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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
TOCANTINS
CAMPUS PALMAS
BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

VÍTOR FALEIRO AMARAL

CONCRETAGEM DA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

DISCIPLINA: SISTEMA CONSTRUTIVOS I


DOCENTE: GILSON MARAFIGA PEDROSO

PALMAS – TO
MAIO/2020
1. Introdução

A etapa da concretagem em uma obra representa o fechamento de todo um


ciclo de projeto e pesquisa, baseado em garantir as condições necessárias para
a execução. Desde a formulação do projeto de fôrmas que foi estabelecido e
suas características, é possível fazer o levantamento dos métodos a serem
utilizados, como forma de tornar a obra mais viável. Todos os projetos e
desenhos admitem uma relevância extremamente alta, com a necessidade de
estarem interligados e conversarem entre si.

A forma de planejar integrando todas as etapas da obra garante que haja uma
riqueza de detalhes nos processos e que já se defina os pontos de passagem de
materiais, como tubos, eletrodutos, tomadas e etc. Dessa forma, tudo deve estar
alinhado e bem definido para a realização da concretagem, pois a partir do
momento em que é liberada, a chance de reparo devido algum mal planejamento
é pequena.

2. Processo de concretagem

A partir da finalização do processo de montagem das fôrmas utilizadas, o


serviço de concretagem deve estar alinhado com os métodos e fornecedores a
serem utilizados. Consistindo basicamente no: recebimento ou produção do
concreto no próprio local, transporte ao local de aplicação, lançamento nas
fôrmas já posicionadas, espalhamento, adensamento, nivelamento, acabamento
e espera do tempo de cura.

A qualidade da realização da obra depende desta etapa, onde os estudos


realizados para determinar as relações de componentes do concreto devem
estar de acordo com a necessidade de resistência estrutural a ser vencida. O
controle tecnológico garante que a estrutura admita uma vida útil, a principio na
dosagem de materiais corretas até a execução e manuseio correto.

Sendo assim, será tratado a respeito das etapas e métodos envolvidos no


processo.
https://www.mapadaobra.com.br/gestao/etapas-concretagem/

2.1 Recebimento do material

Ao adotar pela escolha de comprar o concreto usinado já pronto para


utilização, é necessário haver uma conferência em alguns parâmetros de
qualidade para garantir que os estudos realizados estejam de acordo com o
material. Tais verificações mais comuns são: nota fiscal de acordo com o
programado, horários e tempo para manuseio, quantidade de água a ser
adicionada de acordo com o mensurado em laboratório, lacre não estar rompido.

A partir da chegada do material, realiza-se testes em Corpos de Prova – CP’s,


onde recipientes em formato cônico recebem certa quantidade de concreto e
verifica-se sua resistência à compressão.

http://www.atacadaodoferro.com.br/pages/pages_news/01-02-2015/004.html

https://www.escolaengenharia.com.br/slump-test/
2.2 Transporte

De acordo com o layout do canteiro de obras, este com a finalidade de facilitar


a movimentação, organização e trabalho na execução da obra, deve ter sido
pensado para que haja menor dificuldade para o transporte do concreto até o
local a ser despejado. Se realizado na própria obra, que contenha mecanismos
e espaçamentos necessários para o lançamento ou então que admita que os
caminhões envolvidos possam chegar o mais próximo dos locais, diminuindo os
esforços e garantindo a qualidade.

Essa movimentação deve prezar em anular desagregações dos componentes


do concreto ou perda de água por vazamento ou evaporação que sejam
relevantes para a composição.

Os mecanismos mais comumente utilizados são os caminhões-betoneiras


que transportam o material do local de produção até a área de interesse do
contratante. Além disso, os maquinários como carrinhos-de-mão, gruas ou
bombas devem ser encarregados do transporte final para o lançamento, sendo
dificultadas quando em obras verticais.

https://www.globaltec.com.br/2016/07/26/veja-os-cuidados-que-devem-ser-tomados-no-transporte-de-concreto/
2.3 Lançamento

Após o transporte de todo material ao lugar adequado, realiza-se o


lançamento do concreto nas fôrmas já posicionadas com todas as armaduras e
amarrações necessárias. Segue-se alguns cuidados:

• Tempo de lançamento deverá ser em até uma hora do fim do


amassamento, além de alturas máximas de 2m em pilares;
• Manter fôrmas molhadas ou estado úmido para que não absorva água;
• Limpeza e higienização das fôrmas para o uso seguinte;
• Não realizar o lançamento caso já iniciado processo de cura;
• Concreto deve ser lançado de forma conectada a porção anterior em
lajes e vigas, devido a possibilidade de separação da argamassa que
possui maior fluidez ao agregado graúdo;
• É necessário o rastreamento do concreto nas peças em que foram
lançadas em função do volume aplicado;

https://www.aecweb.com.br/revista/materias/concreto-usinado-indicacoes-e-vantagens/13734

