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Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná


Campus Pato Branco
Curso Superior de Bacharelado em
Química Industrial

Juliana Bertoldi
Juliana da Silva Carvalho
Nathalia Torres Pereira

Relatório da prática 5
Pressão de vapor de um líquido
Entalpia e entropia média de vaporização

Relatório elaborado para a


disciplina de Físico-Química I,
sob a orientação da professora
M.ª Genice Iurckevicz como
requisito parcial para avaliação
do 2º Período.

Pato Branco
Abril de 2016
1. INTRODUÇÃO

O principal objetivo da quinta prática da disciplina de Físico-Química foi


a determinação da entalpia e entropia média de vaporização através de
medidas de pressão de vapor à várias temperaturas.
Para que os resultados fossem obtidos, foi necessário que alguns
conceitos estivessem claros, são eles: pressão de vapor, entalpia e entropia.
A pressão de vapor está diretamente ligada à temperatura, ou seja, ao
aumentar-se a temperatura de um sistema que encontrasse em equilíbrio, uma
nova quantidade de liquido vaporizará, aumentando a pressão da fase gasosa
do líquido (LULEK, J. et. al. Práticas de Físico-Química - Curso de Licenciatura
em Química. 2º edição).
Pode-se ver essa relação entre pressão e temperatura na equação de
Clausius- Clapeyron:

onde, a pressão está diretamente proporcional a temperatura, deste modo a


pressão de vapor ( ΔVvpz ) aumenta com a temperatura (LULEK, J. et. al.
Práticas de Físico-Química - Curso de Licenciatura em Química).
Pela equação acima, vê-se a relação que tanto entalpia de vaporização
( como entropia tem entre si. Sendo, a uma pressão constante:

o calor extraído das vizinhanças é igual ao aumento de entalpia do sistema.


(Castellan, Gilbert Willian. Fundamentos de Físico-Química. 1986. Página 125).
Pela equação da entalpia de vaporização, pode-se manipular a equação
da entropia de vaporização ( , obtendo-se a seguinte igualdade:

Entalpia é uma função de estado, não dependendo do caminho que


ocorre na mudança de estado de determinada substância, neste caso a água
destilada. (ATKINS, P; DE PAULA, J. Físico-Química. 1940. Página 61).
Os principais cuidados que foram tomados foi devido à utilização do fogo
para o aquecimento e posteriormente ebulição da água usada para o
experimento.

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2 MATERIAIS

- 1 proveta de 10 mL; - Cuba


- 1pisseta para água destilada; - Gelo
- Béquer (500 mL); - Tela de amianto;
- 1 termômetro de gradução 1ºC; - Bastão de vidro;
- Garras; - Bico de bunsen.

3 PROCEDIMENTO

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O experimento ilustra a variação da pressão de vapor de um líquido em


relação à temperatura. Os dados obtidos no procedimento estão na tabela abaixo:

Temperatura (ºC) Volume (mL)


80 10
76 9,9
72 9,2
68 8,6
64 8,2
60 8,0
56 7,8
52 7,5
50 7,7
10 6,2

Todos os volumes foram corrigidos subtraindo 0,2 para compensar o


menisco invertido.
Como os dados em mãos, pôde-se calcular a quantidade em mols de ar
seco preso na proveta, para este cálculo, utilizou-se a menor temperatura
obtida, a de 10ºC e a formula: (O valor encontrado está anexado).

n ar seco = P ar seco . V aprisionado corrigido


RT

Depois de encontrado o numero de mols de ar seco, utilizou-se a fórmula


abaixo para achar a pressão de ar seco em cada temperatura.
P ar seco = n ar seco RT
V aprisionado corrigido
A partir dos resultados obtidos com a utilização da fórmula pode-se achar
a pressão de vapor, de cada temperatura, mas para isso temos que saber a
pressão atmosférica no ambiente, utilizou-se uma pressão de 720 mmHg para

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os cálculos, deve-se lembrar que esta pressão atmosférica será a pressão da
mistura gasosa aprisionada no topo da proveta, desconsidera-se o desnível da
água dentro e fora da proveta. Assim obtém-se a formula a seguir:

P aprisionado = P ar seco + P vapor

Com todos os dados em mãos podem-se traçar os gráficos, observa-se


abaixo uma tabela com as informações necessárias, os elementos dessa
tabela são os resultados das contas efetuadas.

Temperatura (K) Pvapor 1/T Log Pvapor


359 160,80 0,002786 2,2062860
4
355 158,49 0,002817 2,2000018
7
351 124,72 0,002849 2,0959361
0
347 89,47 0,002882 1,9516774
4
343 65,57 0,002915 1,8167051
8
339 56,62 0,00295 1,7529698
7
335 47,20 0,002985 1,6739420
O primeiro
0
gráfico 331 23,14 0,003021 1,3643633 mostra a
relação 5 de
327 6,98 0,003058 0,8438554
pressão 2 de vapor
e 323 5,49 0,003096 0,7395723
4
temperatura na escala Kelvin de temperatura.

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Pode-se visualizar no gráfico que quanto maior a temperatura maior a
pressão de vapor, há, portanto, uma proporção entre os dois.
Para a execução do próximo gráfico foi-se necessário fazer o Log da
pressão de vapor e o inverso da temperatura (T -1 ou 1/T), mas para o gráfico
ficar com a função da reta aproximadamente aceitável foi necessário retirar
alguns pontos da tabela, pode-se ver a seguir o resultado:

Temperatura (K) Pvapor 1/T Log Pvapor


359 160,80
355 158,49 0,002817 2,2000018
7
351 124,72 0,002849 2,0959361
0
347 89,47 0,002882 1,9516774
4
343 65,57 0,002915 1,8167051
8
339 56,62
335 47,20
331 23,14
327 6,98 0,003058 0,8438554
2
323 5,49 0,003096 0,7395723
Com este
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último gráfico
podemos achar a entropia e a entalpia do procedimento a partir das fórmulas:

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α = - ∆Hvpz
2,303R
Sendo alfa igual ao coeficiente angular da reta do gráfico Log P x T -1.
Com a aplicação da fórmula acima, foi encontrado um o valor de entalpia
igual a 107,42 KJ (conta em anexo).
Com o valor de ∆H foi possível encontrar o ∆S (entropia) a partir da
fórmula:
∆S vap = ∆H vap
T vap
Sendo encontrado o valor de 288,01 J/K.
Com isso, pode-se comparar com os valores da literatura que os valores
de ∆S e ∆H são muito superiores que o desejado.
Dados da literatura (ATKINS, P; DE PAULA, J. Físico-Química, Tabela
3.2. Página 368):
Entalpia: 40,7KJ/mol
Entropia: 109,1J/K.mol

5 CONCLUSÃO

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8
6 REFERÊNCIAS

CASTELLAN, Gilbert Willian. Fundamentos de Físico-Química. 1ª ed. Rio de


Janeiro: LTC, 1986.

EINSTEIN SAUDE. Efeitos da soda caustica. Disponível em:


<http://www2.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a-saude/paginas/conheca-
os-efeitos-da-soda-caustica-no-organismo.aspx>. Acesso em: 18 abr. 2016.

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