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CURSO DE
ALFABETIZAÇÃO, TEORIAS E
PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Aluno:
AN02FREV001/REV 3.0
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CURSO DE
Alfabetização, teorias e processo de
aprendizagem.
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
TEÓRICOS
10 CÉLESTIN FREINET
10.1 VIDA E OBRA DE CÈLESTIN FREINET
11 O MÉTODO NATURAL
11.1 O TRABALHO NA ESCOLA - AULA-PASSEIO
11.1.1 Imprensa escolar
11.2 INTERCÂMBIO INTERESCOLAR
11.3 MARIA MONTESSORI – A METODOLOGIA MONTESSORIANA
11.3.1 Sistema Montessori
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11.3.2 A Metodologia Montessoriana
11.3.3 A Filosofia Montessoriana
11.4 JEAN PIAGET E A EPISTEMOLOGIA GENÉTICA
11.4.1 Vida e Obra de Jean Piaget
11.4.2 Epistemologia Genética
11.4.3 Os Estágios de Desenvolvimento Cognitivo da Criança
11.4.4 A Interação Social na Teoria de Piaget
11.5 LEV VYGOTSKY – O INTERACIONISMO E O SOCIOCONSTRUTIVISMO
11.5.1 Vida e Obra de Lev Vygotsky
11.5.2 Cultura e Linguagem
11.5.3 A Aprendizagem
CONSTRUTIVISMO
ARTICULANDO AS TEORIAS
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13.1.3 O desenvolvimento das inteligências
14 EDUCAÇÃO PARA AS COMPETÊNCIAS – PHILIPPE PERRENOUD
15 ARTICULANDO AS TEORIAS – UMA QUESTÃO DE MÉTODO
15.1 AS CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS
15.1.1 As contribuições de Lev Vygotsky
15.1.2 As contribuições de Jean Piaget
15.1.3 As contribuições de Wallon
15.1.4 As contribuições de Perrenoud
15.1.5 As contribuições de Howard Gardner
15.2 DIVERGÊNCIAS E APROXIMAÇÕES ENTRE OS TEÓRICOS
15.2.1 Uma Questão de Método
15.2.2 O Professor e as Teorias
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ESCOLA E PRÁTICA PEDAGÓGICA
2 INTRODUÇÃO
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Quais as práticas pedagógicas que você utiliza enquanto educador? Como
se dá a construção das práticas pedagógicas?
Qual a relação que podemos estabelecer entre as práticas pedagógicas e as
teorias da aprendizagem?
Podemos dizer que existe uma prática pedagógica específica da Educação
Infantil?
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contínua, iniciando-se nos primeiros minutos da vida e estendendo-se ao
longo dela. Isso significa expandir o conceito de aprendizagem: ele não
deve estar restrito ao período escolar e pode ocorrer tanto na infância
quanto na vida adulta. A escola será um - entre muitos outros - dos
ambientes em que será possível adquirir conhecimento. Para tanto, ela terá
que incorporar os mais recentes resultados das pesquisas sobre
aprendizagem e assumir a função de propiciar oportunidades para o aluno
gerar e não somente consumir conhecimento, desenvolvendo, assim,
competências e habilidades para poder continuar a aprender ao longo da
vida (VALENTE, 2000).
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reduzem à condição de objeto um do outro. Quem ensina aprende ao
ensinar e quem aprende ensina ao aprender (FREIRE, apud. GADOTTI,
2000, p. 45).
Podemos, assim, entender que não mais cabe uma educação na qual
somente se pensa em uma onipotência do educador e da escola, mas é sempre
preciso estar colocando em questão as práticas pedagógicas desenvolvidas por
estes agentes da educação. A educação deve buscar novos parâmetros, novas
perspectivas, e permitir-se inovar, transformar. Dessa maneira, Gadotti (2000)
propõe:
... na era do conhecimento, a pedagogia tornou-se a ciência mais
importante porque ela objetiva justamente promover a aprendizagem. A era
do conhecimento é também a era da sociedade 'aprendente': todos se
tornaram aprendizes. A pedagogia não está mais centrada na didática, em
como ensinar, mas na ética e na filosofia, que se pergunta como devemos
ser para aprender e o que precisamos saber para aprender e ensinar. E
muda a relação ensino-aprendizagem. Humberto Maturana (1989) em sua
Oração do estudante, diz: 'Por que me impôs o que sabes se eu quero
aprender o desconhecido e ser fonte em minha própria descoberta?' Ambos,
em sessões de trabalho, aprendem e ensinam com o que juntos descobrem
(GADOTTI, 2000, p. 45-46).
