Águas Subterrâneas
A água circula na Natureza ora constituindo
diferentes reservatórios no meio abiótico, como
oceanos, rios e glaciares, ora fazendo parte dos
seres vivos.
O contínuo e interminável movimento da água
no nosso planeta constitui o ciclo hidrológico. As
águas subterrâneas integram a componente que
não é diretamente observada pelo ser humano e
também a mais lenta do ciclo hidrológico.
A Hidrologia é a ciência que estuda a ocorrência
e distribuição, o movimento e os fenómenos
físicos e químicos de toda a água existente no
planeta e da sua relação com o ambiente. Um
dos ramos da hidrologia é a hidrogeologia, que
tem como objetivo o estudo do armazenamento,
circulação e distribuição das águas nas
formações geológicas, tendo em consideração as
suas propriedades físicas e químicas, as suas
interações com o meio abiótico e biológico e as
suas respostas às ações de natureza antrópica,.
Reservatórios de Água Subterrânea
As rochas podem funcionar como reservatório
de água, armazenando maiores ou menores
quantidades deste liquido consoante as suas
caraterísticas. Através de técnicas apropriadas,
pode ter-se acesso à água que circula
subterraneamente.
Denomina-se aquífero uma formação geológica
que permite a circulação e o armazenamento de
água nos seus espaços vazios, possibilitando
geralmente o aproveitamento desse liquido pelo
ser humano de forma economicamente rentável
e sem impactes ambientais negativos.
As águas subterrâneas podem ser armazenadas
em dois tipos de aquíferos:
Aquífero livre – formação geológica que permite
o armazenamento e a circulação de água nos
espaços vazios dos materiais que a constituem.
Neste tipo de aquíferos existe uma superfície em
que a água está em contacto direto com o ar, ou
seja, à pressão atmosférica. A zona que contribui
para a realimentação do aquífero denomina-se Aquífero confinado ou cativo – formação
zona de recarga. É através desta zona que ocorre geológica onde a água se acumula e movimenta,
a infiltração da água. Neste tipo de aquífero a estando limitada no topo e na base por materiais
zona de recarga corresponde às camadas geológicos impermeáveis. Nos aquíferos cativos
superficiais, o que não só facilita a sua a pressão da água é superior à atmosférica. A
exploração e recarga como também a sua recarga é efetuada lateralmente, não sendo
contaminação. realizada através das camadas suprajacentes à
No caso de um aquífero livre, durante o seu formação onde a água subterrânea é
percurso descendente a água atravessa diversas armazenada e circula, como acontece nos
zonas com caraterísticas específicas. aquíferos livres.
A captação das águas subterrâneas nos dois
tipos de aquíferos pode ser efetuada através de
furos (captações) realizados por empresas
especializadas em hidrogeologia.
Quando a captação ocorre num aquífero cativo,
uma vez que a água se encontra a uma pressão
superior à atmosférica, a água subirá até à cota
correspondente ao nível hidrostático. Uma
Num aquífero livre, o nível máximo que a água
captação nestas condições designa-se por
atinge num local num dado momento é
captação artesiana. Se a captação é feita num
designado por nível freático (nível hidrostático).
local onde o nível hidrostático ultrapassa o nível
Num furo que atravesse, total ou parcialmente,
topográfico a água extravasa naturalmente a
um aquífero livre, o nível da água ou nível
boca da captação não sendo necessário qualquer
freático coincidirá com o limite superior do
sistema de bombagem. Neste caso a captação
aquífero, uma vez que a água está à mesma
designa-se captação artesiana repuxante.
pressão que a atmosférica.
A zona que se situa imediatamente abaixo da
superfície topográfica e acima do nível freático
designa-se por zona de aeração. Nesta zona, os
espaços vazios entre as partículas estão
parcialmente preenchidos por gases
