Você está na página 1de 76

GUIA DIDÁCTICO DE HISTÓRIA 5.2.2.

Plano de Estudos de História para o Projecto


Didáctico Integrado.

5.3. Projecto: A Dinâmica da Vida


1. Introdução
5.3.1. Introdução
1.1. A Andragogia: A Educação de Adultos
2. O Guia didáctico e a disciplina de História 5.3.2. Plano de Estudos de História para o Projecto
3. Objectivos Gerais de História no 1º Ciclo do Ensino Didáctico Integrado.

Secundário 5.4. Projecto: O Mundo e as Transformações


4. A Metodologia e o Projecto Didáctico Integrado
5.4.1. Introdução
5. Quadro do Planeamento Integrado de História para os
Projectos Didácticos Integrados 5.4.2. Plano de Estudos de História para o Projecto
Didáctico Integrado.
5.1. Projecto: A Introdução às Ciências
5.5. Projecto: De mãos dadas com a saúde
5.1.1. Introdução
5.5.1. Introdução
5.1.2. Plano de Estudos de História para o Projecto
Didáctico Integrado. 5.5.2. Plano de Estudos de História para o Projecto
Didáctico Integrado.
5.2. Projecto: A Comunicação e a Cidadania
5.6. Projecto: Um novo olhar para descobrir o mundo
5.2.1. Introdução
5.6.1. Introdução
5.6.2. Plano de Estudos de História para o Projecto
Didáctico Integrado. 1. Introdução
6. Orientações didácticas e metodológicas

7. Outros Recursos Didácticos A dar continuidade à concepção interdisciplinar de ensino


concebida para a Colecção Para Gostar de Ler e Escrever,
8. Avaliação
destinada ao Ensino Primário de Adultos, o Ministério da
Anexos Educação - Direcção Nacional da Educação de Adultos
apresenta a Colecção de Guias Metodológicos para a
aceleração das aprendizagens, no 1º Ciclo do Ensino
Secundário.

O Guia Didático de História compõe a colecção de Guias


Metodológicos que serão utilizados pelos professores como
norteadores do processo de ensino e aprendizagem, de forma
a subsidiar a construção de estratégias que permitam as
relações de interdiciplinaridade e contextualização, através de
projectos didácticos criados para a aceleração do 1º Ciclo do
Ensino Secundário de Adultos.
Para apoiar a aprendizagem progressiva dos conhecimentos É importante contextualizar neste documento a diferenciação
e habilidades inerentes a este Ciclo, a concepção existente entre a Andragogia e a Pedagogia para a utilização
metodológica adoptada parte do princípio da construção de da linguagem específica e dos princípios abordados por cada
Projectos Didácticos Integrados, que levam em consideração uma das ciências.
o equilíbrio harmonioso entre os conteúdos e os objectivos
A Pedagogia etimologicamente vem do paido, que significa
das disciplinas, para este ciclo de ensino, assim como a
criança e agogus, que significa educação. Tem o significado
relação entre as áreas de conhecimento e a relevância do
literal de: “ a arte e ciência de ensinar crianças” . A palavra
conteúdo para a formação geral do estudante.
Andragogia etimologicamente vem do andros, que significa
homem e agogus, que significa educação. Tem, por sua vez,
Para consolidar a função social do Ensino Secundário, a
o significado literal de “ a arte e ciência de ensinar homens”.
saber o 1º Ciclo, os Projectos Didácticos construídos visam
São vertentes diferentes da ciência da educação, já que têm
sobretudo “... ao alcance de metas mais exigentes de
um público diferente, a quem destinam o seu foco e,
desenvolvimento técnico-científico dos programas e
principalmente, a sua abordagem.
conteúdos, tendo em vista, tanto quanto possível, a natureza
sócio-cultural dos estudantes”. Desta maneira, as temáticas A presente proposta de ensino levou em consideração os
que nortearão todo o percurso desta etapa de ensino foram contributos estudado pela Andragogia e por ela defendido.
desenvolvidas a fim de garantir maior interacção das áreas Mas qual o objecto de estudo da Andragogia? O que a
como melhor aprendizagem para o estudante. Andragogia pretende?

A Andragogia é uma teoria educativa que procurar


1.1. A Andragogia: A Educação de Adultos
compreender o adulto, em suas mais variávies componentes,
como um ente psicológico, biológico, social e cultural, frente activamente. É a experiência concreta e significativa que
as situações de ensino - aprendizagem. promove a possibilidade de acelerar e integrar informações
para construir conhecimentos e competências.
Considerar a experiência como ponto de partida para a
promoção da aprendizagem é um dos fundamentos No modelo andragógico o processo é orientado pelo
defendidos pela Andragogia. É a partir das experiências do facilitador (professor mediador), com a participação activa do
sujeito adulto que a escola deve propor processos que jovem e adulto, afim de que este possa atingir a auto-
estimulem e transformem as aprendizagens iniciais (míticas realização e seja sujeito da sua própria trajectória.
ou empíricas), a partir de um conjunto de conteúdos
O estudante jovem e adulto, busca através da experiência
escolares, de forma a impulsionar os estudantes à
académica superar desafios, solucionar problemas que
reorganização do conhecimento anterior, a partir da
impactarão directamente sobre suas vidas. É uma mistura de
assimilação de novas estruturas de aprendizagem.
realização académica, social, profissional e pessoal. A
Para os jovens e adultos o aprendizado precisa ter aprendizagem flui melhor quando o assunto tem um valor
significado, importância, pois isso estimula a sua atenção (uma mais valia) que pode ser imediatamente agregada em
dirigida e proporciona a integração das suas informações sua vida.
prévias e iniciais, sobre certo aspecto da realidade, às novas
O currículo para a educação de adultos precisa ser
ideias. Desta forma o exercício da aprendizagem passa a ser
estabelecido de acordo com as necessidades dos estudantes
muito motivadora e desafiante.
e com as suas áreas de interesse. O seu ambiente de
Assimilação depende do nível de participação do adulto, ou aprendizagem deve caracterizar-se por um “ambiente adulto”.
seja ele aprender enquanto faz, executa e participa É importante considerarmos que neste modelo de ensino, as
relações são horizontais, ou seja pautadas na parceria entre 2. O Guia Didáctico e a disciplina de História
facilitador (professor mediador) e aprendentes.
O Guia Didáctico de História atende especificamente à
O ambiente de aprendizagem deve ser cooperativo e modalidade do 1º Ciclo do Ensino Secundário de Adultos.
estimulante, de modo a favorecer o desenvolvimento e
A partir das orientações nele contidas, espera-se contribuir
manifestações de diferentes ideias, pensamentos, hipóteses e
para a qualidade da aprendizagem dos estudantes nesta nova
estilos de aprendizagens. A sala de aula deve ser vista como
fase do ensino, uma vez que a finalidade principal deste
um espaço acolhedor, organizado, uma "oficina" de trabalho
documento é socializar conhecimento metodológico que gere
onde professores e estudantes jovens e adultos cooperam
estratégias que colaborem para a implementação e eficácia
para a construção de saberes e de um modelo de
dos Projectos Didácticos Integrados.
comunicação em que todos se manifestam e se
comprometem tanto diante de si mesmo como em relação Ampliar as estratégias profissionais dos professores,
aos outros. possibilitando a mobilização de múltiplos recursos e
estratégias é o desafio a ser alcançado nesta fase do
Programa.

Para assegurar a plena inter-relação das áreas do


conhecimento, é necessário criar estratégias que ofereçam os
melhores contributos para a consecução dos resultados
esperados ao longo do desenvolvimento dos Projectos
Didácticos Integrados. Desta maneira, é relevante
contextualizarmos a disciplina na perspectiva mais objectiva e A evolução da investigação histórica considera como fontes
ampliar a sua contribuição no âmbito da proposta deste Guia. documentais importantes toda a representação da realidade
expressa através dos mais variados meios, mapas, gravuras,
Os documentos da Reforma Educativa que subsidiaram a
desenhos, pinturas, discursos orais e escritos, gráficos, ou
elaboração deste Guia Didáctico ressaltam o estudo da
seja todos os registos humanos, para extractar informações
História como forma de aquisição dos conhecimentos
relevantes e complementares para a análise da evolução
essenciais sobre o desenvolvimento da civilização e o seu
humana do ponto de vista histórico, contextualizado, inserido
destino. O saber histórico é o legado da construção dos mais
numa realidade dinâmica.
variados povos, a busca do resgate da sua história, a inter-
relação do passado com o presente e um estudo paulatino Desta maneira a disciplina de História tem um papel
das incorporações sócio-política, económicas e culturais importante na educação em Angola, uma vez que propicia a
através dos tempos. formação da “consciência nacional e patriótica” nos
estudantes, possibilitando a relação entre “ a História do seu
A História como uma Ciência Humana conduziu, ao longo dos
país com a do continente africano e a dos outros continentes”.
tempos, estudos pormenorizados dos povos de todos os
Este diálogo entre o ensino e a aprendizagem da História e as
continentes, redimensionou o papel histórico de todas as
demais disciplinas é de fundamental importância para a
populações, contribuindo assim para uma visão mais ampla
formação do pensamento dos estudantes.
do homem e da sua vivência, de forma a orientar os estudos
sobre a diversidade de vivências culturais, através das As possibilidades que advém deste diálogo indicam e
diferentes linguagens. fundamentam as mais variadas possibilidades de estudos e
actividades que permitam a formação de atitudes intelectuais
autónomas, desenvolvimento de reflexão crítica, 3. Objectivos Gerais da História no 1º Ciclo do Ensino
aprofundamento das relação cotidianas inseridas nos mais Secundário

variados contextos sociais, em processos históricos contínuos


e/ou descontínuos. 1. Consolidar os conhecimentos adquiridos nas classes
anteriores quanto a conceitos e compreensão das
Desta maneira, a proposta que o Guia buscará desenvolver
linhas gerais da evolução do processo histórico
junto ao trabalho dos Projectos Didácticos Integrados é a
mundial.
possibilidade do professor realizar escolhas pedagógicas que
favoreçam a reflexão dos estudantes acerca de seus valores
2. Desenvolver capacidades que possibilitem a formação
e práticas, contextualizando-os com as problemáticas
de uma concepção científica do mundo.
históricas inerentes ao seu grupo de convívio, à sua região e
à sociedade nacional e mundial.
3. Desenvolver a capacidade de análise e síntese através
de abordagens científicas da realidade.

4. Permitir a inserção do estudante na realidade social,


política e cultural que o rodeia.

5. Desenvolver a capacidade de expressão e


argumentação dos seus pontos de vista respeitando os
dos outros.
6. Compreender a relactividade e mutiplicidade dos 4. A Metodologia e o Projecto Didáctico Integrado
valores em diferentes tempos e espaços.
Toda situação pedagógica escolar pressupõe que o estudante
esteja motivado. O estímulo e a sensibilização à
7. Promover a educação cívica, visando a preparação de aprendizagem ainda é um desafio nos tempos actuais. Para
um cidadão consciente. estabelecer o vínculo significativo entre o sujeito que
apreende e o objecto do conhecimento, uma figura é
8. Adquirir competências específicas no domínio do essencial: o professor mediador.
tratamento, classificação e análise de fontes históricas.
Neste sentido, o êxito de uma proposta integrada de
aprendizagem pauta-se na identificação e coerência da
9. Desenvolver atitudes de tolerância face a ideias, metodologia escolhida para alcançar os objectivos propostos.
crenças, culturas e valores diferentes dos seus. Entretanto, num processo de construção dinâmico e dialógico,
espera-se que o professor use de bastante sensibilidade no
10. Desenvolver atitudes de apreciação e respeito pelo momento de eleger a metodologia, considerando a quem se
património histórico-cultural nacional e universal. dirige, o significado que o objecto do conhecimento tem e a
correlação deste com a existência do estudante.

Deste modo, a metodologia que deverá ser identificada e


planificada deve sempre ter em conta o que se espera
alcançar. A metodologia para o 1º Ciclo do Ensino
Secundário de Adultos deve romper com a fragmentação do
saber, ainda na fase da planificação dos professores, durante Os Projectos Didácticos Integrados pretendem, sobretudo
a construção colectiva das linhas mestras do Projecto promover a troca, o diálogo e a participação, uma vez que os
Didáctico Interdisciplinar. professores necessitarão de desenvolver uma dinâmica de
comunicação mais proximal dos seus pares, a fim de fazer
Os seis Projectos Didácticos Integrados surgem para
acontecer a integração dos conhecimentos.
promover a melhor relação entre o estudante (Jovem e
Adulto) e o objecto do seu estudo (conhecimento), É importante considerar que os conteúdos que estão
intermediados pela intervenção e selecção criteriosa do distribuídos entre os seis Projectos Didácticos Integrados têm
professor, no que se refere à metodologia escolhida. como referência bibliográfica os programas e manuais para
este nível de ensino, concebidos pelo INIDE, para o Ensino
A existência dos Projectos Didácticos Integrados não pode
Geral. A inovação, que permite a aceleração das
ser percebida como uma inovação pedagógica destituída de
aprendizagens para jovens e adultos, está na integração das
compromisso com a aprendizagem, ou ainda como a
áreas de conhecimento e na actuação dos professores
formação de um conjunto de conteúdos organizados
(estratégia de planificação e a metodologia participativa de
aleatoriamente. Pelo contrário, a envolvência dos professores
ensino), de modo a oferecer aos estudantes uma visão
especialistas na definição dos conteúdos, na organização
globalizante e significativa do ensino, através dos Projectos
destes quanto à sua relevância e comunicação, tornou viável
desenvolvidos a cada trimestre.
a escolha das temáticas, bem definidas e defendidas, para
então surgir a proposta unificada de estudo baseada nos
Projectos.
5. Quadro do Planeamento Integrado de História para os Este 1º Projecto pretende abrir o caminho (método) para
Projectos Didácticos Integrados encontrar respostas a partir dos elementos da ciência.

