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Hidráulica de

escoamento
subterrâneio “ELEMENTOS” DO

CAPÍTULO 6 – ELEMENTS OF PHYSICAL HYDROLOGY

ROBERTO VALMIR DA SILVA


Hidráulica de
escoamento subterrâneo
 Introdução
 Modelo conceitual
 Lei de Darcy
 Água em formações naturais
 Escoamento permanente subterrâneo
 Pontos chave
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Introdução

 30.1 % da água doce do planeta é água subterrânea


 Estudo das águas subterrâneas é promovido basicamente
por questões de abastecimento
 Remediação de solos e/ou planejamento
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Introdução

Para entendermos o movimento (comportamento) da água no


solo (escoamento subterrâneo), algumas questões devem ser
respondidas:
 O que causa o movimento da água no solo?
 Quais características físicas dos fluidos e do meio (porous
media) determinam a taxa do movimento do fluido.
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Modelo conceitual
 Difícil definir os caminhos e forma da “tubulação”
 Poros muito pequenos, portanto, perda de carga
desempenhará papel dominante no escoamento
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Modelo conceitual
 Substituir por um tubo de seções variantes
 Substituir por um conjunto de tubos de diâmetros
constantes, mas variados, muito pequenos (capilares)
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Modelo conceitual
 Substituir por um tubo de seções variantes
 Substituir por um conjunto de tubos de diâmetros
constantes, mas variados e muito pequenos (capilares)
A velocidade num tubo capilar é definida como (escoamento
laminar):
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Implicações do modelo conceitual:


 Vazão depende do diâmetro, quarta potência do
diâmetro. Como diâmetro no modelo são os poros do solo,
a vazão é proporcional à porosidade.
 A equação da velocidade implica que para escoamento
horizontal é proporcional ao gradiente de pressão. Como o
escoamento no solo precisa ser não horizontal, precisa-se
de uma equação mais geral.
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Substituição do gradiente de pressão pelo gradiente de carga


hidráulica, desta forma:

l é o comprimento no sentido do escoamento; h é carga


hidráulica e definida como:
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Modelo conceitual
e a vazão:

Esta é a equação de Poiseuille para escoamentos de líquidos


viscosos em tubos capilares
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

A equação de Poiseuille fornece uma analogia robusta para o


escoamento de água em solo. Ela é a base para tais estudos.
Podemos utilizar a analogia entre o modelo conceitual e o
modelo verdadeiro e aplicar, ao menos em termos qualitativos,
conhecimento a respeito de fatores que controlam o
escoamento laminar em tubos no escoamento de água em
solo.
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Lei de Darcy - Experimento

Nas quais K é condutividade


hidráulica saturada [L T-1]
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Dados reais do experimento de Darcy


Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Pode-se dizer que K (condutividade hidráulica) depende (ou


representa) as características do solo (porosidade) e também
do líquido (viscosidade, massa específica). Comparando as
duas equações:

Onde N é uma fator adimensional para o formato das “passagens”; d é o


diâmetro médio do grão [L];
Hidráulica de escoamento
subterrâneo
K representa dois fatores, as propriedades do solo e do líquido.
A lei de Darcy pode ser representada:

na qual k é a permeabilidade intrínsica (L2) do solo. Uma vez


que k é determinado, ele pode ser usado para descrever o
escoamento de qualquer fluido no solo (k)
Hidráulica de escoamento
subterrâneo
K ou k podem ser determinados através de experimentos semelhantes ao de Darcy em
laboratório, ou em campo, através da injeção de água em poços piezométricos e a
verificação deste efeito em outros poços.
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Embora K tenha unidades de velocidade, ele não pode ser


entendido como a velocidade com que a água atravessa
uma camada de solo. A porosidade (volume de vazios no solo)
deve ser levada em consideração. Isto é, a seção real na qual
a água escoa é menor que a seção de solo considerada.

