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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

SUAE
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
CAPTAÇÃO DE ÁGUAS

MANANCIAL SUPERFICIAL
CAPTAÇÃO DE ÁGUAS

É o conjunto de estruturas e
dispositivos, construídos ou
montados junto a um
manancial, para a retirada
de água destinada a um
sistema de abastecimento. Profª Juliana Delgado Tinôco
CAPTAÇÃO DE ÁGUAS

É o conjunto de estruturas e dispositivos,


construídos ou montados junto a um manancial,
para a retirada de água destinada a um sistema
de abastecimento.

§ Superficiais: Canais, Rios, Lagos, Represas

§ Subterrâneas: Aquíferos freático e artesiano

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MANANCIAIS
REQUISITOS PARA SELEÇÃO DOS MANANCIAIS DE
SUPERFÍCIE

§ Estudos e levantamentos hidrológicos das bacias


hidrográficas, incluindo aspectos quantitativos (vazões);
§ Uso de recursos hídricos na área de influência;
§ Caracterização sanitária e ambiental da bacia, incluindo:

o Condições de proteção e as tendências de ocupação da bacia analisando


interferências que possam afetar a quantidade e a qualidade da água;
o Abordagem do problema de transporte de sedimentos (erosão e assoreamento);
o Análise dos impactos decorrentes da redução da disponibilidade hídrica em
função da captação pretendida e dos possíveis conflitos pelo uso da água;
o Análises físico-químicas, bacteriológicas e toxicológicas das águas;
o Avaliação de riscos decorrentes da proximidade de vias de circulação ou
indústrias, em caso de acidentes com produtos químicos;

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MANANCIAIS
REQUISITOS PARA SELEÇÃO DOS MANANCIAIS DE
SUPERFÍCIE

§ Caracterização da cota de inundação;


§ Caracterização topográfica e geotécnica na área de
captação;
§ Condições da bacia a montante e jusante;
§ Tratabilidade das águas dos mananciais;
§ Compatibilização com diretrizes estabelecidas pelo
Plano Diretos da Bacia Hidrográfica.

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CAPTAÇÃO DE ÁGUAS
SUPERFICIAIS
As obras de captação devem ser projetadas e
construídas para:

§ Funcionar ininterruptamente em qualquer época do


ano;

§ Permitir a retirada de água para o sistema de


abastecimento em quantidade suficiente e com a
melhor qualidade possível;

§ Facilitar o acesso para a operação e manutenção do


sistema.

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CAPTAÇÃO
Escolha do local de captação
Principais cuidados para a escolha do local de captação:

§ Situar-se em ponto que garanta a vazão demandada pelo


sistema e a vazão residual estabelecida pelo órgão de gestão
das águas;

§ Situar-se a montante da localidade a que se destina e a


montante de outros focos de poluição importantes;

§ Evitar locais sujeitos à formação de bancos de areia;

§ Evitar locais com margens instáveis;

§ Local salvo à inundações: garantia de acesso todo o tempo;

§ Condições topográficas e geotécnicas favoráveis;

§ Resultar o mínimo de alterações no curso de água.


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CAPTAÇÃO
Escolha do local de captação
Principais cuidados para a escolha do local de captação:

§ Situar-se em trecho reto do curso d`água ou, caso isso não seja
possível, em local próximo à sua margem externa, evitando
assim sua implantação em trechos que favoreçam o acúmulo de
sedimentos

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TIPOS DE CAPTAÇÃO

§ Captação direta ou a fio de água;

§ Captação com barragem de regularização de nível de


água;

§ Captação com reservatório de regularização de vazão


destinado prioritariamente ao abastecimento público
de água;

§ Captação em reservatórios ou lagos de usos múltiplos;

§ Captações não convencionais.

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TIPOS DE CAPTAÇÃO

Captação direta ou a fio de água é aplicada em cursos de água


superficial que possuam vazão mínima utilizável superior à vazão de
captação e que apresentem nível de água mínimo suficiente para a
adequada submergência ou posicionamento da tubulação ou outro
dispositivo de tomada;

Captação com barragem de regularização de nível de água


também se aplica a cursos de água de superfície com vazão mínima
utilizável superior à vazão de captação, porém cujo nível de água
mínimo seja insuficiente para a necessária submergência ou
posicionamento da tubulação ou outro dispositivo de tomada. Neste
caso, o nível mínimo de água é elevado por meio de uma barragem
de pequena altura, também conhecida como soleira, cuja única
finalidade é dotar o manancial do nível de água mínimo necessário à
sua captação.
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TIPOS DE CAPTAÇÃO

Captação com reservatório de regularização de vazão destinado


prioritariamente ao abastecimento público de água é empregada
quando a vazão mínima utilizável do manancial de superfície é
inferior à vazão de captação necessária.