(essencialmente ar e vapor de água) e por água.
A água contida nesta zona pode ser utilizada
pelas raízes das plantas ou contribuir para o
aumento das reservas de água subterrâneas.
A zona de saturação que apresenta na base uma
camada impermeável pode ser constituída por
diferentes níveis ou camadas de solo ou
Parâmetros característicos dos aquíferos
formações rochosas, onde todos os espaços
Em hidrogeologia, é muito importante
vazios ou fraturas existentes estão
quantificar a capacidade de um aquífero para
completamente preenchidos por água. O limite
armazenar água e a determinação da viabilidade
superior desta zona é o nível freático.
da sua extração, pelo que se torna necessário
utilizar diversos parâmetros, como a porosidade
e a permeabilidade.
A porosidade é um parâmetro que quantifica o
volume máximo de água que um dado material
pode comportar e que corresponde à sua
saturação. A porosidade (N) define-se como a
relação, normalmente apresentada em
percentagem, entre o volume de vazios (V v) e o
volume total da amostra (Vt).
areias e argilas pode atingir os 30 a 40 % (em
rochas sedimentares muito compactadas como
certo tipo de calcários a porosidade pode ser
inferior a 3%);
Parâmetros característicos dos aquíferos
A porosidade depende quer do tamanho quer da
forma dos grãos, bem como do grau de
compactação do material geológico. Quanto
menos compactada for a rocha maior será o
espaço entre os vários Composição química das
água subterrâneas
As águas subterrâneas apresentam
características muito próprias e que se
relacionam com o contexto geológico da região
onde são captadas. Estas águas nunca são puras,
mas soluções, em regra, muito diluídas, de
numerosas substâncias. De facto, as águas
subterrâneas variam muito de local para local,
como é facilmente comprovado através da
degustação de vários tipos de água provenientes
de diferentes regiões.
Em Portugal, de acordo com a legislação, as
águas subterrâneas destinadas ao consumo
Material Coeficiente de Porosidade (%)
Geológico permeabilidade
(m/dia)
Aluvião 200 20
Arenito 2 10
Basalto 0,05 5
Calcário 50 3
Granito 0,02 0,5
Tufo vulcânico 0,01 10
Xisto 0,02 1
humano podem ser classificadas como águas
minerais naturais e águas de nascente.
Consoante o material geológico a porosidade é Composição química das água subterrâneas
muito variável: Outro parâmetro igualmente importante na
- Rochas Metamórifcas – porosidade < 3 %; caracterização da água é a sua dureza. Esta
- Rochas Magmáticas – porosidade < 3 %; propriedade da água reflete o teu teor global em
- Rochas Sedimentares – porosidade em iões alcalino-terrosos, essencialmente de cálcio e
magnésio. A dureza da água é, geralmente,
expressa em mg/l de CaCO3.
De uma forma prática, pode verificar-se que uma
água é dura quando necessita de quantidades
- Casos especiais – porosidade pode atingir os 60 consideráveis de sabão para produzir espuma.
%. As águas duram ocasionam alguns problemas,
O parâmetro que avalia a capacidade de uma vez que devido ao calor tendem a formar-se
movimentação da água num dado aquífero incrustações de carbonatos, o que pode levar à
designa-se por permeabilidade. Esta pode ser destruição de caldeiras e de outros aparelhos.
definida como a propriedade que um dado
material geológico apresenta em se deixar
atravessar pela água.
A qualidade de uma captação depende quer da
porosidade, quer da permeabilidade do
respetivo aquífero.
Parâmetros característicos dos aquíferos
As formações geológicas com alta porosidade e
alta permeabilidade constituem bons aquíferos.
Uma formação rochosa com alta porosidade,
mas baixa permeabilidade, pode conter uma GESTÃO SUSTENTÁVEL DAS ÁGUAS
elevada quantidade de água, mas como esta flui SUBTERRÂNEAS
muito lentamente torna-se difícil bombeá-la Uma das questões vitais que se enfrenta no
