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Prof.

Marcus Campiteli
@profmarcuscampiteli

Instalações Hidrossanitárias .............................................................................................. 3


1 – Sistemas Prediais de AF e AQ (NBR 5626/2020) ........................................................... 3
1.1 – Materiais .................................................................................................................................. 5
1.2 – Projeto ...................................................................................................................................... 5
1.3 – Execução ................................................................................................................................. 13
2 – Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário (NBR 8160/99)................................................. 14
2.1 – Introdução .............................................................................................................................. 14
2.2 – Desconectores ........................................................................................................................ 16
2.3 - Ramais de descarga e de esgoto ............................................................................................. 17
2.4 – Tubos de queda ...................................................................................................................... 17
2.5 – Subcoletores e coletor predial ................................................................................................ 18
2.6 – Dispositivos complementares ................................................................................................. 19
2.7 – Instalação de recalque ........................................................................................................... 20
2.8 – Componentes do subsistema de ventilação ........................................................................... 21
2.9 – Dimensionamento .................................................................................................................. 29
Tainah França Dias
3 – Projeto da Rede Coletora de Esgoto (NBR 9649) ......................................................... 37
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3.1 – Requisitos do Projeto .............................................................................................................. 38


3.2 – Atividades para elaboração do Projeto .................................................................................. 38
3.3 – Dimensionamento hidráulico ................................................................................................. 39
3.4 – Disposições construtivas......................................................................................................... 40
4 – Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário (NBR 12208/92) ......................... 41
4.1 - Introdução ............................................................................................................................... 41
4.2 – Dimensionamento do Poço de Sucção ................................................................................... 42
4.3 – Dimensionamento dos condutos ............................................................................................ 42
4.4 – Seleção dos conjuntos motor-bomba ..................................................................................... 42
4.5 – Características operacionais dos conjuntos motor-bomba.................................................... 43
4.6 – Canal afluente ........................................................................................................................ 43
4.7 – Remoção de sólidos grosseiros ............................................................................................... 44
4.8 – Demais considerações ............................................................................................................ 45
5 – Águas Pluviais (NBR 10844/89)................................................................................... 46
5.1 – Definições ............................................................................................................................... 46

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5.2 – Condições Gerais .................................................................................................................... 47


5.3 – Condições Específicas ............................................................................................................. 47
5.4 – Coberturas Horizontais de Laje .............................................................................................. 49
5.5 – Calhas ..................................................................................................................................... 49
5.6 – Condutores Verticais .............................................................................................................. 51
5.7 – Condutores Horizontais .......................................................................................................... 51
6 – Questões Comentadas ............................................................................................... 52
7 – Questões Apresentadas Nesta Aula............................................................................ 89
8 – Gabarito ................................................................................................................... 107
9 – Referências Bibliográficas ........................................................................................ 107

Tainah França Dias


tainah.dias95@gmail.com

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INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Olá pessoal, apresentamos para vocês nesta aula as informações normativas acerca de Instalações
Hidrossanitárias: NBR 5626/20 – Sistemas Prediais de água fria e água quente, versão corrigida de
30/9/2020; NBR 8160/99 – Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução; NBR
9649/86 – Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário; e NBR 12208/92 – Projeto de estações
elevatórias de esgoto sanitário.
Vale a pena focar as partes negritadas.
Caso queiram treinar antes mesmo de adentrar à teoria, há os capítulos finais com as questões
apresentadas e o gabarito final.
Dicas adicionais são publicadas no Instagram: @profmarcuscampiteli
Bons estudos!

1 – SISTEMAS PREDIAIS DE AF E AQ (NBR 5626/2020)


A NBR 5626/2020 foi publicada em 29/6/2020 e corrigida em 30/9/2020. As mudanças entre
ambas as versões encontram-se destacadas em amarelo.
Segue algumas definições da NBR 5626/20 – Instalações
Tainah Hidráulicas Prediais.
França Dias
tainah.dias95@gmail.com
Alimentador predial: tubulação que liga a fonte de abastecimento a um reservatório de água ou à
rede de distribuição predial.
Barrilete: tubulação da qual derivam as colunas de distribuição.
Coluna de distribuição: tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais.
Conexão cruzada: qualquer meio que põe em contato a água potável do SPAFAQ (sistemas
prediais de água fria e água quente) com outra água de qualidade desconhecida não potável.
Corrosão: processo de transformação decorrente de reações de natureza química ou
eletroquímica entre um metal e o meio ambiente.
Degradação: redução do desempenho devido à atuação de um ou vários agentes de deterioração.
Desinfecção: operação destinada a reduzir na água a presença de micro-organismos, patogênicos
ou não.
Estação redutora de pressão: subsistema destinado a reduzir a pressão para a distribuição de água
fria e quente.
Fonte de abastecimento: sistema destinado a fornecer água para os SPAFAQ. Pode ser a rede
pública da concessionária ou qualquer sistema particular de fornecimento de água; no caso da
rede pública, considera-se que a fonte de abastecimento é a extremidade a jusante do ramal
predial.

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Nível de transbordamento: menor cota do plano horizontal que ultrapassa a borda mais baixa de
reservatório ou aparelho sanitário permitindo o extravasamento de água do seu interior, ou a cota
geratriz inferior interna de eventual extravasor associado.
Ponto de utilização: extremidade do sub-ramal a montante da peça de utilização, até onde ficam
preservadas as características da água para o uso a que se destina, e a partir do qual a água a
jusante passa a ser considerada água servida.
Pressão de ensaio: valor da pressão estática aplicada a uma tubulação a fim de verificar a sua
integridade e estanqueidade.
Pressão de serviço: maior valor de pressão a que um componente pode ficar submetido em
condição de operação normal.
Pressão de trabalho: valor de pressão estática ou dinâmica a que um componente fica submetido
em condição de operação normal.
Pressão dinâmica: carga de pressão ou carga piezométrica (energia de pressão por unidade de
peso de água) atuante em determinada seção de tubulação sob escoamento, considerada em sua
linha de eixo.
Pressão disponível: pressão dinâmica atuante em determinada seção da tubulação, considerada
em sua linha de eixo, depois de descontados ou adicionados a perda de carga e o desnível
geométrico de um valor conhecido de pressão dinâmica atuante em uma outra seção desta
tubulação, respectivamente, a jusante e Tainah
a montante.
França Dias
Pressão estática: carga de pressão outainah.dias95@gmail.com
carga piezométrica (energia de pressão por unidade de peso
de água) atuante em determinada seção de tubulação sob carga, porém sem escoamento,
considerada em sua linha de eixo.
Pressão manométrica: valor de pressão estática ou dinâmica indicada em manômetro.
Quebrador de vácuo: componente destinado a impedir o refluxo de água em SPAFAQ, ou deste
para a fonte de abastecimento quando este refluxo é motivado pela redução transiente do valor da
pressão dinâmica da água a montante; pode ser independente ou incorporado a uma peça de
utilização.
Ramal: tubulação derivada da coluna de distribuição ou diretamente do barrilete, destinada a
alimentar sub-ramais.
Ramal predial: tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento de água e a
extremidade a montante do alimentador predial ou da rede predial de distribuição. O ponto onde
termina o ramal predial é convencionado pela concessionária.
Refluxo de água: escoamento de água proveniente de qualquer outra fonte, que não a fonte de
abastecimento prevista, para o interior da tubulação destinada a conduzir água desta fonte.
Incluem-se, neste caso, a retrossifonagem, bem como outros tipos de refluxo, como o que se
estabelece pelo mecanismo de vasos comunicantes.
Registro de fechamento: componente destinado a permitir a interrupção do fluxo da água, usado
totalmente fechado ou totalmente aberto.

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Relação de redução de pressões: fração que indica o quanto a pressão dinâmica de entrada pode
ser maior do que a de saída para que a velocidade do escoamento em uma válvula redutora de
pressão não provoque cavitação, ruído excessivo, vibrações e desgastes acelerados.
Se a relação limite especificada para um modelo de válvula é de quatro por um (4:1), isto significa
que a pressão dinâmica atuante a montante dela pode superar a de jusante em até quatro vezes.
Restritor de vazão: componente instalado na peça de utilização com a finalidade de provocar
perda de carga localizada.
Retrossifonagem: refluxo de água usada, proveniente de um reservatório, aparelho sanitário ou de
qualquer outro recipiente, para o interior de uma tubulação, pelo fato da sua pressão ser inferior à
atmosférica.
Sub-ramal: Tubulação que liga o ramal ao ponto de utilização.
Tubulação de aviso de extravasão: tubulação destinada a conduzir parte do excesso de água para
um local visível, servindo de alerta de falha no sistema de reserva do edifício.
Tubulação de extravasão: conjunto de componentes destinado a escoar o eventual excesso de
água de reservatório quando é superado o nível de transbordamento.
Tubulação de limpeza: tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório para permitir sua
limpeza e manutenção.
Tubulação de retorno: tubulação queTainahconduz a água quente de volta ao reservatório ou
França Dias
aquecedor. tainah.dias95@gmail.com
Zona de pressão: faixa de pavimentos ou grupo de setores da edificação atendidos diretamente
por uma estação redutora de pressão.

1.1 – MATERIAIS

Os requisitos sobre os materiais e componentes empregados nos SPAFAQ (sistemas prediais de


água fria e água quente) são os seguintes:
a) os materiais e componentes em contato com a água não podem afetar a sua potabilidade;
b) o desempenho dos materiais e componentes não pode ser comprometido pelas características
da água potável, bem como pela ação do meio onde se acham inseridos;
c) os materiais e componentes devem apresentar desempenho adequado às solicitações a que
ficam submetidos quando em uso.

1.2 – PROJETO

As seguintes informações devem ser previamente levantadas pelo projetista:

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a) características do consumo predial (volumes, vazões máximas e médias, perfil de consumo


estimado, entre outras);
b) características da oferta de água (disponibilidade de vazão, faixa de variação das pressões,
constância do abastecimento, características da água, entre outras);
c) valores estimados do indicador de consumo em função da tipologia do edifício;
d) necessidades mínimas de reservação;
e) no caso de captação local de água, as características da água, o nível do lençol subterrâneo e a
avaliação do risco de contaminação, além da vazão da água potável disponível.
O sistema predial de água não potável deve ser totalmente independente daquele destinado ao
uso da água potável. É vedada qualquer possibilidade de conexão cruzada entre ambos.

a) Alimentador predial

No projeto do alimentador predial deve-se considerar o valor máximo e o valor mínimo da pressão
da água proveniente da fonte de abastecimento.
O alimentador predial deve possuir capacidade de vazão suficiente para abastecer o reservatório
de consumo (reposição total do volume destinado ao consumo diário de água em até 6 h, ou até 3
h em residências unifamiliares), considerando
TainahaFrança
pressãoDias
mínima.
tainah.dias95@gmail.com
No caso de ser enterrado, deve-se observar um afastamento horizontal de qualquer fonte
potencialmente poluidora para evitar contaminação. Quando instalado na mesma vala que aloja
tubulações enterradas potencialmente poluidoras, o alimentador predial deve apresentar sua
geratriz inferior externa em cota acima da geratriz superior externa destas tubulações.

b) Reservatórios

O reservatório deve ser opaco ou dotados de proteção contra a incidência de luz.


Na definição da capacidade total de reservação de água potável deve ser considerada a frequência
e duração de eventuais interrupções do abastecimento.
O volume total de água reservado deve atender, no mínimo, 24 h de consumo normal no edifício e
deve considerar eventual volume adicional de água para combate a incêndio quando este estiver
armazenado conjuntamente.
Na impossibilidade de determinar o volume máximo permissível, recomenda-se limitar o volume
total que corresponda a três dias de consumo diário ou prever meios que assegurem a
preservação das características da água potável.
A vazão a considerar no abastecimento do reservatório deve ser suficiente para a reposição total
do volume destinado ao consumo diário de água em até 6 h. No caso de residências
unifamiliares, o tempo de reposição deve ser de até 3 h.

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À exceção das residências unifamiliares isoladas, os demais reservatórios de maior capacidade


devem ser divididos em dois ou mais compartimentos para permitir operações de manutenção
sem que haja interrupção na distribuição de água para os pontos de utilização do edifício. A
capacidade do menor dos compartimentos deve ser suficiente para atender à demanda
correspondente ao maior período de pico de consumo do edifício durante o intervalo de tempo
estimado para uma operação normal de manutenção. Neste caso, cada compartimento deve
operar como um reservatório autônomo, independente do funcionamento dos demais
compartimentos. sendo vedada a condição de operação simultânea exclusiva como vasos
comunicantes.
O formato do reservatório, o posicionamento relativo entre a entrada e a saída de água neste e a
forma de tomada de água para consumo devem evitar a ocorrência de regiões de estagnação em
seu interior e promover a renovação da água armazenada.
Havendo reservatórios inferior e superior, o reservatório inferior pode ser constituído de
compartimento único sempre que o volume de água destinada a consumo no reservatório
superior superar o volume demandado durante o período de tempo estimado para uma operação
normal de limpeza do reservatório inferior, ficando, neste caso, dispensada a necessidade de
subdivisão em compartimentos independentes.
O alimentador predial deve ser dotado, na sua extremidade a jusante, de componente destinado
ao controle automático de admissão da água e à manutenção do nível desejado. Este componente
deve permitir o ajuste do nível operacional e garantir
Tainah Françaproteção
Dias contra o refluxo.
tainah.dias95@gmail.com
Deve ser previsto um registro de fechamento no alimentador predial, a montante e próximo do
reservatório, e na tubulação de recalque, a montante e próximo do reservatório superior, visando
facilitar a operação e manutenção.
O nível máximo da superfície livre da água no interior do reservatório deve situar-se abaixo do
nível da geratriz inferior da tubulação de extravasão e, quando existir, de tubulação de aviso de
extravasão.
Em todos os reservatórios devem ser instaladas tubulações que atendam às seguintes
necessidades:
a) extravasão do volume de água em excesso do interior do reservatório atmosférico de água fria,
caso o nível ultrapasse a cota operacional máxima prevista, de modo a impedir a ocorrência de
transbordamento ou a inutilização do dispositivo de prevenção ao refluxo previsto, devido à falha
do componente destinado à interrupção do abastecimento;
b) limpeza do reservatório, para permitir o seu esvaziamento, com registro de fechamento em
posição de fácil acesso e operação, situado próximo à saída do reservatório;
Em reservatórios atmosféricos de água fria devem ser previstos meios (tal como tubulação de aviso
de extravasão) para alertar a ocorrência de falha no componente destinado ao controle da entrada
da água e manutenção do nível desejado, sempre que houver elevação da superfície da água acima
do nível operacional máximo previsto.

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Para facilitar a impermeabilização e a operação de limpeza, o reservatório moldado no local deve


ter cantos internos arredondados ou chanfrados e fundo com superfície dotada de ligeira
declividade no sentido do bocal ou flange da tubulação de limpeza.
A tubulação de aviso de extravasão, quando adotada, deve ser convenientemente derivada da
tubulação de extravasão em local que impeça de escoar água proveniente da operação de limpeza
do reservatório, evitando o seu entupimento caso seja de diâmetro reduzido, bem como o despejo
de sujeira no local previsto para o deságue.
A água de tubulações de extravasão, de limpeza e de aviso de extravasão, quando adotada, deve
ser descarregada em condições que impeçam refluxo e conexão cruzada e em local onde não haja
possibilidade de gases de ar potencialmente contaminados ingressarem no reservatório por meio
destas tubulações. É vedada a sua interligação direta com tubulações dos sistemas prediais de
esgoto sanitário e de águas pluviais.

c) Sistemas de recalque e de pressurização

Na definição dos sistemas de recalque e de pressurização e na localização dos reservatórios e


bombas hidráulicas, deve-se considerar o aproveitamento mais eficiente da pressão disponível.
Os sistemas de recalque e de pressurização devem possuir no mínimo duas bombas com
funcionamento independente entre si, Tainah França
com vistas Dias
a assegurar o abastecimento de água em caso
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de falha ou desativação de uma delas para manutenção.
A extremidade da tomada de água de tubulação de sucção deve ser posicionada elevada em
relação ao fundo do reservatório ou do respectivo poço de sucção, quando existir, para evitar a
aspiração de eventuais resíduos porventura depositados.
A fim de evitar a presença de água sem renovação dentro das tubulações e do corpo de bomba
que permaneça inoperante por longos períodos, sob a ótica da preservação da qualidade sanitária,
as bombas devem ser projetadas para ter alternância automática entre partidas consecutivas.
O sistema de pressurização deve contar com dispositivos capazes de admitir ar na tubulação
quando se seu esvaziamento, de expulsar o ar nas operações de enchimento e de expulsar bolhas
que se formem durante a sua operação normal. O mercado oferece válvulas denominadas válvulas
ventosas de tríplice função, que fazem as três operações.

d) Sistema de distribuição

Para possibilitar a manutenção de qualquer parte do sistema de distribuição, deve ser prevista
setorização, mediante a previsão de registros de fechamento ou de dispositivos de idêntica
finalidade, particularmente:
- no barrilete, posicionado no trecho que alimenta o próprio barrilete (no caso de abastecimento
indireto, posicionado em cada trecho que liga o barrilete ao reservatório);

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- na coluna de distribuição, posicionado a montante do primeiro ramal;


- no ramal, posicionado a montante do primeiro sub-ramal em ao menos um dos ambientes
sanitários da unidade autônoma;
- havendo medição individualizada de consumo, a montante do hidrômetro.
O sistema de distribuição deve ser setorizado de forma a permitir a operação e a manutenção
independente de diferentes pavimentos, unidades autônomas ou economias e atividades-fim.
Em ambientes sanitários destinados ao público, ao menos um ponto de utilização de cada tipo de
aparelho sanitário deve ser dotado de registro de fechamento exclusivo e independente dos
demais, para evitar a interdição do espaço quando da avaria de uma peça de utilização ou de um
aparelho sanitário.
Quando houver utilização de água fria e água quente, um sistema deve ser protegido contra o
ingresso indevido de água do outro. No caso da instalação de duchas higiênicas, ou de torneiras
com gatilho de ponta, estas devem ter válvulas de retenção ou incorporadas ao aparelho ou no
ponto de utilização.

e) Dimensionamento das tubulações

A limitação da velocidade do escoamento Tainahnão se aplica


França Dias a trechos onde comprovadamente a
tubulação não fique sujeita a golpes de aríete e seja dotada de meios adequados de isolação
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acústica ou esteja alojada em local que minimize ou impeça a transmissão de ruídos.
Os trechos de tubulações que podem conduzir água com nível de temperatura acima de 70°C
devem ser identificados, isolados e protegidos.
A temperatura da água em tubulações de distribuição de água quente dentro de ambientes
sanitários, dotados de misturadores convencionais, deve ser limitada a 70°C. Caso temperaturas
superiores sejam adotadas, deve-se obrigatoriamente incluir meios de limitar a temperatura
máxima da água fornecida aos pontos de utilização, mediante recurso de segurança intrínseca com
atuação automática.
Onde houver possibilidade de a temperatura da água quente ultrapassar 45°C em pontos de
utilização de água quente para uso corporal, deve-se empregar recurso de segurança intrínseca
com atuação automática para limitar a temperatura a este valor.
No caso de duchas higiênicas, jardins de infância e determinadas clínicas e hospitais, a
temperatura máxima de uso recomendada é 38°C.
Deve ser previsto isolamento térmico em superfícies expostas de componentes do sistema predial
de água quente (reservatórios térmicos, trechos de tubulações e outros componentes) para evitar
a ocorrência de possíveis queimaduras.
Onde a temperatura do sistema de água quente puder exceder 90°C, devem ser tomadas
precauções para evitar consequências danosas ao sistema e aos usuários.

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O projeto deve contemplar elementos ou mecanismos que permitam absorver as movimentações


térmicas, sempre que necessário, como liras ou juntas de expansão. Nos casos em que não exista
esta possibilidade, devem ser previstos sistemas de ancoragem, suportes, tubos e conexões que
resistam às tensões mecânicas e ao processo de fadiga.
O sistema de distribuição de água quente deve ter isolamento térmico em toda a sua extensão.

f) Dimensionamento do sistema de distribuição

A pressão dinâmica requerida para o adequado funcionamento da peça de utilização ou do


correspondente aparelho sanitário operando com vazão de projeto pode ser obtida junto ao
respectivo fabricante ou responsável pela colocação do produto no mercado nacional, ou à
especificação técnica do componente. Alternativamente, pode ser obtido o fator de vazão da peça
de utilização ou do aparelho sanitário, se este for constante para a faixa operacional de vazões
prevista, atendendo à relação:
Q = K.√𝑃
Onde:
Q - é a vazão de projeto da peça de utilização ou aparelho sanitário, em (L/s);
K - é o fator de vazão do aparelho sanitário, expresso
Tainah Françaem L/(s.√𝑘𝑃𝑎);
Dias
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P - em qualquer caso, a pressão dinâmica da água no ponto de utilização não pode ser inferior a
10 kPa (1 mca).
Em qualquer ponto da rede predial do sistema de distribuição, a pressão dinâmica da água não
pode ser inferior a 5 kPa (0,5 mca), excetuados os trechos verticais de tomada d’água nas saídas
de reservatórios elevados para os respectivos barriletes em sistemas indiretos. em que a pressão
dinâmica mínima em cada ponto é dada pelo correspondente desnível geométrico ao nível d’água
de cota mais baixa no reservatório, descontada a perda de carga até o ponto considerado.
A pressão estática nos pontos de utilização não pode superar 400 kPa (40 mca).
As pressões dinâmicas das águas fria e quente atuantes a montante de misturadores convencionais
devem ter valores próximos entre si para evitar oscilações de temperatura da água durante o uso,
especialmente ao operarem com baixas vazões de projeto.
A ocorrência de sobrepressões devidas a transientes hidráulicos deve ser considerada no
dimensionamento das tubulações. Estas sobrepressões, em relação à pressão dinâmica prevista
em projeto, são admitidas desde que não superem 200 kPa (20 mca).
Estações redutoras de pressão que atendem múltiplas unidades condominiais ou diferentes
setores da edificação devem ser dotadas de pelo menos duas válvulas redutoras, instaladas em
paralelo, sendo uma sobressalente.
Não há limitação para diâmetros nominais mínimos de sub-ramais e respectivos engates ou
tubos de ligação.