Na qual v é a velocidade linear média [L T-1]


Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Restrições da lei de Darcy


 Não é válida para valores altos de Reynolds. Equação de
Poiseuille ignora forças inerciais(acelerações). O termo
cinético da energia em um ponto não aparece na
equação, somente o termo de pressão (linha piezométrica).
 Falha ao descrever escoamento com pouca carga
hidráulica em solos com baixa permeabilidade.
Hidráulica de escoamento
subterrâneo
Água em formações naturais
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Escoamento permanente no solo


Hidráulica de escoamento
subterrâneo

As linhas de fluxo (streamlines) e as equipotenciais (equipotentials) formam uma


rede de fluxo (flow net).
Hidráulica de escoamento subterrâneo

As equipotenciais podem ser entendidas como “cotas topográficas”. A


construção de redes de fluxo providencia não somente a visualização do
escoamento, mas também informação sobre a taxa de escoamento em
determinadas regiões.
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Quantificação do escoamento no solo através de redes de


fluxo

Na qual T é a transmissividade do solo [L2 T-1]


Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Quantificação do escoamento no solo através de redes de


fluxo
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Quantificação do escoamento no solo através de redes de


fluxo.
Exemplo: Barragem com 100 metros de largura e K = 10-10 ms-1
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Devemos multiplicar este valor pelo número de tubos de fluxo (stremtubes)


para obter a vazão total, ou seja, vezes 3. A vazão total será 6x10-8 m3s-1 ou
1.9 m3ano-1.
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Heterogeneidade: Propriedades diferentes em várias escalas.

Anisotropia:permeabilidade diferente de acordo com a


direção do escoamento
Hidráulica de escoamento
subterrâneo
Pontos chave

 O termo "águas subterrâneas" refere-se a água subterrânea encontrada em meios porosos completamente
saturados.

 O fluxo através de meios porosos pode ser abordado utilizando a analogia de fluxo laminar de atrito por meio
de um conjunto de pequenos tubos capilares, onde o fluxo através de um tubo individual é descrito utilizando
a lei de Poiseuille.

 Carga hidráulica é uma quantidade mensurável que pode ser usado para descrever o fluxo em meios
porosos. Águas subterrâneas sempre fluem de regiões de carga hidráulica alta para regiões de baixa carga
hidráulica: h = (p / ρg) + z.

 Henry Darcy publicou um relatório em 1856, descrevendo um conjunto de experimentos em que mediu as
taxas de fluxo através de colunas cheias de areia. Suas experiências resultaram numa equação empírica que
relaciona a descarga específica em meios porosos com o gradiente hidráulico, referida como a Lei de Darcy:
q = K (dh / dl).

 A constante de proporcionalidade, K na lei de Darcy é chamada condutividade hidráulica, e é uma medida


da capacidade do meio para transmitir fluido. A condutividade hidráulica depende tanto de material e
propriedades de fluido, e é geralmente separada em dois grupos de termos, K = K (rg / m), onde k é a
permeabilidade intrínseca.

 As propriedades dos materiais porosos, têm de ser conhecidas ou estimadas, a fim de resolver os problemas de
fluxo de águas subterrâneas: a porosidade, que é a fracção do volume médio total ocupada pelos poros, a
condutividade hidráulica (K), que varia de acordo com, pelo menos 13 ordens de grandeza para os materiais
naturais, e a permeabilidade intrínseca (k), que varia de forma semelhante à condutividade hidráulica.
Hidráulica de escoamento
subterrâneo
Pontos chave
 A lei de Darcy pode ser usada para muitas situações de fluxo através de um
meio poroso, excepto quando os valores do número de Reynolds são
elevados ou outras forças (acelerações, forças electrostáticas) são
significativas.
 Formações geológicas podem ser classificadas como: aquíferos, formações
geológicas saturadas que contêm e transmitem quantidades "significativas"
de água em condições normais de campo.
 Aqüíferos podem ser não confinados ou confinados.
 O lençol freático é uma superfície que separa as zonas saturadas e
insaturadas no subsolo. A pressão do líquido no lençol freático é zero.
 Redes de fluxo são utilizadas para descrever os padrões de fluxo das águas
subterrâneas bidimensional estável, e são constituídas por duas famílias de
linhas ortogonais: Equipotenciais (linhas de carga hidráulica constante) e
linhas de fluxo (representando o caminho de fluxo das águas subterrâneas).
Redes de fluxo pode ser usadas para calcular as taxas de circulação das
águas subterrâneas.
 Meios porosos mais naturais são heterogêneas (permeabilidade varia de
ponto a ponto) e anisotrópicos (a permeabilidade medida num ponto
depende da direção de medição).
Hidráulica de escoamento
subterrâneo

Further readings
 Capítulo 6 – Elements of Physical Hydrology

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