Neste caso, torna-se necessária a construção de barragem dotada


de maior altura, suficiente para permitir o acúmulo de volume de
água que possibilite a captação da vazão necessária em qualquer
época do ano hidrológico, além de garantir o fluxo residual de água
em quantidade adequada à manutenção da vida aquática e a outros
usos a jusante da barragem.

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TIPOS DE CAPTAÇÃO

Captação em reservatórios ou lagos de usos múltiplos é aquela


que se dá em reservatórios artificiais ou em lagos naturais cujas
águas não tenham o seu uso prioritário relacionado ao
abastecimento público de água;

Captações não convencionais são aquelas concebidas para


permitir o emprego de equipamentos de elevação ou recalque de
água movidos por energia não convencional como a eólica, a solar
ou as provenientes de transiente hidráulico (golpe de aríete) ou ainda
do impulso proporcionado

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DISPOSITIVOS CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

§ Tomada de água, que ocorre em todo tipo de captação;


§ Barragem de nível;
§ Reservatórios de regularização;
§ Canais de derivação;
§ Grades e telas;
§ Caixas de areia ou desarenadores;
§ Dispositivos de controle (comportas);
§ Tubulações.

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PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

TOMADA DE ÁGUA

Conjunto de dispositivos destinado a conduzir


água do manancial para as demais partes
constituintes do sistema de captação.

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PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

TOMADA DE ÁGUA – TIPOS

§ Tubulação de tomada;
§ Caixa de tomada;
§ Canal de derivação;
§ Poço de derivação;
§ Tomada de água com estrutura em balanço;
§ Captação flutuante;
§ Torre de tomada.

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TUBULAÇÃO DE TOMADA

É o dispositivo de tomada de água constituído por


tubulação simples, que con d u z a á g u a d e s d e o
manancial até a unidade seguinte, que pode ser um
desarenador, a caixa de passagem de uma adutora por
gravidade, o poço de sucção de uma elevatória ou até
mesmo a sucção direta de uma bomba.

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TUBULAÇÃO DE TOMADA

TUBULAÇÃO DE TOMADA COM CRIVO, DESCARREGANDO EM


DESARENADOR (CONJUGADO A POÇO DE SUCÇÃO)

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TUBULAÇÃO DE TOMADA

TUBULAÇÃO DE TOMADA COM CRIVO, DESCARREGANDO EM CAIXA DE


PASSAGEM

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TUBULAÇÃO DE TOMADA

TUBULAÇÃO DE TOMADA COM CRIVO, DESCARREGANDO EM POÇO DE


SUCÇÃO

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TUBULAÇÃO DE TOMADA

TUBULAÇÃO DE TOMADA COM CRIVO LIGADA DIRETAMENTE À SUCÇÃO DE


BOMBA

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TUBULAÇÃO DE TOMADA

TUBULAÇÃO DE TOMADA COM CRIVO E CONJUNTO MOTOBOMBA


SUBMERSÍVEL

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TUBULAÇÃO DE TOMADA

TUBULAÇÃO DE TOMADA COM TUBOS PERFURADOS

Esta opção é preferida quando o curso de


água possuir margem dotada de pequena
declividade e quando a sua lâmina de água
seja de pequena espessura Profª Juliana Delgado Tinôco
TUBULAÇÃO DE TOMADA

Condições:

Aplica-se a cursos de água perenes, sujeitos a pequena


variação de nível de água e que não possuam regime de
escoamento torrencial com o arraste de sólidos
volumosos, que possam danificar, por forte impacto, a
tubulação instalada no seio da massa líquida.

As tubulações devem ser ancoradas e protegidas


contra a ação das águas;

As tubulações devem ser dotadas de válvulas para


interrupção de fluxo, com possibilidade de fácil
manobra.

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CAIXA DE TOMADA

§ É uma variante da alternativa com tubulação de tomada,


empregada quando o curso de água apresenta regime de
escoamento torrencial ou rápido, colocando em risco a
estabilidade de tubulações instaladas no seio da massa líquida.

§ Contudo, não se aplica quando for muito reduzida a altura da


lâmina de água mínima do manancial, quando a calha molhada
deste se afastar muito das margens nos períodos de grande
estiagem ou quando ocorrer excesso de algas no manancial
(neste último caso, a tomada subsuperficial é um imperativo,
inclusive quando conjugada a barragem de nível).

