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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

JOÃO ISBERT
MATHEUS WILLIAM
ROBERTA MARINOSKI PINHEIRO

MEMORIAL DESCRITIVO – PHS (PARTE 02)

CURITIBA, 2023
JOÃO ISBERT
MATHEUS WILLIAM
ROBERTA MARINOSKI PINHEIRO

MEMORIAL DESCRITIVO – PHS (PARTE 02)

Trabalho apresentada a disciplina de Projetos de


Sistemas Prediais Hidráulicos e Sanitários, Setor
de Tecnologia, Universidade Federal do Paraná.

CURITIBA
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 4

2 ESGOTO SANITÁRIO ............................................................................... 5

2.1 DIMENSIONAMENTO ......................................................................... 5

2.2 Dimensionamento Ramais de Descarga ............................................. 5

2.3 DIÂMETRO RAMAIS DE ESGOTO ..................................................... 7

2.4 DIMENSIONAMENTO RAMAIS DE VENTILAÇÃO ............................. 7

2.5 Dimensionamento Tratamento esgoto ................................................. 9

2.5.1 DIMENSIONAMENTO FOSSA SÉPTICA ...................................... 9

2.5.2 DIMENSIONAMENTO FILTRO ANAERÓBIO ............................. 12

3 ÁGUA PLUVIAL ....................................................................................... 13

3.1 DIMENSIONAMENTO ....................................................................... 14

3.2 Sistema de aproveitamento água pluvial ........................................... 18

3.2.1 Método Azevedo Neto ................................................................. 18

3.2.2 Método prático alemão ................................................................ 18

3.2.3 Método prático Inglês .................................................................. 18

4 CONCLUSÃO .......................................................................................... 19

5 REFERÊNCIAS ....................................................................................... 20
4

1 INTRODUÇÃO
O dimensionamento adequado da tubulação de esgoto e água pluvial em uma
residência é fundamental para garantir o bom funcionamento do sistema de coleta e
escoamento dos resíduos líquidos e pluviais. O projeto de dimensionamento dessas
tubulações busca determinar os diâmetros adequados, as inclinações corretas e
outros parâmetros necessários para assegurar a eficiência, a segurança e a
sustentabilidade do sistema.
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2 ESGOTO SANITÁRIO
Um sistema de esgoto é uma infraestrutura projetada para coletar, transportar
e tratar os resíduos líquidos e sólidos produzidos em áreas urbanas e industriais.
Nesse trabalho dimensionaremos o sistema de esgoto sanitário de uma residência de
dois pavimentos localizado em área urbana.

2.1 DIMENSIONAMENTO
As instalações de esgoto da residência em estudo serão ligadas a rede pública
coletora de esgotos.

Todo dimensionamento apresentado a seguir, estes baseados na NBR 8160


que estabelece condições técnicas para projeto e execução das instalações prediais
de esgoto sanitário.

A determinação dos diâmetros das tubulações de esgoto será feita pelo Método
Unidades de Hunter de Contribuição (UHC).

Figura 01: Conversão de UHC em Litros/segundos

Fonte: Azevedo Netto, 1998

2.2 DIMENSIONAMENTO RAMAIS DE DESCARGA


A unidade Hunter é um fator probabilístico numérico que representa a
frequência de utilização dos aparelhos sanitários. Cada aparelho sanitário apresenta
segundo a norma uma quantidade de UHC associada ao seu uso conforme tabela a
seguir:
6

Figura 02: UHC relacionadas aos pontos de utilização

Fonte: NBR 8160/1999

Cada tubo tem uma capacidade de UHC associada ao seu diâmetro


nominal, conforme tabela a seguir:

Figura 03: UHC relacionadas aos Diâmetros Nominais

Fonte: NBR 8160/1999

A primeira etapa do dimensionamento consiste na listagem dos pontos


de utilização e associá-las as UHC e diâmetros nominais correspondentes,
conforme tabela a seguir:

Figura 03: UHC e DN relacionados aos Pontos de utilização

Fonte: NBR 8160/1999


7

2.3 DIÂMETRO RAMAIS DE ESGOTO


A segunda etapa foi a determinação dos diâmetros da tubulação de
esgoto:

2.4 DIMENSIONAMENTO RAMAIS DE VENTILAÇÃO


O diâmetro do tubo de ventilação foi definido seguindo os seguintes critérios da
norma:

Figura 05: Dimensionamento de ramais de ventilação

Fonte: NBR 8160/1999


8

Figura 06: Dimensionamento de ramais de ventilação

Fonte: NBR 8160/1999

Adotamos dois ramais de ventilação com DN de 50mm e um terceiro ramal para


75 mm segundo as UHC e o CV de DN 50mm.

Verificamos também os comprimentos máximos para os tubos de ventilação:

Figura 07: Comprimentos

Fonte: NBR 8160/1999

Por fim, verificamos as inclinações mínimas para todas as tubulações, segundo


a norma:

Figura 08: Inclinações


9

Fonte: NBR 8160/1999

Figura 04: DN por trechos

Fonte: Autor

2.5 DIMENSIONAMENTO TRATAMENTO ESGOTO


A fim de efetuar o dimensionamento do sistema de tratamento de esgoto,
empregamos dois métodos distintos: a fossa séptica como tratamento primário,
seguida pelo filtro anaeróbio como medida complementar.

