Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ELETROELETRÔNICA
DE MOTOCICLETAS
SÉRIE AUTOMOTIVA
ELETROELETRÔNICA
DE MOTOCICLETAS
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
ELETROELETRÔNICA
DE MOTOCICLETAS
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
_________________________________________________________________________
S491e
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Eletroeletrônica de motocicletas / Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina.
Brasília : SENAI/DN, 2012.
114 p. : il. (Série Automotiva).
ISBN 978-85-7519-626-7
CDU: 629.326
_____________________________________________________________________________
SENAI Sede
4 Ferramentas......................................................................................................................................................................47
4.1 Definição.........................................................................................................................................................48
4.2 Tipos de ferramentas...................................................................................................................................48
4.2.1 Ferramentas universais e suas funções..............................................................................49
4.2.2 Ferramentas especiais e suas funções................................................................................50
4.2.3 Ferramentas específicas e suas funções............................................................................52
4.3 Organização e conservação......................................................................................................................52
4.4 Aspectos de segurança e manuseio......................................................................................................53
5 Equipamentos e Instrumentos..................................................................................................................................57
5.1 Definições.......................................................................................................................................................58
5.1.1 Tipos de instrumentos .............................................................................................................58
5.2 Manuseio e Calibração...............................................................................................................................65
5.3 Organização e conservação......................................................................................................................66
6 Documentação Técnica................................................................................................................................................69
6.1 Manuais do Proprietário............................................................................................................................70
6.2 Plano de Manutenção.................................................................................................................................70
6.3 Manuais de Reparação...............................................................................................................................71
6.4 Normas Técnicas...........................................................................................................................................72
6.5 Procedimentos Específicos.......................................................................................................................73
7 Circuitos Elétricos...........................................................................................................................................................77
7.1 Simbologia......................................................................................................................................................78
7.2 Circuitos em série.........................................................................................................................................79
7.3 Circuito em paralelo....................................................................................................................................80
7.4 Desenho de circuitos..................................................................................................................................82
7.5 Circuitos de sinalização e iluminação...................................................................................................84
7.5.1 Pisca Alerta...................................................................................................................................84
7.5.2 Farol e sinaleira...........................................................................................................................85
7.5.3 Luz de Freio..................................................................................................................................86
7.5.4 Buzina.............................................................................................................................................87
7.6 Circuito de carga...........................................................................................................................................88
7.7 Circuito de partida.......................................................................................................................................89
10 REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................................. 109
12 Índice............................................................................................................................................................................. 113
Introdução
Fundamentos de Tecnolo-
30h
gia Automotiva
Básico Básico 60h
Organização do Ambien-
30h
te de Trabalho
Fundamentos de Mecâni-
20h
ca de Motocicletas
Introdutório de Sistemas Mecânicos de
Introdutório 40h 100h
Motocicletas Motocicletas
• Eletroeletrônica de
40h
Motocicletas
Manutenção de Sistemas
Mecânicos de Motoci- 80h
Mecânico de Moto- cletas
Específico I 120h
cicletas Manutenção de Sistemas
Eletroeletrônicos de 40h
Motocicletas
Anotações:
Grandezas e Unidades Elétricas
Você está pronto para começar seus estudos? Neste momento, será apresentada uma breve
recapitulação de alguns conceitos físicos e também de termos da parte elétrica.
Para que você possa compreender o funcionamento dos sistemas elétricos e ainda entender
como os fenômenos elétricos ocorrem, é necessário que você compreenda alguns conceitos
físicos relacionados à eletricidade. Esses conceitos são base para todo o conhecimento de ele-
tricidade que você terá, e são fundamentais para que você possa diagnosticar as causas dos
defeitos nas motocicletas.
Portanto, ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) compreender as grandezas elétricas;
b) distinguir as unidades elétricas;
c) aplicar os conceitos da lei de Ohm;
d) operar instrumentos de medição e interpretar os resultados obtidos com os mesmos.
Aproveite essa oportunidade de estudo para tirar dúvidas, trocar informações, mas princi-
palmente para ampliar seus conhecimentos e fazer deste aprendizado uma oportunidade enri-
quecedora para sua profissão.
ELETROELETRÔNICA DE MOTOCICLETAS
18
1 FLUXO
É a passagem livre de um
líquido, gás ou qualquer
outra substância. Por
exemplo, a água saindo
de uma torneira aberta
é um fluxo de água, bem
como essa mesma água
percorrendo pelo cano até
chegar à torneira.
É o diâmetro do fio em
mm2.
Você aprendeu que tensão elétrica é a diferença de potencial entre cargas elé-
tricas, e que a corrente elétrica é a passagem de elétrons por um condutor em um
circuito fechado. Dessa maneira, é possível afirmar que a resistência elétrica se
opõe ao fluxo, ou seja, é uma barreira.
Associando ao exemplo das caixas com água, é possível pensar na resistência
elétrica como se houvesse uma sujeira no cano, e essa sujeira trancasse parcial ou
totalmente a água que passa por ele. Assim, o fluxo no cano diminuiria ou impe-
diria totalmente a passagem de água.
A resistência é a propriedade de oposição à corrente elétrica, então você deve
pensar que é uma propriedade ruim, já que atrapalha a corrente elétrica, mas, na
verdade, auxilia muito. Isso porque com ela é possível dosar a corrente. Um exem-
plo desse acontecimento são as televisões ou rádios antigos, que tinham botões
redondos que, quando girados, aumentavam ou diminuíam o volume. Por trás
desses botões existiam resistências. Então, toda vez que se aumentava o volume,
a resistência diminuía, e vice-versa.