5.1. Projecto: A Introdução às Ciências A procura por respostas organizadas a partir da lógica, da
relação entre causa e consequência e do levantamento de
5.1.1. Introdução
hipóteses, paulatinamente, desvendou várias situações e
O Projecto Didáctico Integrado A Introdução às Ciências fenómenos, assim como possibilitou a classificação, a análise,
tem como objectivo proporcionar a "entrada" do estudante no a comparação e a compreensão do funcionamento da
contacto com o conhecimento científico, a partir das natureza.
necessidades humanas para a organização e compreensão
Compreendida como um meio de explicar e compreender “o
da vida, da natureza e do mundo.
mundo” e também a nós mesmos, isso por meio da
Quando consideramos a etimologia das palavras: observação e da experimentação – método científico – a
ciência acaba por promover o desenvolvimento de novas
Introdução significa: entrada, começo, início, abertura.
tecnologias para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Ciência, do latim scientia (conhecimento), o mesmo do verbo
Mas até atingir o status e definição actual, o “pensamento
scire (saber).
científico”, que teve a sua origem na Grécia Antiga com os
Compreendemos o grande contributo e responsabilidades pensadores pré-socráticos, tem um longo caminho ainda a
arrolados neste Projecto Didáctico Integrado, que tem por trilhar.
objectivo iniciar o estudante no âmbito do pensamento
científico.
Tudo se resume em: “Para um cientista a ciência é uma só, aprendizagem, assim como a iniciação dos estudantes ao
pois a natureza é apenas uma". Sendo assim, as ideias da pensamento científico.
física devem complementar as ideias da química, da
O estudante poderá relacionar conteúdos e práticas às mais
biologia, da geografia e assim por diante. Embora a ciência
diversas formas de aprender. Caberá ao docente, neste
se divida em áreas, para facilitar o aprofundamento do
processo de construção, ter a fundamentação necessária
estudo, ela ainda continua sendo apenas uma.
para realizar as articulações com as demais áreas de
A partir desta breve introdução é possível observar a grande e conhecimento. A escola deverá promover momentos de troca
diversificada oportunidade que será fomentada com a de informações e planificação entre os docentes, a fim de
realização prática deste Projecto Didáctico Integrado. As consolidar de maneira equilibrada os conceitos e a
relações de descoberta, de fundamentação, aprofundamento organização das ideias que permeiam este tema, para facilitar
e construção de novos conhecimentos, motivarão e a percepção por parte dos estudantes da integração dos
aprimorarão os saberes dos estudantes, a fim de permitir, de conteúdos e do Projecto que estarão a construir, a partir das
forma mais articulada, a integração de áreas de conhecimento diferentes matérias.
e suas perspectivas.
O 1º Projecto Didáctico Integrado: A Introdução às Ciências,
Existe na organização dos conteúdos seleccionados para este tem a missão de estimular a intenção do estudante em
1º Projecto Didáctico uma forte relação entre as 09 áreas de procurar um conhecimento mais sistematizado e organizado,
conhecimento, com possibilidades de variadas actividades e que o ajude a dar resposta aos seus questionamentos.
estratégias, de modo a possibilitar formas “integradas” de
Este Projecto é sobretudo um espaço escolar que se abre aos
jovens e adultos que iniciam o 1º Ciclo do Ensino Secundário,
pois propicia aprofundar os conhecimentos primários e 4. Oportunizar que os estudantes sejam os realizadores
introduzir os elementos científicos propícios à abordagem, da sua produção científica e comunicativa;
neste nível de ensino. 5. Seleccionar informações significativas que necessitem ser
“guardadas” e que vão servir de suporte para futuros
eventos e actividades escolares, relacionadas com os
Actividade de Consolidação: temas em estudo no trimestre.
DURAÇÃO: 1º trimestre lectivo
PRODUTO FINAL: Jornal ou Painel Informativo
RECOMENDAÇÕES:
OBJECTIVOS:
 Os docentes deverão definir o tema de base para o
1. Realizar uma síntese comunicativa para explorar os
Jornal ou Painel Informativo, a partir dos objectivos e
princiapais aspectos estudado pela classe durante este
conteúdos das suas disciplinas, na relação com o
projecto.
Projecto Didáctico Integrado;
2. Analisar como os meios de comunicação escrito, tais
 Considerar que o tema escolhido deve ser interessante
como jornais, revistas e livros tratam a informação e, a
e trazer informações importantes e actualizadas para a
partir destes formatos eleger e elaborar um jornal ou
comunidade escolar;
painel informativo como culminância de um trabalho
 As etapas de organização do Jornal ou Painel devem
conjunto de toda a equipa escolar;
ser elaboradas no início do trimestre (cronograma) com
3. Despertar nos estudantes o interesse pela leitura e
o envolvimento directo de todos os professores das
pela escrita;
áreas e dos estudantes;
 Se na escola existir um número pequeno de turmas estratégica para a compreensão do passado, para a
cada grupo poderá escolher uma temática (por área da percepção do presente e a planificação do futuro.
ciência) para compor o Jornal ou Painel;
Objectivos Específicos:
 Uma comissão de docentes deve fazer o
acompanhamento (correção, orientação e ajustes) ao  Conhecer as bases essenciais da História.
longo do trimeste da produção dos textos;
 Definição do tipo de Jornal ou Painel que será  Compreender a importância das fontes históricas no
produzido (mural), a função de cada turma ou grupo e estudo da História da Humanidade.
periodicidade de encontros para organização da
actividade.  Compreender as bases essenciais da evolução do
 Poder-se-á elaborar uma versão preliminar do Jornal Homem.
ou do Painel Informativo para análise e ajustes e, só
depois, apresenta-lo à comunidade escolar.  Entender o processo de evolução das civilizações da
Antiguidade.

5.1.2. Plano de Estudos de História para o Projecto


Didáctico Integrado: A Introdução às Ciências  Relacionar a civilização do mundo actual às várias
contribuições dos povos antigos.
Objectivo da disciplina para o Projecto: Analisar a
organização da História enquanto ciência e sua importância
Conteúdos:
TEMÁTICA 1: Introdução à História
1.1. O Objecto de estudo da História
1.2.As fontes da História 5. 2. Projecto: A Comunicação e a Cidadania
1.3. As diferentes formas de medição do tempo
5.2.1. Introdução
TEMÁTICA 2: A origem do Homem
2.1. As Grandes fases do processo de hominização A concepção do Projecto Didáctico Integrado A
2.2. África "berço" da Humanidade Comunicação e a Cidadania vem corroborar para a
2.3. As primeiras comunidades humanas (paleolítico, neolítico e
aparecimento da metalurgia) premissa principal da metodologia de ensino adoptada para o
2.3.1. No Paleolítico: o nomadismo, a economia, de caça e 1º Ciclo do Ensino Secundário de Adultos, a partir da
recolecção, utensilagem, culto dos mortos e da natureza
integração dos objectivos e conteúdos das diversas das áreas
2.3.2 No Neolítico: sedentarização, economia agrícola e de
criação de gado, diferenciação social de conhecimento.
2.3.3. O aparecimento da metalurgia
A comunicação está presente em nossa existência desde os
TEMÁTICA 3: As civilizações da antiguidade
3.1. O meio natural e a economia agrária primórdios. A palavra "comunicação" deriva do latim
3.2. A constituição dos Estados communicare que significa “tornar comum”, “partilhar”,
3.3. A Estrutura Política e Sociedade
“conferenciar”.
3.4. As civilizações fluviais
3.4.1. O Egipto
3.4.2. A China A palavra "cidadania" tem origem latina, deriva da palavra
3.5. As civilizações mediterrânicas "cidade" e denota o direito que cada indivíduo tem de
3.5.1. Grécia
3.5.2. Roma participar na vida pública, do seu local de origem.
Cidadania é a condição do cidadão de participar e ver seus significados deste arcaboiço de “informações” que, por sua
direitos garantidos perante os órgãos públicos e a sociedade. vez, são frutos da produção humana (socio-cultural) em que
estão inseridos.
Este tema reforça a escolha acertada dos docentes
envolvidos no processo de construção deste material Para este Projecto Didáctico Integrado, são priorizados os

didáctico quanto ao aspecto mais relevante da metodologia mecanismos, formas e conteúdos que favorecem o

de ensino - aprendizagem participativa. entendimento da comunicação como um processo


fundamental para a produção, reprodução e transmissão
Ao longo dos anos, a comunicação passou a ser
socio-cultural e para o exercício da cidadania.
compreendida como um processo que permite transmitir uma
informação do individual ao colectivo, embora não se esgote A percepção da evolução da comunicação (“troca de

nesta noção, uma vez que é possível ao ser humano informações, mensagens e experiências”) permite perceber,

comunicar consigo próprio. durante o estudo dos conteúdos, a relação entre a produção
do conhecimento e a sua socialização (tornar
Compreendida como um processo pela sua dinâmica e
comum/comunicar) do mesmo, ao longo da existência
evolução, a comunicação é essencial à socialização, à
humana.
cultura, à cidadania e à aprendizagem formal e informal - à
educação dos indivíduos. É neste processo dinámico de Um dos objectivos deste Projecto Didático é constatar a

interacção, realizado pela troca de mensagens e fluente “comunicação” entre as áreas e os seus respectivos

experiências, que os indivíduos, durante a sua vida, adquirem conteúdos, para reforçar nos estudantes a necessidade de

consciência de si e dos outros, interiorizam os valores, as compreensão do processo de aprendizagem como algo

normas, os comportamentos, os conhecimentos e os dinâmico, que deve ser promovido ao longo da vida e
promover o exercício da cidadania e das condições de vida de as escolhas e as intenções de cada estratégia de
toda a comunidade. comunicação.

Ao docente, mediador em todo o processo de construção da A comunicação, tão presente na nossa existência, é
aprendizagem do estudante, caberá revitalizar a prática também um elo de ligação do ser humano consigo próprio e
pedagógica a partir de uma metodologia que privilegia a com o mundo ao seu redor.
comunicação, o diálogo, o respeito, a concórdia, a
Actividade de Consolidação
participação e a reflexão.
PRODUTO FINAL: Exposição de Artes
O modo como aprendemos a comunicar é resultado de um
processo de aprendizagem ao longo da vida e que influencia OBJECTIVOS:

e caracteriza o nosso comportamento. Os professores devem 1. Realizar uma Exposição de Artes de forma a contemplar
reflectir que, ao comunicar a mensagem ou conteúdo, a forma as mais variadas manifestações artísticas (pintura,
de comunicar é tão ou mais importante do que, por vezes, o escultura, declamação, dramatização, dança, música) a
próprio conteúdo e isso é fundamental para o êxito do partir dos estudos desenvolvidos ao longo do Projecto;
processo de ensino-aprendizagem e para a melhoria da 2. Oportunizar aos estudantes a percepção da comunicação
qualidade do aproveitamento escolar. das ideias, a partir das artes e sua influência na

Ao longo do desenvolvimento deste Projecto, diferentes sociedade, para despertar o gosto pela suas mais

situações de comunicação e seus efeitos para a cidadania diferentes acepções;

devem permear as aulas e os conteúdos, para reflectir sobre


3. Escolher um tema a partir das expectativas e inclinações  Cada turma deverá produzir, colectivamente e/ou em
dos estudantes e do contexto da comunidade, de forma a pequenas equipas de trabalho, as produções que
nortear todas as produções que forem concebidas; serão apresentadas na Exposição de Artes;
4. Seleccionar, para as actividades de concepção das  O tema central da Exposição de Artes deve ser
produções, materiais viáveis e alternativos a fim de tornar comum, de forma a abranger todas as áreas de
ezequível a realização da actividade. conhecimento e receber destas os contributos
5. Oportunizar que os estudantes sejam realizadores da sua necessários para a confecção das produções;
produção, a partir de uma planificação atempada e  Os estudantes deverão, juntamente com a equipa de
acompanhada pelos professores. docentes responsável pela Exposição de Artes,
elaborar um pequeno cronograma de acções para
DURAÇÃO: 2º trimestre lectivo serem cumpridas e acompanhadas até a culminância
da actividade;
RECOMENDAÇÕES:
 A Exposição deve ser aberta à comunidade onde a
 Constituição da equipa de docentes que estarão escola esta inserida, a fim de proporcionar
responsáveis pela orientação e acompanhamento das conhecimento sobre as actividades desenvolvidas no
actividades relacionadas com a organização da âmbito da sua estrutura;
Exposição de Artes;  As produções devem contemplar aspectos dos mais
 Sensibilizar estudantes e comunidade escolar para a variados conteúdos, abordados durante o trimestre
importância e o apoio para a realização da actividade; lectivo, a fim de consolidar de forma criativa as
aprendizagens do período;
 Os docentes de Língua Portuguesa serão os para os recitais de poesia e para execução das
responsáveis pelo acompanhamento na elaboração músicas produzidas, entre outras actividades.
dos textos explicativos que deverão acompanhar todas
AVALIAÇÃO:
as produções, assim como pelas correções e ajustes
necessários;  Envolvimento dos estudantes nas etapas de
 As produções que serão expostas podem ser organização e execução da Exposição de Artes;
realizadas em horários extra-classe, desde que sejam  Nível de desenvolvimento em relação às habilidades no
apresentadas, aos docentes, para o devido trabalho de equipa;
acompanhamento do processo de produção;  Participação colectiva e individual nas apresentações;
 Cada turma ou equipa de trabalho constituída deve  Intimidade dos estudantes com a produção
apresentar ao docente orientador da actividade a sua apresentada;
proposta de produção, a fim de ter o seu parecer e  Organização do evento e mobilização da comunidade
acompanhamento; escolar e do seu entorno;
 Realizar convocatória para a comunidade escolar e  Atitudes de respeito e solidariedade para com os
criar meios para convidar os familiares e/ou a colegas, tanto na elaboração do material, como na
comunidade do entorno escolar; apresentação do mesmo.
 Organizar a Exposição de Artes a considerar: espaço
para a exposição das pinturas e esculturas, espaço
para apresentações teatrais (dramatizações), espaço
5.2.2. Plano de Estudos de História para o Projecto Conteúdos:
Didáctico Integrado: A Comunicação e a Cidadania
TEMÁTICA 1: A Europa feudal
Objectivo da disciplina para o Projecto: Contribuir para a
1.1. Génese e consolidação do feudalismo
apreciação da evolução dos processos comunicativos ao 1.1.1. Formação da sociedade feudal na Europa
longo da evolução histórica. Reflectir sobre as consequências 1.2. A sociedade feudal, predomínio da aristocracia
guerreira e a independência dos camponeses
das migrações Bantu na organização do mosaico étnico-
1.3. Da economia agrária de subsistência ao
linguístico. desenvolvimento do comércio e das cidades
1.4. A desintegração do feudalismo e a génese do
Objectivos Específicos: capitalismo.

 Entender as razões que deram origem ao TEMÁTICA 2: A África na Idade Média


aparecimento do Feudalismo na Europa. 2.1. Características gerais das sociedades africanas na
Idade Média
 Compreender os agentes das transformações 2.2. Conteúdo e consequências das migrações Bantu
2.3. Penetração e expansão do Islão em África
económicas e sociais que ocorreram na Europa
2.4. As principais formações estatais da Idade Média
durante a Idade Média. em África.

 Identificar as características da África na Idade Média.