2.5.1 DIMENSIONAMENTO FOSSA SÉPTICA


Uma fossa séptica é um sistema subterrâneo de tratamento de esgoto
doméstico. Consiste em um tanque projetado para reter e tratar resíduos sólidos e
líquidos provenientes do esgoto. Dentro da fossa séptica, ocorre a separação e
decomposição parcial dos resíduos, sendo as camadas mais leves direcionadas para
cima como efluente líquido, enquanto os sólidos mais densos permanecem no fundo.
Este processo inicial de tratamento visa reduzir a carga poluente antes que o efluente
seja encaminhado para tratamentos adicionais ou seja absorvido pelo solo.

Para realizar o dimensionamento da fossa séptica utilizamos a seguinte


equação:

Equação 1 - Volume Fossa Séptica


Onde:
• N = Número de pessoas por residência;
• C = Contribuição de esgoto;
• Td = Tempo de detenção;
10

• Lf = Contribuição de lodo fresco;


• K = Tempo de acumulação esgoto

Tabela 1 - Contribuição de esgoto e lodo fresco

• Para o dimensionamento da nossa fossa séptica utilizamos o tipo de ocupação


permanente residência padrão médio = 130 L / pessoa * dia;

Tabela 2 - Período de detenção dos despejos por faixa de contribuição diária

• Para estimarmos o período de detenção consideramos 6 pessoas morando na


residência, pois nossa residência possui 3 quartos e segundo a norma
devemos considerar 2 pessoas por quarto;
• A contribuição diária foi calculada multiplicando o número de pessoas que
moram na residência e a contribuição de esgoto;
11

Obs: Nossa contribuição diária deu < 1500, portanto adotamos um tempo de
detenção = 1,0 dia.

Tabela 3 - Valores de taxa de acumulação de lodo digerido

• Consideramos a cada 1 ano a limpeza da fossa séptica para não termos


uma fossa com grandes dimensões;
• Consideramos uma acumulação de lodo digerido de 65, pois como
nossa residência está localizado em uma região de clima tropical a
temperatura mínima no ano mais frio varia de 10 a 20 por isso adotado
essa faixa.
𝑉 = 1000 + 6 ∗ (130 + 1 + 65 ∗ 1)
2176,0 𝐿

Tabela 4 - Profundidade útil em função do volume útil

• Como o volume da fossa séptica é inferior a 6,0 m3 a profundidade da fossa


deve variar entre 1,20 e 2,20 m. Sendo assim acabamos adotando uma
profundidade de 1,50 m.
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Equação 2 - Área da Fossa Séptica

Substituindo nessa equação obtemos um valor de aproximadamente 1,45 m2.


Por fim para determinar o comprimento e a largura da fossa utilizamos a relação L =
B.

Equação 3 - Comprimento e largura fossa Séptica

• L = 1,21 m
2.5.2 DIMENSIONAMENTO FILTRO ANAERÓBIO
Um filtro anaeróbio é um componente de sistemas de tratamento de esgoto que opera
sem oxigênio significativo. Geralmente, consiste em leitos ou tanques com material
filtrante onde microrganismos anaeróbios decompõem resíduos orgânicos,
melhorando a qualidade do efluente antes de sua liberação ou direcionamento para
outras etapas de tratamento. Essa abordagem reduz a carga poluente e protege os
recursos hídricos.

Equação 4 - Volume filtro anaeróbio

Para determinarmos o volume do filtro anaeróbio consideramos os mesmos


parâmetros para o dimensionamento da fossa séptica e obtivemos um volume 1248 L
acabamos arredondado para 1300 L;

Figura 1 - Parâmetros Filtro Anaeróbio


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Figura 2 - Dimensionamento Filtro anaeróbio

Para estimarmos a área do filtro utilizamos a equação 2:


• h = 1,8 m;
• V = 1,3 m3;

Equação 5 - Diâmetro filtro anaeróbio

• Encontramos um D = 0,9 segundo recomendações de dimensionamento deve


ser adotado um d pelo menos 0,95, adotamos 1,0 m;
• Por fim para estimarmos o Vútil utilizamos a seguinte equação:

• Obtendo um Vútil = 1,4 m3 .

3 ÁGUA PLUVIAL
Um sistema de águas pluviais, também conhecido como sistema de drenagem
pluvial ou sistema de escoamento de águas pluviais, é um conjunto de estruturas e
canais projetados para coletar, transportar e dispor adequadamente das águas da
chuva que caem em uma determinada área.
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3.1 DIMENSIONAMENTO
Para o dimensionamento das instalações de drenagem de água pluviais
seguimos orientações da NBR 10844. Com o intuito de recolher e conduzir a vazão
de projeto até os locais permitidos, garantindo estanqueidade e permitindo a limpeza
e desobstrução dos pontos no interior das instalações.
Para isso, foi feito a análise inicial da composição arquitetônica dos telhadas
da nossa edificação.
A partir dessas identificações, foi calculado a área de contribuição
considerando as inclinações da cobertura identificadas pela arquitetura. Esse cálculo
seguiu a seguinte formulação:

Equação 6 - Fórmula da área inclinada

Fonte: Material de aula – Marcos Palu

Com isso, os dados necessários foram retirados do projeto arquitetônico em


DWG e adicionados a uma planilha Tabela 01, na qual obtivemos as áreas de cada
um dos telhados.