Cada componente elétrico possui uma determinada resistência elétrica cha-
mada resistividade. Essa resistividade então é a resistência específica do com-
ponente, e ela pode variar de acordo com alguns fatores, como por exemplo, a
temperatura. Entretanto, se verificarmos a resistência específica de condutores
elétricos de diferentes metais, observaremos que sob mesma temperatura, com-
primento e seção transversal², cada um apresentará uma resistividade diferente.
Assim, a resistência pode variar de acordo com os fatores mencionados.
Para você entender melhor, imagine que, a pé, você tenha que percorrer um
túnel de 10km. Será cansativo efetuar o trajeto, principalmente se a altura desse
túnel for muito menor que a sua, o que dificultará ainda mais sua passagem, mes-
mo que o túnel seja de comprimento curto. Assim funciona com os elétrons, pois
se o fio for muito fino, a resistência será maior, dificultando a passagem desses
elétrons. E se houver um fio muito comprido, a resistência também será maior
devido à dificuldade que os elétrons têm para percorrer aquela distância.
Diego Fernandes (2012)
A Potência Elétrica pode ser definida como a velocidade com que se produz
trabalho, ou com que se gasta energia. Assim, cada componente de um circuito
tem uma potência específica.
Para que você possa entender melhor, imagine ligar dois aquecedores de
água. O aquecedor A ferve um litro de água em 1 hora, enquanto que o aquece-
dor B ferve 2 litros de água a cada 1 hora. Nesse caso, perceba que o aquecedor
B é mais potente que o aquecedor A, pois realiza mais trabalho que o outro no
mesmo tempo, ou seja, B é mais potente que A.
Você deve estar curioso para saber o que fazer para saber a potência elétrica de
um componente. Pois para conhecer essa potência, basta realizar um cálculo simples,
utilizando a fórmula a seguir, que pode ser retirada do triângulo de fórmulas de po-
tência, considerando as informações existentes. Sendo assim, você deve identificar
quais as informações que possui para determinar qual é a fórmula mais adequada.
O triângulo de fórmulas é a representação da formação das fórmulas utilizadas
para realizar um cálculo. Dentro deste triângulo estão os símbolos das grandezas
elétricas e, ao isolar uma das grandezas, você pode identificar o cálculo a ser re-
alizado. Conforme figura que você verá a seguir, na parte superior do triângulo
está o P, que representa a potência elétrica. Logo abaixo, estão os símbolos I, que
2 GRANDEZAS E UNIDADES ELÉTRICAS
23
P P P
Para entender como utilizar a fórmula que você acabou de ver, acompanhe
o seguinte exemplo: Como saber a potência de um circuito alimentado por uma
fonte de 12v e corrente de 0,02A?
P=VxI
P = 12v . 0,02A
P = 0,24P
3 INVERSAMENTE A Lei de Ohm diz que a corrente elétrica é diretamente proporcional à tensão,
e inversamente3 proporcional à resistência elétrica. Essa teoria pode ser represen-
Quando alguém diz que
algo é inversamente tada pela seguinte fórmula:
proporcional, está
querendo dizer que é o
oposto, mas na mesma
proporção I= V
R
O uso dessas fórmulas é bem simples. Para calcular a tensão, por exemplo, bas-
ta saber quais as informações da fórmula estão disponíveis e, em seguida, sele-
cionar a fórmula mais adequada. Então, para calcular a tensão, se você souber que
um circuito tem 10Ω, e que por ele percorre uma corrente de 15A, basta aplicar a
fórmula V = R x I para encontrar o valor da tensão, que nesse caso será de 150V.
Você utilizará bastante estas fórmulas durante este curso, por isso memorize
bem esta parte do conteúdo.
2 GRANDEZAS E UNIDADES ELÉTRICAS
25
Conforme conteúdo recém visto, você já sabe como calcular os valores de re-
sistência, potência, corrente e tensão, mas saiba que nem sempre é necessário
calcular, já que existem instrumentos para realizar estas medições.
Um dos principais instrumentos que você precisa conhecer é o multímetro,
capaz de realizar diversas medições elétricas. Se você souber utilizá-lo correta-
mente, ele será um grande aliado em seu dia a dia, no momento de reparar uma
motocicleta. Então, que tal conhecê-lo melhor? Primeiramente, conheça o apare-
lho e seus componentes, representado na figura a seguir.
Visor digital
Posição desligado
Escala ACV (volt)
Escala de medida
de corrente
(Ampère)
Conector terra
(cabo preto)
Escala para teste de Escala para teste
diodos de transistores
O multímetro possui diversas escalas, que podem ser ajustadas por um seletor,
conforme a necessidade. Por isso possui este nome, já que não mede apenas uma
unidade de medida.
Quando se pretende saber qual é a tensão de um circuito, e utilizar o multí-
metro para ter esse retorno, deve-se selecionar a escala de tensão no multímetro
e ligá-lo em paralelo ao circuito, conforme figura a seguir. Mas se você ligar de
forma errada poderá danificar o aparelho.
ELETROELETRÔNICA DE MOTOCICLETAS
26
iStockphoto ([20-?])
Figura 7 - Pontas de prova do multímetro
Para medir a corrente elétrica, você deve selecionar se ela é contínua ou al-
ternada, e sempre ligar em série com o circuito, como se cortasse o fio e em cada
ponta cortada colocasse uma ponta de prova. Mas tome cuidado, pois se não ligar
em série, pode danificar o aparelho.