A escola, por sua vez, passa a ter uma nova função - ser espaço de
otimização dos processos de aprendizagem e dos processos de construção de
cidadãos. Do contrário, ela está fadada a continuar reproduzindo os papéis definidos
pelo sistema, cabendo somente a função de disciplinadora. Nessa perspectiva,
Foucault afirma que "cada sistema de educação é um meio político para manter ou
para modificar a apropriação do discurso (...). O que é um sistema educacional,
afinal, senão a ritualização da palavra, a qualificação de alguns papéis fixos para
interlocutores e a distribuição e a apropriação do discurso, com todas as suas
aprendizagens e poderes?"
Pode-se concluir que a educação produz suas práticas em virtude do projeto
de sociedade a que está vinculada. Portanto, para que as práticas pedagógicas
garantam o desenvolvimento de pessoas capazes de aprender, cidadãs, solidárias,
produtoras de conhecimento, a educação deverá ser um instrumento importante de
uma sociedade que acredite nessas características.
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que nela aprendam alguma coisa, mas a fim de que se habituem a observar
pontualmente o que se lhes ordena”. Kant
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base da educação escolar por mais de quatro séculos, mantendo sua influência até
hoje. Essa tendência surge por volta do século XVI, como uma alternativa à escola
medieval, de base religiosa. Nesse período, vive-se um momento de exaltação da
razão e da liberdade, a inversão e/ou superação da fé pela razão, da crença pela
ciência. É neste contexto que John Locke desenvolve uma nova concepção da
mente infantil e, consequentemente, de educação, enfatizando o papel do mestre
em proporcionar experiências fecundas que auxiliem a criança a fazer uso correto da
razão. Para isso, a escola deve centrar-se no ensino da História, da Geografia, das
Ciências Naturais e, principalmente, da Contabilidade e das escriturações
comerciais, visando à preparação mais ampla para a vida prática, seguindo as ideias
iluministas que irão garantir o avanço dos ideais liberais capitalistas desta época.
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tendência propõe cinco passos formais: preparação - revisão do conteúdo anterior;
apresentação - o mestre repassa o novo conhecimento; assimilação - o aluno faz
ligação do novo com o velho, percebendo semelhanças e diferenças; generalização
- o aluno constrói concepções abstratas a partir de suas experiências; aplicações por
meio de exercícios o aluno aplica o que aprendeu.
Podemos perceber que este método está baseado no conhecimento do
mestre/ professor, em um caráter "magistrocêntrico", isto é, o professor tem toda a
autoridade, pois é ele quem detém o conhecimento, e cabe a ele transmiti-lo aos
alunos. É uma relação vertical, em que o aluno é o receptor, e o professor, o
detentor de todo o conhecimento historicamente construído. O aluno é educado para
alcançar sua plenitude, por meio de seu esforço próprio. Segundo Libâneo (1994):
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interno, não externo; ela é parte das necessidades e interesses individuais
necessários para a adaptação ao meio. A educação é a vida presente, é à
parte da própria experiência humana. (...) A tendência liberal renovada
apresenta-se, entre nós, em duas versões distintas: a renovada
progressivista, ou pragmatista, principalmente na forma difundida pelos
pioneiros da Educação Nova, entre os quais se destaca Anísio Teixeira
(deve-se destacar, também, a influência de Montessori, Decroly e, de certa
forma, Piaget); a renovada não diretiva, orientada para os objetivos de
autorrealização (desenvolvimento pessoal) e para as relações interpessoais,
na formulação do psicólogo norte-americano Carl Rogers (LIBÂNEO, 1994,
p. 55).
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Restabelece-se, portanto, num primeiro momento da análise, aquela antiga
distinção entre formação geral e formação técnica. É como se
separássemos: formação geral para quem se dirige à universidade e
formação técnica para quem vai seguir o caminho da fábrica. (FERRETI,
1998)
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No final do século XIX, o mundo passa por inúmeras crises. É o surgimento
de novos valores sociais, do novo jeito de produzir, com base na produção
setorizada e em grande escala, no fordismo. Este período histórico é caracterizado
pela Segunda Revolução Industrial. É um momento de transformações sociais,
políticas e econômicas, em que não cabe mais aquele modelo tradicional de
educação. E é neste contexto que surge a Escola Nova. Segundo Aranha (1996):
Escola Nova surge no final do século XIX justamente para propor novos
caminhos à educação, que se encontra em descompasso com o mundo no
qual se acha inserida. Representa o esforço de superação da pedagogia da
essência pela pedagogia da existência. Não se trata mais de submeter o
homem a valores e dogmas tradicionais e eternos nem de educá-Io para a
realização de sua 'essência verdadeira'. A pedagogia da existência volta-se
para a problemática do indivíduo único, diferenciado, que vive e interage em
um mundo dinâmico (ARANHA, 1996, p. 167).
