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NOTA:
Lab. de Físico-Química – Turma: A
Grupo: 3
Lab. de Físico-Química
H+
𝐶12 𝐻22 𝑂11 (𝑎𝑞) → 𝐶6 𝐻12 𝑂6 (𝑎𝑞) + 𝐶6 𝐻12 𝑂6 (𝑎𝑞) (1)
Para atingir o objetivo desse experimento é necessário deixar o meio ácido para que ocorra a
hidrolise, dessa forma, foram preparadas duas soluções, uma de 2mol.L-1 e outra de 4 mol. L-1, de
ácido clorídrico (HCl) de 50 mL para usar no meio. O cálculo para o preparo da solução foi o
seguinte:
𝐶1 𝑉1 = 𝐶2 𝑉2 (2)
𝜌 1,189
𝐶2 = ∗ 𝑝𝑢𝑟𝑒𝑧𝑎 = ∗ 0,38 = 0,01239 𝑚𝑜𝑙. 𝑚𝐿−1
𝑀𝑀 36,46
Tabela 1. Dados dos ângulos da água (branco), da solução de sacarose e da solução de sacarose
diluída
α (solvente) 0,02º
α (sacarose) 26,24º
α (sol, t=0) 12,91º
A sacarose, na preparação com água, sofre uma hidratação e, por consequência, a rotação
ótica ocorre de maneira mais lenta. Dessa forma, foi considerado o ângulo no tempo zero da reação
a partir da diluição da solução de sacarose preparada em água. Os ângulos foram medidos de 5 em 5
minutos, os valores da rotação específica da sacarose foram considerando a diluição da solução
original de sacarose em soluções de HCl de 2M e 4M, sendo para a de 2M em um tempo total de 40
minutos e a de 4M em 30 minutos. Os seguintes dados foram obtidos:
Tabela 2. Dados dos ângulos da reação da solução de sacarose com HCl 2M e com HCl 4M
Tempo (min) Ângulo de Rotação (º) 4M Ângulo de Rotação (º) 2M
de HCl de HCl
0 12,91 12,91
5 10,05 15,23
10 7,6 10,15
15 5,49 9,16
20 3,72 8,26
25 2,23 7,44
30 1,00 6,66
35 - 5,95
40 - 5,27
∞ -4,07 -3,79
1 α (corr,t=0)−α (corr,t=∞)
𝑘 = ( ) ∗ ln ( ) (4)
𝑡 α (corr,t)−α (corr,t=∞)
Desta maneira, a equação (4) pode ser escrita analogamente da forma linearizada, y = a+bx:
A equação da reta representada acima pode ser obtida por meio de uma regressão linear
considerando os formatos para os coeficientes linear “a” e angular “b”, também conhecido como
método dos mínimos quadrados:
(6)
(7)
71,1913 900 7
80,6604 1225 8 x2 = 5100
89,3723 1600 9
A partir das equações de “a” e “b” os coeficientes para a reta forma encontrados pelo
método dos mínimos quadrados. Assim, considerando os valores das Tabelas 4 e 5, chegou-se aos
valores dos coeficientes:
Tabela 6. Dados dos coeficientes linear, angular e constante de velocidade calculados pelo Método
dos Mínimos Quadrados.
Mistura a b k
Sacarose 2,8814 -0,0169 0,0169
(2M)
Sacarose 2,8361 -0,0416 0,0416
(4M)
A constante de velocidade pode ser obtida também por meio do coeficiente angular
resultante do gráfico ln[α(corr,t)-α(corr,t=∞)] versus o tempo. A partir dos dados da Tabela 3, foi
plotado os seguintes gráficos:
No gráfico 2, foi necessário retirar o valor de 5 minutos para se obter um melhor valor de
2
R.
00.003
ln[α(corr,t)-α(corr,t ∞)]
y = -0,0416x + 2,8361
R² = 0,9988
00.002
00.002
ln[α(corr,t)-α(corr,t ∞)]
00.001 Linear (ln[α(corr,t)-α(corr,t ∞)])
00.001
00.000
0 5 10 15 20 25 30 35
Tempo (min)
Portanto, a partir das equações de reta obtidas pelos gráficos 2 e 3, chegou-se as seguintes
constantes:
Tabela 7. Dados dos coeficientes linear, angular e constante de velocidade pelos gráficos
Mistura a b k
Sacarose 2,8127 -0,0147 0,0147
(2M)
Sacarose 2,8361 -0,0416 0,0416
(4M)
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Na reação os íons hidrônio têm como função catalisar o processo e a sua concentração será
diretamente proporcional à velocidade da reação, o que pode ser observado no experimento uma
vez que a constante de velocidade para a reação utilizando a solução de 4 mol.L-1 de HCl foi maior
que a constante utilizando 2 mol.L-1.
