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Língua Portuguesa

Compreensão e
Interpretação de Texto II
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Língua Portuguesa
Compreensão e
Interpretação de Texto II

Apresentação
Olá estudante.

Sou a Professora Noely Landarin, da área de Língua Portuguesa e de Redação.


Possuo graduação em Letras Português/Inglês pela PUC/PR e pós-graduação em Língua Portu-
guesa e Literatura Brasileira, pela UTFPR. Atuo na preparação de candidatos a cargos públicos,
sendo especialista na confecção de simulados, resolução de questões de língua portuguesa e
responsável pela correção de redações do Aprova. Para que você possa alcançar seu objetivo,
acompanhe as videoaulas com o guia de estudos que desenvolvemos. Ele sintetiza o conteú-
do realmente necessário, de modo direto e simplifi cado, com dicas, comentários, questões e
principais tendências.

Sumário

Ambiguidade................................................................................................................................................. 3

Caiu na Prova................................................................................................................................................ 4

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Ambiguidade

É o duplo sentido causado por má construção da frase. Exemplo: “Para investigar in loco os casos
de corrupção envolvendo inspetores, supervisores e fiscais, o Secretário informou ao Diretor que ele
deveria viajar para acompanhar a situação da alfândega dos aeroportos do Rio e de São Paulo.
Muitas vezes, a utilização dos pronomes possessivos seu / sua pode tornar a frase ambígua.
Exs.: O policial prendeu o ladrão em sua casa.
O candidato saiu com o filho; seu nome é João Maria .
Jorge encontrou um amigo e soube que sua mãe viajara.

Outros casos de ambiguidade:


a. Visitamos o teatro e o museu cuja qualidade artística é inegável. (é o teatro ou o museu que possui qua-
lidade artística?)
b. O cliente aborrecido recusou o vinho por causa da safra. (O cliente era aborrecido ou ficou aborrecido
naquele momento?)
c. A recepção dos noivos foi no salão do clube. (A recepção foi oferecida pelos noivos ou eles foram
recepcionados?)
d. O motorista falou com o passageiro que era gaúcho. (O motorista era gaúcho ou o passageiro?)
e. O pai viu o filho chegando em casa bem tarde. (Quem chegou em casa bem tarde: o pai ou o filho?)

Atenção: Considere o texto abaixo para responder às questões de números 03 e 04.


A vida é uma tapeçaria que elaboramos, enquanto somos urdidos dentro dela. Aqui e ali podemos
escolher alguns fios, um tom, a espessura certa, ou até colaborar no desenho.
Linhas de bordado podem ser cordas que amarram ou rédeas que se deixam manejar: nem sempre
compreendemos a hora certa ou o jeito de as segurarmos. Nem todos somos bons condutores; ou
não nos explicaram direito qual o desenho a seguir, nem qual a dose de liberdade que podíamos –
com todos os riscos – assumir.

Atenção: As questões de números 05 e 06 referem-se ao texto que segue.


Lições dos museus
Os museus, ao contrário do que se imagina, são uma invenção moderna: nasceram durante a
Revolução Francesa, no final do século XVIII. Os parisienses revoltados arrebentaram as casas
dos nobres e se serviram de bens, mobiliário e objetos de arte. O quebra-quebra era um jeito de
decretar que acabara o tempo dos privilégios. A Assembleia Nacional debateu durante meses para
chegar à conclusão de que os restos do luxo dos aristocratas deviam ser considerados patrimônio
da nação. Seriam, portanto, reunidos e instalados em museus que todos visitariam, preservando
agradavelmente a lembrança de tempos anteriores.

A questão em debate era a seguinte: será que fazia sentido preservar o passado, uma vez que
estava começando uma nova era em que os indivíduos não mais seriam julgados por sua origem,
mas por sua capacidade e potencialidades pessoais?

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Não seria lógico destruir os vestígios de épocas injustas para começar tudo do zero? Prevale-
ceu o partido segundo o qual era bom conservar os restos do passado iníquo e transformá-los em
memórias coletivas.
Dessa escolha nasceram os museus e, logo depois, a decisão de preservar os monumentos his-
tóricos. Na mesma época, na Europa inteira, ganhou força o interesse pela História. A justificativa
seria: lembrar para não repetir. Não deu muito certo, ao que tudo indica, pois nunca paramos de
repetir o pior.
No fundo, não queremos que o passado decida nosso destino: o que nos importa, em princípio,
é sempre o futuro.