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A determinação das perdas de carga nas tubulações e o cálculo das pressões dinâmicas nos pontos
de utilização devem ser feitos mediante o emprego de equações pertinentes. A equação universal
de perda de carga é a mais indicada.

g) Proteção contra refluxo de água


A separação atmosférica padronizada constitui o recurso mais efetivo de prevenção ao refluxo,
representada nas figuras a seguir, da NBR 5626/2020. Outros recursos podem ser utilizados desde
que apresentem resultado satisfatório, como a separação atmosférica não padronizada (quando
não atende ao representado nas figuras seguintes) e o quebrador de vácuo.
Alerta-se que os quebradores de vácuo não constituem proteção contra o refluxo de água onde
ocorre o mecanismo de vasos comunicantes.
Separação atmosférica padronizada em reservatório superior

Tainah França Dias


tainah.dias95@gmail.com

Onde:
EX - extravasor
REC - recalque
NA - nível d’água (máximo)
L - distância mínima entre o ponto de suprimento ou de utilização e qualquer obstáculo periférico
(L ≥ 3d)
S - separação atmosférica mínima, conforme a tabela abaixo.

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Separação atmosférica padronizada em reservatório inferior

Onde:
AP - alimentador predial
CN - dispositivo automático de controle de nível
EX - extravasor
NA - nível d’água (máximo)
d - diâmetro interno do tubo a montante do ponto de suprimento ou de utilização
Tainah França Dias
L - distância mínima entre o ponto de suprimento ou de utilização e qualquer obstáculo periférico
tainah.dias95@gmail.com
(L ≥ 3d)
S - separação atmosférica mínima (ver tabela abaixo)

Em edifícios de múltiplos pavimentos alimentados a partir de reservatório superior, além da


separação atmosférica, cada coluna de distribuição deve dispor de meio capaz de admitir ar por
ocasião do seu esvaziamento e de expulsar durante o enchimento, assim como de expulsar bolhas
segregadas que se formam naturalmente com o sistema em operação, conforme a figura a seguir,
da NBR 5626/2020. A solução adotada não pode criar trechos de estagnação de água. A operação
do registro de fechamento da coluna de distribuição não pode impedir a atuação do recurso
adotado como meio de proteção não localizada.

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Ventilação de coluna de distribuição

Tainah França Dias


Onde: tainah.dias95@gmail.com
NA - nível d’água (máximo)
máx - máximo
Res Inc - reserva técnica de incêndio

1.3 – EXECUÇÃO

a) Especificações

O ensaio de estanqueidade deve ser realizado de modo a submeter cada seção da tubulação a
uma pressão mínima de 600 kPa (60 mca) ou 1,5 vez a máxima pressão de trabalho, o que for
menor.
O sistema é considerado estanque caso não sejam detectados vazamentos ou queda de pressão
manométrica por um período mínimo de 1 h após a estabilização da pressão.
O ensaio de estanqueidade em tubulações do sistema predial de água quente deve ser realizado
com água com temperatura mínima de 80ºC, antes da aplicação de eventual isolamento térmico
ou acústico ou antes de serem recobertas.

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O reservatório é considerado estanque caso não sejam detectados vazamentos ou


extravasamentos durante um período mínimo de 72 h, após preenchido com água até o nível
máximo permitido.

2 – SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTO SANITÁRIO (NBR 8160/99)

2.1 – INTRODUÇÃO

O sistema de esgoto sanitário tem por funções básicas coletar e conduzir os despejos provenientes
do uso adequado dos aparelhos sanitários a um destino apropriado.
O sistema predial de esgoto sanitário deve ser separador absoluto em relação ao sistema predial
de águas pluviais, ou seja, não deve existir nenhuma ligação entre os dois sistemas.
A NBR 8160 adota as seguintes definições:
Altura do fecho hídrico: Profundidade da camada líquida, medida entre o nível de saída e o ponto
mais baixo da parede ou colo inferior do desconector, que separa os compartimentos ou ramos de
entrada e saída desse dispositivo.
Barrilete de ventilação: Tubulação horizontal
Tainahcom saída
França para a atmosfera em um ponto, destinada
Dias
a receber dois ou mais tubos ventiladores.
tainah.dias95@gmail.com
Caixa coletora: Caixa onde se reúnem os efluentes líquidos, cuja disposição exija elevação
mecânica.
Caixa de gordura: Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos
contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando que
estes componentes escoem livremente pela rede, obstruindo a mesma.
Caixa de inspeção: Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção,
mudanças de declividade e/ou direção das tubulações.
Caixa de passagem: Caixa destinada a permitir a junção de tubulações do subsistema de esgoto
sanitário.
Caixa sifonada: Caixa provida de desconector, destinada a receber efluentes da instalação
secundária de esgoto.
Coletor predial: Trecho de tubulação compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal
de esgoto ou de descarga, ou caixa de inspeção geral e o coletor público ou sistema particular.
Coletor público: Tubulação da rede coletora que recebe contribuição de esgoto dos coletores
prediais em qualquer ponto ao longo do seu comprimento.
Coluna de ventilação: Tubo ventilador vertical que se prolonga através de um ou mais andares e
cuja extremidade superior é aberta à atmosfera, ou ligada a tubo ventilador primário ou a barrilete
de ventilação.

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Curva de raio longo: Conexão em forma de curva cujo raio médio de curvatura é maior ou igual a
duas vezes o diâmetro interno da peça.
Desconector: Dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem de gases no
sentido oposto ao deslocamento do esgoto.
Diâmetro nominal (DN): Simples número que serve como designação para projeto e para
classificar, em dimensões, os elementos das tubulações, e que corresponde, aproximadamente, ao
diâmetro interno da tubulação em milímetros.
Dispositivo de inspeção: Peça ou recipiente para inspeção, limpeza e desobstrução das tubulações.
Fator de falha: Probabilidade de que o número esperado de aparelhos sanitários, em uso
simultâneo, seja ultrapassado.
Fecho hídrico: Camada líquida, de nível constante, que em um desconector veda a passagem dos
gases.
Instalação primária de esgoto: Conjunto de tubulações e dispositivos onde têm acesso gases
provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento.
Instalação secundária de esgoto: Conjunto de tubulações e dispositivos onde não têm acesso os
gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento.
Ralo seco: Recipiente sem proteção hídrica, dotado de grelha na parte superior, destinado a
receber águas de lavagem de piso ou de Tainah
chuveiro.
França Dias
Ralo sifonado: Recipiente dotado detainah.dias95@gmail.com
desconector, com grelha na parte superior, destinado a
receber águas de lavagem de pisos ou de chuveiro.
Ramal de descarga: Tubulação que recebe diretamente os efluentes de aparelhos sanitários.
Ramal de esgoto: Tubulação primária que recebe os efluentes dos ramais de descarga diretamente
ou a partir de um desconector.
Ramal de ventilação: Tubo ventilador que interliga o desconector, ou ramal de descarga, ou ramal
de esgoto de um ou mais aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação ou a um tubo ventilador
primário.
Sifão: Desconector destinado a receber efluentes do sistema predial de esgoto sanitário.
Subsistema de ventilação: Conjunto de tubulações ou dispositivos destinados a encaminhar os
gases para a atmosfera e evitar que os mesmos se encaminhem para os ambientes sanitários. Pode
ser dividido em ventilação primária e secundária.
Subcoletor: Tubulação que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda ou ramais de esgoto.
Tubo de queda: Tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto e
ramais de descarga.
Tubo ventilador: Tubo destinado a possibilitar o escoamento de ar da atmosfera para o sistema de
esgoto e vice-versa ou a circulação de ar no interior do mesmo, com a finalidade de proteger o
fecho hídrico dos desconectores e encaminhar os gases para atmosfera.

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Tubo ventilador de alívio: Tubo ventilador ligando o tubo de queda ou ramal de esgoto ou de
descarga à coluna de ventilação.
Tubo ventilador de circuito: Tubo ventilador secundário ligado a um ramal de esgoto e servindo a
um grupo de aparelhos sem ventilação individual.
Tubulação de ventilação primária: Prolongamento do tubo de queda acima do ramal mais alto a
ele ligado e com extremidade superior aberta à atmosfera situada acima da cobertura do prédio.
Tubulação de ventilação secundária: Conjunto de tubos e conexões com a finalidade de promover
a ventilação secundária do sistema predial de esgoto sanitário.
Unidade de Hunter de contribuição (UHC): Fator numérico que representa a contribuição
considerada em função da utilização habitual de cada tipo de aparelho sanitário.
Ventilação primária: Ventilação proporcionada pelo ar que escoa pelo núcleo do tubo de queda, o
qual é prolongado até a atmosfera, constituindo a tubulação de ventilação primária.
Ventilação secundária: Ventilação proporcionada pelo ar que escoa pelo interior de colunas,
ramais ou barriletes de ventilação, constituindo a tubulação de ventilação secundária.

2.2 – DESCONECTORES
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Todos os aparelhos sanitários devemtainah.dias95@gmail.com
ser protegidos por desconectores. Os desconectores podem
atender a um aparelho ou a um conjunto de aparelhos de uma mesma unidade autônoma.
Podem ser utilizadas caixas sifonadas para a coleta dos despejos de conjuntos de aparelhos
sanitários, tais como lavatórios, bidês, banheiras e chuveiros de uma mesma unidade autônoma,
assim como as águas provenientes de lavagem de pisos, devendo as mesmas, neste caso, ser
providas de grelhas.
As caixas sifonadas que coletam despejos de mictórios devem ter tampas cegas e não podem
receber contribuições de outros aparelhos sanitários, mesmo providos de desconector próprio.
Podem ser utilizadas caixas sifonadas para coleta de águas provenientes apenas de lavagem de
pisos, desde que os despejos das caixas sifonadas sejam encaminhados para rede coletora
adequada à natureza desses despejos.
Os despejos provenientes de máquinas de lavar roupas ou tanques situados em pavimentos
sobrepostos podem ser descarregados em tubos de queda exclusivos, com caixa sifonada especial
instalada no seu final.
Deve ser assegurada a manutenção do fecho hídrico dos desconectores mediante as solicitações
impostas pelo ambiente (evaporação, tiragem térmica e ação do vento, variações de pressão no
ambiente) e pelo uso propriamente dito (sucção e sobrepressão).

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2.3 - RAMAIS DE DESCARGA E DE ESGOTO

Todos os trechos horizontais previstos no sistema de coleta e transporte de esgoto sanitário


devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para isso, apresentar uma
declividade constante.
Recomendam-se as seguintes declividades mínimas:
a) 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior a 75;
b) 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100.
As mudanças de direção nos trechos horizontais devem ser feitas com peças com ângulo central
igual ou inferior a 45°.
As mudanças de direção (horizontal para vertical e vice-versa) podem ser executadas com peças
com ângulo central igual ou inferior a 90°.
É vedada a ligação de ramal de descarga ou ramal de esgoto, através de inspeção existente em
joelho ou curva, ao ramal de descarga de bacia sanitária.
Os ramais de descarga e de esgoto devem permitir fácil acesso para desobstrução e limpeza.

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2.4 – TUBOS DE QUEDA tainah.dias95@gmail.com

Os tubos de queda devem, sempre que possível, ser instalados em um único alinhamento. Quando
necessários, os desvios devem ser feitos com peças formando ângulo central igual ou inferior a 90°,
de preferência com curvas de raio longo ou duas curvas de 45°.
Para os edifícios de dois ou mais andares, nos tubos de queda que recebam efluentes de aparelhos
sanitários tais como pias, tanques, máquinas de lavar e outros similares, onde são utilizados
detergentes que provoquem a formação de espuma, devem ser adotadas soluções no sentido de
evitar o retorno de espuma para os ambientes sanitários, tais como:
a) não efetuar ligações de tubulações de esgoto ou de ventilação nas regiões de ocorrência de
sobrepressão;
b) efetuar o desvio do tubo de queda para a horizontal com dispositivos que atenuem a
sobrepressão, ou seja, curva de 90° de raio longo ou duas curvas de 45°; ou
c) instalar dispositivos com a finalidade de evitar o retorno de espuma.
São considerados zonas de sobrepressão (ver figura abaixo):
a) o trecho, de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente a montante do desvio para
horizontal;
b) o trecho de comprimento igual a 10 diâmetros, imediatamente a jusante do mesmo desvio;

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c) o trecho horizontal de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente a montante do


próximo desvio;
d) o trecho de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente a montante da base do tubo de
queda, e o trecho do coletor ou subcoletor imediatamente a jusante da mesma base;
e) os trechos a montante e a jusante do primeiro desvio na horizontal do coletor com
comprimento igual a 40 diâmetros ou subcoletor com comprimento igual a 10 diâmetros;
f) o trecho da coluna de ventilação, para o caso de sistemas com ventilação secundária, com
comprimento igual a 40 diâmetros, a partir da ligação da base da coluna com o tubo de queda ou
ramal de esgoto.

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Devem ser previstos tubos de queda especiais para pias de cozinha e máquinas de lavar louças,
providos de ventilação primária, os quais devem descarregar em uma caixa de gordura coletiva.

2.5 – SUBCOLETORES E COLETOR PREDIAL

O coletor predial e os subcoletores devem ser de preferência retilíneos. Quando necessário, os


desvios devem ser feitos com peças com ângulo central igual ou inferior a 45°, acompanhados de
elementos que permitam a inspeção.
Todos os trechos horizontais devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade,
devendo, para isso, apresentar uma declividade constante, respeitando-se os valores mínimos
previstos na NBR 8160.
A declividade máxima a ser considerada é de 5%.
No coletor predial não devem existir inserções de quaisquer dispositivos ou embaraços ao natural
escoamento de despejos, tais como desconectores, fundo de caixas de inspeção de cota inferior à

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do perfil do coletor predial ou subcoletor, bolsas de tubulações dentro de caixas de inspeção,


sendo permitida a inserção de válvula de retenção de esgoto.
As variações de diâmetro dos subcoletores e coletor predial devem ser feitas mediante o emprego
de dispositivos de inspeção ou de peças especiais de ampliação.
Quando as tubulações forem aparentes, as interligações de ramais de descarga, ramais de esgoto e
subcoletores devem ser feitas através de junções a 45°, com dispositivos de inspeção nos trechos
adjacentes; quando as tubulações forem enterradas, devem ser feitas através de caixa de inspeção
ou poço de visita.

2.6 – DISPOSITIVOS COMPLEMENTARES

As caixas de gordura, poços de visita e caixas de inspeção devem ser perfeitamente


impermeabilizados, providos de dispositivos adequados para inspeção, possuir tampa de fecho
hermético, ser devidamente ventilados e constituídos de materiais não atacáveis pelo esgoto.

a) Caixas de gordura

É recomendado o uso de caixas de gordura quando os efluentes contiverem resíduos gordurosos.


As pias de cozinha ou máquinas de lavar louças
Tainah instaladas
França Dias em vários pavimentos sobrepostos
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devem descarregar em tubos de queda exclusivos que conduzam o esgoto para caixas de gordura
coletivas, sendo vedado o uso de caixas de gordura individuais nos andares.

b) Caixas e dispositivos de inspeção


O interior das tubulações, embutidas ou não, deve ser acessível por intermédio de dispositivos de
inspeção.
Para garantir a acessibilidade aos elementos do sistema, devem ser respeitadas no mínimo as
seguintes condições:
a) a distância entre dois dispositivos de inspeção não deve ser superior a 25,00 m;
b) a distância entre a ligação do coletor predial com o público e o dispositivo de inspeção mais
próximo não deve ser superior a 15,00 m; e
c) os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto de bacias sanitárias, caixas
de gordura e caixas sifonadas, medidos entre os mesmos e os dispositivos de inspeção, não
devem ser superiores a 10,00 m.
Os desvios, as mudanças de declividade e a junção de tubulações enterradas devem ser feitos
mediante o emprego de caixas de inspeção ou poços de visita.
Em prédios com mais de dois pavimentos, as caixas de inspeção não devem ser instaladas a
menos de 2,00 m de distância dos tubos de queda que contribuem para elas.

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Não devem ser colocadas caixas de inspeção ou poços de visita em ambientes pertencentes a uma
unidade autônoma, quando os mesmos recebem a contribuição de despejos de outras unidades
autônomas.
As caixas de inspeção podem ser usadas para receber efluentes fecais.
Os dispositivos de inspeção devem ser instalados junto às curvas dos tubos de queda, de
preferência à montante das mesmas, sempre que elas forem inatingíveis por dispositivos de
limpeza introduzidos pelas caixas de inspeção ou pelos demais pontos de acesso.
Os dispositivos de inspeção devem ter as seguintes características:
a) abertura suficiente para permitir as desobstruções com a utilização de equipamentos mecânicos
de limpeza;
b) tampa hermética removível; e
c) quando embutidos em paredes no interior de residências, escritórios, áreas públicas, etc., não
devem ser instalados com as tampas salientes.

2.7 – INSTALAÇÃO DE RECALQUE

Os efluentes de aparelhos sanitários e deTainah


dispositivos
Françainstalados
Dias em nível inferior ao do logradouro
devem ser descarregados em uma ou mais caixas de inspeção, as quais devem ser ligadas a uma
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caixa coletora, disposta de modo a receber o esgoto por gravidade. A partir da caixa coletora, por
meio de bombas, devem ser recalcados para uma caixa de inspeção (ou poço de visita), ramal de
esgoto ligado por gravidade ao coletor predial, ou diretamente ao mesmo, ou ao sistema de
tratamento de esgoto.
No caso de esgoto proveniente unicamente da lavagem de pisos ou de automóveis, dispensa-se o
uso de caixas de inspeção, devendo os efluentes ser encaminhados, neste caso, a uma caixa
sifonada de diâmetro mínimo igual a 0,40 m, a qual pode ser ligada diretamente a uma caixa
coletora.
A caixa coletora deve ser perfeitamente impermeabilizada, provida de dispositivos adequados para
inspeção, limpeza e ventilação; de tampa hermética e ser constituída de materiais não atacáveis
pelo esgoto.
As caixas de gordura ligadas às caixas coletoras devem atender às exigências indicadas na tabela a
seguir, ou ser providas de tubulação de ventilação.

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As bombas devem ser de construção especial, à prova de obstruções por águas servidas, massas e
líquidos viscosos.
O funcionamento das bombas deve ser automático e alternado, comandado por chaves
magnéticas conjugadas com chaves de boia, devendo essa instalação ser equipada com dispositivo
de alarme para sinalizar a ocorrência de falhas mecânicas.
A tubulação de recalque deve ser ligada à rede de esgoto (coletor ou caixa de inspeção) de tal
forma que seja impossível o refluxo do esgoto sanitário à caixa coletora.

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2.8 – COMPONENTES DO SUBSISTEMA DE VENTILAÇÃO

O subsistema de ventilação pode ser previsto de duas formas:


a) ventilação primária e secundária; ou
b) somente ventilação primária.
Caso somente a ventilação primária não seja suficiente, podem ser adotadas as seguintes medidas:
a) alterar as características geométricas do subsistema de coleta e transporte, devendo-se, em
seguida, verificar novamente a suficiência da ventilação primária; ou
b) prover ventilação secundária.
A ventilação secundária consiste, basicamente, em ramais e colunas de ventilação que interligam
os ramais de descarga ou de esgoto à ventilação primária ou que são prolongados acima da
cobertura; ou então pela utilização de dispositivos de admissão de ar (VAA) devidamente
posicionados no sistema. Na figura a seguir, a título de ilustração, apresentam-se estes tipos de
ventilação secundária.

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A extremidade aberta do tubo ventilador primário ou coluna de ventilação deve estar situada
acima da cobertura do edifício a uma distância mínima que impossibilite o encaminhamento à
mesma das águas pluviais provenientes do telhado ou laje impermeabilizada.
A extremidade aberta de um tubo ventilador primário ou coluna de ventilação, conforme mostrado
na figura abaixo:
a) não deve estar situada a menos de 4,00 m de qualquer janela, porta ou vão de ventilação, salvo
se elevada pelo menos 1,00 m das vergas dos respectivos vãos;
b) deve situar-se a uma altura mínima igual a 2,00 m acima da cobertura, no caso de laje utilizada
para outros fins além de cobertura; caso contrário, esta altura deve ser no mínimo igual a 0,30 m;
c) deve ser devidamente protegida nos trechos aparentes contra choques ou acidentes que
possam danificá-la;
d) deve ser provida de terminal tipo chaminé, tê ou outro dispositivo que impeça a entrada das
águas pluviais diretamente ao tubo de ventilação.

