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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

Ética no Serviço Público

A questão da ética no serviço Público

Quando falamos sobre ética pública, logo pensamos em corrupção, extorsão, ineficiência, etc, mas na
realidade o que devemos ter como ponto de referência em relação ao serviço público, ou na vida pú-
blica em geral, é que seja fixado um padrão a partir do qual possamos em seguida julgar a atuação
dos servidores públicos ou daqueles que estiverem envolvidos na vida pública, entretanto não basta
que haja padrão, tão somente, é necessário que esse padrão seja ético, acima de tudo.

O fundamento que precisa ser compreendido é que os padrões éticos dos servidores públicos advêm
de sua própria natureza, ou seja, de caráter público, e sua relação com o público. A questão da ética
pública está diretamente relacionada aos princípios fundamentais, sendo estes comparados ao que
chamamos no Direito, de "Norma Fundamental", uma norma hipotética com premissas ideológicas e
que deve reger tudo mais o que estiver relacionado ao comportamento do ser humano em seu meio
social, aliás, podemos invocar a Constituição Federal. Esta ampara os valores morais da boa con-
duta, a boa-fé acima de tudo, como princípios básicos e essenciais a uma vida equilibrada do cidadão
na sociedade, lembrando inclusive o tão citado, pelos gregos antigos, "bem viver".

Outro ponto bastante controverso é a questão da impessoalidade. Ao contrário do que muitos pen-
sam, o funcionalismo público e seus servidores devem primar pela questão da "impessoalidade", dei-
xando claro que o termo é sinônimo de "igualdade", esta sim é a questão chave e que eleva o serviço
público a níveis tão ineficazes, não se preza pela igualdade. No ordenamento jurídico está claro e ex-
presso, "todos são iguais perante a lei".

E também a idéia de impessoalidade, supõe uma distinção entre aquilo que é público e aquilo que é
privada (no sentido do interesse pessoal), que gera, portanto, o grande conflito entre os interesses
privados acima dos interesses públicos.

Podemos verificar abertamente nos meios de comunicação, seja pelo rádio, televisão, jornais e revis-
tas, que este é um dos principais problemas que cercam o setor público, afetando assim, a ética que
deveria estar acima de seus interesses.

Não podemos falar de ética, impessoalidade (sinônimo de igualdade), sem falar de moralidade. Esta
também é um dos principais valores que define a conduta ética, não só dos servidores públicos, mas
de qualquer indivíduo. Invocando novamente o ordenamento jurídico podemos identificar que a falta
de respeito ao padrão moral, implica, portanto, numa violação dos direitos do cidadão, comprome-
tendo inclusive, a existência dos valores dos bons costumes em uma sociedade.

A falta de ética na Administração Pública encontra terreno fértil para se reproduzir, pois o comporta-
mento de autoridades públicas estão longe de se basearem em princípios éticos e isto ocorre devido
à falta de preparo dos funcionários, cultura equivocada e especialmente, por falta de mecanismos de
controle e responsabilização adequada dos atos anti-éticos.

A sociedade por sua vez, tem sua parcela de responsabilidade nesta situação, pois não se mobilizam
para exercer os seus direitos e impedir estes casos vergonhosos de abuso de poder por parte do Po-
der Público. Um dos motivos para esta falta de mobilização social se dá, devido à falta de uma cultura
cidadã, ou seja, a sociedade não exerce sua cidadania.

A cidadania Segundo Milton Santos " é como uma lei", isto é, ela existe mas precisa ser descoberta,
aprendida, utilizada e reclamada e só evolui através de processos de luta. Essa evolução surge
quando o cidadão adquire esse status, ou seja, quando passa a ter direitos sociais.

A luta por esses direitos garante um padrão de vida mais decente. O Estado, por sua vez, tenta re-
frear os impulsos sociais e desrespeitar os indivíduos, nessas situações a cidadania deve se valer
contra ele, e imperar através de cada pessoa. Porém Milton Santos questiona, se "há cidadão neste
pais"? Pois para ele desde o nascimento as pessoas herdam de seus pais e ao longa da vida e tam-
bém da sociedade, conceitos morais que vão sendo contestados posteriormente com a formação de
ideias de cada um, porém a maioria das pessoas não sabem se são ou não cidadãos.

A educação seria o mais forte instrumento na formação de cidadão consciente para a construção de
um futuro melhor.

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No âmbito Administrativo, funcionários mal capacitados e sem princípios éticos que convivem todos
os dias com mandos e desmandos, atos desonestos, corrupção e falta de ética tendem a assimilar
por este rol "cultural" de aproveitamento em benefício próprio.

Se o Estado, que a princípio deve impor a ordem e o respeito como regra de conduta para uma socie-
dade civilizada, é o primeiro a evidenciar o ato imoral, veem esta realidade como uma razão, des-
culpa ou oportunidade para salvar-se, e, assim sendo, através dos usos de sua atribuição pública.

A consciência ética, como a educação e a cultura são aprendidas pelo ser humano, assim, a ética na
administração pública, pode e deve ser desenvolvida junto aos agentes públicos ocasionando assim,
uma mudança na administração pública que deve ser sentida pelo contribuinte que dela se utiliza dia-
riamente, seja por meio da simplificação de procedimentos, isto é, a rapidez de respostas e qualidade
dos serviços prestados, seja pela forma de agir e de contato entre o cidadão e os funcionários públi-
cos.

A mudança que se deseja na Administração pública implica numa gradativa, mas necessária "trans-
formação cultura" dentro da estrutura organizacional da Administração Pública, isto é, uma reavalia-
ção e valorização das tradições, valores, hábitos, normas, etc, que nascem e se forma ao longo do
tempo e que criam um determinado estilo de atuação no seio da organização.

Moral

Dentre os princípios da administração pública, a moralidade e o devido processo legal são a base que
os sustentam, pois sem os mesmos não existiria a possibilidade de uma decisão imparcial dentro da
esfera Jurídica.

Eles estão dentro dos princípios gerais do direito Público e por isso são muito importantes para a ma-
nutenção desses direitos.

Nosso país necessita que seus governantes e agentes públicos lembrem-se desses princípios e os
usem, pois sem eles, continuaremos em um descaso social provocado por interesses externos e pro-
blemas culturais.

Moralidade Pública Brasileira

Dentro da administração pública brasileira existem desvios de conduta que, infelizmente, foram mol-
dados por uma cultura que eleva o “jeitinho brasileiro” a um patamar de adjetivo de perspicácia e inte-
ligência, onde na verdade é apenas uma maneira de burlar o sistema.

Dentro da constituição brasileira temos que a moral é um dos princípios mais importantes na adminis-
tração pública, está prevista no artigo 37, “caput”, sendo pressuposto que todo ato administrativo é
valido.

Podemos observar que na verdade o princípio da moral na administração pública vem seguindo uma
série de irregularidades ao longo do tempo, tendo em vista que alguns servidores públicos estão
“passando a perna” no interesse público e desviando imensas quantidades de dinheiro para fins pes-
soais.

O servidor público deve ter a consciência de que e sua atuação perante a sociedade deve ser mol-
dada pelos elementos éticos e morais. Os seus atos causam impacto na sociedade, pois estão direta-
mente ligados ao interesse público.

A Carta Magna faz alusão, em alguns de seus trechos, a este princípio. Por exemplo, o art. 5º, LXXIII,
onde mostra sobre a ação popular em caso de ato lesivo à moralidade administrativa, onde é assegu-
rada a razoável duração do processo e meios que garantam sua celeridade. Outro artigo que aborda
esse tema é o art. 85, V, que mostra a probidade na administração como crime de responsabilidade
do Presidente da República.

Princípios e Valores

O serviço público está submetido ao regime de direito público, portanto, deve obediência aos princí-
pios de Direito Administrativo definidos, no texto constitucional, de forma expressa ou implícita.

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Sendo assim, o Estado deve respeitar na prestação de serviço os princípios da legalidade, impes-
soalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Da mesma forma, deve atuar de forma a respeitar a
razoabilidade e proporcionalidade, entre outros. Todavia, alguns princípios são definidos pela
lei 8.987/95, que regulamenta a prestação dos serviços públicos, bem como a concessão de per-
missão feita a particulares.

Princípio da generalidade: Também chamado princípio da universalidade. Dispõe que os serviços


devem ser prestados com a maior amplitude possível, de forma a beneficiar o maior número possí-
vel de indivíduos. Mas também significa que os serviços devem ser prestados sem discriminação
entre os beneficiários, quando tenham as mesmas condições técnicas e jurídicas para a fruição.
Aplica-se assim, o princípio da isonomia, mais especificamente, da impessoalidade.

Alguns autores, como Maria Sylvia Zanella Di Pietro, denominam esse modelo como princípio da
igualdade dos usuários. Desde que a pessoa satisfaça as condições legais, ela faz jus à prestação
do serviço, sem qualquer distinção de caráter pessoal. A Lei n. 8.987/95 prevê a possibilidade de
serem estabelecidas tarifas diferenciadas em função das características técnicas e dos custos es-
pecíficos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuário. Exemplo disso é a isen-
ção de tarifas para idosos.

Princípio da continuidade: A prestação de serviços públicos não deve sofrer interrupção, de


forma a evitar colapsos nas múltiplas atividades particulares. A continuidade deve estimular o Es-
tado ao aperfeiçoamento e à extensão do serviço, recorrendo à tecnologia moderna de forma a
adaptar-se a atividade às novas exigências sociais.

De acordo com Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o princípio da continuidade tem aplicação especial-
mente em relação a contratos administrativos e ao exercícios da função pública. No que co ncerne
aos contratos, na imposição de prazos rigorosos aos contratantes; na aplicação da teoria da impre-
visão, para recompor o equilíbrio econômico-financeiro do contrato e permitir continuidade do ser-
viço; na inaplicabilidade da exceptio non adimpleti contractus contra a Administração (que define
para qualquer uma das partes contratantes o direito de suspender a execução do contrato em face
do inadimplemento da outra parte); e no reconhecimento de privilégios para a Administração Pú-
blica (como o de encampação).

Quanto à função pública, dentre outas hipóteses, constituem aplicação do princípio da continui-
dade, as normas que exigem permanência do servidor em serviço, quando pede exoneração, pelo
prazo fixado em lei; os institutos da substituição, suplência e delegação; a proibição do direito de
greve.

Acerca da greve de agentes públicos, trata-se de discussão que tem por base o fato de que o movi-
mento paredista do servidor poderia interromper ou tornar inviável a execução dos serviços públi-
cos, haja a vista a necessidade de ausência dos servidores para adesão à greve, causando prejuí-
zos à sociedade, mais especificamente aos particulares que dependem das atividades paralisadas.
Diferentemente dos servidores militares, que não têm direito à greve nem de si ndicalização por ve-
dação constitucional definida no artigo 142, § 3º da CF/88, ao servidor público civil é garantido
constitucionalmente o direito de greve e sindicalização (artigo 37, VII, CF/88) nos termos e condi-
ções estabelecidos em lei específica, além do direito à livre associação sindical.

A matéria foi alvo de discussão, pois alguns doutrinadores consideram que este direito está dis-
posto na Constituição Federal de 1988, em norma de eficácia contida, ou seja, regra que admite
aplicação direta, embora possa ser posteriormente regulada por lei que conterá seus efeitos. No
entanto, outra parte da doutrina defende a ideia de que a greve dos servidores está posta em dis-
positivo constitucional de eficácia limitada, dependendo, neste sentido, de regulamentaç ão constitu-
cional para o seu pleno exercício.

Diante disso, o Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento de que o direito de greve é
norma de eficácia limitada, ou seja: não obstante o servidor tenha a garantia definida na Constitui-
ção, o exercício do direito fica limitado à edição de lei específica que o regulamente e, enquanto
não for editada a lei, o exercício da prerrogativa será impossível. Assim, diante da ausência de lei
específica a tratar da matéria, o exercício do direito de greve do servidor fica prejudicado e os
agentes estatais não podem realizar movimentos paredistas, a despeito da garantia constitucional.

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Ocorre que a ausência de legislação, nestes casos, configura inconstitucionalidade por omissão,
uma vez que a prerrogativa está disposta na Carta Magna e a falta de regulamentação impede a
concretização do dispositivo.

Nesta esteira, no que tange aos servidores civis, o STF determinou, ao julgar Mandado de Injunção
referente à matéria, que, enquanto não houver lei específica a regulamentar a greve dos servido-
res, será utilizada a lei geral de greve (Lei 7.783/89) para o exercício deste direito. Tal entendi-
mento visa a garantir que a omissão legislativa não cause prejuízos a direito constitucional e vem
sendo reiterado pela Suprema Corte. Todavia, deve-se entender que a não prestação do serviço
público enseja a paralisação do pagamento da contraprestação, representada, in casu, pela remu-
neração devida aos agentes, sob pena de se configurar enriquecimento sem causa, em detrimento
do dinheiro público.

Além disso, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que, se o servidor exercer o direito de greve de
forma lícita, embora não tenha direito à remuneração pelos dias parados, não deve sofrer o corte
da remuneração durante o exercício deste direito, desde que o movimento paredista tenha sido rea-
lizado licitamente, sob pena de se considerar coerção indevida do poder público. Nestes casos, o
servidor, ao terminar a greve, ficará sujeito à compensação pelos dias parados, sendo obrigado ao
ressarcimento ao erário.

Assim, o direito de greve do servidor configura uma exceção ao princípio da continuidade, uma vez
que ensejará uma diminuição no ritmo dos serviços executados. Deverá ser exercido, respeitando
os limites definidos na legislação pertinente, de modo a se evitar a paralisação total da atividade
pública e o prejuízo aos usuários, indevida e inconstitucionalmente.

Princípio da eficiência: Os serviços públicos devem ser prestados com a maior eficiência possí-
vel, em conexão com o princípio da continuidade. Para isso, o Estado deve atualizar-se mediante
os avanços tecnológicos, de modo que a execução seja mais proveitosa e com menor dispêndio.
Periodicamente deve ser feita uma avaliação sobre o proveito do serviço prestado, com o objetivo
de adequar o serviço à demanda social. Em face da importância dessa adequação da Administra-
ção, a Emenda Constitucional nº 19/98 incluiu no artigo 37 na CF/88 o princípio da eficiência entre
os já postulados para guiar os objetivos administrativos.

Para Matheus Carvalho (2015), há o princípio da atualidade, que deriva deste princípio, haja vista o
entendimento de que a evolução técnica visa à garantia de um serviço mais seguro e com melhores
resultados.

Princípio da modicidade: Os serviços públicos devem ser remunerados a preços módicos, avali-
ando-se o poder aquisitivo do usuário para que não deixe de ser beneficiário. Esse princípio traduz
a ideia de que o lucro não é objetivo da função administrativa.

De acordo com princípio da modicidade, as tarifas cobradas para os usuários dos serviços devem
ser as mais baixas possíveis, a fim de manter a prestação do serviço à maior parte da coletividade,
uma vez que a cobrança de valores exorbitantes limitaria a fruição a determinadas camadas da po-
pulação, excluindo as demais de atividades essenciais ao bem-estar.

Alguns doutrinadores mais tradicionais chegavam a pregar a aplicação do princípio da gratuidade,


não admitindo a cobrança de tarifas pela execução das atividades públicas, entendimento já supe-
rado pela doutrina moderna.

Além desses princípios enumerados por José dos Santos Carvalho Filho (2009) com base na Lei
nº. 8.987/95, o artigo 6º, § 1º da referida Lei, traz também o princípio da atualidade (já mencionado
quando exposto o princípio da eficiência), da cortesia, da regularidade e da segurança.

O princípio da cortesia refere-se ao dever do prestador de serviço público de ser cortês e educado
em sua prestação ao tratar com o usuário. Para se considerar adequada a atividade estatal, deve -
se atentar para o bom trato com os particulares que usufruirão dos serviços executados. Já o prin-
cípio da regularidade estipula que a prestação do serviço deve observar as condições e horários
adequados diante dos interesses da coletividade, sem atrasos ou intermitências. Em relação
ao princípio da segurança, a prestação do serviço não pode colocar em risco a integridade dos usu-
ários ou a segurança da coletividade.

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Ética e Democracia

O Brasil ainda caminha a passos lentos no que diz respeito à ética, principalmente no cenário político
que se revela a cada dia, porém é inegável o fato de que realmente a moralidade tem avançado.

Vários fatores contribuíram para a formação desse quadro caótico. Entre eles os principais são os
golpes de estados – Golpe de 1930 e Golpe de 1964.

Durante o período em que o país viveu uma ditadura militar e a democracia foi colocada de lado, tive-
mos a suspensão do ensino de filosofia e, conseqüentemente, de ética, nas escolas e universidades.
Aliados a isso tivemos os direitos políticos do cidadão suspensos, a liberdade de expressão caçada e
o medo da repressão.

Como consequência dessa série de medidas arbitrárias e autoritárias, nossos valores morais e soci-
ais foram se perdendo, levando a sociedade a uma “apatia” social, mantendo, assim, os valores que o
Estado queria impor ao povo.

Nos dias atuais estamos presenciando uma “nova era” em nosso país no que tange à aplicabilidade
das leis e da ética no poder: os crimes de corrupção e de desvio de dinheiro estão sendo mais inves-
tigados e a polícia tem trabalhado com mais liberdade de atuação em prol da moralidade e do inte-
resse público, o que tem levado os agentes públicos a refletir mais sobre seus atos antes de cometê-
los.
Essa nova fase se deve principalmente à democracia implantada como regime político com a Consti-
tuição de 1988.

Etimologicamente, o termo democracia vem do grego demokratía, em que demo significa povo e kra-
tía, poder. Logo, a definição de democracia é “poder do povo”.

A democracia confere ao povo o poder de influenciar na administração do Estado. Por meio do voto,
o povo é que determina quem vai ocupar os cargos de direção do Estado. Logo, insere-se nesse con-
texto a responsabilidade tanto do povo, que escolhe seus dirigentes, quanto dos escolhidos, que de-
verão prestar contas de seus atos no poder.

A ética tem papel fundamental em todo esse processo, regulamentando e exigindo dos governantes o
comportamento adequado à função pública que lhe foi confiada por meio do voto, e conferindo ao
povo as noções e os valores necessários para o exercício de seus deveres e cobrança dos seus direi-
tos.

E por meio dos valores éticos e morais – determinados pela sociedade – que podemos perceber se
os atos come-tidos pelos ocupantes de cargos públicos estão visando ao bem comum ou ao interesse
público.

Ética E Função Pública

Função pública é a competência, atribuição ou encargo para o exercício de determinada função. Res-
salta-se que essa função não é livre, devendo, portanto, estar o seu exercício sujeito ao interesse pú-
blico, da coletividade ou da Administração. Segundo Maria Sylvia Z. Di Pietro, função “é o conjunto de
atribuições às quais não corresponde um cargo ou emprego”.

No exercício das mais diversas funções públicas, os servidores, além das normatizações vigentes nos
órgão e entidades públicas que regulamentam e determinam a forma de agir dos agentes públicos,
devem respeitar os valores éticos e morais que a sociedade impõe para o convívio em grupo. A não
observação desses valores acarreta uma série de erros e problemas no atendimento ao público e aos
usuários do serviço, o que contribui de forma significativa para uma imagem negativa do órgão e do
serviço.

Um dos fundamentos que precisa ser compreendido é o de que o padrão ético dos servidores públi-
cos no exercício de sua função pública advém de sua natureza, ou seja, do caráter público e de sua
relação com o público.

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O servidor deve estar atento a esse padrão não apenas no exercício de suas funções, mas 24 horas
por dia durante toda a sua vida. O caráter público do seu serviço deve se incorporar à sua vida pri-
vada, a fim de que os valores morais e a boa-fé, amparados constitucionalmente como princípios bá-
sicos e essenciais a uma vida equilibrada, se insiram e seja uma constante em seu relacionamento
com os colegas e com os usuários do serviço.

Os servidores públicos são profissionais que possuem um vínculo de trabalho profissional com ór-
gãos e entidades do governo.

Dentro do setor público, todas as atividades do governo afetam a vida de um país. Por isso, é neces-
sário que os servidores apliquem os valores éticos para que os cidadãos possam acreditar na eficiência
dos serviços públicos.

Existem normas de conduta que norteiam o comportamento do servidor, dentre elas estão os códigos
de ética municipais e o Código de Ética da Administração do Poder Executivo Federal. Assim, é
missão deles serem leais aos princípios éticos e as leis acima das vantagens financeiras do cargo e ou
qualquer outro interesse particular.

Esses interesses podem ser os desvios de verbas públicas, políticos que se beneficiam de programas
e situações para ganhar votos, produção de leis que vão contra os princípios da sociedade, corrupção,
etc.

As próprias leis possuem sanções e mecanismos que penalizam servidores públicos que agem em
desacordo com suas atividades, um exemplo é a Lei de Improbidade Administrativa.

Código de Ética dos Servidores Públicos

Os códigos de ética tanto o federal, quanto os municipais, são um conjunto de normas que dizem
respeito a conduta dos servidores dentro de seu serviço, além de penalidades a serem aplicadas pelo
não cumprimento dessas normas. Ambos possuem uma Comissão de Ética responsável por julgar os
casos referentes à ética no serviço público.

Os códigos informam os princípios e deveres dos servidores públicos como decoro, zelo, dignidade,
eficácia e honra, além de outras qualidades do servidor, suas obrigações que visam o bem estar da
população, bem como as proibições e punições derivadas do serviço irregular de suas funções, que
relembram os princípios fundamentais da administração pública.

Código de Ética do Poder Executivo Federal

O Código de Ética dos Servidores Públicos Civil do Poder Executivo Federal foi aprovado pelo de-
creto n° 1.171 de 22 de junho de 1994, destinado aos servidores públicos federais.

A Comissão de Ética Pública é um colegiado, criado em 1999 e vinculado à Presidência da República,


responsável por supervisionar e revisar as normas referentes a ética na Administração Pública do Poder
Executivo Federal.

Veja os Princípios Gerais do Serviço Público

⇒ Os servidores públicos devem ser leais as suas Constituições, leis e princípios éticos acima dos
interesses privados;

⇒ Os servidores não poderão ter interesses financeiros que causem conflitos ao desempenho de sua
atividade;

⇒ Os servidores deverão usar de sigilo, não utilizando informações governamentais para seu próprio
interesse. Além disso não poderão fazer promessas não autorizadas que comprometam o governo;

⇒ Os servidores deverão ser honestos no cumprimento de suas funções;

⇒ Os servidores não poderão aceitar presente ou item de valor de qualquer pessoa ou instituição em
busca de benefícios, nem realizar atividades não reguladas ou permitidas pelo órgão do servidor;

⇒ Os servidores não poderão usar seu cargo para ganhos privados;

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⇒ Os servidores devem agir com imparcialidade e não devem dar tratamento diferenciado a nenhuma
organização individual ou privada;

⇒ Os servidores deverão proteger e conservar o patrimônio do Estado, não os utilizando para fins não
autorizados;

⇒ Os servidores deverão confessar fraudes, corrupção, desperdícios e abusos as autoridades respon-


sáveis.

⇒ Os servidores deverão de boa fé satisfazer suas obrigações de cidadãos, incluindo obrigações finan-
ceiras;

⇒ Os servidores deverão apoiar todos os regulamentos e leis que asseguram oportunidades iguais
para todos;

⇒ Os servidores deverão evitar toda a ação que crie a aparência de que estão violando as leis ou
normas éticas.

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ÉTICA PROFISSIONAL

O que é Ética Profissional:

Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do profissional e represen-
tam imperativos de sua conduta.

Ética é uma palavra de origem grega (éthos), que significa “propriedade do caráter”.

Ser ético é agir dentro dos padrões convencionais, é proceder bem, é não prejudicar o próximo. Ser
ético é cumprir os valores estabelecidos pela sociedade em que se vive.

O indivíduo que tem ética profissional cumpre com todas as atividades de sua profissão, seguindo os
princípios determinados pela sociedade e pelo seu grupo de trabalho.

Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar ligeiramente, graças a diferentes
áreas de atuação.

No entanto, há elementos da ética profissional que são universais e por isso aplicáveis a qualquer ati-
vidade profissional, como a honestidade, responsabilidade, competência e etc.

Código de Ética Profissional

O Código de Ética Profissional é o conjunto de normas éticas, que devem ser seguidas pelos profissi-
onais no exercício de seu trabalho.

Este código é elaborado pelos Conselhos, que representam e fiscalizam o exercício da profissão.

O código de ética médica, por exemplo, em seu texto descreve:

“O presente código contém as normas éticas que devem ser seguidas pelos médicos no exercício da
profissão, independentemente da função ou cargo que ocupem.

A fiscalização do cumprimento das normas estabelecidas neste código é atribuição dos Conselhos de
Medicina, das Comissões de Ética, das autoridades de saúde e dos médicos em geral.

Os infratores do presente Código, sujeitar-se-ão às penas disciplinares previstas em lei”.

Ter ética profissional e adequar-se às normas de conduta de uma empresa são condições cada vez
mais valorizadas no reconhecimento dos trabalhadores e no processo seletivo de novos funcionários.
Para você conquistar uma vaga no mercado de trabalho e manter-se no emprego em longo prazo, é
preciso mais que formação acadêmica e experiência profissional.

Conheça um pouco mais sobre ética profissional, as características do comportamento ético e o có-
digo de conduta organizacional e saiba como agir para agregar esse diferencial importante ao seu
currículo.

O Que É Ética Profissional?

A ética profissional é um conjunto de valores e normas de comportamento e de relacionamento ado-


tados no ambiente de trabalho, no exercício de qualquer atividade. Ter uma conduta ética é saber
construir relações de qualidade com colegas, chefes e subordinados, contribuir para bom funciona-
mento das rotinas de trabalho e para a formação de uma imagem positiva da instituição perante os
públicos de interesse, como acionistas, clientes e a sociedade em geral.

Líderes de empresas e organizações têm defendido que bons ambientes de trabalho, com relações
amigáveis e respeitosas, contribuem para o aumento do nível de confiança e comprometimento entre
os funcionários, refletindo no aumento da produção e no desenvolvimento da empresa. E que com-
portamentos antiéticos prejudicam o clima organizacional, afetando o rendimento das equipes.

Conduta Ética Ajuda A Conquistar E Manter Seu Emprego

Os colaboradores que conseguem construir relações de qualidade entre os colegas e conquistar a


confiança dos líderes, com uma postura de trabalho adequada e resultados concretos, são os que ob-

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ÉTICA PROFISSIONAL

têm maior sucesso no desenvolvimento de suas carreiras. Você precisa entender e respeitar os limi-
tes de sua função, zelar pelos instrumentos de trabalho e o patrimônio da organização e contribuir
para o bom rendimento de sua equipe. Essas são condições básicas para a construção de uma pos-
tura ética no trabalho.

Conheça ainda outros fatores importantes que auxiliam neste processo:

1. Honestidade: Fale sempre a verdade e assuma a responsabilidade por suas falhas. É muito me-
lhor aprender com os erros do que procurar um culpado para suas falhas.

2. Sigilo: Algumas informações de trabalho são extremamente sigilosas. Respeite esta condição,
mantendo o sigilo.

3. Competência: Cumpra sua função com comprometimento e consciência, visando o melhor resul-
tado para a organização, e não apenas o seu resultado pessoal.

4. Prudência: Respeite a hierarquia da sua empresa e não interfira de forma negativa no trabalho de
seus colegas.

5. Humildade: Reconheça o seu espaço e o seu papel dentro da organização.

6. Imparcialidade: Aprenda a diferenciar as relações pessoais das profissionais e considere sempre


como prioridade a realização do seu trabalho.

