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Para resolver esse caso, vamos partir da equação geral da condução de calor, deduzida
na aula anterior, isto é:
q ''' 1 T
2T G
k t
d 2T
Assim, com essas condições, vem que 0 , e a solução procurada é do tipo T(x).
x 2
dT
Para resolver essa equação considere a seguinte mudança de variáveis:
dx
d
Logo, substituindo na equação, vem que 0
dx
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 22
d C , ou seja: C
1 1
dT dT
Mas, como foi definido C1
dx dx
Integrando a equação mais uma vez, vem:
Para se obter as constantes C1 e C2, deve-se aplicar as condições de contorno que, nesse
exemplo, são dadas pelas temperaturas superficiais das duas faces. Em termos
matemáticos isso quer dizer que
(A) em x = 0 T T1
(B) e em x = L T T2
De (A): C2 T1
T2 T1
e de (B): T2 C1 L T1 C1
L
Assim, x
T ( x) (T2 T1) T1
L
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qG''' 1 T
A equação geral é da forma T
2
k t
1 T 1 2T 2T qG''' 1 T
r
r r r r 2 2 z 2 k t
Introduzindo as simplificações:
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d dT
r 0 , onde a solução procurada é do tipo T T (r )
dr dr
Solução:
dT dT
d r dr dr 0dr C 1 r
dr
C1
dr
dT C 1
r
C2
T r C1 ln(r ) C2
(A) r ri T Ti Ti C1 ln(ri ) C2
(B) r re T Te Te C1 ln( re ) C2
ri T T
Fazendo-se (A) – (B), temos que Ti Te C1 ln , ou C1 i e
re r
ln i
re
Ti Te
T r
r
ln Te
ri re
ln
re
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 25
T
Ti Lei logarítmica
Te
ri re
raio
dT
O fluxo de calor é obtido por meio da Lei de Fourier, isto é, qk
dr
Atenção a esse ponto, a área A é a área perpendicular ao fluxo de calor e não a área da
seção transversal. Portanto, trata-se da área da “casquinha” cilíndrica ilustrada abaixo.
d
q k 2rL [C1 ln( r ) C 2 ]
dr
ou, efetuando a derivação, temos:
1
q 2kLrC1
r
ou, ainda: q 2kLC1
q 2kL
Te Ti
Substituindo, C1 : r (W)
ln i
re
q 2kL (Te Ti )
q ''
A 2rL ri
ln
re
k (Te Ti )
q ''
r ri
W m2
ln
re
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 26
𝑄0̇ 1200 𝑊 𝑊
Solução: O fluxo de calor na superfície interna é dada por, 𝑞̇ 0 = 𝐴 = 0,03 𝑚2 = 40000 𝑚2.
𝑏𝑎𝑠𝑒
A partir da equação de difusão do calor e as hipóteses admitida obtemos a equação diferencial
abaixo:
𝑑2 𝑇
=0
𝑑𝑥 2
Integrando a equação acima duas vezes obtemos o perfil de temperatura:
𝑑𝑇
𝑑𝑥
= 𝐶1 . Integrando mais uma vez obtemos, 𝑇(𝑥) = 𝐶1 𝑥 + 𝐶2 . C1 e C2 são as constantes de
integração e são obtidas aplicando as condições de contorno.
