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DISCIPLINA DE HIDRÁULICA

Caio Augusto Schuck


Douglas Rafael da Silva
Gêneton Flaviano Behling
Lucas Furst
Marcos Antonio Soares Pereira
Otaner Vidal Rossato

AULA DE LABORATÓRIO DO DIA 13/11/2013


RELATÓRIO

Santa Cruz do Sul, Novembro de 2013


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 3

2 PRIMEIRO EXPERIMENTO - RESSALTO HIDRÁULICO ......................................... 5

2.1 Descrição.......................................................................................................................... 5

2.2 Cálculos ........................................................................................................................... 7

3 SEGUNDO EXPERIMENTO - PERDA DE CARGA ....................................................... 8

3.1 Descrição.......................................................................................................................... 8

3.2 Cálculos ........................................................................................................................... 9

4 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 10

5 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................. 11
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1 INTRODUÇÃO

Neste relatório referente à segunda aula de laboratório da disciplina de Hidráulica, o


estudo foca-se no resalto hidráulico observado em um canal de escoamento.
Ressalto hidráulico é um fenômeno onde ocorre a transição de um escoamento
turbulento para um escoamento fluvial. O escoamento turbulento ocorre quando o número de
Froude é maior que 1, quando este número for igual a 1 caracteriza um regime de transição, o
escoamento nessas condições é denominado de escoamento crítico. Assim o escoamento
turbulento é denominado de escoamento supercrítico e o fluvial de subcrítico.
Num canal, a passagem do regime fluvial para o torrencial ocorre sem que se verifique
descontinuidade no perfil na linha d'água: um exemplo desta mudança de regime pode ser
verificado quando um escoamento passa sobre uma soleira descarregadora (vertedor tipo
Creager), como na Figura 1.

Figura 1: Transição entre tipos de escoamentos. Fonte: ?

A passagem do regime torrencial para o fluvial já não se faz de maneira contínua.


Como essa passagem exige que a linha d'água seja crescente, ocorre uma instabilidade no
escoamento e, consequentemente, uma descontinuidade na linha d'água, fenômeno
denominado ressalto hidráulico. Pode-se então dizer que este é o fenômeno caracterizado pela
passagem brusca do regime torrencial para o regime fluvial num escoamento de líquido com
superfície livre, como na Figura 2.
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Figura 2: Ressalto Hidráulico. Fonte: ?

A mais importante aplicação do ressalto hidráulico na Engenharia Civil é como


mecanismo dissipador de energia dos escoamentos torrenciais provocados nas obras de
aproveitamento hidrelétricos. A dissipação de energia que se verifica em um ressalto é devida
à elevada turbulência nele presente.
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2 PRIMEIRO EXPERIMENTO - RESSALTO HIDRÁULICO

2.1 Descrição

Neste experimento deve-se equacionar o ressalto hidráulico devido à transição entre


regimes de escoamento (laminar – turbulento – laminar), criada por um vertedouro de parede
espessa.
Utilizados para medir a vazão das canalizações abertas e no controle do escoamento
em galerias e canais, vertedores são as aberturas ou entalhes na parte superior de uma parede
das quais o líquido escoa (NEVES, 1989). Conforme Oliveira (2009), os vertedores são
constituídos pelas seguintes partes: soleira – parte superior da parede em contato com a
lâmina vertente -, carga sobre a soleira – distância vertical entre o nível da soleira e o nível
d’água -, altura do vertedor – diferença entre o fundo do canal e o nível da soleira -, e largura
da soleira – dimensão da soleira onde ocorre o escoamento.
O referido autor afirma que os vertedores podem ser classificados da seguinte maneira:
(a) quanto à forma: retangulares, trapezoidais, triangulares e circulares;
(b) quanto à altura da soleira: livres ou afogados;
(c) quanto à natureza das paredes: delgadas ou espessas;
(d) quanto à largura relativa: uma, duas ou nenhuma contração lateral.
Para Batista (2003), vertedores de seção trapezoidal são frequentemente empregados
em canais de todos os portes, tendo ou não, revestimento, assim como os de seção retangular,
que também têm vasta utilização, sendo, no entanto, construídas em estruturas rígidas.
Vertedores de seção circular tem uso comum em redes de esgoto, redes de águas
pluviais e bueiros, nas quais a vazão a ser conduzida é menor. Da mesma forma, as seções
triangulares são empregadas em canais como as sarjetas rodoviárias e urbanas, todos com
pequenas dimensões.
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As medidas necessárias observadas foram a coluna de água "H" sobre o vertedouro e


as alturas das lâminas d'água "h1" em um ponto no início do fluxo, "h2" no centro do
vertedouro e "h3" na transição do regime laminar para o turbulento.
A Figura 3 representa a seção transversal do canal de escoamento, com sua largura e a
altura do vertedouro. A Figura 4 trás as quatro alturas d'água mencionadas e os pontos onde
são tomadas.