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O projeto do subsistema de ventilação deve ser feito de modo a impedir o acesso de esgoto
sanitário ao interior do mesmo.
O tubo ventilador primário e a coluna de ventilação devem ser verticais e, sempre que possível,
instalados em uma única prumada; quando necessárias, as mudanças de direção devem ser feitas
mediante curvas de ângulo central não superior a 90°, e com um aclive mínimo de 1%.
Nos desvios de tubo de queda que formemTainahum
França Diasmaior que 45° com a vertical, deve ser
ângulo
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prevista ventilação de acordo com uma das seguintes alternativas:
a) considerar o tubo de queda como dois tubos independentes, um acima e outro abaixo do
desvio; ou
b) fazer com que a coluna de ventilação acompanhe o desvio do tubo de queda, conectando o tubo
de queda à coluna de ventilação, através de tubos ventiladores de alívio, acima e abaixo do desvio.
Em prédios de um só pavimento, deve existir pelo menos um tubo ventilador, ligado diretamente a
uma caixa de inspeção ou em junção ao coletor predial, subcoletor ou ramal de descarga de uma
bacia sanitária e prolongado até acima da cobertura desse prédio, devendo-se prever a ligação de
todos os desconectores a um elemento ventilado, respeitando-se as distâncias máximas indicadas
na tabela a seguir:

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Nos prédios cujo sistema predial de esgoto sanitário já possua pelo menos um tubo ventilador
primário de DN 100, fica dispensado o prolongamento dos demais tubos de queda até a cobertura,
desde que estejam preenchidas as seguintes condições:
a) o comprimento não exceda 1/4 da altura total do prédio, medida na vertical do referido tubo;
b) não receba mais de 36 unidades de Hunter de contribuição;
c) tenha a coluna de ventilação prolongada até acima da cobertura ou em conexão com outra
existente.
Toda tubulação de ventilação deve ser instalada com aclive mínimo de 1%, de modo que
qualquer líquido que porventura nela venha a ingressar possa escoar totalmente por gravidade
para dentro do ramal de descarga ou de esgoto em que o ventilador tenha origem.
Toda coluna de ventilação deve ter:
a) diâmetro uniforme;
b) a extremidade inferior ligada a um subcoletor ou a um tubo de queda, em ponto situado abaixo
da ligação do primeiro ramal de esgoto ou de descarga, ou neste ramal de esgoto ou de descarga;
c) a extremidade superior situada acima da cobertura do edifício, ou ligada a um tubo ventilador
primário a 0,15 m, ou mais, acima do nível de transbordamento da água do mais elevado aparelho
sanitário por ele servido.
Quando não for conveniente o prolongamento de cada
Tainah França tubo ventilador até acima da cobertura,
Dias
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pode ser usado um barrilete de ventilação, a ser executado com aclive mínimo de 1% até o trecho
prolongado.
As ligações da coluna de ventilação aos demais componentes do sistema de ventilação ou do
sistema de esgoto sanitário devem ser feitas com conexões apropriadas, como a seguir:
a) quando feita em uma tubulação vertical, a ligação deve ser executada por meio de junção a 45°;
ou
b) quando feita em uma tubulação horizontal, deve ser executada acima do eixo da tubulação,
elevando- se o tubo ventilador de uma distância de até 0,15 m, ou mais, acima do nível de
transbordamento da água do mais elevado dos aparelhos sanitários por ele ventilados, antes de
ligar-se a outro tubo ventilador, respeitando-se o que segue:
- a ligação ao tubo horizontal deve ser feita por meio de tê 90° ou junção 45° com a derivação
instalada em ângulo, de preferência, entre 45° e 90° em relação ao tubo de esgoto, conforme
indicado na figura a seguir;
- quando não houver espaço vertical para a solução apresentada acima, podem ser adotados
ângulos menores, com o tubo ventilador ligado somente por junção 45° ao respectivo ramal de
esgoto e com seu trecho inicial instalado em aclive mínimo de 2%;
- a distância entre o ponto de inserção do ramal de ventilação ao tubo de esgoto e a conexão de
mudança do trecho horizontal para a vertical deve ser a mais curta possível;

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- a distância entre a saída do aparelho sanitário e a inserção do ramal de ventilação deve ser igual a
no mínimo duas vezes o diâmetro do ramal de descarga.

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Quando não for possível ventilar o ramal de descarga da bacia sanitária ligada diretamente ao tubo
de queda (para a distância máxima, conforme a tabela acima, o tubo de queda deve ser ventilado
imediatamente abaixo da ligação do ramal da bacia sanitária, conforme a figura a seguir.

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É dispensada a ventilação do ramal de descarga de uma bacia sanitária ligada através de ramal
exclusivo a um tubo de queda a uma distância máxima de 2,40 m, desde que esse tubo de queda
receba, do mesmo pavimento, imediatamente abaixo, outros ramais de esgoto ou de descarga
devidamente ventilados, conforme mostrado na figura a seguir.

Bacias sanitárias instaladas em bateria, devem ser ventiladas por um tubo ventilador de circuito
ligando a coluna de ventilação ao ramal de esgoto
Tainah naDias
França região entre a última e a penúltima bacia
sanitária, conforme indicado na figura seguinte.
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Deve ser previsto um tubo ventilador suplementar a cada grupo de no máximo oito bacias
sanitárias, contadas a partir da mais próxima ao tubo de queda.

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Quando o ramal de esgoto servir a mais de três bacias sanitárias e houver aparelhos em andares
superiores descarregando no tubo de queda, é necessária a instalação de tubo ventilador
suplementar, ligando o tubo ventilador de circuito ao ramal de esgoto na região entre o tubo de
queda e a primeira bacia sanitária.

2.9 – DIMENSIONAMENTO

a) Desconectores

Todo desconector deve satisfazer às seguintes condições:


a) ter fecho hídrico com altura mínima de 0,05 m;
b) apresentar orifício de saída com diâmetro igual ou superior ao do ramal de descarga a ele
conectado.
As caixas sifonadas devem ter as seguintes características mínimas:
a) ser de DN 100, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 6 UHC;
b) ser de DN 125, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 10 UHC;
c) ser de DN 150, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 15 UHC.
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O ramal de esgoto da caixa sifonada deve ser dimensionado conforme indicado na tabela a seguir.
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As caixas sifonadas especiais devem ter as seguintes características mínimas:


a) fecho hídrico com altura de 0,20 m;
b) quando cilíndricas, devem ter o diâmetro interno de 0,30 m e, quando prismáticas de base
poligonal, devem permitir na base a inscrição de um círculo de diâmetro de 0,30 m;

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c) devem ser fechadas hermeticamente com tampa facilmente removível;


d) devem ter orifício de saída com o diâmetro nominal DN 75.

b) Ramais de descarga e de esgoto

Para os ramais de descarga, devem ser adotados no mínimo os diâmetros apresentados na tabela a
seguir.

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Para os aparelhos não relacionados na tabela acima, devem ser estimadas as UHC correspondentes
e o dimensionamento deve ser feito com os valores indicados na tabela a seguir.

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Para os ramais de esgoto, deve ser utilizada a tabela a seguir.

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c) Tubos de queda
Os tubos de queda podem ser dimensionados pela somatória das UHC, conforme valores indicados
na tabela a seguir.

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Quando apresentarem desvios da vertical, os tubos de queda devem ser dimensionados da


seguinte forma:
a) quando o desvio formar ângulo igual ou inferior a 45° com a vertical, o tubo de queda é
dimensionado com os valores indicados na tabela acima;
b) quando o desvio formar ângulo superior a 45° com a vertical, deve-se dimensionar:
- a parte do tubo de queda acima do desvio como um tubo de queda independente, com base no
número de unidades de Hunter de contribuição dos aparelhos acima do desvio, de acordo com os
valores da tabela acima;
- a parte horizontal do desvio de acordo com os valores da tabela a seguir;
- a parte do tubo de queda abaixo do desvio, com base no número de unidades de Hunter de
contribuição de todos os aparelhos que descarregam neste tubo de queda, de acordo com os
valores da tabela acima, não podendo o diâmetro nominal adotado, neste caso, ser menor do que
o da parte horizontal.

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d) Coletor predial e subcoletores

O coletor predial e os subcoletores podem ser dimensionados pela somatória das UHC conforme
os valores da tabela acima. O coletor predial deve ter diâmetro nominal mínimo DN 100.
No dimensionamento do coletor predial e dos subcoletores em prédios residenciais, deve ser
considerado apenas o aparelho de maior descarga de cada banheiro para a somatória do número
de unidades de Hunter de contribuição.
Nos demais casos, devem ser considerados todos os aparelhos contribuintes para o cálculo do
número de UHC.

e) Caixas de gordura

As caixas de gordura devem ser dimensionadas levando-se em conta o que segue:


a) para a coleta de apenas uma cozinha, pode ser usada a caixa de gordura pequena ou a caixa de
gordura simples;

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b) para a coleta de duas cozinhas, pode ser usada a caixa de gordura simples ou a caixa de gordura
dupla;
c) para a coleta de três até 12 cozinhas, deve ser usada a caixa de gordura dupla;
d) para a coleta de mais de 12 cozinhas, ou ainda, para cozinhas de restaurantes, escolas, hospitais,
quartéis, etc., devem ser previstas caixas de gordura especiais.
As caixas de gordura devem ser divididas em duas câmaras, uma receptora e outra vertedoura,
separadas por um septo não removível.
As caixas de gordura podem ser dos seguintes tipos:
a) pequena (CGP), cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas:
- diâmetro interno: 0,30 m;
- parte submersa do septo: 0,20 m;
- capacidade de retenção: 18 L;
- diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 75;
b) simples (CGS), cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas:
- diâmetro interno: 0,40 m;
- parte submersa do septo: 0,20 m;
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- capacidade de retenção: 31 L;tainah.dias95@gmail.com
- diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 75;
c) dupla (CGD), cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas:
- diâmetro interno: 0,60 m;
- parte submersa do septo: 0,35 m
- capacidade de retenção: 120 L;
- diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 100;
d) especial (CGE), prismática de base retangular, com as seguintes características:
- distância mínima entre o septo e a saída: 0,20 m;
- volume da câmara de retenção de gordura obtido pela fórmula: V = 2 N + 20, onde: N é o
número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a caixa de gordura no turno em
que existe maior afluxo; V é o volume, em litros;
- altura molhada: 0,60 m;
- parte submersa do septo: 0,40 m;
- diâmetro nominal mínimo da tubulação de saída: DN 100.

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f) Caixas de passagem
As caixas de passagem devem ter as seguintes características:
- quando cilíndricas, ter diâmetro mínimo igual a 0,15 m e, quando prismáticas de base poligonal,
permitir na base a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo igual a 0,15 m;
- ser providas de tampa cega, quando previstas em instalações de esgoto primário;
- ter altura mínima igual a 0,10 m;
- ter tubulação de saída dimensionada pela tabela de dimensionamento de ramais de esgoto,
sendo o diâmetro mínimo igual a DN 50.

g) Dispositivos de inspeção

As caixas de inspeção devem ter:


- profundidade máxima de 1,00 m;
- forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno mínimo de 0,60 m, ou
cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 0,60 m;
- tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação;
- fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de depósitos.
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Os poços de visita devem ter:
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- profundidade maior que 1,00 m;
- forma prismática de base quadrada ou retangular, com dimensão mínima de 1,10 m, ou
cilíndrica com um diâmetro interno mínimo de 1,10 m;
- degraus que permitam o acesso ao seu interior;
- tampa removível que garanta perfeita vedação;
- fundo constituído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de sedimentos;
- duas partes, quando a profundidade total for igual ou inferior a 1,80 m, sendo a parte inferior
formada pela câmara de trabalho (balão) de altura mínima de 1,50 m, e a parte superior formada
pela câmara de acesso, ou chaminé de acesso, com diâmetro interno mínimo de 0,60 m.

h) Instalação de recalque

O dimensionamento da instalação de recalque deve ser feito considerando-se, basicamente, os


seguintes aspectos:
- a capacidade da bomba, que deve atender à vazão máxima provável de contribuição dos
aparelhos e dos dispositivos instalados que possam estar em funcionamento simultâneo;
- o tempo de detenção do esgoto na caixa;
- o intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas do motor.

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A caixa coletora deve ter a sua capacidade calculada de modo a evitar a freqüência exagerada de
partidas e paradas das bombas por um volume insuficiente, bem como a ocorrência de estado
séptico por um volume exagerado.
No caso de recebimento de efluentes de bacias sanitárias, deve ser considerado o atendimento aos
seguintes aspectos:
- a caixa coletora deve possuir uma profundidade mínima igual a 0,90 m, a contar do nível da
geratriz inferior da tubulação afluente mais baixa; o fundo deve ser suficientemente inclinado,
para impedir a deposição de materiais sólidos quando caixa for esvaziada completamente;
- a caixa coletora deve ser ventilada por um tubo ventilador, preferencialmente independente de
qualquer outra ventilação utilizada no edifício;
- devem ser instalados pelo menos dois grupos motobomba, para funcionamento alternado.
Estas bombas devem permitir a passagem de esferas com diâmetro de 0,06 m e o diâmetro
nominal mínimo da tubulação de recalque deve ser DN 75.
Caso a caixa coletora não receba efluentes de bacias sanitárias, devem ser considerados os
seguintes aspectos:
- a profundidade mínima deve ser igual a 0,60 m;
- as bombas a serem utilizadas devem permitir a passagem de esferas de 0,018 m e o diâmetro
nominal mínimo da tubulação de recalque deve ser DN 40.
Tainah França Dias
As tubulações de sucção devem ser tainah.dias95@gmail.com
previstas de modo a se ter uma para cada bomba e possuir
diâmetro nominal uniforme e nunca inferior ao das tubulações de recalque.
As tubulações de recalque devem atingir um nível superior ao do logradouro, de maneira que
impossibilite o refluxo do esgoto, devendo ser providas de dispositivos para este fim.
O volume útil da caixa coletora pode ser determinado através da seguinte expressão:

Onde:
Vu é o volume compreendido entre o nível máximo e o nível mínimo de operação da caixa
(faixa de operação da bomba), em m3;
Q é a capacidade da bomba determinada em função da vazão afluente de esgoto à caixa
coletora, em m3/min;
t é o intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas do motor, em minutos.
Recomenda-se que o intervalo entre duas partidas consecutivas do motor não seja inferior a 10
min, no sentido de se preservar os equipamentos eletromecânicos de frequentes esforços de
partida.

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Recomenda-se que a capacidade da bomba seja considerada como sendo, no mínimo, igual a duas
vezes a vazão afluente de esgoto sanitário.
O volume total é obtido pelo volume útil somado àqueles ocupados pelas bombas (se forem do
tipo submersível), tubulações e acessórios da instalação que se encontrem no interior da caixa
coletora
O tempo de detenção do esgoto na caixa coletora pode ser determinado a partir da seguinte
equação:
d = Vt/q
Onde:
d é o tempo de detenção do esgoto na caixa coletora, em minutos;
Vt é o volume total da caixa coletora, em m3;
q é a vazão média de esgoto afluente, em m3/min.
O tempo de detenção do esgoto na caixa não deve ultrapassar 30 min, para que não haja
comprometimento das condições de aerobiose do esgoto.

i) Componentes do subsistema de ventilação

Se as tubulações do subsistema de coleta e transporte de esgoto sanitário foram dimensionadas


pelo método hidráulico constante no Tainah
anexo BFrança Dias8160, as tubulações do subsistema de
da NBR
ventilação devem ser dimensionadastainah.dias95@gmail.com
pelo método apresentado no anexo D da mesma norma.
Caso contrário, as tubulações do subsistema de ventilação, devem ser dimensionadas a partir da
metodologia apresentada a seguir.
Devem ser adotados os seguintes critérios para o dimensionamento do sistema de ventilação
secundária:
- ramal de ventilação: diâmetro nominal não inferior aos limites determinados na tabela a seguir:

- tubo ventilador de circuito: diâmetro nominal não inferior aos limites determinados na tabela 2
da NBR 8160;
- tubo ventilador complementar: diâmetro nominal não inferior à metade do diâmetro do ramal de
esgoto a que estiver ligado;

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- coluna de ventilação: diâmetro nominal de acordo com as indicações da tabela 2 da NBR 8160.
Inclui-se no comprimento da coluna de ventilação, o trecho do tubo ventilador primário entre o
ponto de inserção da coluna e a extremidade aberta do tubo ventilador;
- barrilete de ventilação: diâmetro nominal de cada trecho de acordo com a tabela 2 da NBR 8160,
sendo que o número de UHC de cada trecho é a soma das unidades de todos os tubos de queda
servidos pelo trecho, e o comprimento a considerar é o mais extenso, da base da coluna de
ventilação mais distante da extremidade aberta do barrilete, até essa extremidade;
- tubo ventilador de alívio: diâmetro nominal igual ao diâmetro nominal da coluna de ventilação a
que estiver ligado.

3 – PROJETO DA REDE COLETORA DE ESGOTO (NBR 9649)


A NBR 9649 adota as seguintes definições:
Ligação predial: Trecho do coletor predial (ver NBR 8160) compreendido entre o limite do terreno
e o coletor de esgoto.
Coletor de esgoto: Tubulação da rede coletora que recebe contribuição de esgoto dos coletores
prediais em qualquer ponto ao longo de seu comprimento.
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Coletor principal: Coletor de esgoto de maior extensão dentro de uma mesma bacia.
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Coletor tronco: Tubulação da rede coletora que recebe apenas contribuição de esgoto de outros
coletores.
Emissário: Tubulação que recebe esgoto exclusivamente na extremidade de montante.
Rede coletora: Conjunto constituído por ligações prediais, coletores de esgoto, e seus órgãos
acessórios.
Trecho: Segmento de coletor, coletor tronco, interceptor ou emissário, compreendido entre
singularidades sucessivas; entende-se por singularidade qualquer órgão acessório, mudança de
direção e variações de seção, de declividade e de vazão quando significativa.
Poço de visita (PV): Câmara visitável através de abertura existente em sua parte superior,
destinada à execução de trabalhos de manutenção.
Tubo de inspeção e limpeza (TIL): Dispositivo não visitável que permite inspeção e introdução de
equipamentos de limpeza.
Terminal de limpeza (TL): Dispositivo que permite introdução de equipamentos de limpeza,
localizado na cabeceira de qualquer coletor.
Caixa de passagem (CP): Câmara sem acesso localizada em pontos singulares por necessidade
construtiva.
Sifão invertido: Trecho rebaixado com escoamento sob pressão, cuja finalidade é transpor
obstáculos, depressões do terreno ou cursos d’água.

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Passagem forçada: Trecho com escoamento sob pressão, sem rebaixamento.


Profundidade: Diferença de nível entre a superfície do terreno e a geratriz inferior interna do
coletor.
Recobrimento: Diferença de nível entre a superfície do terreno e a geratriz superior externa do
coletor.
Tubo de queda: Dispositivo instalado no poço de visita (PV), ligando um coletor afluente ao fundo
do poço.
Coeficiente de retorno: Relação média entre os volumes de esgoto produzido e de água
efetivamente consumida.

3.1 – REQUISITOS DO PROJETO

O levantamento planialtimétrico da área de projeto e de suas zonas de expansão deve ser


apresentado em escala mínima de 1:2000, com curvas de nível de metro em metro e pontos
cotados onde necessários.
A planta deve ser apresentada com escala mínima de 1:10000, onde estejam representadas em
conjunto as áreas das bacias de esgotamento de interesse para o projeto.
Tainah França Dias
Dave haver o levantamento de obstáculos superficiais e subterrâneos nos logradouros onde,
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provavelmente, deve ser traçada a rede coletora, assim como o levantamento cadastral da rede
existente.
Deve-se realizar sondagens de reconhecimento para determinação da natureza do terreno e dos
níveis do lençol freático.

3.2 – ATIVIDADES PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO

a) Delimitação das bacias e sub-bacias de esgotamento cujas contribuições podem influir no


dimensionamento da rede, inclusive as zonas de expansão previstas, desconsiderando os limites
políticos administrativos.
b) Delimitação da área do projeto.
c) Fixação do início de operação da rede e determinação do alcance do projeto e respectivas
etapas de implantação para as diversas bacias de esgotamento.
d) Cálculo das taxas de contribuição inicial e final, definidas no Anexo.
e) Traçado da rede, interligações com a rede existente, se prevista sua utilização, e posição dos
outros componentes do sistema em relação à rede.
f) Verificação da capacidade da rede existente, se prevista sua utilização.

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g) Dimensionamento hidráulico da rede e seus órgãos acessórios.


h) Desenho da rede coletora e de seus órgãos acessórios. Devem ser localizadas em planta as
contribuições industriais e outras contribuições singulares.
i) Relatório de apresentação do projeto contendo no mínimo:
- apreciação comparativa em relação às diretrizes da concepção básica;
- cálculo hidráulico;
- aspectos construtivos;
- definição dos tubos, materiais e respectivas quantidades;
- especificações de serviços;
- orçamentos;
- aspectos de operação e manutenção;
- desenhos.

3.3 – DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO


Tainah França Dias
Para todos os trechos da rede devemtainah.dias95@gmail.com
ser estimadas as vazões inicial e final (Qi e Qf).
Inexistindo dados pesquisados e comprovados, com validade estatística, recomenda-se como o
menor valor de vazão 1,5 L/s em qualquer trecho.
Os diâmetros a empregar devem ser os previstos nas normas e especificações brasileiras relativas
aos diversos materiais, o menor não sendo inferior a DN 100.
A declividade de cada trecho da rede coletora não deve ser inferior à mínima admissível e nem
superior à máxima calculada segundo o critério dos parágrafos seguintes.
Cada trecho deve ser verificado pelo critério de tensão trativa média de valor mínimo σ t = 1,0 Pa,
calculada para vazão inicial (Qi), para coeficiente de Manning n = 0,013. A declividade mínima que
satisfaz essa condição pode ser determinada pela expressão aproximada: Iomín. = 0,0055.Qi - 0,47,
sendo Iomín. em m/m e Qi em L/s.
Para coeficiente de Manning diferente de 0,013, os valores de tensão trativa média e declividade
mínima a adotar devem ser justificados.
A máxima declividade admissível é aquela para a qual se tenha velocidade final = 5 m/s.
Quando a velocidade final é superior à velocidade crítica, a maior lâmina admissível deve ser 50%
do diâmetro do coletor, assegurando-se a ventilação do trecho; a velocidade crítica é definida por:
vc = 6 (g.RH)1/2 ,onde g = aceleração da gravidade e RH = raio hidráulico.
As lâminas d’água devem ser sempre calculadas admitindo o escoamento em regime uniforme e
permanente, sendo o seu valor máximo, para vazão final (Q f), ≤ a 75% do diâmetro do coletor.