O Código de Ética Profissional

Algumas profissões contam com Conselhos de Representação que têm a responsabilidade de criar
Códigos de Ética específicos para cada área de atuação. Você já deve ter ouvido falar no Conselho
Federal de Medicina (CFM), ou no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), dois
exemplos bastante conhecidos.

Esses Códigos de Ética criados pelos Conselhos existem para padronizar procedimentos operacio-
nais e condutas de comportamento, garantindo a segurança dos profissionais e dos usuários de cada
serviço. Eles estabelecem princípios ético-morais de determinada profissão, e preveem penas discipli-
nares aos trabalhadores que não obedecerem aos procedimentos e normas de sua área, protegendo
a sociedade de injustiças e desrespeito em qualquer esfera. Por isso, cabe ainda aos Conselhos a
função de fiscalizar o cumprimento dos Códigos de Ética.

Fique atento às normas estabelecidas em sua profissão. Independentemente de ter ou não um Có-
digo específico, todas as profissões exigem o cumprimento de valores morais e princípios éticos con-
siderados universais como a honestidade, a competência e a responsabilidade.

O Código de Conduta Ética Organizacional

Você sabe que todas as empresas ou organizações seguem os padrões éticos profissionais ditados
pelo senso comum. Mas, muitas vezes, elas acabam criando suas próprias regras para garantir o
bom funcionamento dos processos de trabalho e o alcance dos seus objetivos estratégicos. Quanto
maior a instituição, mais necessário se faz a adoção do Código de Conduta Ética Organizacional, um
instrumento que padroniza os procedimentos de trabalho e estabelece regras e valores de conduta
para todas as áreas, de forma igualitária. Se você pensa em trabalhar numa grande empresa, prova-
velmente terá contato com este documento.

O Código de Ética Organizacional propõe o cumprimento obrigatório das normas estabelecidas pela
instituição, apesar de a ética não ser coactiva, ou seja, o seu descumprimento não implica em penas
legais. O processo de elaboração do Código envolve a participação de trabalhadores de diferentes
setores, para tornar o documento acessível e adequado a todas as áreas, da forma mais democrática
possível. Geralmente é conduzido pelo departamento de Recursos Humanos das empresas, com a
formação de um Comitê de Ética, ou desenvolvido por uma Consultoria externa contratada. É comum
que todos os funcionários recebam uma cópia do documento, como instrumento de trabalho, e sejam
orientados a consultá-lo regularmente, recorrendo aos líderes apenas em caso de dúvida.

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Muitos Códigos de Conduta Ética Organizacional preveem ainda um espaço ou um canal de comuni-
cação próprio para denúncias, onde os funcionários da empresa podem relatar, de forma anônima,
fatos relacionados ao descumprimento das normas estabelecidas que tenham sido observados dentro
do ambiente de trabalho ou na relação com clientes, por exemplo.

Ao colocar dessa forma, parece que estamos falando de um instrumento punitivo, criado apenas para
exigir disciplina. Mas, acredite: é muito mais fácil desempenhar um trabalho com qualidade e compe-
tência quando se conhece as regras da empresa e o que os líderes esperam de você.

A ética profissional é baseada nos comportamentos que são adequados para uma boa convivência
em um ambiente corporativo. Ela pode estar descrita na política interna da empresa como o conjunto
de normas e regras que devem ser seguidas pelos seus funcionários. O documento serve como um
guia para que os colaboradores convivam em um ambiente favorável, amigável e produtivo e também
para que a empresa cresça de maneira saudável.

Dessa forma, além de conhecimentos técnicos, bom relacionamento com os colegas e habilidades
comportamentais, o profissional é reconhecido pela sua conduta ética na organização. O grupo de
valores e normas que direcionam as ações dos funcionários e clientes, internos e externos, é consi-
derado de extrema importância para garantir um bom clima organizacional, saúde trabalho e a reputa-
ção da marca.

Apesar de cada profissão ou empresa ter o seu próprio documento, alguns elementos são universais
e, por isso, são aplicáveis a qualquer atividade profissional, tais como a honestidade, a responsabili-
dade e a competência.

Vantagens da ética no ambiente de trabalho

O maior benefício ao aplicar a ética também no ambiente profissional é a garantia de que haverá sa-
úde no trabalho. Para entender melhor quais são os resultados positivos, veja alguns dos pontos que
podem ter alterações benéficas:

• Relacionamentos interpessoais;

• Favorecimento da criação de motivação para capacitação profissional;

• Favorecimento de um cenário que permita desenvolvimento técnico e pessoal;

• Espaço para o exercício do autoconhecimento;

• Respeito com as características físicas e mentais de todos;

• Respeito com a escolha sexual, de religião, de opinião política ou de filosofia de vida de todos;

• Educação desde situações pequenas até as maiores e independentemente da hierarquia;

• Surgimento de novos talentos com mais facilidade;

• Crescimento dos resultados da empresa.

Isso, claro, só acontecerá se todos os colaboradores seguirem os princípios descritos.

Com regras bem definidas, as pessoas se respeitarão mais e o clima organizacional será de parceria,
trabalho em equipe, respeito mútuo e crescimento generalizado. Conheça agora quais são os 10
mandamentos da ética profissional no ambiente corporativo:

1 – Seja Honesto

A honestidade é uma das principais características positivas de uma pessoa, tanto na vida profissio-
nal quanto na pessoal. Seja sempre sincero com seus colegas e clientes e dessa maneira as pessoas
irão lhe respeitar e a ver você como alguém confiável.

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2 – Nunca Assuma Algo Que Você Não Pode Ou Consegue

Se você fizer alguma coisa esteja certo de que virão consequências, sejam positivas ou negativas.
Por isso, somente faça se tiver condições de assumir os resultados perante seus superiores, subordi-
nados e públicos em geral. Evite fechar negócios ou prometer prazos se você não tem segurança ou
sabe que não vai dar conta. Assim como também não é recomendado jogar essa responsabilidade
para os seus colegas. Como eu já disse acima seja honesto! Evite se comprometer sem estar 100%
confiante.

3 – Seja Humilde

Fato: ninguém é melhor que ninguém. Você pode até ter mais habilidades que seus colegas, mas
isso não dá o direito de tratá-los com arrogância e deboche. Para trabalhar em equipe é preciso ser
humilde, flexível e estar disposto a ouvir críticas e sugestões, por mais peculiares que sejam. Fazer a
escuta ativa e compreender o que o outro quer dizer pode trazer ideias positivas e negativas. Por-
tanto, esteja sempre com a mente e coração abertos para dar espaço aos outros. Não faça julgamen-
tos precipitados e respeite as pessoas como gostaria de ser respeitado.

4 – Faça Críticas Construtivas E De Forma Educada

Sempre seja cuidado ao fazer uma crítica que irá apontar os pontos negativos e que precisam ser de-
senvolvidos de outra pessoa. Em primeiro lugar, seja transparente e faça isso diretamente a pessoa e
de forma planejada. Falar pelas costas ou ser impulsivo são atitudes nada éticas. Entenda que o
feedback não deve ser negativo e sim construtivo. O objetivo é fazer com que o criticado evolua e não
fique decepcionado. Saiba como dar um feedback positivo e seja sempre educado ao passar qual-
quer informação para as pessoas que trabalham com você. E depois de fazer o processo de devolu-
tiva uma vez, busque se planejar para fazê-lo regularmente.

5 – Respeite A Privacidade

Jamais mexa na mesa, gaveta, informações, computador ou documentos alheios, a não ser que você
tenha autorização para tal. E mesmo que você a tenha, avalie se está fazendo por motivos válidos ou
se é apenas curiosidade. Se coloque no lugar da outra pessoa: você gostaria que seus pertences fos-
sem revirados? A privacidade é inviolável!

6 – Assuma As Consequências Dos Seus Atos

Como eu já disse, toda ação gera uma reação. Por isso, assuma seus valores e princípios, bem como
as suas consequências. Não jogue a culpa de seus atos em cima de seus colegas e tenha maturi-
dade o suficiente para assumir os seus erros.

7 – Evite Fofoca

A fofoca, por mais que pareça ser inofensiva, é algo grave dentro das empresas. E eu não preciso de
pesquisas para confirmar isso. Reflita sobre sua vida profissional e relembre os momentos em que a
fofoca prejudicou uma atividade ou até a carreira de alguém. Além de prejudicar pessoas, o tempo
gasto fofocando poderia ser usado para algo mais útil e produtivo. Todo problema deve ser tirado a
limpo, cara a cara. Por isso, fique longe de fofocas, mesmo que isso faça parte da cultura da sua
equipe.

8 – Respeite A Hierarquia

Não deixe que a amizade ou antipatia interfira na relação hierárquica. Ou seja, não privilegie um su-
bordinado porque é seu amigo e vice e versa. No que se refere a antipatias, tente superá-las, para
que isso não interfira no trabalho do dia a dia. Basicamente, essa é a premissa para ser um bom pro-
fissional.

9 – Reconheça O Mérito Alheio

O reconhecimento é considerado um dos fatores mais motivadores em um ambiente de trabalho. Por


isso, sempre dê crédito a quem merece e não aceite elogios ou recompensas pelo mérito alheio. Seja

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sincero quanto ao trabalho das pessoas de sua equipe e saiba reconhecer quando seus colegas se
empenham e têm atitudes assertivas.

10 – Reconheça Seus Erros

Se errar, reconheça. Mas não force a barra e nem dramatize a situação, procure apenas solucionar o
problema e garantir que não acontecerá novamente. Se precisar de ajuda para resolver uma situação
procure pelo seu superior e seja sincero. Esse é o melhor caminho!

Porque Cultivar a Ética no Trabalho

Ética é uma palavra de origem grega, que vem no termo ethos, que por sua vez significa: “costume
superior”, “bom costume” e aquilo que “pertence ao caráter”. É também a área da filosofia que se
ocupa em estudar a moral do homem, ou seja, suas condutas em todos os contextos. Uma profissio-
nal de caráter superior é aquele que tem sempre comportamentos corretos e que conduz suas ações
baseado em bons princípios.

Uma empresa, por exemplo, demonstra sua ética por meio dos valores que cultiva e da cultura orga-
nizacional que dissemina. Logo, quando um colaborador age de forma incongruente com isso, ele
está desequilibrando aquele sistema e tendo atitudes que vão de encontro ao que ela prega. Quando
isso acontece, se não houver forma de corrigir o problema, na maioria das vezes, o profissional acaba
sendo desligado da organização para não influenciar negativamente os demais.

Com certeza não é isso que deseja que aconteça com você. Contudo, a ética deve ser algo da pes-
soa e não consequência de uma exigência da sua empresa. Isso quer dizer que o profissional deve
ser correto porque os seus valores são naturalmente assim, porque verdadeiramente cultiva uma pos-
tura ética e não porque seu líder exige isso. Assim, em se tratando de ética não adianta parecer ético,
é preciso ter uma moral idônea e que seja comprovada por atitudes corretas também.

O Que é Ética Profissional?

Você é o que você faz! Lembre-se sempre disso, pois do mesmo modo que observa os comporta-
mentos dos outros, também está sempre sendo observado. Logo, seja dentro de uma empresa ou
em sociedade, para ser um representante da ética é preciso seguir valores e princípios morais positi-
vos que te conduzam a sempre ter condutas e práticas exemplares.

Neste sentido, com tudo que aconteceu nos últimos anos e com tantas denúncias de corrupção, po-
demos dizer que hoje em dia as pessoas estão muito mais atentas a isso. Em decorrência disso, as
organizações e os profissionais que seguem padrões sociais e éticos, que incluem a moralidade em
seus processos de trabalho e no alcance de resultados, são também as mais respeitadas e admira-
das por seus clientes e também por seus liderados e pares.

Outro ponto que vale destacar é que ética profissional é um elemento que faz muita diferença na qua-
lidade de vida das pessoas no trabalho. No dia a dia, é também o que ajuda na construção de um
ambiente positivo e de cooperação e respeito mútuo entre as pessoas. Na prática, isso proporciona
aos colaboradores a oportunidade de exercerem suas funções de forma decente e confiável, sem
desrespeitar os seus valores, e de prover resultados positivos sem que para isso tenham que burlar
regras ou trapacear.

Poder trabalhar numa empresa que preza pela ética como um valor indispensável faz com que seus
profissionais sintam-se parte de algo maior e que estão contribuindo para um mundo melhor também.
Por outro lado, quando sentem que seus valores éticos estão sendo feridos, sua motivação e produti-
vidade baixam drasticamente. Portanto, o bom exemplo da organização faz com que sua equipe se
sinta mais segura ao tomar suas decisões e mais confiante em sua liderança, pois sabe que os princí-
pios por ela pregados são corretos e trazem um retorno positivo para todos.

Como recompensa, os colaboradores que também cultivam a ética profissional no trabalho, conse-
quentemente, acabam sendo reconhecidos positivamente pela sociedade por sua conduta exemplar.
A ética é, portanto, uma trabalhadora disciplinada que nunca descansa, pois a todo o momento preci-
samos recorrer a ela para jamais perdermos de vista valores e comportamentos decentes.

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Exemplos de Ética no Trabalho Para te Inspirar

A ética no trabalho está diretamente relacionada à honestidade, pois não há como ser ético sem ser
honesto. Entretanto, como bem sabemos no dia a dia de um profissional podem surgir muitas situa-
ções onde à sua integridade e retidão; são testadas. Para não sucumbir a nenhuma delas, é essen-
cial contra-atacar, ou seja, conhecer e cultivar hábitos positivos e que caminhem na direção oposta
aos comportamentos imorais que muitas pessoas têm sem pensar nas consequências.

Para isso, vou apresentar alguns exemplos de condutas éticas no trabalho que tanto podem orientar
seus comportamentos como sinalizar quando a empresa ou um colega não estão respeitando verda-
deiramente bons valores. Continue lendo e veja como agir:

Responsabilidade

Ser responsável é ter a hombridade de assumir um compromisso verdadeiro com seus atos e conse-
quências e buscar pautar suas ações em valores positivos. Portanto, ser ético é ter uma postura pro-
fissional condizente com as suas responsabilidades e com a confiança que a empresa depositou em
você. Isso inclui cuidar bem do patrimônio da organização e manter sempre total sigilo sobre as infor-
mações referentes à empresa e aos seus funcionários.

Integridade

Tudo que fazemos na empresa ou na vida tem uma consequência. Por isso, independente do seu
sentimento em relação à organização ou a algum dos seus membros, você deve sempre ser honesto
e correto em suas ações. Integridade significa lisura e retidão, portanto, especialmente por sua repu-
tação, faça sempre aquilo que é certo e ético e coloque sempre estes valores em primeiro lugar.

Retidão

Numa sociedade com valores, às vezes, um tanto quanto controversos, para obter vantagens, muitos
podem considerar a honestidade algo até mesmo dispensável. Contudo, uma pessoa guiada pela reti-
dão de caráter, independente do seu momento, se bem ou não financeiramente, por exemplo, jamais
usará seu cargo na empresa para obter algum tipo de benefício pessoal.

Do mesmo modo, um profissional honesto e ético evitará repercutir fofocas, criar histórias mal intenci-
onadas, falar mal de colegas e chefes ou criar qualquer situação ruim que prejudique as pessoas ao
seu redor e a si mesmo.

Meritocracia

Uma empresa ética é aquela que reconhece seus profissionais por seu mérito e não por afinidades ou
favoritismos do líder. Todos aqueles que demonstram comprometimento, resultados e vontade de
crescer devem ter a oportunidade de concorrer em pé de igualdade com seus colegas por uma pro-
moção, aumento de salário ou novo cargo, por exemplo.

Assim, a meritocracia é um exemplo de conduta honrosa e positiva que as organizações pautadas


pela moralidade e equanimidade podem ter para promover e reconhecer seus funcionários e demons-
trar seus valores.

Capacidade de Reconhecer os Erros

Errar não é o fim, mas não aprender com seus erros pode ser o começo para isso. Portanto, é essen-
cial saber reconhecer quando falhou e, especialmente, como aquele tropeço pode trazer algum
aprendizado tanto individual como coletivo. Quando a organização ou seu colaborador têm dificulda-
des em fazer isso, geralmente acabam terceirizando a responsabilidade e culpabilizando quem mui-
tas vezes não tem nada a ver com isso. Esta atitude é antiética.

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Logo, é importante saber que tanto uma empresa como um profissional, pautados pela excelência,
também podem errar. Contudo, o seu grande diferencial está em ter a humildade de reconhecer publi-
camente sua falha e de orientar seus esforços para contornar o problema e evitá-lo novamente no fu-
turo.

Congruência

Seus valores representam quem você é na essência. Por isso, não adianta ter um discurso “boniti-
nho” e politicamente correto se os seus comportamentos práticos mostram exatamente o contrário
sobre você. Portanto, seja congruente com aquilo que defende e no seu dia a dia profissional, procure
sempre exercitar valores positivos e éticos em suas relações com seus colegas, líderes e clientes, de
modo que estes sejam exemplos para os demais, ajudem a reafirmar sua conduta moral e a construir
uma empresa sempre ética.

Respeito ao Trabalho dos Outros

Uma empresa é um sistema formado por todos os seus membros. Estes por sua vez, ainda que não
se conheçam, devem trabalhar de forma interligada para que as metas e objetivos sejam plenamente
alcançados com sucesso. Portanto, não dá apenas para cuidar do seu e deixar que seus colegas se
virem com suas demandas e problemas.

Esta postura individualista além de antiprodutiva também é antiética, pois demonstra falta de respeito
para com o trabalho das outras pessoas. Portanto, não vá por esta direção e sempre busque estar
100% comprometido com seus colegas de trabalho, com seus líderes e clientes. Faça o seu melhor e
colabore positivamente para a construção conjunta de resultados extraordinários.

Equidade

Não existe ética sem igualdade e, esse é justamente o significado de equidade. Ser justo é não favo-
recer ninguém por conta de amizades ou afinidades, mas respeitar o direito que todos têm de promo-
ver o seu crescimento na empresa por meio de sua dedicação e dos seus esforços. Isso tem a ver
com a meritocracia de que falei anteriormente, mas aqui ganha um sentido ainda maior, pois um am-
biente profissional ético e igualitário é aquele que respeita o direito de cada um, bem como o que pro-
porciona às pessoas a chance de ir além, superar limites e de vencer.

Valorize e Cultive uma Conduta Ética Sempre

Sabe aquele profissional que seus atos falam por si? Este é o colaborador que cultiva a ética no tra-
balho e na vida e que é um espelho positivo para todos ao seu redor. Nunca seu impulso é o de fazer
algo errado para abafar um erro ou para evitar a responsabilidade por suas consequências culpando
os outros.

Mas não é só. A ética no trabalho também é representada pelo líder justo, que não difere seus lidera-
dos, sempre lhes trata com respeito, equanimidade e que confere a estes oportunidades reais de
aprimoramento, desenvolvimento e crescimento. É ilustrada por profissionais corretos, responsáveis e
comprometidos em entregar o seu melhor tanto à empresa como ao mundo.

Ser ética é também ser uma instituição que paga seus funcionários em dia, que oferece a eles salá-
rios e benefícios compatíveis com o mercado e, muitas vezes, até superiores. Neste tipo de organiza-
ção, todos os tipos de profissionais são bem-vindos, reconhecidos e respeitados, independente-
mente, de sua: origem, credo, gênero, classe, cor ou orientação sexual.

Não estamos falando de um mundo perfeito, mas de um mundo possível e real, onde as empresas e
os profissionais éticos caminham e constroem resultados positivos juntos, sem jamais ter que, para
isso, burlar as regras, trapacear e prejudicar ninguém para ter sucesso e alcançar prosperidade.

Esta mesma lógica, baseada em bons princípios, se aplica às nossas relações sociais, afetivas, finan-
ceiras e familiares, pois somos nós, individual e coletivamente, que construímos à nossa sociedade.
Portanto, é por meio da nossa ética e de valores positivos e congruentes que podemos torná-la me-
lhor para todos também. Eu acredito, e você? Faça sua parte, seja sempre ético e correto em seu tra-
balho e em sua vida e seja a diferença que você deseja ver no mundo!

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O código de ética é um documento que busca expor os princípios e a missão de uma determinada
profissão ou empresa. Seu conteúdo deve ser pensado para atender às necessidades que aquela ca-
tegoria serve e representa.

Eles são feitos para enfatizar os valores que devem ser praticados pelos profissionais e instituições.
Pode-se falar também em código deontológico. A deontologia é a ciência que estuda os deveres e
obrigações a partir da ótica moral e ética.

Em geral é baseado na legislação vigente do país, na Declaração dos Direitos Humanos, nas Leis
Trabalhistas e outras. Assim existem:

⇒ Códigos de Ética Profissionais - códigos em que estão especificados os direitos e deveres, o que é
vetado eticamente naquele exercício profissional e as possíveis punições no caso de desobediência ao
código. Ex.: código de ética do contador, código de ética do assistente social, etc. Os códigos mais
conhecidos no Brasil são os de medicina, enfermagem, psicologia e o da OAB (Ordem dos Advogados
do Brasil). Cada um deles especifica o papel dessas profissões na sociedade e a importância do res-
peito a dignidade humana no exercício de cada um desses trabalhos tão importantes.

⇒ Códigos de Ética Empresariais - códigos em que estão contidos a missão, a visão e os princípios da
empresa. Itens, os quais, todo funcionário da instituição deve conhecer. Através do código de ética
institucional é possível perceber a função da empresa na sociedade e os valores que se cultivam lá
dentro.

Dessa forma, cada profissional tem um conjunto de regras estabelecidas por suas confederações pro-
fissionais, que detalham as responsabilidades, direitos e formas de punição caso haja irregularidades.

O conselho de ética é o responsável por definir o conteúdo dos códigos de ética. Formado por profissi-
onais conceituados, geralmente escolhidos pela classe profissional a qual representam, seus cargos
são honoríficos e tem a responsabilidade ética legal sobre os assuntos dessa categoria. Esses conse-
lhos são como tribunais, possuem funções legais sobre registros e julgamentos baseados nas regula-
mentações dos códigos.

Principais Objetivos de um Código de Ética

• Especificar os princípios de uma certa instituição e/ou profissão diante da sociedade;

• Documentar os direitos e deveres do profissional;

• Dar os limites das relações que o profissional deve ter com colegas e clientes/pacientes;

• Explicar a importância de manter o sigilo profissional (essencial em muitos casos);

• Defender o respeito aos direitos humanos nas pesquisas científicas e na relação cotidiana;

• Delimitar e especificar o uso de publicidade em cada área;

• Falar sobre a remuneração e os direitos trabalhistas.

Obrigatoriedade dos Códigos de Ética

O código de ética costuma ser obrigatório, porém há exceções. O caso mais conhecido é o de jorna-
lismo, sendo que as especificações contidas nele são facultativas, cabe ao jornalista em exercício e às
instituições de comunicação avaliarem se adotam ou não algumas práticas.

Uma das primeiras especificações que o código dos jornalistas traz é a do direito que todo cidadão tem
à informação. Portanto, é dever do jornalista passar notícias de interesse público, isentas de qualquer
interesse pessoal ou financeiro e baseada sempre na verdade.

Mas na maioria das vezes, esse direito básico de ter acesso à informação de qualidade é comprometido
pelo corporativismo que existe no jornalismo. Na área de comunicação existe muita concorrência e
nessa disputa pelo furo, muitos profissionais pecam na produção de seu trabalho.

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A consequência de toda essa contradição prejudica apenas os cidadãos comuns que recebem conte-
údos incompletos, que não são capazes de despertar seu senso crítico. Algumas vezes porque a im-
parcialidade também é deixada de lado pelos jornalistas em defesa de um ideal.

A escolha pela ética, portanto, significa refletir sobre a qualidade das informações que serão passadas.
Isto é, se os profissionais de comunicação desejam prover a sociedade com bom trabalho ou apenas
com conteúdos superficiais.

O código de ética empresarial é um instrumento que serve para demonstrar os princípios, a visão e a
missão de uma empresa. Através dela conhece-se a postura social da instituição diante do público com
quem interage.

A partir do código de ética de uma empresa é possível avaliar sua função no mercado e o que ela
procura nos seus funcionários. Seus artigos são baseados nas leis do país, geralmente tratam das
relações internas e com o consumidor, proteção aos direitos trabalhistas e repúdio a práticas ilegais
como corrupção, assédio sexual ou moral, entre outros temas vigentes.

O código pode se referir a conduta social da empresa, explicitando sua contribuição para a comunidade
e com o governo. Essas ações podem dar a ideia do posicionamento da empresa, fator de identificação
com funcionários e clientes.

Vantagens da Aplicação de um Código de Ética

⇒ O código de ética possibilita muitas vantagens para a empresa:

⇒ Fortalece a imagem da instituição (privada, pública ou ONG) perante a comunidade;

⇒ Pode aproximar os diversos profissionais da organização, pois eles também precisam participar da
preparação do código;

⇒ Pode ser um excelente instrumento para solucionar possíveis conflitos e problemas internos;

⇒ Auxilia na ordem e transparência da imagem da empresa, pois proporciona mais coerência, já que
está tudo documentado;

⇒ Traduz a conduta moral da formação da empresa e a maneira que ela é conduzida;

⇒ Implica na melhoria da relação entre clientes, funcionários, fornecedores e até governo.

⇒ A partir do momento em que uma empresa toma uma postura ética, ela se compromete voluntaria-
mente para seu desenvolvimento e também com o da sociedade. Assim, é preciso que a ética seja
praticada, caso contrário, será apenas um marketing para promover a empresa no mercado.

Descumprimento do Código de Ética

Um grande dilema no ambiente corporativo é quando um empregado/empregador precisa decidir ou


resolver um problema e dependendo de sua decisão poderá gerar consequências, tanto para a em-
presa, quanto para sua vida. Um exemplo bem comum é a corrupção. Certa vez um chefe pediu para
que um funcionário de confiança levasse uma maleta com uma quantia alta de dinheiro para o cofre da
empresa. Mas esse funcionário percebeu que não teria problema se ele pegasse um pouco para ajudar
sua família. Nessa situação cabem algumas perguntas:

1. De acordo com o código de ética da empresa, será que eles apoiariam essa decisão?

2. Essa seria a decisão mais correta?

3. Indicaria essa decisão para outras pessoas?

4. Qual seria o resultado dessa decisão para a minha imagem dentro da empresa?

5. O que a minha família pensaria disso?

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Diante da sociedade, essa situação é considerada incorreta, pois o funcionário estaria usufruindo de
algo que não é seu e como consequência, ele poderia sofrer uma pena gravíssima. Para descumpri-
mento do código de ética de uma empresa, os funcionários podem ser advertidos verbalmente ou por
escrito e dependendo do caso suspenso, presos ou desligados do quadro de funcionários.

O código de ética auxilia na resoluções desses problemas e não somente isso, mas para as empresas,
representam a importância dada ao meio ambiente e também á sociedade. Em seu conteúdo são tra-
tados temas como:

♦ Princípios e Valores, Missão e Visão da Empresa;

♦ Princípios Éticos Princípios gerais de justiça e equidade;

♦ Gestão da Sustentabilidade;

♦ Normas e padrões para o comportamento na empresa e de seus funcionários;

♦ Penalizações com relação ao descumprimento do código;

♦ Ações de atuação para os órgãos de controle, etc.

Assim, o código não seria o mesmo que regimento interno, mas uma extensão do contrato de trabalho,
em que o funcionário se compromete a cumprir as regras da empresa. O regimento interno é um con-
junto de normas que auxiliam a empresa na regulação de seu funcionamento.

A ética médica avalia os aspectos éticos referentes à medicina, levando em consideração os atos pra-
ticados por esses profissionais. Esses atos vão desde a utilização de animais em laboratório ao trata-
mento de seus colegas e pacientes.

