GOES (Geostationary Operational


Environmental Satellite), um satélite meteorológico com órbita geo-estacionária.
Fonte: NASA (2002c).
Os satélites não geo-estacionários não se mantêm fixos sobre o mesmo ponto da
superfície terrestre e deslocam-se sobre um plano que forma um determinado ângulo
com o equador. Estes satélites podem-se deslocar em órbitas polares (sobre os pólos),
directas (inclinação entre 0º e 90º, com movimentos de Oeste para Este) ou retrógradas
(inclinação entre 90º e 180º com deslocação de Este para Oeste).
Em cada um destes tipos de órbitas, quanto maior for o ângulo com o equador maior a
área que pode ser “vista” pelo sensor.
Os satélites polares deslocam-se sobre um plano perpendicular ao do equador. Neste
tipo de órbitas, os satélites deslocam-se de Norte para Sul e de Sul para Norte, dai que
estes satélites podem obter imagens que praticamente cobrem toda a Terra num
determinado intervalo de tempo. Observe na figura seguinte:
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A maior parte dos satélites têm órbitas quase-polares. Nestas órbitas, o satélite desloca-
se em direcção ao Norte (passagem ascendente) num lado da Terra e em direcção ao Sul
no outro lado (passagem descendente). Se a órbita for helio-síncrona, a passagem
ascendente é, na maior parte das vezes, feita na parte ensombrada da Terra, e a
descendente na parte iluminada. Assim, os sensores passivos recolhem as imagens na
sua passagem descendente.
A Fig. ilustra a órbita do satélite Landsat 7. O azul claro representa a parte da Terra com
dia e o azul escuro a parte com noite. A órbita do satélite está representada a amarelo
quando o satélite está a passar por uma parte da Terra que está a ser iluminada e a
vermelho quando o satélite está a passar por uma parte não iluminada. Como a Terra
roda, e a órbita é (em teoria) fixa, as diferentes partes da Terra podem ser “vistas” pelo
sensor montado no satélite. O Landsat faz 14.5 órbitas por dia. Na Fig. 3.10 ilustram-se
as swaths do Landsat 7.

7.Unidade 8
7.1.Pré- Processamento de Imagem de satélite

O pré-processamento das imagens de satélite tem o principal objectivo a redução de


distorções introduzidas durante a aquisição da imagem pelo sensor. essa redução
envolve duas correções principais nomeadamente correcção geométrica e correcção
radiométrica.
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7.2. Distorções geométricas

As distorções geométricas existentes numa imagem podem ser classificadas em dois


grandes grupos: sistemáticas e não sistemáticas.

As distorções sistemáticas são erros previsíveis, de carácter constante, e cuja origem é


conhecida. Este tipo de distorções pode incluir, ou ser
introduzido por:
 rotação da Terra;
 curvatura da Terra;
 velocidade do satélite;
 não-linearidades na velocidade de varrimento (scanning).

As distorções não sistemáticas são erros aleatórios provocados por diversas


perturbações a nível da plataforma do satélite, i.e., altitude e atitude do satélite, e que
não são previsíveis.

7.3. Distorções radiométricas

Num sistema de detecção remota ideal o número digital retido em cada pixel estaria
apenas relacionado com a energia refletida pela área coberta por esse pixel. No entanto,
o ND depende também do sensor, atmosfera e geometria de iluminação.

7.4. Principais Distorções induzidas pelo Sensor


As principais distorções introduzidas pelo sensor são:
 Ausência de uma linha (line dropout) – se um detector deixar de funcionar
temporariamente, pode haver uma linha na imagem onde todos os pixels têm um
ND de zero, já que não foi recolhida qualquer informação. Essa linha aparecerá
a preto quando se visualizar a imagem;
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8. Conclusão

Ao fazer o resumo do trabalho percebe que Sensoriamento remoto é um termo utilizado


na área das ciências aplicadas que se refere à obtenção de imagens à distância, sobre a
superfície terrestre. Estas imagens são adquiridas através de aparelhos denominados
sensores remotos. Por sua vez estes sensores ou câmaras são colocadas a bordo de
aeronaves ou de satélites de sensoriamento remoto - também chamados de satélites
observação da Terra. Um sensor a bordo do satélite gera um produto de sensoriamento
remoto denominado de imagem ao passo que uma câmara aerofotográfica, a bordo de
uma aeronave, gera um produto de sensoriamento remoto denominado de fotografia
aérea. Mais adiante vamos ver que um sensor remoto também pode ser utilizado para
obter informações a poucos metros da superfície terrestre ou mesmo de amostras em
laboratório para estudos específicos.

Antes do advento dos satélites de sensoriamento remoto na década de 70, do século


passado, o uso de fotografias aéreas era muito comum e até hoje estas fotografias são
insubstituíveis para
muitas aplicações. Entretanto, notamos que com o avanço tecnológico as imagens dos
sensores de satélites de sensoriamento remoto estão se aproximando da qualidade das
fotografias aéreas. Todavia, para o momento, vamos nos ater às imagens obtidas por
satélites de sensoriamento remoto e deixar as fotografias aéreas para outra discussão.
Existe hoje um grande número destes satélites em órbita ao redor da Terra. Eles obtêm
imagens com características distintas que dependem tanto do satélite quanto do sensor.

Os sensores podem ser comparados aos nossos olhos. Se olharmos para uma floresta
que está distante conseguimos ver apenas uma mancha de árvores. À medida que nos
aproximamos desta floresta começamos a identificar árvores isoladas e se nos
aproximarmos ainda mais podemos até ver os diferentes tipos de folhas. A mesma
experiência poderia ser feita à distância se dispuséssemos de um binóculo ou de uma
luneta. Assim, precisamos entender algumas das características básicas dos satélites e de
seus sensores para conhecermos a finalidade a que se destina cada produto ou imagem
de
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sensoriamento remoto e o que podemos e não podemos "enxergar" nestas imagens.

9. Referências bibliográficas

1. Moreira, M.A. (2001). Fundamentos de Sensoriamento Remoto e Metodologias de


Aplicação. (1ª ed.). Sao Jose dos Campos. Brasil: Sao Paulo.
2. Santos, V. M. N. (1999). Escola, cidadania e novas tecnologias: investigação sobre
experiências de ensino com o uso de sensoriamento remoto. Dissertacao de
mestrado. Faculdade de Educacao da Universidade de Sao Paulo. Cortez. Brasil: Sao
Paulo.

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