 Relacionar as migrações Bantu a actual estrutura


socioespacial em África.
5.3. Projecto: A Dinâmica da Vida do desenvolvimento, do movimento, do crescimento e da
evolução da vida no nosso planeta.
5.3.1. Introdução
O objectivo da articulação das variadas áreas de
O presente Projecto Didáctico Integrado, entitulado de A
conhecimento envolvidas neste Projecto é proporcionar ao
Dinâmica da Vida, abre um espaço escolar na educação de
estudante a inter-relação existente entre diversos conteúdos e
jovens e adultos para reflectir sobre os movimentos bio-
os contributos na perspectiva de uma visão mais integrada.
químico, moral, ético, temporal e espacial que permeiam o
desenvolvimento dos seres vivos, com especial atenção ao Este Projecto Didáctico proporciona a comunicação directa
Ser Humano. entre algumas áreas, o que corrobora para a superação das
formas fragmentadas e tradicionais de ensino. O estudante
A palavra dinâmica tem origem grega dynamike e que
pode e deve perceber a relação directa entre os conteúdos
significa “forte” e a palavra vida do latim vita, que tem amplos
estudados nas suas mais diferentes áreas, dispondo assim de
e diversos significados, mas pode ser expressa pelas ideias
maiores condições de articulação e diminuindo a distância
de “processo em curso do qual os seres vivos são uma parte";
entre o que se estuda e a sua aplicação e uso prático.
"espaço de tempo entre a concepção e a morte"; "aquilo que
faz com que um ser vivo esteja vivo”. Os conteúdos de Física, Biologia, Química e Educação Moral
e Cívica, neste Projecto Didáctico Integrado, assumem uma
A partir das ideias acima é fácil compreender o grande
proeminência, mas também abrem espaço à aproximação
contributo dos conteúdos arrolados neste Projecto Didáctico e
com as demais áreas de conhecimento, como a literatura, a
a sua importância para a compreensão acerca das mudanças,
história, a geografia e as artes.
Entretanto, apesar do projecto absorver as áreas de OBJECTIVOS:
conhecimento mais afins, isso não significa pouca importância
1. Realizar evento de que promova o pensamento e a
ou ausência das demais.
diversidade científica nas escolas participantes, de forma
Caberá ao colectivo de professores o exercício de construir a estimular os estudantes a dar respostas científicas aos
"pontes" entre as disciplinas que visem a integração das desafios e necessidades de sua realidade, planear e
áreas de conhecimento, para possibilitar ao estudante a visão executar trabalhos científicos;
integrada da Dinâmica da Vida.
2. Utilizar mecanismos para estimular os estudantes a
Neste 3º Projecto Didáctico Integrado, que finaliza o 1º ano do planear e executar projectos próprios ou sugeridos, com
1º Ciclo do Ensino Secundário de Adultos, a ideia é reflectir os recursos de que dispõem;
de forma ampla e integrada sobre A Dinâmica da Vida, a
3. Efectuar a avaliação da realização e dos resultados
partir dos elementos científicos, éticos, artísticos, históricos e
obtidos nas diversas actividades desenvolvidas na Feira
culturais, já que a VIDA um evento temporal, definida por um
de Ciências.
início, meio e fim, assim como é um processo sócio-cultural
dinâmico, que envolve marcos significativos da nossa DURAÇÃO: 3º trimestre lectivo
existência pessoal (subjectiva) e colectiva.
RECOMENDAÇÕES:

 Definição de uma equipa interdisciplinar de docentes


Actividade de Consolidação para orientar e acompanhar a elaboração das etapas

PRODUTO FINAL: Feira de Ciências da Feira de Ciências;


 Sensibilização dos estudantes, desde o início do das actividades para elaboração da apresentação da
trimestre, para a criação de uma Feira de Ciências ao Feira de Ciências;
final do trimestre lectivo;  Sensibilização da comunidade escolar, na Feira de
 Organização de um calendário com actividades Ciências, quando a sua realização;
envolvendo quatro momentos específicos: definição  Avaliação da realização da Feira de Ciências através
dos temas, organização das equipas de trabalho, de questionário aplicado à comunidade escolar.
elaboração das actividades para realização da Feira de
Ciências e realização da Feira de Ciências e
AVALIAÇÃO:
apresentação das actividades;
 Realização da candidatura dos estudantes que devem  Envolvimento dos estudantes com a actividade que
participar das equipas de trabalho de acordo com a sua deverá ser orientada e supervisionada pelos docentes
inclinação pessoal para as temáticas que serão através do planeamento realizado pelos estudantes
definidas; para a execução da Feira de Ciências;
 Definição de que para cada área do conhecimento  Nível de desenvolvimento com relação as habilidades
deverá ser gerado uma temática a ser apresentada na no trabalho de equipa;
Feira de Ciências pelos estudantes;  Qualidade técnico/científica, relevância do tema,
 Abertura do processo de inscrição dos temas e as criatividade e inovação para cada tema apresentado;
referidas equipas de trabalho;  Participação colectiva e individual na apresentação da
 Acompanhamento aos estudantes pelos docentes que Feira de Ciências para a comunidade escolar e para os
compõe a equipe interdisciplinar durante a execução visitantes;
 Atitudes de respeito e solidariedade para com os
colegas, tanto na elaboração do material, como na  Compreender as Revoluções Liberais na Europa.
apresentação do mesmo.
 Compreender a emergência dos grandes impérios

5.3.2. Plano de Estudos de História para o Projecto coloniais, suas divergências e o início da colonização
Didáctico Integrado: A Dinâmica da Vida dos povos.

Objectivo da disciplina para o Projecto: Analisar as


principais caracterísicas das sociedades africanas antes do  Analisar o tráfico de escravos e suas consequências no

processo de ocupação colonial e as mudanças na dinâmica contexto histórico mundial e em particular para Angola,

da vida social causadas pelo processo de colonização e na América e na Europa.

expansão europeia.
 Analisar a formação da mentalidade moderna nos
Objectivos Específicos:
séculos XV e XVI.

 Conhecer as características principais do período


 Conhecer as causas e as consequências da reforma
histórico compreendido entre a ocupação colonial de
religiosa nos séculos XVI e XVII.
áfrica e o início dos movimentos independentistas na
América e Ásia.
 Entender as causas e a importância histórica da
Revolução Francesa e a difusão das ideias iluministas
 Compreender as causas da Expansão Europeia no
na Europa.
Mundo.
Conteúdos: 2.3. A Revolução Francesa
2.4. Os primeiros movimentos nacionalistas do século XIX
TEMÁTICA 1: A ocupação colonial de África 2.4.1. Os nacionalistas no Médio Oriente
1.1. Panorâmica geral das sociedades africanas nas 2.5. O desenvolvimento cultural e científico
vésperas da ocupação 2.5.1. Progressos no ensino e nas ciências
1.2. Factores da expansão europeia 2.5.2. Algumas correntes literárias e artísticas
1.2.1. Desenvolvimento capitalista e o imperialismo europeu: 2.5.2.1. O Romantismo
causas 2.5.2.2. O Realismo
1.3. As explorações geográficas em África e a ocupação 2.5.2.3. O Impressionismo
efectiva
1.3.1. Os primeiros contactos europeus com Angola
1.3.1.1. Portugal e Angola 5.4. Projecto: O Mundo e as Transformações
1.3.1.2. Relacionamento com o reino do Kongo
1.3.2. A conferência de Berlim e suas consequências 5.4.1. Introdução
1.3.2.1. A Conferência e o reino do Kongo
1.3.2.2. A política colonial portuguesa O presente Projecto Didáctico Integrado abre o 2º ano, do 1º
1.3.2.3. Da escravatura ao trabalho forçado Ciclo do Ensino Secundário de Adultos, com uma proposta
1.3.2.4. Relacionamento com os reinos independentes mais relacionada às produções e transformações realizadas
para e pelo homem, no decorrer da História.
TEMÁTICA 2: As revoluções liberais, cultura e ideologia nos
séculos XVIII e XIX O conceito de mundo vem do latim "mundus", definição mais
2.1. A revolução liberal americana utilizada que remete a ideia de conjunto dos corpos celestes,
2.1.1. As colónias do Norte
firmamento, universo. Já o conceito de transformação vem
2.1.2. A luta revolucionária e a Guerra da Independência
2.2. A queda da monarquia absoluta em França do verbo transformar que, em latim "transformare", significa
mudar de forma, de aspecto, metamorfosear, converter, das comunidades. As actividades humanas condicionadas a
trocar, tornar diferente do que era. todas essas transformações começam a definir um “modelo”
de conhecimento e um “padrão” de habilidades.
Essas indicações demonstram a relevância do tema escolhido
e das contribuições importantes que acompanharão a Ao longo da história da humanidade o modo de produção, as
execução deste Projecto Didáctico. Reunir condições disputas ideológicas e as relações de poder, sociais, de
didácticas de aprendizagem e colaborar para a interação causa e efeito, de escolhas e consequências são elementos
entre os saberes, conferirá ao tema uma excelente que estão na base das transformações sociais.
oportunidade dos estudantes perceberem quais os processos
Actualmente, as transformações tecnológicas promovem
importantes de transformações realizadas no mundo, através
mudanças socio-culturais e económicas tanto a nível
da acção humana ao longo da história.
individual, local, colectivo e global. A relação com o trabalho,
A análise da condição humana actual permite avaliar os com a família, com a sociedade e mesmo com relação a si
avanços, a evolução e as inovações produzidas pelo homem, próprio sofrem os impactos positivos e negativos.
que são fruto das experiências, necessidades e desafios de
Relacionar as mais variadas produções no campo científico,
cada tempo e de cada contexto. Por outro lado, permite
co-relacionando-as com os impactos para as transformações
reflectir sobre os impactos negativos que decorrem das
sociais, é o ponto de partida para que os docentes reflitam
produções humanas e a necessidade de dar respostas aos
com os estudantes, a partir do contexto da comunidade
desafios actuais.
escolar, os relfexos destas transformações, os benefícios e
As transformações tecnológicas e da natureza, aos poucos, como mitigar os efeitos negativos das mesmas, para
também trazem mudanças no modo de vida dos indivíduos e encontrar um "ponto de equilíbrio".
Ao considerar o público alvo das classes de aceleração do 1º envolvem o ambiente da comunidade e das possíveis
Ciclo do Ensino Secundário de Adultos compreende-se que a estratégias de superação.
abordagem deve pautar-se na aproximação mais 2. Realizar três actividades distintas, dentro da campanha
contextualizada possível das vivências dos estudantes. de sensibilização, de modo a promover a maior eficácia da
actividade: distribuição de material produzido pelos
Mais do que “transmitir” informações sobre a nossa própria
estudantes; caminhada para sensibilização da
evolução, o desdobramento deste Projecto Didáctico deve
comunidade e palestra;
favorecer o reconhecimento da nossa participação, como
3. Possibilitar o trabalho interdisciplinar e favorecer a
indivíduo colectivo ou singular nesta grande “trama” de
autonomia e criactividade dos estudantes.
transformações que envolve a natureza e a sociedade como
DURAÇÃO: 1º trimestre lectivo
um todo.

Actividade de Consolidação RECOMENDAÇÕES:

PRODUTO FINAL: Campanha de sensibilização “ Cuide do


 Constituir uma equipa de coordenação das actividades
Ambiente”.
com docentes das áreas do conhecimento envolvidas

OBJECTIVOS: no Projecto;
 Elaborar um cronograma para realização das 3
1. Organizar uma campanha de sensibilização com a
actividades ao longo do trimestre lectivo;
temática “Cuide do Ambiente”, a fim de conscientizar a
 A primeira actividade - os estudantes deverão, sob a
população do entorno escolar, dos constrangimentos que
orientação dos docentes, elaborar o material para
distribuir na comunidade escolar (cartazes, folhetos) e
no entorno da escola, a fim de sensibilizá-los acerca do coordenadores da actividade e tem como objectivo
tema; levar a mensagem oral e as explicações do assunto à
 A primeira actividade deverá envolver todos os comunidade;
estudantes participantes do Projecto;  Será realizada a partir de dois momentos distintos:
 O material produzido para a distribuição poderá ter primeiro, os docentes orientadores organizarão
várias versões e deve ser apresentado aos professores equipas de 5 estudantes e solicitarão que estes
coordenadores da actividade 3 semanas antes da data identifiquem os locais, fazendo um mapa, onde estarão
agendada para a actividade acontecer; distribuídos na caminhada de sensibilização; o
 Os materiais produzidos devem levar em consideração segundo momento será a realização de um croqui do
a realidade local em que a escola está inserida, a fim percurso onde será realizada a Caminhada – esta
de promover uma comunicação eficaz de acordo com actividade auxilia os estudantes no desenvolvimento da
situações vivenciadas pela comunidade; habilidade cartográfica;
 A actividade deverá ser acompanhada por docentes,  Com o mapeamento e o croqui prontos, os docentes
para observar o domínio dos estudantes com o orientadores deverão traçar juntamente com os
conteúdo apresentado, através da utilização dos meios estudantes as formas de abordar a comunidade
disponíveis e adequados para a actividade; durante a Caminhada;
 Os docentes deverão ter uma cópia da produção final  A data da realização da Caminhada deverá ser
para fins de avaliação. divulgada com antecedência, com a finalidade de haver
 A segunda actividade – Caminhada de sensibilização adesão de moradores da comunidade;
– será igualmente orientada pelos docentes
 A Caminhada levará os participantes a todos os pontos  Envolvimento dos estudantes nas etapas de
mapeados e identificados a partir do croqui; organização e execução das actividades relacionadas
 Cada equipa de estudantes ficará responsável pela com a Campanha de Sensibilização;
apresentação no local mapeado e pela abordagem do  Habilidades no trabalho de equipa e individual;
tema junto à população;  Participação colectiva e individual nas actividades;
 Os docentes deverão acompanhar os estudantes  Avaliação das produções colectivas (mapeamento e
durante toda a actividade; croqui) e individuais (relatório);
 Os registos e relatos serão utilizados em sala de aula  Domínio do tema apresentado durante as actividades;
como maneira de socializar e avaliar a actividade;  Envolvimento com a comunidade local;
 Deverá ser redigido um relatório final da Caminhada;  Criactividade na elaboração das actividades;
 A terceira actividade – Palestra – a actividade fechará  Formas de mobilização do público a ser beneficiado
o ciclo das acções destinadas à sensibilização da com a actividade;
comunidade;  Atitudes de respeito e solidariedade para com os
 Deverá será planificada entre estudantes e docentes; colegas, tanto na elaboração do material, como na
 Definir data e horário para realização da Palestra, a fim apresentação do mesmo.
de realizar a divulgação na comunidade;
 Solicitar aos estudantes um relatório individual de 5.4.2. Plano de Estudos de História para o Projecto
avaliação de todas as actividades realizadas na Didáctico Integrado: O Mundo e as Transformações
consolidação do tema do Projecto.
Objectivo da disciplina para o Projecto: Analisar os
AVALIAÇÃO: impactos e as transformações provocadas pela expansão
marítima, para a economia mundial e as transformações que Conteúdos:
ocorreram na organização das sociedades, principalmente as
TEMÁTICA 1: A expansão europeia e o comércio à escala
ocupadas pelos impérios coloniais. mundial no século XVII e XVIII