Código de Ética da Medicina

No dia 23 de abril de 2010 entrou em vigor o novo código de ética da medicina. Sua reforma durou
cerca de dois anos (entre 2007 e 2009). Nele, estão especificadas as novas regras. Foram incluídas as
questões que abrangem a reprodução assistida e a manipulação genética, além da proibição do uso
de letra ilegível em laudos e receitas.

As mudanças abrangem os médicos que mantém contato direto com pacientes e os que realizam es-
tudos e pesquisas em laboratório. Elas são apenas adaptações de problemas discutidos em congres-
sos e visam melhorar a relação médico/paciente e sociedade por um trabalho mais responsável na
saúde.

O Conselho Federal de Medicina é responsável por realizar a revisão e atualização do código quando
necessário com ajuda dos conselhos regionais, além de averiguar e sanar as omissões.

O código de ética medica possui quatorze capítulos, segue abaixo um pequeno resumo de cada um
deles.

Capítulo I: Princípios Fundamentais

• Destaca a função do médico de zelar pela saúde do ser humano sem discriminação, pela honra e
prestígio da profissão;

• Explicita o dever que todo médico tem de aprimorar continuamente seus estudos e de usá-los para
o bem comum e progresso da medicina;

• O respeito pela integridade do ser humano é uma obrigação na medicina. Portanto, nenhum médico
deve usar de seus conhecimentos científicos para causar dor e sofrimento ou tentar contra a vida e a
dignidade;

• A proibição da utilização da medicina como comércio ou exploração da mesma por terceiros em


função de interesses financeiro, político, religioso ou pessoal;

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• O bem do paciente é destacado como prioridade, se o médico dispõe de ferramentas cientificamente


reconhecidas para ajudá-lo, então nenhum estatuto institucional poderá impedi-lo de usar em favor da
vida do paciente;

• O médico tem interesses financeiros, político, religioso ou pessoal;

• O bem do paciente é destacado como prioridade, se o médico dispõe de ferramentas cientificamente


reconhecidas para ajudá-lo, então nenhum estatuto institucional poderá impedi-lo de usar em favor da
vida do paciente;

• O médico tem total responsabilidade sobre seus atos profissionais, por isso deve dispor de suas
decisões com prudência e responsabilidade;

• Em casos terminais, a ética proíbe que se use de terapêutica e procedimentos desnecessários. No


entanto, é direito dos pacientes ter todos os cuidados paliativos apropriados.

Capítulo II: Direitos dos Médicos

• São destacados os direitos do médico de:

• ser remunerado justamente pelo trabalho que exerce;

• não ser discriminado por nenhum motivo;

• indicar ao paciente o tratamento adequado de acordo com as práticas reconhecidas cientificamente;

• poder apontar erros e falhas em normas internas dos hospitais e instituições onde trabalha, caso
elas impeçam o melhor exercício de sua profissão.

Capítulo III: Responsabilidade Profissional

• Dividida em 21 artigos, esclarece as obrigações do médico com a vida dos pacientes e com o exer-
cício de sua profissão. Destaca-se as especificações em relação a fertilização assistida. Neste caso o
médico é terminantemente proibido de criar seres humanos a partir de modificações genéticas, embri-
ões para investigação e determinar sexo dos embriões.

• O médico agora é obrigado a escrever receitas e laudos em letra legível e com a devida identificação
de seu número de registro. É obrigação dele também, alertar o paciente sobre as condições de trabalho
que afetam sua saúde, para que os empregadores responsáveis sejam devidamente comunicados.

Capítulo IV: Direitos Humanos

• Esclarece o trabalho do médico diante da integridade humana;

• Explicita o dever de cuidar da saúde respeitando os direitos que todo cidadão tem de ser respeitado
e não ser discriminado por nenhum motivo;

• Destaca que os estudos médicos não podem usar ninguém para fazer pesquisas que o degradem
ou causem mal a saúde.

Capítulo V: Relação com Pacientes e Familiares

• O médico tem que respeitar a decisão dos pacientes, responsáveis e representantes legais nos
tratamentos e execução de práticas diagnósticas;

• O paciente tem o direito de ser informado sempre sobre o diagnóstico, prognóstico e seus possíveis
riscos;

• Não é permitido que o médico se oponha a opção do paciente a uma segunda opinião. Assim como
julga-se ilegal a atitude de abreviar a vida do paciente ainda que seja uma solicitação deste ou do seu
representante legal.

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• O doador tem o direito de ser alertado sobre todo risco que envolve a cirurgia, os exames e outros
procedimentos;

• A retirada de órgãos deve ser feita em pessoas legalmente aptas para serem doadoras;

• A comercialização de órgãos é crime, qualquer participação médica nesse ato é ilícita.

Capítulo VII: Relação entre Médicos

• O médico não pode utilizar sua posição para impedir por seus interesses que as instalações da
instituição que gerencia sejam utilizadas por outros médicos.

• O médico não pode assumir um emprego ou cargo de outro médico afastado ou demitido. Ser contra
a categoria médica para obter vantagens. Encobrir erro ou atitude antiética de outro médico.

• Não fornecer informações sobre o quadro clínico do paciente a outro médico, desde o paciente
tenha autorizado ou um representante legal.

Capítulo VIII: Remuneração Profissional

• O médico não poderá exercer trabalho mercantilista;

• O médico não poderá aceitar ou dar remuneração ou receber vantagens de pacientes;

• O médico não poderá deixar de mostrar ao paciente o custo dos procedimentos.

Capítulo IX: Sigilo Profissional

• Cita a obrigação que todo médico tem de guadar sigilo sobre informações que abrangem suas fun-
ções.

Capítulo X: Documentos Médicos

• Os documentos médicos devem ser emitidos com responsabilidade. Os médicos devem atestar
óbito, dar receitas e diagnósticos quando tiverem contato com o paciente, ou seja, é presencial.

Capítulo XI: Auditoria e Perícia Médica

• Os laudos periciais e auditoriais devem ser assinados pelo médico somente quando ele tiver reali-
zado exame pessoalmente;

• Não é permitido fazê-los em pacientes, familiares ou qualquer pessoa próxima para que o trabalho
não seja prejudicado;

• As pessoas não podem ser examinadas em delegacias ou presídios para essa finalidade; A remu-
neração justa pelo trabalho de perícia é um direito do médico.

Capítulo XII: Ensino e Pesquisa Médica

• Os médicos tem que obter uma autorização legal para iniciar pesquisa científica em seres humanos,
é uma etapa prevista na legislação;

• Não é considerado ético da parte dele realizar estudos com uma comunidade sem que esta tenha
conhecimento prévio disso;

• É importante manter a independência profissional e científica dos interesses comerciais dos finan-
ciadores das pesquisas;

• Quando há tratamento eficaz, não é permitido realizar pesquisa com placebo para seres humanos.

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ÉTICA PROFISSIONAL

Capítulo XIII: Publicidade Médica

• A divulgação de qualquer assunto por médicos em meios de comunicação de massa tem que ser
exclusivamente para fins didáticos e informativos.

Capítulo XIV: Disposições Gerais

• Quando constatada uma doença incapacitante em um médico, através de perícia, seu registro será
suspenso enquanto estiver incapaz de exercer a profissão;

• Punição: quando o médico comete uma falta grave prevista no código de ética e se for constatado
que o exercício de sua profissão oferece risco para sociedade, então seu registro profissional pode ser
suspenso, mediante procedimento administrativo

A Bioética é um ramo da ética que estuda os conflitos, controvérsias, pesquisas e práticas que visam
esclarecer e resolver questões éticas dentro da medicina e da biologia. O seu surgimento foi baseado
no impacto, por exemplo, das experiências feitas em seres humanos e animais e a utilização de técni-
cas desumanas como a clonagem.

O termo foi utilizado pela primeira vez na década de 70 pelo professor e pesquisador norte-americano
Van Rensselaer Potter, no livro 'Bioética: Ponte para o Futuro' e significava a conduta da sociedade
como participante da evolução cultural e biológica. Hoje esse conceito é bem diferente.

Esse tema ganhou maior destaque quando os cientistas decifraram o código genético humano, consi-
derando a responsabilidade dos cientistas com relação as suas pesquisas e práticas. Os temas mais
polêmicos dentro dessa área são a eutanásia, os testes em animais, o aborto, a fertilização in vitro e
a clonagem.

Esses temas surgem devido aos avanços da ciência e é papel da sociedade ter uma posição sobre
eles, pois a partir desses debates, novos projetos de lei são reformulados e aprovados, devendo os
legisladores observarem sempre a bioética.

Esses experimentos e descobertas podem beneficiar ou não a sociedade e o planeta, e por isso, essas
questões devem ser avaliadas por um comitê que analise as desvantagens e vantagens da utilização
dessa nova tecnologia. O comitê é formado por profissionais de diversas áreas como direito, filosofia,
teologia, medicina, veterinária, sociologia, etc.

Cinco princípios da Bioética:

1. Princípio da Beneficência: consiste em assegurar o bem estar dos indivíduos, afim de evitar danos
e garantindo que sejam supridas suas necessidades e interesses.

2. Princípio da Autonomia: o profissional deve respeitar as crenças, a vontade e valores morais do


sujeito e do paciente.

3. Princípio da Justiça: igualdade da repartição dos benefícios e bens em qualquer área da ciência.

4. Princípio da Não Maleficência: assegura a possibilidade mínima ou inexistente de danos físicos aos
sujeitos da pesquisa (pacientes) de ordem psíquica, moral, intelectual, espiritual, cultural e social.

5. Princípio da Proporcionalidade: defende o equilíbrio entre os benefícios e os riscos, sendo maior


benefício às pessoas. O objetivo de estudo da bioética é a criação de uma ponte entre o conhecimento
científico e humanístico, a fim de evitar os impactos negativos sobre a vida.

O advogado é responsável por garantir a ordem e os direitos do cidadão, quando ele exerce a sua
profissão, colocando em prática os conhecimentos apreendidos. Contribuindo, assim com o desenvol-
vimento da sociedade.

Este profissional, acima de tudo, de acordo com o código deverá agir com honestidade, decoro, boa-fé
e dignidade para que haja justiça na defesa dos direitos do seu cliente.

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ÉTICA PROFISSIONAL

Código de Ética e Disciplina da OAB

É denominado Código de ética e disciplina da OAB. Explicita as principais regras deontológicas dos
advogados, esclarece os limites das relações com o clientes, do sigilo profissional e da publicidade. Os
honorários também são temas de um dos capítulos.

O segundo título do código debate o processo disciplinar, as atribuições do tribunal de ética e disciplina
e os procedimentos de punição de infratores.

Pontos Fundamentais do Código de Ética do Advogado

1. A conduta dos advogados exige respeito ao código de ética da profissão e aos princípios morais;

2. O advogado é um representante do estado democrático de direito, da justiça e da paz social, por


isso é essencial preservar a honra e a dignidade da profissão;

3. Não é permitido eticamente usar da influência em benefício próprio, do cliente ou por interesses
exclusos;

4. A advocacia não pode servir para suprir interesses de mercantilização;

5. O cliente tem o direito de ser informado das consequências e dos riscos da sua pretensão, de forma
clara e inequívoca;

6. O advogado não deve deixar uma causa sem motivo justo;

7. Advogados que integrem a mesma sociedade ou cooperação não podem representar em juízo cli-
ente com interesses opostos;

8. É considerado direito e dever do advogado assumir defesa criminal, mas não cabe a ele julgar a
culpa do acusado;

9. Manter o sigilo profissional é uma regra na advocacia. Porém, em casos de ameaça à vida e honra
ou quando o advogado se sentir afrontado pelo cliente o sigilo pode ser quebrado;

10.A divulgação do trabalho de advocacia pode ser feita de forma moderada e apenas com finalidade
informativa. O anúncio deve conter o nome completo do advogado e seu número de registro da OAB;

11.A participação de advogados em programas de televisão deve ser com intuito educativo e de instru-
ção e não para promoção pessoal;

12.Os honorários devem ter suas especificidades previstas em contrato;

13.O tratamento entre os colegas do Juízo deve ser respeitável, zelando pela boa convivência;

14.O advogado na condição de defensor nomeado deve empenhar-se para que o cliente se sinta am-
parado.

Tribunal de Ética e Disciplina

É o órgão responsável por orientar a ética profissional e julgar os processos disciplinares. A ele cabe
promover eventos (cursos, palestras e seminários) sobre ética profissional para formação de consciên-
cia ética nos profissionais. Compete ao tribunal resolver algumas pendências entre advogados, como
partilha de honorários e conflitos que surgem com a dissolução de sociedades.

Na psicologia, a ética também tem um importante papel, já que profissionais que tem essa característica
ganham maior credibilidade em seu ramo profissional. O psicólogo deve procurar entender os proble-
mas humanos e se solidarizar com eles.

Apesar de muitos não cumprirem o requisito, tentam apenas exercer a profissão para benefícios finan-
ceiros. A ética é um princípio eficaz dentro de uma profissão e quando cumprida de forma correta há
benefícios tanto para quem pratica, quanto para quem recebe.

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ÉTICA PROFISSIONAL

O Conselho Federal de Psicologia é o órgão responsável por orientar, fiscalizar e disciplinar as ativida-
des exercidas pelo psicólogo. Bem como, zelar pela ética e contribuir para o desenvolvimento da pro-
fissão.

Código de Ética de Psicologia

O código de ética do psicólogo está em vigor desde 2005 e é o terceiro da profissão. Hoje ele atende
às novas necessidades da profissão, respeitando as leis e o momento do país. Ele traz os princípios
fundamentais dos psicólogos e suas responsabilidades de profissional.

Veja abaixo alguns pontos fundamentais da psicologia:

⇒ O psicólogo deve respeitar os valores contidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos (li-
berdade, dignidade e integridade). Assim como zelar pela integridade da psicologia, usando-a apenas
para promover o bem;

⇒ A psicologia tem que lutar contra a discriminação, violência e crueldade, zelando pela saúde e qua-
lidade de vida;

⇒ Aprimorar os estudos é uma obrigação do psicólogo, para que possa atuar na profissão com respon-
sabilidade e contribuir para o desenvolvimento da psicologia como ciência;

⇒ A prestação de seus serviços deve ser feita em condições dignas de trabalho;

⇒ É vedado a qualquer psicólogo ser conivente com práticas contrárias ao código de ética profissional.
Desta forma, é permitido que delate qualquer ação negligente, de discriminação ou qualquer prática
contrária aos valores estipulados pelo código e pela legislação;

⇒ Usar seu conhecimento psicológico como instrumento de tortura, para promover castigos ou praticar
violência é estritamente proibido;

⇒ É proibida a emissão de documentos sem fundamentação técnica e científica;

⇒ Não é considerado ético da parte do psicólogo avaliar ou atender pessoas com as quais tenha rela-
ções pessoais ou familiares, para que a qualidade de seu trabalho não seja prejudicada;

⇒ Criança e adolescentes só poderão ser atendidas mediante autorização de um responsável legal ou


das autoridades competentes;

⇒ O sigilo é inerente à profissão do psicólogo, pois é guardando-o que ele protege a integridade e a
confidencialidade daqueles para os quais presta seus serviços;

⇒ É responsabilidade dos professores das escolas de psicologia orientar e alertar os estudantes sobre
os princípios e as normas do código de ética da profissão;

⇒ A participação de psicólogos em veículos de comunicação de massa deve ter a função de esclarecer


para a população o papel da profissão e divulgar suas bases científicas;

⇒ A utilização de meios de comunicação para promoção pessoal é vedada ao psicólogo, assim como
a divulgação das atividades profissionais de maneira sensacionalista;

⇒ A punição em caso de desrespeito ao código de ética profissional pode ser desde advertências e
multas até a cassação do exercício profissional;

A enfermagem é uma profissão baseada no cuidado e bem estar dos indivíduos, com base nos direitos
humanos das relações interpessoais. Nessa área, a ética estaria relacionada a qualidade dos serviços
prestados por esse profissional.

O profissional de enfermagem é responsável pelo cuidado da alimentação, do corpo, no auxílio ao


parto, nos cuidados à criança, à idosos e doentes, portanto a capacitação com base em códigos de
ética é essencial, já que esse profissional estará lidando com seres humanos.

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ÉTICA PROFISSIONAL

O órgão responsável pela promoção de estudos e campanhas para qualificação, uniformização de pro-
cedimentos e funcionamentos dos conselhos regionais, etc. é o Conselho Federal de Enfermagem. Os
Conselhos Regionais fiscalizam o exercício da profissão pertinentes a ética profissional e aplicam as
sanções necessárias, dentre outras atividades.

Código de Ética de Enfermagem

O código deontológico dos enfermeiros foi firmado para melhor atendimento das pessoas, respeitando
os valores contidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e fazendo referência aos artigos
contidos na Convenção de Genebra da Cruz Vermelha e dos códigos mais antigos.

Veja abaixo as principais ideias defendidas no código de ética da enfermagem:

⇒ O profissional de enfermagem deve respeitar a vida, a dignidade e os direitos humanos. Tem a obri-
gação de zelar pela saúde e qualidade de vida individual e coletiva;

⇒ O enfermeiro tem o direito de aprimorar-se em sua profissão, garantindo assim a evolução científica
e sustentação de sua profissão;

⇒ Prezar pelo respeito, solidariedade e dignidade para com os colegas de trabalho e pacientes;

⇒ É dever do enfermeiro informar aos órgãos competentes quando tiverem conhecimento de fatos que
infrinjam o código e que possa prejudicar o exercício da enfermagem;

⇒ O profissional de enfermagem tem o direito de se recusar a fazer qualquer procedimento que não
condiga com sua competência técnico-científica ou ético-moral;

⇒ O enfermeiro não pode se recusar a atender e prestar assistência por discriminação de nenhuma
natureza;

⇒ A intimidade, pudor e intimidade do paciente tem que ser respeitadas em todas as circunstâncias,
inclusive depois de sua morte;

⇒ É proibido ao enfermeiro recusar-se a prestar socorro em casos de emergência, participar de proce-


dimentos sem que haja autorização do paciente ou representante legal e ser conivente com práticas
que interrompam gestação (aborto);

⇒ É importante manter sigilo no exercício da profissão de enfermagem;

⇒ Divulgar o resultado de pesquisas para a sociedade;

⇒ Ser honesto com aqueles que participam dos estudos científicos realizados por enfermeiros;

⇒ O profissional de enfermagem pode utilizar veículos de comunicação para divulgar assuntos com
finalidade educativa e que sirva como informação pertinente para sociedade;

⇒ As infrações cometidas contra o código de ética podem gerar penalidades como multas, advertências
e até cassação do direito ao exercício profissional, dependendo da gravidade da ação.

Os servidores públicos são profissionais que possuem um vínculo de trabalho profissional com órgãos
e entidades do governo.

Dentro do setor público, todas as atividades do governo afetam a vida de um país. Por isso, é neces-
sário que os servidores apliquem os valores éticos para que os cidadãos possam acreditar na eficiência
dos serviços públicos.

Existem normas de conduta que norteiam o comportamento do servidor, dentre elas estão os códigos
de ética municipais e o Código de Ética da Administração do Poder Executivo Federal. Assim, é missão
deles serem leais aos princípios éticos e as leis acima das vantagens financeiras do cargo e ou qualquer
outro interesse particular.

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ÉTICA PROFISSIONAL

Esses interesses podem ser os desvios de verbas públicas, políticos que se beneficiam de programas
e situações para ganhar votos, produção de leis que vão contra os princípios da sociedade, corrupção,
etc.

As próprias leis possuem sanções e mecanismos que penalizam servidores públicos que agem em
desacordo com suas atividades, um exemplo é a Lei de Improbidade Administrativa.

Código de Ética dos Servidores Públicos

Os códigos de ética tanto o federal, quanto os municipais, são um conjunto de normas que dizem
respeito a conduta dos servidores dentro de seu serviço, além de penalidades a serem aplicadas pelo
não cumprimento dessas normas. Ambos possuem uma Comissão de Ética responsável por julgar os
casos referentes à ética no serviço público.

Os códigos informam os princípios e deveres dos servidores públicos como decoro, zelo, dignidade,
eficácia e honra, além de outras qualidades do servidor, suas obrigações que visam o bem estar da
população, bem como as proibições e punições derivadas do serviço irregular de suas funções, que
relembram os princípios fundamentais da administração pública.

Código de Ética do Poder Executivo Federal

O Código de Ética dos Servidores Públicos Civil do Poder Executivo Federal foi aprovado pelo de-
creto n° 1.171 de 22 de junho de 1994, destinado aos servidores públicos federais.

A Comissão de Ética Pública é um colegiado, criado em 1999 e vinculado à Presidência da República,


responsável por supervisionar e revisar as normas referentes a ética na Administração Pública do Poder
Executivo Federal.

Veja os Princípios Gerais do Serviço Público

⇒ Os servidores públicos devem ser leais as suas Constituições, leis e princípios éticos acima dos
interesses privados;

⇒ Os servidores não poderão ter interesses financeiros que causem conflitos ao desempenho de sua
atividade;

⇒ Os servidores deverão usar de sigilo, não utilizando informações governamentais para seu próprio
interesse. Além disso não poderão fazer promessas não autorizadas que comprometam o governo;

⇒ Os servidores deverão ser honestos no cumprimento de suas funções;

⇒ Os servidores não poderão aceitar presente ou item de valor de qualquer pessoa ou instituição em
busca de benefícios, nem realizar atividades não reguladas ou permitidas pelo órgão do servidor;

⇒ Os servidores não poderão usar seu cargo para ganhos privados;

⇒ Os servidores devem agir com imparcialidade e não devem dar tratamento diferenciado a nenhuma
organização individual ou privada;

⇒ Os servidores deverão proteger e conservar o patrimônio do Estado, não os utilizando para fins não
autorizados;

⇒ Os servidores deverão confessar fraudes, corrupção, desperdícios e abusos as autoridades respon-


sáveis.

⇒ Os servidores deverão de boa fé satisfazer suas obrigações de cidadãos, incluindo obrigações finan-
ceiras;

⇒ Os servidores deverão apoiar todos os regulamentos e leis que asseguram oportunidades iguais
para todos;

⇒ Os servidores deverão evitar toda a ação que crie a aparência de que estão violando as leis ou
normas éticas.

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SERVIÇOS PÚBLICOS

Serviços Públicos

O que é Serviço público:

Serviço público é uma atividade desenvolvida com a participação do Estado. É a prestação de servi-
ços que têm a finalidade de atender necessidades da sociedade.

No serviço público sempre existe a participação do Estado no fornecimento dos serviços, ainda que
de forma indireta.

A prestação de serviços públicos pelo Estado é garantida pela Constituição Federal de 1988 e os ser-
viços são criados e fiscalizados pelo Estado, através dos seus governos.

Serviços Públicos Gerais e Individuais

Os serviços públicos podem ser gerais ou individuais. Os gerais são os destinados ao atendimento da
população em geral e são financiados pelos valores dos impostos, como o fornecimento de ilumina-
ção pública e a segurança pública.

Os serviços individuais são os que são prestados a cada pessoa individualmente e devem ser cobra-
dos por taxas. São exemplos os serviços de fornecimento de energia elétrica e de água.

Quais São Os Serviços Públicos Essenciais?

Os serviços públicos chamados de essenciais são aqueles considerados urgentes e que podem cau-
sar danos caso sejam interrompidos ou não fornecidos.

Os serviços essenciais são ligados às garantias de condições de saúde e de segurança, que são in-
dispensáveis para a vida digna dos cidadãos. Assim, a lei determina que a prestação destes servi-
ços não pode ser interrompida.

A lei nº 7.783/89 (Lei de Greve) definiu quais são os serviços públicos essenciais:

 tratamento e fornecimento de água,

 distribuição de energia elétrica,

 fornecimento de gás e outros tipos de combustível,

 serviços médicos e hospitalares,

 distribuição e venda de medicamentos,

 venda de alimentos,

 serviços funerários,

 transporte coletivo,

 tratamento de esgoto,

 recolha de lixo,

 serviços de telecomunicações,

 guarda e controle de substâncias radioativas e de materiais nucleares,

 atividades de processamento de dados dos serviços essenciais,

 controle do tráfego aéreo,

 serviços de compensação bancária.

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SERVIÇOS PÚBLICOS

Princípios Do Serviço Público

A prestação de serviço público deve seguir os seguintes princípios: eficiência, continuidade, segu-
rança, regularidade, atualidade, generalidade/universalidade e modicidade tarifária.

Princípio Da Eficiência

Este princípio significa que os serviços públicos devem ser oferecidos aos cidadãos da maneira mais
eficiente possível, tanto em relação à prestação do serviço como aos resultados obtidos.

Princípio da continuidade

Este princípio tem a função de garantir que os serviços públicos sejam prestados de forma contínua,
sem interrupções. O princípio da continuidade é relacionado com a eficiência, ou seja, os serviços de-
vem ser oferecidos de maneira contínua e com a maior qualidade possível.

Existem três situações de exceção para a continuidade de um serviço público: em situação de emer-
gência, por problemas técnicos nas instalações ou por falta de pagamento do utilizador.

Princípio Da Segurança

O princípio da segurança tem a função de garantir que a prestação dos serviços públicos seja feita de
maneira segura, sem colocar os seus usuários em risco.

Princípio Da Regularidade

A regularidade estabelece que o Estado tem a obrigação de promover a prestação de serviços públi-
cos. O descumprimento desta obrigação por parte do Estado pode causar danos aos cidadãos que
são usuários ou beneficiários de um serviço. Em alguns casos a ausência na prestação do serviço
pode gerar ao Estado a obrigação de indenizar os usuários pelo serviço não prestado.

Princípio Da Atualidade

Este princípio tem a função de garantir que a prestação de serviço público deve acontecer de acordo
com as mais modernas técnicas disponíveis.

Princípio Da Generalidade/Universalidade

De acordo com este princípio os serviços públicos devem ser acessíveis a todos os cidadãos, sem
restrições de acesso e sem discriminações. Os serviços prestados devem ser capazes de atingir a
maior quantidade possível de pessoas. A generalidade e a universalidade para garantir a igualdade
de acesso aos serviços públicos.

Princípio Da Modicidade Tarifária

A modicidade tarifária significa que a prestação de um serviço público deve ser remunerada a preços
acessíveis para garantir que os usuários do serviço não deixem de ter acesso a ele em razão de pre-
ços inacessíveis para o seu poder aquisitivo. As taxas cobradas pelos serviços oferecidos pelo Es-
tado devem ser as mais baratas possíveis.

Princípio Da Cortesia

O princípio da cortesia é relacionado com o bom atendimento que deve ser prestado no serviço pú-
blico. De acordo com este princípio, o atendimento a todos os usuários de um serviço público deve
ser feito com educação (cortesia) e de modo adequado e respeitoso.

Características dos serviços públicos

São as principais características do serviço público:

 são direcionados ao interesse coletivo,

 existem para suprir necessidades dos cidadãos,

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SERVIÇOS PÚBLICOS

 devem ser prestados pelo Estado ou por seus agentes autorizados,

 devem trazer benefícios aos usuários.

Como Os Serviços Públicos São Prestados?

Os serviços podem ser oferecidos de duas formas: centralizados ou descentralizados. O serviço


público é centralizado quando é prestado diretamente por órgãos que fazem parte da Administração
Pública. Podem ser prestados por órgãos e agentes públicos federais, estaduais ou municipais.

Já o serviço público descentralizado não é prestado diretamente pelo Estado, é oferecido por pes-
soas (físicas ou jurídicas) que têm concessão ou permissão para executar um serviço público em
nome do Estado.

O serviço público descentralizado pode ser oferecido quando o Estado faz uma permissão, conces-
são ou uma parceria público-privada para a prestação de um serviço.

Permissão De Serviço Público

A permissão de um serviço público acontece quando a Administração Pública permite que um particu-
lar (pessoa física ou jurídica), que não faz parte da Administração, preste um serviço público.