desse local. As formações argilosas são porosas, início do século XXI é a de procurar encontrar
no entanto apresentam poros com reduzidas uma gestão sustentável dos recursos naturais e
dimensões e semifechados, pelo que estes em especial das águas subterrâneas.
materiais apresentam reduzida permeabilidade.
As atividades antrópicas podem introduzir de as gerações futuras virem a satisfazer as suas
impactes negativos muito diversificados e próprias.
significativos na composição das águas
subterrâneas. Por exemplo, a extração de água ESTABILIZAÇÃO DE SOLOS MOLES
subterrânea de forma não controlada nos Em decorrência da expansão urbana e a
aquíferos costeiros pode levar à sua degradação. necessidade de grandes áreas para
A extração de água doce nestes sistemas pode complexos industriais tem ocorrido um
provocar a entrada de água salgada no aquífero “avanço” para áreas de mangues, brejos e
tornando-o, deste modo, impróprio para o outras localidades “marginalizadas”, ou
fornecimento de água às populações. antes, “desprezadas”, por “n” fatores e um
deles são os solos moles.
A ocorrência de solos moles está sempre
associada à presença de água, áreas baixas
(cota) e
mal drenadas (plana) e lençol freático junto
à superfície
Entende-se por solos moles os solos
sedimentares de baixa resistência à
penetração (SPT < 5), cuja principal
característica é a alta compressibilidade.
São em geral argilas moles ou areias
argilosas fofas, de deposição recente. O
número de solos argilosos com essas
características é superior.
A rejeição de efluentes industriais e domésticos Solo N-SPT
e as atividades agrícolas podem causar a
<4
degradação da qualidade da água subterrânea.
5-8 Pouco compacta
Também a deposição de resíduos sólidos
urbanos em aterros sanitários origina materiais Areia e silte arenoso 9-18 Medianamente compacta
lixiviantes altamente nocivos, que no caso de 19-40
atingirem um aquífero podem contaminar de > 40 Muito compacta
forma irreversível a qualidade das águas. <2
Após a poluição de um aquífero, a sua 3-5
recuperação é praticamente impossível, pois o
Argila e silte argiloso 6-10
tempo necessário e os custos envolvidos numa
11-19
eventual recuperação são tidos como
>19
incomportáveis.
Consistência e resistência das
Uma exploração sustentada dos recursos argilas em função da compressão
geológicos tem de estar enquadrada num simples. Das,1985
modelo global de desenvolvimento que permita qu (kN/m²) Consistência
que as gerações atuais satisfaçam as suas 0 a 24 Muito Mole
necessidades sem pôr em risco a possibilidade
24 - 48 Mole
48 a 96 Média ( o)
96 a 192 Rija ( o )
192 a 383 Muito rija ( o)
> 383 Dura ( o )
Conceito inicial
Definições importantes
• Adensamento – fenômeno da expulsão
lenta da água dos vazios do solo argiloso,
causado por um Carregamento externo;
• Recalque – deformação devido ao
carregamento vertical na superfície do
terreno;
• Amolgamento – destruição da estrutura
do solo (perda de resistência), sem
alteração no seu teor de Umidade;
• Atrito negativo: Nas estacas implantadas
em solos adensáveis, pode ocorrer o
fenômeno de atrito
negativo,pelo qual o recalque de
adensamento supera o recalque da estaca.
Em conseqüência, a camada adensável, em
vez de contribuir com o atrito lateral
resistente (positivo), passa a gerar
acréscimo de solicitação vertical na estaca,
Designação de cima para baixo (CINTRA, 2012).
• Efeito Tschebotarioff – Ocorrente em
Fofa
estacas passivas (estacas nos quais os
esforços horizontais ao longo do fuste são
decorrentes do movimento do solo que as
Compacta envolve) e de acordo com Cintra (2010),
com o processo de adensamento da
Muito mole camada de argila mole, sujeita a uma
Mole
sobrecarga vertical assimétrica, surgem
esforços horizontais nas estacas, em
Média
profundidade, capazes de produzir grandes
Rija deslocamentos e até levá-las à ruptura.
Dura

