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Segredos revelados
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SOBRE O AUTOR
Jeânderson de Oliveira, conhecido também como Lobbo, é especialista
em sedução natural e comportamento social. Atualmente, é o criador da
empresa de consultoria de relacionamentos Loopu’s.
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PARA VOCÊ
Ficarei por demais feliz ao receber seu feedback! Comentários, críticas,
perguntas, experiências e relatos. Pode entrar em contato conosco pelo e-mail:
loopusalpha@gmail.com ou pelas redes sociais. Me siga no Youtube Lobbo
Alfa, para conteúdo de aprimoramento e me acompanhe nas minhas redes
sociais: Facebook Lobbo e nos Instagrans @lobboalfa e @loopus.oficial.
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PREFÁCIO
Como disse Mystery, maior sedutor do mundo e patrono da comunidade
de praticantes de sedução PUA (Pick Up Artist – Artista da sedução), em seu
livro, Mystery Method, se você não aprender como atrair mulheres agora, a
natureza eliminará seus genes da existência.
Atrair mulheres e não apenas elas, mas as pessoas, é algo muito sério e
se você está aqui agora, lendo este, certamente concorda, não é verdade?! Da
mesma forma que você, para ser um magnata, deve ter uma estratégia,
desenvolvimento e disciplina, voltados para o acúmulo de riquezas e para ser
um deus grego, precisa trabalhar sua aparência, imagem, estética, se quiser ser
um homem sedutor, desfrutar da companhia de belas mulheres, daquelas
capas de revista, em sua cama ou sua vida, deverá ter um plano comprovado
para isso. Bom, você veio à pessoa certa, já que se eu pudesse mensurar uma
quantidade, estaria na casa das quatro centenas; mulheres de todos os tipos e
gostos. Modéstia parte, tive comigo as mais interessantes as mais belas
mulheres, e não me desculparei por isso.
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SUMÁRIO
….….……………………………….…….................................…........ 13
…...………......................................................... 14
- Você precisa mudar! ........................................................................................ 15
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…........…............................................................ 34
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…….….......................................................... 56
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INTRODUÇÃO
Eu nunca fui muito normal, sabe… e acredito que, assim como eu, muita
gente também não é e nem nunca será. Tive uma infância muito feliz, mas ao
chegar na adolescência, tudo mudou… um rapaz tímido, introspectivo,
agarrado aos livros, coisas nerds e minha solidão. Abrir a boca era um
verdadeiro sacrifício.
Um dia, tudo mudou e obcecado pelo universo ardiloso, mas incrível que
é a sedução, me entreguei de corpo e alma. Tive a vida que, com certeza, muitos
homens matariam para ter. Tive mais do que desejei, muito mais e me tornei
alguém que não me orgulho. Frio, calculista, com “donjuanismo” (a síndrome
de Don Juan), misógino, machista, depressivo… a lista é longa. Em troca,
desfrutei, praticamente, da mulher que quis. Tudo era um jogo. Eu vivia para
o jogo; era como um rei para as mulheres e para os homens, como um deus.
Isso até minha queda, claro… afinal, a arrogância precede a queda.
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VOCÊ PRECISA MUDAR!
O
lá, Meu caro leitor! Para você que, provavelmente, não me
conhece — mas irá —, meu nome é Jeânderson de Oliveira, sou
consultor especialista em desenvolvimento e sedução e vou
contar minha história, ao passo que — pretendo — ensinarei o
máximo que eu puder sobre este universo incrível e sinuoso que
é a sedução, assim como interações, armadilhas, vícios, peripécias e demais
“poréns” das interações e relacionamentos, mas antes, (SEU NOME), tenho
algumas indagações. Não precisa me contar, apesar de bem curioso, não vou
saber mesmo… HA HA HA…
Bom, responda para si mesmo, aí no interior de sua mente, mas tem que
ser bastante honesto, okay?! Vamos lá: Amigo, você provavelmente não está
feliz coma vida que leva, não é verdade?! Sente-se preso, como numa jaula; as
coisas já não fazem tanto sentido e você procura válvulas de escape, em coisas,
pessoas, lugares e/ou situações que te “endorfinem, que te façam fugir da
realidade... EU TE ENTENDO! Comigo foi bem assim e acredito que com a
maioria das pessoas também, bem, salvas as acomodadas, claro. Eu chamo as
pessoas inquietas, de “Tubarões no aquário”.
Imagine um tubarão sendo criado num aquário. Imaginou?! Por mais que
nasça em cativeiro (nosso caso), uma hora irá sentir-se deslocado, preso,
apertado… Pessoas como nós, têm o que é necessário para a mudança acontecer,
porém, por muitos momentos, podemos ser coagidos, diminuídos e prensados
e então desanimamos. E por que? Por nos sentirmos DES-LO-CA-DOS.
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Você é basicamente a sua personalidade; se seus valores mudam, você
continua sendo você, mas com valores mudados; se a sua crença muda, você
continua sendo você, mas com uma crença diferente e por fim, se sua forma de
agir muda, você ainda é você, só que com o agir diferente e podemos destacar
dentro desse agir, as habilidades, que são ensináveis…
Você ainda continua sendo você, quando aprende coisas novas, não é?!
Pense com carinho… entendeu?! Você é sua personalidade, ponto! As instituições
são muito importantes na formação do caráter e valores morais, cívicos etc.,
mas acaba que, no processo, moldam bem mais que o necessário… E é graças
a esses moldes que você se sente assim tão deslocado, por horas, absorto; um
“peixe fora d’água”. E meu trabalho é te ajudar a descobrir quem é o seu
VERDADEIRO EU, e juntos, potencializá-lo.
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consigo mesmo, não é?! Quer aprender como escapar? Quer descobrir quem é
o seu verdadeiro eu e torná-lo ainda melhor?! EU VOU TE AJUDAR!
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…
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UM INÍCIO NADA PROMISSOR
Como falei anteriormente, eu sempre fui uma criança e um adolescente
muito tímido. Para que eu me soltasse, ah, aí iria tempo de intimidade
rolando… Quer ter uma noção do meu nível de timidez? Você não tem noção!
Sério! Sem mais enrolação, vou falar: Eu era um aluno muito inteligente,
curioso, observador; tirava notas acima ou muito acima da média.
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Olha, isso me deixou petrificado e suando frio; não sabia como reagir, até
que vendo meu estado, saíram gargalhando… Esse era meu nível de timidez e
no ensino médio, não foi tão diferente, sabe… mas foi a catálise da mudança.
Mas vamos lá: Ela era bem bonita, tinha um sorriso muito bonito e era
popular… mais à frente, explicarei, mas entenda que a popularidade é
atraente, assim como a confiança, boa autoestima e ela tinha tudo isso… Passei
o ano inteiro desejando essa garota. Vamos chamá-la de Judith, para preservar
a garota (mas a mesma tem um nome bem incomum também). Fazia o possível
para estar perto dela, fazer as coisas com ela. Até me candidatei ao cargo de
Suplente, só porque ela era vice representante. Tenho veia para liderança?
Tenho veia para liderança. Eu sabia disso? Não sabia disso… HA HA HA…
Só foi para ficar perto da Jude mesmo. Faltando três meses para encerrar
o ano, tirei a coragem do âmago da minha alma e decidi me declarar. Já
adianto, Jovem mancebo, NUNCA, EM HIPÓTESE ALGUMA, FAÇA ISSO!
Não até você ter a certeza de que ela sente o mesmo.
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ODE MUSICAL
VOU FICAR COM VOCÊ
Sendo que ainda gosto de você
Amores vão e vêm
Mas o nosso é especial
Por que terminamos?
SÓ DEPENDE DE MIM
VIVER ESSA PAIXÃO
VOU FICAR COM VOCÊ
PRA SEMPRE
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ODE MUSICAL II
ALGO FEITO PARA NÓS DOIS
Eu estou aqui
Pra te fazer feliz
Pegar em sua mão
Dizer que te amo
AINDA HÁ ESPERANÇA
EM MEU PEITO
TE RECONQUISTAR
TE FAZER VOAR
TE DAR MEU AMOR
POIS NADA ACABOU
QUERO TE MOSTRAR
QUE AINDA TE AMO
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UM COMEÇO CONTURBADO
O ano acabou sem que eu obtivesse a resposta desejada, o que acabou
comigo. Faltando pouco tempo para o natal, minha mãe, na reunião de pais e
mestres, viu um cartaz de estágio de vendas numa empresa, que com certeza,
você já deva ter ouvido falar: a Microlins e me levou. E é aqui que começa
minha mudança, sendo o berço da minha jornada como sedutor.
Se você acha mesmo que um tímido não pode trabalhar com vendas, você
está certo! Mas se achar que ele consegue, também estará certo e este foi meu
caso.
— O que?!
— Ah, sim…
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leva-los a conhecer a escola e então ser atendido pelo orientador comercial
(atendente, vendedor interno) e aí sair com um contrato de matrícula de um
ou mais cursos.
Era meu primeiro emprego, eu não poderia decepcionar meus pais, então
decidi olhar para a solução e parar de focar no problema e foi aí que comecei a
plantar a sementinha da mudança.
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A meta do assistente era 12 visitas, 3 matrículas e destas, pelo menos 1
tinha de ser paga. Quantas vezes eu fiquei até às 20hs (exigência da gerente),
por não bater a meta?! E olhe que era estágio e de 200 reais.
Então me senti mais que confiante para paquerar a Judith. Sim, a Judith,
lembra dela?!
Para você, que teve Orkut em 2006, com certeza teve um “Buddy Poke”.
Eu usava o meu para paquerar o dela, mas o auge da ousadia, foi criar coragem
e ligar. Eu era uma outra pessoa. Sexy, de tão confiante.
Isso me deixou bem confiante e seguro e quanto mais isso acontecia, mais
era notado e flertado pelas mulheres, mesmo as mais velhas. Agora me
pergunte se eu sabia o porquê. Sabia? Não! Mas mais à frente, VOCÊ irá
entender.
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Mas voltando um pouco no tempo, fiz algo que me jogou bem mais
próximo da minha fase sedutora. Por isso é importante que eu volte um pouco
na história. Tendo dito isso…
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Momento reservado às palmas para o guerreiro aqui. CLAP! CLAP!
Ah, para! É sério que você acreditou que eu fiz isso?! Inocente… HA HA
HA! Isso era o que eu deveria ter feito! Mas não fiz, apenas fiquei mudo até
acabar o intervalo.
— Como pôde?! Como pôde fazer isso comigo?! Se gosto tanto de você… Eu
achei que a gente fosse ficar junto! Você disse que gostava de mim… E com o
Dan (vamos chamar assim, para preservar a identidade)?! Poxa, fosse o último
ex, eu não falaria nada, mas o Dan… Eu não acredito, Jude…
— Olha, mas a gente não tem nada, você não fez nada, a gente nem nunca
ficou…
Fiquei alugando seus ouvidos, dando “piti” até chegar em seu prédio.
Chegando lá, ela dispara:
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— Cara, você tá sendo ridículo e chato! Se você não sair da minha portaria, não
serei mais sua amiga, nunca mais nem olharei na sua cara!
Tá! Drama à parte, fiquei desolado, a lágrima desceu e eu disse que não
queria mais saber de mulher. Passados uns minutos, lembrei de um episódio
da icônica Sitcom “Eu, a patroa e as crianças”, onde o Jr. diz ao seu pai Michael
que não quer mais saber de mulher; que quer ser gay, porque mulher só causa
dor e sofrimento, onde é zoado pelo mesmo… Isso me faz rir bastante, apesar
da tristeza e apesar do meu “não quero mais saber de mulher”, não ter sido no
mesmo contexto, decido mudar minha promessa inflamada para “Serei um
pegador”!
Tenho um primo que sempre se deu bem com mulheres e decidi que
queria superá-lo, o que viria bem a calhar, pois esqueceria a Jude e de quebra,
mudaria o pensamento da família, pois sentia que meus primos e tios juravam
que eu fosse gay, por nunca me verem com uma garota…
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SEMEANDO A MUDANÇA
Quando eu tomei aquele grande “fora” que dilacerou meus sentimentos,
decidi me jogar de cara no meu trabalho, eu já estava começando a ficar bom,
graças ao que lembrei, daquele professor que mencionei, o que odiava, vou
chamar aqui de Diones, mas quando decidi me entregar, fiquei hiper focado.
Comecei, como comentei lá atrás a ficar cada vez melhor e foi quando recebi a
proposta da concorrente e na semana seguinte, mudei de empresa e tive, junto
aos colegas, um resultado explosivo.
— Posso?!
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— Ca-ca-claro!
Irmão, Como foi bom aquilo… Eu fui ao céu várias e várias vezes e
quanto mais gostava, mais ela acelerava e eu vibrava… Percebendo a
“pilantragem” inconsciente dela mesma, a moça cessou, e pediu para que a
penetrasse por trás. Se pôs em posição e quando vi aquela bunda enorme, eu
não sabia o que fazer. Isso também acontece contigo?! Se sim, “tamo junto!”