A permissão é dada depois de um processo de licitação e é formalizada por um contrato de ade-


são entre a Administração Pública e o particular. A Administração Pública tem o direito de revogar o
contrato de permissão, não sendo necessário indenizar o particular pela quebra do contrato.

Concessão De Serviço Público

A concessão ocorre quando a Administração concede a execução do serviço público a um empresa.


Só pessoas jurídicas ou consórcios de empresas podem receber a concessão de um serviço público,
ou seja, uma pessoa física não é autorizada pela lei a receber uma concessão.

Na concessão o serviço é prestado em nome da empresa que recebe a concessão, sendo permitida a
cobrança de taxa dos usuários do serviço.

Para receber uma concessão é preciso que a empresa participe de uma licitação na forma de con-
corrência. De acordo com a lei, todas as concessões devem ser feitas por processos de licitação.

A concessão é formalizada através de um contrato administrativo entre o Estado e a empresa, e a


rescisão do contrato pode resultar em dever de indenizar a parte prejudicada.

Parceria Público-Privada

A parceria público-privada (PPP) também é uma forma de concessão de um serviço público a um par-
ticular, através de um contrato administrativo. É diferente da concessão porque neste caso existe a
obrigação de uma contraprestação financeira (pagamento) do Estado ao seu parceiro privado.

A PPP pode acontecer de duas formas: patrocinada ou administrativa.

Na patrocinada, além de existir a obrigação de que o Estado faça uma contraprestação financeira ao
parceiro privado, existe a cobrança de taxa do usuário do serviço

Na administrativa a Administração é usuária de um contrato de prestação de serviços com a parceira


privada. Neste caso não existem taxas do usuário, mas a Administração também deve fazer uma con-
traprestação financeira ao parceiro privado.

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LEI nº 2.160, de 20 de dezembro de 1990
Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos do
Município de Contagem e dá outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE CONTAGEM decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art.1º Esta Lei institui o regime jurídico único dos servidores públicos do Município de Contagem, de ambos os
seus Poderes, e de suas autarquias e fundações públicas.
Parágrafo único. O regime jurídico de que trata o caput não se aplica aos agentes comunitários de saúde e de
combate às endemias que serão regidos pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, que aprova a
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). (Incluído pela Lei Complementar nº 037)

Art.2º Servidor Público é a pessoa legalmente investida em cargo público, em caráter efetivo ou em comissão, ou
designada para exercício de função pública.

Art.3º Cargo Público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional e que
devem ser cometidas a um servidor.
§1º Os cargos Públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e
vencimento pago pelo Município, para provimento, em caráter efetivo ou em comissão.
§2º Os cargos de provimento efetivo serão organizados e providos em carreira.

Art.4º As carreiras serão organizadas em classe de cargos, observadas, a escolaridade e a qualificação profissional
exigidas bem como a natureza e a complexidade das atribuições a serem exercidas, e manterão correlação com as
finalidades do órgão ou entidade a que devem atender.
§1º Classe é a divisão básica da carreira, que agrupa os cargos da mesma denominação, segundo o nível de
atribuições e responsabilidade.
§2º As classes são isoladas ou se dispõem em série.
§3º A cada classe corresponde uma respectiva faixa de vencimentos.
§4º Série de classes é o conjunto de classes da mesma natureza, dispostas hierarquicamente, de acordo com o grau
de dificuldade dos deveres e das responsabilidades, e constitui a linha natural de promoção do servidor.
§5º As carreiras poderão compreender séries de classes do mesmo grupo profissional, escalonadas nos níveis
básicos, médio e superior, observada a mesma identidade funcional.
§6º As atribuições das classes serão definidas em lei específica, vedado o desvio de função.
Art.5º Quadro é o conjunto das carreiras, englobando as classes, integrantes das estruturas dos Poderes do
Município, suas autarquias e fundações públicas.

Art.6º Função pública é o conjunto de atribuições e responsabilidades, não integrante de carreira, provida em
caráter transitório, nas hipóteses autorizadas por lei.
Art.7º É vedada a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

TÍTULO II
DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO E SUBSTITUIÇÃO

CAPÍTULO I
DO PROVIMENTO

Seção I
Disposições Gerais

Art.8º São requisitos básicos para ingresso no serviço público municipal:


I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade conforme estabelecida em edital;
VI - a boa saúde física e mental.
§1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.
§2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para
provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras, para as quais
serão reservadas cinco por cento das vagas oferecidas no concurso.

Art.9º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder, do
dirigente superior de autarquia ou de fundação pública.

Art.10 A investidura no cargo público ocorrerá com a posse.

Art.11 São formas de provimento de cargo público:


I nomeação;
II promoção;
III acesso;
IV reversão;
V reintegração e
VI transformação;
VII Readaptação (Incluído pela Lei nº 3.018, de 06/03/1998) (A Lei nº 3.018/1998 foi declarada
INCONSTITUCIONAL pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais Acórdão nº 132.241/1.00, de 27/10/1999. Desem.
Relator Antônio Hélio da Silva)

Seção II
Da Nomeação

Art.12 A nomeação far-se-á:


I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de carreira; ou
II - em comissão, para cargos de confiança, de livre exoneração.

Art.13 A nomeação para cargo de carreira depende de prévia habilitação em concurso público de provas e títulos,
obedecida a ordem de classificação e o prazo de sua validade.

Seção III
Do Concurso Público

Art.14 O concurso público terá validade de até dois anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.
§1º O prazo de validade do concurso e as condições de realização serão fixados em edital, que será publicado no
Diário Oficial do Município e em jornal de grande circulação.
§2º Até que seja criado o Diário Oficial do Município a publicação dar-se-á no Diário Oficial do Estado.

Seção IV
Da Posse e do Exercício

Art.15 Posse é a aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo público, com o
compromisso de bem servir, formalizada com a assinatura do termo pela autoridade competente e pelo empossado.
§1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento, prorrogável por mais
trinta dias, a requerimento do interessado.
§1º A posse ocorrerá no prazo improrrogável de trinta dias contados da publicação do ato de provimento. (Redação
dada pela Lei nº 2.526, de 23/08/1993)
§2º Em se tratando de servidor em licença, ou afastado por qualquer outro motivo legal, o prazo será contado do
término do impedimento.
§3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
§4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação, promoção e acesso.
§5º No ato da posse o servidor apresentará, obrigatoriamente, declaração dos bens e valores que constitui seu
patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.
§6º Será tornado sem efeito o ato de provimento, se a posse não ocorrer no prazo previsto no §1º.

Art.16 A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial.


Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto físico e mentalmente, para o exercício do
cargo.

Art.17 Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo.


§1º É de trinta dias o prazo para o funcionário entrar em exercício, contados da data da posse.
§ 1º É de quinze dias o prazo para o funcionário entrar em exercício, contados da data da posse. (Redação dada pela
Lei nº 2.526, de 23/08/1993)
§2º Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício no prazo previsto no parágrafo anterior.
§3º A autoridade competente do órgão ou entidade para onde for designado o servidor compete dar-lhe exercício.

Art.18 O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual
do servidor.
Parágrafo único. Ao entrar em exercício o servidor apresentará, ao órgão competente, os elementos necessários ao
assentamento individual.

Art.19 A promoção ou o acesso não interrompem o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na
carreira, a partir da data da publicação do ato que promover ou ascender o servidor.

Art.20 O ocupante de cargo de provimento efetivo, integrante do sistema de carreira, fica sujeito a quarenta horas
semanais de trabalho, salvo quando lei estabelecer duração diversa.
Parágrafo único. Além do cumprimento do estabelecido neste artigo, o exercício de cargo em comissão exigirá de
seu ocupante integral dedicação ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da administração.

Art.21 Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio
probatório por período de vinte e quatro meses, durante o qual sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação
para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores:
I - assiduidade;
II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa;
IV - produtividade; e
V - responsabilidade.
§1º Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será, obrigatoriamente, submetida à homologação
da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que dispuser a lei ou
regulamento do sistema da carreira, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I
a V.
§2º O servidor não aprovado no estágio será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente
ocupado.

Seção V
Da Promoção

Art.22 Promoção é a elevação do servidor a cargo vago da classe imediatamente superior da mesma série de classes
pelo critério de merecimento.
§1º Para candidatar-se à promoção, o servidor deve atender aos seguintes requisitos:
a) encontrar-se em efetivo exercício na classe;
b) ter, no mínimo, 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias de efetivo exercício no cargo, sem haver faltado a mais de
10 (dez) dias, não computados os afastamentos autorizados por lei;
c) ter sido aprovado em seleção competitiva interna, na forma de edital, sem prejuízo de atender à qualificação
exigida na respectiva especificação da classe a que concorrer;
§2º Não concorre à promoção o servidor em estágio probatório.

Seção VI
Do Acesso

Art.23 Acesso é a passagem de servidor ocupante de cargo de classe isolada ou final de série de classes a cargo
vago de classe isolada ou inicial de série de classe integrante da mesma carreira, observada a identidade funcional.
§1º Para obter o acesso, deve o servidor:
a) estar em efetivo exercício na condição de titular de cargo de provimento efetivo;
b) ter cumprido os requisitos do §1º do artigo anterior;
§2º Não concorre ao acesso o servidor em estágio probatório.
§3º Serão destinados ao acesso, no máximo 1/3 (um terço) das vagas ocorridas na classe isolada ou iniciais de
séries de classes.

Seção VII
Da Reversão
Art.24 Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez quando, por junta médica oficial,
forem declarados insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria.

Art.25 A reversão far-se-á no mesmo cargo ou cargo resultante de sua transformação.


Parágrafo único. Encontrando-se provido este cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a
ocorrência de vaga.

Art.26 Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado setenta anos de idade.

Seção VIII
Da Reintegração

Art.27 Reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de
sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial.
§1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos artigos
38 a 41.
§2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade remunerada, observado o disposto
no artigo 38.

Seção IX
Da Transformação

Art.28 Transformação é a alteração da denominação e das atribuições do cargo, mediante lei.

Art.29 O servidor de cargo transformado será provido no cargo novo resultante de transformação.

Seção X
Da Readaptação
(Incluído pela Lei nº 3.018/1998)
(A Lei nº 3.018/1998 foi declarada INCONSTITUCIONAL pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais Acórdão nº
132.241/1.00, de 27/10/1999. Desem. Relator Antônio Hélio da Silva)

Art. 30 Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a


limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. (Incluído pela Lei
nº 3.018/1998) (A Lei nº 3.018/1998 foi declarada INCONSTITUCIONAL pelo Tribunal de Justiça de Minas
Gerais Acórdão nº 132.241/1.00, de 27/10/1999. Desem. Relator Antônio Hélio da Silva)
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado. (Incluído pela Lei nº 3.018/1998) (A
Lei nº 3.018/1998 foi declarada INCONSTITUCIONAL pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais Acórdão nº
132.241/1.00, de 27/10/1999. Desem. Relator Antônio Hélio da Silva)
§ 2º A readaptação será efetivada em cargos de atribuições afins, respeitada a habilidade exigida, nível de
escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas
atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. (Incluído pela Lei nº 3.018/1998) (A Lei nº 3.018/1998 foi
declarada INCONSTITUCIONAL pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais Acórdão nº 132.241/1.00, de
27/10/1999. Desem. Relator Antônio Hélio da Silva)

CAPÍTULO II
DA VACÂNCIA

Art. 30 A vacância do cargo público decorrerá de:


I - exoneração;
II - demissão;
III - promoção;
IV - acesso;
V - aposentadoria;
VI - falecimento.

Art. 31 A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor ou de ofício.


Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:
a) quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
b) quando, tendo tomado posse, não entrar em exercício no prazo estabelecido.

Art. 32 A exoneração de cargo em comissão dar-se-á:


I - a juízo do Prefeito Municipal;
II - a pedido do próprio servidor.

Art. 33 A vaga ocorre na data:


I - do falecimento;
II - da publicação;
a) da lei que cria o cargo;
b) do ato que exonere, demite e aposenta:
III - da posse, nos casos se provimento derivado.
CAPÍTULO III
DA REMOÇÃO

Art. 34 Remoção é o deslocamento de servidor, a pedido ou de ofício, com preenchimento de claro de lotação, no
âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de local de trabalho.

CAPÍTULO IV
DA SUBSTITUIÇÃO

Art. 35 Nos afastamentos ou impedimentos do titular de cargo em comissão, superiores a quinze dias, será
designado substituto.
Parágrafo único. O substituto fará jus ao vencimento do cargo em comissão que exercer, proporcionalmente aos
dias de efetiva substituição, não cumulativo.

TÍTULO III
DA ESTABILIDADE E DA DISPONIBILIDADE

CAPÍTULO I
DA ESTABILIDADE

Art. 36 O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de carreira adquirirá estabilidade no
serviço público ao completar dois anos de efetivo exercício, desde que aprovado no estágio probatório.

Art. 37 O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo
administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

CAPÍTULO II
DA DISPONIBILIDADE

Art. 38 Extinto o cargo ou declara a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade remunerada
até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

Art. 39 O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento em cargo de


atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
Parágrafo único. A Secretaria Municipal de Administração determinará o imediato aproveitamento de servidor em
disponibilidade, em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Municipal.
Art. 40 O aproveitamento de servidor que se encontre em disponibilidade há mais de doze meses dependerá de
prévia comprovação de sua capacidade física e mental, por junta médica oficial.
§1º Se julgado apto, o servidor assumirá o exercício do cargo no prazo de trinta dias contados da publicação do ato
de aproveitamento.
§2º Verificada a incapacidade definitiva, o servidor em disponibilidade será aposentado.

Art. 41 Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício
no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.

TÍTULO IV
DOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO

Art. 42 Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

Art. 43 Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias, permanentes ou
temporárias, estabelecidas em lei.
§1º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível.
§2º É assegurada a isonomia de vencimentos e carga horária para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas,
ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.

Art. 44 Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior á soma dos
valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título pelo Prefeito Municipal.
Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens previstas no artigo 65.

Art. 45 O servidor perderá:


I - a remuneração dos dias que faltar ao serviço;
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências e saídas antecipadas, iguais ou superiores à
dez minutos.

Art. 46 Salvo por imposição legal, ou mandato judicial, nenhum desconto incidirá a remuneração ou provento.
Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de
terceiros, na forma definida em regulamento.
Art. 47 As reposições e indenizações ao Erário serão descontados em parcelas mensais não excedentes à décima
parte da remuneração ou provento.
Parágrafo único. Independentemente do parcelamento previsto neste artigo, o recebimento de quantias indevidas
poderá implicar processo disciplinar para apuração de responsabilidades e aplicação das penalidades cabíveis.

Art. 48 O servidor em débito com o Erário, que for demitido, exonerado ou que tiver a sua aposentadoria ou
disponibilidade cassada, terá o prazo de até sessenta dias para quitá-lo.
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida ativa.
Art. 49 O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos
casos de prestação de alimentos resultantes de decisão judicial.

Art. 50 Nos casos de promoção e acesso, fica assegurado ao servidor o vencimento básico do nível da nova classe,
podendo optar, na respectiva faixa, pelo grau de vencimento correspondente ao seu cargo anterior, acrescido de
20% (vinte por cento) do seu valor.
Parágrafo único. Na hipótese de opção de que cogita este artigo, não coincidindo o novo valor com o de grau da
nova faixa, adota-se o grau subseqüente.

Art. 51 O servidor titular de cargo efetivo nomeado para exercer cargo em comissão pode optar:
I - pelo vencimento do cargo em comissão;
II - pela continuidade de percepção do vencimento de seu cargo efetivo, acrescido de 20% ( vinte por cento) de
gratificação.

Art. 52 O servidor público titular de cargo efetivo que exercer por 5 (cinco) anos continuados ou 8 (oito)
alternados, cargo em comissão, terá direito a continuidade de percepção da remuneração do cargo em comissão, em
relação ao qual ocorrer o apostilamento. (Revogado pela Lei Complementar nº 32/2006)
§1º Quando mais de um cargo tenha sido exercidos, o apostilamento dar-se-á no cargo em comissão de maior
remuneração, desde que lhe corresponda o exercício mínimo de 2 (dois) anos. (Revogado pela Lei Complementar
nº 32/2006)
§2º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o servidor não tenha exercido o tempo nele previsto, ser-lhe-á atribuída
a remuneração imediatamente inferior, dentre os cargos em comissão exercidos pelo mesmo. (Revogado pela Lei
Complementar nº 32/2006)
§3º Para cada novo apostilamento será necessário o exercício de mais 2 (dois) anos continuados ou 5 (cinco)
alternados, no cargo comissionado cujo reapostilamento se pretende. (Revogado pela Lei Complementar nº
32/2006)
§4º Em caso de reclassificação ou transformação do cargo no qual se deu o apostilamento, o servidor terá direito a
remuneração do novo cargo, resultante da transformação ou reclassificação. (Revogado pela Lei Complementar nº
32/2006)

Seção única
Da Progressão Horizontal
Art. 53 O servidor efetivo tem o direito à progressão de 01 (um) grau de vencimento, na faixa correspondente ao
nível da classe de seu cargo, para cada 730 (setecentos e trinta) dias de efetivo exercício no cargo.
§1º Ao servidor efetivo, em exercício de cargo comissionado, conceder-se-á a progressão de 01 (um) grau de
vencimento, na classe de seu cargo efetivo, para cada período de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.
§2º A forma e a periodicidade da concessão da progressão horizontal serão estabelecidas em regulamento.

Art.53 O servidor titular de cargo de provimento efetivo tem direito à progressão horizontal de 01 (um) grau de
vencimento, na faixa correspondente ao nível da classe de seu cargo, para cada 730 (setecentos e trinta) dias de
efetivo exercício no cargo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 18/2006)

§1º Ao servidor titular de cargo de provimento efetivo, em exercício de cargo de provimento em comissão,
conceder-se-á a progressão horizontal de acordo com o disposto no caput deste artigo. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 18/2006)
§2º A forma e a periodicidade da concessão da progressão horizontal serão estabelecidas em regulamento. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 18/2006)

CAPÍTULO II
DAS VANTAGENS

Art. 54 Além do vencimento, poderão ser pagas, ao servidor as seguintes vantagens:


I - indenização;
II - auxílios pecuniários; e
III - gratificação e adicionais.
§1º As indenizações e os auxílios não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito.
§2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em
lei.

Art. 55 As vantagens pecuniárias não serão computadas nem acumuladas para efeito de concessão de quaisquer
outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Seção I
Da Indenização

Art. 56 Constitui indenização ao servidor o reembolso de despesas de viagem e de transportes.


§1º O valor da indenização assim como a condição para sua concessão será estabelecido em regulamento.
§2º Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de
locomoção para execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme regulamento.
Seção II
Do Auxílio-Transporte

Art. 57 O auxílio-transporte será devido ao servidor ativo nos deslocamentos da residência para o trabalho e do
trabalho para residência, na forma estabelecida em regulamento.
§1º O auxílio será concedido, mensalmente e por antecipação, com a utilização de sistema de transporte coletivo,
sendo vedado o uso de transporte especiais.
§2º Ficam dispensados da concessão do auxílio, os órgãos ou entidades que transportam seus servidores, por meios
próprios ou contratados.
§3º O auxílio transporte, previsto no caput deste artigo, será pago em pecúnia, conforme opção do servidor, ou em
créditos por bilhetagem eletrônica, através de ofício solicitado à Secretaria de Administração.
(Incluído pela Lei nº 4.263/2009 Promulgada pela Câmara Municipal)
(Eficácia da Lei nº 4.263/2009 suspensa por decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais - Ação
Direta de Inconstitucionalidade nº 1.0000.09.500619-3/000)
(Declarada a inconstitucionalidade da Lei 4263/2009 pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais - Ação
Direta de Inconstitucionalidade nº 1.0000.09.502674-6/000)

Seção III
Das Gratificações e Adicionais

Art. 58 Além do vencimento e das vantagens previstas nesta lei, serão deferidas aos servidores as seguintes
gratificações e adicionais.
I - décimo terceiro salário;
II - adicional por tempo de serviço;
III - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;
IV - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
V - adicionais noturnos;
VI - adicionais de férias; e
VII - gratificação de produtividade.

Subseção I
Do Décimo Terceiro Salário

Art. 59 O décimo terceiro salário corresponde a um doze avos da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de
dezembro, por mês de exercício, no respectivo ano.
Parágrafo único. A fração igual ou superior a quinze dias será considerada como mês integral.
Art. 60 O décimo terceiro será pago até o dia vinte do mês de dezembro de cada ano.

Art. 61 O servidor exonerado perceberá o décimo terceiro salário, proporcionalmente aos meses de efetivo
exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.

Art. 62 O décimo terceiro salário não será considerado para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.

Subseção II
Do Adicional por Tempo de Serviço

Art. 63 O adicional por tempo de serviço é devido à razão de dez por cento por cada período de cinco anos de
serviço incidente sobre o vencimento do cargo exercido.
§1º O tempo de serviço prestado em atividade sob regime celetista será comprovado por certidão a ser fornecida
pela Previdência Social e em regime estatuário pelo órgão público competente.
§2º O funcionário fará jus ao adicional a partir do mês em que completar o qüinqüênio.

Subseção III
Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Penosidade

Art. 64 Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com
substâncias tóxicas ou risco de vida, fazem jus a um adicional, enquanto estiverem trabalhando naquelas condições.
§1º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e periculosidade deverá optar por um deles, não sendo
acumuláveis estas vantagens.
§ 2º O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminação das condições ou dos riscos
que deram causa a sua concessão, não incorporando a remuneração para nenhum efeito.

Art. 65 O adicional de insalubridade corresponde a 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez
por cento), incidentes sobre o vencimento mínimo do plano de cargos, conforme a insalubridade se classifique nos
graus máximo, médio e mínimo, respectivamente.
Parárafo único. VETADO

Art. 66 Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou locais considerados penosos,
insalubres ou perigosos.
Parágrafo único. A servidora lactante será afastada, por um período de 02 (dois) meses após o término da licença
para maternidade, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não perigoso.
Art. 67 Na concessão dos adicionais de penosidade, insalubridade e de periculosidade serão observadas as situações
especificadas em regulamento.
Parágrafo único. O adicional de insalubridade por trabalho com Raios X ou substâncias radioativas corresponde a
quarenta por cento do vencimento do cargo efetivo e será concedido conforme regulamento.

Art. 68 O adicional de penosidade será devido ao servidor em exercício em locais, cujas condições de trabalho o
justifiquem, nos termos, condições e limites fixados em regulamento.

Subseção IV
Do Adicional por Serviço Extraordinário

Art. 69 O serviço extraordinário será remunerado com acréscimos de cinqüenta por cento (50%) em relação à hora
normal de trabalho.

Art. 70 Somente será permitido serviços extraordinários para atender situações excepcionais e temporárias,
respeitando o limite máximo de duas horas diárias, conforme se dispuser em regulamento.

Subseção V
Do Trabalho Executado em Dias Destinados a Repouso

Art. 71 O trabalho executado em dias destinados a repouso será pago em dobro ou compensado na semana
imediatamente posterior.

Subseção VI
Do Adicional Noturno

Art. 72 O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre vinte e duas horas de um dia e cinco horas do
dia seguinte, terá o valor hora acrescido de mais vinte e cindo por cento, computando-se cada hora como cinqüenta
e dois minutos e trinta segundos.
Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a
remuneração prevista no artigo 69.

Subseção VII
Do Adicional de Férias

Art. 73 Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional de pelo
menos um terço da remuneração correspondente ao período de férias.
Art. 74 O servidor em regime de acumulação lícita perceberá o adicional de férias calculadas sobre a remuneração
dos dois cargos.

Subseção VIII
Da gratificação de Produtividade

Art. 75 Os servidores da administração fazendária fazem jus, dentro da área de sua competência, à gratificação de
produtividade, conforme dispuser Lei específica.
CAPÍTULO III
DAS FÉRIAS

Art. 76 O servidor fará jus, anualmente, a trinta dias consecutivos de férias, que podem ser acumuladas até o
máximo de dois períodos, no caso de necessidade de serviço.
§1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos doze meses de exercício.
§1º Para o gozo e fruição do primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos doze meses de exercício.
(Redação dada pela Lei nº. 2.613, de 10/06/1994)
§2º É vedado levar à conta de férias, qualquer falta ao serviço.
§3º Cessado o exercício por morte ou exoneração, o servidor ou seus sucessores farão jus, também, ao recebimento
de férias proporcionais à razão de 1/12 (um doze avos) por mês de atividade ou fração superior a 14 (quatorze)
dias. (incluído pela Lei nº 2.613, de 10/06/1994)

Art. 77 O pagamento da remuneração das férias será efetuado até dois dias antes do início do respectivo período,
observando-se o disposto no parágrafo único. deste artigo.
Parágrafo único. É facultado ao servidor converter um terço das férias em abono pecuniário, desde que o requeira
com pelo menos sessenta dias de antecedência do seu início.

Art. 78 As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna,
convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por motivo de superior interesse público.

CAPÍTULO IV
DAS LICENÇAS

Seção I
Disposições Gerais

Art. 79 Conceder-se-á, ao servidor, licença:


I - por motivo de doença em pessoa da família;
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
III - para serviço militar;
IV - para atividades políticas;
V - prêmio por assiduidade;
VI - para tratar de interesse particulares; e
VII - para desempenho de mandato classista.
§1º O funcionário não poderá permanecer em licença da mesma espécie por período superior a vinte e quatro
meses, salvo nos casos dos incisos II, III, IV e VII.
§2º É vedado o exercício de atividade remunerada, durante o período da licença prevista no inciso I deste artigo.

Art. 80 A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma espécie será considerada como
prorrogação.

Seção II
Da licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 81 Poderá ser concedida licença ao servidor, por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, padrasto ou
madrasta, ascendentes, descendente, enteado e colateral consangüíneo ou afim até o segundo grau civil, mediante
comprovação médica.
§1º A licença somente será deferida se assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada
simultaneamente com o exercício do cargo, o que deverá ser apurado através de acompanhamento social.
§2º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, até trinta dias por ano, podendo ser
prorrogada por até noventa dias sem remuneração e mediante parecer da junta médica.

Seção III
Da licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge

Art. 82 Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que for deslocado para
outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e
Legislativo.
Parágrafo único. A licença será de até 04 (quatro) anos e sem remuneração.

Seção IV
Da Licença para o Serviço Militar
Art. 83 Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e condições previstas na
legislação específica.
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até trinta dias sem remuneração para reassumir o
exercício do cargo.

Seção V
Da Licença para Atividade Política

Art. 84 O servidor terá direito a licença nos termos da legislação Federal e Legislação Municipal.

Seção VI
Das Férias-Prêmio

Art. 85 Após cada decênio ininterrupto de exercício, o servidor fará jus a seis meses de licença, a título de prêmio
por assiduidade, com a remuneração do cargo efetivo.
§1º VETADO
§2º É facultado ao servidor fracionar o gozo da licença de que trata este artigo, em até três períodos.

Art. 86 Não se concederá férias-prêmio ao servidor que, período aquisitivo:


I - licenciar para tratar de interesse particulares;
II - for condenado a pena privativa de liberdade, por sentença definitiva;
III - afastar-se para acompanhar cônjuge ou companheiro.
§1º Descontar-se-á do período aquisitivo o gozo de licença, sem remuneração, por motivo de doença em pessoa da
família, desde que comprovada a necessidade do afastamento. A não comprovação implica na perda do direito do
benefício.
§2º As faltas injustificadas ao serviço retardarão a concessão da licença prevista neste artigo, na proporção de um
mês para cada 10 (dez) faltas.

Art. 87 O número de servidores em gozo simultâneo de férias-prêmio não poderá ser superior a um terço da lotação
da respectiva unidade administrativa do órgão ou entidade.

