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Sistemas de abastecimento de
água: captação
NATHALIA ROLAND
Parte I
Estrutura
➢ Fontes de água e tipos de captação.
➢ Captação subterrânea.
➢ Outorga.
Fontes de água
Apenas 2 a 3% da água existente no planeta, constituem-se como água doce. Dessa parcela, um
volume ainda menor se encontra à disposição dos sistemas de abastecimento de água para
consumo humano.
Fontes de água
➢ Manancial superficial: manancial que escoa na superfície terrestre, compreendendo os rios,
córregos, ribeirões, lagos e reservatórios artificiais.
➢ Águas pluviais.
Funasa (2004).
Captação subterrânea
➢ Aquífero freático ou não confinado
É aquele em que a água se encontra livre, com sua
superfície sob ação da pressão atmosférica.
Funasa (2004).
Captação subterrânea
➢ Aquífero freático ou não confinado
Por estar mais próximo à superfície do terreno apresenta, normalmente, qualidade insatisfatória
para consumo humano, necessitando de alguma tecnologia para adequação das suas
características aos padrões de potabilidade vigentes.
Dependendo da profundidade em que se encontra, o lençol freático pode ate mesmo surgir
naturalmente na superfície do terreno (nascente, mina, olho d’água).
Captação subterrânea
➢ Aquífero freático ou não confinado
• Nascente
Limpar o entorno, retirando materiais orgânicos.
Preencher a nascente com pedra de mão, tomando
cuidado pra não obstruir o afloramento de água
(dar estabilidade à estrutura da nascente e ajudar
na filtração da água).
Instalar as tubulações para o escoamento da água.
Realizar vedação com uma mistura de solo-
cimento.
Nascente protegida
Funasa (2019).
Captação subterrânea
➢ Aquífero freático ou não confinado
• Caixa de tomada
Funasa (2019).
Captação subterrânea
➢ Aquífero freático ou não confinado
• Galeria de infiltração
Instalação de drenos.
Funasa (2019).
Captação subterrânea
➢ Aquífero freático ou não confinado
• Poço escavado
Funasa (2019).
Captação subterrânea
➢ Aquífero freático ou não confinado
• Poço escavado
Funasa (2019).
Captação subterrânea
➢ Aquífero artesiano ou confinado
A alimentação desse lençol acontece por infiltração na região de contato da formação geológica
com a superfície do terreno, fazendo com que as condições climáticas e de regime de chuvas da
região de locação do poço, normalmente não afetem a sua produção.
Em função das grandes profundidades e da filtração que naturalmente ocorre no subsolo, esse
lençol pode produzir água com boa qualidade para consumo, além de vazões que podem
atender a uma solução coletiva.
Captação subterrânea
➢ Aquífero artesiano ou confinado
A partir da interpretação dos resultados dos testes é determinada a vazão máxima a ser extraída
do poço ao longo de sua vida útil ou ao longo do alcance de projeto do sistema.
➢ Desvantagens
• Necessidade de bombeamento;
• Salinidade e dureza da água;
• Complexidade (investigação, monitoramento e gestão).
Normas para projetos
➢ NBR 12.211 (1992) – Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água.
➢ NBR 12.212 (2017) – Projeto de poço para captação de água subterrânea.
➢ NBR 12.213 (1992) – Projeto de captação de água de superfície para abastecimento público.
➢ NBR 12.214 (2020) – Projeto de estação de bombeamento ou de estação elevatória de água.
➢ NBR12.215 (2017) – Projeto de adutora de água.
➢ NBR 12.216 (1992) – Projeto de estação de tratamento de água para abastecimento público.
➢ NBR 12.217 (1994) – Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento
público.
➢ NBR 12.218 (2017) – Projeto de distribuição de água para abastecimento público.
➢ NBR 12.244 (2006) – Construção de poço para captação subterrânea.
➢ NBR12.586 (1992) – Cadastro de sistema de abastecimento de água.
Outorgas
➢ Instrumento legal que assegura ao usuário o direito de utilizar os recursos hídricos.
➢ Na esfera federal a outorga deve ser solicitada à Agência Nacional das Águas – ANA. Na esfera
estadual, ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM.
➢ Por meio da outorga é realizada a gestão quantitativa e qualitativa do uso da água, emitindo
autorização ou concessão para quaisquer intervenções que alterem a quantidade, a qualidade
ou o regime de um corpo hídrico.
➢ Cadastro de uso insignificante para captações de água não sujeitas à outorga (os critérios que
definem os usos considerados insignificantes em MG foram estabelecidos na Deliberação
Normativa CERH 09/04 e variam de acordo com as bacias hidrográficas onde o uso será
realizado).
Outorgas
• estudos necessários
• componentes
Normas para projetos
➢ NBR 12.211 (1992) – Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água.
➢ NBR 12.212 (2017) – Projeto de poço para captação de água subterrânea.
➢ NBR 12.213 (1992) – Projeto de captação de água de superfície para abastecimento público.
➢ NBR 12.214 (2020) – Projeto de estação de bombeamento ou de estação elevatória de água.
➢ NBR12.215 (2017) – Projeto de adutora de água.
➢ NBR 12.216 (1992) – Projeto de estação de tratamento de água para abastecimento público.
➢ NBR 12.217 (1994) – Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento
público.
➢ NBR 12.218 (2017) – Projeto de distribuição de água para abastecimento público.