Há uma inversão de valores; agora, a criança deve ser tratada como criança,
e não como um pequeno adulto. Passa-se a valorizar o caráter psicológico, a
respeitar o tempo da criança. O importante, para esta tendência, é atender às
especificidades da natureza infantil. O objetivo é o homem integral, isto é, deve-se
pensar no sujeito como um todo, valorizando não somente o aspecto racional, mas
também os emocionais, sensoriais e físicos.
Para cumprir seus princípios, a pedagogia escolanovista entende que, na
relação professor-aluno, "não há lugar privilegiado para o professor; antes, seu papel
é auxiliar o desenvolvimento livre e espontâneo da criança; intervém-se, é para dar
forma ao raciocínio dela." (Libâneo, 1994, p. 58). Nesse sentido, o método de ensino
está baseado no aprender a aprender, ou no aprender fazendo. Deve-se levar o
aluno a resolver problemas, a pesquisar, a estudar o meio social e natural. Dedica-
se ao trabalho individual, enquanto o trabalho em grupo serve apenas para garantir
a socialização das experiências. Os conteúdos a serem ensinados são
estabelecidos de acordo com o interesse e a experiência que resultou do processo
de resolução de problemas. O importante não é o que se aprende, mas aprender a
aprender, segundo (Libâneo, 1994, p. 58) "é mais importante o processo de
aquisição do saber do que o saber propriamente dito."
Entendendo a Escola Nova em seu contexto, percebemos que ela vem para
garantir o fortalecimento dos ideais liberais na formação dos indivíduos. Isso fica
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claro nas palavras de Aranha (1996):
Compreende-se o ideário escolanovista a partir da situação social e econômica em que foi
gerado. Nesse sentido, a escola nova é típica representante da pedagogia liberal. (...) A crescente
industrialização da sociedade contemporânea, com suas rápidas transformações, requer a ampliação
da rede escolar, bem como uma escola que prepara para o novo; além do mais, as esperanças de
superação das desigualdades sociais encontram na adequada escolarização uma promessa de
mobilidade social (ARANHA, 1996, p. 168).
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experimentais necessários para a aplicação do condicionamento e o
controle do comportamento. Daí a preocupação com a avaliação a partir dos
aspectos observáveis e mensuráveis da conduta e o cuidado com o uso da
tecnologia educacional, não somente quanto à utilização dos recursos
avançados da técnica, mas também quanto ao planejamento racional, que
tem em vista alcançar os objetivos propostos com economia de tempo,
esforço e custo (ARANHA, 1996, p. 176).
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A queda do nível de ensino repercutiu de forma mais drástica na escola
pública. Obrigada a atender à lei ao pé da letra, enquanto as escolas
particulares de certa forma "contornavam" as exigências oficiais, assumindo
apenas a nomenclatura dos cursos e oferecendo os conteúdos tradicionais.
Isso aumentou a seletividade de nossa educação, fazendo com que o
ensino superior se destinasse cada vez mais aos filhos da elite.
Quanto à escola pública, o que se conseguiu, de fato, foi a formação de
mão de obra barata, não qualificada; pronta para engrossar o "exército de
reserva" trabalhadores disponíveis para empregos de baixa remuneração
(ARANHA, 1996, p. 177).
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Qual o papel desta tendência pedagógica na construção da sociedade?
7 PEDAGOGIA LIBERTADORA
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reflexão e crítica das práticas pedagógicas desenvolvidas pela educação formal.
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essa sociedade não pode ser construída pelas elites porque elas são
incapazes de oferecer as bases de uma política de reformas. Essa nova
sociedade somente poderá constituir-se como resultado da luta das massas
populares, as únicas capazes de operar tal mudança (GADOTTI, 1996, p.
83-84).
8 PEDAGOGIA LIBERTÁRIA
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outros.
Método de ensino da Pedagogia Libertária: é na vivência grupal, na forma
de autogestão, que os alunos buscarão encontrar as bases mais
satisfatórias de sua própria 'instituição', graças à sua própria iniciativa e sem
qualquer forma de poder. Trata-se de 'colocar nas mãos dos alunos tudo o
que for possível: o conjunto da vida, as atividades e a organização do
trabalho no interior da escola (menos a elaboração dos programas e
decisão dos exames que não dependem nem dos docentes, nem dos
alunos)'. Os alunos têm liberdade de trabalhar ou não, ficando o interesse
pedagógico na dependência de suas necessidades ou das do grupo. O
progresso da autonomia, excluída qualquer direção de fora do grupo, dá-se
num 'crescendo': primeiramente oportunidade de contatos, aberturas,
relações informais entre os alunos. Em seguida, o grupo começa a
organizar-se, de modo a que todos possam participar de discussões,
cooperativas, assembleias, isto é, diversas formas de participação e
expressão pela palavra; quem quiser fazer outra coisa, ou entra em acordo
com o grupo, ou se retira. No terceiro momento, o grupo organiza-se de
forma mais efetiva e, finalmente, no quarto momento, parte para a execução
do trabalho (LIBÂNEO, 1994, p. 67-68).