Aliás, “tava junto”, não é?! HA HA HA HA!
Não conseguia sequer colocar, e quanto mais tentava, sem sucesso, mais
nervoso ficava e me sentindo um inútil… Ela compadeceu e por trás, encaixou
da forma correta.
Imagine a vergonha que fiquei. Não sabia onde enfiar a cara, mas me vesti, ela
também e puxei assunto. Nome, idade e o motivo de estar lá já não era mais
segredo.
Não foi uma experiência legal, mas isso me trouxe uma certa confiança e
aos poucos, fiquei mais seguro em interagir com as mulheres, no então, ainda
me eram uma incógnita e principalmente, o fato de quando eu atendia, me
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tornava atraente e quando não, deixava de ser. Tomei então a decisão de
entender isso.
Passei então a pesquisar na internet, por horas, dias, semanas, até vários
meses, tudo que pude sobre vendas, interações humanas, interações sociais,
como fazer amigos, como convencer, influenciar, conversar e até o que,
confesso, senti ser, para mim, naquele momento, o mais idiota de todos os
tópicos: COMO ATRAIR E NAMORAR BELAS MULHERES.
Ele falava coisas muito boas como: Não botar a mulher num pedestal,
não correr atrás feito “cachorrinho”, não agir como carente, necessitado, não
cobrar, julgar e principalmente, se valorizar como homem, como pessoa e não
ter medo de se impor e mostrar o que pensa.
Passeando por sites parecidos, notei que todos faziam menção à uma
comunidade internacional de praticantes de sedução e ao seu Mentor, o maior
sedutor no mundo. Foi nesse momento, que entrei na comunidade secreta e
underground de sedução, PUA.
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JOGO INTERNO
Fiquei bem animado com aquilo tudo, me senti saindo da “Matrix”, como
no filme de Reeves, mas de fato estava mesmo.
Muitas pessoas focam em dinheiro, beleza e status social. Essas coisas são
muito importantes, mas não determinantes. Entenda, analogicamente falando,
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essas características como ponte, e conseguir a mulher, como o caminho final,
após a ponte. Melhor: Beleza, status e dinheiro, como sendo o caminho para o
tesouro e conseguir a mulher, como o tesouro em si. O que de fato importa, e
pense bem antes de responder, o caminho que se faz para chegar ao tesouro ou
chegar ao tesouro?
5…
4…
3…
2…
1…
O caminho é o aprendizado. Tem uns certos, tem uns errados, tem o que
te leva mais rápido e tem também o que te faz perder muito tempo. Seja qual
for, se a pessoa persiste, uma hora chega, não é verdade?!
Vamos supor que você saiba como chegar ao seu destino e que beleza,
dinheiro e status, são respetivamente, um moto veloz, uma Ferrari e um
helicóptero. Convenhamos que, com cada um dos acima citados, sabendo
pilotar, claro, você chega mais rápido e tendo os três, vamos dizer que é o
mesmo que você tem um jatinho… HA HA HA… Mais uma vez: Se souber
pilotar, chegará em instantes.
Perceba que eu disse sabendo pilotar, pois de que adianta ter uma
máquina, se não souber pilotar? Você pode não sair do lugar, ir ao lugar errado
ou simplesmente se “estabacar”. No tocante às relações, às interações no geral,
principalmente homem-mulher, não adianta você ter status, dinheiro ou
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beleza. Se você tem diversos problemas, insegurança, ou vive à base de
interesses, será da mesma forma que um feio e pobre: Um repelente social ou
simplesmente atrair interesseiras.
Voltando aos veículos e caminho, se você não tem esses veículos e sabe
onde quer chegar, o X do tesouro, você vai como pode, afinal, o que importa
não é chegar?! Você pode ir na sua Mercedes, em seu fusca, moto, bicicleta ou
até mesmo a pé. Reitero que o que importa, é chegar. De novo com o pai aqui!
CHE-GAR…
Uma hora você chega. Contanto que não desista, claro! Se você sabe o
caminho, mas não tem a melhor ferramenta, vá atrás ou use outras, pegue
carona, dê um jeito! Afinal, não importa o caminho ou a ferramenta para
chegar no objetivo, o que importa, no final, é chegar e foi uma das primeiras
coisas que aprendi.
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“FATOR S&R”
Para entendermos o que é o “Fator S&R”, precisamos voltar um pouco,
para entender sobre nós, mas não apenas como seres humanos, mas como
animais. Todo animal, tem como “objetivo máter”, a preservação da espécie.
Sim, nosso objetivo principal, como animais, é perpetuar nossa espécie. É
racional? Não! É subconsciente, é uma PROGRAMAÇÃO BIOLÓGICA.
Tudo, repito, TUDO é feito com o objetivo de perpetuar a espécie, da ação mais
doce e altruísta, à mais vil e cruel existente… da ação mais aleatória, à mais
premeditada, assim como da mais simples, à mais complexa, e por fim,
incluirei aqui absolutamente todas as interações humanas possíveis.
Então, tudo gira em torno de perpetuar a espécie e mais uma vez, NÃO
É RA-CI-O-NAL! Essa programação se dá através de ações de sobrevivência e
reprodução. São ações baseadas na autopreservação, preservação de outro ou
de um grupo, e na reprodução, com a exploração da sexualidade.
— “Jeanzão”, já ouvi falar de atração. É quando uma pessoa quer outra, né?!
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Atração é igual a interesse. Sentir-se atraído, significa ter interesse, sentir
desejo, sentir-se ligado e a atração é o que garante que queiramos estar perto
de alguém. A atração pode ser física, intelectual, social, emocional, financeira
e por aí vai. A natureza faz com que, através da atração, nos sintamos ligados
às pessoas que garantam, através de características próprias, a perpetuação da
espécie ou seja, pessoas que possuem características que impulsionem a
sobrevivência e a reprodução, são mais atraentes, geram desejo, interesse.
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As mulheres então eram atraídas pelos caçadores, pois eles eram fortes,
sagazes e viris; eles teriam a capacidade de cuidar e proteger sua família, então
eram os mais desejados. Quando eu disse que era mais literal, é porque os S&R
eram mais físicos, sabe… era mais simples, então não havia necessidade de
outros. Os mais ligados à personalidade eram características como
dominância, notoriedade, popularidade e liderança. Resumindo-se a isso. Os
homens eram mais atraídos por mulheres que mostrassem sinais de fertilidade
e capacidade gestativa. Então quanto mais viril fosse o corpo, mais atraente
era. Diferente do homem, elas não tinham características atraentes ligadas à
personalidade, naquela época, o único papel era voltado à fertilidade. Se
resumia às funções fisiológicas. As tribos eram completamente patriarcais e as
mulheres eram meros “objetos” de prazer sexual e incubadoras vivas. Com o
tempo, isso foi mudando e as mesmas foram usando de sabedoria e jogo de
cintura; usando formas alternativas, não meramente o corpo, para atrair. E foi
nesse momento que nasceu a sedução.
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— Você PRECISA desenvolver atratibilidade! Precisa desenvolver características
que te deixam mais atraente, ou seja, características que mostrem às pessoas,
inconscientemente, que você é um bom sobrevivente e um bom reprodutor. E
pela última vez, IN-CONS-CI-EN-TE-MEN-TE, não racionalmente.
Basicamente, amigo, desenvolver e aumentar os seus fatores de sobrevivência
e reprodução.
Darei uma lista, agora, para você. Lembra quando falei da Ferrari, Fusca,
helicóptero, jato, moto, “bike” e também do caminho? Pois é, agora você irá
entender o porquê e para que. Sabemos que nossa missão como animal é
perpetuar a espécie, ou seja, a espécie humana; sobrevivendo e reproduzindo
e fazemos isso, principalmente, nos conectando com as pessoas e nos
conectamos através de uma “liga”, uma força chamada atração, sabemos
também que nos sentimos atraídos por pessoas que mostrem para nosso
subconsciente, que podem perpetuar a espécie, através da sobrevivência e
reprodução, e como esta é nossa missão, logo acatamos; por fim, descobrimos
que o que faz com que nos sintamos atraídos, são essas características, também
chamadas de “Fator S&R”.
Vamos para os exemplos? Ah, mas antes da lista, preciso adiantar uma
coisa! Os fatores S&R são divididos em duas categorias. Físicas e de
personalidade, pois a atração é baseada em aparência e personalidade. Os
homens sentem-se atraídos cerca de 80% pela aparência e 20%, personalidade,
enquanto as mulheres, o oposto. 80% personalidade, contra 20% da aparência.
Entenda personalidade, como toda e qualquer forma de agir e aparência, como
projeção da imagem, a forma como esta é mostrada, é tida.
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Em primeira instância, sou um pesquisador, um mero pesquisador e
como tal, não tenho direito a uma opinião. Apenas me atenho aos fatos, e cá
estou, apresentando fatos. Então, tudo o que eu aqui falar, quando não deixar
bem claro que é uma opinião, não será uma opinião.
❖ S&R’s físicos:
Os físicos são inerentes à reprodução, têm ligação com o físico, o corpo,
a aparência; então aqui, são características ligadas à fisiologia, responsáveis
por gerar a nova prole. Dentre eles, temos os mistos, que servem para ambos
os sexos, os masculinos e também os femininos.
• Beleza;
• Saúde;
• Corpo saudável;
• Juventude.
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• Altura elevada; • Voz grave;
• Corpo viril; • Pênis vigoroso.
Observação: Cuidado para não levar ao pé da letra, afinal, como disse várias
vezes, é subconsciente e tem vários níveis, exceção à regra, entre outros.
❖ S&R’s de personalidade:
Estas são as características que evoluíram junto a nós e hoje,
demonstramos e reagimos às demonstrações de sobrevivência e reprodução de
forma sutil, através de ações, não mais pelo físico e estão entre elas:
• Popularidade; • Sabedoria;
• Confiança; • Inteligência;
• Naturalidade; • Dominância;
• Perseverança; • Adaptabilidade;
• Objetividade; • Inteligência emocional;
• Resiliência; • Dinheiro;
• Perspicácia; • Prosperidade;
• Sensibilidade; • Comunicatividade;
• Bom humor; • Prestatividade;
• Liderança; • Rapport;
• Amor próprio; • Segurança;
• Autorrespeito; • Motivação;
• Empatia; • Perceptividade;
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• Caráter reforçado; • Humildade;
• Mistério; • Altruísmo;
• Indiferença; • Notoriedade;
• Charme; • Imprevisibilidade;
• Carisma; • Indulgência;
• Positividade; • Desafio;
• Presença física destacada; • Incerteza;
• Sensualidade; • Pré-seleção;
• Coragem; • Atitude;
• Ireatividade seletiva; • Destemidade;
• Ousadia; • Felicidade;
• Respeito; • Fé.
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A primeira atitude, foi trabalhar minha imagem. Eu queria passar a
imagem de forte, destemido, viril, digamos, misterioso e até malvado, por ser
incrivelmente sexy. Um constante desafio. E para isso, trabalhei minha
aparência, minha visão das coisas e do mundo, principalmente de mim mesmo
e das mulheres. Trabalhei a maneira como me comunicava, a minha
capacidade de conversação e passei a abordar as mulheres para praticar.
— Sim, eu disse!
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Explicação parruda: A PNL é uma ferramenta pseudocientífica que visa
aproximar comunicação, psicoterapia e desenvolvimento pessoal. Foi criada por
Richard Bandler e John Grinder nos anos 70. Bandler e Grinder afirmam também
existir uma conexão entre os processos neurológicos (“neuro”), a linguagem
(linguística) e os padrões comportamentais, aprendidos através da experiência
(programação), afirmam também que estes podem ser alterados visando alcançar
informações específicas e metas na vida. Então temos neurociência + linguagem +
programação. Afirmam também que a metodologia de PNL pode "modelar" as
habilidades de pessoas excepcionais, permitindo que alguém adquira essas habilidades,
replicando-as e que muitas vezes, em uma única sessão, a PNL pode tratar problemas
como fobias, depressão, distúrbios motores, doença psicossomática, miopia, alergia,
resfriado comum, distúrbios de aprendizagem e outros. É claro que não tem respaldo
total e tido, hoje em dia, como pseudociência, mas muito utilizada em marketing,
vendas e afins.
Bom, já deu para perceber como fiquei maravilhado com o poder da PNL,
certo?! Comecei a utilizar para seduzir, influenciar ou até mesmo manipular.
Usava para tudo, eu, envergonho em assumir, fiquei viciado… Estamos agora
em meados de 2010 e estou longe de ser a pessoa do início deste livro. Estou
totalmente confiante, destemido, diabolicamente charmoso, irônico, levemente
cruel, mas bondoso. Fazia o que queria sem pesar e com certeza, eu me tornei
na época, totalmente imprevisível. Só faltava dizer, com um sorriso de canto,
malicioso:
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UMA GOSTOSA SEDUÇÃO
Chegou um momento em que abordar já não era exatamente um hobby,
mas uma obrigação, afinal, eu tinha de relatar num fórum, em páginas, para os
colegas da comunidade ou os recém-convertidos por mim. Isso mesmo!
