Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Alguns detalhes são importantes, esse Script tem que ser seguido à risca, e só a prática
constante faz com que se domine todos os passos.
Se mesmo tomando os passos da forma como foi passada o cliente não fechar contrato,
isso significa que é um mau cliente, o barateiro, que só enxerga preço e não consegue ver o valor
do serviço, isto é, só daria dor de cabeça durante todo o tempo de duração do contrato.
É muito comum os advogados acharem que aplicaram o Script da forma correta, mas ao
fazer o feedback percebem qual foi o erro ou os erros cometidos, seja em algum passo, seja na
entonação da voz, no meio de comunicação, na ordem dos passos ou na hora de quebrar
objeções.
Existem três motivos que fazem o cliente te contratar: 1º - Se ele tiver uma noção de
que precisa; 2º - Uma noção de que gosta de você e; 3º - Uma noção de que possa confiar na
sua competência profissional; resumindo, confiança, necessidade e empatia.
Não se esqueça de que o fator que faz o cliente pagar mais caro é o senso de
Necessidade aliado a percepção de Autoridade, isto é, a confiança que se transmite, e o Script
tem o poder de ir aumentando aos poucos a escala de confiança, à medida que os passos forem
sendo dados vai construindo uma confiança do cliente na sua capacidade profissional, dessa
forma, vai encantando a pessoa.
Entenda o Script com um filtro de bons clientes, cliente bom com certeza fechará
contrato se o passo a passo for seguido à risca, e para começar a seguir esses passos, presume-
se que foi o cliente que chegou até o advogado e não esse que fez a oferta, porque se for
assim, o cliente certamente pensará que é o profissional que precisa de ajuda e ele te contrata
para te ajudar e não é assim que tem que ser, porque é o cliente que tem que sentir a
necessidade.
Cliente chega até você por qualquer canal, pelo site, Redes Sociais, pelo WhatsApp, por
indicação, enfim, de todos os modos possíveis, como proceder.
Vamos aos passos do Script de Atendimento
PRÉ-CONSULTA
11º PASSO - QUESTIONAR SE ALGUÉM MAIS PARTICIPARÁ DA TOMADA DE DECISÃO:
Pergunte ao seu cliente isso, porque se assim o for, na hora da consulta, haverá a objeção de
precisar consultar a outra pessoa para fechar o contrato se ele for sozinho; então confirmando
que há outra pessoa, chame ela para participar da reunião junto com vocês.
Diga “Se ela vai participar da decisão ela tem que estar junto conosco na reunião, porque
ela precisa entender sobre o quê ela vai opinar, você concorda comigo? Então pode agendar
com ele(a) aí.”
12º PASSO - MAPEAR EMPATIA: É identificar quais são os assuntos que você pode
utilizar para quebrar o gelo com uma pessoa e gerar uma aproximação, e o melhor canal para
descobrir isso e nas Redes Sociais, porque as pessoas exibem em seus perfis aquilo que mais
gostam.
Por exemplo, se a pessoa tem a foto da família dela no WhatsApp, é sinal de que a família
é muito importante para ela, na hora do atendimento se ela perguntar como foi a sua semana e
você responder que ontem teve um jantar especial com sua família, provavelmente, ela vai
pensar que você tem os mesmos valores familiares e princípios pessoais que ela, gerando a
impressão de que o advogado entenderá o valor que a resolução daquele problema terá na vida
do cliente em questão. (GATILHO MENTAL DA SIMILARIDADE E FAMILIARIDADE)
Para gerar Empatia, não é necessário dominar o assunto em questão, basta fazer
perguntas que despertem no cliente o desejo de falar dele e de seus gostos (VIDE GATILHO
MENTAL DA EMPATIA). Geralmente as pessoas gostam de falar dos assuntos que mais lhe
interessam.
Tome o cuidado para que o cliente não ache que está investigando a vida dele,
stalkeando, assim que o cliente entrar em contato já envie os links de suas Redes Sociais, assim
quando abordar assuntos de interesse vai sair de forma mais natural.
13º PASSO - MAPA DE LASTRO SOCIAL: É a pessoa entender que ela faz parte do mesmo
mundo que você, como por exemplo, mesma igreja, academia ou conhecer pessoas em comum,
vai gerar a percepção que você entende um pouco os anseios dela.
Olhe as Redes Sociais para verificar amigos em comum, isso pode fazer com que tenha
alguma lembrança dos conhecidos para conversar. Pode falar algo do tipo: “Vi que você estudou
com o Pedrinho; Nossa! Aquele camarada não muda nunca, mesma figura de sempre...”