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Sempre que a cota do nível d’água na saída de qualquer PV ou TIL está acima de qualquer das
cotas dos níveis d’água de entrada, deve ser verificada a influência do remanso no trecho de
montante.

3.4 – DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS

Devem ser construídos poços de visita (PV) em todos os pontos singulares da rede coletora, tais
como no início de coletores, nas mudanças de direção, de declividade, de diâmetro e de material,
na reunião de coletores e onde há degraus.
Garantidas as condições de acesso de equipamento para limpeza do trecho a jusante, pode ser
usada caixa de passagem (CP) em substituição a poço de visita (PV), nas mudanças de direção,
declividade, material e diâmetro, quando possível a supressão de degrau.
As caixas de passagem (CP) podem ser substituídas por conexões nas mudanças de direção e
declividade, quando as deflexões coincidem com as dessas peças.
As posições das caixas de passagem (CP) e das conexões utilizadas devem ser obrigatoriamente
cadastradas.
Terminal de limpeza (TL) pode ser usado em substituição a poço de visita (PV) no início de
coletores. Tainah França Dias
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Tubo de inspeção e limpeza (TIL) pode ser usado em substituição a poço de visita (PV), nos casos
previstos acima e nos seguintes casos:
a) na reunião de até dois trechos ao coletor (três entradas e uma saída);
b) nos pontos com degrau de altura inferior a 0,50 m;
c) a jusante de ligações prediais cujas contribuições podem acarretar problema de
manutenção.
O Poço de Visita (PV) deve ser obrigatoriamente usado nos seguintes casos:
a) na reunião de mais de dois trechos ao coletor;
b) na reunião que exige colocação de tubo de queda;
c) nas extremidades de sifões invertidos e passagens forçadas;
d) nos casos previstos anteriormente quando a profundidade for maior ou igual a 3,00 m.
O Tubo de Queda deve ser colocado quando o coletor afluente apresentar degrau com altura
maior ou igual a 0,50 m.
As dimensões dos poços de visita (PV) devem se ater aos seguintes limites:
a) tampão: diâmetro mínimo de 0,60m;
b) câmara: dimensão mínima em planta de 0,80 m.

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A distância entre PV, TIL ou TL consecutivos deve ser limitada pelo alcance dos equipamentos de
desobstrução.
O fundo de PV, TIL e CP deve ser constituído de calhas destinadas a guiar os fluxos afluentes em
direção à saída. Lateralmente, as calhas devem ter altura coincidindo com a geratriz superior do
tubo de saída.
O recobrimento não deve ser inferior a 0,90 m para coletor assentado no leito da via de tráfego, ou
a 0,65 m para coletor assentado no passeio. Recobrimento menor deve ser justificado.
A rede coletora não deve ser aprofundada para atendimento de economia com cota de soleira
abaixo do nível da rua. Nos casos de atendimento considerado necessário, devem ser feitas
análises da conveniência do aprofundamento, considerados seus efeitos nos trechos subsequentes
e comparando-se com outras soluções.

4 – PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO SANITÁRIO (NBR


12208/92)

4.1 - INTRODUÇÃO
Tainah França Dias
A estação elevatória de esgoto sanitário é a instalação que se destina ao transporte do esgoto do
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nível do poço de sucção das bombas ao nível de descarga na saída do recalque, acompanhando
aproximadamente as variações da vazão afluente.
A NBR 12208 adota as seguintes definições:
Volume útil do poço de sucção: Volume compreendido entre os níveis máximo e mínimo de
operação das bombas.
Volume efetivo do poço de sucção: Volume compreendido entre o fundo do poço e o nível médio
de operação das bombas.
Tempo de detenção média: Relação entre o volume efetivo e a vazão média de início de plano
afluente ao poço de sucção.
Vazão média de início de plano: Vazão afluente inicial (Qi), avaliada conforme critério da NBR 9649
ou NBR 12207, conforme o caso, desprezada a variabilidade horária do fluxo (k2).
Faixa de operação do poço de sucção: Distância vertical entre os níveis máximo e mínimo de
operação das bombas.
Curva característica: Lugar geométrico dos pontos de correspondência biunívoca entre altura
manométrica e vazão.
Ponto de operação: Intersecção das curvas características da bomba e do sistema.
Altura manométrica: Diferença de pressão do líquido entre a entrada e a saída da bomba.

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4.2 – DIMENSIONAMENTO DO POÇO DE SUCÇÃO

O volume útil deve ser calculado considerando a vazão da maior bomba a instalar (quando operada
isoladamente) e o menor intervalo de tempo entre partidas consecutivas do seu motor de
acionamento, conforme recomendado pelo fabricante.
As dimensões e a forma do poço de sucção devem ser determinadas a partir do volume útil
calculado, respeitados os seguintes critérios:
a) não permitir a formação de vórtice;
b) não permitir descarga livre na entrada nem velocidade de aproximação superior a 0,60 m/s;
c) não permitir circulação que favoreça a tomada por uma ou mais bombas em prejuízo de outras;
d) não permitir depósitos no fundo ou nos cantos, adotando-se paramentos inclinados no sentido
das tomadas das bombas;
e) facilitar a instalação de tubulações e conjuntos elevatórios, bem como as condições de
operação, conforme recomendado pelo fabricante.
O tempo de detenção média deve ser o menor possível e, portanto, eventuais folgas nas
dimensões do poço de sucção devem serTainah
eliminadas.
FrançaODias
maior valor recomendado é de 30 min.
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4.3 – DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTOS

São recomendados os seguintes limites de velocidade:


a) na sucção: entre 0,60 e 1,50 m/s;
b) no recalque: entre 0,60 e 3,00 m/s.

4.4 – SELEÇÃO DOS CONJUNTOS MOTOR-BOMBA

São determinantes as seguintes características hidráulicas:


a) vazão de recalque;
b) altura manométrica;
c) NPSH disponível.

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a) Vazão de recalque
A seleção das bombas deve considerar as variações da vazão afluente, combinando-as
adequadamente com o esquema de entrada em operação das bombas.

b) Altura manométrica

O cálculo da altura manométrica deve levar em consideração:


- o envelhecimento dos tubos ao longo do alcance do projeto;
- a variação combinada dos níveis no poço de sucção e na saída do recalque;
- a aderência de material às paredes dos tubos (tubulação suja), quando houver chaminé de
equilíbrio no conduto de recalque.

c) NPSH disponível

Deve superar o NPSH requerido pelas bombas em todos os pontos de operação, nas diversas
situações possíveis.

d) Número de unidades

Devem ser previstos pelo menos dois conjuntos motor- bomba, cada um com capacidade para
recalcar a vazão máxima, sendo um deles Tainah França
reserva; noDias
caso de mais de dois conjuntos, o reserva
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instalado deve ter capacidade igual à do conjunto de maior vazão; quando são adotadas bombas
de rotação constante, recomenda-se que os conjuntos motor-bomba sejam iguais.

4.5 – CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS DOS CONJUNTOS MOTOR-BOMBA

O limite superior da rotação recomendado é de 1.800 rpm.


As bombas selecionadas devem dispor de curvas características estáveis, cuja composição com as
curvas características extremas do sistema resulte em funcionamento adequado em todos os
pontos de operação, conforme a associação de bombas adotada. As curvas características
extremas do sistema são as determinadas pelas alturas geométricas máxima e mínima.
A potência do motor de acionamento deve ser calculada de modo a atender, com folga, a qualquer
ponto de operação da bomba respectiva.

4.6 – CANAL AFLUENTE

O canal afluente pode ser previsto, a montante do poço de sucção, para as seguintes finalidades:
- reunião de contribuições;

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- regularização do fluxo;
- instalação de extravasor ou canal de desvio (“by-pass”);
- instalação de comportas ou “stop logs”;
- instalação de equipamentos para remoção de sólidos grosseiros;
- instalação de dispositivos para medição;
- inspeção e manutenção.
O canal afluente deve ser dimensionado, considerando a velocidade mínima de 0,40 m/s para
vazão afluente inicial.

4.7 – REMOÇÃO DE SÓLIDOS GROSSEIROS

A seleção e dimensionamento dos dispositivos ou equipa- mentos dependem das características


das bombas ou equipamentos que devem ser protegidos, das características e quantidade prevista
do material a ser retido, bem como das dificuldades e necessidades operacionais da instalação. São
admitidos os seguintes:
- grade de barras, de limpeza manual ou mecânica;
Tainah França Dias
- cesto;
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- triturador;
- peneira.

a) Grade de barras

Deve ser de limpeza mecanizada quando a vazão afluente final é igual ou superior a 250 L/s ou
quando o volume de material a ser retido diariamente justificar este equipamento, levando-se em
conta também as dificuldades de operação relativas à localização da elevatória e à profundidade
do canal afluente. Quando a limpeza for mecanizada, recomenda-se a instalação de pelo menos
duas unidades; quando não existir esta possibilidade, deve ser construído canal de desvio (“by-
pass”), protegido por grade de limpeza manual de mesmo espaçamento entre barras. Quando
houver risco de danos ao equipamento de remoção, deve ser instalada a montante grade grossa de
limpeza manual.
As grades de barras, de acordo com o espaçamento entre barras, podem ser:
- grade grossa: 40 mm a 100 mm;
- grade média: 20 mm a 40 mm;
- grade fina: 10 mm a 20 mm.
No dimensionamento das grades de barras, os critérios a observar são:
- velocidade através da grade máxima de 1,20 m/s para vazão afluente final;

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- inclinação em relação à horizontal:


- limpeza manual - de 45° a 60°;
- limpeza mecânica - de 60° a 90°;
- perda de carga mínima a ser considerada no cálculo:
- limpeza manual = 0,15 m;
- limpeza mecânica = 0,10 mm;
- no caso de limpeza manual, a perda de carga deve ser calculada para 50% de obstrução da grade.

4.8 – DEMAIS CONSIDERAÇÕES

Na previsão da extravazão, as condições a observar são:


a) vazão máxima igual à vazão afluente final de esgoto com o acréscimo da contribuição pluvial
parasitária, quando for o caso;
b) cota da soleira pelo menos 0,15 m acima do nível máximo de operação das bombas;
c) quando o nível máximo de extravasão não evita remanso no conduto afluente, deve ser
verificada a sua influência a montante; Tainah França Dias
d) nível máximo de extravasão tal quetainah.dias95@gmail.com
não permita inundação de esgoto no local da elevatória.
Para a medição de vazão, recomenda-se a previsão de facilidades para instalação de medidor da
vazão afluente, localizando-se o ponto de medição a jusante da grade de barras, quando esta for
empregada.
Os registros, válvulas e comportas devem ser instalados em locais acessíveis à operação, com
indicação clara de posição aberta ou fechada e de modo a possibilitar a montagem e
desmontagem. No caso de acionamento manual, o esforço tangencial a ser aplicado ao volante
ou acionador deve ser inferior ou igual a 200 N; quando esta condição não pode ser atendida,
deve ser previsto acionamento motorizado, hidropneumático ou redutor mecânico. Não devem ser
usadas válvulas borboleta e válvula de retenção do tipo “dupla portinhola” no fluxo de esgoto. Os
componentes sujeitos a desgaste devem ser de bronze ou aço inoxidável. As pressões de serviço
devem ser compatíveis com as máximas pressões previstas.
Quando é necessária a instalação de dispositivo de segurança na elevatória, de controle e alarme,
este deve indicar a condição potencial de perigo através de sinal sonoro e visual, bem como
interromper o funcionamento dos conjuntos antes da ocorrência de danos.
As escadas e os acessos necessários ao pessoal de operação devem ser cômodos e seguros,
protegidos com guarda-corpo, corrimão e piso antiderrapante de material resistente à corrosão;
não deve ser admitida escada tipo “marinheiro”.

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O edifício da elevatória deve ser ventilado por meio de janelas, portas, exaustores ou outros
meios. Devem ser previstos condições ou dispositivos de segurança de modo a evitar a
concentração de gases que possam causar explosão, intoxicação ou desconforto.
O piso do poço seco da elavatória deve ter declividade em direção a canaletas que devem
concentrar as águas de lavagem, ou de eventual vazamento, em poço de drenagem equipado com
bomba de esgotamento que pode ser acionada automaticamente por sensor de nível. Estas águas
podem ser encaminhadas ao poço de sucção, com a saída pelo menos 0,15 m acima do nível
máximo de extravasão do canal afluente.
Para a reposição de água em dispositivos de proteção contra transientes hidráulicos, lubrificação
de gaxetas ou selos hidráulicos, deve ser previsto sistema de água de serviço, não se
recomendando a utilização de esgoto.

5 – ÁGUAS PLUVIAIS (NBR 10844/89)

5.1 – DEFINIÇÕES

- Altura pluviométrica: volume de água precipitada por unidade de área horizontal.


- Área de contribuição: soma das áreasTainah França Dias
das superfícies que, interceptando chuva, conduzem as
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águas para determinado ponto da instalação.
- Bordo livre: prolongamento vertical da calha, cuja função é evitar transbordamento.
- Caixa de areia: caixa utilizada nos condutores horizontais destinados a recolher detritos por
deposição.
- Calha: canal que recolhe a água de coberturas, terraços e similares e a conduz a um ponto de
destino.
- Calha de água-furtada: calha instalada na linha de água-furtada da cobertura.
- Calha de beiral: calha instalada na linha de beiral da cobertura.
- Calha de platibanda: calha instalada na linha de encontro da cobertura com a platibanda.
- Condutor horizontal: canal ou tubulação horizontal destinado a recolher e conduzir águas pluviais
até locais permitidos pelos dispositivos legais.
- Condutor vertical: tubulação vertical destinada a recolher águas de calhas, coberturas, terraços e
similares e conduzi-las até a parte inferior do edifício.
- Diâmetro nominal: simples número que serve para classificar, em dimensões, os elementos de
tubulações (tubos, conexões, condutores, calhas, bocais, etc.), e que corresponde
aproximadamente ao diâmetro interno da tubulação em milímetros. O diâmetro nominal (DN) não
deve ser objeto de medição nem ser utilizado para fins de cálculos.

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- Duração de precipitação: intervalo de tempo de referência para a determinação de intensidades


pluviométricas.
- Funil de saída: saída em forma de funil.
- Intensidade pluviométrica: quociente entre a altura pluviométrica precipitada num intervalo de
tempo e este intervalo.
- Perímetro molhado: linha que limita a seção molhada junto às paredes e ao fundo do condutor
ou calha.
- Período de retorno: número médio de anos em que, para a mesma Duração de precipitação, uma
determinada intensidade pluviométrica é igualada ou ultrapassada apenas uma vez.
- Ralo: caixa dotada de grelha na parte superior, destinada a receber águas pluviais.
- Ralo hemisférico: ralo cuja grelha tem forma hemisférica.
- Ralo plano: ralo cuja grelha tem forma plana.
- Saída: orifício na calha, cobertura, terraço e similares, para onde as águas pluviais convergem.
- Seção molhada: área útil de escoamento em uma seção transversal de um condutor ou calha.
- Tempo de concentração: intervalo de tempo decorrido entre o início da chuva e o momento em
que toda a área de contribuição passa a contribuir para determinada seção transversal de um
condutor ou calha.
Tainah França Dias
- Vazão de projeto: vazão de referência para o dimensionamento de condutores e calhas.
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5.2 – CONDIÇÕES GERAIS

As águas pluviais não devem ser lançadas em redes de esgoto usadas apenas para águas
residuárias (despejos, líquidos domésticos ou industriais).
A instalação predial de águas pluviais se destina exclusivamente ao recolhimento e condução das
águas pluviais, não se admitindo quaisquer interligações com outras instalações prediais.
Quando houver risco de penetração de gases, deve ser previsto dispositivo de proteção contra o
acesso destes gases ao interior da instalação.

5.3 – CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

a) Fatores meteorológicos

A determinação da intensidade pluviométrica “I”, para fins de projeto, deve ser feita a partir da
fixação de valores adequados para a duração de precipitação e o período de retorno. Tomam-se
como base dados pluviométricos locais.

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O período de retorno deve ser fixado segundo as características da área a ser drenada,
obedecendo ao estabelecido a seguir:
- T = 1 ano, para áreas pavimentadas, onde empoçamentos possam ser tolerados;
- T = 5 anos, para coberturas e/ou terraços;
- T = 25 anos, para coberturas e áreas onde empoçamento ou extravasamento não possa ser
tolerado.
A duração de precipitação deve ser fixada em t = 5min.
Se forem conhecidos, com precisão, valores de tempo de concentração e houver dados de
intensidade pluviométrica correspondentes, estes podem ser utilizados. Isto é permitido quanto a
outros valores de período de retorno para obras especiais.
Para construção até 100 m2 de área de projeção horizontal, salvo casos especiais, pode-se adotar: I
= 150 mm/h.
A ação dos ventos deve ser levada em conta através da adoção de um ângulo de inclinação da
chuva em relação à horizontal igual a arc tg2 θ, para o cálculo da quantidade de chuva a ser
interceptada por superfícies inclinadas ou verticais. O vento deve ser considerado na direção que
ocasionar maior quantidade de chuva interceptada pelas superfícies consideradas, conforme a
seguir.

Tainah França Dias


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b) Área de contribuição
No cálculo da área de contribuição, devem-se considerar os incrementos devidos à inclinação da
cobertura e às paredes que interceptem água de chuva que também deva ser drenada pela
cobertura.

c) Vazão de projeto

A vazão de projeto deve ser calculada pela fórmula:


Q = I.A/60
Onde:
- Q = Vazão de projeto, em L/min
- I = intensidade pluviométrica, em mm/h
- A = área de contribuição, em m2

5.4 – COBERTURAS HORIZONTAIS DE LAJE

As coberturas horizontais de laje devemTainah


ser projetadas para evitar empoçamento, exceto aquele
França Dias
tipo de acumulação temporária de água, durante tempestades, que pode ser permitido onde a
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cobertura for especialmente projetada para ser impermeável sob certas condições.
As superfícies horizontais de laje devem ter declividade mínima de 0,5%, de modo que garanta o
escoamento das águas pluviais, até os pontos de drenagem previstos.
A drenagem deve ser feita por mais de uma saída, exceto nos casos em que não houver risco de
obstrução.
Quando necessário, a cobertura deve ser subdividida em áreas menores com caimentos de
orientações diferentes, para evitar grandes percursos de água.
Os trechos da linha perimetral da cobertura e das eventuais aberturas na cobertura (escadas,
clarabóias etc.) que possam receber água, em virtude do caimento, devem ser dotados de
platibanda ou calha.
Os raios hemisféricos devem ser usados onde os ralos planos possam causar obstruções.

5.5 – CALHAS

As calhas de beiral e platibanda devem, sempre que possível, ser fixadas centralmente sob a
extremidade da cobertura e o mais próximo desta.
A inclinação das calhas de beiral e platibanda deve ser uniforme, com valor mínimo de 0,5%.

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As calhas de água-furtada têm inclinação de acordo com o projeto da cobertura.


Quando a saída não estiver colocada em uma das extremidades, a vazão de projeto para o
dimensionamento das calhas de beiral ou platibanda deve ser aquela correspondente à maior das
áreas de contribuição.
Quando não se pode tolerar nenhum transbordamento ao longo da calha, extravasores podem ser
previstos como medida adicional de segurança. Nestes casos, eles devem descarregar em locais
adequados.
Em calhas de beiral ou platibanda, quando a saída estiver a menos de 4 m de uma mudança de
direção, a vazão de projeto deve ser multiplicada pelos coeficientes da Tabela 1 da NBR 10844.

Tainah França Dias


O dimensionamento das calhas devetainah.dias95@gmail.com
ser feito através da fórmula de Manning-Strickler, indicada a
seguir, ou de qualquer outra fórmula equivalente:

Onde:
- Q = Vazão de projeto, em L/min
- S = área da seção molhada, em m2
- n = coeficiente de rugosidade (Ver Tabela 2 da NBR 10844)
- R = raio hidráulico, em m
- P = perímetro molhado, em m
- i = declividade da calha, em m/m
- K = 60.000

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5.6 – CONDUTORES VERTICAIS

Os condutores verticais devem ser projetados, sempre que possível, em uma só prumada. Quando
houver necessidade de desvio, devem ser usadas curvas de 90º de raio longo ou curvas de 45º e
devem ser previstas peças de inspeção.
Tainah França Dias
Os condutores verticais podem ser colocados externa e internamente ao edifício, dependendo de
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considerações de projeto, do uso e da ocupação do edifício e do material dos condutores.
O diâmetro interno mínimo dos condutores verticais de seção circular é 70 mm.