Essa dica também vale para verificar se dois condutores estão encostados ou
em curto entre si. Para isso, é necessário colocar uma ponta de prova em cada
condutor, o qual não deverá apresentar nenhum valor, já que eles devem estar
isolados um do outro. Se aparecer algum valor, é por que a isolação está danifi-
cada.
Você vai conseguir utilizar um multímetro com praticidade após estar familia-
rizado com ele. Claro que o início requer um pouco mais de esforço, mas, com o
tempo, você conseguirá utilizá-lo com bastante familiaridade. Caso seja do seu
interesse, você poderá adquirir um multímetro de baixo custo, pois estes são mui-
to baratos e têm as principais funções. E, futuramente, você poderá adquirir um
mais profissional, para o seu dia a dia no trabalho.
ELETROELETRÔNICA DE MOTOCICLETAS
30
4 PULSO DAS BOBINAS Além do multímetro há outros instrumentos de medição para cada unidade
de medida, como é o caso do Amperímetro, que mede somente a corrente elétri-
É um pulso elétrico enviado
das Bobinas de Ignição para ca. Mas foi para evitar altos custos com ferramentas diversas que foi criada uma
as velas do motor. única para atender mais de uma medição.
Existe também o multímetro automotivo, que é bastante prático para quem
trabalha com manutenção de automóveis, pois é possível medir, inclusive, o pul-
so das bobinas4, entre outras vantagens.
CASOS E RELATOS
O problema da lâmpada
Antônio da Costa, morador da cidade de São Paulo, comprou uma moto
há dois anos para poder se locomover com mais rapidez de casa até o
trabalho. Há cerca de um mês, percebeu que havia algo errado com a
parte elétrica da sua motocicleta, pois notou que uma lâmpada, a qual já
havia trocado diversas vezes, queimava constantemente. Então ele pes-
quisou um pouco mais sobre a parte elétrica da moto e percebeu que a
lâmpada estava mal dimensionada, ou seja, o circuito em que ela estava
trabalhando sobrecarregava. Antônio precisou refazer o chicote para que
a lâmpada parasse de queimar. Esse dimensionamento do chicote elé-
trico somente foi possível porque Antônio conhecia a corrente elétrica
percorrida pelos condutores e também a tensão elétrica que o circuito
trabalhava.
Antônio percebeu que sempre que precisar refazer um chicote, ou repa-
rar um defeito no sistema elétrico de uma motocicleta, é preciso fazer
dentro dos padrões de qualidade do fabricante, para que o funcionamen-
to e a vida útil dos componentes sejam preservados e correspondam ao
que foi projetado.
É claro que este é um caso raro, mas, muitas vezes, será necessário refazer
um chicote. Por isso, é importante saber estes conceitos, para poder iden-
tificar defeitos que possam aparecer ao longo de sua vida profissional.
2 GRANDEZAS E UNIDADES ELÉTRICAS
31
RECAPITULANDO
Manuel (2011)
2 SOBRECARGA
SAIBA Você pode saber mais sobre este e outros componentes ele-
É o que acontece quando troeletrônicos no endereço: <www.eletronicadidatica.com.
a tensão enviada é alta MAIS br>.
demais ou, ainda, quando
a tensão ou corrente é
superior ao que o condutor
suporta.
3.2 CAPACITOR
Figura 18 - Capacitor
Fonte: Adaptado de Eletrônica Didática ([200_])
3 COMPONENTES ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS
37
3.3 INDUTOR
3.4 FUSÍVEL
iStockphoto ([20-?])
Figura 19 - Fusível tipo “lâmina”
Pauloqg (2012)
3.5 CONDUTORES
3.6 RELÉ
Para melhor entender a figura, nos terminais da bobina são conectadas uma
alimentação negativa da bateria e uma positiva, que vem do interruptor de co-
mando. No terminal C, chega um positivo direto da bateria e quando a bobina
atrai a armadura, esta energia positiva passa para o terminal NA.
Quanto aos termos técnicos, têm-se os seguintes terminais:
Terminal 30, que é um positivo direto da bateria, portanto está sempre ener-
gizado positivamente, mesmo com a moto desligada.
Terminal 31, que é ligado da bobina ao negativo da bateria.
Terminal 86, que é ligado da bobina ao interruptor de comando. Quando
acionado o interruptor de comando, a bobina irá gerar o campo magnético por
causa do terminal 31, que está no negativo da bateria.
Terminal 87, que é a saída principal.
Terminal 87a, que é um terminal de saída auxiliar.
No caso dos piscas, também há relés, mas com terminais diferentes, pois cada
linha tem uma numeração para evitar confusões. Neste caso, o relé do pisca pos-
sui apenas três terminais: o 31, que é negativo; o 49, que é o positivo e que vem
da chave de seta; e o 49ª, que é a saída que vai para a lâmpada do pisca. Conforme
você poderá ver, na figura a seguir. Esta, por sua vez, deve ser ligada a um nega-
tivo também.
Diego Fernandes (2012)
Acompanhe, a seguir, um caso ocorrido com Thiago, que teve problemas com
o pisca da sua moto enquanto circulava com ela.
ELETROELETRÔNICA DE MOTOCICLETAS
42
3 RETIFICAR
3.7 DIODOS
O ponto em comum entre todos estes diodos é, sem dúvida alguma, que a
corrente passa por ele somente em um sentido. Por isso, ele é muito usado quan-
do se quer direcionar a corrente, permitindo a entrada da corrente no Anodo e a
saída, no Catodo.
Veja o símbolo dos principais diodos.