1
São chamados de Softwares de Jurimetria, que fazem a análise estatística do direito.
Observe quais são as ações que foram ajuizadas a favor e contra aquele cliente nos
últimos 5 anos, quem foram os advogados que atuaram nelas, quais foram as causas de pedir,
qual foi o impacto econômico gerado por elas, as vezes tem causas de pedir que apesar de
integrar apenas 2% das ações geram 60% ou mais do prejuízo financeiro.
Entender o impacto econômico habilita o advogado a ser capaz de mapear os principais
erros que esse cliente cometeu no passado, ao mesmo tempo que o capacita a apontar possíveis
soluções para sanar esses buracos.
Em vez de falar que os advogados da empresa erraram, não desça a este nível, fale que
a “empresa” errou neste ou naquele ponto, por isso estão tendo esse cenário caótico, o que
não é tão surpreendente, porém nesse momento, tem que fazê-lo pensar daqui para frente,
quais são as mudanças que podem ser feitas.
Quando o cliente se depara com essas informações detalhadas e personalizadas da
situação jurídica e econômica dele, de preferência com gráficos, designer thinking, um raio-x
completo do atual panorama em que se encontra, certamente se encantará pelo advogado, até
porque são poucos que estão nesse nível de profissionalismo e competência.
Use a tecnologia a seu favor para encantar o cliente.
18º PASSO – PRECIFICAÇÃO: Após definir o produto, assista a Aula Bônus de Precificação
para definir quanto cobrar para realizar o serviço.
20º PASSO - SORRISO NO ROSTO / OLHOS NOS OLHOS (EMPATIA): Receba a pessoa
com sorriso no rosto, com satisfação e entusiasmo “Oi Senhor João, seja bem-vindo ao nosso
escritório, é uma satisfação conhecê-lo.”
Não esqueça de oferecer um cafezinho e uma água, além disso, coloca como opção algo
diferente, seja uma torradinha, um biscoito fino, água de coco, suco, refrigerante, enfim, várias
opções que fujam do básico, e como sugestão para ser mais inovador ainda, faça um menu com
todas essas escolhas que o cliente tem a sua disposição, vejam um exemplo na figura a seguir.
2
Se atende online ou se não possui escritório faça adaptações.
Entregue na mão do cliente e deixe-o escolher. São
coisas simples, que não demandam muito investimento, mas
que tornam a experiência do cliente especial onde ele sentirá
todo o carinho e atenção que o escritório proporciona, o que o
faz olhar para ele de forma mais atenciosa.
21º PASSO - SEM INTERRUPÇÕES: Chamou a pessoa para a sua sala, não deve tocar
telefone, celular deve estar no modo avião e sem interrupções de ninguém de sua equipe
porque agora é a hora do show, é a hora do cliente despejar as dores dele na mesa e ter uma
resposta à altura, e, nesse ponto, paralisações desnecessárias destroem todo o encantamento.
23º PASSO - OUVIR NOVAMENTE O CASO: Após aquela conversa inicial, convide o
cliente a se sentar, e peça para ouvir o caso novamente desde o início, destacando que é um
zelo, um excesso de cuidado.
Nesse momento é a hora do advogado ficar quieto, ouvindo atentamente o relato do
cliente, procurando captar a emoção que ele demonstra à medida que narra os fatos que lhe
afligem, pegue um papel e caneta para anotar duas ou três perguntas sobre o caso, mesmo que
você não tenha mais nenhuma dúvida sobre ele.
25º PASSO - GATILHO DA AUTORIDADE: Você olhará nos olhos do cliente e mostrará a
sua Autoridade, gerando uma percepção de Confiança, Competência, isto é, de Poder para
trazer resultados, dizendo exatamente assim: “antes de qualquer coisa, fique tranquilo, pois
atuo no direito tal há ____ anos e conheço os caminhos para que o(a) Sr.(a) tenha a maior chance
possível de conseguir _______”:
Essa frase tranquiliza o cliente e transmite a informação de que você vai ajudá-lo.
26º PASSO - PONTUAR O CENÁRIO JURÍDICO: Use as informações que obteve no 14º
PASSO, ou seja, o “Dever de Casa”.