Condição de contorno 1: Na superfície interna,
𝑑𝑇 𝑞̇
𝑥 = 0, −𝑘 𝑑𝑥| = 𝑞̇ 0 , o que indica que −𝑘𝐶1 = 𝑞̇ 0 e 𝐶1 = − 𝑘0
𝑥=0
Condição de contorno 2: Na superfície externa,
𝑑𝑇
𝑥 = 𝐿, 𝑇(𝐿) = 𝐶1 𝐿 + 𝐶2 e −𝑘 = ℎ[𝑇(𝐿) − 𝑇∞ ] → −𝑘𝐶1 = ℎ[(𝐶1 𝐿 + 𝐶2 ) − 𝑇∞ ]
𝑑𝑥
𝑞̇ 0 𝑞̇ 0 𝑞̇ 0
Substituindo 𝐶1 = − e resolvendo para obter C2, temos: 𝐶2 = 𝑇∞ +
ℎ
+
𝑘
𝐿 . Substituindo
𝑘
as constantes no perfil de temperatura obtemos:
𝐿−𝑥 1
𝑇(𝑥) = 𝑇∞ + 𝑞̇ 0 ( + )
𝑘 ℎ
Aplicando os valores na equação acima para 𝑥 = 0 e 𝑥 = 0,5 𝑐𝑚 encontramos a
temperatura da superfície interna e externa respectivamente.
𝑊 0,005 𝑚
𝑇(0) = 20°𝐶 + 400000 = 533°𝐶
𝑚 𝐾 15 𝑊 +
2 1
𝑚°𝐶 𝑊
( 80 2 )
𝑚 °𝐶
40000𝑊
2
𝑇(𝐿) = 20°𝐶 + ( 𝑚 ) = 520°𝐶
𝑊
80 2
𝑚 °𝐶
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Notas de aula de PME 3361 – Processos de Transferência de Calor 27
3.2. Um tubo por onde passa vapor de água possui as seguintes dimensões: comprimento, L=20
m; raio interno r1= 6 cm; raio externo r2=8 cm; e condutividade térmica, k= 20W/m°C. A
temperatura média da superfície interna e externa, T1=150°C e T2=60°C, são mantidas
constantes. Obtenha a distribuição de temperatura da parede do tubo e determine a perda de
calor do vapor por meio da parede do tubo.
Hipóteses:
1. Regime estacionário
2. Condução de calor unidimensional
3. As propriedades físicas
4. Sem geração calor
Solução: Da equação de difusão de calor para
coordenada cilíndrica,
𝑑 𝑑𝑇
(𝑟 ) = 0
𝑑𝑟 𝑑𝑟
𝑑𝑇
Integrando uma vez temos, 𝑟 𝑑𝑟 = 𝑐1 e integrando mais
uma vez obtemos o perfil de temperatura:
𝑇(𝑟) = 𝐶1 ln 𝑟 + 𝐶2
Aplicando as condições de contorno para determinar as constantes,
𝑇 −𝑇
C.C 1: 𝑟 = 𝑟1 𝑇(𝑟1 ) = 𝑇1 = 150°𝐶 → 𝑇1 = 𝐶1 ln 𝑟1 + 𝐶2 →𝐶1 = 2 𝑟21
ln( )
𝑟1
𝑇2 −𝑇1
C.C 2: 𝑟 = 𝑟2 𝑇(𝑟2 ) = 𝑇2 = 60°𝐶 → 𝑇2 = 𝐶1 ln 𝑟2 + 𝐶2 →𝐶2 = 𝑇1 − 𝑟 ln(𝑟1 )
ln( 2)
𝑟1
Substituindo as constantes no perfil de temperatura obtemos:
𝑟
ln ( )
𝑟1
𝑇 (𝑟) = ( 𝑟 ) (𝑇2 − 𝑇1 ) + 𝑇1
ln (𝑟2 )
1
A taxa de calor do vapor é determinada utilizando a lei de Fourier,
𝑑𝑇 𝐶1 𝑇1 − 𝑇2
𝑄̇𝑐 = −𝑘𝐴 = −𝑘(2𝜋𝑟𝐿) = −2𝜋𝑘𝐿𝐶1 = 2𝜋𝑘𝐿 𝑟
𝑑𝑟 𝑟 ln(𝑟2 )
1
Substituindo os valores numéricos obtemos:
𝑊 (150 − 60)°𝐶
𝑄̇ = 2𝜋 (20 ) (20 𝑚) = 786 𝑘𝑊
𝑚°𝐶 0,08
ln(0,06)
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