Figura 3. Fonte: Os autores Figura 4. Fonte: Os autores


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2.2 Cálculos

L = 10 cm = 0,1 m; H = 3,6 cm = 0,036 m


h1 = 6,2 cm = 0,062 m; h2 = 2,2 cm = 0,022 m; h3 = 1,4 cm = 0,014 m.

⋆ Vazão:

⋆ Velocidades:

⋆ Ressaltos Hidráulicos - Número de Froude:

⋆ Raios Hidráulicos:
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3 SEGUNDO EXPERIMENTO - PERDA DE CARGA

3.1 Descrição

Neste experimento deve-se equacionar a perda de carga em um canal de escoamento


devido a um obstáculo, no caso, um vertedouro de parede espessa, que gera ressalto
hidráulico.
De acordo com Cordero (2010), canais de escoamento, condutos livres e canais
abertos tratam-se de condutos em que o líquido, independente da pressão existente na
tubulação – como em condutos forçados-, esteja sujeito à pressão atmosférica e a inclinação
do fundo do canal e da superfície da água. Pode-se citar, por exemplo, canais artificiais de
irrigação e drenagem, condutos de drenagem subterrânea, aquedutos abertos, esgotos, e até
canalizações fechadas nas quais o líquido não enche completamente a seção, como tipos de
canais de escoamento.
Foi medida no local a altura de água "H" sobre o vertedouro e as alturas das lâminas
d'água "h1" no início do fluxo e "h2" no fim do fluxo.
A Figura 5 representa as três alturas mencionadas e o comprimento total do canal de
escoamento, em centímetros.

Figura 5. Fonte: Os autores


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3.2 Cálculos

L = 10 cm = 0,1 m; H = 6,7 cm = 0,067 m; h1 = 9,3 cm = 0,093 m; h2 = 4,9 cm = 0,049m.

⋆ Vazão:

⋆ Velocidades:

⋆ Perda de carga total:

⋆ Perda de carga por metro:


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4 CONCLUSÃO

Utilizando-se a equação de Bernoulli percebe-se que a perda de carga total foi igual a
0,0305 m. Como o comprimento do equipamento para ensaio é de 2,9 metros chega-se ao
resultado de uma perda de carga metro a metro de 0,01052.
A vazão encontrada foi de 0,001168 m³/s, e com as alturas encontradas calcularam-se
as áreas, o que permitiu encontrar as velocidades para calcular o número de Froude, que serve
para caracterização dos regimes de escoamento quanto à energia.
O número de Froude é um adimensional importante em Hidráulica, representando a
razão entre as forças inerciais e gravitacionais que atuam no escoamento, permitindo o
estabelecimento de diferentes interpretações. A condição crítica de escoamento corresponde
ao limite entre os regimes fluvial e torrencial.
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5 BIBLIOGRAFIA

AZEVEDO NETTO, J. M. de. Manual de hidráulica. Editora Edgar Blucher Ltda. 8ª Ed,
1998.

BAPTISTA, M.; LARA, M. Fundamentos de engenharia hidráulica. Belo Horizonte:


Editora UFMG, 2003.

CORDERO, A. Apostila de Hidráulica. Disponível em:


www.ebah.com.br/content/ABAAAA60oAL/apostila-hidraulica
Acesso em 10 nov 2012.

MELLO, C. R. de; PEREIRA, G. M. Hidrometria. Disponível em:


<http://www.deg.ufla.br/site/_adm/upload/file/6_Aula%20pratica%206.pdf >
Acesso em 10 nov. 2012.

NEVES, E. T. Curso de hidráulica. São Paulo: Globo, 1989.

OLIVEIRA, C. W. Vertedouros ou Vertedores.


<http://pt.scribd.com/doc/57890164/Vertedouros > Acesso em 11 nov 2012.

PORTO, Rodrigo de Melo. Hidráulica básica. 4ª ed. São Carlos – EESC – USP, 2006.

USP, 2004. Experiências de laboratório. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo,


Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária.

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