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NOTA :
Lab. de Físico-Química – Turma: A
Grupo: 3
Lab. de Físico-Química
Para a preparação do titulante, utilizou-se surfactante com volume de 50mL para a obtenção
de uma solução de 80 mM de Dodecil Sulfato de Sódio (DSS). Essa solução já se encontrava pronta
para o experimento.
Como descrito no roteiro experimental, foi medida a condutividade da solução de água com
DDS, para diferentes concentrações do surfactante, com o objetivo de determinar a concentração
micelar crítica (CMC) do mesmo (tabela 1). As cinco primeiras e últimas alíquotas da titulação foram
de 1 mL, enquanto o restante foi de 0,5 mL.
A concentração do surfactante na solução, para cada titulação, foi calculada a partir da se-
guinte equação (1):
𝐶𝑡𝑖𝑡 ∗ 𝑉𝑡𝑖𝑡
𝐶𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = (1)
𝑉𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜
𝐾𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 – 𝐾𝑠𝑜𝑙𝑣𝑒𝑛𝑡𝑒
Ʌ = (2)
𝐶
O ponto de intersecção das duas retas corresponde ao valor da CMC. Então, iguala-se as equa-
ções das retas para encontrar essa concentração.
O valor da CMC do DDS em água através de medidas de condutividade foi de 7,14 mmol.L-
1
, o que se aproxima ao valor teórico de 8,00 mmol.L-1 [2]
7,81 − 8,00
𝐸𝑟 = ∗ 100% = −10,75 %
8,00
Sabendo os coeficientes angulares das retas, foi possível calcular o grau de ionização das mi-
celas (α) utilizando a seguinte equação (6):
𝑆3
𝛼 = (6)
𝑆2
Logo,
0,0594
𝛼= 100% = 62,92%
0,0944
Discussão (4,0)
Lab. de Físico-Química
O valor da CMC do Dodecil Sulfato de Sódio (DSS) determinado por condutividade foi obtido
pela intercessão de duas retas. O gráfico 1 mostra a variação da condutividade específica da solução
em função da concentração de DDS adicionado em água.
As retas do gráfico 2 e 3 correspondem ao estado de monômero e micela do tensoativo. O
ponto de intercepção corresponde ao valor da CMC. Antes da CMC, a variação da condutividade é
devida à adição de moléculas do tensoativo à solução. Após a CMC, a variação da condutividade
deve-se ao aumento de micelas no meio e a partir da CMC a concentração do monômero permanece
constante.
Acima da CMC não existe um aumento significativo no número de monômeros isolados e,
consequentemente, a força de coesão das moléculas da superfície é pouco modificada, não se
observando efeitos significativos sobre a tensão superficial da solução. No caso da condutividade
elétrica, a partir da CMC o acréscimo é menor, pois os aglomerados micelares conduzem menos que
os respectivos monômeros individuais.
Pode-se observar que o valor encontrado para a CMC do DDS é muito próximo do encontrado
na literatura, tendo um erro de 10,75% que pode ter ocorrido devido à instabilidade para a leitura da
condutividade.
Como já foi exemplificado, o comportamento antes de se atingir a CMC se deve ao fato de
que o monômero se comporta como um eletrólito forte, no qual a quantidade de íons na solução é
diretamente proporcional à quantidade de eletrólito adicionado. Já após a CMC, a adição do DDS
contribui para a formação das micelas, as quais não são totalmente ionizadas, ou seja, apenas uma
fração α de íons livres ficam disponíveis na solução, caracterizando um eletrólito fraco. No
experimento apenas 62,92% das micelas foram ionizadas. Dessa forma, percebe-se que a adição do
surfactante, após a CMC, não contribui tanto para o aumento da condutividade da solução.
Conclusão ( 2,0 )
Lab. de Físico-Química
Os resultados obtidos neste experimento são próximos aos encontrados na literatura. Como
previsto, pode-se constatar dois tipos de comportamento associados ao surfactante manipulado na
solução aquosa: o primeiro ocorre quando essas espécies se comportam como eletrólitos fortes, o que
ocorre antes da CMC, e o segundo quando elas se comportam como eletrólitos fracos por conta da
formação das micelas, o que ocorre depois da CMC.
A falta de uma homogeneização impecável da solução ao longo da titulação, paralaxe
correspondente à bureta e a precisão pouco confiável do equipamento devido às oscilações do mesmo,
podem ter sido os motivos pelo quais encontrou-se pequenos erros neste trabalho.
Por fim, apesar de alguns erros associados ao experimento, é possível concluir que este
experimento foi eficiente para a determinação do CMC do Dodecil Sulfato de Sódio por
condutividade.
Referências
Lab. de Físico-Química
- Somente incluir referências efetivamente utilizadas, todas as referências incluídas devem estar
citadas no texto, dados, tabelas, fórmulas e/ou gráficos onde foram utilizadas.
- Referências da internet devem conter o link completo utilizado e data.
[1] Weinberg, R.; Pratical capillary electrophoresis, Academic Press, In.: New York, 1993, p.150.
[2] Ivanise Ma Rizzatti e Dilson R. Zanette; Determinação potenciométrica da concentração micelar
crítica de surfactantes: uma nova aplicação metodológica no ensino de Química; Quim. Nova, Vol.
32, No. 2, 518-521, 2009