5.7 – CONDUTORES HORIZONTAIS

Os condutores horizontais devem ser projetados, sempre que possível, com declividade uniforme,
com valor mínimo de 0,5%.
O dimensionamento dos condutores horizontais de seção circular deve ser feito para escoamento
com lâmina de altura igual a 2/3 do diâmetro interno (D) do tubo.
Nas tubulações aparentes, devem ser previstas inspeções sempre que houver conexões com outra
tubulação, mudança de declividade, mudança de direção e ainda a cada trecho de 20 m nos
percursos retilíneos.
Nas tubulações enterradas, devem ser previstas caixas de areia sempre que houver conexões com
outra tubulação, mudança de declividade, mudança de direção e ainda a cada trecho de 20 m nos
percursos retilíneos.
A ligação entre os condutores verticais e horizontais é sempre feita por curva de raio longo, com
inspeção ou caixa de areia, estando o condutor horizontal aparente ou enterrado.

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6 – QUESTÕES COMENTADAS
1. (25 – Pref. Lagoa da Prata/2019 – Fadecit)
A flexibilidade do PEX diminui a quantidade de conexões necessárias, mas isso pode provocar
problemas se as curvaturas forem acentuadas. Tubos dobrados em ângulo muito fechado
ficam sujeitos a tensões internas que acarretam instabilidade do sistema. O projetista deve
prever inflexões sempre acima de 90°, pois ângulos agudos podem restringir o fluxo de água e
diminuir a pressão no ponto de utilização.
(Revista Techne, nº 105 – dezembro de 2005)
A esse respeito, avalie as afirmativas a seguir.
I. A instalação do quadro distribuidor de uma rede de instalações hidráulicas em PEX com
manifold deve prever circuitos hidráulicos equidistantes.

PORQUE
II. Assim, evitam-se perdas de carga divergentes entre os diversos pontos de
utilização de água.
Sobre essas assertivas, é correto afirmar que
a) A primeira é uma afirmativa falsa; eTainah
a segunda, verdadeira.
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b) A primeira é uma afirmativa verdadeira; e a segunda, falsa.
c) As duas são verdadeiras, e não estabelecem relação entre si.
d) As duas são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa direta da primeira.

Comentários:
Questão didática sobre o sistema PEX. Ambos os itens estão corretos sendo o item II
justificativa do item I.
Gabarito: D

2. (52 – Sabesp Geotecnia/2012 – FCC)


No projeto de instalação predial de água fria, o sistema de abastecimento de água em que a
rede de distribuição é alimentada pelo abastecimento público que assegure a continuidade
no fornecimento da água é:
(A) direto.
Comentários: Certo, os ramais são alimentados direto pela rede pública de abastecimento.
(B) indireto.
Comentários: Errado, nesse sistema a rede pública abastece os reservatórios do prédio ou
residência e a partir do reservatório elevado, superior, a água fria é distribuída nos ramais das
peças de utilização.

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(C) misto.
Comentários: Errado, não exige maiores explicações parte dos ramais são abastecidos diretamente
pela rede pública, mas existe o reservatório de água para garantir os momentos de interrupção de
abastecimento.
(D) hidropneumático.
Comentários: Errado, o abastecimento público abastece um reservatório inferior pressurizado e a
partir desse reservatório os ramais são abastecidos.
(E) pneumático.
Comentários: Errado, o termo técnico é hidropneumático.
Gabarito: A

3. (56 – TRF2/2012 – FCC)


Tendo em vista a função a que se destina, a tubulação de uma instalação predial de
abastecimento de água fria recebe nomes distintos ao longo do trajeto da água: sub-ramais,
ramais, barriletes e colunas de distribuição. Barrilete é
(A) a ligação entre a coluna de distribuição e os ramais.
(B) a ligação final com a peça de utilização.
(C) o distribuidor para os ramais. Tainah França Dias
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(D) a tubulação que se origina nos reservatórios.
Comentários: Certa, por definição isso é o Barrilete, não há o que comentar.
(E) o coletor final do sistema.
Gabarito: D

4. (57 – Defensoria-SP/2013 - FCC)


O dimensionamento das tubulações de água fria deve garantir que a vazão de projeto
estabelecida esteja disponível nos pontos de utilização. A NBR 5626 estabelece, para o
dimensionamento, que a velocidade da água, em m/s, em qualquer trecho da tubulação de
água fria NÃO atinja valores superiores a
(A) 1,5.
(B) 2.
(C) 1.
(D) 3.
(E) 5.
Comentários

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A versão anterior da NBR 5626, de 1998, previa que as tubulações devessem ser dimensionadas de
modo que a velocidade da água, em qualquer trecho de tubulação, não atingisse valores
superiores a 3 m/s.
Contudo, a nova NBR 5626, de 2020, deixou de prever a velocidade máxima, passando a prever o
seguinte:
A limitação da velocidade do escoamento não se aplica a trechos onde comprovadamente a
tubulação não fique sujeita a golpes de aríete e seja dotada de meios adequados de isolação
acústica ou esteja alojada em local que minimize ou impeça a transmissão de ruídos.
Gabarito Oficial: D

Gabarito atualizado: Anulação

5. (36 – SEGAS/2013 – FCC)


Uma rede predial de distribuição de água fria deve ser dimensionada de tal forma que, no uso
simultâneo de dois ou mais pontos de utilização, a vazão de projeto plenamente disponível
para bacia sanitária com válvula de descarga seja, em L/s, igual a
(A) 0,50.
(B) 1,70.
(C) 1,50. Tainah França Dias
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(D) 0,90.
(E) 0,25.
Comentários
De acordo com versão anterior da 5626, de 1998, a rede predial de distribuição deveria ser
dimensionada de tal forma que, no uso simultâneo provável de dois ou mais pontos de utilização, a
vazão de projeto, estabelecida na tabela a seguir, fosse plenamente disponível.
Vazão de
Aparelho sanitário Peça de utilização
projeto L/s
Caixa de descarga 0,15
Bacia sanitária
Válvula de descarga 1,70
Banheira Misturador (água fria) 0,30
Bebedouro Registro de pressão 0,10
Bidê Misturador (água fria) 0,10
Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,20
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,10
Lavadora de pratos ou de roupas Registro de pressão 0,30
Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 0,15

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Mictório cerâmico com sifão


Válvula de descarga 0,50
integrado
Mictório cerâmico sem sifão Caixa de descarga, registro de pressão ou
0,15
integrado válvula de descarga para mictório
0,15/m de
Mictório tipo calha Caixa de descarga ou registro de pressão
calha
Pia Torneira ou misturador (água fria) 0,25
Pia Torneira elétrica 0,10
Tanque Torneira 0,25
Torneira de jardim ou lavagem em
Torneira 0,20
geral

Com isso, a tabela acima previa a vazão de 1,7 L/s para a bacia sanitária com válvula de descarga.
Contudo, a nova versão da NBR 5626, de 2020, deixou de prever tanto a regra quanto a tabela
acima. Ela passou a prever genericamente que:
6.14.1 O dimensionamento das tubulações do sistema de distribuição deve ser efetuado para
promover o abastecimento de água com vazões e pressões conforme parâmetros de projeto. O
método adotado para a determinação das vazões de projeto deve ser convenientemente justificado
Tainah França Dias
nos elementos descritivos integrantestainah.dias95@gmail.com
do projeto.
6.14.2 A vazão de cálculo em cada trecho deve ser estabelecida mediante adoção de um método
reconhecido ou devidamente fundamentado, seja ele empírico ou probabilístico.
6.14.3 Os diâmetros devem ser escolhidos em decorrência dos valores das velocidades e vazões
consideradas, da limitação de ruído e meio de isolação acústica adotado, da forma de instalação,
do tipo de material especificado e da disponibilidade de perda de carga, atendendo-se às pressões
dinâmicas mínimas necessárias para o funcionamento dos respectivos aparelhos sanitários com as
vazões de projeto adotadas. Não há limitação para diâmetros nominais mínimos de sub-ramais e
respectivos engates ou tubos de ligação.
6.14.4 A determinação das perdas de carga nas tubulações e o cálculo das pressões dinâmicas nos
pontos de utilização devem ser feitos mediante o emprego de equações pertinentes.
Gabarito Oficial: B

Gabarito atualizado: Anulação

6. (50 – Analista Legislativo SP/2010 – FCC)


Um edifício cujo sistema de recalque envia água para a caixa d’água superior possui uma
bomba com 8 CV de potência e rendimento de 80%. Se a altura manométrica é 40 m, a vazão
de água, em litros por segundos, é
(A) 8

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(B) 10
(C) 12
(D) 16
(E) 24
Comentários
Essa questão é complicada, pois é necessário saber a fórmula
Pb= (ϒ.Q . H) / (75 .η),
Onde P é em Cavalo-Vapor (CV);
Q é em m3/s;
ϒ é o peso específico do líquido, em kgf/m3;
H é altura manométrica em m;
Nessa fórmula o 75 é o fator de conversão Kg.m/s para cavalo vapor, logo se na questão a unidade
de Potência for Kgm/s deve-se retirar o 75 da fórmula;
η é o rendimento do conjunto motor-bomba;
Gabarito C, pois Q = 8 x 75 x 0,8 / 1000.40, Q = 0,012 m3/s = 12 L/s.
Gabarito: C Tainah França Dias
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7. (85 – TCE-AM/2012 – FCC)
O sistema elevatório de água de um edifício é composto por duas bombas centrífugas iguais,
ligadas em paralelo, com capacidade de 10 litros por segundo e 35 metros de altura
manométrica. A vazão, em litros por segundo, e a altura manométrica, em metros, das duas
bombas funcionamento em conjunto são, respectivamente,
(A) 10 e 35
(B) 10 e 70
(C) 20 e 35
(D) 20 e 70
(E) 40 e 70
Comentários
Primeiro, aproveitando a questão vamos a alguns conceitos.
Altura geométrica é aquela que se pretende vencer, por exemplo, a diferença entre o nível do
reservatório inferior e do superior é 60 m, logo a altura geométrica é 60 m.
As perdas de carga são resultado do atrito entre o fluído e a tubulação e entre o fluído e as peças
como válvulas, reduções, curvas e etc. A perda de carga é inversamente proporcional ao diâmetro
e diretamente proporcional a rugosidade do material e a vazão.

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A altura manométrica é dada pela soma da altura geométrica acrescida da perda de carga do
sistema. Assim para o exemplo dado a altura geométrica de 60 m, digamos que, hipoteticamente,
a soma das perdas de carga distribuídas (ao longo da tubulação) e das localizadas (devido a cada
peça da instalada na tubulação, como válvulas e curava) seja igual a 10 m, logo a altura
manométrica requerida pela bomba é 70 m para uma dada vazão fixa.
Perceba o seguinte para um dada bomba ao aumentar a vazão a altura manométrica decresce,
esse conjunto de pontos Altura manométrica (Hm) x Vazão (Q) formam a curva característica da
bomba (CCB). Por outro lado a instalação (tubulações, válvulas curvas) ao aumentar a vazão a
altura manométrica aumenta, esse conjunto de pontos formam a CCI, curva característica da
instalação.
O confronto entre a CCI e CCB fornecem para o projetista o ponto de operação do sistema.

Tainah França Dias


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Figura 10 – CCI x CCB

As bombas ligadas em paralelo (uma ao lado da outra) recalcam a mesma altura manométrica e as
vazões são somadas. Já as bombas ligadas em série (uma após a outra) as alturas manométricas
são somadas.
Aprofundando um pouco mais a questão, verifica-se que a banca falou apenas de altura
manométrica, no entanto quando se associam as bombas as perdas de cargas aumentam e logo a
altura geométrica disponibilizada pelas bombas associadas varia, fica claro para bombas em
paralelo, duplica-se a vazão para a mesma tubulação o que acarreta mais perdas de carga.
Gabarito: C

8. (79- TCE-SE/2011 – FCC)


Para instalação do sistema de recalque de água de um edifício foram adquiridas duas bombas
centrífugas iguais, com capacidade de 60 litros por segundo e 50 m de altura manométrica.

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Se as duas bombas forem instaladas em série, a vazão de água a ser recalcada, em litros por
segundo, e a altura manométrica, em metros, serão, respectivamente,
(A) 120 e 100.
(B) 120 e 50.
(C) 60 e 100.
(D) 60 e 50.
(E) 30 e 25.
Comentários
Como já explicado na questão anterior, só que agora as bombas estão em série!
Gabarito: C

9. (66 - TCE-SE/2011 – FCC)


O sistema de recalque de água de um edifício é composto por dois reservatórios, bomba
hidráulica e tubulações, como representado na figura abaixo.

Tainah França Dias


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Sabendo-se que as distâncias L1 e L2 são, respectivamente, 5 m e 80 m e a perda de carga


entre os pontos (A) e (C) é 3 m e entre os pontos (C) e (H) é 7 m, a altura manométrica, em
metros, a ser considerada no projeto de dimensionamento da potência da bomba é
(A) 65
(B) 75
(C) 85
(D) 95
(E) 105
Comentários

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Questão interessante de bombas. A altura geométrica é dada pela diferença L2-L1 = 80 -5 =75 m.
As perdas de carga hidráulica são 3m (entre A-C) e 7 m (entre C-H), perfazendo 10 m A altura
manométrica é a soma da altura geométrica Hg e das Perdas de Carga, logo Hm = 75 + 10 = 85 m.
Gabarito: C

10. (57 – Sabesp Geotecnia/2012 – FCC)


Um estudo prevê que um edifício com 64 apartamentos será habitado por 320 pessoas. A
água de abastecimento será recalcada do reservatório inferior para o superior por meio de
conjuntos elevatórios. Sabendo que o consumo diário estimado é igual a 200 L/ hab e que as
bombas terão a capacidade para recalcar o volume total diário a ser consumido em apenas 8
horas de funcionamento, a vazão mínima das bombas é igual a
(A) 2,22 L/s
(B) 0,74 L/s
(C) 0,67 L/s
(D) 0,42 L/s
(E) 0,45 L/s
Comentários
É só fazer continhas multiplicar, dividir, somar...
Tainah França Dias
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Vamos lá vazão é o volume de água por unidade de tempo (L/s).
O cosumo diário no prédio é 320 (pessoas) x 200 (L/pessoa) o que dá 64000 L por dia.
Ah, atenção as unidades, os itens estão com unidades em L/s, logo transformando as 8h para
segundos, temos que 1h = 60 minutos =60 x 60 s = 3600 s, 3600 s x 8h resultam em 28800,
aproximadamente 30000 s
Lembre-se vazão volume de água dividido pelo tempo, assim
64.000 L /30000 = 2,..... .logo o gabarito é a letra A. As vezes fazer uma conta aproximada é
suficiente para matar a questão e seguir para próxima, note que os demais itens estão todos com
menos de 1 L/s. Portanto a dica nas questões de calcular veja as alternativas primeiro e veja o que
dá para eliminar com contas rápidas, aumentando suas chances de acertar. Além disso, atenção às
unidades, as vezes, são necessárias algumas conversões de unidades.
Gabarito: A

11. (81 – TCE-AM/2012 – FCC)


Uma caixa d’água com capacidade de armazenamento de 12600 litros é alimentada por um
tubo de PVC com área interna da seção transversal de 7 cm 2. Considerando que a velocidade
máxima da água na tubulação seja de 3 m/s, o tempo mínimo para atingir a capacidade total
de armazenamento da caixa d’água é
(A) 90 minutos.

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(B) 100 minutos.


(C) 2100 minutos.
(D) 12 horas.
(E) 21 horas.
Comentários
Só fazer conta, de novo! Vejamos 12 600 l = 12, 6 m³ (1000 l = 1 m³) e 7 cm² = 7/10000 = 0,0007 m²
(1 cm² = 0,0001 m²). A vazão é dada pelo produto da área x velocidade (Q(m³/s) = v (m/s) x a (m²),
assim Q = 3 x 7/10000 = 21/10000 m³/s.
O tempo é dado pelo Volume do reservatório / Vazão Q, T = 12,6 / 21/10000 =126000/21 = 6000 s.
Os 6000 s = 100 minutos.
Gabarito: B

12. (55 – Analista Legislativo SP/2010 – FCC)


Considerando-se as condições de pressão máxima e mínima previstas na norma NBR
5626/1992, é correto o que consta em:
(A) Em condições estáticas (sem escoamento), a pressão da água em qualquer ponto de
utilização da rede predial de distribuição não deve ser superior a 200 kPa.
Comentários Tainah França Dias
tainah.dias95@gmail.com
Errado, a NBR 5626/2020 manteve a pressão estática máxima de 400 KPa.
(B) Em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão da água em condições
dinâmicas (com escoamento) deve estar entre 3 e 5 kPa.
Comentários
Errado, a NBR 5626/2020 prevê que em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão
dinâmica da água não pode ser inferior a 5 kPa (0,5 mca).
(C) Em condições dinâmicas (com escoamento), a pressão da água nos pontos de utilização
deve garantir a vazão de projeto e o bom funcionamento das instalações sanitárias, onde a
pressão mínima deve ser de 10 kPa. No ponto da caixa de descarga e no ponto da válvula de
descarga para bacia sanitária admite-se, respectivamente, pressão mínima 5 e 15 kPa.
Comentários
Correta, de acordo com a versão anterior da NBR 5626, de 1998.
Contudo, a nova versão da NBR 5626, de 2020, manteve a pressão mínima dinâmica nos pontos de
utilização de 10 kPa, contudo, deixou de trazer a excepcionalidade aplicável à caixa e à válvula de
descarga.
Gabarito Oficial: Correta
Gabarito atualizado: Anulação

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(D) A ocorrência de sobrepressões devidas a transientes hidráulicos deve ser considerada no


dimensionamento das tubulações. Tais sobrepressões são admitidas, desde que não superem
o valor de 300 kPa.
Comentários
Errado, a NBR 5626/2020 manteve o limite de 200 KPa.
(E) Recomenda-se que as tubulações horizontais sejam instaladas em nível, tendo em vista
reduzir o risco de formação de bolhas de ar no seu interior e a garantir o alinhamento da
rede, fator assegurado pela colocação de calços e guias.
Comentários
Errado, de acordo com a NBR 5626, de 1998, pois ela recomendava que as tubulações horizontais
fossem instaladas com uma leve declividade, tendo em vista reduzir o risco de formação de bolhas
de ar no seu interior. E complementava que, pela mesma razão, elas deveriam ser instaladas livres
de calços e guias que pudessem provocar ondulações localizadas.
Já a nova NBR 5626, de 2020, deixou de prever esse tipo de detalhe normativo.
Gabarito Oficial: C

Gabarito atualizado: Anulação

13. (34 – Metrô-SP/2010 – FCC) Tainah França Dias


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Em instalações hidráulicas de água fria observa-se a ocorrência de “ronco” durante a
operação de fechamento de torneiras de boia em reservatórios de água. Tal fenômeno deve-
se
(A) ao escoamento em velocidades muito abaixo das velocidades de projeto.
Comentários
Errado, o escoamento em velocidades baixas não gera ruídos.
(B) ao escoamento de água continuado a partir de tubulação de extravasão de reservatório
superior, desaguando sobre o sistema de coleta de águas pluviais.
Comentários
Errado, o fechamento da válvula de boia atua contra essa extravasão de água do reservatório
superior, logo o fechamento da válvula de boia não vai causar esse ruído.
(C) à manifestação na forma de uso deficiente de aparelhos sanitários por insuficiência de
pressões e vazões.
Comentários
Errado, a válvula de boia do reservatório superior não se comunica em nada com o uso de
aparelhos sanitários.
(D) a incompatibilidades entre os materiais das tubulações hidráulicas e componentes
hidráulicos utilizados, por conta de erros de execução.

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Comentários
Errado, essa causa normalmente justifica a maioria dos ruídos das instalações hidráulicas, porém
para o caso específico das válvulas de boia em reservatórios superiores a causa é outra.
(E) à ressonância, pela formação de ondulações na superfície líquida.
Comentários
Certo. Segue o trecho de uma entrevista, que menciona esta e outras causas de ruídos.
AECweb – Quais as outras fontes de ruídos?
Knipper - Há os ruídos provenientes do escoamento livre (esgoto e águas pluviais) em tubos
plásticos de parede estreita mal fixados, ou seja, com suporte deficiente, particularmente a partir
de conexões de mudança de direção. É comum o ‘ronco’ durante a operação de fechamento de
torneiras de boia em reservatórios de água, decorrentes do fenômeno de ressonância pela
formação de ondulações na superfície líquida. E, também, os ruídos na forma de silvos agudos
durante a operação de fechamento de torneiras de boia em reservatórios de água de bacias
sanitárias com caixas de descarga acopladas. A transmissão de vibração de bombas pela
correspondente tubulação de recalque se deve, geralmente, à fixação deficiente e ausência de
dispositivos antivibratórios. Esses são alguns exemplos.
Gabarito: E

14. (35 – Metrô-SP/2010 – FCC) Tainah França Dias


tainah.dias95@gmail.com
As patologias em sistemas hidráulicos podem ter suas causas decorrentes do armazenamento
dos materiais. São cuidados a serem observados no armazenamento de tubos de plásticos
rígidos:
(A) não devem ter contato com o solo; devem ser segregados por tipo de linha de instalação;
devem ser armazenados em áreas de manobras e circulação de veículos.
Comentários: Errado, os veículos podem danificar os tubos ao realizar manobras.
(B) obedecer a uma inclinação de aproximadamente 5%; quando possível apoiados sobre
estrado metálico, na posição vertical; diretamente no solo, se este estiver sido aplainado.
Comentários: Errado. A posição de armazenagem é horizontal.
(C) posição horizontal sobre bancada de madeira; a altura das pilhas não devem ultrapassar
1,80 m; colocar os tubos com as bolsas alternadamente de cada lado.
Comentários: Correto.
(D) em locais abertos, as pilhas devem ficar soltas e desimpedidas para facilitar a utilização;
os tubos das diferentes camadas devem ficar em contato direto, diminuindo assim a altura da
pilha.
Comentários: Errado. É em local fechado e os tubos devem ser separados por bitolas facilitando a
seleção para uso.

