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Didática e
Metodologia do
Ensino Superior
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Porangatu
2020
EMENTA
Conceituação: o que é Didática do Ensino Superior; Estrutura e Funcionamento do Ensino
Superior; Quem é o Professor Universitário e quem é o estudante universitário;; Desafios atuais
do professor Universitário; Como Planejar o ensino; Psicologia da Aprendizagem; Métodos de
Ensino; Estratégias de Ensino-aprendizagem; Técnicas de Avaliação; Relação Professor-aluno.
DIDÁTICA
Era crença generalizada que, para ser bom professor, bastaria conhecer bem a disciplina
para lecionar. Equivale a dizer que bastaria ser um especialista em determinada disciplina para
bem ensiná-la. A única preocupação era a disciplina. Esta era o objetivo principal no ensino.
A prática, entretanto, vem desmentindo essa assertiva. Não basta conhecer bem a
disciplina para bem ensiná-la. É preciso mais. É preciso que haja, também, conveniente formação
didática. Não é só a disciplina que vale, uma vez que têm de ser considerados, também o aluno e
o seu meio físico, afetivo, cultural e social. É claro que para bem ensinar, cumpre levar em conta,
igualmente, as técnicas de ensino ajustadas ao nível evolutivo, interesses, possibilidades e
peculiaridades do aluno.
Apesar de ser a didática uma só, indica procedimentos que são mais eficientes segundo
se trate de escola de Ensino fundamental, médio ou superior.
A Didática da escola do ensino fundamental foi a que primeiro se desenvolveu, pelo
fato de os estudos objetivos e científicos da psicologia da criança serem anteriores aos do
adolescente e à do adulto.
O reconhecimento de que a criança tem exigências próprias, no campo da aprendizagem,
influenciou bastante os procedimentos do professor primário quanto à orientação do ensino, o
sentido de adaptação às realidades biopsicossociais do educando primário.
Todavia, o adolescente e o adulto têm sido tratados como "máquinas lógicas", razão
por que no ensino médio e ensino superior tem predominado o mais inconsequente
"intelectualismo", estribado na memorização de pontos.
Está começando a haver, entretanto, mudança de atitude didático-pedagógica com
relação a esses dois níveis de ensino, com reais benefícios para ambos
Assim, as didáticas das escolas de ensno médio e superior atrasaram-se bastante com
relação à didática da escola de ensino fundamental.
O estudo e a divulgação da Didática Geral entre nós são devidos as faculdades de Filosofia
e aos Cursos de Preparação aos Exames de Suficiência até bem pouco mantidos pela CADES
(Campanha de Difusão e Aperfeiçoamento do Ensino Secundário) do Ministério da Educação
Cultura. Com relação a esses cursos, é de ressaltar a importância que era dada à Didática.
Está fora de dúvida a necessidade de preparação didática do professorado de todos os
graus, de maneira a atenuar a indisposição entre escola e aluno.
A Didática ajuda a tornar mais consciente e eficiente a ação do pro fessor, ao mesmo
tempo que torna mais interessantes e proveitosos os estudos do aluno.
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CONCEITO DE DIDÁTICA
Didática vem, etimologicamente, do grego didaktiké (ensinar), tékne (arte), isto é, arte de
ensinar, de instruir.
A palavra didática foi empregada no sentido de ensinar, pela primeira vez, em 1629, por
Ratke, em seu livro Principais aforismos didáticos. Mas o termo foi consagrado na
extraordinária obra de João Amus Comenius, intitulada Didáctica magna, publicada em 1657.
Didática é ciência e arte de ensinar. É ciência enquanto pesquisa e experimenta novas
técnicas de ensino, com base, principalmente, na Biologia, Psicologia, Sociologia e Filosofia. É arte,
quando estabelece normas de ação ou sugere formas de comportamento didático com base nos
dados científicos e empíricos da educação, porque a Didática não pode separar teoria e prática.
Ambas têm de fundir-se em um só corpo, visando à maior eficiência do ensino e ao seu melhor
ajustamento às realidades humana e social do educando.
A Didática é uma disciplina orientada mais para a prática, uma vez que tem, por
objetivo primordial, orientar o ensino.
