​Relatório de Experimento

NOTA : 
Lab. de Físico-Química – Turma: D 

POLARIMETRIA - CINÉTICA DA INVERSÃO DA SACAROSE

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Data de realização do experimento: 15/09/20

Grupo _____________

Nome / Matrícula Alexandre de Oliveira Faria/ 170078736

Nome / Matrícula Luana Iolanda Nunes Muniz/ 150015623

Nome / Matrícula Nathália Setsu Uemura Shinzato/ 150142935

Não escrever abaixo deste ponto – Uso exclusivo do professor

Data de entrega do relatório ______________

Cálculos e Resultados ( 4,0 ): ______________

Discussão ( 4,0 ): ______________

Conclusão ( 2,0 ): ______________

Referência: ( ) sim ( ) não

Pontos negativos por ausência de referência: ______________

Pontos negativos por atraso: ______________

 ​Resultados (4,0)
 
Lab. de Físico-Química 

Este experimento tem como objetivo a determinação da rotação específica da sacarose e da

constante de velocidade de sua hidrólise.

Resultados:

Inicialmente, realizou-se o cálculo para as soluções de 2 mol.L​-1 e 4 mol.L​-1 de HCl com os

dados da tabela abaixo:

Tabela 1.​ Dados para o preparo das soluções

MM (g.mol​-1​) Pureza ( %) Densidade (g.mL​-1​)

36,46 38 1,189

Sabe-se que a concentração é dada por:

n
C = V
​ ​(Equação 1)

Onde V é o volume da solução e n o número de mols, que podem ser calculados por:

m
n= MM
(Equação 2)

Igualando as equações 1 e 2, calculou-se o volume necessário de HCl para o preparo de 50

mL de solução:

m
C = M M .V
​(Equação 4)

Substituindo valores na equação:

m
2 mol/L = 36,46 g/mol. 0,05 L

m = 3, 646 g

Repete-se esse cálculo para a solução de​ ​4 mol.L​-1 ​e obtém-se o valor de 7,292 g.
 Em seguida, substitui-se os valores das massas na equação abaixo para obter o volume da
solução de 2 mol.L​-1​ de HCl.

m
V = ρ
​(Equação 3)

3,646 g
V = 1,189 g/mL

V = 3, 066 mL

Repete-se esse cálculo para a solução de​ ​4 mol.L​-1 ​e obtém-se o valor de 6,133 mL.

Sabendo que a pureza da solução de HCl é de 38%, calcula-se o volume necessário para o
preparo das soluções.
Primeiro para 2 mol/L:
3, 066 mL − 38%
x − 100%
x = 8,06​ mL

Depois para 4 mol/L, o resultado foi de 16,14 mL. Dessa forma, os resultados encontram-se
na tabela abaixo:

​Tabela 2. ​Volumes para as soluções de HCl

Concentração 2 mol.L​-1 4 mol.L​-1

Volume 8,06 mL 16,14 mL

Após os cálculos iniciais, começa-se a parte experimental da polarimetria. Aqui, faz-se o

branco e os demais parâmetro iniciais do experimento, como estão dispostos na tabela abaixo:

Tabela 3​. Dados dos ângulos da água, da solução de sacarose e da solução de sacarose diluída.
 A inversão da sacarose é uma reação que se desenvolve muito lentamente em água pura,
mas em meio ácido consegue-se acelerar esta reação. Para observar este acontecimento, tem-se os
dados dos ângulos observados em intervalos de 5 minutos abaixo:

Tabela 4​. Dados dos ângulos da reação da solução de sacarose com HCl 2 M.

Tabela 5​. Dados dos ângulos da reação da solução de sacarose com HCl 4 M

A atividade óptica de uma substância em solução é definida como:

[α] Dt = α
l.C (Equação 4)

Para o cálculo da atividade óptica da sacarose, utilizou-se o ângulo de rotação específica da

Tabela 3. Substituindo os valores na equação 4, tem-se:

26,24º
[α] Dt = 2 dm . 10g/50mL = ​+65,6º
Para o cálculo dos ângulos a serem determinados, usa-se as seguintes equações:

α (corr, t ) = α (mix, t) − α (solv) Equação 5

α (corr, t = 0) = α (sol, t = 0) − α (solv) Equação 6

α (corr, t = ∞) = α (mix, t = ∞) − α (solv) Equação 7

Onde, α (sol) = ângulo de desvio da luz polarizada pelo solvente (água destilada);

α (sol, t = 0) = ângulo de desvio da luz polarizada para a solução de sacarose para t = 0

α (mix,t) = ângulo de desvio da luz polarizada pela mistura (sacarose + ácido) para t, t < ∞;

α (mix,∞) = ângulo da luz polarizada da mistura em t = ∞

Sabendo que ∝ (solv)=0, pode-se calcular ∝ (corr, t = 0) , temos:

∝ (corr, t = 0) = 12,91 -0 = para solução diluída de sacarose
∝ (corr, t = 0) = 26, 24 - 0 = para a solução de sacarose
α (corr, t = ∞ ) = (-3,79) - 0 = para a mistura com HCl 2M
α (corr, t = ∞ ) (-4,07) -0 = para mistura com HCl 4M

Partindo-se da equação:

k = 1t .ln { ∝(corr,t =0) − α (corr,t = ∞)