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(E) devem ser armazenados cruzados e alinhando ponta e luva distintamente; na falta de
espaço admite-se pilhas com altura máxima de 2,50 m; o local destinado ao armazenamento
deve ser coberto, mesmo que apresente ondulações e desnivelamento.
Comentários: Errado. Armazenar os tubos de forma cruzada presumo que exige uma área maior,
além de dificultar o manuseio, e o local não precisa ser necessariamente coberto, pode-se utilizar
um material resistente aos raios solares sobre os tubos.
Essa questão envolve a organização do canteiro de obras, os tubos de PVC devem ser escorados
lateralmente e as pilhas não podem ultrapassar 1,8 m de altura. Também podem ser acomodados
em ganchos fixados nas paredes, devem ser separados por diâmetros. O local deve ser abrigado da
luz solar, pois o PVC é degradado por raios ultravioletas, o espaço requerido é de cerca de 2 x 7 m,
tendo em vista o comprimento usual dos tubos ser de 6 m. Dica: veja o site
http://construcaocivilpet.wordpress.com/2011/09/01/estoques-sob-controle/, acesso em
16/4/2013, nele há várias figuras e dicas de armazenagem de insumos de construção civil, além de
regras de organização do canteiro de obras.
Gabarito: C

15. (48 – Metrô-SP/2012 – FCC)


Na fase de projeto dos sistemas prediais, os vícios podem ocorrer por falhas de concepção
sistêmica, erros de dimensionamento, ausência ou incorreções de especificações de materiais
e de serviços, insuficiência ou inexistência de detalhes
Tainah França Dias construtivos, dentre outros. É
característica própria dos sistemas hidráulicos prediais a sua complexidade funcional e a
tainah.dias95@gmail.com
inter-relação dinâmica entre os seus diversos subsistemas, além da enorme variedade de
materiais, componentes e equipamentos constituintes. Tampas de acesso às câmaras do
reservatório elevado executadas e instaladas de modo incorreto, com possibilidade de
admissão de água contaminada em seu interior, é a causa de falha frequente em sistemas de
(A) água fria.
Comentários: Certo, pois possui reservatório superior, por vezes de concreto armado, e quando o
projeto não apresenta o detalhamento correto, a vedação do reservatório fica comprometida,
devendo-se executar a tampa em um nível elevado em relação à laje do reservatório.
(B) água quente.
Comentários: Errado, pois o reservatório de água quente possui isolamento térmico, portanto os
requisitos são mais rigorosos, eliminando-se eventuais falhas de vedação.
(C) esgoto sanitário.
Comentários: Errado. Não existem reservatórios elevados para esgotos sanitários.
(D) combate a incêndio.
Comentários: Errado, normalmente os reservatórios elevados possuem uma reserva técnica de
incêndio, cerca de 20% do volume do reservatório, portanto é apenas uma parte do reservatório
de água fria.
(E) águas pluviais.

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Comentários: Errado, quando existentes ficam próximos ao solo, além do que as águas pluviais
costumam ser os maiores contaminantes da água potável armazenada em reservatórios elevados.
Gabarito: A

16. (82 – TCE-AM/2012 – FCC)


No projeto e execução de instalações prediais de água quente, o dispositivo antirretorno
(A) destina-se a impedir o retorno de fluidos para a rede de distribuição.
Comentários: Correto!
(B) é geralmente do tipo gaveta e deve ser instalado em uma tubulação para interromper a
passagem da água.
Comentários: Errado, definitivamente ela não é uma simples válvula de gaveta, muito mais
complexa, chama-se válvula anti-retorno.
(C) destina-se a permitir a saída de ar e/ou vapor de uma instalação predial de água quente.
Comentários: Errado, isso é o famoso respiro.
(D) permite o escoamento da água em um único sentido.
Comentários: Errado, essa peça chama-se válvula de retenção.
(E) destina-se a evitar que a pressão ultrapasse determinado valor.
Tainah França Dias
tainah.dias95@gmail.com
Comentários: Errado, isso é válvula de segurança de pressão.
A NBR 5626/2020 cancelou a NBR 7198/93 – Projeto de Instalações Prediais de água quente,
contudo, vale a pena ver algumas definições que trazidas por ela:
3.7 Dispositivo anti-retorno: Dispositivo destinado a impedir o retorno de fluidos para a rede de
distribuição.
Além desse dispositivo é importante mencionar os seguintes para as instalações de água quente
3.18 Respiro: Dispositivo destinado a permitir a saída de ar e/ou vapor de uma instalação.
3.30 Dispositivo de recirculação: Dispositivo destinado a manter a água quente em circulação, a
fim de equalizar sua temperatura. (evita aquela demora quando se liga o registro de água quente
até que comece a sair realmente a água quente).
3.23 Válvula de segurança de pressão: Dispositivo destinado a evitar que a pressão ultrapasse
determinado valor.
3.24 Válvula de segurança de temperatura: Dispositivo destinado a evitar que a temperatura da
água quente ultrapasse determinado valor.
A NBR 5626/2020 passou a prever o sistema de prevenção ao refluxo, que é o conjunto de
componentes destinado a impedir o retorno de água em um SPAFAQ (sistemas prediais de água
fria e água quente) ou deste para a fonte de abastecimento.
Gabarito: A

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17. (49 – Sabesp Geotecnia/2012 – FCC)


Segundo a NBR 8160, a instalação predial de esgotos sanitários deve ser projetada e
construída de modo a
I. permitir rápido escoamento da água utilizada e dos despejos.
Comentários: Certo.
II. não permitir a contaminação da água de consumo.
Comentários: Certo.
III. facilitar a liberação dos gases produzidos no sistema na tubulação sifonada.
Comentários: Errado, não seria agradável aos usuários se os gases do sistema de esgoto fossem
liberados na tubulação sifonada, como o item diz. Os gases do sistema são liberados pela colunas
de ventilação integrantes do sistema de esgoto predial sanitário.
IV. facilitar a inspeção dos componentes do sistema.
Comentários: Certo.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I e II.
(B) II e III.
Tainah França Dias
(C) I, II e IV. tainah.dias95@gmail.com
(D) I e IV.
(E) II, III e IV.
Gabarito: C

18. (83 – TCE-AM/2012 – FCC)


No projeto das instalações prediais de esgoto sanitário, todos os trechos horizontais das
tubulações devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para isso,
apresentar uma declividade constante. Além disso, a profundidade máxima, das caixas de
inspeção e a distância máxima, entre dois dispositivos de inspeção, são, em metros,
respectivamente,
(A) 1,5 e 35
(B) 1,8 e 40
(C) 1,0 e 25
(D) 1,2 e 28
(E) 1,6 e 30
Comentários
Reparem que bastava saber uma das informações para ganhar a questão.

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Vamos lá retirei os dados da NBR 8160, resumindo-os. As caixas de inspeção (CI) devem ter
profundidade máxima de 1 m. e dimensões quadradas, retrangulares ou cilíndricas de, no mínimo,
60 cm de lado ou diâmetro, além de serem executadas de forma a permitir o escoamento rápido
dos dejetos Pórem considerando que a declividade mínima é de 1% para tubulações de diâmetro
de 100 m em um trecho de 100 m de tubulação ultrapassa-se os 1 m máximo permitido para as
caixas de inspeção. Assim, surge a necessidade de utilizar-se dos poços de visita. Esses devem
garantir os seguintes requisitos:
a) profundidade maior que 1,00 m;
b) forma prismática de base quadrada ou retangular, com dimensão mínima de 1,10 m, ou
cilíndrica com um diâmetro interno mínimo de 1,10 m;
c) degraus que permitam o acesso ao seu interior;
d) tampa removível que garanta perfeita vedação;
e) fundo constituído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de
sedimentos;
Então a diferença básica entre as CI e os PV é que nos PVs devem permitir que a equipe de
manutenção entre dentro dele e nas CIs não. O limite de norma entre um e outro é a profundidade
de 1 m.
A distância máxima entre dois dispositivos de inspeção é 25 m. A distância entre o coletor predial
com o público e o dispositivo de inspeção Tainah França
mais Dias não deve ser superior a 15,00 m. Em
próximo
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prédios com mais de dois pavimentos a cada tubo de queda deve ser instalado uma caixa de
inspeção a 2 m do TQ. E os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto de
bacias sanitárias, caixas de gordura e caixas sifonadas, medidos entre os mesmos e os dispositivos
de inspeção, não devem ser superiores a 10,00 m.
Gabarito: C

19. (34 – MPE-AM/2013 – FCC)


Nos projetos de instalações prediais de esgoto, a extremidade aberta de um tubo ventilador
primário ou coluna de ventilação deve situar-se a uma altura mínima acima de uma laje
utilizada para outros fins além de cobertura, em cm, de
(A) 500. (B) 300. (C) 200. (D) 100. (E) 30.
Comentários
De acordo com a NBR 8160, a extremidade aberta do tubo ventilador primário ou coluna de
ventilação deve estar situada acima da cobertura do edifício a uma distância mínima que
impossibilite o encaminhamento à mesma das águas pluviais provenientes do telhado ou laje
impermeabilizada.
A extremidade aberta de um tubo ventilador primário ou coluna de ventilação, conforme mostrado
na figura 3:

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a) não deve estar situada a menos de 4,00 m de qualquer janela, porta ou vão de ventilação, salvo
se elevada pelo menos 1,00 m das vergas dos respectivos vãos;
b) deve situar-se a uma altura mínima igual a 2,00 m acima da cobertura, no caso de laje utilizada
para outros fins além de cobertura; caso contrário, esta altura deve ser no mínimo igual a 0,30 m;
c) deve ser devidamente protegida nos trechos aparentes contra choques ou acidentes que
possam danificá-la;
d) deve ser provida de terminal tipo chaminé, tê ou outro dispositivo que impeça a entrada das
águas pluviais diretamente ao tubo de ventilação.
Gabarito: C

20. (46 – TRT-15/2013 – FCC)


Em instalações prediais de esgoto sanitário, os desconectores devem apresentar orifício de
saída com diâmetro igual ou superior ao do ramal de descarga a ele conectado, e ter fecho
hídrico com altura mínima, em mm, de
(A) 20. (B) 50. (C) 30. (D) 10. (E) 40.
Comentários
De acordo com Macintyre, é obrigatória a colocação de dispositivos desconectores, destinados à
proteção do ambiente interno contra a ação de gases emanados das canalizações. Fazem parte dos
Tainah França Dias
esgotos primários. tainah.dias95@gmail.com
São usados três tipos de desconectores:
- sifões: fecho hídrico de 50 mm, no mínimo;
- ralos sifonados: fecho hídrico > 50 mm;
- caixas sifonadas grandes (concreto ou alvenaria, circulares ou retangulares): fecho hídrico
mínimo de 200 mm.
De acordo com a NBR 8160, todo desconector deve satisfazer às seguintes condições:
a) ter fecho hídrico com altura mínima de 0,05 m;
b) apresentar orifício de saída com diâmetro igual ou superior ao do ramal de descarga a ele
conectado.
Gabarito: B

21. (35 – SEGAS/2013 – FCC)


O sistema de coleta e transporte de esgoto sanitário deve possibilitar o escoamento dos
efluentes por gravidade. Para tubulações de trechos horizontais com diâmetro nominal igual
ou superior a 100 mm, é recomendável uma declividade mínima, em %, igual a
(A) 1,5. (B) 2,0. (C) 3,0. (D) 0,5. (E) 1,0.
Comentários

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A norma NBR 8160 traz a seguinte tabela:

Verifica-se que a declividade mínima prevista é de 1% para diâmetros superiores a 100 mm.
Gabarito: E

22. (58 – Defensoria-SP/2013 – FCC)


Segundo a NBR 8160, as caixas sifonadas podem ser utilizadas para a coleta de despejos de
aparelhos sanitários. A simbologia utilizada para a representação gráfica de uma caixa
sifonada corresponde a
Tainah França Dias
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Comentários
A NBR 8160 prevê a seguinte simbologia:

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Tainah França Dias


tainah.dias95@gmail.com

Portanto, p símbolo da letra A representa a caixa sifonada.


Gabarito: A

23. (84 – TCE-AM/2012 – FCC)


Para as instalações prediais de águas pluviais, a inclinação das calhas de beiral e platibanda
deve ser uniforme e o diâmetro interno mínimo, em mm, dos condutores verticais de seção
circular é
(A) 25 (B) 40 (C) 50 (D) 70 (E) 100
Comentários
Primeiro, águas pluviais não devem receber nunca efluentes de esgotos sanitários. O diâmetro
interno mínimo dos condutores verticais de seção circular é 70 mm. Os condutores horizontais

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devem ser projetados com declividade uniforme de no mínimo 0,5%. Bem como as lajes de
coberura, calhas e platibandas, sempre declividade mínima de 0,5 %.
Deve ser prevista caixas de areia ou peças de inspeção a cada 20m, a cada mudança de direção e
na interligação com outros condutores. A norma que trata do assunto é a NBR 10844/1989 -
Instalações prediais de águas pluviais.
Gabarito: D

24. (32 – TCE-RN/2000 – ESAF)


Segundo a ABNT - NBR 13714/1996 - a reserva de incêndio nas edificações deve ser prevista
para permitir:
a) o combate, durante todo o tempo de duração do incêndio;
b) o combate, através de 5 hidrantes, durante todo o tempo de duração do incêndio;
c) o combate, através de 3 hidrantes, durante todo o tempo de duração do incêndio;
d) o combate e ainda o reabastecimento dos caminhões-tanque do Corpo de Bombeiros,
durante todo o tempo de duração do incêndio;
e) o primeiro combate, durante determinado tempo.
Comentários
Tainahdeve
Essa é cópia da norma: a reserva de incêndio França
serDias
prevista para permitir o primeiro combate,
tainah.dias95@gmail.com
durante determinado tempo. Após este tempo considera-se que o Corpo de Bombeiros mais
próximo atuará no combate, utilizando a rede pública, caminhões-tanque ou fontes naturais.
Segundo a norma, a reserva deve ter volume suficiente para utilização dos sistemas de hidrantes e
mangotinhos, durante o tempo mínimo de 30 minutos a 1 hora dependendo do tipo de sistema
instalado no prédio.
Gabarito: E

25. (86 – TCE-AM/2012 – FCC)


No projeto das saídas de emergências em edifícios, as antecâmaras para ingressos nas
escadas enclausuradas devem ser dotadas de porta corta-fogo na entrada e de porta
estanque à fumaça na comunicação com a caixa da escada, bem como ter comprimento e pé-
direito mínimos, em metros, respectivamente, de
(A) 2,20 e 3,10
(B) 2,00 e 2,80
(C) 1,90 e 2,60
(D) 1,80 e 2,50
(E) 1,60 e 2,20
Comentários

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Abaixo o desenho do que vem a ser uma antecâmera de acesso as escadas enclausuradas, as
dimensões mínimas dessas antecâmeras (NBR 9077/01 – Saídas de emergência em edifícios) é 1,80
m de comprimento e o pé direito é de 2,50 m (dimensões mínimas de norma). Além disso essa
câmara deve ter dutos de entrada de ar junto ao piso ou no máximo 15 cm acima do piso com 0,84
m² e duto de saída de ar junto ao teto ou no máximo 15 cm abaixo do teto também com 0,84 m, os
dutos de entrada e saída de ar devem ser afastados com nó mínimo 2 m de eixo a eixo. E claro
deve conter portas corta fogo. Com isso o gabarito é a D.

Gabarito: D

26. (75- TCE-SE/2011 – FCC)


Tainah França
Em um sistema de iluminação de emergência Dias
a ser instalado em edificações para prevenção a
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incêndio,
(A) os pontos de iluminação de sinalização devem ser dispostos de forma que, na direção de
saída de cada ponto, seja possível visualizar o ponto seguinte, a uma distância máxima de 25
m.
Comentários: Errado, distância máxima de 15 m.
(B) cada circuito de iluminação de emergência não poderá alimentar mais de 15 luminárias.
Comentários: Errado, permite-se até 25 luminárias.
(C) a proteção dos cabos ramais dos circuitos de iluminação de emergência, além de proteção
contra curtocircuito, deve resistir 15 minutos em caso de incêndio.
Comentários: Errado, deve resistir até 30 minutos.
(D) o sistema de iluminação de emergência não poderá ter uma autonomia menor que 30
minutos de funcionamento, com uma perda maior que 10% de sua luminosidade inicial.
Comentários: Errado, O sistema não poderá ter uma autonomia menor que 1 h de funcionamento,
com uma perda maior que 10% de sua luminosidade inicial.
(E) a corrente por circuito de iluminação de emergência não poderá ser maior que 12 A por
fiação.
Comentários: Correto, Segundo a NBR 10898/99 item 4.8.10 A corrente por circuito de iluminação
de emergência não poderá ser maior que 12 A por fiação. Cada circuito não poderá alimentar mais

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de 25 luminárias. A corrente máxima não pode superar 4 A por mm2 de seção do condutor. O
aquecimento dos condutores elétricos não pode superar 10°C em relação à temperatura ambiente,
nos locais onde estejam instalados.
A NBR 10898/99 traz muitos requisitos técnicos, seria enfadonho numerá-los aqui, ainda mais por
ser um tema muito específico, no entanto os comentários já englobam alguns requisitos
importantes.
Gabarito: E

27. (14 – DEMAE/2017 – UFG)


Um chuveiro, em uma instalação predial de água fria, deve ter uma carga mínima em metros
de coluna d'água para seu funcionamento. Se a distância vertical entre o chuveiro e o nível
d'água no reservatório for 2 m, a perda de carga unitária for de 0,03 e o comprimento
equivalente do reservatório até o chuveiro for de 15 m, a carga mínima no chuveiro será de:
(A) 0,45 m
(B) 1,55 m
(C) 2,0 m
(D) 15 m
Comentários
Tainah França Dias
Carga no chuveiro = 2 – (15.0,03) = 1,55 m
tainah.dias95@gmail.com
Gabarito: B

28. (51 – CELG-G&T/2014 – UFG)


Em uma tubulação, garante-se que o fenômeno denominado golpe de aríete pode ser
atenuado,
(A) projetando-se tubulações com trechos mais longos.
(B) evitando-se o fechamento brusco de válvulas.
(C) regulando-se as válvulas de descarga de modo a se ter um menor tempo de fechamento.
(D) aumentando-se a velocidade da água.
(E) utilizando-se torneiras de fechamento automático.
Comentários
De acordo com a norma NBR 5626/1998, a prevenção e a atenuação do golpe de aríete poderiam
ser obtidas evitando-se o fechamento brusco de válvulas, absorvendo-se picos de pressão,
aprimorando-se a atenuação das ondas de pressão transmitidas ao longo da tubulação,
projetando-se a tubulação de modo a evitar trechos muito longos, conduzindo diretamente para
válvulas e torneiras, e reduzindo-se a velocidade da água.

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Já a nova versão da NBR 5626, de 2020, passou a prever que, quando necessário, um dispositivo ou
componente com função amortecedora da energia do golpe de aríete deve ser previsto para
absorver o pico de sobrepressão em ponto próximo do local de geração do transiente.
Gabarito: B

29. (57 – IF-GO/2013 – UFG)


Em uma instalação hidrossanitária, o refluxo de águas servidas, poluídas ou contaminadas,
para o sistema de consumo, em decorrência de pressões negativas, é denominado de
(A) extravasor.
(B) interconexão.
(C) subpressão.
(D) retrossifonagem.
Comentários
De acordo com a norma NBR 5626/2020, a retrossifonagem é o refluxo de água usada,
proveniente de um reservatório, aparelho sanitário ou de qualquer outro recipiente, para o
interior de uma tubulação, pelo fato da sua pressão ser inferior à atmosférica.
Gabarito: D
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30. (59 – IF-GO/2013 – UFG) tainah.dias95@gmail.com
Segundo a norma ABNT-NBR-5626, a pressão estática máxima e a pressão dinâmica mínima
em um chuveiro, em metros de coluna de água, são, respectivamente, iguais a
(A) 20,0 e 0,5.
(B) 40,0 e 1,0.
(C) 60,0 e 1,5.
(D) 80,0 e 2,0.
Comentários
De acordo com a NBR 5626/2020, em qualquer caso, a pressão dinâmica da água no ponto de
utilização não pode ser inferior a 10 kPa (1 mca); em qualquer ponto do sistema de distribuição, a
pressão dinâmica da água não pode ser inferior a 5 kPa (0,5 mca), excetuados os trechos verticais
de tomada d’água nas saídas de reservatórios elevados para os respectivos barriletes em sistemas
indiretos; e a pressão estática nos pontos de utilização não pode superar 400 kPa (40 mca).
Gabarito: B

31. (50 – CELG-G&T/2014 – UFG)


Uma família comprou uma residência na qual o ramal da área de serviços possui diâmetro de
20 mm e estão instaladas as seguintes peças: uma lavadora de roupas, dois tanques, uma
bacia sanitária com caixa de descarga e um lavatório. Esta família deseja instalar, neste ramal,

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algumas torneiras para lavagens em geral, cujo dimensionamento será feito utilizando o
método dos pesos relativos, a tabela 3 e a figura 5 a seguir.
Tabela 3 – Pesos relativos nos pontos de utilização identificados em função do aparelho
sanitário e da peça de utilização

Tainah França Dias


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Tainah França Dias


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Diante das informações oferecidas, quantas torneiras poderão ser instaladas?