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CAIXA DE TOMADA

CAIXA DE TOMADA DE ÁGUA EM CAPTAÇÃO A FIO DE ÁGUA

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CANAL DE DERIVAÇÃO

§ É utilizado em captações de médio ou grande portes, cumprindo


ao mesmo tempo as funções da caixa de tomada e do canal que
interliga aquela à unidade subsequente;

§ Não se aplica a captações de pequena vazão, isto devido à


prescrição da velocidade mínima de 0,60 m/s para o
escoamento da água em tubulações e canais de tomada de
água (canais para pequenas vazões com essa velocidade teriam
dimensões muito pequenas para viabilizar sua construção e
manutenção);

§ As situações em que o canal de derivação se aplica e as


situações em que ele deve ser evitado são semelhantes àquelas
descritas para a caixa de tomada.

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CANAL DE DERIVAÇÃO

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POÇO DE DERIVAÇÃO

§ Consiste de um tubulão construído na margem de rios ou


ribeirões que seja inundável e que apresente declividades
acentuadas;

§ Quando a variação de nível de água do rio for acentuada, pode-


se adotar mais de uma tubulação de tomada;

§ Antes do advento das bombas resistentes à abrasão, esse tipo


de solução só era viável em cursos de água com reduzido
transporte de sólidos. Com a entrada no mercado nacional
desse tipo de bomba, sobretudo os conjuntos motobomba
submersíveis para esgoto e, posteriormente, para água bruta,
esse tipo de solução passou a ser utilizado também em cursos
de água cujo transporte de sólidos é maior.

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POÇO DE DERIVAÇÃO

§ Esse tipo de solução tem sido também empregado em cursos de


água que, além de possuírem margens inundáveis, apresentam
regime de escoamento torrencial, funcionando o poço de tomada
como proteção do conjunto motobomba submersível contra o
seu arraste pela água e contra o seu impacto com corpos de
maior peso arrastados pela correnteza.

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POÇO DE DERIVAÇÃO

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TOMADA DE ÁGUA COM ESTRUTURA EM BALANÇO

§ É um tipo de captação em que a tomada de água é feita por um


conjunto moto-bomba submersível, resistente à abrasão, que
fica suspenso dentro do curso de água, por exemplo, por meio
de uma corrente integrada a uma talha que pode se movimentar
ao longo de uma viga em balanço, geralmente do tipo treliça,
instalada transversalmente ao curso de água.

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TOMADA DE ÁGUA COM ESTRUTURA EM BALANÇO

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CAPTAÇÃO FLUTUANTE

§ Se aplica em lagos ou represas, mas também em rios


maiores com regime de escoamento tranquilo ou fluvial,
sem arraste frequente de sólidos flutuantes de grandes
dimensões e dotados de grande largura e profundidade,
mesmo em períodos de estiagem;

§ Tem sido mais utilizada em sistemas de pequenas e


médias comunidades, como alternativa mais econômica
às captações convencionais com torre de tomada.

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CAPTAÇÃO FLUTUANTE

Captação flutuante
Represa Billings (Taquacetuba – SP)

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CAPTAÇÃO FLUTUANTE

Captação flutuante
Represa Billings (Taquacetuba – SP)
ÁREA RURAL DE DIX-SEPT ROSADO-RN

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CAPTAÇÃO FLUTUANTE

Captação flutuante
Represa Billings (Taquacetuba – SP)

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CAPTAÇÃO FLUTUANTE

Pode ser de três diferentes tipos:

§ com motor e/ou bomba não submersíveis, instalados em


balsa;
§ com conjunto motobomba submersível suspenso por
flutuadores;
§ com tomada de água flutuante

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CAPTAÇÃO FLUTUANTE

Tomada de água com conjunto motobomba flutuante instalada em


balsa

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CAPTAÇÃO FLUTUANTE

Tomada de água com conjunto motobomba flutuante instalada em


balsa

Aplica-se a situações em que não seja economicamente indicada


a utilização de conjuntos submersíveis, visto que este tipo de
equipamento costuma apresentar cinco desvantagens em relação
aos conjuntos motobomba convencionais (de eixo horizontal e
para instalação obrigatória sob abrigo): maior preço de aquisição,
menor rendimento, menores vazões, menores alturas
manométricas e maior risco de danos significativos por choques
com sólidos flutuantes de maior massa, arrastados pelo rio.