O ensino, por sua vez, não é mais do que direção da aprendizagem. Logo, em última
análise, Didática é um conjunto de procedimentos e normas destinados a dirigir a aprendizagem
da maneira mais eficiente possível.
A Didática, no âmbito escolar, não pode ficar reduzida ao seu aspecto puramente técnico,
uma vez que, sendo ela o final do funil pedagógico, que leva à ação educativa, tem compromissos
com o homem e a sociedade.
Nasce, dessas considerações, a nosso ver, um novo conceito de Didática. Didática
comprometida com o homem e a sociedade. A Didática tem por fim dirigir a aprendizagem,
mas tem de marcar a meta a ser alcançada.
O novo conceito parece ser o seguinte: Didática é o conjunto de recursos técnicos que tem
em mira dirigir a aprendizagem do educando, tendo em vista levá-lo a atingir um estado de
maturidade que lhe permita encontrar-se com a realidade circundante, de maneira consciente :
equilibrada e eficiente e nela agir como um cidadão participante e responsável.
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OBJETIVOS DA DIDÁTICA
ELEMENTOS DIDÁTICOS
A Didática tem de levar em conta seis elementos fundamentais que são, com relação ao
seu campo de atividade: aluno, objetivos, professor, conteúdo, técnicas de ensino e meio
geográfico, económico, cultural e social.
Aluno
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própria pessoa, em suas qualidades e habilidades. Assim, acabam por demonstrar que fazem uma
inequívoca opção pelo ensino.
O principal papel do professor do Ensino Superior é formar pessoas, prepará-las para a
vida e para a cidadania e treiná-las como agentes privilegiados do progresso social. Para muitos
professores universitários, essa dúvida não existe. Boa parte desses professores aprendeu seu
ofício como os antigos aprendiam: fazendo. Os professores universitários não recebem
preparação pedagógica específica e mesmo ao longo da sua vida profissional raramente têm a
oportunidade de participar em cursos, seminários ou reuniões sobe métodos de ensino da
aprendizagem. A pedagogia fica, portanto, ao sabor dos dotes naturais de cada professor.
A pedagogia do Ensino Superior tem progredido com os novos conceitos e novos
métodos. O estudante, que era visto como sujeito passivo é hoje substituído pelo sujeito ativo da
aprendizagem. As aulas tornaram-se muito mais vivas e interessantes quando são entrecortadas
com perguntas feitas aos alunos. Elas conduzem a rumos diferentes, conforme as respostas dos
alunos. Uma respostas suscita uma informação adicional que suscita outra pergunta e,
conseqüentemente, outra resposta.
O professor passa a ter um papel mais difícil. Com freqüência, tem que improvisar. Já não
pode limitar-se a explanar a matéria. Tem que ser preparado para, a qualquer momento, ter que
reorientar a aula, dar-lhe uma nova perspectiva. Precisa garantir que a aula ministrada é superior
à leitura de um livro ou à assistência a um filme. Mesmo porque muitas das aulas ministradas em
cursos universitários não passam de seções de leitura, diferindo das aulas medievais apenas
porque o livro utilizado pelo lente naquela época foi substituído pelas transparências projetadas.
LDBN (Lei de Diretrizes e Bases Nacional), Lei nº 9.394/96: estabelece os níveis escolares e
as modalidades de educação e ensino.
Em se tratando de instituições universitárias, estas classificam-se em:
Universidades: Possuem autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e
patrimonial. Podem a qualquer momento criar, organizar e extinguir cursos e programas de
educação superior.
Universidade Especializada: concentra suas atividades de ensino e pesquisa em um campo do
saber, tanto em áreas básicas como nas aplicadas.
Instituições não-universitárias: atuam em uma área específica de conhecimento ou de
formação profissional. Ex: Faculdades Integradas, CEFET’s, CET’s, etc.
As universidades ou faculdades estaduais, ao contrário das federais e particulares,
encontram-se fora da alçada do MEC, uma vez que são financiadas e supervisionadas pelos
respectivos estados.