(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4 (E) 5
Comentários
De acordo com o Anexo A da norma ABNT NBR 5626/1998, por razões de economia, é usual
estabelecer como provável uma demanda simultânea de água menor do que a máxima possível.
Essa demanda simultânea pode ser estimada tanto pela aplicação da teoria das probabilidades,
como a partir da experiência acumulada na observação de instalações similares. O método de
pesos relativos usado neste anexo se enquadra no segundo caso.
Os pesos relativos são estabelecidos empiricamente em função da vazão de projeto, conforme a
tabela acima. A quantidade de cada tipo de peça de utilização alimentada pela tubulação, que está
sendo dimensionada, é multiplicada pelos correspondentes pesos relativos e a soma dos valores

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obtidos nas multiplicações de todos os tipos de peças de utilização constitui a somatória total dos
pesos (ΣP).
Usando a equação apresentada a seguir, esse somatório é convertido na demanda simultânea total
do grupo de peças de utilização considerado, que é expressa como uma estimativa da vazão a ser
usada no dimensionamento da tubulação. Esse método é válido para instalações destinadas ao uso
normal da água e dotadas de aparelhos sanitários e peças de utilização usuais; não se aplica
quando o uso é intensivo (como é o caso de cinemas, escolas, quartéis, estádios e outros), onde
torna-se necessário estabelecer, para cada caso particular, o padrão de uso e os valores máximos
de demanda.
Q = 0,3.(ΣP)1/2
Onde:
Q é a vazão estimada na seção considerada, em L/s
ΣP é a soma dos pesos relativos de todas as peças de utilização alimentadas pela tubulação
considerada
ΣP = 1+1,4+0,3+0,3 = 3
Pela figura, a tubulação de 20 mm tem capacidade limite de pesos de 3,4. Portanto, há uma folga
de 0,4 pesos. Portanto, pode-se instalar somente mais uma torneira de lavagem geral, com peso
relativo = 0,4.
Tainah França Dias
Verifica-se que esse procedimento não contraria a nova versão da NBR 5626, de 2020, que deixou
tainah.dias95@gmail.com
de trazer maiores detalhes como na versão anterior da norma, mas que prevê que a relação:
Q = K.√𝑃
Onde:
Q - é a vazão de projeto da peça de utilização ou aparelho sanitário, em (L/s);
K - é o fator de vazão do aparelho sanitário, expresso em (L/s). √𝑘𝑃𝑎;
P - em qualquer caso, a pressão dinâmica da água no ponto de utilização não pode ser inferior a
10 kPa (1 mca).
Gabarito: A

32. (58 – IF-GO/2013 – UFG)


Analise a figura a seguir.

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Tainah França Dias


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Figura 14 – Nomograma para cálculo de perda de carga em tubulações de plástico. In:


CREDER, H. Instalações hidráulicas e sanitárias. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. p. 293.
De acordo com a Figura 14, o diâmetro necessário para uma tubulação de PVC se nela escoar
um líquido com velocidade média (V) de 0,6 m/s, com uma perda de carga (J) de 1/100 m/m,
a uma vazão (Q) de 1,2 L/s, é o seguinte:
(A) 50 mm.
(B) 60 mm.

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(C) 70 mm.
(D) 80 mm.
Comentários
Se marcarmos no gráfico os pontos Q = 1,2 L/s e J = 0,01 m/m por uma reta, teremos D = 50
mm, e atendendo v > 0,6 m/s.
Gabarito: A

33. (60 – IF-GO/2013 – UFG)


Analise a figura e a tabela apresentadas a seguir.

Tainah França Dias


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Pesos relativos nos pontos de utilização segundo a norma ABNT-NBR-5626.

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Qual é o diâmetro da tubulação de um ramal de água fria que alimenta um banheiro e uma
área de serviço com duas bacias sanitárias, um chuveiro elétrico, dois lavatórios, dois
mictórios, um tanque e quatro torneiras de jardim?
(A) 20 mm.
(B) 25 mm.
(C) 32 mm.
(D) 40 mm.
Comentários
∑P = (2 x 32) + 0,4 + (2 x 0,3) + (2 x 2,8) + 0,7 + (4 x 0,4)
∑P = 64 + 0,4 + 0,6 + 5,6 + 0,7 + 1,6 = 72,9
Tainah França Dias
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Na tabela acima, o peso de 72,9 corresponde ao diâmetro de 40 mm.
Gabarito: D

34. (67 – MPU/2004 – ESAF)


O conhecimento dos elementos e procedimentos básicos para a execução de instalações é
necessário a todo engenheiro civil. Com relação aos materiais e procedimentos para
instalações de água fria, assinalar a opção incorreta.
a) Os tubos de PVC para instalações de água fria são, de acordo com o tipo de junta,
classificados como soldáveis e roscáveis.
Comentários
Certo, porém ainda existem outros tipos de junções de tubulações de PVC rígido: junta soldada
(ponta e bolsa se encaixam e são coladas com adesivo próprio); junta elástica (utiliza-se um anel de
borracha para vedar o tubo padrão ponta e bolsa, o encaixe é feito sem adesivo, somente com o
anel de borracha); junta rosqueada, a rosca pode ser de PVC ou metálica (nos pontos de utilização
recomendam-se as roscas metálicas); junta sanitária (é um misto da junta elástica com a junta
soldada) união das vantagens da duas; junta flangeada (utilizada na junção de tubulação de PVC
com a tubulação metálica); colar de tomada (é uma peça que permite a junção de forma
transversal ao tubo, como uma tomada d’ água, sem a utilização de T).

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b) O sistema de junta roscável permite a montagem e a desmontagem das ligações, sendo


que neste caso haverá um reaproveitamento do material.
Comentários
Certo, é possível soltar desfazer a junção facilmente.
c) Nípel é a conexão que permite a união de dois tubos ou peças de mesmo diâmetro com
rosca interna.
Certo, veja figura.

Niple PVC

d) As conexões têm a finalidade de possibilitar a união de tubos de diâmetros iguais ou


diferentes, sendo as mais utilizadas: adaptador, redução, cap, cruzeta, curva, joelho, junção,
luva, nípel, plugue e tê. Tainah França Dias
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Comentários
Certa, com ressalva! Todas as conexões citadas permitem a união de tubos exceto as duas
mostradas na figura que não unem tubos, mas unem se a eles e são conexões também, para
esclarecer a figura acima mostra um CAP e um plugue. Pegadinha da banca, porém, em provas do
estilo múltipla escolha, é necessário buscar sempre a mais errada para marcar a alternativa
incorreta ou a mais certa para marcar a alternativa correta.

CAP e Plugue, respectivamente

e) O sistema de junta soldável tem como vantagem a maior rapidez na instalação,


necessitando apenas da morsa para a sua execução.
Comentários
Errada: Essa é a mais errada. As instalações de PVC de água fria e CPVC de água quente dispensam
o uso de morsa, para executar a junta soldável exige-se apenas de adesivo químico.

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Gabarito: E

35. (27 – TCE-RN/2000 – ESAF)


A ABNT - NBR 5626/1998 e 7198/93 – prescreve o(s) seguinte(s) valor(es) máximo(s) da
velocidade da água para projeto e execução de instalações prediais de água fria e água
quente:
a) 3,0 m/s para água fria e água quente
b) 2,5 m/s para água fria e água quente
c) 3,0 m/s para água fria e 2,5 m/s para água quente
d) 2,5 m/s para água fria e 3,0 m/s para água quente
e) 1,0 m/s para água fria e água quente
Comentários
A versão anterior da NBR 5626, de 1998, previa que as velocidades máximas nas tubulações não
deveriam ultrapassar 3,00 m/s. Assim como a NBR 7198/93, de água quente. Contudo, a nova NBR
5626, de 2020, cancelou a NBR 7198/93, passando a abranger também os sistemas de água
quente, e deixou de prever a velocidade máxima, passando a prever o seguinte:
A limitação da velocidade do escoamento não se aplica a trechos onde comprovadamente a
tubulação não fique sujeita a golpes de aríete
Tainah e sejaDias
França dotada de meios adequados de isolação
acústica ou esteja alojada em local que minimize ou impeça a transmissão de ruídos.
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Gabarito Oficial: A

Gabarito atualizado: Anulação

36. (29 – MPOG/2006 – ESAF)


Os serviços referentes às instalações hidrossanitárias devem ser executados por profissionais
habilitados e as ferramentas utilizadas devem ser apropriadas aos serviços, sendo incorreto
afirmar que:
a) as tubulações devem ser montadas dentro dos rasgos ou cavidades das alvenarias, de
forma que o eixo dos registros fique com comprimento adequado à colocação da canopla e
do volante.
Comentários: Certo. Os fabricantes de registros indicam qual deve ser a distância mínima e
máxima para o posicionamento da canopla na parede acabada.
b) as tubulações deverão ter suas extremidades vedadas com bujões, a serem removidos na
ligação final dos aparelhos sanitários.
Comentários: Certo. A medida visa evitar danos aos bocais de conexão durante a fase de
acabamento da obra, além de permitir a realização de testes.

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c) as buchas, bainhas e caixas necessárias à passagem da tubulação através de elementos


estruturais deverão ser executadas e colocadas antes da concretagem, desde que permitido
expressamente no projeto estrutural.
Comentários: Certo. Devem ser instalados tais dispositivos para impedir danos às tubulações
quando os elementos estruturais trabalharem, movimentarem-se.
d) as tubulações devem guardar certa distância das fundações, a fim de prevenir a ação de
eventuais recalques.
Comentários: Certo. Essa medida visa evitar que algum vazamento nessa tubulação próxima a
fundação possa saturar o solo da fundação, alterando suas características de resistência e
acarretando em recalques.
e) para constituição de ventilador primário, os tubos de queda devem ser prolongados
verticalmente até o nível da cobertura.
Comentários: Errado. o tubo ventilador primário é um prolongamento do tubo de queda acima do
ramal mais alto a ele ligado e com a extremidade superior aberta à atmosfera situada acima da
cobertura do prédio. Vejam é acima da cobertura e não no nível, caso fosse ao nível da cobertura
ficaria mau cheiro nesse nível.
Gabarito: E

37. (30 – MPOG/2006 – ESAF) Tainah França Dias


tainah.dias95@gmail.com
De acordo com a figura abaixo os diâmetros mínimos dos sub-ramais 1 e 2 são,
respectivamente,

a) 32 mm e 20 mm.
b) 15 mm e 20 mm.
c) 20 mm e 32 mm.
d) 15 mm e 32 mm.
e) 25 mm e 32 mm.
Comentários

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A versão anterior da NBR 5626, de 1998, trazia a tabela seguinte, com os diâmetros mínimos dos
Sub-ramais.
Diâmetro Diâmetro
Peças de utilização Peça de utilização
mm e pol mm e pol
Aquecedor baixa pressão 20 , (3/4) Chuveiro 15 , (1/2)
Aquecedor alta pressão 15 , (1/2) Filtro de pressão 15 , (1/2)
Bacia sanitária com caixa de descarga 15 , (1/2) Lavatório 15 , (1/2)
Bacia sanitária com válvula de 32 , (1 Máquina de lavar pratos ou
20 , (3/4)
descarga 1/14) roupa
Banheira 15 , (1/2) Mictório autoaspirante 25 , (1)
Mictório de descarga
Bebedouro 15 , (1/2) 15 , (1/2)
descontínua
Bidê 15 , (1/2) Pia de despejo 20 , (3/4)
Tanque de lavar roupa 20 , (3/4) Pia de cozinha 15 , (1/2)
Tabela – Diâmetros mínimos

Contudo, a nova versão da NBR 5626, de 2020, deixou de trazer essa tabela e passou a prever o
seguinte:

6.14.3 Os diâmetros devem ser escolhidos Tainah


emFrança Dias dos valores das velocidades e vazões
decorrência
consideradas, da limitação de ruído etainah.dias95@gmail.com
meio de isolação acústica adotado, da forma de instalação,
do tipo de material especificado e da disponibilidade de perda de carga, atendendo-se às pressões
dinâmicas mínimas necessárias para o funcionamento dos respectivos aparelhos sanitários com as
vazões de projeto adotadas. Não há limitação para diâmetros nominais mínimos de sub-ramais e
respectivos engates ou tubos de ligação. (grifou-se)

Portanto, a nova versão da NBR 5626 deixou de especificar diâmetro mínimo para os sub-ramais.

Gabarito Oficial: D

Gabarito atualizado: Anulação

38. (26 – TCE-RN/2000 – ESAF)


Indique a opção correta quanto à definição de tubulação primária de esgotos sanitários.
a) Tubulação protegida por um desconector contra o acesso de gases do coletor público ou
dos dispositivos de tratamento.
b) Tubulação protegida por um desconector e que recebe diretamente efluentes dos
aparelhos sanitários.
c) Tubulação à qual têm acesso gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de
tratamento.

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d) Tubulação protegida por um desconector e que recebe diretamente efluentes de pias de


cozinha escoando-os numa caixa de gordura para tratamento primário.
e) Tubulação protegida por um desconector primário contra o refluxo de espuma dos
efluentes de máquinas de lavar roupa.
Comentários

A tubulação primária é aquela que tem acesso aos gases provenientes do coletor público ou dos
dispositivos de tratamento. Seguindo, a tubulação secundária é protegida por desconector (sifão =
fecho hídrico), contra o acesso de gases da tubulação primária. Obs.: Fecho hídrico é uma camada
líquida que, em um desconector, veda a passagem de gases, ex. vaso sanitário. Portanto a resposta
é a C.
Gabarito: C

39. (73 – DPE-RJ/2014 – FGV)


O sistema de bombeamento da figura abaixo foi instalado para recalcar água a 30˚ C em uma
cidade a 1800 m de altitude. As cotas da figura são relativas a um nível de referência local.

Tainah França Dias


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Sabendo que as perdas de carga na sucção e no recalque são respectivamente de 0,7 m e 2,1
m, o NPSHR (requerido) máximo para evitar a ocorrência de cavitação deve ser de
(A) 7 m
(B) 6 m
(C) 5 m
(D) 4 m
(E) 3 m
Fonte: Apostila do Curso de Instalações Hidráulicas do IME – Cavitação e NPSH
As tubulações de sucção de instalações elevatórias funcionam com pressões inferiores à
pressão atmosférica. Se, à entrada da bomba, houver pressões inferiores à de vapor do líquido
Tainah França Dias
circulante, podem originar-se fenômenos prejudiciais ao funcionamento e à vida útil da máquina.
tainah.dias95@gmail.com

Se tais pressões se estenderem a toda seção de entrada poderá haver formação de bolsas
de vapor que serão arrastadas pela corrente em direção à saída do rotor, onde reinam pressões
elevadas. Quando as bolsas de vapor atingem esta região, ocorrem violentas implosões, dando
origem aos chamados choques de condensação que provocam ruídos desagradáveis
(martelamento) e vibrações incômodas. Além disto, verifica-se ainda acentuada queda do
rendimento da bomba. O fenômeno descrito acima recebe o nome de cavitação.

Assim, para que dada máquina trabalhe sem cavitar é necessário que, em todos os pontos
do percurso do fluído, a pressão seja sempre superior à pressão de vapor, na temperatura em que
funciona a instalação.

A queda de pressão desde a entrada do tubo de sucção até a entrada da bomba depende da
altura estática de sucção, do comprimento da tubulação de sucção, da rugosidade das paredes dos
tubos e das perdas de carga acidentais devidas as peças intercaladas nesta parte da instalação.

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Para evitar que o líquido, ao entrar na bomba, não provoque o aparecimento do fenômeno
da cavitação, será necessário certificar-se de que a pressão do líquido na sucção seja superior à sua
pressão de vapor.

Deve haver, pois uma diferença entre a energia na entrada da bomba e a pressão de vapor.
Tal diferença representa a máxima queda de pressão admissível para o líquido, desde o final da
tubulação de sucção até o corpo da bomba, sem que haja formação de vapor.

Essa diferença é uma grandeza de primordial importância nas bombas centrífugas e recebe
a designação de NPSH (Net Positive Suction Head), que significa altura livre positiva de sucção.

Consideremos a situação esquemática a seguir:

Tainah França Dias


tainah.dias95@gmail.com

Onde:

Pv/ϒ – pressão de vapor do líquido à temperatura considerada

hs - altura geométrica de sucção

hp - soma das perdas de carga na tubulação de sucção

O NPSH disponível depende apenas da pressão atuante, das características físicas do líquido
(ϒ, Pv) e do tipo adotado na tubulação de sucção (hs, hps). Trata-se, portanto, da energia disponível
na sucção.

NPSHd = (Po/ϒ) – (Pv/ϒ) - hs - hp

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O NPSH requerido significa a altura livre positiva requerida pela bomba. Ensaiando a bomba
em um banco de testes, no instante em que se inicia o fenômeno da cavitação, o fabricante obtém
os diversos valores do NPSHr, o que permite traçar a curva do NPSHr em função da vazão.

A bomba funcionará satisfatoriamente quando NPSHd > NPSHr.

O NPSHr máximo para evitar a cavitação deverá ser menor que o NPSHd:

NPSHd = (Po/ϒ) – (Pv/ϒ) - hs - hp

NPSHd = 8,2 – 0,43 – (6,5 – 4) – 0,7

NPSHd = 4,57 m

Considerando que o NPSHr deve ser menor que o NPSHd, dentre as opções, o NPSHr máximo
deve ser de 4 m.

Gabarito: D

40. (77 – DPE-RJ/2014 – FGV)


Tainah França Dias
Considere a alimentação de águatainah.dias95@gmail.com
fria do reservatório o ponto de utilização mostrado na
figura. A seta contínua mostra o sentido de escoamento e o ponto de utilização é um registro.
Existem outros consumos abastecidos pelo reservatório.

Sabendo que a perda de carga unitária do reservatório até o ponto de utilização, incluindo
perdas localizadas e distribuídas, é de 0,1 m/m, o valor da pressão estática máxima, no ponto
de utilização, é
(A) 20,4 m
(B) 18,0 m

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(C) 16,5 m
(D) 14,1 m
(E) 12,6 m

Comentários:

Esta questão é tipo pegadinha, pois ao solicitar a pressão estática, significa que o ponto de
utilização está fechado e a água está parada. Com isso, não há perda de carga, pois esta somente
ocorre quando a água está em movimento. Portanto:

Pressão estática máxima = (19 – 1) = 18 m

Gabarito: B

Tainah França Dias


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7 – QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA


1. (25 – Pref. Lagoa da Prata/2019 – Fadecit)
A flexibilidade do PEX diminui a quantidade de conexões necessárias, mas isso pode provocar
problemas se as curvaturas forem acentuadas. Tubos dobrados em ângulo muito fechado
ficam sujeitos a tensões internas que acarretam instabilidade do sistema. O projetista deve
prever inflexões sempre acima de 90°, pois ângulos agudos podem restringir o fluxo de água e
diminuir a pressão no ponto de utilização.
(Revista Techne, nº 105 – dezembro de 2005)
A esse respeito, avalie as afirmativas a seguir.
I. A instalação do quadro distribuidor de uma rede de instalações hidráulicas em PEX com
manifold deve prever circuitos hidráulicos equidistantes.

PORQUE
II. Assim, evitam-se perdas de carga divergentes entre os diversos pontos de
utilização de água.
Sobre essas assertivas, é correto afirmar que
a) A primeira é uma afirmativa falsa; eTainah
a segunda, verdadeira.
França Dias
tainah.dias95@gmail.com
b) A primeira é uma afirmativa verdadeira; e a segunda, falsa.
c) As duas são verdadeiras, e não estabelecem relação entre si.
d) As duas são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa direta da primeira.

2. (52 – Sabesp Geotecnia/2012 – FCC)


No projeto de instalação predial de água fria, o sistema de abastecimento de água em que a
rede de distribuição é alimentada pelo abastecimento público que assegure a continuidade
no fornecimento da água é:
(A) direto.
(B) indireto.
(C) misto.
(D) hidropneumático.
(E) pneumático.
3. (56 – TRF2/2012 – FCC)
Tendo em vista a função a que se destina, a tubulação de uma instalação predial de
abastecimento de água fria recebe nomes distintos ao longo do trajeto da água: subramais,
ramais, barriletes e colunas de distribuição.Barrilete é
(A) a ligação entre a coluna de distribuição e os ramais.

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(B) a ligação final com a peça de utilização.