Diego Fernandes (2012)
RECAPITULANDO
Anotações:
Ferramentas
Até este momento você aprendeu sobre alguns conceitos básicos, porém fundamentais,
para seguir adiante com seus estudos. Em seguida, você poderá entender definitivamente
como funciona a eletricidade em motocicletas. Mas, até lá, será necessário que você conheça
alguns princípios sobre as ferramentas de trabalho.
Ao término deste capítulo, você terá subsídios para:
a) reconhecer os diversos tipos de ferramentas e suas aplicações;
b) aplicar procedimentos que visam a organização e conservação das ferramentas empre-
gadas durante a manutenção dos sistemas eletroeletrônicos e também da própria oficina;
c) introduzir, em seu local de trabalho, técnicas que objetivam a segurança no manuseio das
ferramentas.
Portanto, o conteúdo deste capítulo também merece atenção, pois algumas ferramentas
exigirão atenção especial durante o seu manuseio, além da segurança na execução dos traba-
lhos - sendo esta uma atitude que todo profissional deve lembrar, de forma a evitar acidentes.
ELETROELETRÔNICA DE MOTOCICLETAS
48
iStockphoto ([20-?])
Figura 26 - Chave de boca
iStockphoto ([20-?])
Figura 27 - Alicate universal
Você percebeu que o assunto sobre a utilização correta das ferramentas foi um
dos mais abordados até o momento? Isto porque é preciso ter bastante cuidado
para não danificar as peças ou, até mesmo, a própria ferramenta. Contudo, existe
outro fator muito relevante, que é a segurança no trabalho, segurança esta que
envolve você e seus colegas. Se você utilizar uma ferramenta inadequada, danifi-
cada, suja de graxa ou óleo, pode colocar sua saúde em risco, pois a mesma pode
escapar e você vir a sofrer um acidente de trabalho. É importante, também, que
você utilize óculos de proteção o tempo todo, pois, às vezes, pode escapar algo
de suas mãos ou pode espirrar algum líquido em você, e isto, em contato com os
olhos, pode causar sérios danos à visão. Já ocorreram casos do reparador perder a
visão de um dos olhos ao utilizar a marreta para bater em uma peça, pois, ao exe-
cutar a função, a peça pode soltar uma lasca de ferro e atingir o olho do mesmo.
ELETROELETRÔNICA DE MOTOCICLETAS
54
3 PAINEL
Ao adquirir ferramentas, é importante verificar se são de
É o local onde são marcas confiáveis, se foram fabricadas de acordo com os
demonstradas as principais FIQUE padrões de qualidade estabelecidos pela Associação Brasi-
situações da motocicleta, leira de Normas Técnicas (ABNT) e se podem causar danos
contendo: o velocímetro, o
ALERTA à sua saúde ou danificar algum componente . Lembre-se
conta-giros, as lâmpadas- de que comprar ferramentas de excelente qualidade é um
piloto e o marcador de investimento para a oficina.
combustível.
Agora que você adquiriu estes conhecimentos, já sabe como trabalhar corre-
tamente e utilizar, de maneira eficaz, as ferramentas. No próximo capítulo, você
avançará seus estudos sobre o assunto ‘equipamentos’. Então, bons estudos!
Veja, a seguir, o exemplo de Alberto, que alertou seus funcionários sobre a im-
portância com o cuidado, a manutenção e o manuseio das ferramentas na oficina
mecânica.
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Toda oficina deve contar com ferramentas de ótima qualidade, conforme apontado no ca-
pítulo anterior. Mas, além de ferramentas, toda oficina mecânica deverá ser composta por téc-
nicos capacitados e um bom - e adequado - ambiente de trabalho. Mas não é somente isto que
se exige para o bom funcionamento de uma oficina. É necessário possuir equipamentos úteis
no dia a dia, equipamentos estes que são indispensáveis em alguns casos. Que tal conhecer um
pouco mais sobre eles?
E após conhecer o estudo deste capítulo, você estará apto a:
a) definir os equipamentos e instrumentos utilizados para diagnóstico e manutenção de sis-
temas eletroeletrônicos de motocicletas;
b) identificar tipos e funções dos equipamentos e instrumentos;
c) aplicar o correto manuseio dos equipamentos e instrumentos;
d) compreender a importância de realizar corretamente a calibração dos instrumentos;
e) reconhecer os métodos de organização, conservação e segurança para o manuseio dos
equipamentos e instrumentos.
ELETROELETRÔNICA DE MOTOCICLETAS
58
5.1 DEFINIÇÕES
Os equipamentos em oficina são aqueles que nos auxiliam na execução das ta-
refas, somando-se às ferramentas e instrumentos. Eles facilitam o trabalho do me-
cânico e reparador por oferecerem maior comodidade na execução dos reparos
e, com isso, melhoram a qualidade e diminuem o tempo de execução do serviço.
Conheça, a seguir, os diversos tipos de equipamentos e instrumentos utiliza-
dos na reparação eletroeletrônica de uma motocicleta.
FAIXA RESOLUÇÃO
2V 1mV
20V 10mV
200V 100mV
1000C 1V
CORRENTE (DCA)
FAIXA RESOLUÇÃO
2mA 1µA
20mA 10µA
200mA 100µA
20A 10mA
Continuidade
Indicação: Sonora
Limiar: Um sinal sonoro é emitido quando a resistência medida estiver abaixo de 50Ω.
Tensão de circuito aberto: 0.3V DC (típico).
Proteção de sobrecarga: 500V DC/ 500V AC RMS.