1º Pelo lastro emocional: “Olha, isso aqui é urgente mesmo, precisa que uma atitude
seja tomada o mais rápido possível, do contrário certamente isso vai sair do seu controle, se tem
uma chance de resolver é agora”. (GATILHO MENTAL DA EXCASSEZ)
2º Por dizer um prazo legal: aponte o prazo de prescrição ou decadência do direito para
ressaltar a urgência da medida; diga: “Não sou só eu que estou falando isso, está lá na lei, o
prazo está lá no processo, na lei tal, você não vai ter a chance de discutir isso se deixar para
daqui uma semana, tem que ser agora, já, quanto mais tempo você demorar menos tempo
provável eu terei para resolver”.
Se possível, atenda os clientes no período da tarde, porque neste período o cérebro da
pessoa já passou o dia inteiro tomando decisões e a chance de ele ponderar algum fator objetivo
e racional sob o qual ele ainda possui uma objeção diminui consideravelmente.
30º PASSO - GATILHO MENTAL DA CULPA (“SÓ DEPENDE DE VOCÊ”): Deixe claro para
o seu cliente que só depende dele, dessa forma: “olha, você já entendeu que é urgente, já
entendeu que isso aqui só vai piorar, que não dá para deixar para outra hora, eu posso te ajudar,
mas agora você tem que entender uma coisa, só depende de você, e essa atitude não pode ser
tomada por mim, eu não tenho como fazer nada se você não me autorizar, se você não priorizar
o seu direito eu não posso fazer absolutamente nada”
Fazer isso é tornar o jogo emocional mais profundo, faz o cliente ter uma sensação
prévia de perda antes de ocorrer, e ele fará de tudo para não permitir isso. (GATILHO MENTAL
DA ANTECIPAÇÃO)
39º PASSO - DIZER O PREÇO (INVESTIMENTO - “O QUE ME DIZ?”): Ao final, resuma tudo
dizendo: “Então Senhor João, para nós fazermos tudo para o senhor, começar a resolver essa
dor de cabeça logo, com a melhor medida possível, para dispor do nosso tempo, nossa equipe,
nossa expertise, te receber aqui de braços abertos no nosso escritório, o preço/investimento é
____mil reais.”
Após isso, você fará só uma pergunta “O que me diz?”, nunca pergunte se a pessoa tem
alguma dúvida.
Dicas para dizer o preço:
Diga preços fracionados e não preços redondos, as pessoas preferem pagar R$10.184,00
do que pagar R$10.000,00, existem muitas pesquisas de mercado que mostram isso;
Se o cliente ficar quieto, não repita as vantagens, você já fez isso durante todo o
atendimento, já gerou o valor, a única coisa que fará é “posso rodar o contrato, me passe seus
documentos por gentileza etc...”, se o cliente tiver alguma objeção ele vai expor agora, do
contrário ele entregará os documentos e fechará o contrato;
se a pessoa perguntar sobre outras formas de pagamento, um parcelamento, jogue a
batata quente para o cliente dizendo “olha eu não conheço o seu balanço financeiro, eu vou
pegar um cafezinho, o Senhor aceita? E enquanto faz as contas, tenta ver aí uma entrada na
casa de 40% a 50%, o que for viável para você e mais algumas parcelas que eu avalio, faça a sua
proposta que será analisada carinhosamente”. Aí o cliente entende que precisa de uma entrada
mais expressiva para ter parcelas mais brandas. lembre-se que forma de pagamento não é dar
desconto e sim facilitar a contratação; sempre deixe o cliente falar a forma de parcelamento que
cabe no bolso dele, nunca sugira a forma do parcelamento que deseja porque pode não ser o
adequado para a realidade financeira da pessoa, acarretando uma possível perda daquele
contrato, então ele fala e você avalia, é importante dizer que vai avaliar porque é o cliente que
está se candidatando e não você.
Objeção significa que o cliente quer te contratar, mas precisa de uma ajuda, um
empurrãozinho, ou seja, contornar um pequeno obstáculo.
Quando o cliente trouxer uma objeção, a primeira pergunta a se fazer é “Esse é o único
fator que impede a contratação?”, isso para saber se aquela é a única, até porque este
questionamento impede que o cliente apresente uma objeção atrás da outra sempre que tem
uma resposta a cada uma.
Outro aspecto importante é saber se o cliente está falando a verdade; além disso,
precisa identificar se o que ele quis dizer é o que efetivamente o que ele disse, porque as vezes
você entende uma coisa e ele quis dizer outra, levando a fazer uma sequencia de perguntas
equivocadas que não são capazes de quebrar aquela objeção específica e acaba tirando
conclusões errôneas do tipo que acha que o problema foi o preço e muitas vezes não é.