Comecei a replicar conhecimento e aqui, comecei a descobrir-me um professor.
— Então, estou num debate acalorado com meu amigo, Natanael, aqui e
precisamos de uma opinião que realmente importa, a de uma mulher. E você
parece ser interessante, então decidi te parar para perguntar. Aliás, qual o seu
nome?
— Meu nome é Mônica Carolina (óbvio que direi esse, para preservar a
identidade) e o Seu?
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Lembro de ter feito uma piadinha provocativa, ganhando um tapa dela no ombro
e um largo sorriso, antes de falar o meu nome.
— Carolina, o que você acha dos homens que usam camisa rosa? Acha que
parecem gays? Eu acho que não, mas meu amigo aqui insiste que não fica legal.
O que você acha?
Deus, como ela era linda… Parecia a Thaís Araújo, com a boca da
Angelina Jolie e um corpo mais invejável… Preciso nem dizer como fiquei
encantado, certo?! Claro, não deixei transparecer…
Ao final, trocamos telefone — e meu amigo, esperto, não ficou para trás
e pegou também, dando o próprio — e ela nos chamou para um “Coffee break”
político. Obviamente, não fui, tanto para preservar a essência de badboy e
desapegado, quanto que odiava esse tipo de encontro e não iria simplesmente
por uma garota, mesmo que fosse gata e gostosa.
Você precisa ser a pessoa que agregue valor, deve ser o prêmio, se pensar
diferente, seu Mindset o sabotará, conduzindo-o à “teia da aranha”, e sem perceber,
você estará numa vitrine e logo descartado, por não ser bom o suficiente. Foque numa
coisa:
A mulher diz que quer algo, mas quem manda, seu subconsciente, anseia por
outra coisa e vou revelar agora e guarde para toda a vida: CONFORTO,
SEGURANÇA E PROTEÇÃO.
Isso não quer dizer que ela quer um salvador, mas seu subconsciente, precisa se
sentir seguro, protegido e confortável. Lembra? Temos de sobreviver e reproduzir, para
perpetuar a espécie. Agregue valor e jamais se proste inferior.
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PRAZER! PODE ME CHAMAR
DE LOBBO MAU!
Cerca de três dias depois, assistindo uma palestra, meu amigo, que
deveria estar na sala, assistindo também, aparece na porta e acena como louco
para mim, sendo ignorado completamente. Até que ele entra e fala que a
Carolina está lá fora e quer nos ver. Acho intrigante, e decido acompanhar. E
lá estava ela, com um sorriso “de orelha a orelha”. Descemos então, os três,
para o pátio e começamos a conversar. Demonstro desinteresse nela, como se
não fosse lá essas coisas, mas me mostro completamente interessado na
conversa, e para falar a verdade, realmente estava interessante.
Você não precisa ser nenhum Sherlock Holmes para perceber o quanto
ela estava me desejando, creio eu. Ela inflamava de desejo e quanto mais me
mandava esses sinais, mais usava gatilhos de atração e mais conduzia a
interação ao rapport (conexão, ligação mútua), mais estávamos conectados…
Era tipo um efeito “alma gêmea”. Eu já havia construído a atração, através de
várias demonstrações subconscientes de alto valor social e sexual (lembra dos
S&R’s?), a conquistei, gerando conforto e conexão emocional (aqui entram
algumas PNL, espelhamento corporal, verbal e o principal: SER UM BOM
OUVINTE) e por fim, dei o golpe final.
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interesse de minha parte, como o famoso olhar triangular (olho, olho, boca,
olho…), o que chamamos de escalação física (toques físicos nela, iniciando com
sutis toques nas mãos e/ou ombros e cotovelos, progredindo para abraços, cafunes,
beijos no rosto etc), falar mais grave e baixinho, mais perto de seu rosto, e o
melhor de todos: Ao “pé do ouvido”. Mas o que a deixou completamente louca
por mim foi algo chamado tensão sexual, que é atiçar o fogo, mas criar
impedimentos físicos e/ou verbais. Era minha “vítima”, ela estava, agora, em
minhas mãos e ela sabia disso.
O Natanael percebeu o que estava rolando e já não poderia mais ficar ali,
afinal, não iria ficar “de vela”, então saiu. Vendo que a Mônica agora era toda
minha, para eu fazer praticamente o que quisesse, levei-a para a quadra e lá
ficamos. Quando você segue a ordem corretamente, você garante a eficácia e a
eficiência do “Jogo”. Quanto mais se atém aos detalhes, mais seduzida sua
“vítima” será. E eu sabia disso. Poderia simplesmente tê-la beijado vários
momentos antes de estar ali, na quadra. Mas eu queria mais. Muito mais… O
fato de eu ter gerado atração, agregado valor, fez com que prestasse e fixasse a
atenção em mim, principalmente por ser diferente dos outros homens. Fui
misterioso, imprevisível e não respondia com prontidão às investidas. Com
certeza, ela, que era, como muitos homens poderiam dizer, “uma deusa”, deve
ter ficado confusa por eu não estar babando por ela, sequer demonstrando
desejo.
Observação: Quanto mais você é visto com belas mulheres, quanto mais você
for validado por elas ou sai com elas, mais atraente você se torna, afinal, se você tem
belas mulheres com você, é porque tem coisas boas e logo querem descobrir. Isso é
chamado de pré-seleção, ou seja, você foi pré-selecionado pelas mulheres, e por tanto,
pré-aprovado.
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Eu tê-la espelhado, foi super importante, isso gerou bastante conexão, ela
passou a confiar em mim, por se sentir conectada.
Observação: Espelhamento verbal, é você usar uma palavra que tem forte apelo
emocional à uma pessoa, ou certo apego, como gíria, trejeito ou cacoete, ou
simplesmente é uma palavra que provoca uma reação na pessoa e ela utiliza muito. Você
replica no momento correto, isso gera conectividade. Espelhamento corporal, é você
usar, sutilmente, como o nome já diz, um “espelhamento” na postura e/ou atitudes da
outra pessoa. Você a replica, só que no momento pertinente. Ela tá de um jeito e você
faz uma postura semelhante. Assim como a outra, cria bastante rapport. Ambas são
muito utilizadas em vendas e negociação. E o fato de eu ter retribuído, sutilmente, no
momento certo, as investidas, fez com que ela se sentisse validada por mim, mas a
estrela do show foi a tensão, gerada pelas barreiras que criei para beijá-la. Isso tudo fez
com que, sem percebesse, ela se tornasse verdadeiramente minha, sucumbisse ao meu
“jogo de sedução”.
Chegou um momento que ela queria namorar, mas, poxa! Eu queria ter
toda experiência possível com todo tipo de mulher. Queria superar meu ídolo,
o Mystery, ser um dia o melhor do mundo e até os trinta anos, ter deitado com
pelo menos mil mulheres. Estava animado, alguns meses e já contabilizava
cerca de quinze a vinte. Estava progredindo tão rápido na comunidade, eu não
queria desacelerar, fora que já estava virando rotina e ela estava apegada, e
sem querer, estava eu utilizando de uma das mais poderosas técnicas de
sedução: O coquetismo.
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Observação: Coquetismo é a técnica que usa do contraste emocional. Você
provoca reações adversas na pessoa. Ela utiliza de gatilhos da segurança e da
insegurança. Por incrível que pareça, ambos importantes para nós, seres humanos.
Precisamos da segurança, para nos sentirmos acolhidos, e da insegurança, para ter
aventura, sentir fortes emoções. Popularmente, é chamado de “Jogo doce”, “quente-
frio”, “puxa-empurra”, “morde e assopra”, “bate e alisa”, entre outros.
Antes que fale algo, não! Não me orgulho nenhum pouco disso, ok?!
— Vem cá, Meu lobo! Quando você vai ser meu? Mas digo todinho meu!
3. Todas as nossas ações, sejam elas racionais ou emocionais, são guiadas por
esse instinto, que são, em suma, conseguidas via interação;
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8. Para cumprir nossa missão biológica, interagimos e essa interação se dá
com pessoas que sentimos atraídas; essa atração é a maneira que a natureza
usou para garantir que a gente sobreviva como indivíduo e reproduza,
consequentemente, colaborando para a perpetuação da espécie;
10. Existem outras maneiras de “mostrar” para as pessoas os dotes S&R, que é
usando de ações e palavras que simulem as mesmas características de S&R,
que são os gatilhos mentais;
11. Gatilhos mentais são agentes externos, como palavras e ações, que
disparam estímulos que provocam reações emocionais, levando a pessoa a
tomar uma decisão baseada nesse estado;
12. Essas emoções provocadas pelos gatilhos, mexem com nosso instinto
primitivo, se comunica diretamente com nossa programação principal, que
remete à nossa função como animais e automaticamente, fazem tomarmos
decisões. Decisões com intuito de sobreviver e reproduzir, para prolongar
a espécie;
Observação: Tudo isso é absorvido pelo nosso cérebro, em suas três regiões: O
Cérebro reptiliano, responsável por nossas ações instintivas, o Neocórtex,
responsável pelas decisões e por fim, o Sistema límbico, que é a região do cérebro
responsável pelas emoções. Entenda, que 80% de nossas ações, são subconscientes,
sendo elas, instinto e emoção, guiados pelo Cérebro reptiliano e Sistema límbico,
respectivamente e apenas 20% são racionais, que é a região comandada pelo Neocórtex.
Ou seja, sedução e suas consequências não se comunica com a razão, mas instinto e
emoção e apenas eles.
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14. Na sedução, você trabalha suas características inatas e aprende novas,
lapida, e então, naturalmente gerará atração, esta atração, chamamos de
PASSIVA, que é a atração gerada de forma natural, sem técnica;
20. Por fim, tendo gerado atração, conforto e confiança, usei de atributos
naturais, que gerassem desejo sexual, para envolve-la numa aura de
desejo, sendo essa aura a SEDUÇÃO PASSIVA, que é a sedução criada de
forma natural;
— Carolina, você sabe muito bem que sou um “lobo” desgarrado, não tem
compromisso comigo. Te ofereço as melhores sensações, mas nada além…
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Após alguns segundos com um semblante triste, laçou-me a cintura e
desferiu, antes de me beijar:
— Você é um lobo mau! Um lobo bem mau. Espero que um dia seja O MEU
LOBO MAU! Deixa eu ser a sua Chapéuzinho, vai…
Comecei a usar esse apelido, estava assinado de vez meu pacto com a
comunidade. Eu havia criado, finalmente, uma alcunha, um alter ego. Já não
havia mais razão para não me entregar de corpo e alma ao estilo de vida que
ela promovia. Mas o que começou com um disfarce para o herói, como o
Superman era para o Clark, tornou-se minha pele, e quem eu era, havia se
tornado, então, minha fantasia. Eu era o Lobbo Mau! Esse alter ego, era a
mudança que “precisava”, o renascimento, um “novo eu” e me sentia cada vez
mais poderoso ao me apresentar assim e passei a me aventurar de vez. Vesti
meu manto, o “badboy” cafajeste e cavalheiro. Então matei o Jean doce. Era o
que eu pensava, mas isso ficará para depois.
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A VOLTA DOS QUE NÃO SE FORAM
Se tem uma coisa que eu jurava que havia ido embora, aliás, duas, era
meu sentimento pela Judith e a Judith e iria continuar achando até que um dia,
caminhando, a encontro na rua. Ambos, quase um ano sem se ver e eu,
convertido n’outra pessoa… caí na armadilha de sustentar o papo, que
prometia maravilhoso.
Quando dei por mim, já havia anoitecido e ela havia me chamado para
assistir sua aula de balé. Entrei, junto a ela, no carro de seu pai, todo sério,
policial de carreira. Entramos juntos na escola e adivinhe! NÃO PUDE
ASSISTIR! E o que fiz? Fiquei, como um bom menino, um bom “cachorrinho”
esperando na recepção. DUAS HORAS!!! As horas não passavam nunca! E
quando finalmente saiu, o pai já estava esperando, entrei no carro e me despedi
dela. Frustrado pela noite fracassada.
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mesmo vale para o diamante. Ora, não matam e morrem por ele? E por quê? Porque ele
tem valor! Simples! Valor que agregamos devido nossa inclinação para gostar do que é
raro, pois logo o que é raro, é difícil de conseguir e se é difícil, poucas pessoas têm, ou
seja, EX-CLU-SI-VO. E apesar de adorarmos a abundância, gostamos do que é
escasso, e quanto mais escasso, maior o valor. Enfim, entendeu? Tudo que é escasso, é
valoroso e eu não fui, fui completamente disponível. NÃO SEJA DISPONÍVEL
DEMAIS!