Art. 88 Será deferida a cada servidor a conversão em espécie de, no máximo, 02 (dois) meses de férias-prêmio por
ano, salvo no caso de aposentadoria, em que o pagamento será imediato e integral.
Parágrafo único. Na hipótese de falecimento do servidor é devido ao cônjuge sobrevivente ou aos herdeiros
necessários, o valor correspondente à conversão do período de férias-prêmio não gozado ou não pago.
Art. 89 Para efeito de aposentadoria, será contado em dobro o tempo de férias-prêmio que o servidor não houver
gozado ou convertido em espécie.

Seção VII
Da licença para Tratar de Interesses Particulares

Art.90 A critério da administração, poderá ser concedida ao servidor estável licença para trato de assuntos
particulares, pelo prazo de até dois anos consecutivos, sem remuneração.
§1º A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço.
§2º Não se concederá nova licença antes de decorridos dois anos do término da anterior.
§ 2º A critério da administração, poderá ser concedida nova licença mencionada no caput deste artigo, ao servidor
estável, pelo prazo de até dois anos consecutivos, sem remuneração. (Redação dada pela Lei nº 3.671/2003)
Seção VIII
Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista

Art.91 É assegurado ao servidor o direito a licença para o desempenho de mandato eletivo em Direito de entidade
sindical, sem prejuízo da remuneração, desde que a entidade tenha, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) de sua
base de atuação filiada.
§1º Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção, até o máximo de três, por entidade.
§2º A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada no caso de reeleição e por uma única vez.

CAPÍTULO V
DOS AFASTAMENTOS

Seção I
Do Afastamento para Servir a outro Órgão ou Entidade

Art.92 O servidor poderá ser cedido para ter exercício em órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e de outros Municípios.
Parágrafo único. O ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária.
Parágrafo único. O ônus da remuneração do cedido ficará a critério do Cedente. (Redação dada pela Lei nº
3.037/1998)

Seção II
Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo

Art.93 Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:


I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
e
III - investido no mandato de vereador:
a) havendo compatibilidade do horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do
cargo eletivo; e
b) não havendo compatibilidade do horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua
remuneração.
§1º No caso do afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a previdência municipal como se em exercício
estivesse.
§2º Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no
exercício estivesse.

Seção III
Do afastamento para Estudo no Exterior

Art.94 O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo, sem autorização do Prefeito Municipal ou tratando-
se de servidor do Poder Legislativo, do Presidente da Câmara Municipal.
§1º A ausência não excederá de quatros anos e, findo o estudo, somente decorrido igual período, será permitida
nova ausência.
§2º Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo, cuja despesa for custeada pelo Tesouro Municipal, não será
concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular, antes de decorrido período igual ao
afastamento, ressalvada a hipótese do ressarcimento da despesa havia com seu afastamento.
Art.95 O afastamento para estudo no exterior obedecerá ao disposto em regulamento específico.

CAPÍTULO VI
DAS CONCESSÕES

Art.96 Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:


I - por um dia, para doação de sangue e para se alistar como eleitor;
II - por oito dias consecutivos em razão de:
a) casamento; e
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e
irmãos.
III por dois dias em razão de falecimento de cunhado e tio.
III por dois dias em razão do falecimento do avô, avó, de cunhado e tio; (Redação dada pela Lei nº. 3.102/1998)
IV para comparecimento a congresso ou outro evento científico, quando autorizado pelo Prefeito Municipal.
CAPÍTULO VII
DO TEMPO DE SERVIÇO

Art.97 A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como
trezentos e sessenta e cinco dias.
Parágrafo único. Feita a conversão, os dias restantes, até cento e oitenta e dois, não serão computados,
arredondando-se para um ano quando excederem este número, para efeito de aposentadoria.

Art.98 Além das ausências do servidor prevista no artigo 96, são considerados como de efetivo exercício os
afastamento em virtude de:
I - férias;
II - exercício de cargo em órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, de outros Municípios e
Distrito Federal, em caso de reembolso pela entidade cessionária.
III - participação em programa de treinamento regularmente instituído;
IV - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por
merecimento;
V - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
VI - estudo no exterior, quando autorizado o afastamento;
VII - licença:
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento da própria saúde, até dois anos;
c) para o desempenho de mandato classista, exceto para efeito de promoção por merecimento e de férias-prêmio;
d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
e) prêmio por assiduidade; e
f ) por convocação para o serviço militar.

Art.99 Contar-se-á para efeito de aposentadoria e disponibilidade:


I - o tempo de serviço público prestado à União, Estados, demais Municípios e Distrito Federal;
II - a licença para tratamento de saúde de pessoa da família do funcionário, com remuneração;
III - a licença para atividade política, no caso do art. 93;
IV - o tempo de serviço em atividade pública ou privada, vinculada à Previdência Social, nos termos do §7º, do
artigo 52, da Orgânica e do §2º do artigo 202, da Constituição Federal;
V - o tempo relativo ao serviço militar obrigatório.
§1º O tempo de serviço a que se refere o inciso I deste artigo não poderá ser contado em dobro ou com quaisquer
outros acréscimos.
§2º O tempo em que o servidor estiver aposentado por invalidez ou em disponibilidade será apenas contado para
nova aposentadoria ou disponibilidade.
§3º É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou
função de órgãos ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação
pública, sociedade de economia mista e empresa pública.

CAPÍTULO VIII
DO DIREITO DE PETIÇÃO

Art.100 É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou de interesse
legítimo.

Art.101 O requerimento será dirigido ao Secretário de Administração e encaminhado por intermédio da autoridade
a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art.102 Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão,
não podendo ser renovado.
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os artigos anteriores deverão ser
despachados no prazo de cinco dias e decididos dentro de trinta dias.

Art.103 Caberá recurso:


I - do indeferimento do pedido de reconsideração; e
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.
§1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão,
e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades.
§2º O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o
requerente.

Art.104 O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de trinta dias, a contar da
publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.

Art.105 O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente.
Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão
retroagirão à data do ato impugnado.

Art.106 O direito de requerer prescreve:


I - em cinco anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade ou que afetem
interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho; e
II - em cento e vinte dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.
Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência
pelo interessado, quando o ato não for publicado.

Art.107 O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.


Parágrafo único. Interrompida a prescrição, o prazo recomeçará a correr pelo restante, no dia em que cessar a
interrupção.

Art.108 A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.

Art. 109 Para o exercício do direito de petição, é assegurado vista do processo ou documento, na repartição, ao
servidor ou ao procurador por ele constituído.

Art. 110 A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.

Art. 111 São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior, a critério
da administração.

TÍTULO V
DO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO I
DOS DEVERES

Art. 112 São deveres do servidor:


I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
II - ser leal às instituições a que servir;
III - observar as normas legais e regulamentares;
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;
V - atender com presteza:
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; e
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública;
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo;
VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;
VIII - guardar sigilo sobre assuntos das repartições;
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa;
X - ser assíduo e pontual ao serviço;
XI - tratar com urbanidade as pessoas; e
XII - representar contra ilegalidade ou abuso de poder.
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e
obrigatoriamente apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual e formulada, assegurando-se ao
representado o direito de defesa.

CAPÍTULO II
DAS PROIBIÇÕES

Art. 113 Ao servidor público é proibido:


I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente qualquer documento ou objeto da repartição;
III - recusar fé a documentos públicos;
IV - opor residência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço;
V - referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades públicas ou aos atos do Poder Público,
mediante manifestação escrita ou oral, podendo, porém, criticar ato do Poder Público, do ponto de vista doutrinário
ou da organização do serviço, em trabalho assinado;
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuições que seja
de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
VII - compelir ou aliciar outro funcionário no sentido de filiação a associação profissional ou sindical, ou a partido
político, no recinto da repartição.
VIII - manter sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
X - participar de gerência ou administração de empresa privada, da sociedade civil, ou exercer comércio, e, nessa
qualidade transacionar com o Município;
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e cônjuge ou companheiro;
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
XIII - proceder de forma desidiosa;
XIV - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;
XV - cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e
transitórias; e
XVI - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário
de trabalho.
CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO

Art. 114 Ressalvados os casos previstos na Constituição da República, é vedada a acumulação remunerada de
cargos públicos.
§1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas
públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos
Municípios.
§2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de horários.

Art. 115 O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão nem ser remunerado pela participação em
órgão de deliberação coletiva.

Art. 116 O servidor vinculado ao regime desta lei, que acumular licitamente dois cargos de carreira, quando
investido em cargos de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos recebendo sua
remuneração nos termos do artigo 51.
Parágrafo único. O afastamento previsto neste artigo ocorrerá apenas em relação a um dos cargos, se houver
compatibilidade de horários.
CAPÍTULO IV
DAS RESPONSABILIDADES

Art. 117 O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.

Art. 118 A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo
ao Erário ou a terceiros.
§1º A indenização de prejuízo dolosamente causado ao Erário somente será liquidada na forma prevista no artigo
47, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.
§2º Tratando-se dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda pública, em ação regressiva.
§3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da
herança recebida.

Art. 119 A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor nessa qualidade.

Art. 120 A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo
ou função.

Art. 121 As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
Art. 122 A responsabilidade civil ou administrativa ao servidor será afastada no caso de absolvição criminal que
negue a existência do fato a sua autoria.

CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES

Art. 123 São penalidades disciplinares:


I - advertência;
II - suspensão ou multa;
III - demissão;
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; e
V - destituição de cargo em comissão.

Art. 124 Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos
que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
Art. 125 A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do artigo 113, incisos
I a IX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamento ou norma interna, que não justifique
imposição de penalidade mais grave.
Art. 126 A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das
demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de noventa
dias.
§1º Será punida com suspensão de até quinze dias o servidor que, injustificadamente, recursar-se a ser submetido a
inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a
determinação.
§2º Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na
base de cinqüenta por cento do dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em
serviço.

Art. 127 A demissão será aplicada nos seguintes casos:


I - crime contra a administração pública;
II - abandono de cargo;
III - inassiduidade habitual;
IV - improbidade administrativa;
V - incontinência pública e conduta escandalosa;
VI - insubordinação grave em serviço;
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
VIII - aplicação irregular de dinheiro público;
IX - revelação de segredo apropriado em razão do cargo;
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal;
XI - corrupção;
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; e
XIII - transgressão do art. 113, inciso IX a XIV.

Art. 128 Verificada em processo disciplinar acumulação proibida, e provada a boa fé, o servidor optará por um dos
cargos.
§1º Provada a má fé, perderá também o cargo que exercia há mais tempo e restituirá o que tiver percebido
indevidamente.
§2º Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos emprego ou função exercido em outro órgão ou
entidade, a demissão lhe será comunicada.

Art. 129 Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta
punível com a demissão, respeitada a prescrição qüinqüenal.

Art. 130 A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de
infração sujeita ás penalidades de suspensão e de demissão.
Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o artigo 32, o ato será convertido em destituição de cargo em
comissão prevista neste artigo.
Art. 131 A demissão ou destituição de cargo em comissão nos casos dos incisos IV, VIII e X do artigo 127, implica
a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao Erário, sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 132 A demissão ou a destituição de cargo em comissão por infrigência do artigo 127, incisos X e XII
incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público municipal pelo prazo mínimo de cinco anos.
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público municipal o servidor que for demitido ou destituído do
cargo em comissão por infrigência do artigo 127, incisos I, IV, VIII, X e XI.

Art. 133 Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço, por mais de trinta dias
consecutivos.

Art. 134 Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias,
interpoladamente durante o período de doze meses.

Art. 135 O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.

Art. 136 As penalidades disciplinares serão aplicadas.


I - pelo Prefeito Municipal, pelo Presidente da Câmara Municipal e pelo dirigente superior de autarquia ou
fundação, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao
respectivo Poder ou entidade.
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior aquela mencionadas no inciso I, quando
se tratar de suspensão;
III - pela autoridade que houver a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão de não
ocupantes de cargo efetivo.

Art. 137 A ação disciplinar prescreverá:


I - em cinco anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e
destituição de cargo em comissão;
II - em dois anos quanto à suspensão; e
III - em cento e oitenta dias, quanto à advertência.
§1º O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido.
§2º Os prazos de prescrição prevista na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também com
crime.
§3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final
proferida por autoridade competente.
§4º Interrompido o curso da prescrição, este recomeçará a correr, pelo prazo restante, a partir do dia em que cessar
a interrupção.

TÍTULO VI
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 138 A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração
imediata, mediante sindicância ou processo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.

Art. 139 As denúncias sobre irregularidades serão objeto de sindicância, deste que contenham a identificação e o
endereço do denunciante e sejam formulados por escrito, confirmada a autenticidade.
Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal a denúncia será
arquivada, por falta de objeto.

Art. 140 Da sindicância poderá resultar:


I - arquivamento do processo;
II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até trinta dias; e
III - instauração de processo disciplinar.
Art. 141 Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão, por mais de
trinta dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será
obrigatória a instauração de processo disciplinar.

CAPÍTULO II
DO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Art. 142 Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a
autoridade instauradora do processo disciplinar poderá ordenar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo
de até sessenta dias, sem prejuízo da remuneração.
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda
que não concluído o processo.

CAPÍTULO III
DO PROCESSO DISCIPLINAR

Art. 143 O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração
praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação mediante com as atribuições do cargo em que se
encontre investido.
Art. 144 O processo disciplinar será conduzido por comissão, composta de três servidores estáveis, designados pela
autoridade que indicará, dentre eles, o seu presidente.
§1º A comissão terá como secretário, servidor designado pelo seu presidente, podendo a designação recair em um
dos seus membros.
§2º Não poderá participar de comissão de sindicância ou inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado,
consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até terceiro grau.

Art. 145 A comissão de Inquérito exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração.

Art. 146 O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:


I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório; e
III - julgamento.

Art. 147 O prazo para conclusão do processo disciplinar não excederá sessenta dias, contados da data de publicação
do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.
Parágrafo único. Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus
membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.
Seção I
Do Inquérito
Art. 148 O inquérito administrativo será contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa, com a utilização dos
meios e recursos admitidos em direito.

Art. 149 Os autos da Sindicância integrarão o processo disciplinar, com peça informativa da instrução.
Parágrafo único. Na hipótese do relatório da Sindicância concluir que a inflação está capitulada como ilícito penal,
a autoridade competente encaminhará cópia dos autos à autoridade Policial ou Ministério Público, se for o caso,
independente da imediata instauração do processo disciplinar.

Art. 150 Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimento, acareações, investigações e
diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a
permitir a completa elucidação dos fatos.

Art. 151 É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo, pessoalmente ou por intermédio de
procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar
de prova pericial.
§1º O presidente da Comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente protelatórios ou de
nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
§2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento de
perito.

Art. 152 As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandato expedido pelo presidente da Comissão,
devendo a Segunda via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos.
Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandato será imediatamente comunicada ao
chefe da repartição onde serve, com indicação do dia e hora marcados para a inquirição.

Art. 153 O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por
escrito.
§1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.
§2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á acareação entre os depoentes.

Art. 154 Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado, observados os
procedimentos previstos nos artigos 152 e 153.
§1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas
declarações sobre fatos ou circunstancias, será promovida a acareação entre eles.
§2º o procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe
vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do presidente da
Comissão.

Art. 155 Quando houver dúvidas sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade competente
que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao processo principal,
após a expedição do laudo pericial.

Art. 156 Tipificada a infração disciplinar será formulada a indicação do servidor, com a especificação dos fatos a
ele imputados e das respectivas provas.
§1º O indiciado será citado por mandato expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa escrita, no
prazo de dez dias, assegurado-se-lhe vista do processo na repartição.
§2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de vinte dias.
§3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas indispensáveis.
§4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data
declarada em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação.

Art. 157 Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial
e/ou em jornal de grande circulação neste município para apresentar defesa.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de quinze dias a partir da publicação do edital.

Art. 158 Considerar-se á revel o indiciado que regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal.
§1º a revelia será declarada por termo nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.
§2º para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um servidor como defensor
dativo.

Art. 159 Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos
e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.
§1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.
§2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar
transgredido, bem como circunstâncias agravantes ou atenuantes.

Art. 160 O processo disciplinar, com relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou a sua
instauração, para julgamento.

Seção II
Do Julgamento
Art. 161 No prazo de sessenta dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora preferirá a sua
decisão.
§1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instaurada do processo, este será encaminhado à=
autoridade competente, que decidirá em igual prazo.
§2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a
imposição da pena mais grave.
§3º Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento final
caberá as autoridades de que trata o inciso I do artigo 136.

Art. 162 O julgamento acatará o relatório da comissão salvo quando contrário às provas dos autos.
Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá,
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la, ou isentar o servidor de responsabilidade.

Art. 163 Verificada a existência de vício insanável, a autoridade julgadora declarará a nulidade total ou parcial do
processo e ordenará a constituição de outra comissão, para instauração de novo processo.
§1º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.
§2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o artigo 137, §2º, será responsabilizada na forma
do Capítulo IV, do Título V, desta Lei.

Art. 164 Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos
assentamentos individuais do servidor.

Art. 165 Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido à autoridade
Policial ou Ministério Público para instauração da ação penal, ficando traslado na repartição.

Art. 166 O servidor que responde a processo disciplinar só poderá ser exonerado, a pedido, do cargo, ou aposentado
voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.

Seção III
Da Revisão do Processo

Art. 167 O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem
fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação de penalidade
aplicada.
§1º Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer
a revisão do processo.
§2º No caso de incapacidade mental do servidor a revisão será requerida pelo respectivo curador.
vArt. 168 No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

Art. 169 A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão que requer
elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.

Art. 170 O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Prefeito Municipal, que, se autorizar a revisão,
encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar.
Parágrafo único. Recebida a petição, o dirigente do órgão ou entidade providênciará a constituição de comissão, na
forma prevista no artigo 144 desta Lei.

Art. 171– A revisão correrá em apenso ao processo originário.


Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e inquirição das
testemunhas que arrolar.

Art. 172 A comissão revisora terá até sessenta dias para conclusão dos trabalhos, prorrogável por igual prazo,
quando as circunstâncias o exigirem.

Art. 173 Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e procedimentos próprios da
comissão do processo disciplinar.

Art. 174 O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade, nos termos do artigo 144 desta Lei, sendo
submetido ao Prefeito Municipal que poderá manter ou reformar a decisão.
Parágrafo único. O prazo para julgamento será de até sessenta dias, contados do recebimento do processo, no curso
do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.

Art. 175 Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os
direitos do servidor, exceto em relação à destituição de cargo em comissão.
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.

TÍTULO VII
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL DO SERVIDOR

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 176 O Município manterá Plano de Previdência Social para o servidor submetido ao regime jurídico de que
trata esta Lei, e para sua família.
Art. 177 O Plano de Previdência Social visa dar cobertura aos riscos a que está sujeito o servidor e sua família, e
compreende um conjunto de benefícios e ações que atendem às seguintes finalidades:
I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, inatividade,
falecimento e reclusão;
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;
III - assistência à saúde.
Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos, nos termos e condições definidos em regulamento, observadas as
disposições desta Lei.

Art. 178 Os benefícios do Plano de Previdência Social do servidor compreendem:


I - quanto ao servidor:
a) aposentadoria;
b) auxílio-natalidade;
c) salário-família;
d) licença para tratamento de saúde;
e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade;
f) licença por acidente em serviço.
II - quanto ao dependente:
a) pensão vitalícia e temporária;
b) auxílio-funeral; e
c) auxílio-reclusão.
§1º As aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas pelo Erário Municipal e pela Previdência Social do
Servidor Municipal.
§2º O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, dolo ou má fé, implicará devolução ao Erário do
total auferido, sem prejuízo das sanções legais cabíveis.

CAPÍTULO II
DOS BENEFÍCIOS

Seção I
Da Aposentadoria

Art. 179 O servidor público deste Município será aposentado: (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de acidente em serviço, moléstia
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos;
(Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;
III - voluntariamente: (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com proventos integrais;
(Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e vinte e cinco, se professora, com
proventos integrais; (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;
(Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo
de serviço. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
§1º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, as específicas
na Lei Federal com base na Medicina Especializada. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
§2º Nos casos de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas, a aposentadoria de que
trata o inciso III, alínea “a” e “c”, observará o disposto em lei complementar Federal. (Revogado pela Lei
Complementar nº 05/2005)
§2º Nos casos de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas, a aposentadoria de que
trata o inciso III, alíneas “a” e “c”, observará o disposto em Lei. (Redação dada pela Lei nº. 2.703, de 07/03/1995
Promulgada pela Câmara) (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
§3º É facultado ao servidor que possuir somente cargo em comissão, requerer sua aposentadoria, nas condições
previstas no inciso III deste artigo, desde que tenha exercido no Município, pelo menos metade do tempo
constitucionalmente exigido, mesmo sendo intercalado. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)

Art. 180 A aposentadoria compulsória será automática a declarada por ato, com vigência a partir do dia imediato
àquele em que o servidor atingir a idade limite de permanência no serviço ativo. (Revogado pela Lei Complementar
nº 05/2005)
§1º A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde, por período não excedente a
vinte e quatro meses. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
§2º Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o cargo, o servidor será aposentado.
(Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
§3º O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato de aposentadoria será
considerado como prorrogação da licença. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
Art. 181 Os proventos da aposentadoria, nunca inferiores ao salário mínimo, serão revistos, na mesma proporção e
na mesma data, sempre que se modificar a remuneração do servidor em atividade, e serão estendidos ao inativo
benefícios e vantagens posteriormente concedidos ao servidor em atividade, mesmo quando decorrentes da
transformação ou reclassificação do cargo ou da função em que tiver dado a aposentadoria, na forma da lei.
(Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)

Art. 182 Ao servidor aposentado será pago o décimo terceiro salário, até o dia vinte do mês de dezembro, em valor
equivalente ao respectivo provento, deduzido adiantamento recebido. (Revogado pela Lei Complementar nº
05/2005)
Seção II
Do Auxílio-Natalidade

Art. 183 O auxílio-natalidade é devido à servidora, por motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente a um
vencimento mínimo do plano de carreira, inclusive no caso de natimorto.
§1º Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de cinqüenta por cento.
§2º O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro, servidor público, quando a parturiente não for servidora.

Seção III
Do Salário-Família
(Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)

Art. 184 O salário-família, é devido ao servidor ativo ou inativo na proporção do número de filhos, na forma do
disposto no §6º do artigo 227 da Constituição Federal. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
Parágrafo único. O valor da quota do Salário-família é de 5% (cinco por cento) do menor vencimento do Plano de
Carreira por filho menor de qualquer condição até 14 (quatorze) anos ou inválido de qualquer idade. (Revogado
pela Lei Complementar nº 05/2005)

Art. 185 Quando pai e mãe forem servidores públicos e viverem em comum, o salário-família será pago a um deles;
quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a distribuição dos dependentes. (Revogado pela Lei
Complementar nº 05/2005)
Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se os representantes legais dos incapazes. (Revogado pela Lei
Complementar nº 05/2005)

Art. 186 O salário-família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá de base para qualquer contribuição,
inclusive para previdência social. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)

Seção IV
Da Licença para Tratamento de Saúde
(Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)

Art. 187 Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia
médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005) (Efeitos
restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)
Parágrafo único. Não é demissível o servidor enquanto em gozo do benefício. (incluído pela Lei nº 2.557, de
16/11/1993) (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005,
conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)
Art. 188 Para licença até trinta dias, a inspeção será feita por médico do Setor de Assistência Médica da Secretaria
de administração ou órgão correlato e, se por prazo superior, por junta médica oficial. (Revogado pela Lei
Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme dispõe a Lei
Complementar nº 50/2008)
§1º Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do servidor ou no estabelecimento
hospitalar onde se encontrar internado. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a
partir de 12 de julho de 2005, conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)
§2º Inexistindo médico do órgão ou entidade no local onde se encontrar o servidor, será aceito atestado passado por
médico particular. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de
2005, conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)
§3º No caso do parágrafo anterior, o atestado só produzirá efeitos depois de homologado pelo setor médico do
respectivo órgão ou entidade. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12
de julho de 2005, conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)

Art. 189 Findo o prazo de licença, o servidor será submetido a nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao
serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005) (Efeitos
restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)

Art. 190 O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou natureza da doença, devendo constar
entretanto o respectivo CID.( Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12
de julho de 2005, conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)

SEÇÃO V
Da Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-Paternidade
(Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
(Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)

Art. 191 Será concedida licença à servidora gestante, por cento e vinte dias consecutivos, sem prejuízo da
remuneração. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de
2005, conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)
§1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.
(Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme
dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)
§2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto. (Revogado pela Lei Complementar nº
05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)
§3º No caso de natimorto, decorridos trinta dias do evento a servidora será submetida a exame médico e, se julgada
apta, reassumirá o exercício. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12
de julho de 2005, conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)
§4º No caso de aborto não criminoso, atestado por médico oficial, a servidora terá direito a trinta dias de repouso
remunerado. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005,
conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)
Art. 191A Será concedida, à servidora gestante, a prorrogação da licença de que trata o art. 191 desta Lei, pelo
prazo de 60 (sessenta) dias consecutivos. (Incluído pela Lei Complementar nº 61/2009)
Parágrafo único. A prorrogação será garantida à servidora que apresentar requerimento até o final do primeiro mês
após o parto e concedida imediatamente após a fruição da licença à gestante de que trata o art. 191 desta Lei.”
(Incluído pela Lei Complementar nº 61/2009)

Art. 192 Pelo nascimento de filho, o servidor terá direito à licença-paternidade de cinco dias consecutivos.
(Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme
dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)

Art. 193 Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactante terá direito durante a
jornada de trabalho, a uma hora descanso, que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora. (Revogado pela
Lei Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme dispõe a Lei
Complementar nº 50/2008)

Art. 194 A servidora que adotar e obtiver o termo da guarda judicial de criança de até dois anos de idade serão
concedidos cento e vinte dias de licença remunerada, para ajustamento do adotado ao novo lar. (Revogado pela Lei
Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme dispõe a Lei
Complementar nº 50/2008)
Parágrafo único. O direito previsto neste artigo só será renovado após o interstício de dois anos. (Revogado pela
Lei Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme dispõe a Lei
Complementar nº 50/2008)

Art. 194 Será concedida licença remunerada à servidora que adotar ou que obtiver guarda judicial para fins de
adoção de criança, nos seguintes termos: (Redação dada pela Lei Complementar nº 61/2009)
I - 120 (cento e vinte) dias, se a criança tiver até 1 (um) ano de idade; (Redação dada pela Lei Complementar nº
61/2009)
II - 60 (sessenta) dias, se a criança tiver entre 1 (um) a 4 (quatro) anos de idade; e(Redação dada pela Lei
Complementar nº 61/2009)
III - 30 (trinta) dias, se a criança tiver de 4 (quatro) a 8 (oito) anos de idade. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 61/2009)
§1º A servidora adotante ou que obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, conforme estabelecido nos
incisos anteriores, fará jus à prorrogação da licença de que trata o caput deste artigo pelo prazo de 60 (sessenta)
dias. (Redação dada pela Lei Complementar nº 61/2009)
§2º A prorrogação prevista no §1º deste artigo será garantida à servidora que apresentar requerimento até o final do
primeiro mês após a concessão da licença e concedida imediatamente após a fruição da licença à adotante de que
trata o caput deste artigo, salvo no caso do inciso III deste artigo, em que o prazo para requerimento será de 10
(dez) dias após a concessão. (Redação dada pela Lei Complementar nº 61/2009)
§3º O direito previsto neste artigo só será renovado após o interstício de dois anos. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 61/2009)
Seção VI
Da Licença por Acidente em Serviço
(Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)