5 EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS
59
FAIXA RESOLUÇÃO
200V 0.1V
750V 1V
RESISTÊNCIA (Ω)
FAIXA RESOLUÇÃO
2KΩ 1Ω
20kΩ 10Ω
200kΩ 100Ω
2MΩ 1KΩ
20MΩ 10KΩ
Diodo
Indicação: Queda de tensão direta aproximada sobre o diodo.
Tensão de teste: 3V DC (máximo).
Corrente de teste: 1.0mA±0.6 mA.
Proteção de sobrecarga: 500V DC/ 500 AC RMS.
ELETROELETRÔNICA DE MOTOCICLETAS
60
1 ESTANHO
Telhanorte ([20--?])
quando descobrimos qual
a causa do defeito, estamos
dando o diagnóstico do
problema existente na
motocicleta.
Figura 32 - Solda estanho
Fonte: E-voo ([200_])
BM Ferramentas ([20-?])
3 RPM
Central ([20--?])
Figura 35 - Scanner
Fonte: Central Ferramentas (2012)
Bandit 650
Leitura instantânea de parâmetros.
Bandit 650S
08-09 Leitura instantânea dos códigos de
V-Strom650
08-09 erros presentes.
GSX-R750
08-09 Fornece ao usuário os sintomas e as
GSX-R1000
06-09 causas prováveis dos erros presentes
V-
Suzuki 06-09 diagnosticados.
Strom1000
06-08 Leitura dos erros passados (erros
Bandit1250
08-09 gravados na memória da moto).
Ban-
08-09 Apaga os erros passados registrados
dit1250S
08-09 na memória interna.
Hayabu-
Teste de atuadores.
sa1300
ELETROELETRÔNICA DE MOTOCICLETAS
64
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Anotações:
Documentação Técnica
Para você ter condições de realizar um reparo, é fundamental conhecer todas as informa-
ções necessárias, contidas na documentação dos proprietários e manuais técnicos para ofici-
nas. Após conhecer que documentações são essas, você terá condições de:
a) distinguir os tipos de manuais técnicos que envolvem uma motocicleta;
b) utilizar de maneira apropriada as informações contidas no manual do proprietário das
motocicletas;
c) atender as predefinições existentes no plano de manutenção de motos, sempre focado na
correta execução dos procedimentos de manutenção;
d) interpretar e aplicar os procedimentos descritos nos manuais de reparação, visando à
qualidade e segurança do serviço prestado;
e) analisar e compreender as normas técnicas e procedimentos específicos, a fim de não
proceder incorretamente durante a manutenção dos sistemas mecânicos de motocicletas.
Com dedicação e interesse você aprende com maior facilidade e, conversando com seu pro-
fessor e colegas, ficará mais fácil compreender assuntos que possivelmente possam gerar dú-
vida.
Portanto, o diálogo é bem importante para seu aprendizado. Lembre-se também de ir além
do que é apresentado neste livro. Quanto maior o interesse em pesquisar os temas abordados,
mais capacitado você estará para exercer o seu trabalho. Portanto, seja curioso e bons estudos!
ELETROELETRÔNICA DE MOTOCICLETAS
70
iStockphoto ([20-?])
Você estudou, neste livro didático, os tipos de manutenção e como deve pro-
ceder, certo? E você está lembrado de quem determina o tempo de cada reparo
ou verificação, no caso de uma revisão ou manutenção preventiva? Quem deter-
mina esse período é o fabricante da motocicleta. Ao adquirir uma motocicleta
nova, o comprador recebe a documentação e os demais manuais dela, incluin-
do o manual de manutenção. É no manual de manutenção que a concessionária
anota as revisões realizadas e ainda especifica o que foi ou deve ser realizado
durante uma revisão.
No manual do proprietário consta uma tabela descrevendo todos os itens a
serem inspecionados durante uma revisão, e este é o plano de manutenção da
motocicleta.
6 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA
71
Bosch ([2012])
Figura 36 - Página de manual de reparação
Fonte: Manual de Manutenção Honda (2004)
Você reparou como o trabalho do mecânico poderá ficar mais fácil já que o fa-
bricante descreve os procedimentos de manutenção das motos? Por isso, mesmo
que você não trabalhe em uma concessionária, é importante que tente buscar
estas informações para realizar os serviços de forma correta.
Estas normas não são tão vedadas aos concessionários, pois acabaram se dis-
seminando pelas oficinas. Apesar de se tratarem de normas, elas podem muito
bem ser aprendidas no dia a dia de uma oficina de reparação de motocicletas,
como por exemplo: a ordem de aperto dos parafusos do cabeçote ou o aperto
específico dos parafusos da tampa do motor.
São dados que você aprenderá no dia a dia, mas procure ficar atento e buscar
cada vez mais conhecimento, pois com a rapidez com que as novidades circulam,
não há como ficar parado esperando as informações chegarem até você. Para se
destacar na sua profissão, é necessário estar sempre atualizado.
Além dos detalhes informados pelos fabricantes, os manuais técnicos obede-
cem também às normas técnicas, então, conhecendo um manual técnico, facil-
mente você poderá interpretar outro, seja ele impresso ou eletrônico.
Veja, a seguir, uma situação que só foi possível ser resolvida com ajuda do
manual do fabricante.
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Até agora, você aprendeu a reconhecer as unidades de medida nos sistemas elétricos, apren-
deu a utilizar instrumentos de medição, a fazer diagnósticos e realizar reparos com as especi-
ficações contidas nos manuais. Mas, ainda, falta saber como interpretar um esquema elétrico
e os diferentes tipos de circuitos, pois o esquema elétrico funciona como a representação ou
planta do circuito que foi construído. Para você entender melhor, imagine a planta de uma casa.