Solos moles
• Solos saturados (recalques);
• Baixa resistência (NSPT) < 4 golpes
(rupturas);
• Regiões litorâneas ou beiras de rios
(geralmente);
• Às vezes com presença de turfas (origem
vegetal, regiões pantanosas);
• Dificuldades em se encontrar soluções
viáveis nos quesitos custo e prazo;
• Questões ambientais são obstáculos à
adoção de soluções tradicionais.
Problemas:
Do ponto de vista técnico:
• Estabilidade dos aterros após
construção;
• Recalques dos aterros ao longo do tempo;
• Estabilidade de fundações;
• Recalques diferenciais entre obras de arte
(pontes e viadutos).
Do ponto de vista construtivo:
• Tráfego de equipamentos durante a obra;
• Amolgamento da superfície do terreno,
face ao lançamento do aterro;
• Rupturas durante a construção.
Substituição do material
Camadas de solo moles, de pequenas
espessuras, com cerca de 4 a 5 m, e, em
alguns casos até 7 metros pode ser
executável. Tal remoção pode ser conduzida
principalmente com o uso de maquinário de
escavação, como “drag – lines” ou dragas,
ou até mesmo por explosivos, que
liquefazem os solos moles. (Massad,2003)
a com auto-propulsão hidráulica. Como
Não é uma técnica de melhoramento ou
tratamento do solo
Colunas
Para atravessar solos mole e tornar rodovias
seguras, estáveis e duráveis, a escolha da
solução da fundação apropriada é uma
decisão de engenharia fundamental para o
sucesso da construção.Existem duas
tecnologias econômicas aplicáveis ao
tratamento de áreas com subsolos
compressíveis que nos últimos 30 anos tem
sido frequentemente utilizadas na Europa,
Estados Unidos, Ásia, Austrália e,
recentemente, também no Brasil, para a
construção de rodovias. Ao longo dos anos,
as normas de concepção e de execução
foram desenvolvidas em vários países, e
ambas estão listados no Eurocode.
• O primeiro método apresentado é
geralmente referido como "Colunas
de Brita Vibrocompactadas". Esta
tecnologia envolve a construção de
colunas de brita usando modernos
equipamentos de auto-propulsão
hidráulica. A instalação de colunas
de brita em solo mole tem como
objetivo permitir que o conjunto solo-
coluna apresente propriedades
adequadas para a fundação direta
das rodovias. As colunas de brita
vibrocompactadas podem ser
instaladas para apoiar aterros de até
15 m de altura sobre areias fofas,
siltes e também solos argilosos
compressíveis.
• O segundo método a ser
apresentado é geralmente referido
como "Mistura Profunda de Solo à
Seco". Esta tecnologia envolve a
construção de colunas de solo-
cimento executadas através de
equipamentos modernos também
no método de colunas de brita
vibrocompactadas, executando-se as
colunas a seco de mistura de solo-
cimento em um solo mole, o subsolo
tratado também resultará num
conjunto de solo e coluna com
propriedades melhoradas
adequadas para fundação direta. Os
típicos agentes estabilizadores são o
cimento, a escória de cimento e cal.
Colunas Colunas – Solo Brita
A técnica de melhoramento de solo com
colunas de brita foi desenvolvida no final da
década de 1950 na Europa. Essa técnica
consiste na formação de colunas de brita por
meio de vibrosubstituição de material
granular (brita) nas camadas com baixa
capacidade de suporte do subsolo.
Essas inclusões de brita são flexíveis com
módulo de deformabilidade elevado, sem
coesão e com grande capacidade de
drenagem, reduzem o período de
consolidação, através da concentração e
redistribuição das cargas aplicadas,
aumentam a capacidade de suporte do solo
e diminuem os recalques
As colunas granulares são colunas de areia
ou brita, instaladas na camada de argila,
que tal como os drenos verticais, promovem Colunas – Aditivo
a dissipação de poro- pressões por
drenagem radial, aumentando a resistência O desenvolvimento da técnica de Deep Soil
da argila e acelerando os recalques, e Mixing (DSM) teve início na década de 60
também promovem um aumento da utilizando-se cal como agente estabilizante.
resistência ao cisalhamento do conjunto O DSM foi colocado em prática no Japão e
solo-coluna, permitindo a construção de
nos países do Norte da Europa na década
aterros mais altos com maiores fatores de
segurança. (Almeida & Marques, 2010) de 1970, sendo depois difundido na China,
Colunas – Solo Brita Sul da Ásia Ocidental e em outras partes do
1 - Preparação mundo, como Estados Unidos e Brasil. Em
O equipamento é instalado no ponto de uma perspectiva mais ampla, os principais
penetração e estabilizado com macacos objetivos da melhoria dos solos por meio da
hidráulicos. A alimentação da brita é adoção desta técnica consistem no aumento
assegurada por uma caçamba elevatória.
de sua resistência, na redução de sua
2 - Enchimento
A brita contida na caçamba é despejada na deformabilidade e permeabilidade, sendo
tremonha do vibrador, que é em seguida esta última interessante para casos de
fechada. A utilização de ar comprimido remediação de solos contaminados.
permite o fluxo contínuo da brita até o (PORBAHA, 1998).
orifício de saída.
3 - Penetração Mistura profunda de solo (Deep Soil Mixing)
Por meio da insuflação de ar comprimido e
da ativação sobre o vibrador, este desce até Mistura de solo profunda à seco ou Deep
a Colunas – Solo Areia Soil Mixing refere-se ao melhoramento de
profundidade do solo competente, solos moles, por meio de injeção de um
comprimindo-o lateralmente. agente ligante de estabilização, misturando-
4 - Compactação
o com o solo virgem em profundidade para
Quando a profundidade estabelecida é
atingida, sobe-se ligeiramente o vibrador e a criar uma coluna de material composto solo-
brita é colocada no espaço livre. Em ligante. A mistura do solo virgem com
seguida, volta-se a descer o vibrador para ligante injetado resulta num material
expandir lateralmente a brita contra o solo, composto homogêneo com propriedades
compactando-os. geomecânicas (resistência e deformação)
5 - Acabamento significativamente melhores do que o solo
• Criação de um dique no perímetro a
A coluna de brita é assim executada por
ser aterrado original. Atualmente há dois processos
passos sucessivos, até a superfície
• Drenagem da água distintos em uso comercial, o Método Seco
Colunas – Solo Brita
• Reforço do solo com 60 mil GEC´s - e Método Úmido.
Estacas
• Aterro e utilização de geogrelhas – diâmetros variando de 40 a 80 cm;
para reforço do aterro
 – consumo baixo de aglomerantes
em se comparando com as colunas
de Jet Grouting.