α (corr,t ) − α (corr,t = ∞) }​ Equação 8

Podendo ser reescrita como:

ln [ ∝ (corr, t = 0) - α (corr, t = ∞ )] = ln[α (corr, t) − α (corr, t = ∞)] − k t
Que corresponde a uma equação do tipo y= A+BX
ln [∝(corr, t = 0) − α (corr, t = ∞)] = A
ln [α (corr, t) − α (corr, t = ∞)] = Y
− kt = B X
 A partir dos cálculos realizados construísse as tabelas abaixo:

Tabela 6.​ Dados experimentais para a construção do gráfico para linearização dos resultados, da
solução de 2 mol/L

Número da x (t/min) α (mix,t) α (corr,t) Y x² xy

Leitura

1 5 15,23 15,23 2,94 25 14,7

2 10 10,15 10,15 2,63 100 23,6

3 15 9,16 9,16 2,56 225 38,4

4 20 8,26 8,26 2,49 400 49,8

5 25 7,44 7,44 2,42 625 60,5

6 30 6,66 6,66 2,35 900 70,5

7 35 5,95 5,95 2,28 1225 79,8

8 40 5,27 5,27 2,20 1600 88

∞ ∞ -3,79 -3,79 ∞ ∞ ∞

Tabela 7.​ Dados experimentais para a construção do gráfico para linearização dos resultados, da
solução de 4 mol/L

Número da x (t/min) α (mix,t) α (corr,t) Y x² xy

Leitura

1 5 10,05 10,05 2,68 25 13,4

2 10 7,60 7,60 2,46 100 24,6

3 15 5,49 5,49 2,26 225 33,9

4 20 3,72 3,72 2,05 400 41

5 25 2,23 2,23 1,84 625 46

6 30 1,00 1,00 1,62 900 48,6

∞ ∞ -4,07 -4,07 ∞ ∞ ∞
 Para calcular o valor da constante de velocidade da hidrólise da Sacarose para as ​soluções de
2 mol/L e 4 mol/L, construiu-se os Gráficos 1 e 2 plotou-se os gráficos que estão nas Figura 1 e 2,
respectivamente. Relacionando y= ln [α(corr,t)-α(corr,t∞)] em função de x = t/min.

Figura 1.​ Linearização dos dados experimentais para a concentração de 2 mol/L de HCl.

Figura 1.​ Linearização dos dados experimentais para a concentração de 4 mol/L de HCl​.
 O coeficiente angular da reta é igual a –kt. Portanto, é possível calcular –kt pelos Gráficos 1
e 2. A tabela abaixo, encontra-se os constante de hidrólise da sacarose para cada concentração.

Tabela 9. ​Valores de k

Concentração de HCl Valor de k

2 mol.L​-1 1, 82.10−2

4 mol.L​-1 4, 21.10−2
 Discussão  (4,0)
 
Lab. de Físico-Química 

A inversão da sacarose em glicose e frutose na água pura ocorre de maneira muito lenta. Por
este motivo, preparou-se uma solução de 4M e 2M de ácido clorídrico para acelerar e viabilizar a
medição do ângulo de rotação de 5 em 5 minutos e calcular a constante cinética da hidrólise da
sacarose.
Foi observado que para cada tempo, o ângulo de rotação da solução ácida de 4M possui um
valor menor em relação a solução de 2M. Isto ocorre, pois no início da reação a luz polarizada está
desviada para direita, e à medida que a reação ocorre a luz passa a se deslocar para a esquerda,
apresentando um valor menos positivo.
A partir dos dados brutos fornecidos foi calculado a atividade óptica da sacarose e obteve-se
um valor relativamente próximo ao da literatura. A diferença do valor teórico para o experimental
deve-se a fatores como temperatura, pressão e erros sistemáticos.
Na Figura 1, foi observado um ponto, em t=10 minutos, que destoa da linha do gráfico
ocasionando uma diminuição significativa do coeficiente de determinação (​R²) indicando que o
modelo não possui um bom ajuste aos dados. Entretanto, como essa discrepância só foi observada
em um único ponto pode-se associar este ponto a um erro de medição ou ao erro sistemático. Já na
Figura 2 observou-se um coeficiente de determinação satisfatório indicando que o modelo possui
um bom ajuste aos dados experimentais.
 ​Conclusão  ( 2,0 )
 
Lab. de Físico-Química 

Conclui-se que, o experimento realizado, é viável para a obtenção da constante

cinética da hidrólise da sacarose. Assim como a determinação da rota específica e a
mudança do ângulo, na conversão, foi bem observada.
A partir dos dados obtidos, notou-se que a constante cinética da mistura 4M, foi
maior do que a da mistura 2M. Sendo assim, a conversão é mais rápida, quando a
concentração de ácido for maior, algo que já era esperado. Tendo em vista que a inversão da
sacarose é uma reação que acontece lentamente em água pura e pode ser acelerada com o
decorrer que a concentração do ácido aumenta.
 Referências 
 
Lab. de Físico-Química 
 

[1] O Polarímetro na determinação de concentrações de soluções. Disponível

em<http://educa.fc.up.pt/ficheiros/fichas/652/O%20Polar%EDmetro.pdf> acesso em 20 de
setembro de 2020.
[2] ATKINS, P. W. Físico-Química. v. 2, Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1999