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Relativismo e etnocentrismo

Reflita!

“O homem é um animal amarrado a teias de


significados que ele mesmo teceu”. (Clifford Geertz)

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Domínio da diferença

• Vivemos em uma rede tecida por relações simbólicas: o


tecido é a cultura.
•A cultura é uma característica do ser humano como ser
social.
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• Longe de formar uma cultura única, a humanidade é feita de


grandes diferenças culturais entre territórios, história,
língua, arte, crenças, hábitos e comportamentos.
• Por meio da cultura se estabelece uma relação entre os
indivíduos e a sociedade.
•É fundamental conhecer o passado, ou seja, a herança
cultural de uma sociedade para entender a diversidade
cultural presente em um povo.
Problemática essencial: a diferença

É fato que a cultura nos une enquanto seres humanos.


Ela também nos caracteriza como indivíduos DIFERENTES.
Não existe ser humano fora da cultura. Todo ser humano
é parte de uma cultura.
Também sabemos: não existe uma cultura “universal”,
igual para todos os seres humanos.
Nossa cultura: Em outras culturas:
• Comer arroz e feijão. • Em culturas andinas, o milho é
a base da alimentação.
• Casar de branco. • Em muitas sociedades, a cor da
roupa da noiva não é o branco.
Exercício

Como exercício, reflita sobre o que cada uma das cores a seguir
pode usualmente simbolizar no Brasil.
1) Amarelo.
2) Vermelho.
3) Preto.
4) Branco.
5) Verde.

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Pergunta

O que é mais comum: pensar que existe uma “cultura melhor que a
outra” ou valorizar as diferenças culturais?

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Etnocentrismo e relativismo

• Relação com as diferenças culturais. Um queremos evitar e o outro


queremos construir.
Etnocentrismo: Relativismo cultural:
• Grupos e pessoas que • Postura de se colocar no
consideram que sua cultura é lugar do outro sem julgá-lo.
SUPERIOR em relação a outras • Entender a diferença do
culturas. outro.
• A sua comida é melhor, povo e
modo de viver são melhores. Para Franz Boa, não existem
• Superior e dominador. culturas melhores ou piores,
• Ex.: xenofobia, racismo e superiores ou inferiores, e
preconceitos. nenhuma serve de modelo para
• É uma postura violenta que a outra.
não devemos ter.
O relativismo cultural

• O relativismo cultural possibilita um maior afastamento dos


preconceitos, da discriminação e da intolerância, sendo o
oposto do etnocentrismo, tão presente em nossa sociedade e
tão violento contra as diferenças.
• Já o etnocentrismo é o comportamento segundo o qual você ©Pixabay

avalia os outros povos a partir de sua própria cultura. O


problema do etnocentrismo é que ele não nos permite
compreender como os outros pensam, já que de antemão eu
julgo os outros conforme os meus padrões, de acordo com os
valores e as ideias partilhados pela minha cultura.
• Para os relativistas, é impossível afirmar que exista apenas uma
concepção de “bom”, “belo”, “gostoso” de uma maneira que seja
“universal” para todas as culturas e não seja violenta com a
diversidade.
Aprendizados humanos

Por que é tão difícil para nós nos colocarmos no lugar do outro? Por que até
hoje nós confundimos diferença com inferioridade? Por que ao olhar
alguém que se veste diferente e tem hábitos diferentes a nossa tendência é
achá-lo inferior?

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Aprendizados humanos

Como, a partir do relativismo, devemos tratar certas tradições que geram


violações de direitos humanos, por exemplo, a situação das mulheres em
países muçulmanos como os Emirados Árabes, ou a circuncisão de meninos
ou meninas por motivos religiosos?

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A metáfora dos trens

Claude Lévi-Strauss é um dos mais importantes antropólogos do


século XX. Ele escreveu um artigo chamado Raça e história, em
que criticava a ideia de raça e o etnocentrismo entre os povos,
além de outros pontos.
Para falar sobre a ideia de que existiriam culturas que não se ©Pixabay

moveriam ou se transformariam e sobre o etnocentrismo, ele deu


o exemplo do viajante do trem: imaginem que cada cultura é um
trem e nós somos os passageiros. Nós olhamos o mundo a partir
do nosso trem.
Mas os trens caminham em direções opostas, em diferentes
velocidades. Um viajante verá de modo diverso um trem que vai
no sentido contrário, um trem que ultrapasse o seu ou outro que
caminhe em uma outra direção.
Referência: São Paulo faz Escola, 2009. Caderno do professor, Sociologia, 1ª série, vol. 3, p. 18 (adaptado).
A metáfora dos trens

Qual é o trem que nós podemos olhar melhor?


Aquele que caminha na mesma direção que o nosso e na mesma
velocidade, ou seja, de forma paralela.
Mas, se cada trem é uma cultura, sabemos que as culturas não
caminham todas na mesma direção nem na mesma velocidade. Umas ©Pixabay

caminham mais rápido, outras caminham em direções quase opostas.


As culturas possuem formas diferentes de observar o mundo. Cada
uma tem o seu caminho, a sua direção e a sua velocidade. Se uma nos
parece parada, isso ocorre porque não conseguimos compreender o
sentido do seu desenvolvimento. É aquela que caminha paralela à
nossa que nos permite a melhor observação, e que nos fornece a
autoidentificação. Mas quem é que pode dizer qual é a melhor
direção? O caminho mais avançado? Será que o que parece parado
para nós está realmente parado? Como saber?
Referência: São Paulo faz escola, 2009. Caderno do professor, Sociologia, 1ª série, vol. 3, p. 18 (adaptado).
Relativizando nosso olhar

De qual prato você gosta mais? Existe um que seja “superior”?


1) 2)

3) 4)

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Reflita!

“O domínio da vida social é essencialmente o domínio da diferença.”


Marcel Mauss

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Perguntas

Como não nos fecharmos em preconceitos?


Como nos manter abertos para a diversidade cultural?

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