A efetiva implantação da pós-graduação no Brasil deu-se em 1965, onde foram definidos
dois sentidos para a pós-graduação: a lato sensu e o stricto sensu. O stricto caracteriza a pós
graduação constituída por cursos necessários à realização dos fins da universidade, como a
criação de ciência e geração de tecnologia. O lato caracteriza os cursos destinados ao domínio
científico e técnico de uma área limitada ao saber ou de uma profissão. O stricto sensu, por sua
vez, foi definido em dois níveis: mestrado e doutorado.
Estes cursos de pós-graduação foram fixados com duração mínima de 360 horas, para que
tivessem validade, sendo que 60 horas deveriam ser utilizadas com disciplinas didático-
pedagógicas, o que após 2001 foi colocado como eletivo.
Assim, a conclusão de um curso de especialização tornou-se o principal meio de
preparação de docentes para o Ensino Superior, notadamente nas instituições particulares.
Embora os cursos de mestrado e doutorado sejam considerados atualmente o principal
meio institucional de preparação de professores para o Ensino Superior, não contemplam de
modo geral a formação pedagógica. Poucos são os programas de mestrado e doutorado que
oferecem disciplinas dessa natureza.
A tentativa de suprir esta lacuna, algumas instituições universitárias oferecem cursos de
Metodologia do Ensino Superior e Didática do Ensino Superior. Esses cursos, que geralmente
tem carga horária de pelo menos 360 horas, são considerados de pós-graduação lato sensu e
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Ensino
Fundamental
Educação Ensino
Educação Básica Infantil Médio
Educação Superior
Graduação
Pós-Graduação
Stricto Sensu
Lato Sensu
Mestrado Mestrado
Acadêmico Profissional
Especialização
Mestre (Msc)
Especialista
Seqüenciais Individual: o Doutorado
aluno monta o
Formação
Específica Doutor (Dsc)
Mín. 1600 h
Extensão ± 2 anos
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Complementação Pós-Doutorado
de estudos
Coletiva: a IES
monta o currículo
Para graduados
O professor Universitário
O estudante universitário
avaliação diagnóstica, que tem por finalidade determinar, descrever, classificar e valorizar
aspectos do comportamento do estudante que são relevantes para a aprendizagem.
A verificação das expectativas pode ser feita mediante solicitação aos estudantes para
que comentem os objetivos, os conteúdos e as estratégias de ensino propostas. Esses comentários
podem ser elaborados livremente como respostas a questões como:
Quão útil você acha que esta disciplina (ou curso) será para você?
Quão agradável você acha que será cursar esta disciplina (ou curso)?
Há outras características dos estudantes que são importantes para orientar o seu
aprendizado, principalmente aquelas que constituem causas não educacionais da capacidade de
aprender, que podem ser físicas, psicológicas ou ambientais.
Não se pode desprezar a importância da observação direta das pessoas para conhecê-las
melhor. Por isso, recomenda-se que os professores utilizem também a observação para melhor
conhecer as características dos estudantes.
Aprender o nome dos estudantes é uma das coisas mais importantes que o professor
universitário pode fazer para transmitir aos alunos o quanto ele os valoriza como pessoas. Cabe
lembrar, no entanto, que na primeira aula os estudantes estão muito mais interessados em
conhecer o professor do que os colegas.
Convém, pois, que o professor aproveite esse momento para se apresentar, fornecendo até
mesmo algumas informações de cunho pessoal. E também dar uma chance para que os estudantes
possam fazer perguntas a seu respeito. Para não perder tempo, o professor pode pedir a alguns
dentre os estudantes que atuem como entrevistadores, fazendo as perguntas que acreditam que os
outros estudantes querem saber acerca do professor.
Outra técnica interessante de memorização é confeccionar, juntamente com os estudantes,
crachás com os nomes ou apelidos que eles mesmos indicaram, para facilitar a aprendizagem dos
nomes de colegas e do professor.
Planejar PRINCÍPIOS
PEDAGÓGICOS:
Identidade
PILARES:
Diversidade
Aprender a ser
Autonomia
Aprender a fazer
Interdisciplinaridade
Aprender a conviver
Contextualização
Aprender a conhecer
Competências e
Inteligências
Habilidades
Múltiplas
PROJETOS AVALIAÇÃO
Como Planejar?