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CAPTAÇÃO FLUTUANTE

Tomada de água com conjunto motobomba flutuante suspenso por


flutuadores

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CAPTAÇÃO FLUTUANTE

Tomada de água com conjunto motobomba flutuante suspenso por


flutuadores

Comumente, essa opção tende a apresentar


menor custo do que a construção da balsa. A
alt ernat iva com balsa é geralment e m a i s
vantajosa nos sistemas de maior porte.

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CAPTAÇÃO FLUTUANTE

Tomada de água flutuante

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CAPTAÇÃO FLUTUANTE

Tomada de água flutuante

§ Essa modalidade tem a sua viabilidade econômica dependente


da amplitude da variação do nível de água do manancial e
também da topografia, da geologia e da extensão da área
inundável no local onde ficará o poço que irá receber a água da
tomada flutuante;

§ Se tais condições demandarem um poço muito profundo a ser


construído em local inundável ou com geologia desfavorável,
essa alternativa poderá se tornar economicamente
desaconselhável;

§ Este tipo de tomada de água não é muito usual, sobretudo


quando a captação é feita em lagos naturais.
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CAPTAÇÃO FLUTUANTE

Qualquer que seja a modalidade de captação flutuante escolhida,


atenção especial deverá ser dispensada à fixação ou ancoragem da
estrutura flutuante, principalmente quando ela é instalada em rios,
em que a ação de arraste pela água é mais significativa.

Outra característica desse tipo de tomada de água é a necessidade


de que a tubulação seja flexível, o que hoje é facilitado pela
existência de tubos de material plástico de grande resistência a
esforços internos e externos.

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TORRE DE TOMADA

§ A tomada de água é feita por meio de uma torre de grandes


dimensões, com entradas de água em diferentes níveis;

§ Pelo seu maior custo, é indicado para grandes sistemas de


abastecimento de água cuja captação se faz em lagos, em
reservatórios de regularização de vazão ou em grandes rios
dotados de grande variação no posicionamento do nível de
água, tanto em profundidade como em afastamento às
margens.

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TORRE DE TOMADA

Torre de tomada de água.


Fonte: YASSSUDA e NOGAMI (1976).
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TORRE DE TOMADA

Captação de Água por Torre de Tomada D’ Água no Sistema Rio Manso, Brumadinho – MG.
Fonte: ttp://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/gerais/2012/09/18/interna_gerais,51120/acao-
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emergencial-contra-falta-d-agua.shtml
TORRE DE TOMADA

Barragem Castelo de Bode – Portugal

Fonte: http://www.castelodebode.blogspot.com.br
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TORRE DE TOMADA

Fonte: https://juscelinofranca.blogspot.com Profª Juliana Delgado Tinôco


OUTROS EXEMPLOS DE
CAPTAÇÕES E TOMADAS
D`ÀGUA

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TOMADA D’ÁGUA EM REPRESAS

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TOMADA D’ÁGUA EM RIOS COM GRANDE VARIAÇÃO DE NÍVEL

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TOMADA D’ÁGUA ATRAVÉS DE SIFÃO

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TOMADA DE ÁGUA COM GRADE, CAIXA DE AREIA E ESTAÇÃO ELEVATÓRIA

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TOMADA DE ÁGUA COM ENTRADA DE ÁGUA NA PARTE
INFERIOR

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TOMADA DE ÁGUA COM TORRE DE TOMADA, TUBULAÇÃO,
GRADE, POÇO DE SUCÇÃO E ESTAÇÃO ELEVATÓRIA

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PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

BARRAGEM
§ Obras executadas em cursos de água, ocupando
toda a sua largura para elevar o nível de água a uma
cota pré-determinada, de modo a garantir o nível da
água para o bom funcionamento captação e bombas;

§ São construídas quando as vazões mínimas dos


cursos d’água são inferiores e as médias são
superiores às necessidade de consumo.
Finalidades: abastecimento de água, aproveitamento
hidrelétrico, irrigação, controle de enchentes,
regularização de cursos de água, etc.

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BARRAGEM DE ELEVAÇÃO DE NÍVEL

§ Obra executada em curso de água para ELEVAR o


nível do manancial a uma cota pré-determinada;
§ Geralmente, essa cota é para manter uma
submergência adequada para evitar o vórtice na
tomada de água;
§ Normalmente é de pequeno porte, tem pequena altura,
funciona como extravasor;
§ Normalmente executada em concreto;
§ Deve ser dotada de dispositivo para controle do nível
de água.

