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MATERIAIS E REAGENTES

 Comprimidos de permanganato de potássio (KMnO4);


 Água filtrada;
 Água oxigenada comercial de 10 volumes;
 Solução de bateria a base de ácido sulfúrico (H 2SO4) 20%
 Recipientes transparentes;
 Copos transparentes de vidro de aproximadamente 200 mL;
 3 seringas de 60 mL;
 Termômetro digital;
 Água morna.
PROCEDIMENTO
- Inicialmente, calculou e preparou-se a solução de ácido sulfúrico
(H2SO4) na proporção 1:5 (v/v);
- Depois disso, preparou-se uma solução de permanganato de potássio
de concentração igual a 0,02 mol. L-1 e de volume igual a 200 mL;
- Posteriormente, com o auxílio de uma seringa de 60 mL, aferiu-se 5 mL
da água oxigenada de 10 volumes e transferiu-se para um recipiente; depois
disso, aferiu-se 95 mL de água filtrada e adicionou-se ao mesmo recipiente;
- Por seguinte, com a ajuda de uma seringa de 60 mL, aferiu e
transferiu-se 20 mL da solução de água oxigenada para um copo de vidro de
aproximadamente 200 mL; depois disso, adicionou-se 50 mL da solução de
ácido sulfúrico;
- Calculou-se o valor teórico do ponto final da titulação e, com os
resultados conhecidos, adicionou-se à mistura anterior, cerca de 80% desse
valor da solução de permanganato de potássio; depois, aqueceu-se a água, até
atingir a temperatura entre 55 e 60ºC, para a realização da titulação em banho
maria. Tal temperatura foi aferida com um termômetro digital;
- Prosseguiu-se com a titulação, em banho maria, até que a mistura
apresentou uma delicada coloração rosa, que persistiu por cerca de 30
segundos;
- Tais procedimentos foram repetidos por mais duas vezes; observou e
anotou-se os resultados obtidos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A solução de bateria de carro a base de ácido sulfúrico encontrado tinha
34% do ácido; logo, para obter a concentração desejada (20%), foram
necessários o cálculo e a realização da diluição, como demostrado a seguir:
Ti. Vi=Tf . Vf
34 % .Vi=20 % . 200 mL
Vi=117,65 mL
Com isso, foram aferidos 117,65 mL da solução de ácido sulfúrico 34% e
foi adicionada água filtrada ao ácido sulfúrico até atingir 200 mL:
Para o preparo da solução de permanganato de potássio, foi calculado a
sua massa necessária que, teoricamente, seriam necessários 0,632g do
reagente:
m
M=
mm . v
m
0,02 mol . L−1=
g
( 158
mol )
. 0,2 L

m=0,632 g
Todavia, os comprimidos utilizados nesse experimento tinham 100 mg
de permanganato de potássio, respectivamente; pela a ausência de
equipamentos analíticos como a balança, foram utilizados 7 comprimidos,
totalizando uma massa de 700mg (0,7g) para que o valor utilizado fosse
próximo da massa teórica calculada. Com isso, a concentração molar passou a
ser 0,02215 mol. L-1 (figura 1):

0,632 g
M=
g
( 158
mol ). 0,2 L

M =0,02215 mol . L−1


Com a concentração molar do permanganato de potássio conhecida,
prosseguimos os cálculos a fim de encontrar o seu volume necessário para
alcançar o ponto final da titulação. Para isso, realizamos algumas relações
matemáticas: a reação da decomposição do peróxido de hidrogênio (H 2O2),
pode ser representada pela seguinte reação química:
2 H 2 O2 → 2 H 2 O+O2
Com esse conhecimento, relacionamos a massa molar do peróxido
de hidrogênio com o volume molar do gás oxigênio, estabelecido pelas
condições normais de temperatura e pressão (CNTP). Por ser adotada a
água oxigenada 10 volumes na prática, utilizamos tal informação nos
cálculos a seguir:

34 g
2.( de peróxido de hidrogênio)
mol ¿

g
x 10 L
mol ¿
g
x=30,35
mol

1 mol¿ 34 g
x¿
x=0,893 mol
Com a molaridade conhecida, foi possível descobrir a concentração
molar real e diluída do peróxido de hidrogênio (H 2O2); por ser realizada uma
diluição de 20 vezes da amostra de água oxigenada, calculamos a razão entre
a concentração molar real e o fator de diluição 20:
0,893 m ol
[ H 2 O2 ] = 1L
= 0,893 mol. L-1

0,893 mol
[ H 2 O2 ] diluída= 0,02 L
= 0,04465 mol. L-1

Com tais valores conhecidos, calculamos então o volume teórico da


solução de permanganato de potássio para a realização da titulação; a reação
química entre o permanganato de potássio e o peróxido de hidrogênio pode ser
representada pela seguinte equação química (equação 1), com seus
respectivos coeficientes estequiométrica:
Equação 1
+ ¿+5O ❑ +8H O ¿
2(aq ) 2 (l)
❑ + ¿2 Mn( aq) ¿
−¿+5 H 2 O2(aq )+6 H (aq) ¿
2 MnO (aq)

Observamos que a proporção estequiométrica entre o KMnO 4 e o H2O2 é


de 2:5; com isso, podemos fazer a seguinte relação:
5 nKMn O❑4 =2 n H 2 O❑
2
5. [ KMnO❑
4 ] . v=2. [ H 2 O 2 ] . v

Equação
2
5. ( 0,02215 mol . L−1 ) . v=2. ( 0,04465 mol . L−1) .0,02 L
v=16,12 mL de KMn O❑4
Então, segundos os cálculos teóricos seriam gastos 16,12mL de
permanganato na titulação. Segundo as instruções para a realização da
prática, era necessário adicionar, inicialmente, 80% desse valor teórico
encontrado ao peróxido de hidrogênio em meio ácido; então realizamos o
seguinte cálculo:
16,12 mL _______ 100%
x mL _______ 80%
x = 12,9 mL de permanganato de potássio
Tal valor da solução é suficiente para gerar saturação no sistema,
formando, portanto o íon Mn 2+, que age como um catalisador da reação
química. Ao adicionar esse volume à solução de água oxigenada, observou-se
a formação de bolhas, juntamente com o desaparecimento da coloração roxa
do meio.
Após isso, realizou-se a titulação em triplicadas, em banho maria
(58,9ºC), até que a coloração do meio tornou-se rosa delicada (figura 2 e 3):
Figura 3 – Coloração da amostra A1 após titulação

Na primeira tentativa, os respectivos resultados obtidos nas titulações


foram estes, apresentados na tabela seguinte (Tabela 1):
Tabela 1 – Valores obtidos da triplicada (primeira tentativa)
Por observarmos que o valor gasto do titulante estava muito distante do
valor teórico, fizemos novamente a prática (figura 4). Obtivemos, por fim, os
seguintes resultados:
Figura 4 – Coloração da amostra A4 após titulação

Tabela 2 – Valores obtidos da triplicada (segunda tentativa)


Volume total gasto
Amostras [H2O2] (mol.L-1)
do titulante (mL)
A4 24 6,645.10-2
A5 24 6,645.10-2
A6 25 6,921.10-2
Média 6,74. 10-2
Os resultados obtidos na segunda triplicada são ligeiramente mais
próximos do valor teórico calculado (16,12 mL), se comparada com a primeira
tentativa. Acreditamos que erros de aferição no preparo da solução de ácido
sulfúrico 20% tenham provocado os resultados da primeira tentativa.
Fatores como erro de aferição, a ausência de equipamentos e materiais
adequados, a não pesagem dos reagentes, o desuso de água destilada, a
perda do material, bem como a adoção do reagente (KMnO 4) não padronizado,
podem ter impulsionado a discrepância entre o valor teórico e o valor obtido.
Para calcular a concentração do peróxido de hidrogênio, utilizamos a
equação 2, adotando os respectivos volumes totais gastos do titulante das
amostras, bem como a concentração do titulante e o volume do titulado.
CONCLUSÕES

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