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• Curiosidade: Nós necessitamos da curiosidade. Como diz uma célebre frase —
que desconheço a autoria e não vou pesquisar! Sorry! —: “Não são as respostas
que movem o mundo, são as perguntas!”, as perguntas nos movem, basicamente,
nossa curiosidade. Precisamos desse senso do desconhecido. Juntamente ao
mistério, em paralelo, a curiosidade é uma grande “fisgadora”.
• Escassez: O que é raro, de difícil acesso, traz satisfação quando possuímos. Não
somos atraídos pelo o que é fácil demais. Apesar de corrermos atrás das
facilidades, para poupar tempo, inconscientemente falando, somos atraídos e
damos valor ao que foi difícil, sacrificado etc., por causa do senso de
reconhecimento, exclusividade, importância.
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sabemos o que é o bom, pelo ruim, o bom, pelo mal, assim como a felicidade, pela
tristeza, o quente, pelo frio e assim sucessivamente… damos valor às coisas boas,
provando das ruins e junto da adrenalina, absorvemos com gosto, principalmente
quando finalmente acessamos o contraposto. Te provo agora! Você gosta de livros
e filmes com aventura, certo? Ter história é ter desenvolvimento de desafios,
rompantes e superação. Se só tivesse felicidade, por que você leria ou assistiria,
não é verdade?! Pense nisso!
Observação: Bato muito nessa tecla, porque já conheço as peças… hahaha Mas
vamos lá: Racionalmente? Não! Sempre falo de instinto e programação biológica,
subconsciente, emoções… Quando for algo racional, deixarei bem claro.
E não tendo uma vida, mostra que não é uma pessoa interessante ou que
não tem autorrespeito, amor próprio e como diz a Bíblia: “Amai o próximo
como a ti mesmo” — Bíblia, A. (risos) Brincadeiras à parte, entenda: “Como a
ti mesmo”, ou seja, o amor ao outro, deve ser reflexo do próprio e se você não
se ama, logo não pode amar e a ciência explica isso também. A gente só
consegue projetar, replicar aquilo e somente aquilo que já faz parte de nós.
Comecei a fugir dela, como o diabo foge da cruz. Afinal, minha mente só queria
a outra. Ela, a Judith…
Evitei tanto a moça, que perdemos contato por um bom tempo. Nesse
ínterim, tive várias outras aventuras, mas ficará mais para frente. O que
interessa agora, é que passei a me fazer cada vez mais presente para a Judith,
cometendo o mesmo erro que a Carol cometeu comigo. Fui disponível demais,
logo, desvalidado. Todo dia queria vê-la. Eu andava mais de 3km por dia para
isso. Eu almoçava e mal escovava os dentes, saía do trabalho e percorria essa
distância para vê-la, ficar conversando pelo o que? Meia hora?
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— Judith, se você tiver lendo, me responda! Eram míseros trinta minutos,
certo?!
Ah, deixa pra lá… acho que era isso mesmo. Cerca de trinta minutos
depois e eu tinha de subir praticamente correndo, para chegar a tempo ao
trabalho. E assim sucedeu-se por algum tempo, até ela parar — com razão —,
de atender meus telefonemas, me evitar em boa parte do tempo, desmarcar e
por aí vai.
Lembro que passei uma semana mandando SMS, ligando, e ela cada vez
mais distante. Chegou um momento que ela simplesmente não me respondeu
mais, não ligou e então desapareceu. Ali, senti novamente a dor do abandono,
o abraço da rejeição. Levei cerca de um mês para me estabilizar
emocionalmente após esse tombo. Decidi e racionalizei isso, fazer-me duro e
insensível. Estava determinado a ser o jogador que eu precisava ser, ou achava
isso, ao menos.
Essa experiência foi o flerte com o passado, caí na teia do que havia,
outrora, posto num baú, ao invés de simplesmente superar. O que pensei ter
ido, mas nunca saiu do lugar, A Judith e meu sentimento por ela, a volta dos
que não se foram.
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ODE POÉTICO
VIDA DE LOBBO MAU
Uma história irei contar.
Minha sina, minha vida,
alguns segredos revelar.
Vamos lá:
E eu como tal,
ajo da mesma forma.
Tudo igual.
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Para o vosso bem e meu também.
Tudo bem! Réu confesso!
Sou mulherengo, mas calma eu peço!
Se quiser me conhecer, as regras irei dizer:
Nada fútil e sem motivação pode ocorrer.
Amar é arte!
Beijar e transar, abraçar…
Meu Deus! Poesia e cavalheirismo,
gentileza… tudo faz parte!
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coisa do coração.
E pra acabar,
mais uma coisa tenho a contar:
Não faço as mulheres
como vagabundas se sentirem,
por traírem a quem deveriam seguir;
se quiserem, deixe estar.
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DIABOLICAMENTE SEDUTOR
Meu pacto com a boemia estava firmado. Me entregara completamente
ao jogo e não existia, para mim, algo acima do jogo. Os anos passaram e
estamos, agora, em 2012. Cheguei na escala de maestria na comunidade, tendo
uma parcela de pessoas treinadas na filosofia e arte do “Pickup Artist”.
Cheguei à mestre PUA e já começava a criar PNL’s para tudo. Tudo era
calculado, “O jogo” teria de ser simplesmente perfeito. Era muito bom
conseguir o que eu queria, influenciar, ou manipular, que seja, as pessoas.
Deixarei ambos como exemplo, porque todos merecem sair por cima às
vezes, apesar de ser favorável ao “endurecimento”, à dor, todavia, nem
sempre, no processo de desenvolvimento, a vida espera superarmos tudo para
nos fazer passar por algo do tipo, assim como merecem conseguir despertar o
tesão numa mulher, mesmo quando ainda não está completamente
desenvolvido. Então segue o tio, que você, agora, verá em primeira mão —
mentira! Na época da criação, eu postei no fórum hihihi —, algo de fato
poderoso. Não utilize de bengala, e de fato, não será efetivo para sempre, não
se você não for desenvolvido, uma hora deixa de funcionar, então use com
moderação, pratique até ficar bom, mas jamais esqueça de evoluir mental,
emocional e fisicamente, financeiramente até... e isso, quando usado, será
ainda mais efetivo ao ser usado. Mas bem, isso é uma “trapaça”, se você estiver
evoluído, vai conseguir, naturalmente, fazer isso e muito mais. Bom, agora que
o adverti, cumpri meu papel de educador. Sem mais delongas, vamos a eles!
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NEUTRALIZANDO OFENSAS
Sabe aquela situação, onde você é pego no desconforto, após repararem
e explanarem algum defeito, característica, mania ou afins sobre você? Por
exemplo, você tá numa roda e falam da tua roupa, de um trejeito seu, um
cacoete, alguma mania específica ou de uma característica física, “tirando
sarro” de você. Você sente-se humilhado, não é mesmo?! Vontade de sair
correndo, enfiar a cabeça na terra... sumir! Bom, vamos lá!
— Taí. Você quem escolheu! E VOCÊ, qual o seu? (apontando a outra pessoa)
— O meu é...
— Você quem escolheu! (é importante que sua certeza e convicção sejam "cara-
de-paumente" absurdas e com
sorriso de brincalhão) ou não terá a mesma efetividade.
— É o seguinte (SEU NOME), você pode ser (aqui você fala o defeito
criticado) ou ruim de cama, qual você escolhe? — E com uma “cara de
poker”, aquela cara de sonso safado, você fala:
Com isso, você normaliza seu defeito zoado, ao passo que subcomunica, com
confiança, que é bom de sexo.
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PROCEDIMENTO DO CÉU E DO INFERNO
Sabe aquele momento que você tá com aquela gata e não sabe ou não se sente
seguro para avançar o papo um pouco mais, torná-lo picante?! Pois bem! Agora vou
ensinar-lhe um breve macete, e se executado da maneira correta, colherá maravilhosos
resultados. E aqui vai a ressalva: É importante que você se desenvolva ou a chance de
efetividade será baixa e não faça disso sua muleta, é apenas um leve atalho para
emergências, ok? Vamos lá!
— Fulana, tenho algo para você, aqui e agora, que pode mudar para sempre
nossa relação atual. Na verdade, uma escolha.
— Na minha mão direita, eu tenho o céu. (Faça isso levando a mão, lenta e
continuamente até ela, como se pintasse o ar). E na esquerda, tenho o inferno
(faça o mesmo, ainda com a direita estendida, com a palma para cima, na coxa
dela). Qual você escolhe? Coloque em cima da mão escolhida.!
Ela irá escolher a mão, pondo a dela em cima da sua. Então você tira as
duas mãos abruptamente, levantando as mãos para o alto, mostrando as
palmas para ela e fechando.
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— Nenhuma e nem outra!
— Porque eu sou o tipo de homem que irá oferecer o melhor dos dois mundos,
para você, agora! (Fale isso, fechando as mãos dela com as suas, chegando bem
próximo dela, olhando no fundo dos olhos e finalize com um beijo lento na
bochecha ou testa).
E se ela mesma não iniciar o papo mais “caliente”, você pode usar
ganchos como: — Gostei da sua reação, já imaginou sentir o melhor dos dois
mundos agora, comigo? Ou ainda: — Vi sua cara de desejo agora, relaxe,
também senti. Me dê um abraço. Daí você pode conduzir da forma que achar
melhor.
Observação: Quando você, do nada, começa a olhar para ela, vai gerar
estranheza, irá “quebrar o padrão”. Então você começa a falar lentamente, o que a
obrigará a prestar mais atenção em você, seus lábios e todo tipo de gesto.
Quando você move as mãos de forma lenta e contínua, você faz com que ela siga
o movimento. Voz lenta, sussurrada, seguida de movimentos lentos e contínuos, fazem
nosso cérebro processar ONDAS ALFAS, que são ondas cerebrais de relaxamento (as
mesmas de quando acordamos e as mesmas de quando estamos pegando no sono),
saindo das ONDAS BETAS (que são ondas de atividade acelerada, as que usamos
acordados).
As ondas alfas são as ondas utilizadas pelo nosso subconsciente, que como citei
anteriormente, controla 80% de nossa tomada de ações, sendo as ondas que o hipnólogo
acessa, para deixar o paciente em transe.
Ela seguindo o movimento, mais relaxada, você associa o céu à sua mão direita.
Obviamente que ela não levará para o lado literal, entenderá céu como romantismo.
Da mesma forma, com a esquerda, associada com o inferno. Ela entenderá não
como o lugar bíblico, mas sim com erotismo, safadeza, libertinagem.
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As “santinhas” escolherão o céu, pois é o “certo” e as devassas, o inferno, pois
são devassas mesmo.
Você causa uma avalanche emocional e a pega de surpresa. Mas quando você
abraça as mãos delas com as suas duas (que foram associadas com céu e inferno), você
subcomunicou para o subconsciente dela, que você oferecerá o melhor dos dois mundos,
ao passo que verbalizou isso, olhando nos olhos dela.
A “quieta” vai poder fazer algo que nunca ou quase nunca pôde, que é se soltar
e a devassa, o que quase não tinha ou não tinha, que é o romantismo, a doçura, que
provavelmente, não possuía dos outros homens, por ser mais “atirada”.
A questão aqui, Amigo, é prática. Tem que ter a postura correta, o tom de voz, o
olhar... E claro, você acreditar.
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ROQUEIRO SELVAGEM
Em 2012, eu estava levando uma rotina muito intensa, regada a orgias,
conquistas, seduções não concluídas (entenda isso por seduzir simplesmente
pelo prazer de seduzir, sem beijar ou transar, apenas “laçar em minha rede”) e
aventuras.
Sabe, esse lance todo de abordar uma mulher interessante, grupos mistos
(composto por homens e mulheres) ou grupos de mulheres, estava ficando
cada vez mais fácil. Chegou um momento que o tédio começou a se fazer cada
vez mais presente em meus dias, em minha rotina, em minha vida.
Não havia dito, mas sou roqueiro e comecei a me encontrar com minha
galera, Brasília é capital nacional do rock, afinal... Nesses encontros, comecei a
ter contato com todo tipo de pessoa. E os primeiros sintomas da vida que
levava estava germinando. A carência.
Todos os dias eu ia para esses encontros e o que era encontro, virou uma
rotina, uma rotina com horas lá ou em locais semelhantes, já que Brasília tem
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diversos locais de encontros. E eu vivia indo nesses locais, abordando os
grupos legais, fazendo amizades, conhecendo diversas mulheres, e claro,
seduzindo.
Nessa mesma época, aprendi mágica e hipnose e aí, meu amigo, um novo
e melhor mundo se abriu. Passei a me tornar ainda mais interessante. Eu
divertia a todos, com meu lado exotérico, lia mãos e acredite ou não, sempre
acertava. Vou revelar meu segredo agora! Então para você que me conheceu, e
sempre quis saber se sou um mítico, um adivinho ou qualquer um do gênero,
aqui vai:
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4. Uso do senso comum, falo coisas que pessoas em geral, principalmente
com o perfil analisado possuem e vou listando, de forma lúdica e
divertida;
Voltando...