Caiu na Prova
Leia a tira a seguir para responder às questões 01 e 02

1. A ambiguidade gerada na tira se deve à:


a) impossibilidade prática de se vender o pôr do sol em qualquer circunstância.
b) coincidência entre as formas do verbo “ver”, no gerúndio, e do verbo “vender”, na primeira pessoa do
presente do indicativo.
c) incompreensão dos adultos em relação às crianças que ainda se mantêm inocentes no que diz respeito às
práticas comerciais extremas.
d) habilidade inata das crianças de perceberem que a língua é guiada pelo princípio da economia das formas.
2. O aspecto linguístico que desfaz a ambiguidade presente na tira é:
a) o possível emprego do verbo “vender” no futuro.
b) a pressuposição desencadeada pela palavra “também”.
c) a identificação da criança por meio do pronome “eu”.
d) o uso da locução verbal “estou vendo” na fala da criança.

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3. O texto aponta para


a) a liberdade do ser humano em estabelecer os rumos de sua própria vida, sem deixar de reconhecer a
existência de limites e dificuldades nesse direcionamento.
b) os conflitos que aparecem durante as primeiras fases da vida de uma pessoa, impedindo-a de se
transformar num adulto consciente e capaz de resolver seus próprios problemas.
c) as falhas de uma formação inadequada a que estão sujeitos os seres humanos, impossibilitando-lhes um
direcionamento dos rumos de sua vida segundo parâmetros socialmente aceitáveis.
d) o pleno desenvolvimento de potencialidades atingido por algumas pessoas, ainda que elas estejam
subordinadas a estruturas sociais preestabelecidas.
e) o papel das normas sociais aceitas pelo grupo na determinação da vontade de cada um em relação aos
objetivos de sua própria vida, normas que sempre preponderam sobre decisões de cunho pessoal.
4. Entende-se corretamente que, no 2o parágrafo, a autora aborda
a) a determinação no traçado de objetivos que possam nortear, desde o início, as escolhas que se colocam
na vida de cada pessoa, impostas pelos valores cultivados no meio social em que se insere.
b) os problemas decorrentes de uma formação incompleta, ou até mesmo deformada, que resultam em
futuros empecilhos na condução de uma vida menos subordinada às imposições do meio social.
c) a plena independência que deve constituir o legado de cada pessoa, possibilitando-lhe escolhas livres,
desvinculadas das normas de comportamento adotadas pelo grupo social a que pertence.
d) as múltiplas maneiras de construção da melhor forma de viver, ou porque se deseja liberdade plena nas
opções feitas, ou porque se torna mais fácil optar pelo pertencimento a um determinado grupo.
e) as dificuldades surgidas ao longo da vida, que podem resultar em avanços à medida que são superadas ou
acabam se transformando em obstáculos verdadeiramente intransponíveis.
5. Os museus nasceram durante a Revolução Francesa e foram criados depois de debates da Assembleia Na-
cional, findos os quais se concluiu que
a) o futuro, embora se anunciasse melhor do que o passado, deveria ser alimentado pela memória dos
privilégios de que os nobres eram merecedores.
b) o passado, apesar das amplas lições que pode inspirar em tempos futuros, só deve ser preservado quando
documenta os feitos dos cidadãos comuns.
c) a guarda dos bens da aristocracia deveria caber provisoriamente ao Estado, que decidiria o futuro do que
pertencia aos antigos aristocratas.
d) os bens dos antigos aristocratas deveriam ser mantidos como um patrimônio coletivo, prestando-se à
conservação da memória histórica.
e) a destruição de todos os vestígios da antiga nobreza era necessária para a preservação das liberdades
conquistadas pelos revolucionários.

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6. Atente para as seguintes afirmações:


I. Da leitura do 1º parágrafo, depreende-se que, a princípio, os bens dos nobres passaram às mãos de revo-
lucionários, configurando-se então uma apropriação de caráter particular, ainda não público.
II. No 2º parágrafo, informa-se que a posição vencida nos debates da Assembleia Nacional foi a de quem
advogava em favor da preservação dos bens apreendidos, para que não se perdesse a memória dos mé-
ritos da aristocracia.
III. No 3º. Parágrafo, manifestando uma opinião pessoal, o autor do texto julga imprescindível a existência
de museus, uma vez que eles acabam exercendo uma função educativa, cuja importância há muito vem
se demonstrando.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) II.
c) I.
d) III.
e) I e II.

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GABARITO DAS QUESTÕES


01 - b
02 - d
03 - a
04 - e
05 - d
06 - c

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