4/3/2023 Profª Juliana Delgado Tinôco


BARRAGEM DE NÍVEL

Fonte: httpwww.4shared.comphotoXWhdbu64Figura_11_-_Torre_de_Tomada_dg.html
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RESERVATÓRIO DE REGULARIZAÇÃO

São lagos artificiais criados em um curso d’água


com a construção de uma barragem, para deter
nos períodos chuvosos o excesso de água, e
liberá-lo quando a vazão do curso d’água se
tornar incapaz de atender à demanda.

4/3/2023 Profª Juliana Delgado Tinôco


BARRAGEM ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES – ASSU/RN

Normalmente é de pequeno porte,


funciona comoDelgado
Profª Juliana extravasor
Tinôco e é
executada em concreto.
BARRAGEM SANTA CRUZ DO APODI-RN

VERTEDOURO
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BARRAGEM DE ENROCAMENTO

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BARRAGEM DE ENROCAMENTO

Reservatório de regularização do Sistema Rio Manso, Brumadinho


Profª Juliana – MG.
Delgado Tinôco
PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

GRADEAMENTO
Grades:
§ Constituídas de barras paralelas;
§ Impedem a passagem de materiais grosseiros flutuantes e
em suspensão;
§ Grade grossa: espaçamento entre as barras de 7,5 a 15 cm;
§ Grade fina: espaçamento entre as barras de 2 a 4 cm.

Telas:
§ Constituídas de fios que formam malhas, de 8 a 16 fios por
decímetro;
§ Retém materiais flutuantes não retidos pelas grades.

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PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

GRADEAMENTO
Grades:
§ Constituídas de barras paralelas;
§ Impedem a passagem de materiais grosseiros flutuantes e
em suspensão;
§ Grade grossa: espaçamento entre as barras de 7,5 a 15 cm;
§ Grade fina: espaçamento entre as barras de 2 a 4 cm.

Telas:
§ Constituídas de fios que formam malhas, de 8 a 16 fios por
decímetro;
§ Retém materiais flutuantes não retidos pelas grades.

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Impedem a passagem de materiais grosseiros flutuantes e em
suspensão.

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PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

GRADEAMENTO

Captação de água da Cidade de Cardoso/SP Captação de água da Cidade de


Ourinhos/SP

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PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

GRADEAMENTO

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Captação de água da Cidade de Macau-RN
PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

GRADEAMENTO

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PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

GRADEAMENTO
Grades/ telas:
§ Em obras de captação com vazão superior a 500 L/s, ou em mananciais
que, por suas características, exigem limpeza frequente das grades finas,
deve ser estudada a possibilidade de empregar equipamento mecânico;

§ Na seção de passagem, correspondente ao nível mínimo de água, a área


das aberturas da grade deve ser igual ou superior a 1,7 cm2 por litro por
minuto;

§ Velocidade de passagem  10 cm/s;

§ Perdas de cargas avaliadas para obstrução de 50% da seção;

§ Número de barras = (largura da barra/espaçamento entre barras)+1

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PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

GRADEAMENTO
Grades
As grades ou telas sujeitas à limpeza manual exigem inclinação para jusante
de 70º a 80º em relação a horizontal, e passadiço para fácil execução dos
serviços de manutenção.

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PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

GRADEAMENTO

LIMPEZA MANUAL

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PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

GRADEAMENTO

LIMPEZA MECANIZADA

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PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

GRADEAMENTO

PERDA DE CARGA NAS GRADES/ TELAS:

hf= KV2/2g
Em que:
hf: perda de carga (m);
V: velocidade média de aproximação (m/s), considerando como obstruída 50% da
respectiva seção de passagem, entendendo-se por velocidade de aproximação a
velocidade da água na seção imediatamente a montante da grade ou tela (com 50%
de obstrução no presente caso);
g: aceleração da gravidade (m/s2);
k: coeficiente de perda de carga, cujo valor é função dos parâmetros geométricos
das grades ou telas (grandeza adimensional).

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PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

GRADEAMENTO
COEFICIENTE DE PERDA DE CARGA (K) EM GRADES:

k =  (s/b)1'33 sen

Em que:
: coeficiente adimensional, que é função da forma da barra;
s: espessura das barras;
b: distância livre entre barras (b e s devem entrar na Equação com a
mesma unidade de comprimento);
 : ângulo da grade em relação à horizontal

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FORMAS GEOMÉTRICA E COEFICIENTES DAS SEÇÕES
TRANSVERSAIS DAS BARRAS E GRADES

Fonte: Heller; de Pádua (2006)


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PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

GRADEAMENTO
COEFICIENTE DE PERDA DE CARGA (K) EM TELAS:

k = 0,55 (1-2)/2
Em que:
 : porosidade, igual à razão entre a área livre e a área total da tela, sendo:
a) para tela de malha quadrada:  = (1-n.d)2
b) para tela de malha retangular:  = (1-n1.d1).(1-n2.d2)

Onde:
n, n1, n2: número de fios por unidade de comprimento;
d, d1, d2: diâmetro dos fios (mesma unidade utilizada para a definição de n).