Sugere-se averiguar:
1. A quantidade de alunos?
2. Os novos desafios impostos pela sociedade;
3. As condições físicas da instituição e os Recursos disponíveis;
4. Expectativas e Nível intelectual do público-alvo (alunos);
5. Filosofia da instituição.
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Técnicas de Avaliação
Não se pode conceber ensino sem avaliação. Não apenas a avaliação no final do curso,
mas também a avaliação formativa, que se desenvolve ao longo do processo letivo e que tem por
objetivo facilitar a aprendizagem. Assim, o professor universitário precisa estar capacitado para
elaborar instrumentos para a avaliação dos conhecimentos e também das habilidades e atitudes
dos alunos.
Existem muitas técnicas de avaliação da aprendizagem. Isso não significa, porém, que
estão à disposição do professor para aplicar a que mais lhe interessar ou para selecionar um certo
numero delas com o propósito de promover a diversidade.
A escolha das técnicas deve ser feita após o professor considerar as que melhor se ajustam
aos objetivos definidos no plano.
Provas discursivas
São aquelas em que o professor apresenta temas ou questões para que os alunos discorram
sobre elas ou respondam a elas. Há duas modalidades de prova discursiva:
Dissertativa: também conhecida como ensaio, ou de resposta longa, é constituída
por um tema que é desenvolvido livremente pelo estudante que tem como única
limitação o tempo disponível para resposta;
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Provas de respostas curtas: as questões são formuladas de forma tal que fiquem
explícitos os limites relativos à extensão e ao gênero das respostas.
Provas objetivas
Provas práticas
2. Gesticulação
( ) Nenhum ( ) Pouco ( ) Razoável ( ) Bom ( ) Excelente
3. Timbre de voz
( ) Muito desagradável ( ) Desagradável ( ) Razoável ( ) Agradável ( ) Muito
agradável.
É importante atentar-se para não confundir a avaliação com generalização, atribuindo
conceitos muito altos ou muito baixos em virtude da impressão global do estudante, ou até
mesmo sendo muito generoso devido à simpatia que possui em relação ao avaliado.
Provas orais
no sentido de diminuir a pressão sobre os alunos, providenciando, por exemplo, uma quantidade
razoável de oportunidades de avaliação.
Depois, que procure elaborar provas que sejam de alguma forma interessantes, evitando,
por exemplo, provas que exijam muita memorização ou a consideração de detalhes triviais. E se
os alunos não estiverem indo bem no curso, convém conversar com eles antes das provas, saber o
que está havendo de errado e verificar o que pode ser feito.
Quando o professor se deparar com um aluno colando, não há como deixar de confrontar
o estudante em classe, mesmo correndo risco de comprometer irremediavelmente o
relacionamento. Mas, nesse caso, convém mais manifestar preocupação sobre a razão para a cola
que punir ou criticar. Para Lowman (2004), o aluno já se sentirá bastante infeliz de ser pego; não
há necessidade de acrescentar vergonha para a sua situação.
Psicologia da Aprendizagem
Professor de autômatos:
Se acha autoridade no assunto;
Prioriza memorização, sem espaço para opinião.
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PERFIL DO PROFESSOR
Diante das grandes mudanças ocorridas nas últimas décadas, acredita-se que a escola é a
instituição que mais tem sofrido por tais transformações. A globalização trouxe consigo o
imaginável: O homem na lua, descoberta do DNA, aviões
transpondo a barreira do som, a internet sem limites, o
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professor...bem, e o professor, quais foram as mudanças ocorridas com o professor, com a escola,
com o aluno?
A didática, as metodologias, os recursos foram mudando
com o decorrer dos tempos, as exigências do mundo contemporâneo fizeram com que as
instituições de ensino passassem por uma transformação na forma de ensinar. O professor se viu
na obrigação de se graduar e de se especializar, pois o conhecimento passou a ser
inter/trans/pluridisciplinar , o professor não pode mais ser o transmissor de conhecimentos e
pronto, este assumiu diversos papeis na educação, transformando desta forma, totalmente o seu
perfil.