Art. 195 Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado em serviço. . (Revogado pela Lei
Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme dispõe a Lei
Complementar nº 50/2008)

Art. 196 Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor e que se relacione mediata ou
imediatamente, com as atribuições do cargo exercido. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005) (Efeitos
restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)
Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano: (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
(Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)
I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo; e (Revogado pela Lei
Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme dispõe a Lei
Complementar nº 50/2008)
II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa. . (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
(Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)

Art. 197 O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado poderá ser tratado em
instituição privada, à conta de recursos públicos, enquanto não criado o Instituto de Previdência Social do Servidor
Municipal. . (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005,
conforme dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)
Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta médica oficial constitui medida de exceção e somente será
admissível quando inexistirem meios e recursos adequados, em instituições públicas. . (Revogado pela Lei
Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme dispõe a Lei
Complementar nº 50/2008)

Art. 198 A prova do acidente será feita no prazo de dez dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem. .
(Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005) (Efeitos restabelecidos a partir de 12 de julho de 2005, conforme
dispõe a Lei Complementar nº 50/2008)

Seção VII
Da Pensão
(Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)

Art. 199 Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal e valor correspondente ao da
respectiva remuneração ou provento, a partir da data do óbito, observado o limite estabelecido no artigo 44 desta
Lei. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
Art. 200 As pensões distinguem-se, quanto à natureza, em vitalícias e temporárias. (Revogado pela Lei
Complementar nº 05/2005)
§1º A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas permanentes, que somente se extinguem ou revertem com a
morte de seus beneficiários. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
§2º A pensão temporária é composta de cota ou cotas que podem se extinguir ou reverter por motivo de morte,
cassação, de invalidez ou maioridade de beneficiário. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)

Art. 201 São beneficiários das pensões: (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
I - vitalícia: (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
a) o cônjuge, enquanto não contrair nova união; (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com percepção de pensão alimentícia; (Revogado
pela Lei Complementar nº 05/2005)
c) o companheiro ou companheira designado que comprove união estável por cinco ou mais anos, como entidade
familiar; (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
d) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor. (Revogado pela Lei Complementar nº
05/2005)
e) a pessoa designada, maior de sessenta anos e a pessoa portadora de deficiência, que vivam sob a dependência
econômica do servidor. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
II - temporária: (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
a) os filhos, ou enteados, até dezoito anos de idade, ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez;
(Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
b) o menor sob guarda ou tutela até dezoito anos de idade; (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
c) o irmão órfão de pai e sem padrasto, até dezoito anos, e inválido, enquanto durar a invalidez, que comprovem
dependência econômica do servidor; e(Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
d) a pessoa designada que, comprovadamente, vivia na dependência econômica do servidor, até dezoito anos ou, se
inválida, enquanto durar a invalidez. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
§1º A concessão da pensão vitalícia aos beneficiários de que tratam as alíneas “a” e “c” do inciso I deste artigo,
exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas “d” e “e”. (Revogado pela Lei Complementar nº
05/2005)
§2º A concessão da pensão temporária aos beneficiários de que tratam as alíneas “a” e “b” do inciso II deste artigo,
exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas “c” e “d”. (Revogado pela Lei Complementar nº
05/2005)

Art. 202 A pensão será concedida integralmente ao titular de pensão vitalícia, exceto se existirem beneficiários da
pensão temporária. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
§1º Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão vitalícia, o seu valor será distribuído em partes iguais entre
os beneficiários habilitados. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
§2º Ocorrendo habilitação às pensões vitalícia e temporária, metade do valor caberá ao titular ou titulares da pensão
vitalícia, sendo a outra metade rateada, em partes iguais, entre os titulares da pensão temporária; (Revogado pela
Lei Complementar nº 05/2005)
§3º Ocorrendo habilitação somente à pensão temporária o valor integral da pensão será rateado, em partes iguais,
entre os que se habilitarem. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)

Art. 203 A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão-somente as prestações exigíveis há
mais de cinco anos. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova posterior ou habilitação tardia que implique exclusão de
beneficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da data em que foi oferecida. (Revogado pela Lei
Complementar nº 05/2005)

Art. 204 Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime doloso de que resultou a morte do
servidor. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)

Art. 205 Será concedida pensão provisória por morte presumida do servidor, nos seguintes casos: (Revogado pela
Lei Complementar nº 05/2005)
I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente; (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não caracterizado como em serviço;
e(Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
Parágrafo único. A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos
cinco anos de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento do servidor, hipótese em que o beneficiário será
automaticamente cancelado. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)

Art. 206 Acarreta perda de qualidade de beneficiário: (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
I - o seu falecimento; (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão ao cônjuge; (Revogado pela Lei
Complementar nº 05/2005)
III - a cessação de invalidez, em se tratando de beneficiário inválido; (Revogado pela Lei Complementar nº
05/2005)
IV - a maioridade de filho, irmão órfão ou pessoa designada, aos dezoito anos de idade; (Revogado pela Lei
Complementar nº 05/2005)
V - a acumulação de pensão na forma do artigo 209; e(Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
VI - renúncia expressa. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)

Art. 207 Por morte ou perda da qualidade de beneficiário a respectiva cota reverterá: (Revogado pela Lei
Complementar nº 05/2005)
I - da pensão vitalícia para os remanescentes desta pensão ou para os titulares da pensão temporária, se não houver
pensionista remanescente da pensão vitalícia; (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)
II - da pensão temporária para os co-beneficiários ou, na falta destes, para o beneficiário da pensão vitalícia.
(Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)

Art. 208 As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos
vencimentos dos servidores, aplicando-se o disposto no artigo 181. (Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)

Art. 209 Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de mais de duas pensões. (Revogado pela
Lei Complementar nº 05/2005)

Seção VIII
Do Auxílio- Funeral

Art. 210 O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido na atividade ou do aposentado, em valor
equivalente a cinco vencimentos mínimos do Plano de Carreira.
§1º O auxílio será devido também, ao servidor, por morte do cônjuge, dependente econômico ou companheiro
observado o artigo 201, inciso I, alínea “C”.
§2º O auxílio será pago por meio de procedimento sumaríssimo, a pessoa da família que houver custeado o funeral.

Art. 211 Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas
de transporte do corpo correrão à conta dos recursos do Município, autarquia ou fundação pública.

Seção IX
Do Auxílio Reclusão
(Revogado pela Lei Complementar nº 05/2005)

Art. 212 Será devido o auxílio-reclusão à família do servidor ativo, ou na falta desta, pessoa por ele designada, na
forma a ser estabelecida pelo regulamento da Previdência Social Municipal. (Revogado pela Lei Complementar nº
05/2005)
CAPÍTULO III
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Art. 213 A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua família, compreende assistência médica,
hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, prestada pelo Sistema único de Saúde ou diretamente pelo
Órgão ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou ainda, mediante convênio, na forma estabelecida pelo
regulamento da Previdência Social do Servidor Municipal.
CAPÍTULO IV
DO CUSTEIO

Art. 214 O plano de Previdência Social do Servidor será custeado com produto da arrecadação de contribuições
sociais obrigatórias dos servidores dos Poderes do Município, das autarquias e das fundações públicas.
§1º A contribuição dos servidores, diferenciada em função da remuneração mensal, bem como dos órgãos e
entidades, será fixada em lei.
§2º O custeio das aposentadorias e das pensões é de responsabilidade do Erário Municipal e da Previdência Social
do Servidor Municipal.

TÍTULOS VIII
DAS FUNÇÕES PÚBLICAS

Art. 215 Para suprir comprovada necessidade de pessoal, poderá haver designação para o exercício da função
pública, nos casos de: (Revogado pela Lei nº 3.915/2005)
I - substituição, durante o impedimento do titular do cargo efetivo; (Revogado pela Lei nº 3.915/2005)
II - cargo vago, em decorrência de vacância ou a criação, até seu definitivo provimento, não havendo candidato
aprovado em concurso público;
II - cargo vago, em decorrência de vacância ou criação, até o seu definitivo provimento. (Redação dada pela Lei nº
3.696/2003) (Revogado pela Lei nº 3.915/2005)
III - exercício de atividade especial, assim considerada a função que, por lei, é de livre designação e dispensa, e que
pela natureza e desempenho provisório, não justifique a criação de cargo público, nem as hipóteses legais de
contratação por prazo determinado. (Revogado pela Lei nº 3.915/2005)
§1º A designação para função pública adotará a mesma forma da nomeação, sob pena de invalidade. (Revogado
pela Lei nº 3.915/2005)
§2º O prazo de exercício da função pública, na hipótese do inciso II deste artigo, não poderá exceder a 90 (noventa)
dias, prorrogado por igual período a critério da autoridade competente. (Revogado pela Lei nº 3.915/2005)
§2º O prazo de exercício da função pública, na hipótese do inciso II deste artigo, não poderá exceder a 12 (doze)
meses, prorrogado por igual período, a critério da autoridade competente. (Redação dada pela Lei nº 3.551/2002)
(Revogado pela Lei nº 3.915/2005)
§3º A dispensa do ocupante de função pública se dará automaticamente quando expirar o prazo ou cessar o motivo
da designação, ou, a critério da autoridade competente, por ato motivado, antes da ocorrência desses pressupostos.
(Revogado pela Lei nº 3.915/2005)
§4º Quando da dispensa, o servidor fará jus, proporcionalmente, à férias e décimo terceiro salário.(Revogado pela
Lei nº 3.915/2005)

Art. 216 A denominação e a remuneração da função pública serão: (Revogado pela Lei nº 3.915/2005)
I - nas hipóteses dos incisos I e II do artigo anterior, aquelas fixadas para os respectivos cargos (Revogado pela Lei
nº 3.915/2005)
II - na hipótese do inciso III do artigo anterior, as que a lei fixar. (Revogado pela Lei nº 3.915/2005)

TÍTULO IX
DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

Art. 217 O dia do servidor público será comemorado a vinte e oito de outubro.

Art. 218 Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindose
o vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia que não haja
expediente.

Art. 219 Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, nenhum servidor poderá ser privado
de quaisquer de seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus
deveres.

Art. 220 São assegurados ao servidor público os direitos de associação profissional e sindical e o de greve.
Parágrafo único. O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em Lei Federal.

Art. 221 O sistema de previdência municipal introduzido por lei será implantado por iniciativa da autoridade
competente.
§1º Fica o Poder Executivo autorizado a instituir Fundo Previdenciário Municipal ao qual serão carreados os
recursos devidos para o funcionamento da previdência municipal, inclusive a contribuição do servidor.
§2º Na gestão do fundo de que cogita o parágrafo anterior será assegurada a participação de entidade representativa
dos servidores.
§3º Até a implantação do Sistema de Previdência do Servidor Municipal e instituição do respectivo Fundo
Previdenciário, as aposentadorias continuarão a ser asseguradas e custeadas integralmente pelo Erário Municipal,
ressalvadas a compensação financeira com a Previdência Social Nacional, quando for o caso, na forma da Lei.
§4º Ficará o Poder Executivo diretamente responsável pela regularidade permanente do funcionamento do Fundo
Previdenciário do Servidor, cabendo ao Erário Municipal suprir eventual falta ou déficit que o referido Fundo
venha a apresentar, na forma da Lei autorizativa específica.

Art. 222 Para os efeitos do artigo 52 será assegurada a contagem de tempo de exercício em cargo comissionado,
anteriormente à publicação desta Lei, aos atuais servidores efetivos. (Revogado pela Lei Complementar nº
32/2006)

Art. 223 As férias-prêmio regidas pela Lei 1.014, no seu artigo 139, de junho de 1972, passam a ser de 06 (seis)
meses, gozadas ou não na sua totalidade, podendo também ser convertidas em espécie ou contadas em dobro para
fins de aposentadoria. (Incluído pela Lei nº 2.418, de 20/11/1992)
Art. 223Art. 224 Para custeio das despesas decorrentes desta Lei serão utilizados os recursos orçamentários
próprios, com a suplementação necessária ou mediante crédito especial, na forma da lei. (renumerado pela Lei nº
2.418, de 20/11/1992)
Art. 224 Art. 225 Revogam-se as disposições em contrário, e em especial a Lei nº. 1.014/72 e leis posteriores que a
alteraram. (renumerado pela Lei nº 2.418, de 20/11/1992)

Art. 225 Art. 226 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. (renumerado pela Lei nº 2.418, de 20/11/1992)

Palácio do Registro, em Contagem, aos 20 de dezembro de 1990.

ADEMIR LUCAS GOMES


Prefeito Municipal
COMPORTAMENTO PROFISSIONAL

Qualidades Necessárias Para Ser Um Porteiro

Mesmo com a tecnologia ajudando os sistemas de vigilância a oferecerem cada vez mais segurança
aos condomínios, nada conseguiu substituir a tranquilidade e a comodidade que é ter um porteiro
guardando a residência ou a empresa. Por esses motivos, essa profissão tradicional ainda é muito
valorizada hoje em dia! Mas é importante lembrar que algumas qualidades se mostram essenciais se
você procura um emprego na área.

Discrição: Não Cuide, Não Julgue E Nem Comente Sobre A Vida Alheia

Saber quem entra, quem sai e a que horas isso acontece permite que o porteiro conheça bem a
rotina de muitas pessoas e isso exige uma certa discrição, para que ele consiga fazer um bom
trabalho com essas informações sem causar constrangimentos ou se intrometer demais na vida
pessoal de cada um.

Com o tempo, certamente uma relação de amizade se estabelecerá entre o porteiro e os moradores e
isso será muito bem-vindo. Mas um profissional nunca deve misturar as coisas e sempre agir
profissionalmente quando se tratar da vida das pessoas do condomínio.

Responsabilidade: Seja O Guardião De Todos

Ser uma pessoa responsável é importante em todos os trabalhos, mas para um porteiro essa
qualidade deve ser sempre um traço marcante de seu comportamento, para que ela seja transmitida
às outras pessoas e as façam se sentirem mais confiantes e seguras por terem um porteiro em casa,
nunca oposto.

Ter um comportamento responsável significa ser sempre pontual com os horários, nunca se esquecer
de suas responsabilidades e estar sempre atento com quem entra e sai do prédio, condomínio ou
empresa.

Boa Memória: Conheça Quem Passa Pela Portaria

O trabalho de porteiro é bastante desafiador para a mente e é preciso muita atenção e uma boa
memória para conseguir guardar os rostos das pessoas que pertencem ao condomínio, assim como
os prestadores de serviços que normalmente transitam por lá.

No começo é normal que o novo funcionário tenha certa dificuldade e leve um tempo para memorizar
tudo isso e, durante essa fase de adaptação, é importante sempre pedir a identificação das pessoas,
pois na dúvida sempre será melhor perguntar e conferir.

Boa Comunicação: Seja Amigável

Como dissemos, o vinculo com os moradores e funcionários é uma parte importante para que o
trabalho de um porteiro seja bem feito. Para isso é interessante que o profissional seja uma pessoa
comunicativa e prestativa, sempre disposta a fazer o possível para ajudar as pessoas. Muitos irão se
encontrar com você varias vezes ao dia e será bem maiis agradável para ambas as partes se esses
encontros forem momentos de troca de gentilezas e simpatias. Você não precisa sempre manter
longos diálogos com todos que passarem pela sua portaria, mas um cumprimento alegre e um ‘’bom
dia’’ já são o suficiente para construir um relacionamento agradável

As Funções Exercidas Dentro Do Condomínio São De Confiança.

É de confiança porque o funcionário integra e passa a interagir com os moradores de uma forma bem
próxima, uma vez que conhece a rotina, hábitos e comportamentos dos moradores. Por isso, é
importante que a seleção para a contração de um funcionário seja de rigorosa filtragem, visando
buscar um cidadão de bons princípios: profissionais éticos.

A palavra ética é de origem grega (ethos) e significa caráter e refere-se a valores básicos, tais como
honestidade e responsabilidade. Portanto, entende-se por ética profissional o conjunto de princípios
básicos norteadores que regem a conduta funcional de uma determinada profissão.

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COMPORTAMENTO PROFISSIONAL

Tratando-se de um condomínio, ética e segurança andam de mãos dadas e a falta de ética não só
produz constrangimento como também pode por em risco a segurança do condômino.

Qualidades De Um Funcionário De Condomínio:

- Ser leal: não passar informações do condomínio a estranhos


- Ter comportamento discreto
- Não procurar levar vantagens pessoais na contratação de serviços
- Evitar chamar o condômino de querido(a), tio(a), dar beijinhos, tapinhas nas costas, pegar na mão
etc
- Respeitar as normas e o regulamento interno do condomínio
- Fazer distinção entre o profissional e o pessoal
- Familiar não deve permanecer na portaria
- Não pedir dinheiro emprestado aos condôminos
- Não usar o telefone do condomínio para ligações particulares
- Evitar intimidades com o(a) morador(a). O relacionamento deve ser profissional.

Apresentação Pessoal Do Porteiro

A boa apresentação pessoal do porteiro consiste num conjunto de providências, visando


harmonizar o indivíduo com sua vestimenta, asseio, postura e descrição.

A roupa é muito importante no exercício de qualquer profissão. Um médico ou dentista com o jaleco
sujo, por exemplo, certamente despertaria uma sensação de falta de higiene e, por via de
consequência, de baixo profissionalismo. Por certo, faria com que os eventuais clientes viessem a se
afastar deles.

O porteiro deve estar usando seu uniforme de trabalho limpo e bem passado. O tamanho do uniforme
deve ser adequado ao manequim do porteiro, para que não fique nem muito apertado nem muito
solto, uma vez que ambas as situações contribuem para uma imagem negativa do profissional.

Os sapatos também devem estar sempre engraxados. Sapatos sujos dão impressão de desleixo e
falta de higiene.

Alguns Fatores Importantes A Considerar:

1) asseio: considerando que o porteiro geralmente presta serviços em locais com grande
concentração de pessoas, é importante que tenha cuidados especiais com o asseio e com a higiene
pessoal.

De forma geral, são recomendáveis as seguintes providências quanto ao asseio pessoal do porteiro:

- por razões óbvias, o banho diário é indispensável;

- cabelos curtos e barba raspada;

- unhas bem cortadas e limpas;

- dentes escovados e cuidados especiais com o hálito;

- cuidados com caspa ou seborreia. A imagem de caspas sobre os ombros dá uma enorme sensação
de falta de higiene;

- espinhas e acnes devem ser tratadas. Se necessário, deve-se usar uma bandagem;

- usar sempre um desodorante, porém de aroma suave e agradável, ou inodoro.

2) postura: a postura é de fundamental importância no exercício de qualquer atividade de portaria.

Um porteiro desleixado, desatento, encostado em paredes ou com as mãos nos bolsos transmite uma
sensação de desleixo e falta de atenção.

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COMPORTAMENTO PROFISSIONAL

Por isso, o porteiro deve estar sempre atento, com a coluna ereta, caminhando ou parado. A maneira
de falar deve ser firme, porém educada. Deve prestar atenção a tudo o que se passa a seu redor e
dar atenção a todos os que lhe solicitam providências ou informações.

Entre outros procedimentos, quanto à postura no local de trabalho, é recomendável ao porteiro


observar as seguintes:

- manter o corpo ereto e a cabeça erguida;

- não fumar em público;

- não mascar chicletes;

- não cuspir no chão;

- não gritar;

- não dar gargalhadas;

- manter uma expressão séria, porém simpática;

- não tocar nas pessoas enquanto conversa com elas;

- não se coçar em público, principalmente em regiões íntimas do corpo;

- não ficar com as mãos no bolso.

3) discrição: a discrição também é muito importante. Se, por um lado, o porteiro deve estar atento a
tudo o que se passa a sua volta, por outro, deve evitar ficar ouvindo conversas que não lhe dizem
respeito ou cometendo indiscrições, como se envolver em conversas as quais não foi chamado.

Também deve evitar olhares indiscretos ou cobiçosos principalmente em relação a pessoas muito
atraentes no local de trabalho.

Enfim, o porteiro deve cumprir com sua função da forma mais discreta possível, e sempre com a
eficiência desejável.

11 Dicas De Postura E Comportamento Do Porteiro Eficiente

Para a elaboração de um bom trabalho em nosso condomínio, algumas informações devem estar no
seu dia-a-dia. Abaixo estão 11 dicas e lembretes que vão lhe ajudar a melhorar seu trabalho e manter
sua qualidade.

- Cumprimente sempre seus colegas de trabalho e moradores do condomínio.

- Uma boa aparência contribui para um ambiente de trabalho harmônico, por isso, esteja sempre bem
vestido e limpo.

- As regras de segurança devem ser cumpridas de maneira rígida. Desobedecê-las pode colocar a
vida dos moradores e funcionários em risco.

- Qualquer abordagem deve ser feita com delicadeza e educação.

- Não abra exceções quanto à entrada no condomínio e sempre identifique as entradas e saídas de
visitantes.

- Fique atento ás movimentações externas, principalmente quando um funcionário do condomínio faz


serviços externos.

- Não comente sobre a rotina do condomínio nem mesmo com conhecidos. A discrição é também um
item de segurança.

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COMPORTAMENTO PROFISSIONAL

- Sempre que cometer um erro, não tenha medo de comunicá-lo e discutir o que levou a ele com seu
gestor.

- Pessoas estranhas e que não são funcionárias não podem ter acesso à guarita da portaria.

- Identifique sempre um visitante com um crachá, se possível, além de anotar todos os seus dados.
Parte da segurança está em proporcionar essa sensação aos moradores.

- Os portões de segurança não devem ser ignorados. Use-os de acordo com as regras de segurança
estabelecidas.

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Conflito de Interesses e Lide

CONFLITO DE INTERESSES E LIDE

No âmbito do direito processual civil, assim como todas as demais áreas do direito processual, consagra-se
a extrema importância do estudo do conflito de interesses cuja comprovação de sua importância está na
necessidade do Estado-Juiz fornecer uma resposta justa e célere aos seus jurisdicionados. Tal relevância
consiste também na existência de um dos princípios principais do ordenamento jurídico brasileiro
concernente ao processo civil cujo nome é princípio da inércia processual.

O princípio da inércia processual nos informa, em outras palavras, que para que o Estado-juiz aplique seu
poder de jurisdição no caso concreto é necessário que a parte cujo exercício de um direito foi impedido
busque as vias judiciárias para que possa exercer ou ter o direito de exercer novamente ou ineditamente
um determinado direito. O referido princípio encontra-se elencado no art. 2º do código de processo civil (Lei
5.869/73), in verbis:

Art. 2º Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos
casos e forma legais.

Além disso, um ponto interessante a ser tratado é que conflito de interesses e lide na verdade é um
complemento recíproco gramatical. Isso significa que a lide é nada mais nada menos do que um conflito de
interesses, é um processo contencioso onde os interesses das partes são antagônicos, ou seja, o que a
pessoa A quer ao entrar com uma ação judicial num determinado fórum é justamente o contrário que a
pessoa B que foi demandada na ação de A quer como resultado do processo contencioso, ou seja, o
processo com lide.

A lide é, em regra, o motor do processo. Assim, tendo em vista sua merecida importância nos estudos
processuais, foi feita uma espécie de divisão com critério organizacional por parte do legislador e da
doutrina para que a solução da lide fosse viabilizada para todos os cidadãos que considerem ter um direito
lesado. Com isso surgiu a jurisdição, fenômeno processual que permite ao Estado dizer a quem pertence
um determinado direito ou uma determinada demanda em análise nas mãos do poder judiciário.

Por conta disso o estudo da jurisdição também se faz de extrema relevância, visto que é a partir dela que
podemos pelo menos cogitar a hipótese de tentar resolver uma lide de um determinado caso concreto.

Ainda sobre os estudos iniciais da lide, é interessante lembrar também que apesar de haver a necessidade
do impulso processual do ofendido para o Estado-Juiz poder exercer a jurisdição, o mesmo Estado-Juiz na
figura propriamente dita do magistrado desenvolve outro impulso também de relevante importância para o
ordenamento jurídico. Trata-se do impulso oficial. Enquanto o impulso do interessado é importante para dar
início à longa jornada processual da ação, o impulso oficial é importante para desenvolver o impulso da
parte a fim de poder conceder aos magistrados e às partes a segurança de que o processo não será
trancado por desistência do Juiz e de que aquela lide será resolvida de acordo com os padrões vigentes
dos ditames legais. O princípio do impulso oficial encontra-se elencado no art. 262 do CPC, in fine:

Art. 262. O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial.

Entretanto, nem tudo são flores no âmbito processual. Ficou claro até o presente momento que a lide
propicia um antagonismo entre duas ou mais pessoas onde basta que apenas uma delas acione o judiciário
para que o processo finalmente comece a andar, entretanto tal afirmação pode parecer bastante genérica,
afinal, não ficaram delimitado quais tipos de direito devem ser concedidos ao demandante de demandado e
nem quando eles podem acionar a máquina judiciária para a mesma dar um fim ao procedimento
contencioso.

Para que o problema anteriormente citado fosse resolvido, o legislador criou o princípio dispositivo como
meio de delimitar pelo menos um pouco como a lide pode ter início ou como será o modus operandi da
mesma. Por questões didáticas, vamos exemplificar tal causídico. Falamos anteriormente da inércia

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processual, pois bem, para que a inércia processual possa ser exaurida e o processo se desenvolver
através do impulso oficial, é necessário obedecer algumas regras dispostas no próprio código de processo
civil. Existem outros exemplos também, vejamos:

1. Art. 47, PU/CPC: O juiz ordenará ao autor que promova a citação de todos os
litisconsortes[1]necessários, dentro do prazo que assinar, sob pena de declarar extinto o processo. Aqui a
regra disposta no respectivo dispositivo é que o autor tem prazo para citar os litisconsortes necessários e
essa citação só pode ocorrer mediante ordem judicial.

2. Art. 282, IV/CPC: A petição inicial indicará: o pedido, com as suas especificações. Dentre outras
delimitações que o legislador impôs à petição inicial, existe a proibição de petição inicial sem descrição do
pedido, ou seja, não basta pedir, o autor ou seu procurador DEVE delimitar especificamente o que quer e
detalhar o seu pedido para que não haja dúvidas a respeito do mesmo.

3. Art. 293/CPC: Os pedidos são interpretados restritivamente, compreendendo-se, entretanto, no


principal os juros legais. Nesse caso, a parte pode fazer um pedido até genérico, mas o juiz em hipótese
alguma pode conceder algo a mais do que o que foi pedido sendo que o mesmo não tenha nenhuma
relação com a pretensão do autor.

AUTOTUTELA

A autotutela é uma das modalidades de se buscar a resolução de conflitos, isto é, é um meio, ou deveria
ser, utilizado como ferramenta de pacificação da lide. Entretanto, recebe inúmeras e merecidas críticas
quanto ao seu uso, embora em alguns casos a doutrina concorde na sua aplicação como justificativa
plausível de dirimir casos concretos.

Um conceito simples de autotutela podemos encontrar nos dizeres do doutrinador Renato Montans
conforme podemos ver a seguir:

Dá-se a autotutela quando uma pessoa impõe, normalmente de maneira arbitrária ou pelo exercício da
força, o seu interesse sobre o interesse da outra pessoa. Essa solução é admitida somente em casos
excepcionais. Alguns exemplos: § 1º do art. 1.210 do CC: “O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá
manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço,
não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse” (MONTANS, P. 23)

É interessante salientar que a autotutela é extremamente criticada por conta de seu caráter personalíssimo
e por consequência individualista. Nesse referido fenômeno processual, uma das partes dita a forma como
o caso irá se resolver, consequentemente por questões óbvias a parte na qual está exercendo autotutela
não irá respeitar princípios de extrema importância como o contraditório e ampla defesa. Sendo assim, a
mesma irá julgar em causa própria e mesmo sem o merecido respeito a outro princípio de extrema
relevância como o devido processo legal, ela dará a causa assim mesma. É por isso que a mesma recebe
as merecidas críticas da doutrina.