Ler mãos, praticar hipnose e fazer mágica, além das coisas que já fazia,
me deixou em outro nível. Una isso ao fato de ser um bom influenciador e até
manipulador, e você tem assim a receita para uma rápida fama.
Quer ver como eu era, mais ou menos, é olhar para o personagem Lúcifer,
da série da Netflix. Selvagem, charmoso, educado, cavalheiro e misterioso.
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ENTENDENDO O PROCESSO
Não tem graça se eu só ficar falando dos meus feitos, das coisas
grandiosas, se você não puder absorver o que de fato acontecia, não é?! Vamos
mergulhar no processo e ver alguns macetes também. Voilà!
1º. Para você influenciar as pessoas, você tem que ter em mente o que você
quer, o que deseja, tem de ser honesto consigo mesmo. Seus sentimentos,
sonhos, objeções, crenças e opiniões. Você tem que ter presença dominante.
As pessoas simplesmente amam estar perto de pessoas convictas e que
sabem o que querem;
2º. Se quer ser memorável, terá de ser alguém que tenha uma vida
apaixonante, que se dá por hobbies, coisas que façam com que se sinta
seguro e confiante. Alguém divertido e que ama a vida. A vida já é tão
complicada, que precisamos de pessoas que façam com que saiamos da
rotina extenuante;
4º. A imagem que você passa, diz muito sobre você. Falo de congruência, como
mostrar no estilo a pessoa que você é. Eu sou roqueiro, mas também um
homem polido. Meu estilo mostrava isso e de forma alinhada com a moda;
Então descubra quem é e busque a melhor aparência o possível com seu
estilo. Uma boa imagem demonstra poder, demonstra atitude, destemor,
confiança... enfim, isso atrai;
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praticamente e fala que ela tá horrível. Ela vai acreditar? Agora o inverso. Você
olha para uma mulher comum ou nada bonita com asco, nojo e diz que a acha muito
linda. Diga-me: Ela vai acreditar? Viu só? O que sai da sua boca, deve estar
congruente ou seja, relacionado, combinando com o resto, ou não será validado, não
terá importância. O que manda na comunicação é linguagem e entonação;
6º. Supere seu medo de falar com desconhecidos. Pratique conversar, nem que
seja para perguntar a hora, pedir opinião, dar bom dia... Falar com as
pessoas, deixará você bem mais natural e o fato de sair da zona de conforto,
te dará uma aura diferente e as pessoas sempre reparam e com certeza, irão
querer ficar perto. Bem perto de você;
7º. Se quiser se conectar com alguém, seja um bom ouvinte. Você tem 2 olhos
para observar, 2 ouvidos para escutar e apenas uma boca para falar. Ou
seja, observe com os olhos, com os ouvidos. O assunto preferido de uma
pessoa é ela própria. Experimente também usar as mesmas palavras que
ela mais usa com frequência, só que um tempo após, do seu jeito, para não
parecer um robô. Experimente usar o mesmo tom de voz e por fim, repetir
a postura que ela está e veja o efeito que causará na outra pessoa.
8º. As pessoas são seres emocionais, suas decisões são baseadas nas emoções,
nos instintos. Se você for capaz de mudar a emoção de uma pessoa, você
muda sua decisão, e logo, sua ação. Aí entram os gatilhos, que remetem ao
nosso desejo inconsciente de perpetuar a espécie. Vamos relembrar:
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• Curiosidade: Um dos mais motivadores. A curiosidade surge na lacuna
entre o que sabemos e o que queremos saber. Buscamos novos
conhecimentos para aliviar aquela “coceira mental” que nos aflige;
• Novidade: Novidades podem ser boas ou não. Mas o nosso cérebro cria a
expectativa de que elas vão transformar a vida para melhor. O potencial de
prazer nos faz gostar do que é novo.
9º. Com a escalação física no momento correto, você, após mostrar-se atraente
e se conectar, sendo um bom ouvinte ou espelhando os gestos, palavras e
tons, você despertará um aumento no desejo. A pele de uma mulher é 4x
mais fina, um toque pode fazer toda a diferença.
10º. Por fim, o melhor elemento, é sem dúvida, a tensão sexual, que nada
mais é do que você criar barreiras, impedimentos para o beijo ou o sexo.
Pode ser com sua postura ou fala. Se você desperta o desejo, mas cria um
leve impedimento, vai gerar um desafio na outra pessoa, que lutará para
ter-te ali mesmo.
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ALEJANDRA
Não tem como eu falar de sedução ou de minha história envolvendo a
sedução, sem que a cite. Você certamente já sonhou com uma mulher
estonteante, envolvente e misteriosa. Para os nascidos até os anos 90, devem
ter tido paixão platônica na personagem Elvira, a rainha das trevas, então deve
saber do que estou falando. Sim, é esse tipo de mulher.
Observação: Quando você quebra o padrão, você chama a atenção, por mostrar-
se diferente do senso comum, ativando assim o gatilho da novidade. Nós tendemos a
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gostar do que é novo, por ansiar pelo sabor da mudança. E eu quebrei o padrão ao não
“endeusá-la”, nem sequer desviar minha atenção, ainda mais quando todos a nossa
volta o faziam. Quando me expressei, demonstrei autoridade no que falava, certeza.
Lembra desse gatilho? Somos atraídos pela certeza, segurança, confiança. Então, mais
um pontinho para mim. A Alê, então, passou a me fazer perguntas. Respondi com
objetividade e usei traços indiretos, que agregavam valor, tanto na história
(storyteller), quanto na forma de falar, na entonação etc. Essa mulher ficou ainda mais
intrigada e então passou a direcionar a conversa para mim, me pedindo cada vez mais
minha opinião, validando-me no processo, assim como passou a se validar para mim,
para notá-la. Quando percebi isso, passei a “recompensar” cada atitude dela de
interesse por mim, dando doses de interesse. Fosse com elogios controlados, fosse com
toques escalados ou ainda perguntas sobre ela.
Alejandra apertava cada vez mais forte minha mão, como se não quisesse
que o momento acabasse. Então, na parada de ônibus, que ficava numa
movimentada praça, peguei em sua mão e a puxei para mim, como fosse beijá-
la. Respirações sincronizadas, olhos vinculados, corações acelerados e... Puxei-
a para uma dança. Dançamos no solo, dançamos em cima de um dos bancos
da praça e fizemos isso por um bom tempo, como se não existisse ninguém,
apenas nós dois.
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desejo, luxúria — muuuuita luxúria, o pecado em ação —, uma vontade que
excitava a todos que ali estavam, de início incomodados, mas com o temo,
“contaminados” pelo nosso furor, nossa energia sexual. Passamos então a ser
conhecidos como “O casal 20 do Porão”, as mulheres queriam ser a Alejandra
(ou agarrá-la) e os homens, a mim. Sempre parávamos o tempo quando
estávamos juntos, tudo em nós era um verdadeiro jogo de sedução, ora caótico,
ora harmonioso, mas que com certeza, contagiava a todos, excitava, ludibriava,
encantava. Não era como se fosse um “pornô” ao vivo, mas a química e energia
sexual e desejosa que emanávamos de nós, tanto antes do beijo, quanto durante
e após, fomentava, incitava o desejo de quem ali estivesse. Era químico, era
mágico... era pe-ca-mi-no-so, mas era puro.
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“DONJUANISMO” EM AÇÃO
Com o tempo, minha “maldição” voltou a “dar um oi”. As coisas estavam
muito boas com a Alejandra. Não me entenda mal, não é como se eu estivesse
almejando um namoro ou algo sério. Não! Mas com o tempo, ela passou a
nutrir mais do que uma química por mim.
Num determinado dia, fui flertar com algumas garotas e então ela
apareceu me abraçando e olhando feio para as moças. Confesso que só queria
fugir dali. Já estávamos há um tempo nos divertindo, era normal se apegar,
mas na época, eu não pensava assim. Declaro-me culpado! Eu estava enjoado. Só
queira ir para a próxima conquista, sem que me sentisse culpado, queria outras
pessoas. Eu já saía com outras pessoas, claro. Sempre fui honesto com a Alê,
sobre minhas intenções, mas não queria ter que sair escondido, para não haver
briga ou magoá-la, ou os dois...
— Não sinto mais atração por você, não tem mais aquela magia, a química.
Antes, a gente dançava a dança da sedução, nos seduzindo, atraindo e
conquistando, então sem aguentar mais, nos atracávamos e eu não vejo mais
isso, Alê! E era o que eu mais gostava, eu espero que me entenda, não quero te
magoar, até porque sempre fui honesto sobre minhas intenções, e odeio dizer
isso, mas perdemos nosso lance de sedução mútua, é como se tivéssemos a
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obrigação de nos beijarmos, sem ter sequer se esforçado para seduzir-se. Eu
quero aquilo de volta, sabe?! E... é isso!
Ela se afastou e assim ficou o resto do dia e parte da noite, até que uma
conhecida fez algo que voltou a apimentar. A beijou na minha frente. Um beijo
incrível, ardente e provocante. Em seguida, beijou-me também e pôs-me para
beijar a Alejandra. E que beijo incrível! Parecia que havia voltado tudo e para
melhorar, puxou-nos para um beijo triplo e assim findamos a noite.
Observação: Ela deu por vencida a situação e parou de tentar me seduzir, que
foi justamente o que me fisgou. Toda a aura de mistério, fantasia, uma certa dose de
periculosidade, sua confiança e todo o jogo de sedução. Muita gente faz isso, eu mesmo
já fiz por demais e vários homens. Então citarei os principais erros que drenam a
atração:
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Estes são alguns dos erros mais comuns, as pessoas comentem e com a Alejandra,
não foi diferente. Se quiser que sua relação ou affair esfrie, siga a lista, para ver.
Os dias foram passando, ficamos mais algumas vezes juntos, mas como
era esperado, não durou. Eu tinha algo que chamava de maldição. Logo
seduzia a mulher, perdia o interesse quando se entregava a mim e quanto mais
“empurra com a barriga”, findar, mais preso e enjoado ficava. Eu não sabia até
ali ou não havia admitido, mas tinha uma verdadeira compulsão por
conquista. Até esse momento, já devia ter chegado na primeira centena de
mulheres, já havia experimentado — e não me orgulho — seduzir mulheres
comprometidas, principalmente as casadas.
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A PRIMEIRA NAMORADA
A Thaís não era exatamente o padrão de mulher perfeita, na verdade,
estava bem acima do peso, mas era extremamente confiante, sagaz e charmosa.
Tinha um sorriso incrível e confesso ter um fraco por sorrisos... (risos) foquei a
conversa nela, e pela primeira vez em muito tempo, não estava jogando.
Eu já não aguentava mais esse tipo de coisa. Calma, Leitor, vou explicar!
Em dezembro cortei meu cabelo, que há mais de ano deixara crescer e o que antes
não fazia, passei a fazer. Deixar a barba dar as caras. De cara, me chamaram de Gustavo
Lima. No começo foi engraçado, mas então entre 10 e 20 vezes por dia eu era assim
chamado, desde então. Uma vez, um casal que estava saindo do shopping, passou por
mim e cantou a “Gatinha assanhada”, me olhando e rindo. Eu os conhecia? Não
conhecia. Mas é a vida, não é?!
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Esse grupo era ousado e bem insistente, só consegui espantá-los quando
disse que minha namorada do meu lado não iria gostar. Torci para ela assentir
a farsa e assim o fez.
Minutos após, passamos a conversar sobre várias coisas sobre nós e como
dois bobos apaixonados, começamos a olhar para o céu e falar sobre o formato
das nuvens. Ela me mostrou uma música, cantada por seu amigo, conhecido
meu, que fez para o cara de quem gostava, mas sem ser correspondida.
Quando vi esse lado dela, logo me encantei. Ela mexia comigo como
nenhuma outra mulher. Ela era diferente, era especial... (você nem imagina o
quanto e não, não necessariamente de forma boa).
Mal dormi o resto da noite e não pensava em outra coisa no dia seguinte.
Já com o pessoal, na praça, aconteceu de uma mulher bem interessante flertar
comigo selvagemente. Falou que queria transar comigo, em 5 idiomas. Sim, eu
sei! Isso é muito incrível! E 5 vezes eu, como diz minha mãe, “saí pela
tangente”.
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Decidi pedir sua mão em namoro. Planejei algo bacana, marquei no
parque que a conheci e olhando para ela, cantei a música de Edson & Hudson,
a “Quer namorar comigo”, adaptada com algumas coisas para nós, junto com
meu primo, que estava lá conosco.
Ela ficou sem reação, mas queria mais e me pediu mais. Então subi numa
das mesas, que estava cheio de pessoas, que se eu conhecesse 10% era muito,
mas chamei a atenção de todos e fiz uma verdadeira declaração, ovacionado
por palmas estonteantes.