Nessa planta são descritas as ligações das paredes, espessura, e diversas outras informações.
Sendo assim, os circuitos elétricos são a representação de como os condutores estão ligados e
quais informações são relevantes, como espessura de fios, cores, tipos de linha de alimentação
e outros.
Sendo assim, ao término deste capítulo, você estará apto para:
a) interpretar o desenho e simbologia dos circuitos elétricos;
b) identificar circuitos em série e em paralelo;
c) reconhecer circuitos de sinalização e iluminação das motocicletas;
d) compreender circuitos de carga e partida de motocicletas; e
e) ler e interpretar diagramas elétricos.
O conteúdo deste capítulo é de grande importância na função de técnico elétrico, portan-
to, compreendendo o circuito elétrico, você saberá o funcionamento do sistema em questão.
Lembre-se: caso necessário, releia este capítulo e, se possível, converse com seu professor para
uma melhor compreensão do que estudou.
ELETROELETRÔNICA DE MOTOCICLETAS
78
7.1 SIMBOLOGIA
Para que qualquer eletricista possa realizar reparos em uma motocicleta, não
importando sua localidade ou o tipo da motocicleta, foi criado um sistema padrão
de simbologia para os diagramas elétricos (esquemas elétricos). Acompanhe a
figura seguinte e conheça os principais componentes e símbolos utilizados nos
circuitos elétricos das motocicletas.
Você vai ver, agora, que existem dois tipos de circuito elétrico. É isso que pos-
sibilita criar as diversas construções elétricas.
O circuito em série consiste em um componente ficar ligado ao circuito logo
após o outro, fazendo com que a corrente elétrica passe por um e depois por ou-
tro, como por exemplo, o fusível da moto. Neste caso, o condutor vem da bateria
e é ligado no fusível e, em seguida, nos demais componentes da motocicleta. En-
tão, qualquer componente que você ligue na moto, a corrente passará primeiro
pelo fusível. Entenda com mais clareza observando a figura, a seguir.
Num circuito em paralelo, tendo como exemplo também duas lâmpadas ou,
até mesmo resistores, devem ser ligados um a um em paralelo com o outro. Isto
permitirá que a corrente passe separadamente por cada lâmpada ou resistor, ou
seja, a corrente se divide entre eles e a tensão continua a mesma.
Entenda melhor, observando a figura seguinte.
Repare que a corrente elétrica se dividiu: foi uma parte para o resistor R1 e
outra se destinou ao resistor R2. Neste caso, se um resistor ou uma lâmpada quei-
mar, a outra permanecerá acesa, pois a corrente está se dividindo e passando
separadamente por cada um.
É possível também ter os dois tipos de circuito em um único circuito, o qual é
chamado de circuito misto, conforme você poderá visualizar, na figura a seguir.
Este é o caso mais comum em motocicletas, em que é colocado o fusível em série
e os demais componentes, em paralelo entre si.
Diego Fernandes (2012)
No caso a seguir, você entenderá por que o farol da moto do cliente da oficina
de Silvano não acende, e como o técnico percebeu de que maneira poderia resol-
ver esta situação.
CASOS E RELATOS
Pode aparecer somente uma sigla, como Bl, que significa Azul, ou duas siglas
como “Br/Bl”, isto significa que a primeira sigla é a cor principal e a segunda a cor
secundária. Neste caso, o condutor é Marrom com uma listra Azul.
CÓDIGO DE CORES
É responsável por indicar aos condutores, que estão atrás do motociclista, que
o freio está sendo acionado, seja porque pretende parar ou somente diminuir a
velocidade.
3. Como este positivo provém do alternador, é correto dizer que ele funciona
com a moto ligada, pois mesmo sem o motor estar ligado, ele executa esta ação,
puxando o positivo da bateria, o qual deve ser chamado de linha 30, ou seja, todo
positivo direto da bateria é chamado de linha 30 ou L30. E, quando o positivo vem
da chave de ignição, funcionando somente quando a chave está ligada, deves
chamar de linha 15 ou L15.
7.5.4 BUZINA
Para que a motocicleta funcione bem, como todo seu sistema elétrico, é indis-
pensável que a bateria permaneça com carga. Para isso existe o alternador, cuja
função é carregar a bateria e alimentar o sistema elétrico da motocicleta.
O Alternador funciona por meio de uma bobina de campo, fixada ao volante
do motor e um magneto, os quais juntos geram eletricidade, por meio de um
campo magnético, conforme é ilustrado, na figura a seguir.
Para medir o valor de carga do alternador é muito simples: basta ligar o motor
da motocicleta e deixar funcionando e, depois, selecionar o multímetro na escala
de tensão contínua, no valor de 20V. Em seguida, coloque as pontas de prova no
multímetro e conecte a ponta de prova vermelha no positivo da bateria e a ponta
de prova preta no negativo. Então basta verificar RO valor que aparecerá no dis-
play do aparelho.
RECAPITULANDO
Anotações:
Saúde e Segurança no Trabalho
2 VAQUETA
Comstock ([20--?])
Figura 47 - Óculos de proteção
A maioria destes EPIs é de custo baixo quando comparado com o risco que
você correrá ao não utilizá-los.
Se você tem dúvidas quanto ao uso de equipamentos individuais, então acom-
panhe a história verídica, a seguir, ocorrida com um profissional que, mesmo inca-
pacitado até hoje, continua trabalhando.