Características do professor:
O professor sempre foi espelho para o aluno; sua forma de falar, de gesticular, de vestir,
de se portar dentro e fora da escola. Até meados de 1980 isso não era muito preocupante, pois os
alunos tinham grande respeito por quem os ensinava, na transição social, isso passou a ser um
problema, as informações chegam à juventude de forma assustadora e a forma como eles
assimilam isso é mais rápido ainda, assim sendo, o profissional da área educacional precisa se
preocupar muito mais com a imagem que passará aos seus alunos.
Estamos numa época onde ética é palavra de ordem, mas sem prática, os alunos têm
todos os direitos adquiridos, e à escola resta acatá-los, por essa e outras razões é necessário que o
professor assuma as características de um educador e que, o seu reflexo seja positivo aos alunos
e nunca negativo.
Métodos de Ensino
na área. Seria descabido, por exemplo, um professor se dispor a lecionar Direito Processual Civil
em ter exercido atividade profissional nesse campo.
Saber motivar para a aprendizagem escolar não é tarefa fácil. Em primeiro lugar, o ser
humano, o aluno, é alguém que se move por diversos motivos e emprega uma energia diferencial
nas tarefas que realiza. Esse caráter de pluridimensionalidade evita a tentação de interpretar a
conduta humana como devida a um só fator e convida à reflexão pessoal e ao exame das razões
por que as pessoas fazem o que fazem. Respostas simples devem ser descartadas.
Em segundo lugar, motivar para aprender implica lançar mão de recursos não
exclusivamente pontuais que obedeçam apenas a um momento determinado. O professor pode, é
verdade, aproveitar algum recurso transitório para uma situação de aprendizagem específica, mas,
sobretudo, trata-se de instaurar processos motivacionais que tendam a realimentar-se nos alunos.
Para isso, é necessário promover uma interação de qualidade com os alunos baseada em seu
conhecimento.
Em terceiro lugar, a dimensão do contexto. Saber motivar implica ter presentes tanto os
contextos da aprendizagem mais próximos como os mais distantes, desde o espaço físico até a
família, passando pelos ambientes informais e legais. Apenas considerando esses contextos,
poder-se-ão entender alguns comportamentos não motivados para aprender.
A moderna Pedagogia dispõe de inúmeros métodos de ensino. Convém que o professor
conheça as vantagens e limitações de cada método para utilizá-los nos momentos e sob as formas
mais adequadas.
Existem diversos métodos de ensino, assim:
1. O professor deve escolher o caminho para atingir um objetivo;
2. A escolha de um determinado método deve corresponder às necessidades dos conteúdos;
Relação objeto-conteúdo-método
1. Os métodos não têm vida independente dos objetivos e conteúdos;
2. O conteúdo determina o método;
3. Os métodos, formando a totalidade dos passos, viabilizam a assimilação dos conteúdos, e
assim é possível atingir os objetivos.
Princípios básicos do Ensino
2. Ter caráter científico e sistemático;
3. Ser compreensível e possível de ser assimilado;
4. Assegurar a relação conhecimento-prática;
5. Garantir solidez dos conhecimentos.
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ATIVIDADES PRÁTICAS
Atender aos objetivos Deve evitar "fugir de seus objetivos básicos delineando um
plano coerente e perfeitamente compatível com seus objetivos
de aula
Viabilidade A estratégia tem que ser viável, ou seja, passível de ser aplicada
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Estudo de caso. O professor traz para os alunos o relato de um caso real, fictício ou
adaptado da realidade. Para analisá-lo e chegar a possíveis conclusões, os alunos
necessitam empregar conceitos já estudados; é possível, também, que o estudo de caso
seja empregado antes do estudo teórico de um tema, com a finalidade de motivar os
alunos. Nem sempre há uma resposta “certa” para um caso estudado; o importante é que
se reconheça que cada solução implicará tais e tais conseqüências; os alunos também
devem se conscientizar de que diferentes pessoas percebem o mesmo caso de diferentes
maneiras. O aluno pode, calmamente, analisar as variáveis que estão atuando naquela
situação, levantar hipóteses de solução e avaliar as conseqüências de cada uma; mais
tarde, ao se tornar profissional, poderá transferir sua aprendizagem de sala de aula para
situações verdadeiras, mais complexas.