Para um casal que estava se guardando, até que tivemos uma bela
primeira vez. Num parque, ela apoiada, de frente, numa churrasqueira de
lenha, eu investindo selvagem e apaixonadamente contra ela, com os olhos no
segurança, que volta e meia aparecia.
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Para nós, foi inesquecível. E não conseguimos mais parar. Quando não
era em sua casa, era num motel, onde me disse algo que ri até ficar sem voz na
hora e rio toda vez que me lembro:
Rapaz... ela, apesar da pouca idade, dezessete anos — eu tinha vinte para
vinte e um —, ela sabia como fazer sexo. E que sexo! Eu nunca me cansava! Ela
poderia ser bem acima do peso, mas me fisgou de várias maneiras. Eu estava
em sua rede e ela, seria a Viúva-negra. Cada vez mais, ela me controlava, e eu
não percebia, sem que eu percebesse, ela ditava as regras do jogo e eu estava
em sua mão.
Dali até as próximas semanas, passou a agir diferente, me evitar, ser fria
comigo. Eu não entendia o porquê, queria uma explicação, eu precisava de
respostas... mas sempre dizia que não sabia e eu ficava no limbo, que estava
mais para inferno, sem saber como sair, sem uma luz no fim do túnel. Isso
passou a me consumir. Eu não comia direito, não dormia direito e passei a me
humilhar para ela. A querer fazer tudo que ela quisesse, só para voltar a ser
“fofinha” comigo.
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Comprei vários cartões, onde em cada um teria um adjetivo dela, mas
também teriam palavras que não eram adjetivos, palavras aleatórias, que se ela
juntasse, teria a frase: “Prometi que se ainda amasse, lutaria”. Uniria a isso um
bocado de doces e comidas que fizeram parte de nosso namoro.
Para o plano ficar perfeito, precisaria da ajuda de sua avó, então liguei
para ela e perguntei se poderia me ajudar, a enfeitar o quarto dela com os
cartões, em formato de coração, as rosas e as comidas. A avó a chamou, ainda
comigo em linha, e contou que eu queria fazer uma surpresa romântica. Ela,
furiosa, pega o telefone e me dá a maior bronca, dizendo que eu não a
respeitava, não respeitava o tempo que pediu e muitas coisas mais. As mais
piores de se ouvir de quem se ama. Disse que estava saindo com o chefe, que
era casado e ele a levava para motéis de luxo e o sexo era maravilhoso e não
por ele ser bonito ou rico, mas por ser casado e essa sensação do proibido era
inigualável.
— Cara, que tipo de homem é você? Acabei de falar que tô dando pra
outro e você aí se humilhando. Honre suas bolas! Tenha dignidade!
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meus prazeres, minhas amizades (até perdi todo o respeito da galera dos
encontros), minha vida. Já deve ter notado também o problema de eu ter
levado a vida que levava, antes dela. Plantei várias sementes e as mesmas
viram a hora perfeita para germinar. Como eu só queria ter meu harém ou
melhor, meu álbum de mulheres, não sabia o que era me relacionar, me
adaptar, construir uma rotina, traçar laços, evoluir e nem nada do tipo, eu era
inexperiente no que importava de verdade.
Por falar nelas, você deve ter ficado bastante curioso sobre como isso
sucedia, não é?! Bom, vou dedicar então o próximo título só sobre a atração,
conquista e sedução de uma mulher homossexual.
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SEDUZINDO LÉSBICAS
Apesar de homossexual, a mulher que não é transsexual, ainda é em
suma, uma mulher. Se você se comunica com sua programação básica, ou seja,
sentir-se confortável, segura e protegida e mescla com características
“dândicas”. Se você tem traços femininos no pensar, no falar e/ou trajes, isso
gera um estado de similaridade, de afinidade. Mas são sutis, claro, pois sua
essência é a masculina. E quando você faz com que ela inconscientemente se
sinta confortável, segura e protegida, ela o pré valida, quando apresenta traços
mesclados, masculino e feminino, gera um desejo bissexual na mente e quanto
mais ela se coibir de sentir atração, mais atração sentirá, daí só seguir os passos
da conquista tradicional de uma mulher heterossexual ou bissexual. Tá, ficou
confuso, eu sei. Deixe-me ver como posso simplificar.
2. Mostre interesse pela personalidade, ações, estilo, mas não pela aparência;
5. Ser validado por outras mulheres, aumenta um pouco seu nível de atração;
6. Agora, você ao menos foi visto como alguém interessante, passará a ser
validado aos poucos, o que recompensará com validações a ela também;
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9. Seja divertido, mas misterioso. Isso a deixará confortável, mas intrigada, o
que causará um efeito de contraste emocional, da segurança com a
insegurança;
11. Agora ela já está atraída, apesar que pode não querer se entregar, e confia
mais em você. É o momento de mostrar mais das características de dândi,
como um pensamento ou forma de falar que só uma mulher usaria, ou um
jeito... isso “enganará” o cérebro, de que ela está com uma mulher, mas ao
mesmo tempo com um homem;
13. Use técnicas que incitem desejo, como: sorriso, olhar dentro dos olhos, tocar
as mãos, contar histórias que emocionem, usando a palavra “imagine” etc;
14. Comece a usar uma linguagem mais lenta, a falar mais compassadamente,
olhar mais nos olhos e dar muitas pausas;
• Mexer no cabelo;
• Cruzar as pernas em sua direção;
• Sentar-se perto de você, podendo sentar longe;
• Ficar te tocando constantemente;
• Olhar fixamente em seus olhos;
• Olhar para sua boca;
• Olhar sutil ou descaradamente para seu corpo, principalmente a região genital;
• Rir de tudo o que você fala, mesmo as coisas sem graça;
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• Copia a sua postura;
• Ao se afastar dela, a mesma se aproxima;
• Roçar as coxas;
• Morder os lábios;
• Brincar com objetos fálicos (que tenham formatos alongados, como lápis, caneta,
taças... quaisquer coisas que façam lembrar, inconscientemente um pênis;
• Alisar as axilas;
• Faz perguntas sobre você.
Claro, esses sinais têm que ser sutis e inconscientes, naturais. E você não pode
cometer o erro de pegar um sinal isolado e achar que é interesse. A regra é pegar uns
três sutis, pelo menos.
17. Use de impedimentos verbais e corporais, para mostrar que não podem
transar ou “se pegar”, ao passo que continua utilizando as técnicas
geradoras de desejo;
18. Beije-a!
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Observação: Já que citei a personalidade Dândi, vamos entender o que é. O
dândi é um dos 8 perfis de sedutores existentes. Dândis mesclam os dois universos.
Masculino e feminino, sem que sua essência principal seja afetada, na verdade, é até
mais aflorada que nas pessoas comuns. Por exemplo, uma mulher dândi é
extremamente feminina, mas possui algumas características masculinas no traje e/ou
personalidade e o homem dândi é extremamente másculo, mas possui vários traços
femininos, que pode ser um senso estético, ou forma de falar ou qualquer coisa que seja
pertinente à mulher e não afete sua sexualidade. Esse contraste gera um forte desejo
bissexual e proibido na mente, logo atraindo o alvo. O homem é atraído pela
feminilidade e pela similaridade que as leves características masculinas geram,
enquanto a mulher é atraída pela masculinidade do dândi e pela similaridade feminina
que ele apresenta em certos traços.
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97
CONHEÇA O “BART”
Não posso contar essa história sem falar dele, meu primeiro e melhor
pupilo, que tanto ajudei ou prejudiquei. Que tanto evoluí ou involuí, um herói,
um vilão, alguém puro, mas com uma enorme “dor no coração”.
Precisamos voltar para 2011. Eu ainda não era o Lobbo Mau ou quiçá o
Conde Lobbo Mau, talvez no nome, mas ainda não na essência. Ainda havia
algum traço de pureza em mim. Nessa época, conheci dois rapazes. Amigos e
vizinhos. Ambos com 15 anos. Um deles era bastante bonito e o outro,
“estragado”. Comecei a ensinar tudo que podia para eles, os inseri no universo
da sedução, no seio da famigerada e polêmica comunidade PUA.
O rapaz, muito bonito, vou chamá-lo de Ronan, pegou muita coisa, mas
não demorou e não seguiu adiante. O outro — vamos chamá-lo Patrícius (eu
sei, sou horrível em inventar identidades) —, sofria de baixa autoestima,
rejeição, complexo de inferioridade, fumava demais, bebia muito e parecia ser,
pelo menos, ter quase o dobro da idade. Eu gostava dos desafios. Queria
transformá-lo num verdadeiro Casanova.
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trabalho; eram vendedoras de roupas — ou eram calçados?! Deviam ter entre
21 e 25 anos.
Patrícius, agora Striker, era hábil como um ninja, me enchia a cada saída,
de orgulho. E a cada técnica que eu criava e refinava, ele testava em campo.
Posso dizer que ao menos quando PUA, ensinei tudo o que sabia e podia. O
cara era um monstro. Após uma das saídas, justamente quando começava a me
juntar à galera do rock, descubro que ele era um dos frequentadores e na minha
fase assídua nos encontros, ele sempre estava junto, já que também era
roqueiro.
Com o passar dos anos, ao passo que minha fama se alastrava, ele não
ficava para trás e assim como o meu, seu nome era propagado entre o pessoal,
todavia, o conheciam por Bart, pelo seu jeito rebelde e por um bom tempo, com
um skate. Bart virou uma lenda, um dos pilares, juntamente comigo e com a
Alejandra e alguns outros, do movimento rocker. Se posso dizer que teve
alguém que possa ter saído com tantas ou mais lésbicas, foi ele. Com mulheres
comprometidas, mulheres mais velhas... sempre que eu me desafiava, o levava,
minha meta era refiná-lo ao seu potencial máximo. Não posso afirmar ao certo,
mas o Bart, badboy rebelde, deva ter dormido com dezenas, talvez centenas.
Até apresentei à minha antiga paixão, Judith, agora amiga e grande sedutora.
Eles até chegaram a namorar. Mas antes de chegar nessa parte, preciso falar
como retomei o contato com ela. O farei mais para frente.
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GUERREIRO INCOMPREENDIDO
Tem um cara que não poderia ficar de fora desse relato. Um cara que
participou ativamente de vários momentos, ora icônicos, no mundo da
sedução, ora empresariais. Uma pessoa, que de paraquedas, virou um amigo e
abriu grandes portas, sem querer para o que viria acontecer, mudando,
indiretamente, meus dias. Vamos chamá-lo aqui de Gustavo.
Comecei então a ter um certo apreço por ele, que foi evoluindo com o
tempo. Gustavo, o bizarro, após meu trato, Guerreiro incompreendido, estava
ganhando seu espaço, estava me conquistando. Mostrou-se um sedutor
100
relativamente bom, mas um grande conquistador. A forma como essa criatura
gerava rapport era fora dos limites. Unia isso às mágicas e logo chamava a
atenção, havia se convertido num “Showman”, como eu. Mas com certeza o
que mais chamava a atenção, era seu talento para a música. Sua inteligência
musical era fora dos limites e soube bem aproveitar isso para chamar a atenção.
Cara, como eu curtia ouvi-lo cantar, apesar do ego inflado, que relevava. Mas
afinal, ele bancava a própria arrogância, era validada pelo “show”. Na hipnose,
tinha um tato especial. Gustavo sabia como deixar as pessoas em transe
rapidamente, só não sabia como explicar e como todo talentoso recém
descoberto, evoluiu rápido e não praticou ou tão pouco estudou, parando
então seu progresso, que prometia ser estratosférico. Por muitos momentos,
usou de maneira indevida, antiética, amoral, mas tenho de admitir que os
efeitos de todos, eram, no mínimo, surpreendentes.
Certa vez, fez a namorada, tímida, mastigar uma folha do chão, como
fosse um petisco, surpreendendo a todos que assistiam a cena, assim como
lembrar de uma carta que ela escreveu para a irmã, quando tinha 4 anos e por
fim, imitar animais. Um detalhe, é que ela era tremendamente tímida e filha de
uma funcionária conhecida da escola, a porteira. Olha, como fiquei
decepcionado com ele, mesmo admirado... Bronqueei pela maneira mais que
errada do uso, mas relevei, afinal, quase perder a namorada foi castigo mais
que suficiente.