CASOS E RELATOS
3 ESMERIL
É um equipamento elétrico Certo dia, quando estava retificando um cabeçote, uma lasca de metal
que tem por função
desbastar, ou seja, remover salta do cabeçote em direção ao olho esquerdo de Júlio. Essa lasca, co-
partes de metal por meio
de duas pedras chamadas
nhecida como limalha, penetrou na retina e gerou um ferimento grave.
de rebolo. Então, Júlio foi levado ao hospital com urgência, mas todo o serviço pres-
tado pelos médicos não adiantou e Júlio perdeu a visão do olho esquer-
do.
Se ele estivesse utilizando os óculos de proteção, equipamento de fun-
damental importância para um mecânico, esse acidente de trabalho não
teria consequências tão graves, e Júlio continuaria tendo uma vida nor-
mal. Infelizmente agora ele possui limitações por causa da falta da visão
de um olho. O caso podia ainda ter sido mais grave, pois no momento do
acidente a máquina estava ligada, e com o susto Júlio poderia ter esbar-
rado e mutilado algum membro de seu corpo.
8.5 ERGONOMIA
Office ([20-?])
RECAPITULANDO
Você já deve saber que não se pode descartar o lixo em qualquer lugar; e que existem alguns
resíduos que podem ser reciclados e outros que, até, podem causar danos à saúde humana. No
caso das oficinas mecânicas, o descarte do lixo se torna regra e, por isso, deve ser descartado
no devido destino. Caso contrário, a oficina pode até ser multada pelos órgãos ambientais de
sua região.
Ao concluir este estudo, você estará apto à:
a) interpretar e disseminar normas técnicas e legislações voltadas à correta segregação e
descarte dos resíduos provenientes dos processos de manutenção de motocicletas;
b) armazenar, de maneira responsável, todos os resíduos gerados até o momento do des-
carte;
c) compreender a importância do correto descarte dos resíduos, visando à minimização dos
impactos ambientais.
Este é o último estudo da unidade curricular de eletroeletrônica, portanto, caso você ache
necessário, releia o material e, se houver necessidade, tire as possíveis dúvidas com seu profes-
sor. E, para enfatizar o aprendizado, procure trocar informações sobre o conteúdo abordado
com seus colegas. É dialogando que se aprende cada vez mais.
ELETROELETRÔNICA DE MOTOCICLETAS
102
9.3 PROCEDIMENTOS
Para que todas as leis e normas possam ser seguidas de forma adequada, fo-
ram determinados, recentemente, alguns procedimentos, referentes ao descarte
e armazenamento dos resíduos, como você pode ver, a seguir. Assim como cada
tipo de resíduo tem um impacto no meio ambiente, cada um terá seu destino
determinado por meio dos procedimentos de descarte. Acompanhe, no quadro
seguinte, como deve ser o descarte e o impacto ambiental provocado por alguns
tipos de materiais.
PRINCIPAIS TIPOS
OBJETO COMO TRATAR O
DE MATERIAIS DE IMPACTO AMBIENTAL
PRINCIPAL PROBLEMA
DESCARTE
Risco de contaminação
Chumbo/plástico/ácido de solos e águas, afetan- Enviar para reciclador
Baterias
sulfúrico diluído do a vida de micro-orga- autorizado
nismos, peixes e pessoas.
Risco de contaminação
de solos e águas, afetan- Descarte em postos
Metais pesados Pilhas
do a vida de micro-orga- de coleta apropriados.
nismos, peixes e pessoas.
Não é biodegradável e
Separar o material
Plásticos Capô gera gases tóxicos quan-
para reciclagem
do queimado
Separar o material
Borrachas Correias/rotores Redução de recursos
para reciclagem
Risco de contaminação
Óleo no tanque de de solos e águas, afetan- Solicitar ações de pes-
Borra
água do a vida de micro-orga- soal especializado
nismos, peixes e pessoas.
Risco de contaminação
Lâmpadas fluores- de solos e águas, afetan- Enviar para reciclador
Vidro/gases tóxicos
centes do a vida de micro-orga- autorizado
nismos, peixes e pessoas.
CASOS E RELATOS
Diariamente, Lúcia jogava todo lixo da oficina no lixo comum, até que um
dia um representante do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONA-
MA – visitou a oficina e identificou diversas irregularidades no descarte e
armazenamento dos resíduos. O representante aplicou uma multa na ofi-
cina e determinou um prazo para que Lucia pudesse reparar a situação,
caso contrário, ele fecharia a empresa.
Lucia, então, resolveu o que precisava e conscientizou seus funcionários
da importância do descarte correto, pois entendeu que essa tarefa deve
ser feita, não somente, porque alguém está fiscalizando, mas por que to-
dos devem cuidar do meio ambiente e do ambiente em que vivem.
Assim, realizou campanhas e passou a recolher óleo de cozinha usado
na comunidade perto de sua oficina. Com isso, muitos clientes acharam
interessante e começaram a colaborar com a campanha, mantendo todo
o bairro limpo e transformando-o em um lugar muito mais atraente e
prazeroso de viver. Isto fez com que aumentassem, até mesmo, as vendas
do comércio ao redor da oficina, e todos aprenderam a cuidar do meio
ambiente.
RECAPITULANDO
Você concluiu os estudos com o auxílio deste livro. Sendo assim, você
está apto a executar reparações nos sistemas elétricos das motocicletas,
utilizando ferramentas e equipamentos de forma adequada e, com cui-
dado, para não danificá-los. Poderá analisar e dar diagnósticos dos siste-
mas, bem como executar suas devidas reparações.