(C) o distribuidor para os ramais.
(D) a tubulação que se origina nos reservatórios.
(E) o coletor final do sistema.
4. (57 – Defensoria-SP/2013 - FCC)
O dimensionamento das tubulações de água fria deve garantir que a vazão de projeto
estabelecida esteja disponível nos pontos de utilização. A NBR 5626 estabelece, para o
dimensionamento, que a velocidade da água, em m/s, em qualquer trecho da tubulação de
água fria NÃO atinja valores superiores a
(A) 1,5.
(B) 2.
(C) 1.
(D) 3.
(E) 5.
5. (36 – SEGAS/2013 – FCC)
Uma rede predial de distribuição de água fria deve ser dimensionada de tal forma que, no uso
simultâneo de dois ou mais pontos de utilização,
Tainah FrançaaDias
vazão de projeto plenamente disponível
tainah.dias95@gmail.com
para bacia sanitária com válvula de descarga seja, em L/s, igual a
(A) 0,50.
(B) 1,70.
(C) 1,50.
(D) 0,90.
(E) 0,25.
6. (50 – Analista Legislativo SP/2010 – FCC)
Um edifício cujo sistema de recalque envia água para a caixa d’água superior possui uma
bomba com 8 CV de potência e rendimento de 80%. Se a altura manométrica é 40 m, a vazão
de água, em litros por segundos, é
(A) 8
(B) 10
(C) 12
(D) 16
(E) 24
7. (85 – TCE-AM/2012 – FCC)

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O sistema elevatório de água de um edifício é composto por duas bombas centrífugas iguais,
ligadas em paralelo, com capacidade de 10 litros por segundo e 35 metros de altura
manométrica. A vazão, em litros por segundo, e a altura manométrica, em metros, das duas
bombas funcionamento em conjunto são, respectivamente,
(A) 10 e 35
(B) 10 e 70
(C) 20 e 35
(D) 20 e 70
(E) 40 e 70
8. (79- TCE-SE/2011 – FCC)
Para instalação do sistema de recalque de água de um edifício foram adquiridas duas bombas
centrífugas iguais, com capacidade de 60 litros por segundo e 50 m de altura manométrica.
Se as duas bombas forem instaladas em série, a vazão de água a ser recalcada, em litros por
segundo, e a altura manométrica, em metros, serão, respectivamente,
(A) 120 e 100.
(B) 120 e 50.
(C) 60 e 100.
Tainah França Dias
(D) 60 e 50. tainah.dias95@gmail.com
(E) 30 e 25.
9. (66 - TCE-SE/2011 – FCC)
O sistema de recalque de água de um edifício é composto por dois reservatórios, bomba
hidráulica e tubulações, como representado na figura abaixo.

Sabendo-se que as distâncias L1 e L2 são, respectivamente, 5 m e 80 m e a perda de carga


entre os pontos (A) e (C) é 3 m e entre os pontos (C) e (H) é 7 m, a altura manométrica, em
metros, a ser considerada no projeto de dimensionamento da potência da bomba é
(A) 65

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(B) 75
(C) 85
(D) 95
(E) 105
10. (57 – Sabesp Geotecnia/2012 – FCC)
Um estudo prevê que um edifício com 64 apartamentos será habitado por 320 pessoas. A
água de abastecimento será recalcada do reservatório inferior para o superior por meio de
conjuntos elevatórios. Sabendo que o consumo diário estimado é igual a 200 L/ hab e que as
bombas terão a capacidade para recalcar o volume total diário a ser consumido em apenas 8
horas de funcionamento, a vazão mínima das bombas é igual a
(A) 2,22 L/s
(B) 0,74 L/s
(C) 0,67 L/s
(D) 0,42 L/s
(E) 0,45 L/s
11. (81 – TCE-AM/2012 – FCC)
Uma caixa d’água com capacidade deTainah
armazenamento
França Diasde 12600 litros é alimentada por um
tainah.dias95@gmail.com
tubo de PVC com área interna da seção transversal de 7 cm2. Considerando que a velocidade
máxima da água na tubulação seja de 3 m/s, o tempo mínimo para atingir a capacidade total
de armazenamento da caixa d’água é
(A) 90 minutos.
(B) 100 minutos.
(C) 2100 minutos.
(D) 12 horas.
(E) 21 horas.
12. (55 – Analista Legislativo SP/2010 – FCC)
Considerando-se as condições de pressão máxima e mínima previstas na norma NBR
5626/1992, é correto o que consta em:
(A) Em condições estáticas (sem escoamento), a pressão da água em qualquer ponto de
utilização da rede predial de distribuição não deve ser superior a 200 kPa.
(B) Em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão da água em condições
dinâmicas (com escoamento) deve estar entre 3 e 5 kPa.
(C) Em condições dinâmicas (com escoamento), a pressão da água nos pontos de utilização
deve garantir a vazão de projeto e o bom funcionamento das instalações sanitárias, onde a

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pressão mínima deve ser de 10 kPa. No ponto da caixa de descarga e no ponto da válvula de
descarga para bacia sanitária admite-se, respectivamente, pressão mínima 5 e 15 kPa.
(D) A ocorrência de sobrepressões devidas a transientes hidráulicos deve ser considerada no
dimensionamento das tubulações. Tais sobrepressões são admitidas, desde que não superem
o valor de 300 kPa.
(E) Recomenda-se que as tubulações horizontais sejam instaladas em nível, tendo em vista
reduzir o risco de formação de bolhas de ar no seu interior e a garantir o alinhamento da
rede, fator assegurado pela colocação de calços e guias.
13. (34 – Metrô-SP/2010 – FCC)
Em instalações hidráulicas de água fria observa-se a ocorrência de “ronco” durante a
operação de fechamento de torneiras de boia em reservatórios de água. Tal fenômeno deve-
se
(A) ao escoamento em velocidades muito abaixo das velocidades de projeto.
(B) ao escoamento de água continuado a partir de tubulação de extravasão de reservatório
superior, desaguando sobre o sistema de coleta de águas pluviais.
(C) à manifestação na forma de uso deficiente de aparelhos sanitários por insuficiência de
pressões e vazões.
(D) a incompatibilidades entre os Tainahmateriais das tubulações hidráulicas e componentes
França Dias
hidráulicos utilizados, por conta detainah.dias95@gmail.com
erros de execução.
(E) à ressonância, pela formação de ondulações na superfície líquida. Certa, a causa desse
barulho quem explicou foi um especialista em projetos de instalações hidráulicas.
14. (35 – Metrô-SP/2010 – FCC)
As patologias em sistemas hidráulicos podem ter suas causas decorrentes do armazenamento
dos materiais. São cuidados a serem observados no armazenamento de tubos de plásticos
rígidos:
(A) não devem ter contato com o solo; devem ser segregados por tipo de linha de instalação;
devem ser armazenados em áreas de manobras e circulação de veículos.
(B) obedecer a uma inclinação de aproximadamente 5%; quando possível apoiados sobre
estrado metálico, na posição vertical; diretamente no solo, se este estiver sido aplainado.
(C) posição horizontal sobre bancada de madeira; a altura das pilhas não devem ultrapassar
1,80 m; colocar os tubos com as bolsas alternadamente de cada lado.
(D) em locais abertos, as pilhas devem ficar soltas e desimpedidas para facilitar a utilização;
os tubos das diferentes camadas devem ficar em contato direto, diminuindo assim a altura da
pilha.
(E) devem ser armazenados cruzados e alinhando ponta e luva distintamente; na falta de
espaço admite-se pilhas com altura máxima de 2,50 m; o local destinado ao armazenamento
deve ser coberto, mesmo que apresente ondulações e desnivelamento.

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15. (48 – Metrô-SP/2012 – FCC)


Na fase de projeto dos sistemas prediais, os vícios podem ocorrer por falhas de concepção
sistêmica, erros de dimensionamento, ausência ou incorreções de especificações de materiais
e de serviços, insuficiência ou inexistência de detalhes construtivos, dentre outros. É
característica própria dos sistemas hidráulicos prediais a sua complexidade funcional e a
inter-relação dinâmica entre os seus diversos subsistemas, além da enorme variedade de
materiais, componentes e equipamentos constituintes. Tampas de acesso às câmaras do
reservatório elevado executadas e instaladas de modo incorreto, com possibilidade de
admissão de água contaminada em seu interior, é a causa de falha frequente em sistemas de
(A) água fria.
(B) água quente.
(C) esgoto sanitário.
(D) combate a incêndio.
(E) águas pluviais.
16. (82 – TCE-AM/2012 – FCC)
No projeto e execução de instalações prediais de água quente, o dispositivo antirretorno
(A) destina-se a impedir o retorno de fluidos para a rede de distribuição.
Tainah França Dias
(B) é geralmente do tipo gaveta e deve ser instalado em uma tubulação para interromper a
tainah.dias95@gmail.com
passagem da água.
(C) destina-se a permitir a saída de ar e/ou vapor de uma instalação predial de água quente.
(D) permite o escoamento da água em um único sentido.
(E) destina-se a evitar que a pressão ultrapasse determinado valor.
17. (49 – Sabesp Geotecnia/2012 – FCC)
Segundo a NBR 8160, a instalação predial de esgotos sanitários deve ser projetada e
construída de modo a
I. permitir rápido escoamento da água utilizada e dos despejos.
II. não permitir a contaminação da água de consumo.
III. facilitar a liberação dos gases produzidos no sistema na tubulação sifonada.
IV. facilitar a inspeção dos componentes do sistema.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I e II.
(B) II e III.
(C) I, II e IV.
(D) I e IV.

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(E) II, III e IV.


18. (83 – TCE-AM/2012 – FCC)
No projeto das instalações prediais de esgoto sanitário, todos os trechos horizontais das
tubulações devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para isso,
apresentar uma declividade constante. Além disso, a profundidade máxima, das caixas de
inspeção e a distância máxima, entre dois dispositivos de inspeção, são, em metros,
respectivamente,
(A) 1,5 e 35
(B) 1,8 e 40
(C) 1,0 e 25
(D) 1,2 e 28
(E) 1,6 e 30
19. (34 – MPE-AM/2013 – FCC)
Nos projetos de instalações prediais de esgoto, a extremidade aberta de um tubo ventilador
primário ou coluna de ventilação deve situar-se a uma altura mínima acima de uma laje
utilizada para outros fins além de cobertura, em cm, de
(A) 500. (B) 300. (C) 200. (D) 100. (E) 30.
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20. (46 – TRT-15/2013 – FCC) tainah.dias95@gmail.com
Em instalações prediais de esgoto sanitário, os desconectores devem apresentar orifício de
saída com diâmetro igual ou superior ao do ramal de descarga a ele conectado, e ter fecho
hídrico com altura mínima, em mm, de
(A) 20. (B) 50. (C) 30. (D) 10. (E) 40.
21. (35 – SEGAS/2013 – FCC)
O sistema de coleta e transporte de esgoto sanitário deve possibilitar o escoamento dos
efluentes por gravidade. Para tubulações de trechos horizontais com diâmetro nominal igual
ou superior a 100 mm, é recomendável uma declividade mínima, em %, igual a
(A) 1,5. (B) 2,0. (C) 3,0. (D) 0,5. (E) 1,0.
22. (58 – Defensoria-SP/2013 – FCC)
Segundo a NBR 8160, as caixas sifonadas podem ser utilizadas para a coleta de despejos de
aparelhos sanitários. A simbologia utilizada para a representação gráfica de uma caixa
sifonada corresponde a

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23. (84 – TCE-AM/2012 – FCC)


Para as instalações prediais de águas pluviais, a inclinação das calhas de beiral e platibanda
deve ser uniforme e o diâmetro interno mínimo, em mm, dos condutores verticais de seção
circular é
(A) 25 (B) 40 (C) 50 (D) 70 (E) 100
24. (32 – TCE-RN/2000 – ESAF)
Segundo a ABNT - NBR 13714/1996 - a reserva de incêndio nas edificações deve ser prevista
para permitir: Tainah França Dias
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a) o combate, durante todo o tempo de duração do incêndio;
b) o combate, através de 5 hidrantes, durante todo o tempo de duração do incêndio;
c) o combate, através de 3 hidrantes, durante todo o tempo de duração do incêndio;
d) o combate e ainda o reabastecimento dos caminhões-tanque do Corpo de Bombeiros,
durante todo o tempo de duração do incêndio;
e) o primeiro combate, durante determinado tempo.

25. (86 – TCE-AM/2012 – FCC)


No projeto das saídas de emergências em edifícios, as antecâmaras para ingressos nas
escadas enclausuradas devem ser dotadas de porta corta-fogo na entrada e de porta
estanque à fumaça na comunicação com a caixa da escada, bem como ter comprimento e pé-
direito mínimos, em metros, respectivamente, de
(A) 2,20 e 3,10
(B) 2,00 e 2,80
(C) 1,90 e 2,60
(D) 1,80 e 2,50

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(E) 1,60 e 2,20


26. (75- TCE-SE/2011 – FCC)
Em um sistema de iluminação de emergência a ser instalado em edificações para prevenção a
incêndio,
(A) os pontos de iluminação de sinalização devem ser dispostos de forma que, na direção de
saída de cada ponto, seja possível visualizar o ponto seguinte, a uma distância máxima de 25
m.
(B) cada circuito de iluminação de emergência não poderá alimentar mais de 15 luminárias.
(C) a proteção dos cabos ramais dos circuitos de iluminação de emergência, além de proteção
contra curtocircuito, deve resistir 15 minutos em caso de incêndio.
(D) o sistema de iluminação de emergência não poderá ter uma autonomia menor que 30
minutos de funcionamento, com uma perda maior que 10% de sua luminosidade inicial.
(E) a corrente por circuito de iluminação de emergência não poderá ser maior que 12 A por
fiação.
27. (14 – DEMAE/2017 – UFG)
Um chuveiro, em uma instalação predial de água fria, deve ter uma carga mínima em metros
de coluna d'água para seu funcionamento. Se a distância vertical entre o chuveiro e o nível
d'água no reservatório for 2 m, a perda
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França unitária for de 0,03 e o comprimento
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equivalente do reservatório até o chuveiro for de 15 m, a carga mínima no chuveiro será de:
(A) 0,45 m (B) 1,55 m (C) 2,0 m (D) 15 m
28. (51 – CELG-G&T/2014 – UFG)
Em uma tubulação, garante-se que o fenômeno denominado golpe de aríete pode ser
atenuado,
(A) projetando-se tubulações com trechos mais longos.
(B) evitando-se o fechamento brusco de válvulas.
(C) regulando-se as válvulas de descarga de modo a se ter um menor tempo de fechamento.
(D) aumentando-se a velocidade da água.
(E) utilizando-se torneiras de fechamento automático.
29. (57 – IF-GO/2013 – UFG)
Em uma instalação hidrossanitária, o refluxo de águas servidas, poluídas ou contaminadas,
para o sistema de consumo, em decorrência de pressões negativas, é denominado de
(A) extravasor.
(B) interconexão.
(C) subpressão.
(D) retrossifonagem.

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30. (59 – IF-GO/2013 – UFG)


Segundo a norma ABNT-NBR-5626, a pressão estática máxima e a pressão dinâmica mínima
em um chuveiro, em metros de coluna de água, são, respectivamente, iguais a
(A) 20,0 e 0,5.
(B) 40,0 e 1,0.
(C) 60,0 e 1,5.
(D) 80,0 e 2,0.
31. (50 – CELG-G&T/2014 – UFG)
Uma família comprou uma residência na qual o ramal da área de serviços possui diâmetro de
20 mm e estão instaladas as seguintes peças: uma lavadora de roupas, dois tanques, uma
bacia sanitária com caixa de descarga e um lavatório. Esta família deseja instalar, neste ramal,
algumas torneiras para lavagens em geral, cujo dimensionamento será feito utilizando o
método dos pesos relativos, a tabela 3 e a figura 5 a seguir.
Tabela 3 – Pesos relativos nos pontos de utilização identificados em função do aparelho
sanitário e da peça de utilização

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Diante das informações oferecidas, quantas torneiras poderão ser instaladas?


(A) 1 (B) 2 (C) 3 (D) 4 (E) 5
32. (58 – IF-GO/2013 – UFG)
Analise a figura a seguir.

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Figura 14 – Nomograma para cálculo de perda de carga em tubulações de plástico. In:


CREDER, H. Instalações hidráulicas e sanitárias. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. p. 293.
De acordo com a Figura 14, o diâmetro necessário para uma tubulação de PVC se nela escoar
um líquido com velocidade média (V) de 0,6 m/s, com uma perda de carga (J) de 1/100 m/m,
a uma vazão (Q) de 1,2 L/s, é o seguinte:
(A) 50 mm. (B) 60 mm. (C) 70 mm. (D) 80 mm.

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33. (60 – IF-GO/2013 – UFG)


Analise a figura e a tabela apresentadas a seguir.

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Pesos relativos nos pontos de utilização segundo a norma ABNT-NBR-5626.

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Qual é o diâmetro da tubulação de um ramal de água fria que alimenta um banheiro e uma
área de serviço com duas bacias sanitárias, um chuveiro elétrico, dois lavatórios, dois
mictórios, um tanque e quatro torneiras de jardim?
(A) 20 mm.
(B) 25 mm.
(C) 32 mm.
(D) 40 mm.
34. (67 – MPU/2004 – ESAF)
O conhecimento dos elementos e procedimentos básicos para a execução de instalações é
necessário a todo engenheiro civil. Com relação aos materiais e procedimentos para
instalações de água fria, assinalar a opção incorreta.
a) Os tubos de PVC para instalações de água fria são, de acordo com o tipo de junta,
classificados como soldáveis e roscáveis.
b) O sistema de junta roscável permite a montagem e a desmontagem das ligações, sendo
que neste caso haverá um reaproveitamento do material.
c) Nípel é a conexão que permite a união de dois tubos ou peças de mesmo diâmetro com
rosca interna.
d) As conexões têm a finalidade deTainah França Dias
possibilitar a união de tubos de diâmetros iguais ou
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diferentes, sendo as mais utilizadas: adaptador, redução, cap, cruzeta, curva, joelho, junção,
luva, nípel, plugue e tê.
e) O sistema de junta soldável tem como vantagem a maior rapidez na instalação,
necessitando apenas da morsa para a sua execução.
35. (27 – TCE-RN/2000 – ESAF)
A ABNT - NBR 5626/1998 e 7198/93 – prescreve o(s) seguinte(s) valor(es) máximo(s) da
velocidade da água para projeto e execução de instalações prediais de água fria e água
quente:
a) 3,0 m/s para água fria e água quente
b) 2,5 m/s para água fria e água quente
c) 3,0 m/s para água fria e 2,5 m/s para água quente
d) 2,5 m/s para água fria e 3,0 m/s para água quente
e) 1,0 m/s para água fria e água quente
36. (29 – MPOG/2006 – ESAF)
Os serviços referentes às instalações hidrossanitárias devem ser executados por profissionais
habilitados e as ferramentas utilizadas devem ser apropriadas aos serviços, sendo incorreto
afirmar que:

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a) as tubulações devem ser montadas dentro dos rasgos ou cavidades das alvenarias, de
forma que o eixo dos registros fique com comprimento adequado à colocação da canopla e
do volante.
b) as tubulações deverão ter suas extremidades vedadas com bujões, a serem removidos na
ligação final dos aparelhos sanitários.
c) as buchas, bainhas e caixas necessárias à passagem da tubulação através de elementos
estruturais deverão ser executadas e colocadas antes da concretagem, desde que permitido
expressamente no projeto estrutural.
d) as tubulações devem guardar certa distância das fundações, a fim de prevenir a ação de
eventuais recalques.
e) para constituição de ventilador primário, os tubos de queda devem ser prolongados
verticalmente até o nível da cobertura.
37. (30 – MPOG/2006 – ESAF)
De acordo com a figura abaixo os diâmetros mínimos dos sub-ramais 1 e 2 são,
respectivamente,

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a) 32 mm e 20 mm.
b) 15 mm e 20 mm.
c) 20 mm e 32 mm.
d) 15 mm e 32 mm.
e) 25 mm e 32 mm.
38. (26 – TCE-RN/2000 – ESAF)
Indique a opção correta quanto à definição de tubulação primária de esgotos sanitários.
a) Tubulação protegida por um desconector contra o acesso de gases do coletor público ou
dos dispositivos de tratamento.
b) Tubulação protegida por um desconector e que recebe diretamente efluentes dos
aparelhos sanitários.

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c) Tubulação à qual têm acesso gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de
tratamento.
d) Tubulação protegida por um desconector e que recebe diretamente efluentes de pias de
cozinha escoando-os numa caixa de gordura para tratamento primário.
e) Tubulação protegida por um desconector primário contra o refluxo de espuma dos
efluentes de máquinas de lavar roupa.
39. (73 – DPE-RJ/2014 – FGV)
O sistema de bombeamento da figura abaixo foi instalado para recalcar água a 30˚ C em uma
cidade a 1800 m de altitude. As cotas da figura são relativas a um nível de referência local.

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Sabendo que as perdas de carga na sucção e no recalque são respectivamente de 0,7 m e 2,1
m, o NPSHR (requerido) máximo para evitar a ocorrência de cavitação deve ser de

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(A) 7 m
(B) 6 m
(C) 5 m
(D) 4 m
(E) 3 m
40. (77 – DPE-RJ/2014 – FGV)
Considere a alimentação de água fria do reservatório o ponto de utilização mostrado na
figura. A seta contínua mostra o sentido de escoamento e o ponto de utilização é um registro.
Existem outros consumos abastecidos pelo reservatório.

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Sabendo que a perda de carga unitária do reservatório até o ponto de utilização, incluindo
perdas localizadas e distribuídas, é de 0,1 m/m, o valor da pressão estática máxima, no ponto
de utilização, é
(A) 20,4 m
(B) 18,0 m
(C) 16,5 m
(D) 14,1 m
(E) 12,6 m

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8 – GABARITO

1) D 12) B 23) A 34) D

2) A 13) Anulação* 24) D 35) E

3) A 14) E 25) E 36) Anulação*

4) D 15) C 26) D 37) E

5) Anulação* 16) A 27) E 38) Anulação*

6) Anulação* 17) A 28) B 39) C

7) C 18) C 29) B 40) D

8) C 19) C 30) D 41) B

9) C 20) C 31) B

10) C 21) B 32) A


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11) A 22) E tainah.dias95@gmail.com
33) A

* Gabarito atualizado de acordo com a nova versão da NBR 5626, de 2020

9 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Creder, Hélio. Instalações Hidráulicas e Sanitárias. Editora LTC. Rio de Janeiro: 1999.
- Macintyre, Archibald Joseph. Manual de Instalações Hidráulicas e Sanitárias. Editora LTC. Rio de
Janeiro: 1996.

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