1.1. O contributo do mundo árabe para as descobertas


1.2. Factores e condições da expansão marítima
Objectivos Específicos:
1.2.1. A expansão marítima e os países ibéricos (Portugal e
 Compreender o impacto da expansão europeia na Espanha)
acumulação e na criação do mercado mundial. 1.3. As grandes viagens e as novas rotas
1.3.1. Principais etapas da expansão portuguesa
1.3.2. Principais etapas da expansão espanhola
 Conhecer as características principais do imperialismo: 1.3.3. A França, a Inglaterra e a Holanda
agressividade, expansionismo, exploração. 1.4. A emergência de novos impérios coloniais europeus
1.4.1. Os impérios holandês e inglês
1.4.1.1. A importância do império holandês
 Compreender a essência económica e política do 1.4.1.2. O império inglês
imperialismo na análise da política e do carácter dos 1.4.2. Rivalidades europeias, Conferência de Berlim e a
estados fascistas. solução das lutas pela ocupação dos territórios coloniais
1.4.3. Consequências económicas da expansão europeia
1.4.3.1. Economia à escala mundial
 Conhecer as causas que levaram a desintegração do 1.4.3.2. Transformações na Europa nos séculos XVII - XVIII
sistema colonial no mundo, particularmente em África. 1.4.3.3. Acumulação de capital nos diferentes países da
Europa
1.5. Reflexos sobre o encontro mundial de culturas
1.5.1. Reflexos em África, na América e na Ásia
TEMÁTICA 2: A Era do tráfico de escravos negros formação de conceitos e práticas relacionadas com a
2.1. O tráfico de escravos negros Qualidade de Vida.
2.2. Origens do tráfico de escravos
2.3. Os protagonistas e as condições do tráfico negreiro Apresenta um tema muito importante para a formação
2.4. O desenvolvimento do tráfico e a resistência africana
pessoal, familiar, colectiva e está impregnado dos mais
2.5. Carácter exclusivo e racista do tráfico que a partir do
século XV foi praticado pelos europeus variados conceitos.
2.6. Consequências do tráfico de escravos
2.6.1. Consequências do tráfico de escravos em África - o A palavra qualidade, que vem do latim qualitate, é um
caso concreto de Angola conceito amplo e subjectivo, relacionado à percepção do
2.6.2. Consequências do tráfico de escravos na América e
atendimento, satisfatório ou não, das expectativas em relação
nas Caraíbas
2.6.3. Consequências do tráfico de escravos na Europa a um produto ou serviço.
2.6.4. Criação de novos espaços sociais, raciais e culturais
no mundo A palavra vida, como se viu no Projecto A Dinâmica da Vida,
deriva do latim vita, que tem amplos e diversos significados,
mas pode ser expressa pelas ideias de “processo em curso
5.5. Projecto: De mãos dadas com a saúde
do qual os seres vivos são uma parte"; "espaço de tempo
5.5.1. Introdução entre a concepção e a morte"; "aquilo que faz com que um ser
vivo esteja vivo”.
O Projecto Didáctico Integrado De mãos dadas com a saúde
tem com desafio de tratar da temática de forma ampla, porém A definição do termo "Qualidade de Vida" passa por uma
focada nos importantes contributos e conteúdos para a reflexão e medição das condições de vida de um ser humano.
O nível de atendimento que o indivíduo ou a população tem
com relação às expectativas relacionadas ao bem estar desafio dos docentes na operacionalização deste Projecto
físico, mental, social, ambiental, assim como a acessibilidade Didáctico.
aos meios de promoção da saúde, educação, saneamento,
A relação existente entre as áreas tornar-se-á mais
entre outros, define o grau ou nível de Qualidade de Vida.
colaborativa com a intervenção acertada dos docentes, na
Com o objectivo de compreender a qualidade de vida de realização de “pontes” entre as áreas e os seus diversos
maneira mais abrangente, este Projecto Didáctico Integrado conhecimentos. A troca de informação e a acção planificada
procura promover a compreensão do conceito de Qualidade dos docentes contribuirá para o objectivo do trabalho por
de Vida como a superação dos desafios relacionados com a Projectos – que percebem que as áreas do conhecimento não
saúde. A temática remete-nos a questionamentos sobre a estão em “caixas" ou "ficheiros" isolados, mas só podem
nossa própria existência. A Qualidade de Vida promove o atingir os objectivos quando compreendidas como um todo
confronto de questões como: “Qual o sentido da vida?”, que se relaciona e se complementa.
“Quais os valores presentes nas nossas vidas?”, “O que é
A apreciação da qualidade de vida permite não só o
paz, harmonia, beleza e felicidade?” " O que se define por
aprendizado dos conteúdos que permeiam este tema, mas
saúde?".
motiva os estudantes a reflectirem sobre a responsabilidade
Compreender a saúde como o bem estar físico, mental, individual e colectiva na melhoria contínua da mesma, como
emocional e sócio-cultural, fomentar acções estratégicas para consequência da ampliação dos nossos conhecimentos e o
a superação dos constrangimentos que colocam a saúde exercício da cidadania. Espera-se que, no desenvolvimento
indicvidual e colectiva em risco e possibilitar a comunicação deste Projecto, as várias formas de percepção acerca da
entre as áreas e os conteúdos que elucidam esta reflexão, é o
temática sejam reveladas à medida que as construções forem RECOMENDAÇÕES:
alicerçadas na compreensão do modo de vida.  Na escola, deverá ser criada uma comissão de
docentes para a supervisão geral do trabalho;
 A comissão de docentes deverá eleger subtemas para
Actividade de Consolidação o ciclo de palestras, sensibilizar e orientar os

PRODUTO FINAL: Ciclo de Palestras estudantes acerca da actividade;


 Os subtemas das palestras deverão estar relacionados
OBJECTIVOS:
directamente com os assuntos estudados durante o
1. Realizar um Ciclo de Palestras na comunidade escolar, trimestre lectivo, assim como com as necessidades da
com temáticas variadas escolhidas a partir dos conteúdos comunidade escolar;
estudados no trimestre lectivo;  Os estudantes deverão submeter à análise da
2. Promover a discussão de temáticas relevantes para a comissão, a justificativa que aponte a relevância do
comunidade escolar, relacionadas com as áreas do subtema escolhido;
conhecimento, através do Ciclo de Palestras;  Depois de escolhidos os subtemas, os docentes
3. Oportunizar que os estudantes sejam protagonistas da deverão proceder com a orientação aos estudantes
actividade, para consolidarem e socializarem os seus das metodologias e meios para realizar a
conhecimentos. apresentação;
 Caberá à escola a escolha do local de apresentação do
DURAÇÃO: 02º trimestre lectivo
Ciclo de Palestras, assim como o dia e horário das
mesmas. Caso hajam muitos turmas e apresentações,
a escola poderá fazer uma semana de apresentações,  Realizar divulgação para a comunidade escolar e criar
no mesmo horário, e divulgar uma agenda na meios para convidar os familiares e/ou a comunidade
comunidade para que as pessoas interessadas do entorno escolar.
possam comparecer;
 A data para realização do Ciclo de Palestra deve ser
AVALIAÇÃO:
agendada para antes do término do trimestre lectivo
para efeito das avaliações;
 Os docentes deverão considerar toda a envolvência  Envolvimento dos estudantes nas etapas de
dos estudantes, desde a escolha do tema, a organização e execução do Ciclo de Palestras;
concepção da palestra e a apresentação;  Habilidades no trabalho de equipa e individual;
 Os docentes deverão ressaltar que os estudantes que  Participação colectiva e individual nas apresentações;
não participarem no momento da palestra, na  Domínio do tema apresentado;
exposição do tema, deverão envolver-se em outras  Criactividade na escolha da metodologia utilizada para
actividades de organização da palestra; a palestra;
 O Ciclo de Palestras poderá ocorrer durante uma  Organização do evento e mobilização do público a ser
semana completa com cronograma dos temas e beneficiado com a actividade;
definição quanto ao público-alvo;  Atitudes de respeito e solidariedade para com os
colegas, tanto na elaboração do material, como na
 Na semana que antecede à realização do Ciclo de
apresentação do mesmo.
Palestras, os docentes deverão acompanhar os
estudantes no ensaio para a apresentação;
 Identificar as causas que levaram ao

5.5.2. Plano de Estudos de História para o Projecto desencadeamento da I Guerra Mundial.


Didáctico Integrado: De mãos dadas com a saúde

Objectivo da disciplina para o Projecto  Integrar a I Guerra Mundial no quadro geral das
características do imperialismo.
Analisar a correlação entre os modos de produção, as
transformações socioeconómicas e os efeitos na qualidade de
vida das populações.  Conhecer o alcance histórico da Revolução Socialista
de Outubro de 1917.
Objectivos Específicos:
Conteúdos:
 Compreender a Era Industrial na Europa.
TEMÁTICA 1: A era industrial
1.1. A Revolução Industrial inglesa e o contributo dos
escravos
 Compreender as transformações técnicas e
1.2. A industrialização europeia e americana no século XIX
económicas da Era Industrial. 1.3. Consequências da Revolução Industrial
1.3.1. As transformações socioeconómicas
1.3.1.1.A urbanização
 Relacionar a industrialização europeia ao domínio das 1.3.1.2. A fertilidade, a natalidade e as migrações
colónias e a formação dos impérios coloniais da
TEMÁTICA 2: A I Guerra Mundial e a África
Europa Ocidental. 2.1. Os factores de desencadeamento
2.1.1. Competição imperialista
2.1.2. Os africanos na I Guerra Mundial e o nacionalismo
2.2. Consequências
2.2.1. Crise da Europa e ascenção internacional dos EUA descobertas realizadas nos dois anos que estiveram a cursar
2.2.2. Criação da sociedade das Nações e seus objectivos este nível de ensino.
2.2.3. O reforço da exploração colonial e o movimento anti-
colonial em África
O verbo Descobrir advém da palavra descoberta. Do latim,
2.2.4. O nascimento do pan-africanismo
discooperio, - descobrir, por a descoberto, destapar, mostrar,
TEMÁTICA 3: A revolução socialista e a crise do sistema
manifestar, revelar, inventar.
capitalista internacional
3.1. A Revolução Socialista de Outubro de 1917 e o
surgimento do primeiro Estado Proletário Abordar esta temática é, sobretudo, um chamado para que os
3.1.1. Causas estudantes mostrem os conhecimentos cientificamente
3.1.2 Importância histórica alicerçados e construídos a partir de uma abordagem
3.2. A crise económica internacional de 1929 a 1932: da
América à Europa significativa e integrada dos conteúdos e objectivos previstos
3.3. Outras consequências no mundo para este nível.
3.3.1. O fascismo e o nazismo
3.3.2. As colónias africanas e asiáticas A apreciação Histórica do mundo revela uma sequência de
descobertas, invenções e grandes realizações da
5.6. Projecto: Um novo olhar para descobrir o mundo humanidade, assim como as contribuições dos povos, ao
longo desta evolução histórica, através da expressão cultural
5.6.1. Introdução
e das relações sócio-económicas. O conhecimento
Este Projecto Didáctico Integrado, denominado de Um novo desenvolvido e socializado é a materialização da necessidade
olhar para descobrir o mundo, encerra o 1º Ciclo do Ensino que “empurrou” o homem na procura de alternativas e de
Secundário de Adultos e convida os estudantes a avanços.
"manifestarem" os conhecimentos adquiridos e as
Os avanços tecnológicos provocam mudanças na forma de 4. Promover a interdisciplinaridade com o envolvimento
perceber e interagir no mundo, assim como novas das áreas de conhecimento, nas actividades elaboradas.
concepções florescem e reformulam o modo de constatar, DURAÇÃO: 3º trimestre lectivo
pensar, comprovar e viver.

Todas as disciplinas escolares sofreram as influências RECOMENDAÇÕES:


directas do desenvolvimento científico, de forma a permitir
 Constituir uma equipa de organização e execução e
ultrapassar o pensamento do mítico, empírico e linear.
uma equipa julgadora, com docentes das áreas de
O homem faz a História e a Ciência e sofre a influência da conhecimento envolvidas no Projecto, para apoio a
sua própia criação. actividade;
 Elaborar um cronograma com a distribuição das
Actividade de Consolidação
actividades que serão realizadas através do Circuito;
PRODUTO FINAL: Circuito de desafios interdisciplinares  A equipa de organização e execução deverá definir o
número de equipas e quantidade de estudantes que a
OBJECTIVOS:
devem compor, assim como propor uma ficha de
1. Promover a integração da comunidade escolar; inscrição para controlo;
2. Proporcionar a interacção social aliada ao aprendizado  Deverá ser criado um banco de dados com perguntas
e ao entretenimento; cujos aspectos foram estudados no trimestre, pelas
3. Valorizar a participação em equipa, a liderança e a áreas envolvidas no Projecto Didáctico para
disciplina; composição do Circuito;
 Proceder com a divulgação da inscrição das equipas  A equipa de organização e execução deverá criar os
de acordo com a definição estabelecida pela equipa de meios para a realização da actividade apoiada pelos
organização e execução; estudantes – as orientações gerais da actividade
 A actividade deve ser agendada para uma data e na seguem em anexo;
ocasião toda a comunidade escolar deverá participar;  A actividade deverá ser assitida pela comunidade
 Cada equipa inscrita pode constituir uma equipa de escolar e também pode ter pessoas convidadas a
apoio para as necessidades eventuais de auxílio, participar.
durante a realização da actividade;
AVALIAÇÃO:
 A equipa julgadora será responsavél pela avaliação do
desempenho dos participantes, além de controlar a  Envolvimento dos estudantes nas etapas de
pontuação das equipas durante a realização da organização e execução das actividades relacionadas
actividade; com o Circuito de desafios interdisciplinares;
 As equipas constituídas deverão criar momentos de  Habilidades no trabalho de equipa e individual;
estudo extra-classe, a fim de fundamentar a sua  Participação colectiva e individual nas actividades;
participação na actividade. Para tal, deverão em cada  Domínio dos conteúdos durante a realização da
encontro (mínimo de 1 por semana) registar a actividade;
presença dos participantes através de uma lista;  Atitudes de respeito e solidariedade para com os
 Divulgar com antecedência mínima de 3 semanas a colegas, tanto na elaboração do material, como na
data de realização da actividade; apresentação do mesmo.
ORIENTAÇÕES GERAIS DA ACTIVIDADE: 5. Errar na resposta das perguntas, sem que ainda tenha
pontos, obrigará a equipa julgadora a contabilizar pontos
Depois de constituídas as equipas e no dia da realização da
negativos para posteriores ajustes;
actividade, o responsável pela mediação do Circuito deverá
proceder da seguinte maneira: 6. Apresentar as perguntas para as equipas numa sucessão
crescente de pontuação, que deve ser estabelecida
1. Realizar o sorteio para definição da equipa que irá iniciar a
previamente entre a equipa de organização e execução e
actividade;
a equipa julgadora;
2. Apresentar a pergunta e aguardar o tempo determinado
7. Apresentar as perguntas a cada equipa e, à medida que
para que a resposta possa ser apresentada. A equipa, ao
esta não conseguir responder e passar a vez, o valor da
acertar a pergunta, avança para a pergunta seguinte.
resposta correcta da equipa seguinte deve ser dobrado;
Caso não responda deverá passar a vez para a equipa
seguinte; 8. Definir que, para as perguntas mais complexas, podem-se
apresentar 3 (três) opções de respostas às equipas;
3. Este procedimento deverá ser realizado até que a vez
retorne para a equipa que iniciou a actividade; 9. Proceder com o registo de desempenho de cada equipa, a
fim de auxliar no momento da avaliação dos estudantes.
4. Errar na resposta das perguntas, constitui a penalidade de
perder todos os pontos adquiridos;
5.6.2. Plano de Estudos de História para o Projecto
Didáctico Integrado: Um novo olhar para descobrir o
mundo
Objectivo da disciplina para o Projecto: Analisar o  Conhecer em traços gerais as consequências da
processo e as transformações históricas e suas política de blocos e a situação político/social do mundo
consequências políticas, económicas e sociais na vida das a partir dos anos 1950.
sociedades.
 Compreender a importância histórica do processo de
descolonização da Ásia e da África.
Objectivos Específicos:

Conteúdos:
 Conhecer as características principais do
desenvolvimento sócio-económico e político do mundo TEMÁTICA 1: A II Guerra Mundial
entre as duas guerras. 1.1. Situação geral da Europa antes da II Guerra Mundial
1.2. Os factores de desencadeamento
 Identificar as causas que levaram ao 1.2.1. As contradições entre a Alemanha e os seus vizinhos
1.2.3. A emergência do nazismo e fascismo
desencadeamento da II Guerra Mundial.
1.2. As ideologias, a perseguição racial e as experiências do
Genocídio
 Compreender o alcance das mudanças surgidas a nível 1.4. Consequências
1.4.1. A crise europeia e a ascenção das duas super-potências
mundial com desintegração do bloco soviético –
(EUA e URSS)
particularmente as operadas na região austral de 1.4.2. Recuperação económica da Europa: Plano Marshall
África. 1.4.3. A criação da Organização das Nações Unidas
1.4.4. A África na II Guerra Mundial (consequências)
1.4.4.1. Económicas
1.4.4.2. Sociais 3.3.2. Indonésia
1.4.4.3. Políticas 3.4. A descolonização de África
3.4.1. O pan-africanismo
3.4.2. A descolonização nos territórios ingleses, franceses
TEMÁTICA 2: A Guerra Fria e a desintegração do bloco e belgas
soviético 3.4.3. A descolonização dos territórios portugueses
2.1. A criação de dois grandes blocos político-militares 3.4.3.1. As guerras de libertação
2.1.1. OTAN 3.4.3.2. As independências - o caso de Angola
2.1.2. Pacto de Varsóvia
2.2. A Guerra Fria
2.1.1. A corrida aos armamentos
2.2.2. A crise de coexistência política
2.3. O movimento dos Não-Alinhados
2.4. A desintegração do bloco soviético e o
desenvolvimento do Sistema Socialista Mundial
2.4.1. Causas
2.4.2. Consequências

TEMÁTICA 3: A descolonização da Ásia e da África


3.1. O nacionalismo anti-colonial
3.1.1. Origens
3.1.2. Formas e avaliação
3.2. O papel dos sindicatos, das organizações juvenis, dos
partidos políticos e das elites tradicionais
3.3. As independências asiáticas
3.3.1. Índia
6. Orientações didácticas e metodológicas As situações didácticas para o ensino da disciplina de
História
Este Guia é destinado a fortalecer as relações de ensino e
aprendizagem e, portanto, reservou um espaço para
A aprendizagem das principais noções do pensamento
socializar algumas orientações didácticas, a partir da
histórico, como temporalidade e sucessão dos
metodológia participativa.
acontecimentos, está no centro do ensino desta disciplina:

A palavra didáctica vem da expressão grega Τεχνή διδακτική


1. Trabalho com sujeitos históricos e perspectivas
(techné didaktiké), que se pode traduzir como arte ou técnica
2. Leitura e escrita sobre História
de ensinar. A didáctica é a parte da pedagogia que se ocupa
3. Leitura de mapas geográficos e históricos
dos métodos e técnicas de ensino, destinados a colocar em
4. Representação gráfica do tempo
prática as directrizes da teoria pedagógica. A didática estuda
5. Análise de imagens
os diferentes processos de ensino e aprendizagem.

Para apoiar novas práticas didácticas (métodos e técnicas de As aulas de História não podem ser reduzidas à memorização
ensino), que favoreçam sobretudo a aprendizagem de adultos de datas e acontecimentos passados. É preciso tornar o
neste ciclo, seguem-se algumas técnicas que podem ensino da disciplina mais dinâmico, atraente, motivador. A
contribuir para o ensino, a partir de metodologia participativa, disciplina de História considera questões sociais e actua na
e para a aprendizagem significativa. aprendizagem de noções essenciais do pensamento histórico,
como a de temporalidade: de que forma se dá a organização
dos factos, a divisão entre passado, presente e futuro e a O que o estudante aprende: Que, dependendo do sujeito que
simultaneidade de eventos. escreve, existem várias versões sobre um facto e que os
diferentes registros são fontes de informação para conhecer o
A ideia de passado para muitos estudantes é uma coisa só: passado.
Tudo é antigamente. As dificuldades aparecem quando os
estudantes lidam com textos históricos. Eles não tomam as 2. Leitura e escrita sobre História
datas como indicação temporal, e sim a apresentação dos
factos no texto: "o que vem antes, ocorreu antes". O que é: O professor distingue nos textos funções, estilos,
argumentos e pontos de vista e propõe leitura e actividades.
1. Trabalho com sujeitos históricos e perspectivas Uma delas é identificar e utilizar os tempos verbais
adequados, os marcadores temporais, os de causalidade e os
O que é: A identificação, em fontes documentais, do ponto de de contextualização.
vista de quem conta a história e a recriação dela com base
em outros personagens e outras concepções. Uma Quando propor: Em todas as aulas. A complexidade dos
alternativa: comparar informações sobre um mesmo facto ou textos lidos deve aumentar ano a ano.
tema em diferentes fontes bibliográficas.
O que o estudante aprende: Que as obras de conteúdo
Quando propor: Sempre que se trabalhar com relato histórico histórico possuem organização temporal e contemplam as
(narrativas). relações entre os acontecimentos.
3. Leitura de mapas geográficos e históricos Quando propor: Em todas as aulas, de forma incorporada
aos temas estudados.
O que é: Actividades para localizar transformações históricas
no espaço. Uma delas é a comparação de mapas de O que o estudante aprende: Noções de tempo cronológico,
diferentes épocas com os da actualidade. duração, simultaneidade, causalidade, anterioridade e
posteridade e relação entre momentos da história local,
Quando propor: Em todas as aulas, de forma incorporada aos regional e nacional.
conteúdos.
5. Análise de imagens
O que o estudante aprende: A noção de espacialidade,
localizando a História no espaço e percebendo que existe O que é: Estudo com fotografias, propagandas e desenhos de
mudança tanto no tempo quanto no espaço. diferentes épocas. Sempre que possível, é interessante
comparar essa produção histórica com situações actuais.
4. Representação gráfica do tempo
Quando propor: Em todas as aulas. De acordo com o ano,
O que é: Elaboração de linhas do tempo, com escala, de aprofundar as discussões, introduzindo, por exemplo, a
determinados recortes históricos. A selecção dos factos deve questão da intencionalidade na produção de fotos ou pinturas.
permitir ao estudante localizar sua vida na linha. É
interessante trabalhar com diferentes linhas do mesmo O que o estudante aprende: A identificar visualmente
período para discutir a simultaneidade de acontecimentos. mudanças no tempo e a investigar como era determinada
época com base em imagens, construindo hipóteses e 3. Como usar a técnica:
pesquisando sobre o contexto em que foram feitas.
a) Os estudantes são distribuídos em: Equipa A, Equipa B e
jurados. A disposição dos candidatos ou grupos, nas mesas,
6.1. Júri Simulado
será dada ou orientada pelo Juiz.
b) Cada participante deverá estar munido com o material de
1. Caracterização da técnica: a técnica possibilita o estudo
estudo e bem informado sobre o tema da actividade.
de determinado tema, levando o grupo a uma atenção quanto
c) O juiz (professor) indica pontos de vista antagónicos para
a confirmação ou rejeição dos aspectos pertinentes ao tema.
ser apresentado por cada equipa e marca o tempo de
Cria a oportunidade de discutir e argumentar pontos de vistas
apresentação, de réplica e de tréplica, por parte dos
diferentes.
"advogados" de cada equipa.
d) O juiz (professor) poderá fazer perguntas sobre o tema, de
2. A técnica é útil para:
forma a verificar o embasamento de cada grupo.
a) Desenvolver as habilidades de argumentação e da retórica.
d) Terminada a apresentação do item "c", os jurados se
b) Motivar o estudo aprofundado de um tema para poder
reunem e dão um veredicto a questão indicando os pontos
defender um ponto de vista.
fortes e fracos de cada apresentação, assim como justificam
c) Desenvolver a percepção do "endosso" ou do "protesto" a
o seu veredicto.
questões apresentadas.
d) Desenvolver a capacidade de síntese e de ordenação do
pensamento.
6.2. Mesa Redonda c. Coordenação no grupo de um estudante indicado pelo
grupo ou pelo professor.
1. Caracterização da técnica: grupo pequeno de pessoas
d) Apresentação do parecer final do grupo para toda a classe.
para conduzir a discussão de um assunto, em igualdade de
condições.
6.3. Técnica de Exploração de Ideias
2. A técnica é útil para:
1. Caracterização da técnica: possibilita fundir o esforço
a. Discutir ou reflectir sobre um tema ou situação-problema. individual com o do grupo, no entendimento de um texto. Leva
b. Obter a participação de todos (num grupo pequeno). a uma leitura cuidadosa, minuciosa e profunda do texto, de
c. Chegar a uma decisão participativa e, quando possível, forma individual.
unânime.
d. Levar os participantes a assumir responsabilidades. 2. A técnica é útil para:
Participação na decisão é garantia de colaboração.
a. Habituar a ler um texto com o máximo de atenção.
3. Como usar a técnica b. Habituar a ler e interpretar o texto.
c. Perceber os detalhes de um texto.
a. Pequeno número de participantes, sentados em um círculo, d. Perceber os aspectos gerais de um texto.
em igualdade de condições. e. Aprofundar o assunto em estudo.
b. Discussão livre entre si sobre o tema proposto.
3. Como usar a técnica: e. Após esta terceira leitura, em pequenos grupos, discute-se
os aspectos mais importantes do texto, sua idéia principal e
a. Distribuir o texto entre os participantes solicitando que o as ideias secundárias.
mesmo seja lido integralmente e de uma só vez, pelo que o f. Após o tempo da discussão, o grupo fará um resumo do
referido texto não deve ser nem muito longo nem muito texto estudado e indicará as dúvidas que permanecem e
sintético. outros temas importantes para serem abordados com relação
b. Após esta primeira leitura, os participantes são convidados ao texto estudado.
a uma segunda leitura, devendo ser apontadas (ou marcadas) g. A seguir, cada grupo apresentará as resumo e
as partes não compreendidas, do texto. considerações;
c. Após esta segunda leitura, será levado a efeito um trabalho g. Finalmente, após o término do momento anterior, o
de esclarecimento quanto às partes não compreendidas, com orientador fará uma apreciação do trabalho desenvolvido,
a cooperação de todo o grupo e o coordenador. Cada completando-o se necessário.
participante expõe suas dúvidas, que o grupo procurará
esclarecer, sendo que, quando a mesma não conseguir, o 6.4. Leitura Dirigida
orientador o fará.
d. Terminados os esclarecimentos, será feita uma terceira 1. Caracterização da técnica: Orientar o foco da classe para
leitura em que cada participante aponta ou marca as partes determinados aspectos, a partir da leitura de um texto.
do texto consideradas mais importantes, significativas ou
fundamentais. 2. A técnica é útil para:
a) Aprofundar o estudo sobre determinados aspectos já g) Cada grupo apresenta as suas conclusões às questões do
estudados. roteiro e o professor faz as complementações e mediações
b) Promover a interpretação minuciosa e individual de textos necessárias.
ou de seus elementos.
6.5. Estudo de Texto