O mais importante é que, além do conhecimento técnico, você aprendeu
sobre ética profissional e, certamente, fará um serviço de qualidade, com
transparência e responsabilidade.
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, T. C. M. de. Eletricista do Automóvel. Escola Conde José Vicente de Azevedo. São Paulo:
Senai/SP, 2004.
BONJORNO, J. Tema de física 3: Eletricidade. São Paulo: FTD, 1997.
COMISSÃO DE SEGURANÇA E ÉTICA AMBIENTAL. Normas de gerenciamento de resíduos
químicos do instituto de química da UNICAMP. Disponível em: <http://www.iqm.unicamp.br/
csea/docs/normas/normasResiduos.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2012.
FONSECA, J. C. L. da. Manual para gerenciamento de resíduos perigosos. São Paulo: Cultura
Acadêmica, 2009. 105 p.
J TOLEDO SUZUKI MOTOS DO BRASIL. Manual de Manutenção Suzuki Intruder 125cc. Manaus:
[s.n], 2006. 194 p.
MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. Manual de Manutenção Honda CG Titan 125 KS/ES/ESD.
Manaus: [s.n.], 2004. 26 p.
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - SENAI/SC. Apostila Eletrônica. Santa
Catarina: Senai/SC, 2003.
YAMAHA MOTOR DA AMAZÔNIA LTDA. Manual de Manutenção Yamaha YBR 125cc. [Brasil]: [s.n.],
2000. 227 p.
MINICURRÍCULO DO AUTOR
Roberto Fernando Dusik é especialista em motores Diesel e estudou mecânica industrial no SE-
NAI Canoas/RS, em 2007. Posteriormente, estudou diversos assuntos dentro da área da mecâni-
ca automotiva, tornando-se especialista em diagnóstico de anomalias em motores a Diesel. Em
2009, concluiu o curso técnico em Automobilística. Atualmente, ministra aulas de mecânica e
eletricidade automotiva no SENAI São José/Palhoça, atuando na educação de jovens e adultos,
desde o ensino de qualificação profissional até o ensino técnico. Também está cursando a gradu-
ação em logística na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
ÍNDICE
A
Alicate, 5, 49, 50
B
Bateria, 5, 18, 19, 20, 27, 40, 61, 63, 79, 81, 87, 88, 89
Buzina, 6, 10, 87
C
Capacitor, 5, 9, 33, 36, 37
Carga, 10, 14, 18, 61, 77, 78, 88, 89, 98
Carregador de baterias, 5, 61
Circuito, 5, 10, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 28, 29, 30, 33, 36, 37, 39, 59, 77, 79, 80, 81, 82, 86, 87, 88,
89, 90
Condutor elétrico, 18, 20, 82
Corrente elétrica, 5, 9, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 27, 28, 30, 34, 37, 38, 39, 43, 79, 80, 84
D
Descarte, 6, 10, 13, 90, 94, 101, 102, 103, 104, 105, 106
Diodo, 42, 43, 59
E
Eletricidade, 17, 18, 20, 22, 24, 27, 33, 34, 47, 55, 71, 88, 109, 111
EPC, 10, 96
EPI, 10, 94, 95, 96
Ergonomia, 10, 93, 97, 98
Escala, 25, 27, 29, 42, 82, 89
Extrator, 5, 50, 51
F
Ferramentas, 9, 10, 13, 30, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 57, 58, 60, 61, 62, 66, 98, 107
Ferro de Solda, 60, 98
Fluxo, 20, 21
Fusível, 5, 9, 33, 37, 38, 42, 59, 79, 80, 81
I
Indutor, 9, 33, 37
Instrumentos, 9, 13, 17, 25, 29, 30, 31, 57, 58, 60, 61, 64, 65, 66, 77
Isolamento, 39
L
Led, 43
Lei de Ohm, 17, 23, 24
Limpeza, 53, 60, 64, 65, 70, 71, 98
M
Manuais, 9, 13, 48, 58, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 77
Manuseio, 9, 10, 13, 47, 48, 53, 54, 55, 57, 62, 65, 98
Martelo, 49
Medição, 9, 17, 25, 27, 28, 30, 58, 77
Multímetro, 5, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 42, 58, 60, 64, 65, 81, 82, 89
N
Normas, 9, 10, 13, 54, 69, 72, 73, 75, 93, 94, 101, 103, 104, 109
O
Organização, 9, 14, 47, 52, 53, 54, 55, 57, 66
P
Painel, 54, 84, 85
Partida, 10, 61, 77, 78, 89
Plano de manutenção, 9, 69, 70, 75
Potência, 5, 9, 18, 22, 23, 25
T
Reciclagem, 104
Relé, 5, 9, 33, 39, 40, 41, 42, 84, 85, 87
Resíduos, 6, 52, 90, 94, 101, 102, 103, 104, 105, 106, 109
Resistor, 5, 9, 33, 34, 35, 79, 80, 81
S
Scanner, 5, 6, 61, 62, 63, 64, 65
Segurança, 9, 10, 13, 42, 47, 48, 53, 54, 57, 69, 72, 90, 93, 94, 98, 99, 109
Sinalização e iluminação, 10, 77, 84
SENAI - DN
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Selma Kovalski
Coordenação do Desenvolvimento dos Livros no Departamento Regional
Beth Schirmer
Coordenação do Núcleo de Desenvolvimento
Cristiane de Abreu
Denise de Mesquita Corrêa
Colaboração
Priscila Pavlacke
Revisão Técnica
Gisele Umbelino
Coordenação de Desenvolvimento de Recursos Didáticos
i-Comunicação
Projeto Gráfico