Não obstante, o exercício da autotutela, para fins penais, pode ensejar em tipificação de conduta ilícita.
Basicamente o motivo de tal fato encontra-se no ato de que quem exerce e deve exercer sempre a
jurisdição é o próprio Estado, não podemos fazer justiça com as próprias mãos. Na seara da tipificação
penal dessa condita ilícita quando cometida por particular, teremos o exercício arbitrário das próprias
razões; Quando cometida por autoridade pública teremos a ocorrência do abuso de poder. Marcus Vinícius
Rios Gonçalves trata delicadamente do tema como podemos ver a seguir:

Com o passar dos anos, à medida que os Estados foram-se tornando mais fortes, percebeu-se que não
convinha a solução dos conflitos pelos próprios interessados. E, por uma espécie de pacto social,
convencionou-se que eles deveriam ser resolvidos por alguém que não participasse deles, e fosse mais
forte do que os litigantes. Foi então que se atribuiu ao Estado a solução dos conflitos de interesse, em
caráter exclusivo. Não podem mais aos envolvidos fazer valer os seus direitos por força, ou por qualquer
outro meio indevido. A solução é atributo do Estado, a quem cumpre o poder-dever de solucionar tais

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conflitos. No Brasil, é crime fazer valer os direitos pelas próprias mãos: trata-se do exercício arbitrário das
próprias razões. Então, aquele que tem o direito violado deve recorrer ao Poder Judiciário. (GONÇALVES,
P. 127)

Entretanto, a título de curiosidade, existem casos em que a autoexecutoriedade não é crime. Exemplos
disso são a legítima defesa e o pleno exercício do direito de greve por parte dos servidores públicos,
inclusive a autoexecutoriedade está consagrada nos princípios da administração pública uma vez que é a
mesma que executa os seus próprios atos. Além disso, também a título de curiosidade, existe algumas
passagens na constituição na qual a mesma trata do abuso de poder como motivos ensejadores de
remédios constitucionais e do direito de petição, ou seja, a autotutela do poder público e privado enseja
numa futura ação judicial para reparar o dano causado. Vejamos:

Cabimento/Direito de/ao Habeas corpus:

CF Art. 5º LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

Cabimento/Direito de/ao Mandado de segurança:

CF Art. 5º LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado
por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.

Direito à petição

CF Art. 5º XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

1. O direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder.

Além disso, outro ponto de extrema importância no estudo da autotutela é saber quando foi que ela teve
seu fim. Sobre isso, Marcus Gonçalves trata do tema com maestria, simplicidade e objetividade fazendo-se
necessária sua citação a respeito do fato:

Foi a partir do momento em que os Estados se estabeleceram e ganharam força que a solução dos
conflitos de interesses deixou de ser dada pela autotutela. Até então, eram as próprias partes envolvidas
que solucionavam os conflitos, com o emprego da torça ou de outros meios. Quando havia uma
desavença, ou as partes conseguiam chegar a um acordo, ou uma delas submetia à força os interesses da
outra. (GONÇALVES, p. 2)

A AUTOTUTELA NA JURISPRUDÊNCIA

Geralmente a autotutela na jurisprudência de nosso ordenamento jurídico recai em forma de mandado de


segurança (por isso a importância de citá-lo anteriormente como alerta à ação constitucional na qual a
autotutela em regra é feita contra agente público), embora caibam também agravo regimental e recurso
ordinário.

A autotutela na jurisprudência recai em diversos temas investidos no mandado de segurança, ação essa
que trata somente de direito líquido e certo não aparado por HC ou HD como dito anteriormente. Por conta
dos diversos temas que podem ser objeto de MS, muitas ações de MS que versam sobre a autotutela não
são dadas procedência por parte dos relatores.

Logicamente que existem diversos fatores para a improcedência de uma ação, só estamos enfatizando
esse pelo fato do mesmo ser objeto de nosso estudo por agora. Assim, uma parcela dos MS’s que versam
sobre autotutela acaba sendo rejeitada por simples inobservâncias de procedimentos processuais cujos
detalhes não nos interessam por enquanto. Exemplos são MS 17239 DF 2011/0137276-8; MS 16228 DF

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2011/0056174-6; MS 16943 DF 2011/0121567-3; MS 16945 DF 2011/0121572-5. Na grande maioria dos


casos o MS da autotutela ataca a administração pública, raramente são outros agentes ou entidades.

AUTOCOMPOSIÇÃO

A autocomposição, da mesma forma como a autotutela, é uma modalidade de equivalente jurisdicional. Um


equivalente jurisdicional é uma ferramenta processual que não é jurisdição, mas tenta, dentro do caso
concreto, assumir o papel da mesma que já sabemos que somente o Estado tem o poder jurisdicional e
não é mesmo que exercer a autotutela e/ou a autocomposição (salvo nos casos de abuso de poder na
autotutela onde um agente revestido dos deveres públicos do Estado comete abuso de poder).

Para conceituarmos pontualmente o que venha a ser um equivalente jurisdicional, vejamos o que nos diz o
doutrinador Renato Montans:

Existem outros meios de solução dos conflitos de interesses, além da jurisdição estatal propriamente dita.
São chamados de equivalentes jurisdicionais ou meios alternativos de solução de conflitos, a saber: a
autotutela; a autocomposição; a mediação; a arbitragem; e as decisões dos tribunais administrativos.
(MONTANS, p. 23).

Então, para lacrarmos a conversação a respeito do que é de fato um equivalente jurisdicional, vimos que o
mesmo nada mais é do que uma forma de buscar a solução da lide com meios alternativos à jurisdição
estatal. Ao contrário da autotutela, a autocomposição é elogiada pela doutrina e também estimulada como
forma de resolução alternativa aos conflitos processuais. Além disso, o referido fenômeno processual pode
ocorrer dentro ou fora do processo, isto é, pode ocorrer antes do processo começar ou até mesmo durante
sua vigência.

Por muito tempo a autocomposição foi fundamentada pelo princípio nulla poena sine judicio[2] princípio
esse que reafirmava a inexistência desse fenômeno jurídico. Entretanto, com o advento da constituição
republicana de 1988, surgiu assim a possibilidade de existência da transação, espécie do gênero da
autocomposição prevista no art. 98, I. Por fim, é interessante lembramos também as espécies normativas
nas quais transfigura-se o fenômeno processual da autocomposição que são três espécies: Renúncia,
submissão e transação.

Na renúncia, o detentor do direito potestativo/disponível simplesmente abre mão do mesmo e extingue a


relação jurídica anteriormente iniciada pelo mesmo através do impulso processual. Na submissão
simplesmente uma parte manifesta sua vontade aprovando e aceitando as condições e propostas feitas
pela parte anteriormente tida como antagônica. Já na transação percebe-se que a iniciativa da solução do
conflito de forma pacífica e equilibrada parte de ambas as partes, ou seja, ambas aceitam, discutem e
chegam a um fator comum para a resolução do conflito em questão. Por conta disso a espécie do gênero
autocomposição mais louvável sem dúvidas é a transação.

CONCLUSÃO

Como pudemos ver, é a lide que muitas vezes dá início à essa viagem maravilhosa, democrática e
complexa via processual. Vimos também que existem duas formas de impulsos processuais, começando
pelo impulso das partes (em obediência ao famigerado princípio da inércia processual) cuja importância
consiste no fato de a mesma poder dar início ao processo e também o impulso oficial, cuja importância
consiste no fato de que a obrigação da jurisdição fica por conta do Estado-Juiz que deve dar
desenvolvimento ao processo de acordo com os ditames e exigências previstas na lei.

Por conta dos diversos motivos ensejadores das partes buscarem as vias processuais, percebe-se que
meios alternativos são de extrema importância para que seja possível ao menos cogitar a possibilidade de
termos uma justiça mais célere. Entretanto, nem todo meio alternativo de solução da lide, conhecido por
equivalente jurisdicional, deve ser aplaudido por nós simplesmente pelo fato da viabilidade que o mesmo
pode conceder ao processo.

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Exemplo disso encontramos na autotutela na qual a mesma viabiliza a celeridade porém de forma injusta.
Ao contrário dela, temos a autocomposição que através de suas espécies de ocorrência, especialmente a
transação, não só aplica mais celeridade às relações processuais como também resolve de forma justa,
equilibrada e pacífica a lide pendente.

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Princípios Constitucionais

No decorrer da história, uma série de princípios foram criados para nortear e estruturar o Estado de
Direito. Esses princípios podem ser observados nas Constituições existentes no mundo, pois elas são
responsáveis por definir a estrutura básica, fundamentos e bases para determinado sistema.

Os princípios foram influenciados principalmente pelas Revoluções Francesa e Americana. No Brasil,


desde o século XIX, havia certa resistência na elaboração de uma Constituição Brasileira, visto que, o
país era comandado por um rei que tinha suas regras próprias.

Com o passar dos anos, foram criadas sete constituições que fizeram mudanças na história do país.
A partir delas, muitos princípios foram implantados e, atualmente, representam o pilar do Estado Bra-
sileiro.

Estado de Direito: Modelo de estado onde a lei conduz a vida social e também a do Estado. Através
da lei, todas as competências e funções dos órgãos do Estado são definidos, além disso, os cidadãos
estarão protegidos por meio de mecanismos que lhes darão o direito de requerer do Estado, quando
este não tiver cumprindo os seus objetivos.

O que é Princípio?

A palavra princípio no dicionário significa o início de algo, o que vem antes, a causa, o começo e
também um conjunto de leis, definições ou preceitos utilizados para nortear o ser humano. É uma
verdade universal, aquilo que o homem acredita como um dos seus valores mais inegociáveis.

Por exemplo, ouvimos em diversos lugares que: “Todos têm direitos iguais”. Esse trecho está presen-
te no Artigo 5º da Constituição Federal.

Ele é apenas uma pequena parte da infinidade de benefícios, se pode dizer assim, pertinentes à po-
pulação.

Uma vez que seja direito de todo cidadão brasileiro ter ciência dos seus benefícios e garantias – e
deveres, é claro – é uma iniciativa ponderada e a prática da cidadania exercer esse direito do cidadão
que também é um princípio.

Princípios Básicos da Constituição Federal

Os princípios constitucionais são as principais normas fundamentais de conduta de um indivíduo me-


diante às leis já impostas, além de exigências básicas ou fundamentos para tratar uma determinada
situação e podem até ser classificados como a base do próprio Direito. São o alicerce para qualquer
indivíduo.

É indispensável tomar nota dos assuntos que rodeiam os seus direitos e deveres. A Constituição
Federal de 1988 é o livro que está hierarquicamente acima de todos os outros, em nível de legislação
no Brasil.

A Constituição é a lei fundamental e os princípios constitucionais são o que protegem os atributos


fundamentais da ordem jurídica.

Os princípios constitucionais podem ser divididos em princípios constitucionais políticos e o jurídicos.


Os conceitos irão variar de acordo com as concepções de cada autor que escreve sobre esse assun-
to. Dentre os principais autores estão José Joaquim Gomes Canotilho e José Afonso da Silva.

José Joaquim Gomes Canotilho é uma das referências do Direito Constitucional. Formado pela Fa-
culdade de Direito da Universidade de Coimbra.

Dentre suas obras estão Estudos sobre Direitos Fundamentais, Direito Constitucional Ambiental Bra-
sileiro, Direito Constitucional e Teoria da Constituição, dentre outros.

José Afonso da Silva é um famoso jurista brasileiro, especializado em Direito Constitucional. Escre-
veu obras consagradas tais como Curso de Direito Constitucional Positivo, Aplicabilidade das Normas
Constitucionais, Poder Constituiente e Poder Popular: Estudos sobre a Constituição, dentre outros.

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Princípios Político-Constitucionais

Também conhecidos como Princípios Fundamentais ou Princípios Estruturantes do Estado Constitu-


cional, segundo os livros de Direito, são os princípios que estabelecem a forma, estrutura e governo
do Estado, etc. É constituído pelas decisões políticas alicerçadas em normas do sistema constitucio-
nal. Exemplo:

Princípios Fundamentais do Estado Brasileiro

Os princípios fundamentais do Estado Brasileiro fazem parte dos princípios constitucionais e estão
presentes dentro da Constituição Federal de 1888, dos artigos 1º a 4º que são: federativo, democráti-
co de direito, separação dos poderes, presidencialista, soberania, cidadania, dignidade da pessoa
humana, a livre iniciativa e os valores sociais do trabalho, o pluralismo político. Além deles, há tam-
bém outros princípios que tratam da organização do Estado Brasileiro.

Princípios Jurídico-Constitucionais

São os princípios constitucionais gerais informadores da ordem jurídica nacional. São emanados das
normas constitucionais, o que gera alguns desdobramentos como: o princípio da supremacia da
Constituição Federal, o princípio da legalidade, o princípio da isonomia, dentre outros. Assim, a Cons-
tituição da República Federativa do Brasil de 1988 apresenta um conjunto de regras e princípios bási-
cos essenciais ao cidadão:

Princípio da Legalidade;

Princípio da Liberdade;

Princípio da Igualdade;

Princípio da Ampla Defesa;

Princípio da Isonomia;

Princípio do Contraditório;

Princípio da Simetria;

Princípio da Propocionalidade da Lei.

Além dos citados acima, existem uma série de outros princípios que fazem parte das demais áreas do
Direito.

Princípios Constitucionais nas Demais Áreas do Direito

Princípios do Direito Processual Civil

O direito civil é uma área do Direito formada por normas jurídicas que tem por objetivo regular a ação,
o processo e a jurisdição, a fim de criar um ambiente propício para o julgamento de determinados
conflitos sociais. Os princípios do Direito Processual Civil são:

Princípio da Inafastabilidade da jurisdição: ele está contido no inciso XXXV do artigo 5º da Constitui-
ção Federal. É também conhecido como princípio do Acesso à Justiça, e consiste que todos têm di-
reito à proteção jurídica do Estado, a partir dos conflitos ocorridos na vida em sociedade. Assim, se
aplica a inafastabilidade da jurisdição, o uso dos órgãos jurídicos competentes.

Mas essa tutela, presente na Constituição, deverá ser efetivada através da ação do interessado ou
por meio de conhecimento, no processo de execução ou asseguração.

Princípio do Juiz Natural: o princípio parte da descrição de um juiz natural ou constitucional, que é
outorgado pelo Poder Judiciário, com as garantias pessoais e institucionais da Constituição. Ele deve
agir sem finalidade de má-fé. Porém, nem todo juiz pode ser declarado natural, pois a Constituição
distingue a Justiça Comum, da Especial. O juiz natural é o que estuda os casos que merecem maior
atenção e aprofundamento. Os juízes especiais são aqueles intitulados pelo Superior Tribunal Fede-

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ral. O Senado também tem funções do Poder Judiciário. Julgam os processos do Presidente da Re-
pública e dos Juízes do STF, bem como das autoridades das Forças Armadas e etc. Esse princípio
encontra-se no artigo 52, nos incisos I e II.

Princípio do Contraditório e Ampla Defesa: o juiz deve ser imparcial mediante a toda e qualquer deci-
são judicial. Ele deve ouvir as duas partes. A partir disso, pode dar a oportunidade para que ambos
os lados possam apresentar suas razões ou provas. De forma igual, pode influir no veredito do juiz. A
Ampla Defesa está contida no Artigo 5º da Constituição, no inciso LV.

Princípio da Inadmissibilidade de Provas Ilícitas: o princípio das Provas Ilícitas, expressado também
no Artigo 5º da Constituição Federal, inciso LVI, torna inaceitável, em um processo, a obtenção de
formas que não são legais perante a lei. O Artigo 332 do Código do Processo Civil rege que: “Serão
admitidos todos os tipos de provas, desde que legais e moralmente legítimas”.

Princípio da Fundamentação das Decisões: esse princípio parte de que os processos devem estar
firmados em bases legais e sociais. A fundamentação é importante para saber a linha de raciocínio
seguida pelo magistrado ao chegar a uma conclusão.

O princípio ajuda no aconselhamento do juiz, caso ele tenha se perdido em alguma parte, devido a
uma possível indução ao erro. Esse processo não se resolve apenas por intermédio de ligação das
partes, mas pela valorização dos fatos e uma revisão antes do veredito. O princípio é encontrado no
artigo 93, IX da CF.

Princípio da Lealdade Processual: as partes julgadas devem se conduzir através do bom senso e
lealdade. E é autoridade do juiz, a repreensão de qualquer ato que vá de encontro com a Justiça.
Estão presentes no Código de Processo Civil, artigos 14, II, 16, 17 e 18.

Princípio da Economia Processual: princípio que anda juntamente com o da Instrumentalidade. O


primeiro - da Economia Processual - pronuncia que a máquina judiciária terá um esforço mínimo,
todavia uma larga eficácia, na atuação do direito em atividades processuais. O segundo – da Instru-
mentalidade – consiste no aproveitamento das ações processuais de forma que não prejudique o
interesse público ou qualquer outra parte.

Princípio da Celeridade Processual: o princípio da Celebridade Processual, presente no artigo 5º,


inciso LXXVIII da Constituição Federal diz que: os processos devem ser desenvolvidos em tempo
razoável, a fim de alcançar o resultado no final de sua demanda.

Princípio do Duplo Grau de Jurisdição: o direito de revisão a uma decisão judicial torna-se alcançável
por meio desse princípio. É permitido para que seja reduzida a probabilidade de um possível erro do
judiciário. Esse princípio está previsto no artigo 5º da Constituição Federal, inciso LV.

Princípios Tributários

Os princípios constitucionais do Direito Tributário estão previstos na Constituição Federal, sendo uma
ferramenta de defesa do cidadão que contribui com o sistema, em relação aos abusos do poder. As-
sim, existe o princípio da legalidade, da anterioridade, da irretroatividade, da igualdade ou isonomia
tributária, da vedação ao confisco, da liberdade de tráfego, dentre outros.

Princípios do Direito Administrativo

Outra forma de nos interessarmos por nossa legislação, é quando estamos aptos a prestar os tão
desejados concursos públicos. Para fazer as provas de concurso desse cunho, é necessário que se
saiba pelo menos alguns dos princípios da Constituição. É exigido, no mínimo, o L.I.M.P.E., sigla
significa o que deve ser de notório conhecimento, que são os princípios da administração pública: da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Princípios da Seguridade Social (Previdenciário)

Dentro do Direito Previdenciário, existem alguns princípios que norteiam essa área do Direto, são
eles: universalidade de atendimento ou subjetiva, universalidade de cobertura ou objetiva, diversidade
da base de financiamento, irredutibilidade do valor dos benefícios, dentre outros. Esses princípios
estão presentes nos artigos 194 e 195 da Constituição Federal Brasileira.

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Princípio do Direito Penal

Dentre os princípios mais importantes do Direito Penal estão irretroatividade da regra penal, reserva
legal, responsabilidade pessoal e presunção de inocência.

Organização do Estado e separação de poderes

Organização do Estado – Noções introdutórias

Havia o modelo unitário (organização política centrado em um único foco, um único poder) e o confe-
derativo (tinha uma característica típica do modelo federativo, mais de um ente político, com uma
coordenação extremamente limitada para fins militares ou comercias.)

A federação é o meio termo, terá uma maior coordenação, geral, para diversos temas, que se asse-
melha ao modelo unitário, respeitando, entretanto, a autonomia dos entes que integram a federação.
Surge portanto, num momento histórico, que precisa criar algo semelhante ao estado unitário, mas
acontecia que as confederações fortes não iriam aceitar esse estado unitário, com isso, cria-se uma
terceira via, o federalismo.

Tipologias

Confederação

Os estados unitários poderiam se associar por meio de um tratado e formar uma confederação. Vá-
rios estados (polos de poder) reunidos. Otan, OMC.

Cada Estado era um pais autônomo, após a independência, cada colônia era independente, com isso
a Confederação não tinha renda própria, restando dependente dos Estados independentes.

Síntese

Formado por dois ou mais entes

Não há divisão entre entes autônomos e soberanos visto que as unidades constituintes são todas
soberanas.

É permitido a secessão.

Natureza da união entre os entes: precária e especifica, os motivos são usualmente militares ou co-
merciais.

A confederação não detém de renda própria, depende dos estados independentes.

Havia relação de subordinação, a entidade central da Confederação está subordinada à vontade dos
Estados independentes.

Unitário

A Convenção de Filadélfia de 1787, responsável pelo surgimento dos Estados Unidos da América,
havia apenas uma forma de organização do Estado, o Estado Unitário.

Denomina-se Estado unitário a organização política em que o centro do poder encontra-se situação
em um único ente, responsável por organizar e governar certo espaço territorial. É caracterizado por
um governo central, sendo que todas as entidades inferiores se encontram dependentes da vontade
central, não havendo divisões de poderes. Ex: França – quem governa é o primeiro ministro.

Embora a principal característica do Estado Unitário seja a concentração do Poder nas mãos de um
único órgão, não é impossível que o Estado Unitário adote divisões internas, com o propósito de oti-
mizar a administração do Estado. Tais divisões são chamadas de divisões administrativas. Mesmo
com essa possível divisão, os entes estarão sempre subordinados ao poder central.

Estabelece-se uma identidade forte entre o Estado Unitário e o monárquico, e que prevalece até o
séc. XVIII.

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A tendência, portanto, de concentrar inteiramente o poder nas mãos de um ente, tem-se uma unidade
cultural.

Jean Bodin: “Se você não é o poder central você não é autoridade”. - Modelo absolutista

Síntese:

Um ente concentrando o Poder, mas podendo haver divisão meramente administrativa a fim de otimi-
zar a administração.

Não há divisão entre entes autônomos e soberanos pelo fato de ser composto apenas por um ente
soberano.

Existente relação de subordinação: as divisões administrativas são subordinadas.

Federativo

“Modelo de organização de estado que importa em mais um ente ou organização política, cada qual
com competência privativa e compartilhada”

O estado Federal surge tão apenas no séc. XVIII, sendo fruto da iventividade norte-americana. O
Estado Federal, quando da sua criação, se aproximava do modelo unitário (no qual existia um centro
de poder) de Estado, mas, a diferença, porém, estava no rótulo, ou seja, buscava apartar das antigas
instituições monarquistas.

Ainda que haja presença, em ambos de um centro de Poder, o primeiro convive com demais fontes
de poder (Estado Federal), respeitando a autonomia das unidades constituintes, enquanto o ultimo
não.

Há divisão entre polos de poder. No estado federado, há dois ou mais entes autônomos capazes de
se auto-organizar e auto-governar, e dos quais emanam normas jurídicas que haverão de coexistir.
Esses entes aderem a um pacto, sem qualquer hierarquia entre estas, criando uma entidade central
(quem manda é o representante dos entes federativos), que corporifica o vínculo federativo.

Há vários governos dentro de um Estado Central, mas todos os seus componentes se encontram no
mesmo patamar hierárquico, não havendo qualquer distinção.

No Estado Federal tem-se competências privativas e competências compartilhadas. As competências


são determinadas pela sua complexidade.

Competência privativa: Competência privativa é aquela que se restringe a um ente especial.

São estabelecidas regras para regular a convivência entre os entes federativos.

1. União estabelece normas gerais.

2. Estados e municípios estabelecem normais especial.

3. Estado ou município pode estabelecer norma geral se inexistente norma geral da União.

4. Regra da superviniência: Suspensão norma geral estadual. Suspensão por que não há a retroação
dos efeitos.

Competência compartilhada: Competência compartilhada é aquela exercida por todos os entes fede-
rativos, ou seja, pela União, Estados e Municípios e DF.

Temos duas tipologias:

Competência compartilhada comum: são as competências administrativas. Ex: cuidar da saúde, edu-
cação.

Competência compartilhada concorrente: exercida no âmbito legislativo.

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Vantagens do Federalismo

Eficiência econômica: Tem-se a unificação da moeda.

Especialidade: Seria um modelo mais eficiente por que o governante local que iria governar, sendo
possível conhecer os problemas da localidade.

Concorrência: “Guerra fiscal” – Tem-se o melhoramento de um produto visto a presença da concor-


rência (principalmente no âmbito da tributação). O outro, ao ver que alguém melhorou a tributação,
começa a abaixar também, tendo a concorrência.

Ex: SP e Barueri. Barueri abaixou o IPVA (tributação) para chamar pessoas a morarem lá.

Experimentalismo federativo: Todas as comunidades políticas tem problemas que são de alguma
maneira, semelhantes, ex: proteção ao patrimônio, o dono deixa cair o patrimônio por que não se
pode mexer e nem vender, pela lei municipal dizendo que é patrimônio cultural, como na Av. Paulis-
ta./ O município de Curitiba inovou, o particular desapropriava, a propriedade era do município, e o
particular podia usar parte do terrenos; os outros fizeram o mimetismo).

Pluralismo:Com relação a religião, culturas, diversidade, étnica. No modelo unitário não tinha abertu-
ra, no federalismo, tem-se identidade cultural.

Exemplo no Brasil: Rio Grande do Sul se aproxima mais ao argentino, então, o modelo federativo
permitiria a convivência de diferenças.

Ex 2: A Baviera, pelo modelo federativo, permitia que mantinha sua identidade à Alemanha.

Legitimidade democrática: No modelo federativo, nossos canais de controle democrático são mais
amplos e variados, não é tão restrito.

A prestação de contas é mais próximo do governado, ou seja, a distancia entre o governado e o go-
vernante é menor. Quando o governado se sente insatisfeito com essa política, é mais “fácil” para ele
ir reclamar ao governante. O governante deve governar com transparência e o cidadão deve ter
acesso a isso. (Accontability) à Críticas:

Problema internacional:Quem firma tratados é a União, que firmara pactos que determina que o esta-
do deve ter cuidado com os presos, por exemplo. É denunciado aos organismos internacionais as
situações extremas das prisões, e a União dirá, por exemplo, que não detém de capital.

Ex: Os estados tem a responsabilidade de controlar o sistema carcerários, enquanto a União é res-
ponsável pelos direitos humanos e o modo como as pessoas são tratadas na prisão. Como a União
tem essa responsabilidade, na hora de averiguar como está sendo mantido o sistema carcerário, a
União cobrará o pais, mas, o verdadeiro responsável é o estado. Dessa forma, o próprio pais tem que
cobrar o estado.

O Brasil é representado no plano internacional pela União. A União firma tratados internacionais.

Ex: Tratamento dos presos – Quem detém da responsabilidade de controlar o sistema carcerário no
Brasil é o Estado membro, que por sinal, prende o criminoso em péssimas condições, desrespeitando
direitos humanos dos presos, pela OEA. Comissões no estado do espírito santo, vinculada a justiça
estadual, esse mutirão chegou

Competição predatória: A vantagem é que os entes federativos poderiam competir entre si, ex: gran-
de empresa no Brasil que ira comprar o melhor estado para se instalar. A agencia “Desenvolve SP” é
responsável por trazer investimento ao estado de São Paulo. A agencia, manda um representante
seu, para a delegação chinesa, para investir em SP, sem burocracias, abrirá em 2 dias, sendo que a
regra é em 1 ano.

O chinês pergunta sobre o tributo, a agencia diz que tem isenção de 20 anos para o ICMS. O chinês
vai ate o Estado da Bahia, o governador lá, proposta de 30 anos sem isenção, enquanto SP dava 20.
E fica nessa historia de cada um oferecer uma proposta melhor que os outros, os entes federativos

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começam a competir entre si e provavelmente esse dinheiro da isenção, sairá da saúde ou da educa-
ção.

Desigualdade Regional e Social:O modelo federativo permite o pluralismo, tendo identidade cultural.
Mas tem estados com isso, que tem identidades extremamente controladoras, podendo sofrer, por-
tanto, preconceito.