Tabela 01
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Tabela 5 - Área de projeção

Fonte: Autor

A partir desse valor de área, é possível realizar o dimensionamento da vazão


de projeto. Considerando o cálculo do Prof. Roberto Fendrich (2000) Estação PUC -
Prado Velho, a intensidade de chuva adotada para tal localidade e tendo o período de
tempo de retorno de 5 anos, devido orientação da norma NBR 10844, a qual afirma
ser a designação para coberturas e terraços.
Sabendo disso, a intensidade em questão para um período de retorno de cinco
anos, é de 137,44 mm/h.
Com esse valor a disposição, e com os valores das áreas de contribuição,
encontramos os valores de vazão de cada talhado, em L/min, multiplicando a
intensidade de chuva pela área e dividindo por sessenta, como na figura x. A Tabela
X mostra os resultados encontrados.

Fonte: Material de aula – Marcos Palu

Equação 7 - Fórmula da vazão de projeto


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Tabela 6 - Cálculo do DN adotado

Fonte: Autor

Com a vazão de projeto calculada, conseguimos seguir com o


dimensionamento das calhas. Em tomada de decisão em conjunto, e consideramos
no projeto calhas de geometria semicircular em PVC, com declividade de 0,5% e 1%.
Para isso utilizamos a fórmula de Manning – Strickler para cálculo. Com base nos
valores de vazão de projeto definimos as necessidades diâmetro de cada calha,
considerando a contribuição das vazões que possuem caída num telhado abaixo do
seu nível. Utilizamos da tabela específica para o material e modelo das calhas em
questão, dimensionada já com as fórmulas de Manning, Tabela 04.

Tabela 04

Tabela 7 - Capacidade em litros

Fonte: Material de aula – Marcos Palu

Com isso, obtivemos os seguintes valores de dimensões das calhas de PVC


semicirculares:

Tabela 05: Dimensionamento diâmetro interno de calhas


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Tabela 8 - Diâmetro interno das calhas

Fonte: Autor

Com os valores das vazões conseguimos dimensionar os condutores


verticais. Utilizando do Ábaco o para dimensionamento de condutor normal (NBR
10844/89), Figura 10. E considerando a H, a altura de água na calha, como 2/3 do
diâmetro e a altura L, retiramos do arquitetônico, conforme figura 11.

Tabela 9 - Ábaco Para dimensionamento de condutor normal

Fonte: NBR 10844/89

Com isso, temos os valores da dimensão dos condutores verticais com as posições
indicadas na figura 12.

Tabela 10 - Dimensionamento dos condutores verticais

Fonte: Autor
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Para finalizar o dimensionamento de águas pluviais, foram feitos os cálculos


dos condutores horizontais que destinam toda a coleta até os locais permitidos pelos
dispositivos legais. Subdividindo em trechos os condutores horizontais, e
consideramos inclinação de 1% para as tubulações.

3.2 SISTEMA DE APROVEITAMENTO ÁGUA PLUVIAL


A NBR 15527:2007 é uma norma brasileira que guia o dimensionamento de
reservatórios de água de chuva em construções. Neste contexto, realizamos o
dimensionamento utilizando três métodos distintos. O objetivo principal da norma é
fomentar a eficiência na utilização de água pluvial para usos não potáveis, como a
descarga de duas bacias sanitárias e uma floreira incorporada ao nosso projeto. Ela
aborda critérios apropriados para dimensionamento, instalação e manutenção,
estabelecendo também usos permitidos e parâmetros de qualidade da água. Destaca-
se pela sua contribuição para a sustentabilidade hídrica, promovendo a redução da
demanda por água potável e incentivando práticas mais sustentáveis na gestão dos
recursos hídricos.
3.2.1 Método Azevedo Neto
O Método Azevedo Netto é utilizado como uma ferramenta prática e abrangente
para o planejamento e dimensionamento de sistemas de distribuição de água,
visando garantir um abastecimento eficiente, econômico e sustentável em
áreas urbanas e rurais.

3.2.2 Método prático alemão

3.2.3 Método prático Inglês


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4 CONCLUSÃO
Com a elaboração deste trabalho compreendemos que os sistemas prediais de
esgoto e águas pluviais desempenham um papel fundamental na preservação
do meio ambiente e na promoção da saúde pública. Um dimensionamento
adequado desses sistemas leva em consideração diversos fatores, como a
vazão de esgoto gerada, a quantidade de água pluvial a ser drenada e a
capacidade de tratamento disponível. Sendo assim fica evidente a importância
de uma abordagem cuidadosa e eficiente para garantir a correta gestão desses
recursos.
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5 REFERÊNCIAS
Notas de aula - Profº Marcos Palu
ABNT NBR 8160/99
NBR 10884: 1989

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