3. Como usar a técnica: 1. Caracterização da técnica: é a exploração de idéias de


um autor a partir do estudo crítico de um texto e/ou a busca
a) Conversar com o grupo sobre a idéia geral do assunto a de informações e exploração de idéias dos autores
ser explorado. estudados.
b) Comentar os aspectos relevantes do tema.
c) Se houver tempo, primeiro fazer uma leitura geral, colectiva 2. A técnica é útil para: Identificar / Obter e Organizar dados/
e em voz alta do texto e só então fazer a leitura individual. Interpretar /Análisar / Reelaborar e Sintetizar.
d) Após a leitura individual discutir as dúvidas e principais
pontos do texto colectivamente. 3. Como usar a técnica:
a) Contexto do texto - data, tipo de texto, autor e dados sobre
e) Dar aos estudantes um roteiro para a exploração,
este.
individual, do texto.
b) Análise textual- preparação do texto: visão de conjunto,
f) Em pequenos grupos, os estudantes vão discutir as busca de esclarecimentos, verificação de vocabulário.
respostas dadas individualmente as questões do roteiro.
c) Análise temática - compreensão da mensagem do autor: definição do texto dependerá do objetivo que professores e
tema, problema, tese, linha de raciocínio, idéia central e as estudantes têm para aquela unidade de estudo. A escolha de
idéias secundárias. um material que seja acessível ao estudante e ao mesmo
d) Análise interpretativa/ extrapolação ao texto, levantamento tempo que vá desafiá-lo, assim como o acompanhamento do
e discussão de problemas relacionados com a mensagem do processo pelo professor, é condição de sucesso nessa
autor. estratégia. São habituais as observações de docentes acerca
e) Problematização - interpretação da mensagem do autor: da dificuldade de leitura e interpretação por parte dos
corrente filosófica e influências, pressupostos, associação de estudantes. Se essas são habilidades constatadas como
idéias, crítica. pouco desenvolvidas, elas devem se tomar objecto de
f) Síntese - reelaboração da mensagem, com base na trabalho sistemático na escola para todas as áreas de
contribuição pessoal. formação. Quando o hábito de leitura não estiver interiorizado,
ficará mais fácil mobilizar o estudante para textos que se
Avaliação: Produção escrita ou oral, com comentário do refiram à realidade, em especial ao campo de trabalho futuro.
estudante, tendo em vista as habilidades de compreensão, Esses textos iniciais podem ser acrescidos de outros com
análise, síntese, julgamento, inferências e interpretação dos mais especificidades de linguagem, conteúdos e
conteúdos fundamentais e as conclusões a que chegou. complexidade da área em estudo.
Muitas vezes o professor trabalha um texto com os
Observações pertinentes: estudantes e pede um "resumo"; para resumir o estudante
Um estudo de texto pode ser utilizado para os momentos de precisará identificar, interpretar, analisar, organizar os dados,
mobilização, de construção e de elaboração de síntese. A sintetizar para obter a produção solicitada pelo professor.
Resumir não é uma operação mental simples, ela exige o Como utilizar a técnica:
auxílio e o acompanhamento do processo pelo professor pelo Professor contextualiza o tema de modo a mobilizar as
menos nas primeiras tentativas. A construção de esquemas, estruturas mentais do estudante para operar com as
feitos coletivamente com a classe, auxilia o trabalho informações que este traz, articulando-as às que serão
individualizado apresentadas; faz a apresentação dos objectivos de estudo
da unidade e sua relação com a disciplina ou curso. Faz a
exposição, que deve ser bem preparada, podendo solicitar
6.6. Aula expositiva dialogada
exemplos aos estudantes, e busca o estabelecimento de
Caracterização da técnica: é uma exposição do conteúdo, conexões entre a experiência vivencial dos participantes, o
com a participação activa dos estudantes, cujo conhecimento objetco estudado e o todo da disciplina. É importante ouvir o
prévio deve ser considerado e pode ser tomado como ponto estudante, buscando identificar sua realidade e seus
de partida. O professor leva os estudantes a questionarem, conhecimentos prévios, que podem mediar a compreensão
interpretarem e discutirem o objecto de estudo, a partir do crítica do assunto e problematizar essa participação. O forte
reconhecimento e do confronto com a realidade. Deve dessa estratégia é o diálogo, com espaço para
favorecer análise critica, resultando na produção de novos questionamentos, críticas e solução de dúvidas: é
conhecimentos. Propõe a superação da passividade e imprescindível que o grupo discuta e reflita sobre o que está
imobilidade intelectual dos estudantes. sendo tratado, a fim de que uma síntese integradora seja
elaborada por todos.
A técnica é útil para: Obtenção e organização de dados/
Interpretação/ Decisão/ Comparação/Resumo.
Avaliação: participação dos estudantes na contribuição para professor deve ser tal que "o fio da meada" possa ser
a exposição do tema através de perguntas, hipóteses ou interrompido com perguntas, observações, intervenções, sem
respostas e sínteses. Pela participação do estudante que o professor perca o controle do processo. Com a
acompanham-se a compreensão e a análise dos conceitos participação contínua dos estudantes fica garantida a
apresentados e construídos. Podem-se usar diferentes formas mobilização, e são criadas as condições para a construção e
de obtenção da síntese pretendida na aula: de forma escrita, a elaboração da síntese do objecto de estudo.
oral, pela entrega de perguntas, esquemas, portfolio, sínteses
variadas, complementação de dados no mapa conceitual e 6.7. Seminário
outras actividades complementares a serem efetivadas em
Descrição: Trata-se de estudo de um tema a partir de fontes
continuidade pelos estudantes.
diversas a serem estudadas e sistematizadas pelos
estudantes, com o objectivo de construir uma visão geral,
Observações pertinentes:
como diz a palavra, "fazer germinar" as idéias. Portanto, não
A aula expositiva dialogada é uma estratégia que vem sendo
se reduz a uma simples divisão de capítulos ou tópicos de um
proposta para superar a tradicional palestra docente. Há
livro entre grupos.
grandes diferenças entre elas sendo a principal a participação
do estudante que terá suas observações consideradas,
Operações de pensamento (predominantes): Análise /
analisadas, respeitadas, independentemente do nível
Interpretação / Crítica / Levantamento de hipóteses / Busca
hipotético e da procedência delas, em relação ao assunto
de suposições / Obtenção de organização de dados /
tratado. O clima de cordialidade, parceria, respeito e troca é
Comparação / Aplicação de fatos a novas situações.
essencial. O domínio do quadro teórico relacional pelo
Dinâmica da actividade: Durante a discussão do tema aponta-se os problemas
Três momentos: formulados, as idéias-chave, as soluções e as conclusões
1. Preparação - O professor deverá: encontradas. Ao final o professor dirigir a etapa de
a) Apresentar o tema e/ ou seleccioná-la conjuntamente com consolidação ao final de cada apresentação, organizando
os estudantes, justificar sua importância, desafiar os uma síntese integradora do que foi apresentado.
estudantes, apresentar os caminhos para realizarem as
pesquisas e suas diversas modalidades (bibliográfica, de 3. Relatório:
campo ou de laboratório); Trabalho escrito em forma de resumo pode ser produzido
individualmente ou em grupo.
b)Organizar o calendário para as apresentações dos
trabalhos dos estudantes; Avaliação: Os grupos são avaliados e exercem também a
função de avaliadores. Os critérios de avaliação devem ser
c)Orientar os estudantes na pesquisa (apontar fontes de adequados aos objectivos da actividade em termos de
consulta bibliográfica e/ou pessoas/instituições) e na conhecimento, habilidades e competências. Sugestão de
elaboração de seus registos para a apresentação ao grupo; critérios de avaliação:
d)Organizar o espaço físico para favorecer o diálogo entre os • clareza e coerência na apresentação;
participantes. • domínio do conteúdo apresentado;
• participação do grupo durante a exposição;
2. Desenvolvimento: • utilização de dinâmicas e/ ou recursos audiovisuais na
apresentação.
Observações: 6.8. Estudo do Meio

A preparação do seminário e a garantia de funcionamento das Descrição: É um estudo directo do contexto natural e social
diversas etapas de sua realização constituem pressupostos no qual o estudante se insere, que tem por objectivo estudar
importantes para um bom resultado dele. Os estudantes uma determinada situação de forma interdisciplinar. Cria
precisam ter clareza prévia dos diversos papéis que condições para o contacto com a realidade, propicia a
desenvolverão durante toda a dinâmica dos trabalhos. aquisição de conhecimentos de forma directa, por meio da
experiência vivida.
Enquanto os grupos podem apresentar suas sínteses também
por escrito, o professor precisa, além de fazer o fechamento Operações de pensamento (predominantes): Observação /
após a apresentação de cada grupo, realizar síntese Obtenção e Organização de Dados/ Interpretação
integradora ao final de todas as apresentações, a fim de /Classificação / Busca de Suposições / Análise /
garantir o alcance de todos os objectivos propostos para o Levantamento de Hipóteses / Crítica / Aplicação de fatos a
seminário. novas situações / Planejamento de Projectos e Pesquisas.

No desenvolvimento dessa estratégia são atingidas as Dinâmica da actividade:


dimensões de preparação ou mobilização para o
conhecimento: a estudar, a lêr, a discutir a base teórica e 1. Planeamento: os estudantes decidem junto com o
prática de sua pesquisa e, ao mesmo tempo, estabelece-se professor o foco de estudo, os aspectos importantes a
relações e produz-se as possíveis sínteses. serem observados, os instrumentos a serem usados
para o registo da observação e fazem uma revisão da Observações:
literatura referente ao foco de estudo.
2. Execução do estudo conforme planeado: levantamento O estudo do meio possibilita aos envolvidos – professor e
de pressupostos, efetivação da visita, da coleta de estudantes – uma revisão, um reflectir sobre os dados da
dados, da organização e sistematização, da transcrição teoria que fundamentaram o objecto de estudo. Possibilita
e análise do material coletado. também a vinculação do estudante à realidade, uma
3. Apresentação dos resultados: os estudantes discussão dos elementos teóricos que ainda respondem aos
apresentam as conclusões para a discussão do grande problemas e dos que já se encontram superados. Como
grupo, conforme os objectivos propostos para o estudo. viabiliza a aplicação de fatos a novas situações, a revisão de
hipóteses, a organização e reorganização de dados, prepara
Avaliação: O planeamento e o acompanhamento do o estudante para se flexibilizar, lidando com a abertura diante
processo devem ser contínuos. Normalmente os objectivos de novos e inesperados elementos apresentados pela
estão em referencia directa com os elementos estabelecidos realidade dinâmica. A mobilização é imediata, levando
no roteiro de observação e coleta de dados, organizado no também à construção e à elaboração de sínteses cada vez
plano. As etapas de organização, análise e síntese devem ser mais significativas, principalmente se os resultados dos
acompanhadas das correções necessárias. O relatório final grupos puderem ser socializados e ampliados.
pode contemplar as etapas da construção ou se referir a
elementos de extrapolação, dependendo dos objectivos
traçados.
6.9. Ensino com Pesquisa  Definição de dados a serem coletados e dos
procedimentos de investigação;
Descrição: é a utilização dos princípios do ensino associados  Definição da análise dos dados;
com os da pesquisa. Concepção de conhecimento e ciência  Interpretação / validação das suposições;
em que a dúvida e a crítica sejam elementos fundamentais;  Síntese e apresentação dos resultados;
 Revisões e recomendações.
Operações de pensamento (predominantes): Observação /
Interpretação / Classificação / Crítica / Resumo / Análise / Avaliação: O acompanhamento do processo deve ser
Hipóteses e busca de suposições / Decisão, comparação e contínuo em todas as fases, assim como as correções e
imaginação / Planejamento, obtenção e organização de dados ajustes devem ser faseados e atempados, antes do estudante
/ Aplicação de fatos a novas situações. iniciar a fase sequinte. As hipóteses incompletas, dados não
significativos, devem ser substituídas pelos mais adequados.
Dinâmica da actividade: Um cronograma de fases e acções auxilia no autocontrole,
pelo estudante ou grupo.
1. Desafiar o estudante como investigador. Os critérios de valorização devem ser estabelecidos
2. Estabelecimento de princípios: movimento e alteração do antecipadamente e, como são critérios construídos, podem
conhecimento, solução de problemas, critérios de validação, ser reformulados no processo.
reprodução e análise.
3. Construção do projecto:
 Definição do problema de pesquisa;
Observações pertinentes: pensamento claro, crítico, construtivo e autônomo. Difere do
ensino para a pesquisa, próprio da pós-graduação, no fato de
O ensino com pesquisa oferece condições para que os que a autonomia do pesquisador já está mais avançada,
estudantes adquiram maior autonomia, assumam exigindo a mediação docente na construção das atitudes
responsabilidades, desenvolvam disciplina, tomada como científicas citadas.
habilidade de se manter o tempo necessário na busca da
solução de problemas até o esgotamento das informações,
6.10. Chuva de ideias
com treino de trabalho intelectual a ser supervisionado pelo
professor. No contexto do ensino com pesquisa alguns Descrição: é uma possibilidade de estimular a geração de
princípios são fundamentais: o conteúdo é tomado como novas idéias de forma espontânea e natural, deixando
provisório, datado e resultado de investigação; novos estudos funcionar a imaginação. Não há certo ou errado. Tudo o que
podem reformular o existente com novas perspectivas. for levantado será considerado, solicitando-se, se necessário,
Os critérios para validação do conhecimento são os de uma explicação posterior do estudante.
probabilidade, plausibilidade, demonstração, evidência lógica
e empírica. Procura-se construir com o estudante a disciplina Operações de pensamento (predominantes): Imaginação e
persistindo na busca de dados ou informações, na criactividade/Busca de suposições/Classificação
observação, leitura, redação, análise e síntese, até esgotar o
Dinâmica da actividade:
problema. Para isso, é necessária uma busca de equilíbrio
Ao serem perguntados sobre uma problemática, os
entre a reprodução das informações já existentes e as novas
estudantes devem:
que a pesquisa possibilita, no desenvolvimento de
1.Expressar em palavras ou frases curtas as idéias sugeridas Observações pertinentes:
pela questão proposta.
Trata-se de uma estratégia vivida pelo colectivo da classe,
2.Evitar atitude crítica que levaria a emitir juízo e/ ou excluir
com participações individuais, realizada de forma oral ou
idéias.
escrita. Pode ser estabelecida com diferentes objectivos,
3.Registrar e organízar a relação de idéias espontâneas.
devendo a avaliação se referir a eles. Utilizada como
4.Fazer a seleção delas conforme critério seguinte ou a ser
mobilização, desperta nos estudantes uma rápida vinculação
combinado:
com o objecto de estudo; pode ser utilizada no sentido de
 Ter possibilidade de ser postas em prática logo;
colectar sugestões para resolver um problema do contexto
 Ser compatíveis com outras idéias relacionadas ou durante o processo de construção, possibilitando ao professor
enquadradas numa lista de idéias; retomar a teia de relações e avaliar a criactividade e a
 Ser apreciadas operacionalmente quanto à eficácia a imaginação, assim como os avanços do estudante sobre o
curto, médio e longo prazo. assunto em estudo

Avaliação: observação das habilidades dos estudantes na


6.11. Estudo de caso
apresentação de idéias quanto a: capacidade criativa,
concisão, logicidade, aplicabilidade e pertinência, bem como Descrição: É a análise minuciosa e objectiva de uma
seu desempenho na descoberta de soluções apropriadas ao situação real que necessita ser investigada pelos estudantes.
problema apresentado.

Operações de pensamento (predominantes): Análise/


Interpretação / Crítica/ Levantamento de hipóteses/ Busca de
suposições/ Decisão/ Resumo.
• Descrição do caso: aspectos e categorias que compõem o
Dinâmica da actividade: todo da situação. Professor deverá indicar categorias mais
importantes a serem analisadas;
1. O professor expõe o caso a ser estudado (distribui ou lê o
problema aos participantes), que pode ser um caso para cada • Prescrição do caso: estudante faz proposições para
grupo ou o mesmo caso para diversos grupos. mudança da situação apresentada;
2. O grupo analisa o caso, expondo seus pontos de vista e os • Argumentação: estudante justifica suas proposições
aspectos sob os quais o problema pode ser enfocado. mediante aplicação dos elementos teóricos de que dispõe.