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GÊNIO SUBESTIMADO
Um cara que faz parte de minha história, foi meu aluno e nos piores
momentos de minha vida, na minha transição, crise de identidade e mazelas,
foi o Areb (óbvio que é inventado). Areb era um rapaz bem diferente — pelo
visto, todos meus amigos são, afinal, eu sou, não é mesmo?! —, era acelerado,
muito acelerado. Areb tinha um pensamento muito rápido, um raciocínio
tenaz, agressivo, rápido até para sua capacidade de expressar-se. Isso o
deixava, ora incompreendido, ora subestimado por quem convivia com ele,
mas não conhecia de fato. O conheci num micro-ônibus, a caminho do meu
trabalho e ele, de seu estágio. Tínhamos um amigo em comum, que estava
comigo e me apresentou. Com o passar do tempo, nos vemos mais e deixei
escapar o que fazia e minha incomum paixão pelo universo da sedução. Ele
logo demonstrou interesse. Mas era um interesse mais que genuíno e colossal,
como quem tem verdadeira fome de conhecimento. E por falar nisso, esse era
Areb, um devorador assíduo de conhecimento. Se conheci alguém tão faminto,
tão sedento por conhecer, saber tudo, esse alguém era ele. Nisso, o admirava
muito.
Tudo começou com umas dicas, que ele logo racionalizava, achando os
padrões e definindo métricas, como um verdadeiro cientista. Passou a praticar,
e frequentando festas em minha casa, ao lado de outros alunos, como o Bart,
logo o colocava a prova. No começo foi bastante difícil, mas ele era obstinado
e passou então a pegar o jeito e domar o conhecimento, a técnica, a prática e
transformar no “jeito Areb” de fazer. Ele assimilou e transformou em algo dele.
Areb nunca chegou a ser um PUA de fato, pois ainda antes de mim,
identificou os problemas de levar determinado estilo de vida e passou a
procurar pelo desenvolvimento, seguindo o próprio caminho por um tempo,
mas sempre que dava, vinha às festas de minha família e fazia o possível para
estar presente em minha vida, sendo um fiel amigo. Areb teve várias fazes,
várias conquistas, várias desilusões e quedas, mas sempre procurou se
levantar, recuperar e a cada queda, mostrava-se bem mais forte. Muita gente o
subestima, mas ele sabe como mostrar o seu valor.
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SEDUÇÃO NATURAL PRIMITIVA
Um caso diferente, aconteceu há alguns anos, mais especificamente em
2016, logo após o término do meu terceiro namoro, que citarei mais a frente,
em devida oportunidade. Era o dia do meu aniversário e chamei Areb, junto a
outros amigos, para sair para um rodízio de pizza e então comemorar.
Chegou a hora de sairmos, pois minha mãe, como sempre, faz um bolo
para comemorar o dia e não passar em braço, então tínhamos de ir. Ao pegar
o ônibus, damos de cara com duas moças que estavam nos assentos mais altos;
elas nos encaravam sem parar. Percebi, mas honestamente, não ligava a
mínima, mas Areb estava sagaz esse dia. Queria porque queria me animar de
alguma forma.
— Que?!
— Éh, quero ver você abordando. Se você é tão bom, chega naquelas duas ali!
— Mano, não enche! Não preciso provar nada e também não tô no clima! Você
sabe também que não abordo mais e já até larguei, há 2 anos, o estilo de vida
PUA, não é?!
— Mas...
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— Você não vai desistir, vai?!
— Não mesmo!
— Certo, vou abrir essa exceção uma única vez. Mas é só porque você tá me
enchendo e nunca me viu, mas que fique bem claro que não corroboro mais
com a prática da abordagem e você sabe bem o que isso fez comigo, o lance do
vício em abordagem, a compulsão e todo o resto, né?!
— Beleza! Só observa!
— Vou fazer algo legal, mas para isso, quero chamar a atenção delas.
— Vem cá! — em tom natural e confiante, mas leve — Vocês sabiam que é uma
tremenda falta de educação não reagir a um cavalheiro jogando objetos para
chamar sua atenção? HA HA!
— HAHAHA Ora — falou uma delas, a da janela —, a gente olhou para trás,
mas você estava conversando com seu amigo, lá no fundo e como não olharam,
deixamos para lá.
— Ah, é?! — falei com um tom de surpresa cínica, e sorrindo — Então vamos
resolver isso agora!
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Apresentei-me, beijando a mão das duas e as convidei para sentar
conosco nos últimos assentos do ônibus, ao que aceitaram na hora.
Quando a da frente ia descer, eu disse que não, com a mão, firme, em sua
frente e disse para outra, da janela descer primeiro e então as guiei para o
fundo. Elas iam sentar, uma do lado do Areb e a outra no fundo, comigo.
— Oh, oh! Não! Aqui é o lugar dos garotos! Vocês sentarão aqui atrás, é bom
que podemos todos falar juntos, de uma forma melhor.
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O objetivo de chamar a atenção, jogando bolinhas de papel, era fazer algo ousado
e diferente, mas que ao mesmo tempo, demonstrasse uma “falta de respeito”, indicando
certo desdém por convenções sociais, o que automaticamente, gera ainda mais valor. Ao
ir até elas, demonstrei atitude.
Agora, com a imagem que projetei ali na hora, mais minha mentalidade e auto
visão, gerei uma aura que chamo sedução passiva, uma aura que gera um desejo
magnético incontrolável, sem uso de técnicas, todo o corpo funciona em sintonia para
a sedução. Voz, linguagem corporal, olhar, tudo. E ao finalizar, beijando-as, demonstro,
mais uma vez, atitude e um poderoso gatilho, como imprevisibilidade e para finalizar,
viro mais uma vez um desafio, ao dar a tarefa difícil de me encontrar, apenas com um
apelido.
— Hmmm...
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— A maior arma da sedução, Areb, é a naturalidade. Quanto mais natural,
mais sedutor e tudo leva a ela. Creio que quando ele criou o hábito de abordar,
era para o aluno praticar, pois a prática faz ficar bom, mas principalmente, ficar
confortável ao lado de uma mulher, logo, natural. Acredito também, que
quando criou o NEG (leitor, NEG é uma técnica onde você invalida o ego da
mulher, fazendo com que seu valor fique acima, deixando-o mais confortável,
ao passo que baixa a guarda dela, ao ver que você não é mais um, dando em
cima dela), era para o homem se sentir confortável com uma mulher com nível
muito acima ao dele, logo, natural. E todas as técnicas de sedução e rotinas e
procedimentos, se parar para pensar, tem como objetivo, produzir a
naturalidade e então, tornar o usuário, sedutor.
— Ah, entendi!!! Tá, mas o que tem a ver com minha pergunta?
— Vou chegar lá! Calma! — é incrível como uso introduções longas, o que irrita
muita gente sem paciência (risos) — Continuando, Areb, acredito que tudo foi
com esse fim, quando Mystery criou tudo isso, mas os pupilos tornaram isso
rotina, regra e então, filosofia. E vieram todos os efeitos, principalmente o
egocentrismo, machismo, misoginia, objetificação da mulher, frieza, carência e
o pior: A compulsão pela abordagem e pela conquista, pela sedução.
— E não para por aí! Acaba que tudo gira em torno da lábia, das técnicas, das
PNL’s, o desafio de “seduzir”, mesmo estando em desvantagem.
Mano, para mim, nem o maior sedutor do mundo vai conseguir a mulher que
quiser, quando quiser, fazendo o que quer e onde quer. Se consegue, já não tem
a ver com sedução, mas sim, hipnose, manipulação... Já não é natural. E
acredito que a sedução vá muito além disso tudo.
Venho há dois anos estudando, Areb e percebi muitas coisas, e cara, a sedução
de fato, é muito mais poderosa do que se vê, do que se divulga e engloba muita
coisa, não se restringe à técnica. A técnica, é o que chamo de sedução ativa, mas
o que você viu no ônibus, é uma aura sedutora, o que chamo de sedução
passiva, e esta, só é produzida a partir de um entendimento e mentalidade
desenvolvida, os princípios dos gatilhos desenvolvidos, mas tudo tá no
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pensamento, na verdade, nem tem técnica, mas claro, se aplicar, fica ainda mais
forte.
Você percebeu que era como, uma vez na “minha rede”, era impossível elas
saírem, que elas sabiam disso, mas não conseguiam evitar? Como se cada
célula minha estivesse preparada para o abate? Até lembrei da cena do
Edward, do Crepúsculo falando para a Bella HAHA!!!
— Não é?! Só para você saber a grandeza, veja o PUA como o Distrito Federal,
um quadradinho no mapa do Brasil. A sedução de fato, em sua grandeza, é a
Via láctea! E esta, chamo de sedução natural-primitiva, pois ela é bem bruta
mesmo, bem primal, primitiva. Pura... E ela te obriga a evoluir, pois o que você
viu hoje, depende na projeção de imagem, mas principalmente do
desenvolvimento, e quem vive apegado à técnica, pela facilidade, a usando de
muleta, não vê motivos para se desenvolver, e de quebra, adquire todos
aqueles problemas, fora que a comunidade aqui no Brasil é muito desunida.
— Fod@, mano...
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— A gente não tem paz, sabe, sempre se cobra, e quando vê uma gata, tem logo
que abordar, e se não conseguir seduzir, já se sente um lixo e a pressão só
aumenta, você vive para aquilo, acaba que as mulheres viram apenas números,
você fica muito frio, para de sentir prazer com as coisas e vem a depressão,
você faz de tudo para sentir-se vivo. Só quer ver sentido em algo. Essa
“bagaça” mexe com tua cabeça, saca?! E quando vê, tá fazendo coisas
perigosas, para ver se sente alguma emoção, além da frustração e crise
existencial. Eu, por um bom tempo, fiquei viciado em adrenalina, me
envolvendo com gente perigosa e fazendo coisas perigosas, onde quase morri
diversas vezes. Isso não é vida e quando você tem ideia disso, você sai e não
volta mais.
109
“BALLACK”
Tive diversos alunos no decorrer desses 10, quase 11 anos, porém poucos
tiveram notório destaque, não ao menos como os que estão neste, pois
conseguiram o feito de fisgar o coração deste icônico, apesar de desconhecido,
autor. Viraram amigos e um desses amigos, é o Ballack.
Vamos dizer que seu nome é Maurício, para preservar sua identidade.
Maurício ou Ballack, como irei chamá-lo aqui, era uma pessoa deveras
interessante.
Se pudesse dizer que uma pessoa sofreu e deu a volta por cima e merece
toda a felicidade deste mundo, é este rapaz.
Após um tempo, foi criado pela avó, até fugir de casa com cinco anos de
idade, passando a viver nas ruas e por lá, “comeu o pão que o diabo amassou”,
passou por todo tipo de abuso e aprovações. Contou-me também que na pré-
adolescência, passou a morar com um homem que para deixá-lo ficar lá, tinha
de retribuir com favores sexuais. E assim era sua vida até um policial, se bem
me lembro, civil, o tirar de lá e levá-lo para seu amigo, que sempre quis ser pai,
cuidar. Este amigo, policial aposentado e ex dono de boates era uma pessoa
maravilhosa, e numa teve um filho. A reação foi de amor à primeira vista.
110
Como morava em um local de muitos “trombadinhas”, fez amizades
erradas, usou drogas e flertou com o perigo de diversas maneiras e foi nesse
momento que o conheci.
Observação: O mundo nos vê da mesma maneira como nos vemos. Nos trata
da mesma forma que a gente se trata. Entenda, quando você se enxerga de uma maneira,
você passa a, naturalmente, agir dessa maneira e por agir assim, por emanar uma aura
assim, falar de acordo, pensar de acordo, enfim, ser de acordo, o mundo logo acreditará.
E quando você se trata de uma maneira, está mostrando o próprio valor, logo terá
em pauta um preço e o mundo pagará esse preço. Se for baixo, terá baixo pagamento,
mas se for alto, logo terá um alto recebimento.
Então entenda que você só pode receber, num âmbito geral, por aquilo que emana
e só emana aquilo que acredita.
Acredite em seu alto valor, se valorize e veja-se como alguém de enorme valor,
ou então terá um preço baixo estampado em sua testa e não poderá reclamar, afinal
você, indiretamente, o pôs ali.
111
Teve um episódio em específico, bem na época em que passei a ir ao
colégio que estudei, ver o Gustavo, meu então pupilo, que o levei para este
colégio renomado e tradicional, para dar a ele uma aula prática. A aula
baseava-se em sentir-se confortável com uma mulher e pedi a ajuda de uma
linda estudante. Devia ter uns 19 anos. Era popular, intelectual e reservada; o
típico perfil que assusta a maioria dos homens.
Solicitei que ele a chamasse para ir ao cinema e ela então, juntamente com
uma plateia improvisada por mim, daria sua avaliação criteriosa.
Tememos passar vergonha, nosso instinto quer nos proteger dos efeitos
fisiológicos causados pela vergonha, além da rejeição social. Efeitos como: Excesso de
noradrenalina, que é o hormônio que nos deixa preparados para o perigo, a luta, o
desafio, basicamente, situações extremas; o cortisol, que nos deixa cabisbaixos,
dopados... Nosso corpo tenta nos proteger dessas manifestações hormonais e suas
consequências, além da rejeição, que nos deixa ainda pior. Mas é um medo por
antecipação, ele não aconteceu.