Tem algumas objeções que não devem aparecer, porque não seriam objeções em si e
sim falhas na execução do Script de Atendimento; por exemplo, quando o cliente fala que
precisa falar com outra pessoa para tomar decisão (falha na execução do 11º PASSO); se o cliente
falar que não precisa do seu serviço também é uma falha de execução do Script, na hora de
mostrar necessidade e ler corretamente a etapa da Jornada de Compra que a pessoa se
encontra.
1º TÁ CARO:
Pode significar muita coisa, a subjetividade
nessa objeção é muito grande, e a primeira coisa
que deve fazer é perguntar: “Por que está
caro?”, se o cliente não quiser responder ou ele
está mentindo só para ver se você dará um
desconto ou está escondendo a verdadeira
objeção; se ele não te responder já emende a pergunta “Senhor João, se eu te der aqui formas
de pagamento que cabem no seu bolso você fecha contrato comigo?” Aqui não se está
prometendo nada, só está perguntando a possibilidade, e se ele disser que sim, então não era
uma objeção de preço e sim de forma de pagamento, toda a execução do Script foi correta.
Pode ser que a pessoa esteja realmente mentindo e não revele de nenhum jeito o
verdadeiro motivo de não fechar o contrato contigo, essas pessoas são difíceis de lidar o que
demanda muito cuidado por parte do advogado no trato de pessoas assim.
Tá caro porque o vizinho cobra a metade do preço: as perguntas que fará para ele são:
- “Se você sabe o preço do vizinho é porque você foi lá, se foi realmente lá por que então
não contratou com ele?”
- “Será que foi porque você não sentiu a mesma confiança que sentiu aqui comigo?”;
- “Se ele parece tão bom como conta, porque você não contratou com ele e ainda está
negociando aqui comigo? Sejamos sinceros aqui.”
Quando o cliente se vê contra a parede ele não saberá responder essas perguntas, no
máximo dará um argumento tosco do tipo “você é meu amigo” ou “é porque o meu amigo te
indicou”, se ele disser essa segunda resposta emende “Então você concorda comigo que o que
te trouxe até aqui foram os resultados que já tivemos”.
Novamente se o cliente ficar em resposta tem que dar um empurrãozinho, uma ajuda
que também será através de perguntas, qual seja, a mesma “Senhor João, se eu te der aqui
formas de pagamento que cabem no seu bolso você fecha contrato comigo? Porque eu tenho a
seguinte convicção aqui: de que preço nunca é um obstáculo para as pessoas terem acesso ao
bom serviço jurídico aqui do escritório, o preço é expressivo, eu concordo, mas é um grande
investimento, só que é em retorno de qualidade que você merece e a forma de pagamento pode
ser fácil justamente para que você tenha acesso a essa qualidade de serviço (repita novamente
a pergunta das formas de pagamento)”.
Fazer isso traz o cliente para uma encruzilhada, ou ele vai embora, se mostrando um
cliente que não serve para você e o Script de Atendimento funcionou como um filtro do mau
cliente, ou ele entende que não tem saída e que não vai negociar preço contigo, não adianta
barganhar; mas se ele está ali, isso significa que não sentiu suficiente confiança no concorrente,
e certamente aceitará se você fizer uma forma de pagamento que cabe no bolso dele (nesse
momento utilize as estratégias do 39º PASSO).
Tá caro porque não acha o serviço tão complexo: nesse momento você volta para ele
com uma pergunta “Por que você não acha tão complexo?”, e ele vai achar vários argumentos
devido a provavelmente ter estudado a fundo aquilo, mas ele não tem como ter o mesmo nível
de conhecimento que você, e nesse momento é a hora de jogar aquelas perguntas cabeludas na
mesa, se ele disser que não acha tão complexo porque “viu uma notícia que diz que é fácil” ou
“meu vizinho já conseguiu” aí você começa pode fazer perguntas como essas:
- “Você sabe se a ratio decidendi tem a mesma natureza que a sua?”;
- “Você sabe se o prazo prescricional do caso dele foi respeitado com base no
entendimento do TJ ou STJ?”;
- “Você sabe se o caso dele chegou ao STJ?”;
- “Quem foi o relator?”;
- “Quem garante que no seu caso vai ser ou não barrado pela Súmula 07, e se passar por
ela, quem garante que terá o mesmo relator e que ele vai manter o mesmo entendimento do
caso do seu vizinho?”;
- “Você sabe quanto tempo demora um processo como esse?”;
- “Você sabe qual é o entendimento das turmas recursais ou das câmaras cíveis aqui do
nosso Estado?”;
- “Você sabe se ele é um entendimento unânime ou um entendimento divergente?”;
- “Você sabe qual é a corrente jurídica que tem que ser utilizada na fundamentação desse
cenário?”;
- “Você sabe se a responsabilidade é objetiva ou subjetiva”.