2.4 Espalhamento

É necessário espalhar o material concretado nas vigas e lajes devido a


dificuldade que se tem de lançamento de forma homogênea, para que os
volumes não se concentrem em determinadas áreas. Há a utilização de enxadas
ou pás para o serviço, preenchendo os espaços e facilitando o futuro
nivelamento.
http://fazbetom.com.br/servicos/servico-de-espalhamento-de-concreto/

2.5 Adensamento

Esse processo tem a finalidade de garantir que todo o material se espalhe e


preencha os espaços vazios no concreto, onde busca diminuir a porosidade e
aumentar a resistência a tensões como cisalhamento, compressão e aderência.
Deve ser feito utilizando equipamentos vibradores que são submergidos e atuam
dentro da massa.

https://www.royalmaquinas.com.br/blog/adensamento-concreto-o-que-e-vantagens/

2.6 Nivelamento

Também conhecida como sarrafeamento, esse serviço tem como função


estabelecer as espessuras necessárias para a laje, garantindo que o material
esteja espalhado e homogêneo na superfície. Utiliza-se taliscas de metal ou
madeira como referências de nível e por fim também o uso de alinhadores laser.
http://www.concretoabsoluta.com.br/nivelamento-piso-concreto.html

http://porttepiso.com.br/equipamento.html

2.7 Acabamento

Nessa etapa, é possível haver três formas de finalização, dependendo do uso


da laje e do grau de acabamento da laje necessário. Há lajes convencionais
onde o controle de nivelamento não precisa ser tão efetivo, podendo haver
rugosidades. Outra forma são lajes niveladas que possuem certo controle de
nivelamento de acordo o contrapiso e sua espessura especificada. E por fim lajes
acabadas onde o nível de acabamento é superior devido menores rugosidades
e declividades, onde é necessário para a colocação final de pisos e cerâmicas.

2.8 Cura

O ponto principal e de maior cuidado deve ser o momento de cura do


concreto, sendo integrado por medidas que tem o fito evitar a evaporação
prematura da água que é necessária para a hidratação. Caso haja muita perda,
haverá espaços vazios entre as moléculas e componentes do concreto,
diminuindo a resistência às forças que são necessárias resistir. Os dois objetivos
primordiais são:

• Impedir a cura inadequada pela perda de água prematuramente;


• Controlar a temperatura do concreto para que esteja de acordo com a
necessidade de resistência projetada

Algumas das técnicas utilizadas no processo de cura são represamentos ou


imersões de água, borrifamento, uso de revestimentos saturados e filmes
impermeáveis. Ademais a também a utilização e manuseio de aditivos que são
colocados na mistura do concreto, para que atinja a condição que mais favorece
o local e as condições apresentadas. Como em locais de alta temperatura pode
ser utilizados modificadores de pega que retardem a transferência de água entre
os grãos, havendo mais flexibilidade no tempo de pega. Ou também em locais
que são baixas as temperaturas utilizam-se aceleradores de pega, que
aumentam a resistência inicial e facilita a moldagem.

https://www.concretousinado.com.br/noticias/cura-concreto-usinado/

3. Conclusão

Dessa forma, podemos analisar de um modo geral e concluir todo o processo


de concretagem como, de certa forma, o fechamento de um ciclo tanto
conceitual, em projetos e planejamentos, quanto operacional, em execuções e
uso de maquinários e métodos de trabalho. Portanto, a maneira como o
engenheiro projetista analisa cada detalhe e os dispõe em um projeto tem sua
representação final na concretagem, onde as peças se encaixam e é possível
integralizar os sistemas envolvidos.

Então, o processo de concretagem admite uma responsabilidade técnica


desde o momento de desenvolvimento do canteiro de obras até a execução das
formas e lançamento do concreto, devendo estar interligado e adequado a
realidade e necessidade da obra. A resolução dos estudos para determinação
das relações de água e cimento é de fator fundamental para o sucesso da obra,
onde as estruturas executadas devem estar de acordo com os esforços a serem
vencidos.
Bibliografia

Anexos de material disponibilizado pelo professor na plataforma Classroom


para a Aula 8:

https://classroom.google.com/u/1/c/NDM0MDY4NzcyMzla;

http://poli-integra.poli.usp.br/library/pdfs/3d5338859aab2bdf6eac03661f4ea456.pdf;

http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/concretagem-
praticas/execucao/60/concretagem-praticas.html.

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