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PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

DESARENADOR

§ Desarenador (caixa de areia): utilizado quando o


curso de água apresenta transporte intenso de
sólidos;

§ Conforme a NBR 12.213 (ABNT, 1992), utiliza-se


quando a concentração de sólidos sedimentáveis
em suspensão no manancial apreseta valor igual
ou superior a 1,0 g/L por um período de tempo
significativo.

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PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

DESARENADOR

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DESARENADOR

Captação no rio Uma, com barragem de nível e caixa de areia mecanizada


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Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013)
PARTES CONSTITUINTES
DE UMA CAPTAÇÃO

DESARENADOR
Critérios de projeto:

§ Pode ser de nível constante ou variável;


§ Velocidade crítica de sedimentação das partículas  0,021 m/s;
§ Velocidade de escoamento longitudinal  0,30 m/s;
§ Normalmente, nos dimensionamentos se utiliza um coeficiente de
segurança mínimo de 1,5;
§ Relação L/b  4, evitar curtos circuitos hidráulicos;
§ A largura b  0,5 m , possibilitar facilidades de construção e
operação.

A = Q/Vs

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REFERÊNCIAS PARA CONSULTA
ALEN SOBRINHO, P.; CONTRERA, R.C. Consumo de Água. Apresentação da disciplina Saneamento II.
São Paulo. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Acesso em: 18/03/2016.

ANDRADE, J. B. de. Notas de aula – Saneamento Básico Sistema de Abastecimento de Água.


Universidade Católica de Goiás. Acesso em: 15/10/2013

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 12213 - Projeto de captação de


água de superfície para abastecimento público. Rio de Janeiro, 1992.

AZEVEDO NETTO, J. M. al. Manual de hidráulica. São Paulo: Edgard Blücher LTDA, 1998. 670 p.

BAPTISTA, M.; LARA, M. Fundamentos de engenharia hidráulica. Belo Horizonte: Editora UFMG,
2002. 423 p.

COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL - CETESB. Estudos sobre sistemas


de abastecimento de água para consumidores de pequeno porte. São Paulo: CETESB, 1979. 700 p.
Relatório.

DACACH, N. G. Sistemas urbanos de água. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S. A.,
1975. 389 p.

DADACH, N. G. Saneamento básico. Rio de Janeiro: EDC, 1990. 293 p.

FREIRE, F. B. Visão geral do sistema de abastecimento de água. Apresentações da disciplina Sistemas


Hidráulicos Urbanos. Paraná. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Acesso em: 03/10/2013.

HADDAD, J. C. Sistemas de abastecimento de água. Belo Horizonte:


ProfªUFMG,
Juliana 1997. 115Tinôco
Delgado p. Notas de
aula.
REFERÊNCIAS PARA CONSULTA

HÉLLER, LEO; PÁDUA, VALTER LÚCIO DE. Abastecimento de água para consumo humano. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2006.

HIGRA INDUSTRIAL LTDA. Bombas anfíbias modulares. São Leopoldo: Higra Industrial LTDA, 2003. 6
p. Catálogo
comercial.

OLIVEIRA, E. T. Notas de aulas de abastecimento de água. Belo Horizonte: UFMG, (s. d.). 67 p. Notas
de aula.

PESSOA, C. A.; JORDÃO, E. P. Tratamento de esgotos domésticos. 2. ed. Rio de Janeiro: ABES, 1982.
536 p.

TSUTIYA, M. T. Abastecimento de Água. 3 ed. São Paulo. Departamento de Engenhraia Hidráulica e


Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. 2006

VIANNA, M. R. Hidráulica aplicada às estações de tratamento de água. 3. ed. Belo Horizonte:


Imprimatur, 1997. 576 p.

YASSUDA, E. R.; NOGAMI, P. S. Captação de águas superficiais. In: OLIVEIRA, W. E. et al. Técnica de
abastecimento e tratamento de água. 2. ed. São Paulo: CETESB, 1976. v. 1. 549 p.

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