Enfim, vai perguntando à medida que ele vai
respondendo até chegar uma hora em que ele
não saberá responder, nessa hora a resposta
será por meio de linguagem corporal, a pessoa
vai relaxar o ombro se encolher na cadeira e
dar um sorrisinho sem graça, esse sorriso é a
rendição da pessoa, e nessa hora você não
pode esperar que ela seja a pessoa mais comunicativa do mundo e responda alguma coisa, você
terá que emendar na lata um ultimato, também na forma de perguntas, por força retórica que
tem muito mais poder que afirmações de que ela está errada, pois ele mesmo em sua cabeça
perceberá que está errado, que o serviço é realmente complexo. Nessa hora em que ele se
rendeu você manda um combo de perguntas:
Fazer tais perguntas devem fazer o cliente finalmente se render, e se ele pedir uma
forma de pagamento facilitada você já sabe como proceder, conforme já mostrado neste tópico.
Tá caro porque não tenho o dinheiro todo agora: Isso nunca foi obstáculo para as
pessoas adquirirem algo que elas desejam, por exemplo, elas parcelam em 300 vezes um imóvel
e acabam pagando 2 vezes o valor de mercado dele, mas mesmo assim não deixam de comprar.
Quando ele fala isso, significa na verdade que ele deseja só que não tem o dinheiro
suficiente para te pagar. Use a pergunta chave: “Senhor João, se eu te der aqui formas de
pagamento que cabem no seu bolso você fecha contrato comigo?”. Se essa objeção for
realmente verdadeira, a tendência é que ele feche o contrato contigo após abrir a possibilidade
de outras formas de pagamento mais facilitadas.
Agora se a objeção for falsa, na resposta a pergunta será um sonoro “Não”, então você
tem que perguntar: “Então qual é o verdadeiro motivo? Pode me falar, não tem problema não,
tem alguma coisa que você não entendeu, algum aspecto que precise de mais esclarecimento?”
Se ele não expuser, então é um cliente ruim e mentiroso que não confia em você o suficiente,
então pode ficar tranquilo que o erro não foi seu ao gerar valor para essa pessoa.
2º PRECISO PENSAR:
Geralmente o cliente quando diz isso
está dizendo a verdade, e aí você tem que
ajuda-lo a pensar, então pergunte para ele:
“Senhor João, qual o fator aqui que eu
preciso te esclarecer, que eu possa tirar uma
dúvida do senhor para te ajudar a pensar
melhor?” E emenda com o GATILHO
MENTAL DA EXCASSEZ, “Olha eu entendo essa sua necessidade de pensar um pouco melhor, até
porque é uma decisão importante e eu concordo contigo, e eu imagino que entendeu toda a
urgência disso, que não dá para deixar para depois, mas olha só, eu não vou ter horário essa
semana para te atender, se o senhor não me responder até às 18h da tarde (nunca deixe para o
dia seguinte e sim no mesmo dia, num horário específico) porque eu tenho um outro
atendimento as 18h30min, que é bem provável que feche contrato comigo e vai estourar a minha
cota de demandas que eu consigo absorver aqui no escritório, então se o Senhor prioriza essa
decisão me responda pelo sim ou pelo não até lá.”
É muito provável que o cliente te responderá até o prazo limite estabelecido, se ele não
te responder nesse prazo porque pode ser uma pessoa distraída e só lembrou no dia seguinte,
nesse caso, quando ele entrar em contato, não se mostre disponível imediatamente, você fala
“Olhe Senhor João, como te disse ontem, o Senhor sabe, está bem corrido, então deixa eu fazer
o seguinte, me dê 20 minutos para eu fazer aqui uma reunião com a equipe para ver se
conseguiremos absorver o seu caso.” Após 20 minutos, mande uma mensagem pedindo para ele
te ligar, quando isso acontecer você fala “Olhe Senhor João a gente conseguiu, fizemos um
malabarismo aqui, um verdadeiro milagre, vem pra cá, o Senhor pode vim agora para nós
fecharmos o contrato? (Ou diga o seu próximo horário disponível, pode ser até no horário de
almoço no dia seguinte, para deixar marcada a impressão de que é requisitado e seu tempo é
precioso)”.