– possibilita a estabilização de solos moles Método Seco

em profundidade de até 25 metros;

– O método úmido é mais indicado para

solos argilosos moles, solos arenosos de
grãos finos com pouca umidade ou solos
estratificados com camadas moles e rígidas
intercaladas. Ele geralmente emprega
calda de cimento e lama bentonítica.
Como regra geral, os terrenos argilosos são
fortalecidos com cal ou cimento com cal. Já
os solos orgânicos são estabilizados com
escórias de alto- forno. O método seco é
viável em solos suficientemente úmidos
para que haja reação com os ligantes
típicos dessa técnica.
Método úmido
Colunas – Solo Cal
Estudos realizados na Suécia, em larga
escala em um campo experimental sobre
soles moles de origem pós glacial.
O estudo composto por duas áreas ( 8m x
15m) carregas por um aterro que aplica 10
kPa, com intuito de representar uma
residência unifamiliar. Em uma das áreas
foram construídas estacas de cal com 6
metros de comprimento e espaçadas a
cada 1,4 metros, totalizando 120 elementos.
Na outra área nada foi realizado.

Foram acompanhados os recalques ( ou Bermas de Equilíbrio

assentamentos) durante 5 anos, onde na
área constatou – se que o recalque ocorreu
de maneira lenta e o grau de consolidação (
adensamento) ficou próximo de 100%. É
visível na figura ao lado que os recalques
ocorridos na área não estabilizada ficam
próximo de 120 mm, ou 12 cm, enquanto da
área estabilizada não ultrapassam os 40
mm, ou 4 cm.
Traduzido e Adaptado de “Stabilization of
Soil whit Lime Columns” – Bengt B. Broms
In: Foundation Engineering Handbook –
H.Y.Fang,1991
Exemplo 01 – Foi solicitada a construção de
um aterro em uma camada de solo mole que
se inicia no encontro de uma ponte e tem
extensão aproximada de 300,00 metros.
Este trecho foi licitado como um lote
especifico da licitação. Adotou – se como
referência a cabeceira da ponte, sendo lá a
estaca 0,00; Foram realizados diversos
ensaios para obter principalmente a
espessura media da camada de solo mole e
a resistência da mesa.
Na estaca 1 a camada tem espessura média pode-se optar por utilizar o mesmo material
de 67,00 metros, na estaca 8 a espessura do aterro ou o material proveniente da
média da camada é de 13,35 metros e na remoção do subleito de outro lote da obra
que tem peso de 11,00 kN/m³.
estaca 12 a espessura média da camada é
de 5,00 metros. A coesão média obtida é de
18,00 kPa para o solo que semelhante em
toda a extensão.

O aterro deve atingir a altura útil de 5,00

metros em todo o trecho e o órgão
regulamentador indica que o talude tenha
inclinação de 2:1 (h:v). O material
disponível para a execução do aterro possui
peso de 20,00 kN/m³. Para as bermas
pode-se optar por utilizar o mesmo material
do aterro ou o material proveniente da
remoção do subleito de outro lote da obra,
que tem peso de 17,00 kN/m³.

Exemplo 02 – Foi solicitada a construção de

um aterro em uma camada de solo mole que
se inicia no encontro de uma ponte e tem
extensão aproximada de 300,00 metros.
Este trecho foi licitado como um lote
especifico da licitação. Adotou – se como
referência a cabeceira da ponte, sendo lá a
estaca 0,00; Foram realizados diversos
ensaios para obter principalmente a
espessura media da camada de solo mole e
a resistência da mesa.
Na estaca 2 a camada tem espessura média
de 60,00 metros, na estaca 9 a espessura
média da camada é de 10,95 metros e na
estaca 11 a espessura média da camada é
de 4,00 metros. A coesão média obtida é de
24,00 kPa para o solo que semelhante em
toda a extensão. Utilize FS = 1,50
O aterro deve atingir a altura útil de 5,50
metros em todo o trecho e o órgão
regulamentador indica que o talude tenha
inclinação de 2:1 (h:v). O material
disponível para a execução do aterro possui
peso de 20,00 kN/m³. Para as bermas