➢ NBR 12.244 (2006) – Construção de poço para captação subterrânea.
➢ NBR12.586 (1992) – Cadastro de sistema de abastecimento de água.
Captação superficial
➢ Os mananciais superficiais (rios, ribeirões, córregos, lagos naturais e artificiais) são os preferidos
para obtenção de água para atendimento dos sistemas, em função de normalmente apresentarem
vazões compatíveis com as demandas de projeto, além de necessitarem de tecnologias simples
para a retirada da água.
➢ Porém, os cursos d`água superficiais também são o principal destino de lançamento das águas
residuárias, muitas vezes sem nenhum tipo de tratamento.
➢ Assim, se a gestão dos serviços de saneamento básico não for colocada em prática, de forma
rápida e eficiente, os custos de obtenção de água para atendimento das populações poderão, em
curto ou médio prazo, tornarem-se proibitivos para grande parte dos municípios.
Captação superficial
Informações, levantamentos e estudos necessários para a escolha do manancial e do local de
implantação da captação:
➢ estimativa das vazões mínima, média e máxima dos mananciais em estudo, nos pontos mais
indicados para a sua captação, assim como o conhecimento das vazões disponíveis para captação
segundo o respectivo órgão responsável pela gestão de recursos hídricos;
➢ levantamento de dados, informações ou estimativas sobre os níveis de água máximo e mínimo nos
locais de captação em estudo, com a indicação dos prováveis períodos de recorrência;
➢ Caso a adução por gravidade seja inviável, o ponto de captação deve situar-se em local com
cota altimétrica que resulte menor desnível geométrico em relação à localidade.
➢ A qualidade da água bruta deve ser compatível com as tecnologias de tratamento acessíveis,
que devem apresentar viabilidade técnica e econômica, além de garantir condições
sanitariamente seguras para a comunidade.
Escolha do ponto de captação
➢ A captação deve situar-se em trecho reto ou do lado de fora da curva.
Captação direta Barragem de acumulação Buscar outro manancial para atender a demanda
ou completar a vazão com outras fontes de água.
Tipo de captação: captação direta
➢ Captação direta
Aplicada em cursos de água superficial que possuam vazão mínima utilizável superior à vazão de
captação e que apresentem nível de água mínimo suficiente para o adequado posicionamento
da estrutura de captação.
• Tubulação de tomada
A tubulação de tomada aplica-se a cursos de água perenes, sujeitos a pequena variação de nível
de água e que não possuam regime de escoamento torrencial com o arraste de sólidos
volumosos, que possam danificar a tubulação instalada.
Fonte: Heller; Pádua (2010) apud Higra (2003); Heller; Pádua (2010) apud Dacach (1975).
Tipo de captação: captação direta
• Caixa de tomada
É uma variante da alternativa com tubulação de tomada, empregada quando o curso de água
apresenta regime de escoamento torrencial ou rápido, colocando em risco a estabilidade de
tubulações pela possibilidade da colisão destas com sólidos pesados, transportados pelo curso de água
em épocas de fortes chuvas.
É a modalidade de captação direta de água que se aplica sobretudo em lagos ou represas, mas
também em rios maiores com regime de escoamento tranquilo ou fluvial, sem arraste frequente
de sólidos flutuantes de grandes dimensões e dotados de grande largura e profundidade,
mesmo em períodos de estiagem.
Captação da Cagepa – PB na
barragem Canafístula II.
Captação tipo flutuante no Sistema
Canindé – CE. Captação na represa João Penido.
Tipo de captação: captação direta
• Torre de tomada
É a modalidade em que a tomada de água é feita por meio de uma torre de grandes dimensões,
com entradas de água em diferentes níveis.
É um tipo de tomada de água que, pelo seu maior custo, é indicado para grandes sistemas de
abastecimento de água cuja captação se faz em lagos, em reservatórios de regularização de
vazão ou em grandes rios dotados de grande variação no posicionamento do nível de água,
tanto em profundidade como em afastamento às margens.
Neste tipo de tomada, é importante levar em consideração, além das oscilações do nível de água,
as variações da qualidade da água em função da profundidade.
Neste caso, o nível mínimo de água é elevado por meio de uma barragem de pequena altura,
também conhecida como soleira, cuja única finalidade é dotar o manancial do nível de água
mínimo necessário à sua captação.
A altura da barragem de nível deve ser tal que permita o adequado posicionamento da tomada
de água, dificilmente sendo superior a 1,5 metros.
Neste caso, torna-se necessária a construção de barragem dotada de maior altura, suficiente
para permitir o acúmulo de volume de água que possibilite a captação da vazão necessária em
qualquer época do ano hidrológico, além de garantir o fluxo residual de água em quantidade
adequada à manutenção da vida aquática e a outros usos a jusante da barragem.
Seu projeto e construção são mais complexos do que os demais tipos de captação.
Tipo de captação: barragem para regularização de vazão
➢ Barragem de acumulação
➢ No caso de barragem de nível, a tomada de água deve ficar a pelo menos 0,60 m acima do
fundo.
➢ A velocidade de escoamento da água nos condutos deve ser maior ou igual a 0,60 m/s para
evitar a deposição de sólidos suspensos.
Componentes
Dispositivos constituintes de captações de águas de superfície:
Nathalia Roland
nathalia.roland@ufjf.br