3. O professor retoma os pontos principais, analisando Avaliação: O registro da avaliação pode ser realizado por
coletivamente as soluções propostas. meio de ficha com critérios a serem considerados, tais como:

4. O grupo debate as soluções, discernindo as melhores • aplicação dos conhecimentos (a argumentação explicita os
conclusões. Papel do professor: selecionar o material de conhecimentos produzidos a partir dos conteúdos);
estudo, apresentar um roteiro para trabalho, orientar os • coerência na prescrição (os vários aspectos prescritos
grupos no decorrer do trabalho, elaborar instrumento de apresentam uma adequada relação entre si);
avaliação. • riqueza na argumentação (profundidade e variedade de
pontos de vista);
Análise de um caso: • síntese.
Observações pertinentes: conceitos, argumentos e ser também um jeito particular de
estudo de casos, já que a teatralização de um problema ou
A estratégia de estudo de caso oportuniza a elaboração de situação perante os estudantes equivale a apresentar-lhes um
um forte potencial de argumentação com os estudantes e caso de relações humanas.
refere-se tanto ao momento de construção do conhecimento
como da síntese. Os aspectos relacionados à mobilização Operações de pensamento (predominantes): Decisão
para o estudo são determinantes para o envolvimento de /Interpretação / Crítica /Busca de suposições / Comparação
todos no estudo e na busca de solução do caso proposto. O /Imaginação
caso deve estar incluído no contexto de vivência do
estudante, ou em parte de uma temática em estudo. Quanto Dinâmica da actividade:
mais desafiador for o assunto, maior a possibilidade de
manter os estudantes envolvidos. As soluções não devem ser Pode ser planejada ou espontânea:
comparadas com as dos demais grupos, mas sim quanto ao
esforço do próprio grupo. 1. No primeiro caso, o professor escolhe o assunto e os
papéis e os distribui entre os estudantes, orientando sobre
6.12. Dramatização como atuar.
2. No segundo caso o planeamento pode ser deixado
Descrição: É uma representação teatral, a partir de um foco, inteiramente por conta dos estudantes, o que dá mais
problema, tema etc. Pode conter explicitação de idéias, autenticidade ao exercício.
3. É possível montar um círculo ao redor da cena para que não seja o seu próprio. Traz à sala de aula um pedaço da
todos observem bem a apresentação. realidade social, de forma viva e espontânea, para ser
4. O professor informa o tempo disponível e pede aos observada e analisada pelos estudantes. Desenvolve a
estudantes que prestem atenção em pontos relevantes criactividade, a desinibição, a inventividade e a liberdade de
conforme o objetivo do trabalho. expressão. Em relação às dimensões da construção do
5. No final, fazer o fechamento da actividade. conhecimento, pode ser utilizada especialmente para os
momentos de mobilização e de síntese. Na mobilização,
Avaliação: O grupo será avaliado pelo professor e pelos como incentivo a mergulhar numa problemática real e, como
colegas. Sugestão de critérios de avaliação: síntese, para verificar o alcance que o grupo realizou de uma
• clareza e coerência na apresentação; problemática existente, em análise e/ou discussão.
• participação do grupo observador durante a apresentação;
• utilização de recursos que possam tornar a dramatização 6.13. Painel Progressivo
mais real;
• criactividade e espontaneidade. 1. Caracterização da técnica: Consiste no trabalho individual
que progride para o grande grupo através da formação
Observações pertinentes: sucessiva de grupos que se constituem pela junção de grupos
É uma estratégia que tem várias finalidades. Possibilita o formados na etapa anterior, que vão aumentando até se
desenvolvimento da "empatia", isto é, a capacidade de os fundirem num só (plenário). Em cada etapa sucessiva os
estudantes se colocarem imaginariamente em um papel que grupos devem retomar as conclusões da etapa anterior a fim
de desenvolvê-las, harmonizando-as.
2. A técnica é útil para: d) Desejarmos incrementar a discussão, possibilitando a
todos darem a sua contribuição.
a) Aprofundar o conhecimento de um tema pelas diferentes e) As condições físicas do ambiente permitirem o
visões e maneiras de abordá-lo e tratá-lo. deslocamento de cadeiras e sua disposição em círculo.
b) Fazer com que os participantes entendam o tema. f) Se pretender valorizar a contribuição pessoal de cada
c) Integrar o grupo. membro e a troca de experiências.
d) Introduzir um conteúdo novo.
e) Obter a participação de todos os membros do grupo. 4. Como usar a técnica:
f) Obter conclusões do grupo acerca de um assunto-
problema. a) Planei com antecedência a reunião em que aplicará a
g) Prosseguir o debate sobre um assunto anteriormente técnica, em função do tema, do número de participantes, do
apresentado sob a forma de audiovisual, dramatização, tempo, etc.
palestra, etc. b) Após a apresentação do problema ou distribuição das
cópias do assunto a ser discutido a todos os participantes,
3. Use a técnica quando: explique o funcionamento da técnica em suas várias etapas,
como pede:
a) Trabalhar com grupos de 15 pessoas, no mínimo. c) Leitura individual do texto ou resposta por escrito a uma
b) For conveniente quebrar o formalismo do grupo. questão feita.
c) Desejarmos obter o consenso grupal acerca do tema quer
esteja sendo estudado.
d) Grupamento de dois ou mais membros que analisam, 2. A técnica é útil para:
discutem e elaboram uma conclusão com base nas
contribuições individuais. a) Obter informações, factos ou opiniões sobre algum
e) Grupamento cujo número de membros seja múltiplo do assuntos de importância para o grupo.
número de integrantes dos grupos anteriores, trabalhando as b) Estimular o interesse do grupo por um tema.
conclusões anteriores, listando-as e aglutinando-as. c) Conseguir maior rendimento de um especialista que seja
Conclusões gerais do grupão (plenário). versátil ao falar sozinho perante um grupo.
f) Número de etapas e o tempo de duração de cada é limitado
pelo número de participantes e pelo assunto a ser debatido. 3. Use a técnica quando:
a) Quiser fazer um levantamento inicial ou aprofundar um
tema já estudado pelo grupo.
6.14. Entrevista
4. Como usar a técnica:
1. Caracterização da técnica: consiste num conjunto de
perguntas feitas por um entrevistador, que representa o a) Convidar uma personalidade (que viveu alguma
grupo, a uma personalidade (que viveu alguma experiência ou experiência ou facto ou é um especialista em algum
facto ou é um especialista em algum assunto) em assunto) para vir a escola.
determinado assunto. Este, geralmente, não pertence ao b) Os grupos (da turma) elaborarão uma lista de perguntas
grupo, ao contrário do entrevistador que é membro dele. É para a personalidade.
menos formal que a preleção e mais formal que o diálogo. O
c) Após a produção dos grupos, o professor fará uma apoiar a apreciação do filme, com as questões ou principlais
plenária e, colectivamente, com a turma, serão escolhidas aspectos que os estudantes devem observar durante a filme.
as perguntas que farão parte do Guião da entrevista. Estas questões poderão ser discutidas oralmente pela turma
d) Cada grupo indica um estudante para compor a mesa de após o filme e poderão, também ser respondida por escrito,
entrevistadores, sendo o professor o mediador da em grupo ou individualmente. O filme é um recurso de
entrevista. consolidação, que exemplifica e demonstra um tema ou
e) A entrevista deverá ser mantida em tom de conversa e as conteúdo;
perguntas devem ser formuladas de forma a evitar
c) Estudo de biografias: A biografia é a obra sobre a vida de
respostas do tipo "sim" ou "não".
uma determinada pessoa, geralmente produzida por
escritores, jornalistas e historiadores. Já as autobiografias ou
Sugestões de recursos didácticos para o ensino da os livros de memórias apresentam as impressões pessoais de
disciplina de História: uma pessoa sobre sua própria trajetória. Actualmente, as
biografias, especialmente as produzidas pelos historiadores,
a) Visita a sítios históricos, arqueológicos e museus. Estas
apresentam não apenas um inventário das acções de uma
visitas devem ser exploradas pelo professor antes de serem
determinada pessoa durante sua vida, mas procuram
efectivadas. O professor poderá elaborar um guia para a visita
estabelecer relações entre suas experiências pessoais e o
com as questões ou principlais aspectos que os estudantes
contexto no qual a personagem biografada viveu. Nesse
devem observar durante a visita (percepção dirigida);
sentido, elas oferecem a oportunidade de compreensão de
b) Filmes épicos, clássicos e documentários: Ex.: Filme A um determinado período ou processo histórico ao qual uma
Rainha Ginga. O professor poderá elaborar um guia para pessoa está relacionada. Já as autobiografias e livros de
memórias têm um caráter mais pessoal e podem revelar uma 7.1.1. Quem sou?
série de informações acerca das visões de mundo do autor,
seus círculos de sociabilidade etc. Ao contrário da biografia, O material necessário: Pedaços de papel, lápis/canetas e fita
que pode se apresentar como um estudo, a autobiografia adesiva. Caso se deseje estabelecer um placar, basta uma
representa uma fonte para o estudo, não apenas do autor, folha de papel ou mesmo o quadro da sala de aula.
mas também de seu tempo.
Preparação:
d) Leitura de documentos e produção de relatos: São
As regras devem ser estabelecidas em conjunto logo antes do
documentos históricos: livros, mapas, fotografias, relatos
início da partida. É recomendável estabelecer:
orais.
 Um recorte temporal e/ou temático de acordo com o
7. Outros Recursos Didácticos:
assunto que está sendo estudado no momento, por
Abaixo seguem alguns recursos auxiliares que podem ser exemplo: Independência de Angola.
utilizados pelos professores como forma de complementar a  As categorias a serem respondidas, dentre
suas actividades e, também, auxiliar os estudantes em personagens, acontecimentos, anos, locais, objetos...
pesquisas e estudos. O que "vale" e o que "não vale" deve ser combinado
nesse momento.
7.1. Jogos Didácticos: sugestão de jogos didácticos que
podem ser adaptados à realidade, à temática e ao público
alvo.
O Jogo: O professor deve ficar de fora do jogo, a supervisionar e
orientar as perguntas, respostas e dicas.
Os estudantes são dispostos em um círculo e recebem um
pedaço de papel e um de fita adesiva. Cada estudante 7.2. Banda desenha de História
escreve no papel a resposta e cola na testa do colega à sua
esquerda, sem que ele veja. Os estudantes são instruídos a É uma actividade que estimula a leitura, a criactividade, a
escreverem em um tamanho suficiente para que todos no expressão artística e a imaginação. A partir do tema
círculo visualizem quem/o que é cada um dos colegas. estudado, os grupos apresentam o conteúdo ou tema na
forma de "banda desenhada". No final da actividade são
Em cada rodada, o estudante (jogador) tem direito a fazer expostas as produções de cada grupo.
uma pergunta, que deve ser respondida pelos colegas
7.3. Linha do tempo
utilizando apenas as palavras "sim" ou "não". Exemplos:
"Lutei na Guerra de Independência?" "Sou homem?" "Sou um Actividade: Uma linha de tempo pode representar uma
sítio?". O jogador, a partir da resposta do grupo pode usar a importante ferramenta para prender a atenção dos
sua vez para tentar dar a resposta que está na sua testa, na estudantes, os desafiando e envolvendo-os em assuntos
última rodada os jogadores devem dar dicas sucessivas até interessantes.
que os colega responda correctamente. Todos podem e
O professor constrói uma linha de tempo somente com as
devem participar nesse momento. Incentive que as dicas
datas e os estudantes irão complementá-la com as principais
dadas se relacionem ao conteúdo estudado.
informações de cada momento histórico. Poderá haver
ilustrações feitas pelos estudantes.
de Adultos, em sintonia com as orientações da Reforma
Educativa, prevê para a Aceleração do 1º Ciclo do Ensino
Secundário de Adultos que a avaliação das aprendizagens
tenha foco nos seguintes aspectos:

 Ênfase no processo de construção do conhecimento


(avaliação contínua).

 Organização dos resultados e dos dados quantitativos


para redefinir estratégias de intervenção de ensino.

 Valorização das possibilidades formuladas por cada


aprendente.

 Preparação e revisão para os exames.

 Auto-avaliação e avaliação do trabalho colectivo / de


grupo (de consolidação do projecto).

 Validação e certificação das competências.


8. Avaliação

A avaliação tem por objectivo acompanhar como o aluno


8.1. Aspectos gerais pensa, compreende e apresenta suas hipóteses frente aos
desafios e problemas propostos. É um processo de colecta e
De forma complementar e integrada com as orientações
análise de dados tendo em vista verificar se os objectivos
previstas no Currículo do 1º Ciclo do Ensino Secundário
propostos foram atingidos, sempre respeitando as
(2013), publicado pelo INIDE, 3ª edição, Luanda, Editora
características individuais e o ambiente em que aluno vive e
Moderna, no que concerne a todas as orientações,
estuda.
principalmente ao modelo de avaliação adoptado, a Educação
Assim, no processo de avaliação da aprendizagem é A avaliação intervém de maneira específica antes, durante e
importante diversificar e combinar os instrumentos e técnicas depois da acção. As modalidades que se vão considerar são
para que esta seja criteriosa, justa e adequada a cada um a diagnóstica, a formativa e a sumativa.
individualmente e/ou em grupo. Ou seja, fazer avaliações
orais e escritas, trabalhos práticos em grupo ou individuais. Em cada modalidade são empregadas um conjunto de
técnicas objectivas ou subjectivas.
O ato de avaliar fornece dados que permitem verificar
directamente o nível de aprendizagem dos alunos e também, A nível individual: o diagnóstico inicial, a observação -
indirectamente, determinar a qualidade do processo de orientação contínua, a auto-avaliação, os testes (orais e
ensino, orientando novas acções e estratégias que visam escritos) individuais e as provas;
melhorar o processo de ensino e aprendizagem.
A nível colectivo: a observação - orientação contínua, os
De acordo com os objectivos, o conteúdo, o grau de testes (orais e escritos) e o trabalho final de consolidação do
complexidade dos conteúdos e a população alvo, deverá ser projecto.
planeada uma avaliação que atenda a diferentes níveis de
aprendizagem, desde os níveis elementares de compreensão A partir da definição da técnica elabora-se o instrumento que
do assunto até os de análise, síntese e avaliação. poderá ser: um roteiro de observação, teste, prova, entre
outros.
Propõe-se assim, que seja privilegiada a avaliação processual
ou formativa, de modo contínuo, rejeitando qualquer Para a aceleração do 1º Ciclo do Ensino Secundário, das
abordagem de controlo manipulativo e ou punitivo. avaliações deverão constar:

8.2.1. Modalidade Diagnóstica:


8.2. Modalidades e técnicas de avaliação
 Diagnóstico Inicial
O diagnóstico inicial consiste numa actividade (ou no conjunto Estes critérios devem ser apresentados aos alunos no início
de actividades) de levantamento dos conhecimentos iniciais e do ano lectivo de forma a perceberem a mais-valia que o
de base que dos alunos. desenvolvimento destas habilidades lhes proporcionaram
durante o processo de aprendizagem. Cabe ao professor
Permite ao professor identificar os pontos fortes e fracos da acompanhar e orientar de forma contínua o desenvolvimento
classe e individualmente, com relação as habilidades básicas destas competências, tanto a nível individual, quanto
dos alunos numa determinada área de conhecimento. colectivo.
Com base nestas informações o professor ajustará a
planificação da matéria e os objectivos às necessidades de  Auto-avaliação
aprendizagens dos alunos e da classe.
A auto-avaliação é uma actividade avaliativa que permite ao
aluno, a partir da reflexão dirigida, desenvolver uma maior
conscientização dos principais aspectos de sua conduta
escolar que podem facilitar ou prejudicar seu processo de
8.2.2. Modalidade Formativa
aprendizagem e a sua vida académica. Esta é uma actividade
 Quadro de Acompanhamento que deverá ser apresentada no início do ano lectivo
(apresentação dos critérios) e que no final de cada projecto
O quadro de acompanhamento e avaliação é composto por será desenvolvida a partir da reflexão individual, em grupo e
critérios que têm por objectivo desenvolver nos alunos com a mediação do professor.
determinados procedimentos e habilidades necessárias à
aprendizagem, tais quais: a organização dos apontamentos e  Testes
dos cadernos; a participação colaborativa e responsável nas
O teste individual e/ou colectivo (avaliação dos professores)
aulas e nos trabalhos em grupo e o desenvolvimento do auto-
consiste em actividade de verificação da aprendizagem de
estudo (das leituras indicadas e da execução das tarefas de
determinado conteúdo, assunto ou competência. A sua
casa).
finalidade é informar os alunos e os professores o grau de
domínio alcançado numa actividade de aprendizagem e Deverão ser estruturados em função da natureza da área, de
realçar as partes ainda não dominadas. acordo com a capacidade cognitiva que se pretende avaliar e
conforme os objectivos estabelecidos para o trimestre. Podem
ser de dois tipos:
Quanto mais frequente for a aplicação dos testes de avaliação
formativa maiores são as possibilidades de sucesso educativo
dos alunos. Assim, os testes devem ser aplicados, no mínimo,  Orais e Escritas
no fim de cada subtema.  Abertas: de ensaio ou de resposta livre, prova prática
ou de execução;
 Fechadas: prova objectiva.
 Mista: Com questões abertas e fechadas
8.2.3. Modalidade Sumativa
Os testes e provas devem apresentar as seguintes
Esta modalidade será aplicada no fim do trimestre e do características:
projecto e tem como finalidade verificar o resultado com vista
à classificação dos alunos, assim como na identificação dos 1. Controle periódico do progresso dos alunos,
objectivos que os alunos não atingiram de modo a ajudá-los possibilitando avaliação contínua;
na próxima etapa lectiva (trimestre ou projecto). Deve incidir 2. Distribuição equitativa dos conteúdos evitando a
essencialmente sobre os conteúdos básicos ou essenciais e sobrecarga de estudo em determinadas datas. O
fornecer dados sobre a aprendizagem dos alunos estudo se realiza de forma sistemática, uma vez que o
relativamente aos objectivos considerados. objectivo é avaliar uma parte do conteúdo que terá sido
aprendido em determinado tempo;
3. Apropriação de aspectos fundamentais do conteúdo;
 Provas
4. Actuação como elemento de comunicação bidirecional
para correcção dos erros com as orientações
pertinentes;
5. Incentivo para melhorar a quantidade e qualidade do projecto a ser trabalhado e propõe o trabalho de consolidação
estudo futuro, através do conhecimento do resultado, que deverá ser preparado e orientado durante todo o trimestre
pelo aluno, e das correspondentes orientações; e, no final do projecto (trimestre) os alunos, organizados em
6. Reflexão e interpretação pessoal do aluno em grupo, apresentam o trabalho. Os critérios de avaliação
determinadas questões; deverão ser elaborados pelos professores e comunicados aos
alunos atempadamente.
7. Serve de estudo preparatório para outras avaliações;
8. Orientação aos docentes sobre as dificuldades de
ensino em determinados conteúdos;  Conselho de Turma
9. Reflexão dos professores para averiguar onde estão as
dificuldades típicas do conteúdo, para que sejam
Reunião pedagógica que conta com a participação de todos
traçadas novas possibilidades de intervenção, bem
como, reparar as possíveis falhas do processo. os professores da classe e com o director pedagógico da
escola, no final de cada trimestre. Destina-se a fazer um
10. Realização de provas obrigatórias (da escola) funciona balanço do trabalho realizado tanto do ponto de vista da
como um requisito administrativo, para prosseguimento aprendizagem, quanto do ensino. Nestas reuniões reflete-se
do programa.
sobre o desenvolvimento da classe e dos alunos
individualmente, de forma a identificar dificuldades e
potencialidades, assim como as estratégias a serem utilizadas
 Trabalho de consolidação do projecto para o enfrentamento das situações. O produto final desta
actividade é uma Acta, assinada por todos, que deverá ser o
ponto de partida do Conselho de Turma do trimestre seguinte.
Trabalho pedagógico colectivo e interdisciplinar que tem por
objectivo consolidar as aprendizagens, de forma que os
alunos coloquem em prática os conhecimentos e
O Conselho de Turma do 3º trimestre (último trimestre do
competências desenvolvidas durante um trimestre (ou
ano) reveste-se de caracter especial por ter acrescido o
projecto). No início do trimestre o docente apresenta o
objectivo de avaliar os alunos que deverão progredir para o 2º Em Língua, Linguagem Comunicação e Artes os alunos
ano da aceleração (ao final do 1º ano) ou os alunos que deverão:
finalistas do 2º ano que receberam a Habilitação Literária
equivalente a conclusão do 1º Ciclo do Ensino Secundário,  Interpretar e compreender o sentido e a intencionalidade
implícita nos textos, principalmente os informativos
estando aptos a matrícula no 2º Ciclo do Ensino Secundário
veiculados pelos meios de comunicação e de carácter
(10ª classe). social.
 Ler com autonomia diferentes modalidades de textos
previstos para o Módulo, utilizando estratégias adequadas
8.3. Etapas da avaliação para abordá-los.
 Utilizar a linguagem para expressar sentimentos,
experiências e ideias, interpretando e
8.3.1. Avaliação diagnóstica respeitando as diferentes ideias e interpretações.

Conforme as Directrizes Administrativas do Programa de  Produzir textos escritos, coesos e coerentes, dentro dos
Alfabetização e Aceleração Escolar, o perfil de saída dos géneros previstos para o Módulo e escreve-los com domínio
da separação em palavras, estabilidade de palavras de
alunos do Módulo 3, equivalente a 5ª e 6ª classes prevê que ortografia regular e de irregulares mais frequentes na escrita
ao final do Módulo 3 o aluno terá autonomia frente às e utilização de recursos do sistema de pontuação para
diferentes fontes de informação e situações de aprendizagem. dividir o texto em frases.
Terá desenvolvido competências sociais de participação e de
trabalho em equipa, para o exercício da cidadania, dos  Revisar seus próprios textos, com ajuda do alfabetizador, e
redigir as versões necessárias até considerá-lo bem escrito
direitos e deveres políticos, civis e sociais, demonstrando
para o momento.
atitudes de respeito pelas liberdades fundamentais,
solidariedade, cooperação posicionando-se contra a todo tipo
de discriminação e preconceito, tendo em vista a Em Matemática, o aluno será capaz de utilizar procedimentos
consolidação da paz e a reconciliação nacional. convencionais de cálculo e de resolução de problemas
contextualizados, dominando técnicas relacionadas às
exigências económicas e sociais da vida moderna. Com isso,  Interpretar dados apresentados sob forma de tabelas e
ao final do Módulo 3 os alunos deverão: gráficos e valorizar essa linguagem como forma de
comunicação.
 Ampliar o significado do número natural pelo seu uso em
situações – problema e pelo reconhecimento de relações e  Construir o significado das medidas, a partir de situações -
regularidades. problema que expressem seu uso no contexto social e em
outras áreas do conhecimento.
 Construir o significado do número racional e de suas
representações (fraccionária e decimal), a partir de seus  Representar resultados de medições, utilizando a
diferentes usos no contexto social. terminologia convencional para as unidades mais usuais
dos sistemas de medida.
 Interpretar e produzir escritas numéricas, considerando as
regras do sistema de numeração decimal e estendendo-as  Demonstrar interesse para investigar, explorar e interpretar,
para a representação dos números racionais na forma em diferentes contextos do cotidiano e de outras áreas do
decimal. conhecimento, os conceitos e procedimentos matemáticos
abordados neste Módulo.
 Resolver problemas, a partir das quatro operações
fundamentais, em situações que envolvam números  Vivenciar processos de resolução de problemas,
naturais e racionais. percebendo que para resolvê-los é preciso compreender,
propor e executar um plano de solução, verificar e
 Ampliar os procedimentos de cálculo pelo conhecimento de comunicar a resposta.
regularidades das propriedades das operações e pela
verificação de resultados.
Em Ser Humano e Natureza o aluno apresentará noção de
 Estabelecer pontos de referência para interpretar e identidade pessoal e colectiva, percebendo-se integrante e
representar a localização e movimentação de pessoas ou sujeito activo e transformador para a melhoria e o
objectos, utilizando terminologia adequada para descrever
desenvolvimento e da preservação do ambiente e da cultura
posições.
nacional. Assim como, valorizará hábitos saudáveis como um
 Identificar características das figuras geométricas. dos aspectos básicos da qualidade de vida, agindo com
responsabilidade em relação ao seu papel no cuidado e na
educação das crianças, no âmbito da família e da
comunidade. Ao final do trimestre o professor deverá reunir as pautas
mensais (dos 3 meses) e consolidar os pontos obtidos pelos
É imperativo que os alunos que ingressam no Ensino alunos na pauta do trimestre (Ver anexo 2), assim como
Secundário de Adultos reúnam as características acima e que proceder as actividades de auto-avaliação, do trabalho de
no início do ano lectivo (na 1ª semana) os professores consolidação de projecto e as provas da escola que também
procedam a actividades de sondagem e levantamento dos terão lugar de registo na pauta do trimestre (Ver anexo 2).
conhecimentos prévios dos alunos, de forma a elaborarem
uma planificação que dê resposta às necessidades de Faz parte da avaliação do trimestre o Conselho de Turma.
aprendizagem dos mesmos. O objectivo é verificar pontos que
precisão de revisão e de reforço inicial (ex.: Cálculos, regras
gramaticais) ou contínuo (Ex.: Leitura, ortografia, produção de 8.3.4. Avaliação anual
textos).

No final do 1º ano os professores com base nas pautas dos 3


8.3.2. Avaliação mensal trimestres elaborarão a pauta final (Ver anexo 3). Faz parte da
avaliação do final do ano o Conselho de Turma Final (do 3º
trimestre).
Durante o mês o professor utilizará o quadro de
acompanhamento (Ver anexo 1) e os testes no processo de
avaliação de processo e contínua. Todas as informações Os alunos que por motivos diversos (elevado nº de faltas,
decorrentes destas actividades deverão ser registadas em baixo rendimento escolar que possa comprometer o êxito no
pautas mensais (Ver anexo 1). 2º ano) não alcançarem os resultados previstos poderão ficar
retidos no 1º ano, por decisão o Conselho de Turma.

8.3.3. Avaliação Trimestral


Cabe ao Conselho de Turma, tanto no 1º ano quanto no 2º
ano da aceleração, deliberar sobre a progressão ou não dos
alunos tendo em vista os resultados QUALITATIVOS e
QUANTITATIVOS, sendo que o 1º se sobrepõe ao 2º. O
colectivo de professores deverá pondera sobre o perfil e
características de aprendizagem dos alunos de forma geral e
frente as estratégias pedagógicas que foram utilizadas
durante o ano lectivo para a superação das dificuldades e
progresso dos alunos.

8.3.5. Avaliação final

A certificação de conclusão do 1º Ciclo do Ensino Secundário


de Adultos, que equivale a 7ª, 8ª e 9ª classes do Ensino
Secundário Geral, será atribuída, ao final de 2 anos, aos
alunos que concluírem, com êxito, o 2º ano. Estes alunos
poderão efectuar matrícula no 2º Ciclo do Ensino Secundário
(10ª classe).

Anexos
ANEXO 1

Aceleração do 1º Ciclo do Ensino Secundário de Adultos - Mapa de acompanhamento mensal da disciplina __________________________________.
PROFESSOR(A):_________________________________________ ESCOLA: _________________________________ MÊS: ________________________/2015.

Nome dos alunos(as) Tarefa de Participação Organização Participação Testes do professor Total Nº de faltas
casa nas aulas dos cadernos no grupo (0,0 - 10,0) (0,0 - 14,0) no mês
(0,0 - 1,0) (0,0 - 1,0) (0,0 - 1,0) (0,0 - 1,0) 1 2 3 4
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
ANEXO 2
Aceleração do 1º Ciclo do Ensino Secundário de Adultos - Pauta do ___º Trimestre - ____º Ano - Disciplina __________________________________.
PROFESSOR(A):_________________________________________ ESCOLA: _________________________________ TRIMESTRE: ______________________/2015.

Notas Subtotal TCP AUTAV. Média do


Nome dos(as) Alunos(as) 1º Mês 2º Mês 3º Mês 4º Mês Prova (0,0- 14,0) (0,0- 4,0) (0,0- 2,0) Trimestre Faltas
(0,0 - 14,0) (0,0 - 14,0) (0,0 - 14,0) (0,0 - 14,0) (0,0 - 14,0) (0,0 - 20,0)

TCP – Trabalho Consolidação do Projecto AUTAV – Autoavaliação Data ___/___/_____ Visto do Supervisor(a):

________
ANEXO 3
Aceleração do 1º Ciclo do Ensino Secundário de Adultos - PAUTA FINAL Director(a)
ESCOLA: _________________________________ DISCIPLINA: _________________________________
Sub-Director(a) Pedagógico(a)
PROFESSOR (A):____________________________________________ANO: ___º/ 2015

Notas por Trimestre Prova Observação


Faltas Nota
Nome dos (as) Alunos (as) de
Total Final
1ºT 2º T 3º T Média Exame

Sub-Director(a) Pedagógico(a)

(P1+P2+P3)/3=Média + EXAME/2= Nota Final

Você também pode gostar