As substâncias utilizadas durante o experimento são opticamente ativas, ou seja, são
substâncias capazes de girar o plano da luz polarizada. A sacarose e a glicose desviam o plano da
luz polarizada para a direita, ou seja, são substâncias dextrogiras. Já a frutose desvia o plano da luz
polarizada para a esquerda, o que a caracteriza como ama substância levogira.
Dessa forma, no início da reação foi observada uma rotação ótica para a direita, pois só a
sacarose estava presente. No decorrer da reação, este desvio foi se tornando cada vez menor, devido
a formação de frutose, chegando a ser observado uma rotação levogira. Após um longo período, a
solução se torna levogira indicando alta presença de frutose.
No que diz respeito a ordem de reação da inversão da sacarose, embora frequentemente haja
coincidência entre a ordem e a molecularidade das reações, como a água está presente em
quantidade acentuada, embora bimolecular, nesse caso a reação será representada por uma
expressão de primeira ordem, equação denominada como pseudo-molecular.
Temos que a velocidade de consumo da sacarose é:
−𝑑[𝑆]
= 𝐾 ′ . [𝑆]. [𝐻2 𝑂][𝐻 + ]
𝑑𝑡
Trabalhando com o excesso de água, sua variação pode ser considerada desprezível, de
modo que a concentração de água [𝐻2 𝑂] pode ser considerada constante. Como o ácido é
catalizador, [𝐻 + ] é constante, logo essas duas concentrações podem ser englobadas na constante de
reação.
𝐾 = 𝐾 ′ [𝐻2 𝑂][𝐻 + ]
−𝑑[𝑆]
= 𝐾. [𝑆]
𝑑𝑡
Tornando-se assim uma reação de pseudo primeira ordem. Como esperado, o R medido
muda de acordo com a concentração do ácido utilizado (HCl), mas sua constante de velocidade não
dobra proporcionalmente à sua concentração. Isso pode ser explicado devido a constante depender
de outras variáveis além da concentração de 𝐻 + , tais como a concentração de água e a temperatura.
As impurezas nas soluções são fatores que podem atrapalhar o caminho óptico pelo qual a luz passa
e é um fator que interfere na medida do desvio.
Os erros relativos aos valores encontrados na literatura foram:
Para uma mistura com a solução de 2M de HCl tem-se K= 0,0137 min-1
0,0147 − 0,0137
%𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = ∗ 100% = 7,2993%
0,0137
Para a mistura com a solução de 4M de HCl tem-se K = 0,0448 min-1
0,0416 − 0,0448
%𝑒𝑟𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 = ∗ 100% = −7,1429%
0,0448
Conclusão (2,0)
Lab. de Físico-Química
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- Somente incluir referências efetivamente utilizadas, todas as referências incluídas devem estar
citadas no texto, dados, tabelas, fórmulas e/ou gráficos onde foram utilizadas.
- Referências da internet devem conter o link completo utilizado e data.
[1] Shoemaker, D. P.; Garland, C. W. & Nibler, J. W., Experiments in Physical Chemistry, 5ª Ed.,
New York, Mc Graw-Hill Publishing Company, 1989.
[2] ATKINS, P. W. Físico - Química, v. 2, Rio de Janeiro: LTC, 1999.
[3] Dr. Herman, Bonnie Jenkins, Jennifer Williams, INVERSION OF SUCROSE; KINETICS OF A
PSEUDO-FIRST ORDER REACTION DETERMINED BY POLARIMETRY DIFFERENTIAL
EQUATIONS, Nov. 6, 1996
[4] LAB REPORT ON THE VELOCITY OF THE INVERSION OF SUCROSE IN ACID
SOLUTION, http://www.art-xy.com/2011/11/lab-report-on-velocity-of-inversion-of.html
[5] D. Stern, Guide to Informatlon Sources in the Physical Sciences, Libraries Unlimited,
Englewood, CO (2000).
[6] DEXTROGIRO. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2020.
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Dextrogiro&oldid=59309107>. Acesso
em: 19 set. 2020.