CATEGORIA III – Estratégias que colocam o aluno em confronto com situações reais.
Geralmente aplicado a alunos universitários dos últimos anos, capazes de dispor de um
repertório conceitual e de habilidades suficientes para perceber situações e tomar decisões
pertinentes. Vai um passo além das estratégias descritas na CATEGORIA II, pois coloca
o aluno diante de uma situação de fato, na qual deve agir como um profissional, ao invés
de trazer para a sala de aula um segmento da realidade. Deve existir, sempre, ao
acompanhamento dos atos do aluno por um professor, ou equivalente, para lhe dar o
feedback para ajudá-lo a refletir; só que, freqüentemente, o encontro do professor com o
aluno ocorre depois de este ter dado seu encaminhamento real à situação real. Para tanto,
podem ser utilizados: estágios, excursões, prática didática, prática clínica, condução de
pesquisa.
CATEGORIA IV – Estratégias que dividem a classe toda em pequenos grupos.
Pequenos grupos com uma só tarefa: todos os grupos da classe são submetidos ao
mesmo tipo de estimulação; todos, portanto, precisam alcançar os mesmos objetivos,
inclusive lidam com as mesmas informações. A estimulação pode ser um texto, uma ou
mais questões, uma situação proposta, um caso, etc. Ao final, o professor pode recolher e
dar feedback ao produto apresentado pelos grupos, individualmente; pode, também,
organizar um fechamento combinando esta com outra estratégia; por exemplo, formar um
grupo de verbalização (GV) com um participante de cada pequeno grupo, os outros
participantes, mantendo-se num grupo de observação (GO).
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elemento para favorecer a adesão dos estudantes, mas também porque ajuda avaliar o impacto das
apresentações, favorecendo ajustes posteriores.
Quando o professor perde o contato visual com a classe, os alunos tendem a se dispersar.
Isto pode ser facilmente verificado quando os professores colocam-se de costas para a classe. Por
isso, convém que os professores, ao escreverem no quadro-de-giz, continuem olhando
regularmente para a classe, evitando girar seu corpo mais que 90%. Também é importante que o
professor adquira a capacidade de ler textos olhando para a classe e não fixamente na folha de
anotações do livro.
Textos:
01
Aulas mágicas
Relação Professor-aluno
02
forçosamente, está exigindo novos profissionais para a educação. O perfil vem se alterando
porque a visão de mundo está mudando e os nossos professores estão, hoje, insatisfeitos,
descontentes, ansiosos, pela não compreensão das novas necessidades sociais e do processo
educacional. Ou seja, a sociedade mudou e a escola precisa mudar e os professores precisam
saber que ser professor, hoje em dia, exige qualidades diferentes daquelas de vinte ou trinta anos
atrás.
Não podemos pensar, nos dias atuais, que nossos alunos são menos inteligentes,
responsáveis, mais imaturos ou menos preparados do que em outras épocas. O que temos de
lembrar é que o paradigma de mundo está se alterando rapidamente e que as tecnologias têm
contribuído para isto.
Assim, segundo BORGES (1995), os professores deverão valorizar mais os alunos, ou seja,
ênfase no aluno e não na matéria como estamos fazendo. É importante citar que isto não significa
dizer que o professor abandonará seus conteúdos, pois somente aqueles professores que
alcançaram um alto grau de conhecimento sobre seus conteúdos é que são capazes de se
libertarem dos mesmos, para efetivamente, dar atenção devida para as reais necessidades de seus
alunos.
Outro ponto a se considerar, ainda segundo o mesmo autor acima citado, é a questão do
professor como um transmissor de conhecimentos. A escola, na maioria das vezes, não oferece
condições para o professor produzir seu conhecimento e, desta forma, ou o professor está na
escola dando aula ou não está presente na instituição. Como conseqüência, do fato do professor
não ter tempo para elaborar seu material, acaba surgindo uma verdadeira cultura de livros
didáticos e manuais com perguntas e respostas prontas que dispensam os mestres do ato de
refletir e da produção do saber.