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realidade, a partir da análise do mundo do trabalho, das vivências sociais, buscando
entendê-lo não como algo natural, mas sim construído culturalmente - torna-se
importante no processo de transformação social a mediação cultural.
Da mesma maneira, é imprescindível conceber que a educação - via escola -
trabalhe amplamente com os conteúdos. Neste caso, Libâneo (1994), a respeito do
papel da escola, diz que:
A difusão de conteúdos é a tarefa primordial. Não conteúdos abstratos, mas
vivos, concretos e, portanto, indissociáveis das realidades sociais. A
valorização da escola como instrumento de apropriação do saber é o melhor
serviço que se presta aos interesses populares, já que a própria escola
pode contribuir para eliminar a seletividade social e torná-la democrática. Se
a escola é parte integrante do todo social, agir dentro dela é também agir no
rumo da transformação da sociedade. Se o que define uma pedagogia
crítica é a consciência de seus condicionantes histórico-sociais, a função da
pedagogia 'dos conteúdos' é dar um passo à frente no papel transformador
da escola, mas a partir das condições existentes (LIBÂNEO, 1994, p. 69).
E continua afirmando:
Assim, a condição para que a escola sirva aos interesses populares é
garantir a todos um bom ensino, isto é, a apropriação dos conteúdos
escolares básicos, que tenham ressonância na vida dos alunos. Entendida
nesse sentido, a educação é 'uma atividade mediadora no seio da prática
social global', ou seja, uma das mediações pela qual o aluno, pela
intervenção do professor e por sua própria participação ativa, passa de uma
experiência inicialmente confusa e fragmentada (sincrética) a uma visão
sintética, mais organizada e unificada (LIBÂNEO, 1994, p. 69).
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de cada uma delas, para, a partir daqui, indicar um processo de aprofundamento
posterior. Contudo, ainda abordar, de forma sucinta, características gerais do
Construtivismo.
O Construtivismo sintetiza as teorias que buscam vislumbrar os processos
de construção do conhecimento, assim como discutir a complexidade do processo
de aprendizagem. Vários autores dedicaram-se a estudos nesta linha, dos quais
destacamos: Piaget (Epistemologia genética ou Construtivismo liberal piagetiano) e
Vygotsky (Construtivismo sócio-histórico); mas também, é importante lembrar-se de
Emília Ferreiro e Henri Wallon.
Neste momento, é importante frisar que as teorias construtivistas buscam
uma superação das teorias inatista e empirista, as quais buscam explicar as origens
(fontes) do conhecimento, em que o inatismo afirma que o conhecimento é a priori (o
sujeito nasce com os saberes) e, por outro lado, o empirismo acredita que o
conhecimento é produzido a partir das sensações, das experiências (o sujeito é uma
tábula rasa e suas experiências vão fornecendo os conhecimentos ao longo da
vida).
O conhecimento não pode ser concebido nem de uma forma (inata) nem de
outra (conhecimento a posteriori) e, sim, o conhecimento necessariamente vai ser
construído a partir das experiências (fatores externos ao indivíduo) e pelas
características próprias do sujeito (fatores internos do indivíduo), ou seja, cada
indivíduo passa por várias etapas, em que organiza o pensamento e a afetividade.
Diante dessa perspectiva, Aranha (1996, p. 202) destaca a ideia de que, para os
construtivistas, "a criança não é passiva nem o professor é simples transmissor de
conhecimento. Nem por isso o aluno dispensa a atuação do mestre e dos
companheiros com os quais interage. Mais propriamente, o conhecimento resulta de
uma construção contínua, entremeada pela invenção e pela descoberta".
As teorias de Jean Piaget e de Henri Wallon são as mais completas e
articuladas teorias genéticas do desenvolvimento psicológico de que
dispomos. Diferentemente desses dois estudiosos, Vygotsky não chegou a
formular uma concepção estruturada do desenvolvimento humano, a partir
da qual pudéssemos interpretar o processo de construção psicológica do
nascimento até a idade adulta. (...) Por sua vez, Vygotsky busca
compreender a origem do desenvolvimento dos processos psicológicos ao
longo da história da espécie humana e da história individual (OLIVEIRA,
1997, p. 56)
FIM
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