O pluralismo pode ser regional, mas localmente, pode virar preconceito. Minorias dentro de estados
ou regiões com identidade cultural podem sofrer preconceitos ou perseguições.

Ex:. Mato grosso. Áreas com plantação de soja em locais que os índios vivem.

Como se combate o preconceito? Por exemplo, as terras indígenas são de competência da União, foi
tirado dos Estados membros, pois culminavam o preconceito. A União com isso, toma como compe-
tência.

Oligarquias: Se tem a venda ao modelo federativo, com essas críticas, como é possível vender o
modelo ainda assim? R: O modelo descentralizado pode gerar essas séries de problemas, mas a
ideia é diminuir esses problemas. Há um elemento mínimo, a ideia de existir mais de um ente federa-
tivo, com competências privadas e compartilhadas (modelo federativo), e vai se promovendo ajustes.
Por exemplo: Os EUA é um modelo mais descentralizado, o modelo brasileiro mais centralizado. Ex:
diminuiu a competência do estado e aumenta a competência da União, ou ao contrário.

Nos EUA, os entes federativos arrecadam muito mais. No Brasil, quem arrecada mais é a União, não
os entes federativos. (Ex: se o imposto de renda ficasse no estado de SP, poderíamos ter um padrão
de estado europeu). A União manda para o estado do norte, nordeste, para ser feitos ajustes.

Síntese

- Dois ou mais entes

- Há divisão entre entes autônomos e soberanos: O Estado Federal é soberano e as unidades consti-
tuintes são autônomas. (Capacidade de autodeterminação dento do círculo de competência traçado
pelo poder soberano).

- Não há secessão. Art. 1 CF. Tendo como natureza a união entre os entes permanente e geral.

- O Estado Federal possui renda própria.

- Não existe relação de subordinação, as unidades constituintes ocupam o mesmo patamar hierárqui-
co.

- Tendencia de pluralismo cultural.

- Modelo de organização dentro de uma comunidade política que implica uma distribuição de compe-
tências privadas (selfrules) combinadas com competências compartilhadas (sharerules).

- Organização política distribuido por mais de um polo.

Comparações – Estado Federal e Confederação

O Estado Federal e a Confederação apresentavam um significado idêntico, a saber, uma entidade


formada por um pacto, uma aliança, entre Estados independentes. Porém, em 1787, consolida-se o
Estado Federal, como algo distinto da Confederação.

Dalmo Dallari – 1. Os cidadãos dos entes constituintes da Federação perdem a sua nacionalidade
prévia, passando a ser nacional do Estado Federal.

2. A base jurídica de um Estado Federal é a Constituição, enquanto a Confederação é um tratado.

3. Na Federação não há o direito de secessão, ao contrário que ocorre nas confederações. Ou seja,
os partícipes não podem se retirar.

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CF, art. 1º - “A Republica Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municí-
pios e do DF, constitui-se em Estado democrático de Direito.” (Essa corrente de não secessão é a
majoritária, porém há controvérsias).

Obs:. Dalmo Dallari: Modelos federativos são modelos que não admitem sucessões. Não tem razão.
Ex: Canadá – Modelo federativo - o Canadá por 3 oportunidades permitiu secessão de Quebec, parte
francesa da parte do Canadá. Fizeram um plebiscito para ver se Quebec se separaria ou não. Quan-
do o Canadá fez o plebiscito deixou de ser federação? NÃO.

4. Na Federação apenas o Estado Federal é soberano, enquanto as unidades constituintes são de-
tentores de autonomia e não de soberania. Ou seja, as unidades constituintes têm autonomia para
atuar dentro de parâmetros já definidos pelo Estado Federal, os quais não podem ser alterados pelas
próprias unidades constituintes.

Autonomia: Capacidade de autodeterminação dento do círculo de competência traçado pelo poder


soberano.

5. No Estado Federal as unidades constituintes franqueiam-se a competência para auferir renda pró-
pria, diferentemente da Confederação que não auferia renda própria, dependia dos estados indepen-
dentes.

Relações Ideológicas

Liberalismo – Modelos federativos (comparação)

Ter representações políticas que possam espelhar a autonomia dos grupos na sociedade.

Liberalismo político: maior liberdade nos partidos políticos.

Liberalismo econômico: Sem intervenção do estado, é defendido a autonomia do indivíduo. Invaria-


velmente é mais conservador. Ira criticar a bolsa família e vai ser favorável a redução da maioridade
penal, irá ser favorável ao endurecimento de penas.

Socialismo – Modelos unitários ou modelo federativo centralizado (comparação)

Neo- intervencionista: Lógica de precisar transformar a sociedade.

Âmbito político: Defende o menor número de partidos/atores políticos, visto o objetivo de precisar
transformar a sociedade. Com um numero maior isso dificultaria a gestão.

Âmbito econômico: Intervenção.

Como o modelo mais centralizado seria favorável a um liberal? Induzindo o estado a produzir políticas
mais eficiente ao espírito capitalismo.

Se há um modelo que favorece a guerra fiscal, a tendência é que o Estado arrecade menos, com
isso, irá ter menos cuidados com a população, portanto, os euferista (Wall fare state – política do
bem-estar e social) defenderam um sistema mais centralizado, podendo o Estado “cuidar” melhor dos
cidadãos.

Um liberal irá defender que os municípios tenham mais competência pelos Estados, pois há maior
gerencia de seus próprios produtos. O euferista defenderá, entretanto, que os tributos sejam gerenci-
ados pela União.

É perceptível que a ideologia, dependendo do partido político, ira ser defendida a centralização (eufe-
rista) ou a descentralização (liberal).

O FHC quando presidente era mais favorável a descentralização. O lula e a Dilma, a centralização. É
importante perceber que quem está no governo, terá distintas percepções sobre o mesmo fenômeno.
O Brasil, no modelo federativo, o mandato é de 4 em 4 anos, portanto, mudará a concepção.

Euferista: defende que só existe mensagens certas, ou seja, não sabem diferenciar uma brincadeira
de um assunto sério. Com isso, sendo o homem hipossuficiente, o estado deve filtrar, cuidar, prover.

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É importante perceber que no discurso político, como por ex, Aécio, é defensor da descentralização,
da defesa dos estados e municípios.

A doutrina tentou diferenciar os diversos tipos de federalismos com bases no liberalismo e social

Levam em conta a distribuição.

Federalismo dual:

Federalismo mais descentralizado, típico do modelo norte americano.

Dito dual porque são dois entes federativos, o governo central e os governos subnacionais, leia-se
estados membros.

Cada qual, supostamente, teria muito bem definidas suas competências privativas, ou seja, é muito
claro o que cada ente está responsável, qual é a sua competência exclusiva.

O Brasil não é o fual, pois não tem só dois tipos de entes, tem o governo central (União), os estados
membros e os municípios.

Federalismo de integração:

Lógica que os entes federativos integram algo maior, no sentido de fazer parte. O integralismo quer
conferir igualdade aos estados que não possuem o “mesmo peso”, como é o caso do Ceará e SP.

Para alcançar tal igualdade, é conferido maior poder à União que irá integrar os demais.

Regime militar.

“É um federalismo menos descentralizado. É um modelo federativo com protagonismo da União pois


ela quer que os demais se integrem.”

Federalismo de cooperação:

Essa tipologia vem pós 88, está mais próximo do federalismo de integração.

Muitos teóricos defendem que o Brasil adota hoje, pos CF de 88.

É preciso te rum modelo que garanta o mesmo protagonismo da União, mas não pode-se usar a
mesma nomenclatura que a ditadura militar usou (integração), com o discurso de que a União vai
promover a cooperação. A União coordena, mas não impõe, e ainda sim tem um protagonismo de
diretriz.

“Nos dois modelos, integração e cooperação, a União ou as competências compartilhadas tem o mai-
or protagonismo. Mas essa tipologia, de integração era utilizada pelos teóricos militares, com a CF de
88, irão propor um outro nome com a mesma ideia.

A união não vai impor aos demais entes federativos, ira criar mecanismos de cooperação, ou seja, os
demais entes irão ser convidados a participar da arena decisória. ” (A União coordena, mas não im-
põe, e ainda sim tem um protagonismo de diretriz).

Levam em conta a origem

Federalismo de agregação: Exemplo dos EUA, confederação formada por estados antes que eram
independentes.

Federalismo de desagregação: Unitário que vira federal.

Federalismo simétrico ou assimétrico

Simétrico: igualdade, entes federativos em pés de igualdade de riqueza. Federalismo de países ricos.

Assimétrico: desigualdade entre os países, caso do Brasil.

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Federalismo no Brasil

Histórico: Havia um modelo padrão, o federalismo dual, utilizado pelo Estados Unidos, no qual existi-
am dois entes federativos, a União e os Estados membros. Os municípios existiam, porém, como
entidades desorganizadas, criadas por lei complementar dos estados; não eram considerados ente
federativo.

O Brasil, diferentemente dos Estados Unidos, não havia identidade ética. No Brasil havia uma frag-
mentação ideológica muito grande. Com isso, a União passou a ser refém dos estados, co a Repúbli-
ca do Café com Leite.

Essa república era mantida por atos corruptos e governada pela força. Entretanto, deixou de ser efici-
ente, abrindo caminho para um novo governante: Getúlio Vargas.

Vargas estabelece um estado ditatorial (federalista só no nome). O Brasil passa então a viver a histo-
ria de seus governos ditatoriais.

A população perguntava-se por que o pais não “decolava”. O problema era associado as oligarquias
locais, sendo refém de GV ou dos militares.

Dilema que o Brasil sempre vive: ser uma democracia fraca, débil e momentânea ou ser uma ditadura
violenta, com oligarquias regionais?

Para a tentantiva de resolver o problema das oligarquias regionais, para enfrquecer os estados (atin-
gir as facções estaduais), é criada a figura do município. É estabelecido como ente federativo.

Novo cenário: União com muita competência, os municípios não, mas que para eles já eram muitas,
sobrando quase nada para os Estados.

Com a proclamação da República, institui-se no Brasil o modelo Federal, mediante a transformação


das antigas provinciais em Estados, posteriormente corroborada pela CF de 1891. Desde então, ado-
ta-se como forma de Estado o Estado Federal.

Art. 18. A organização político-admnistrativa da Republica Federativa do Brasil, compreende a União,


os Estado-membros, o Distrito Federal e os Municipios, todos autônomos, nos termos
da Constituição.

Inicia-se quebrando o poder do coronel do estado, facilitando o surgimento de novas instituições ca-
rismáticas, criando mecanismos de competição no próprio estado, ainda que sejam facções locais,
pois o objetivo era atingir as facções estaduais.

Uma das principais características do Estado Federal é o caráter autônomo dos entes federativos. É
papel da CF organizar a autonomia desses entes, com o propósito de evitar conflitos e desperdício de
esforços e recursos.

A reunião dos entes federativos é personificada pelo Estado Federal ou pela Republica Federativa do
Brasil. No modelo de federalismo brasileiro União, Estados-membros e Municípios estão em pé de
igualdade, soberanos a eles apenas o Estado Federal, que representa a reunião destes, ou também,
representa estes no âmbito internacional.

Como a União, os estados-membros, os municípios e o distrito federal encontram-se em pé de igual-


dade, não pode, por exemplo, a União interferir na autonomia do município. Cada ente federativo é
dotado de sua própria autonomia. Se um ente federativo intervir na autonomia de outro ente federati-
vo, essa intervenção violará a Constituição Federal; se dará a inconstitucionalidade no caso formal.

Inconstitucionalidade formal: violação ao processo de criação das normas, legislativo ou repartição de


competência.

Inconstitucionalidade material: é verificada quando, o conteúdo de uma espécie normativa, afronta


totalmente ou parcialmente, outro dispositivo constitucional, com mesmo tema.

Tem-se portanto que o Estado Federal representa o Estado brasileiro, composto pela União, Estados-
membros, Distrito Federal e municípios.

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Características dos entes federativos (União, estados membros, distrito federal e municípios, reunidos
pelo Estado Federal). – AAA

Autonomia política: Envolve a competência dos entes federativos tomarem decisões por meio de leis
próprias.

Autonomia administrativa: Maneira que o ente irá se organizar para cumprir o objetivo de tomar deci-
sões. (Ex: como prestar alguém serviço definido em lei).

Autonomia financeira/orçamentária: Diz respeito a definir o próprio orçamento; como será utilizado o
dinheiro.

§ Repartição de bens e competências

Um pais ou estado tem bens, sendo eles, os bens naturais como minerais, petróleo, rio, mares.
A Constituição Federal irá distribuir esses bens entre os entes federativos como também as compe-
tências administrativas e legislativas.

Cada ente individual pode ser estabelecido uma competência, a qual chamamos de privativa. As
competências gerais, comuns, são chamadas de compartilhadas.

UNIÃO – bens e competência

A União é pessoa jurídica de Direito Público, titular de direitos reais. Os bens da União estão arrola-
dos no art. 20 da CF.

A união, por expressa determinação constitucional, disciplina alguns dos ambitos do Direito Federal,
tutelando-o de certa maneira: A constituição do Brasil atribui à Unmiao a tarefa de disciplinar, por lei
federal, a utilização do governo do Distrito Federal, das policias civil e militar, bem como do corpo de
bombeiros militar e igualmente, o funcionamento do Poder Judiciario, do MP e da defensoria pública.

Em geral, bens da União:

1. Aqueles necessários a manutenção da soberania (relevante valor econômico): Petróleo, recursos


minerais e recursos hídricos com potencial de energia hidráulica.

2. Aqueles que façam parte da faixa de fronteira, ou que sejam de predominante interesse geral ou
nacional: Tais como lagos, rios e quais quer corrente de água, visando com isso, evitar qualquer con-
flito entre os Estados.

3. Os bens naturais, culturais e históricos.

Os bens mais “suculentos” ficarão sob o domínio da União pois é ela protagonista para promover a
igualdade.

Economico/igualdade: os recursos naturais da plataforma continental e a ZZE.

Pluralismo: as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

Patrimônio cultural: as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré históricos.

Competências administrativas – Art. 21 – CF: O constituinte atribuiu a União aquelas competências


referentes à soberania nacional ou condizentes com o preponderante interesse geral ou nacional: Ex:
Declarar guerra e paz; manter relações internacionais com Estados estrangeiros e participar de orga-
nizações internacionais; assegurar a defesa nacional; emitir moedas.

Competência legislativa – Art. 22 - CF: A União exerce sua competência legislativa por meio do Con-
gresso Nacional (Câmara dos Deputados e o Senado Federal).

Parágrafo único: Os Estados-membros e o Distrito Federal somente poderão legislar sobre os temas
afeitos à competência legislativa privativa da Uni ão caso os delegue tal faculdade, expressamente
por Lei complementar.

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

à União e território

O artigo 18 da CF, em seu § 2º, dispõe que os territórios Federais integram a União.

“§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegra-


ção ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.”

Território: descentralização político-administrativa da própria União.

Obs:.

- O primeiro território brasileiro foi o Acre, em 1903 mediante o tratado de Petrópolis.

- A CF de 88 extinguiu os territórios de Roraima e Amapá, transformados em Estados, enquanto o


território de Fernando de Noronha foi incorporado ao Estado de Pernambuco.

- Hoje não existem mais territórios no Brasil.

- Os territórios eram regulados por lei complementar, de acordo com a designação da CF.

à União e as Regiões de Desenvolvimento

São criadas regiões, coplexos sociais a fim de reduzir as desigualdades regionais, um dos objetivos
fundamentais da República. Essas organizações são meramente administrativas, limitando-se a ges-
tão de serviços e interesses públicos federais.

ESTADOS- MEMBROS – bens e competência

O estado-membro afigura-se como ente detentor de capacidade de auto-organização, auto-governo e


auto-administração, podendo estabelecer suas próprias Constituições Estaduais. Isto quer dizer que o
Estado-membro independe de qualquer chancela por parte da União ou de qualquer ente central, no
que diz respeito à gestão de suas próprias atividades.

Poder executivo: governador do estado

Poder legislativo: assembleia legislativa

Poder judiciário: justiça estadual

Auto-organização: Capacidade que cada Estado possui para criar suas próprias Constuituições Esta-
duais. Essas constituições irão organizar os Estados.

Entretanto, a Constituição Estadual tem seu limite fixado ao Poder Constituinte Originário, no caso a
CF de 1988.

Portanto as constituições estaduais hão de prever, em seus dispositivos, a forma republicana, o sis-
tema representativo, regras referentes à publicidade da administração pública, bem como respeitar o
rol de direitos fundamentais da CF, não tolher a autonomia municipal e repassar receitas ao serviço
de educação e saúde, nos termos ditados pela CF.

Art. 34, CF – Chamados de princípios sensíveis que devem ser observados. Esse artigo diz respeito
que a União como regra não irá interferir nos Estados-membros e no Distrito Federal (deve-se respei-
tar a autonomia de cada ente), exceto em algumas situações que é prevista a exceção, não consti-
tuindo portanto, inconstitucionalidade formal.

Exceções:

A-) forma republicana, sistema representativo e regime democrático

B-) Direitos da pessoa humana

C-) Autonomia municipal

D-) Prestação de contas da administração pública, direta e indireta.

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

A CF admite que a composição atual dos Estados-membros seja alterada. Os 26 Estados-membros


podem sofrer redução numérica, mediante a incorporação de um Estado a outro ou acréscimo. Para
tais mudanças, é dada por meio de plebiscito, à aprovação do Congresso Nacional (Câmara dos De-
putados e o Senado Federal), que será vinculada a lei complementar.

Art. 18 § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexa-
rem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

A CF exige ainda, a manifestação da Assembleia Legislativa.

Procedimento para formação do Estado

Aprovação da pop. Local por plebiscito à aprovação da AL envolvida à Aprovação do CN por meio de
lei complementar.

Hipóteses: Aprovação popular e pela AL: poderá ainda assim o CN rejeitar a formação do novo Esta-
do.

Negativa popular ou da AL: não haverá ocorrência da fase subsequente.

Bens do estado

O art. 26 da CF determina que são bens do Estado (I) as águas superficiais ou subterrâneas em seu
território, (II) as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem em seu domínio, ressalvada as
sob domínio da União, municípios ou terceiros; (III) as ilhas fluviais ou lacustres não pertencentes à
União e (IV) as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

Competência administrativa: compete ao Estado explorar os serviços locais de gás canalizado – Art
, 25, § 2º, CF.

Competência administrativa privativa: O estado tem que promover a segurança pública, promovida
pela secretaria de segurança pública isso é competência administrativa privativa dos estados.

Metro: competência do estado por que é o primeiro metro do Brasil, na década de 70 ainda não exis-
tiam os municípios, por isso, quem detém dessa competência é o estado.

Agua e esgoto: Era do estado por que não existia o município. Quem tinha o mínimo de saneamento
básico era o estado de SP.

Com a nova CF, vem a lógica do interesse local, “crescem o olho dos municípios”, que pegariam o
serviço pronto e só cobrariam taxas, sem gastos. Há uma briga entre a SABESP e os municípios, que
vai durar 10 anos.

Nos tribunais, quem ganha sãos os municípios, tendo compentencia para água e esgoto agora. Os
municípios, entretanto, não perceberam que a Sabesp apenas cuidava de água, não tinha o serviço
da coleta de esgoto.

O MP entra com a ação civil pública, obrigando o serviço de coleta de esgoto e a devolução dos valo-
res cobrados indevidamente. Os municípios, mantiveram o sistema de água e muitos celebraram
contrato com a própria sabesb. Entao hoje, água e esgoto é competência dos municípios.

Rodovias: Rodovias que nascem e morrem dentro dos estados são estaduais.

Atribuiu-se assim, COMPETÊNCIA RESIDUAL aos Estados, que implica dizer que tudo aquilo que
não for reservado á União e aos Municípios, será de competência dos entes estaduais.

Estados e Regiões Metropolitanas

Através de lei complementar e autorização consensual dos Municípios envolvidos, os Estados tem a
faculdade de instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões. A criação des-
tas formas de organização tem como propósito facilitar a elaboração e execução de funções públicas
de interesse comum.

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Para os autores que defendem a distinção entre:

Região metropolitana: há sempre um município mais importante, cunhado como cidade polo.

Microrregião: Não há um município predominante, de forma que os municípios que a compõe são
relativamente semelhantes em termos econômicos e sociais. A cidade sede será definida por lei
complementar.

Aglomerados urbanos: não há cidade sede ou cidade polo, havendo tão somente uma continuidade
espacial entre os municípios.

MUNICÍPIOS – bens e competência

Será apenas na CF de 1988 que se pacificará a questão do município tornar-se um ente federativo.

Embora seja relativamente pacífica atualmente, a aceitação do status jurídico de entidades autôno-
mas, por parte dos Municípios, é pertinente a crítica ao afirmar que a enraizada desigualdade no Bra-
sil afeta a autonomia local e os recursos locais, bem como a capacidade das municipalidades em
implementar políticas públicas.

Assim como ocorre com os Estados, os municípios detêm capacidade de autogoverno e auto-
organização, possuindo seu próprio Poder excecutivo e Poder legislativo. Cada Município pode se
organizar por meio das suas respectivas leis orgânicas, que são fruto do Poder Constituinte Derivado
Decorrente, sendo portanto, uma Constituição Municipal.

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de
dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendi-
dos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguin-
tes preceitos...

A lei orgânica municipal enfrenta também limites. Há que respeitar a CF e os princípios da Constitui-
ção Estadual do Estado em que esteja situado.

Competência privativa do município: Poderá lesgilar sobre assuntos de interesse local. –


Art. 30, I, CF.

Competência administrativa privativa:

- Pode o município criar, organizar e suprimir distritos – Art. 30, IV, CF.

- Organizar e prestar serviços públicos de interesse local, a saber o transporte coletivo.

- Promover o adequado ordenamento territorial.

Formação de municípios: CF/88: Consulta a população dos municípios envolvidos e a divulgação dos
estudos de viabilidade municipal, mediante plebiscito, após essa etapa, se dará por lei estadual, den-
tro do período determinado por lei complementar federal.

Publicação dos estudos de viabilidade municipal è Realização do plebiscito è Promulgação da lei


estadual è dentro do período determinado por lei complementar federal.

Antes: Exigia-se somente lei estadual e não complementar federal, dependendo-se ainda da consulta
prévia, mediante plebiscito:

Publicação dos estudos de viabilidade municipal è Realização do plebiscito è Promulgação da lei


Estadual.

Exigir a lei complementar federal para a formação de municípios tornou-se uma maneira muito mais
dificultosa para viabilizar essa formação.

A partir desta alteração, as principais tentativas de criação de novos municípios restaram-se impedi-
das, de forma que toda lei estadual autorizadora de alteração municipal foi declarada inconstitucional,
tendo em vista a ausência da lei complementar federal necessária.

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Solução para não serem consideradas inconstitucionais os municípios que foram criados com a temá-
tica anterior (sem a necessidade de lei complementar federal): Emenda Constitucional – Ec
nº 57/08, que acrescentou ao ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) o art. 96.

"Art. 96. Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municí-
pios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos
na legislação do respectivo Estado à época de sua criação”

Distrito Federal

A CF de 1988, elenca expressamente, em seus artigos 1º e 18º, o Distrito Federal como ente federa-
tivo, detentor, portanto, de autonomia (art. 32 da CB).

É reconhecido como ente federativo autônomo principalmente para assegurar o espaço físico a Uni-
ão, um aspecto de segurança nacional – aspecto de geopolítica.

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em
dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa,
que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.

É no distrito Federal que está situada a Capital Federal. (Art. § 1º Brasília é a Capital Federal).

Pode o Distrito Federal exercer as mesmas competências legislativas detidas pelos Estados e pelos
Municipios, e igualmente as administrativas. (Art. 32, § 1º CF)

§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Muni-
cípiosà Desta maneira, o Distrito Federal tem competencia para legislar sobre matérias de interesse
local, competência tipicamente municipal, como a competência residual, característica dos Estados.

José Afonso da Silva classifica o Distrito Federal como uma “unidade federada com autonomia parci-
almente tutelada”, em razão da sua submissão, em alguns aspectos, à União. Ex: ao contrário dos
Estados, o Distrito Federal não possui própria polícia civil, militar, corpo de bombeiro; tão pouco pode-
rá o Distrito Federal disciplinar o funcionamento do Poder Judiciário, do MP e da Defensoria Pública.
Tais tarefas foram atribuídas a União. Outra distinção em relação aos Estados, reside na impossibili-
dade de este se dividir em municípios.

Vai ser ao mesmo tempo estado e município. Ente federativo hibrido, mas ao mesmo tempo, tem
menor autonomia que os estados e municípios, sendo tutelado pela União. Não pode ser considerado
estado pois não pode se dividir em municípios. Dentro do Distrito Federal tem-se as chamadas cida-
des satélites.

Competências Privativas e Compartilhadas do Estado Federal

Competencia privativa: A união, os municípios, o distrito federal e os estados-membros, possuem,


todos, competências privativas, que somente poderão ser exercidas por cada um deles.

Como regra geral, a União não irá interferir nos Estados-membros ou no Distrito Federal, respeitando
suas autonomias, mas, essa regra comporta exceção, quando:

A-) forma republicana, sistema representativo e regime democrático

B-) Direitos da pessoa humana

C-) Autonomia municipal

D-) Prestação de contas da administração pública, direta e indireta.

Nessas hipóteses, não se derá a inconstitucionalidade formal.

Competência compartilhadas: são competências comuns aos entes federativos, com o objetivo de dar
maior eficiência no cumprimento dos objetivos constitucionais e ainda promover um maior grau de
colaboração entre os entes federativos.

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Divide-se em

1. Competencia administrativa comum: No art. 23, foram atribuídas competências adiministrativas


comuns à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para zelar por uma série de bens
ou instituições reputadas centrais para o Estado brasileiro.

Ex: Zelar pela guarda da CF, da ordem jurídica e das instituições democráticas; cuidar da saúde e da
educação; proteger e promover a cultura; preservar o meio ambiente.

Se a esfera de atuação é bem delineada, é traçada pela CF. Por outro lado, se não entra em minú-
cias, remete à lei complementar a tarefa de disciplinar a maneira pela qual a atuação colaborativa dos
entes federativos se efetivará.

2. Competência legislativa concorrente: É exercida no âmbito legislativo.

O Art. 24 da CF estabelece que cabe à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar. Entretanto,
cabe a União editar normas gerais, enquanto aos Estados-membros e ao Distrito Federal, editar nor-
mas específicas.

A CF admite que o Estado e o Distrito Federal editem normas gerais em uma única hipótese restrita:
quando inexistir lei federal estabelecendo tais normas gerais.

Art. 24, § 3º, CF: “Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender suas peculiaridades”.

Caso, porém, a União edite, posteriormente, lei federal contendo normas gerais de uma dada matéria
de competência concorrente, a lei estadual ou distrital terá sua eficácia suspensa naquilo que for con-
trária à lei federal.

3. Competencia legislativa suplementar: O município somente poderá suplementar a legislação fede-


ral e estadual, desde que isso seja necessário ao interesse local.

Princípio da simetria ou paralelismo de formas

Na ciência do Direito, em especial no Direito Constitucional, o principio ou critério da simetria é em-


pregado “para designar a obrigação do constituinte estadual e municipal de seguir fielmente as op-
ções de organização e de relacionamento entre os poderes acolhidos pelo constituinte federal.

Ou seja, a Constituição Federal estabelecerá os parâmetros norteadores da composição normativa


da Constituição Estadual ou da Lei Orgânica Municipal. Se houver assimetria entre ambas, a parte
destonante da Constituição Estadual ou da Lei Orgânica Municipal, será declarada inconstitucional.

O fato de haver esta sujeição à CF não ameaça a autonomia dos Estados, porquanto, dentro dos
parâmetros de competência estabelecidos pela CF, o Estado-membro é soberano.

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