O eixo deve ser deslocado da atividade oral para as atividades de interação do aluno com o
meio. Não é o discurso do professor que garante autenticidade ao conhecimento. O professor
privilegiará as atividades de interação em laboratórios, visitas a museus, trabalho em grupo,
projetos educativos, teatros, vídeos e, principalmente, as experiências com pares.
O mesmo autor cita que, de uma maneira abrangente, aprendemos cerca de 20% do que ouvimos,
30% do que vemos, 50% do que ouvimos e vemos, 80% do que ouvimos, vemos e fazemos e
100% quando criamos, ou seja, quando interagimos de forma ampla e abrangente, o resultado
poderá ser surpreendente.
O enfoque do professor estará centrado em ser "aberto" para aprender a cada momento, e
não em "ser correto". Ao professor caberá a tarefa de ensinar seus alunos tomar decisões neste
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mundo marcado pela pluralidade de informações. O certo ou errado numa época de tantas
transformações, profundas mudanças, acaba sendo uma questão de visão de mundo, porém, estar,
"ser aberto" para aprender a cada momento da vida, saber ver, analisar, fazer perguntas, poder
perceber que o conhecimento, cada vez mais, estará sujeito a transformações, será muito mais
significativo neste novo contexto.
O relacionamento com o aluno
Ao lidar com conteúdos das unidades, o professor terá uma alta probabilidade de estar
favorecendo o relacionamento com os alunos se:
Usa aulas expositivas somente quanto isso é um meio eficaz para alcançar objetivos da
unidade;
Demonstra que há explicações diversas para um mesmo fenômeno observado;
É flexível e capaz de adaptar a programação à situação;
Relaciona a unidade com experiências do aluno;
Ajuda do aluno a descobrir os inter-relacionamentos da matéria.
Por outro lado, ainda ao lidar com conteúdos, o professor terá uma alta probabilidade de
estar prejudicando o relacionamento com os alunos se:
Faz habitualmente perguntas triviais, cujas respostas são óbvias;
Exigindo quantidade excessiva de tarefas, favorece condições para o aluno recorrer a
meios inadequados a fim de dar conta delas (tais como: assinar trabalhos que não fez,
colar, copiar da Internet, etc);
Deixa que as idéias levantadas durante as discussões dos grupos fiquem sem uma síntese
geral que as organize;
Ao lidar com vários passos da avaliação do desempenho do aluno o professor pode, para
favorecer o clima da sala de aula, se comportar assim:
Esclarece ao aluno, no início do curso ou da unidade, os critérios de avaliação que
utilizará;
Comunica a avaliação ao aluno freqüentemente;
Comenta com o aluno sobre as causas dos desempenhos insatisfatórios deste;
Os exemplos de comportamentos abaixo, também relacionados com avaliação, ao
contrário, distanciam o aluno do professor:
Comenta os erros, mas não os acertos do aluno;
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Exige que o aluno fale, não se importando com o conteúdo das verbalizações.
A relação professor/aluno no processo de ensino/aprendizagem
03
João Paulo Souza Silva
Artigo publicado na Revista Espaço Acadêmico nº52 – Setembro/2005.
www.espacoacademico.com.br
Atualmente o descaso pelo ato de lecionar e aprender é um problema que atinge a maioria
das salas de aula, onde o relacionamento entre professores e alunos tornou-se um problema
latente.
Será que as escolas dão a devida atenção para desenvolver no aluno as potencialidades
interiores que possuem latentes em seu interior? O professor não deve se vangloriar dos méritos
de sua aula expositiva, pois não há educação nenhuma em assistir a aulas, tomar notas e ser
avaliado no final de um determinado período.
Este processo, chamado de instrução ou transmissão de conhecimento poderia facilmente
ser aplicado pela eletrônica sem maiores problemas. O processo de ensino vai além da exposição
dos conteúdos, vai de encontro às potencialidades de cada indivíduo, seus sentimentos e
necessidades.
As relações humanas, embora complexas, são peças fundamentais na realização
comportamental e profissional de um indivíduo. Desta forma, a análise dos relacionamentos entre
professor/aluno envolve interesses e intenções, sendo esta interação o expoente das
conseqüências, pois a educação é uma das fontes mais importantes do desenvolvimento
comportamental e agregação de valores nos membros da espécie humana.
Neste sentido, a interação estabelecida caracteriza-se pela seleção de conteúdos,
organização, sistematização didática para facilitar o aprendizado dos alunos e exposição onde o
professor demonstrará seus conteúdos.
No entanto este paradigma deve ser quebrado, é preciso não limitar este estudo em relação
comportamento do professor com resultados do aluno; devendo introduzir os processos
construtivos como mediadores para superar as limitações do paradigma processo-produto.
Segundo GADOTTI (1999), o educador para pôr em prática o diálogo, não deve colocar-se na
posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se na posição de quem não sabe tudo,
reconhecendo que mesmo um analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida.
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Desta maneira, o aprender se torna mais interessante quando o aluno se sente competente
pelas atitudes e métodos de motivação em sala de aula. O prazer pelo aprender não é uma
atividade que surge espontaneamente nos alunos, pois, não é uma tarefa que cumprem com
satisfação, sendo em alguns casos encarada como obrigação. Para que isto possa ser melhor
cultivado, o professor deve despertar a curiosidade dos alunos, acompanhando suas ações no
desenvolver das atividades.
O professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento através da absorção de
informações, mas também pelo processo de construção da cidadania do aluno. Apesar de tal,
para que isto ocorra, é necessária a conscientização do professor de que seu papel é de facilitador
de aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando compreender, numa relação
empática, também os sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar levá-los à auto-
realização.
De modo concreto, não podemos pensar que a construção do conhecimento é entendida
como individual. O conhecimento é produto da atividade e do conhecimento humano marcado
social e culturalmente. O papel do professor consiste em agir com intermediário entre os
conteúdos da aprendizagem e a atividade construtiva para assimilação.
O trabalho do professor em sala de aula, seu relacionamento com os alunos é expresso pela
relação que ele tem com a sociedade e com cultura. ABREU & MASETTO (1990), afirma que “é
o modo de agir do professor em sala de aula, mais do que suas características de personalidade
que colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos; fundamenta-se numa determinada
concepção do papel do professor, que por sua vez reflete valores e padrões da sociedade”.
Segundo FREIRE (1996), “o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o
aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma
cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e
vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas”.
Ainda segundo o autor, “o professor autoritário, o professor licencioso, o professor
competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das
gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático,
racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca”.
Apesar da importância da existência de afetividade, confiança, empatia e respeito entre
professores e alunos para que se desenvolva a leitura, a escrita, a reflexão, a aprendizagem e a
pesquisa autônoma; por outro, SIQUEIRA (2005), afirma que os educadores não podem permitir
que tais sentimentos interfiram no cumprimento ético de seu dever de professor. Assim, situações
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diferenciadas adotadas com um determinado aluno (como melhorar a nota deste, para que ele não
fique de recuperação), apenas norteadas pelo fator amizade ou empatia, não deveriam fazer parte
das atitudes de um “formador de opiniões”.
Logo, a relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente, do clima estabelecido
pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e
discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu conhecimento e o
deles. Indica também, que o professor, educador da era industrial com raras exceções, deve
buscar educar para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa abordagem
global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um cidadão consciente de
seus deveres e de suas responsabilidades sociais.
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A extensão universitária é, na realidade, uma forma de interação que deve existir entre a
universidade e a comunidade na qual está inserida. É uma espécie de ponte permanente entre a
universidade e os diversos setores da sociedade. Funciona como uma via de duas mãos, em que a
Universidade leva conhecimentos e/ou assistência à comunidade, e recebe dela influxos positivos
como retroalimentação tais como suas reais necessidades, seus anseios, aspirações e também
aprendendo com o saber dessas comunidades.
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Referências Bibliográficas
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teachers. 12. ed. Boston: Hougliton Mifflin, 2002.
PERRENOUD, Phillippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed,
2000.
TARDIF, Maurice: LESSARD, Claude. O trabalho docente. 2ª ed. São Paulo: Vozes, 2006.