112
— Então, cara. A timidez é o seu medo de passar vergonha. Você já tá passando
vergonha, então não tem motivo para ter timidez. Ou você continua
vergonhoso e riem de você, por estar ridículo e se sentindo ridículo ou você
assume que já tá ridículo e que se dane! Aí riram por você, com você, por sua
causa. Agora, você decide se quer ficar se sentindo um nada ou se chuta o balde
e vê que não depende do seu esterno, mas como você se vê. Decida-se!
Jogar seu jogo, o deixou em sua área de domínio, o que o fez emanar uma
energia fora do comum, com direitos a saltos, urros, gritos e até abraços de
comemoração nos parceiros de jogo (parceiros estes que eram populares e
“zoadores”, mas nem ligaram para a aparência bizarra dele, como se fosse o
cara mais incrível do local).
Ao sair da sala da quadra, chegou na moça, desceu o livro que ela estava
lendo, surpreendendo a todos no processo e desferiu com toda a confiança e
naturalidade do mundo:
113
Mas faltava algo. Faltava sua iniciação. Chamei uma garota que “ficava”
— falarei sobre ela, mais a frente — para o teste final. Queria ensiná-lo como
beijar. Isso incluía desde a pegada até o manejo do beijo.
Espero que consigam ver como o vejo, sob meus olhos, o homem —
outrora menino rebelde —, que se tornou. Um bom homem, um bom amigo,
um bom sedutor, bom filho, irmão, mas acima de tudo, um ótimo e perspicaz
ser humano.
114
RESILIENTE E SENSÍVEL
No ano de 2017, através de um amigo em comum, o conheci. Um homem
enorme, com cara de mau, mas que tinha um coração do tamanho do mundo,
uma prontidão e senso de justiça de dar inveja.
Ele era bem feliz ou aparentava isso. Um namoro longo, com uma bela
mulher, um bom estudo e o início de uma carreira. Mas a vida não é
exatamente boazinha, ela nos tira da zona de conforto da pior maneira: NOS
OBRIGANDO A SER FORTES. Nos “leva à lona” sem prévio aviso e só então
nos fala para levantar e se o fizermos, elevamo-nos mais fortes.
E foi o que aconteceu ao nosso amigo, que aqui o trarei como Kevin. Sua
namorada passou a ficar cada vez mais fria, cheia de desculpas, o evitava...
logo, num desabafo, descobrimos, mutuamente, que ambos tínhamos interesse
pela sedução e conversando sobre, passou a me falar seus pesares com a
namorada.
Disse para que ele que desse espaço, não focasse nela, mas em si e seria
questão de tempo ela o procurar.
Não gostamos de ler, pelos desafios?! O mesmo não vale para os filmes?! Se não
há um estímulo, uma dificuldade, não damos valor e o mesmo acontece nas relações.
115
Você deve ter ficado carente, meloso e não deu espaço ou ainda, julgou, criticou
e foi um baita ‘reclamão’ ou ainda fez coisas nojentas na frente dela. Aí, não tem relação
que sustente a atração HAHA! Outra coisa bem ruim é não diversificar a rotina,
mantendo sempre a mesma coisa, sem emoção. Ah, e a falta de dinheiro também. Tá e
agora, o que fazer? Vamos aos passos:
1º. Aceitar o término: É importante não insistir. A outra pessoa já está saturada e
tomou essa decisão baseada na emoção. Insistir com argumentos lógicos, além de
ineficaz, é humilhante e sufocante e uma pessoa sem autorrespeito não é atraente;
2º. Sumir: Este é o famoso contato zero, que consiste em desaparecer, pois a outra
pessoa saturou de você, não quer te ver e sua imagem a associa às coisas ruins. Com
isso, você não vai alimentar a chama da raiva e ranço. Uma hora irá passar. Depois
vai gerar a curiosidade de saber onde você está e como está, principalmente se você
correu muito atrás. Após passar a raiva, ela irá se lembrar dos momentos ruins;
Ps.: Caso tenham pendências, como negócios, dívidas ou filhos e precisam manter
contato, use o contato restrito. Aqui, você apenas falará o necessário, relativo ao
que precisar e manterá distância;
3º. Entender os erros que levaram ao fim: Aqui é o momento de você entender o
que você, ela, ambos fizeram, que culminou no desgaste do relacionamento. Para
futuramente, com ela ou outra mulher, você não venha a cometer ou aceitar os
mesmos erros;
4º. Trabalhar a obsessão: Você acabou de ser dispensado. Isso faz a gente ficar
desnorteado, com senso de perda; criança dá birra, quando a mãe ameaça doar o
brinquedo que ela não mais brinca. Às vezes, você não queria mais, mas doeu ter
sido dispensado, às vezes, é apego emocional, carência e não amor. Essa lacuna de
tempo e espaço é crucial para você entender o que de fato sente e até tratar a
obsessão. Se for amor mesmo, aprenderá a dar espaço e ser paciente, características
mais que importantes dentro das relações.
5º. Evoluir: Use esse tempo para trabalhar em você. Meditar, fazer novos cursos,
aprender coisas novas. Use para focar na sua melhora emocional, intelectual, física,
financeira e estética. Leia, faça exercícios, mude sua aparência, pratique exercícios
etc. Acredite, isso o fará melhor consigo mesmo e, automaticamente, mais atraente;
116
6º. Tenha hobbies: Você parou sua vida para viver a de outra pessoa, agora é o
momento de resgatar sua autoestima, de torná-lo interessante e nada melhor que
ter uma vida interessante. Para isso, tenha hobbies, nada mais atraente, que uma
pessoa apaixonada pela vida;
7º. Conheça novas pessoas: Trabalhar sua inteligência social é muito importante,
ter traquejo, no tocante à socialização é algo que vai te deixar vários patamares
acima dos homens comuns e claro, de sua versão fracassada. Além disso, se divertirá
no processo, fará novas amizades, enfim, viverá;
9º. Seguir em frente/Retomar contato: Caso ela te responda aceitando sua partida e
não querendo continuar o contato, ou simplesmente nem te responda, apenas siga
em frente. Agora, caso aceite sua amizade ou até algo mais, retome contato aos
poucos, vá conversando, sem muita disponibilidade, afinal você tem uma vida
agora, não é?! Libere as novidades aos poucos, afinal o mistério encanta e atrai;
117
fez na carta. Seja sexy, você sabe o que a agrada, use ao seu favor. Desperte o desejo
e provoque, use e abuse da tensão sexual. Essa é a fase mais gostosa, aproveite. A
volta é consequência;
12º. A volta: Você, guerreiro — afinal, reconquista é apenas para os fortes e líderes
de suas mentes e emoções —, passou por todas as fases, tá se divertindo com ela há
um tempo e sente que tá na hora. Proponha o relacionamento. Nada de retomar,
comece do zero!
Ps.: Durante o processo, nada de falar para ela, amigos em comum, família dela ou até
mesmo a sua, que quer reconquistá-la. Primeiro porque será visto como abusivo,
segundo que te darão conselhos errados ou te desmotivarão ou pior: te dedurarem, sem
querer para sua ex. Nada de ficar sofrendo aos quatro cantos. Escolha um dia para
chorar e sofrer tudo que precisa e depois, vá à luta, pois como gosto de dizer: Se você
tem tempo e força para desesperar-se, use-os para mudar o que te aflige. Não seja o
cachorro chorão deitado no prego!
118
REBELDE GENIAL
Agora, para fechar a cota dos grandes pupilos que tive no decorrer dos
anos, que viraram amigos, vou citar alguém especial, que senti vontade de
esganar em diversos momentos e em outros, amparar. Wemerson, assim como
Areb, era uma pessoa acelerada, pensava demais, só que diferente do outro,
pensava muito mais, o que o impedia de tomar uma ação, de fato, racional. Ele
era um consumidor impulsivo de conteúdo, além de programador. Haja
neurônios... (risos)
Recentemente, veio até mim para recuperar sua namorada, que o deixou
e confesso que foi o caso mais difícil que já peguei. Wemerson era muito cabeça
dura, estourado, debatedor, crítico e julgava com tenacidade e demasiada
frequência. Seu maior problema era sua falta de inteligência emocional e
pensamento acelerado, mas não esqueçamos do gênio forte. Além de todos os
passos citados no título anterior, tive de trabalhar sua autoestima, muito
pequena, em detrimento do ego enorme, que o consumia. Tive de trabalhar
incansavelmente também, seu pensamento acelerado; seu mal era racionalizar
tudo, absorver informação, como um obeso absorve o alimento, acumular
tarefas, o que sobrecarregava sua mente.
Se tem uma pessoa que foi guerreira, que aguentou a pressão do fundo
do poço, as chicotadas da própria mente, carcereira cruel, foi o Wemerson. Por
vários momentos tentou desistir, quase desisti dele, mas ele então voltava e
reiniciava os frutos de sua obstinação são imensuráveis. Ainda mantem seu
ímpeto rebelde e o jeito genial, claro, mas agora, em sua melhor versão.
119
120
ODE MUSICAL III
AGORA EU QUE VOU BRINCAR
Eu sei não era o tal
Mas o que fazer?
Eu vivia, respirava, só pensava em você
Sol, estrelas, mar, ar...
Será que vai me amar?
— Ei, se enxerga!
Sai do meu portão!
Ridículo e chato
Não te quero não! (bis)
Numa comunidade
Muitas coisas aprendi.
Me tornei um alfa
E agora renasci.
121
— Ei você! Eu não te conheço?!
Venha dar um oi,
mas é só um beijo!
AH! AH-HÁ!
VOCÊ NÃO QUIS ME AMAR!
AH! AH-HÁ!
AGORA EU QUE VOU BRINCAR...
AGORA EU QUE VOU BRINCAR...
AGORA EU QUE VOU BRINCAR!
COM VOCÊ...
COM VOCÊ...
COM VOCÊ!
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SUPERANDO O AMOR DO PASSADO
Como eu havia dito, voltei a ter contato com a Judith. Ainda em 2012, um
dia, decidi visita-la, junto a um ex colega nosso, que havia encontrado no
caminho. Fomos até sua casa e conversamos. Ele ficou flertando o tempo todo,
não parava de olhar para mim. Eu estava totalmente diferente. Foi nessa época,
que iniciei uma de minhas maiores paixões: A academia. Estava há meses
treinando pesado e suplementando. Ela viu um Jean forte, com uma “Vibe”
(energia) imponente, segura e destemida. Ao ir embora, o rapaz me falou que
ela me devorava com os olhos. E nesse momento, ela me chama. E para que?
Apenas para dizer que eu estava muito gostoso. Sorri, agradeci, e dei as costas.
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CADA VEZ MAIS FUNDO
Vários meses após, fui chamado para gerenciar uma escola do zero. Uma
escola que oferecia cursos de beleza e informática. O nome era “Pensando
Gigante”. Nessa escola, tive, junto da proprietária, de construir tudo do zero.
Mas como era coordenadora em sua antiga empresa, mas não uma gestora,
obviamente não deu muito certo. Ela me deu um horário super flexível e estava
tudo indo tudo muito bem para mim, até minhas novas companhias, meus
efeitos colaterais, da vida que levava, darem as caras; em especial, a carência.
Observação: Se você não trabalha suas fraquezas, não abraça seus demônios,
tornando-os aliados seus — e não o contrário —, se voltam contra você. Somos seres
emocionais e graças ao cérebro reptiliano e ao sistema límbico, responsáveis,
respectivamente, pelas ações rápidas e instintivas e pelas emoções, que juntos, fazem-
nos seguir nossa programação biológica, que agimos emocionalmente e não
racionalmente. E se atentamos contra nossa natureza, nosso corpo nos cobra de alguma
maneira, tentando reverter, pela lei do “desconto”, de alguma forma.
Por que eu digo isso? Porque passei tantos anos sendo o “Homem de uma noite
só”, o sedutor implacável, Bon vivant incontrolável, que abri mão dos prazeres e
responsabilidades de sentir as constâncias emocionais, de nutrir experiências em me
relacionar de verdade com alguém, de sentir algo, de preocupar-me com algo além de
mim mesmo. Suprimi minhas emoções o máximo que pude, e mais uma vez, como um
ser emocional, obviamente, não daria certo. Uma hora, “a casa iria cair” para mim. E
essa hora começou quando, surpreendido de guarda baixa pela Thaís, minha primeira
namorada, atacou minha parte desprotegida, sem experiência, as minhas emoções.
Então, todo o tempo antes disso que eu deveria sentir algo, acumulado, veio como uma
grande torrente de uma vez e agi como agi com ela. Não parou por aí, até porque, como
solução temporária, me enganando, eu tinha o hábito de me jogar nas orgias, momentos,
aventuras e na frieza. Ou era o que eu pensava, já que não conseguia mais ser assim e
só piorava. Minhas emoções estavam me consumindo...
Com a carência, era questão de tempo, pois como eu me coibia de sentir emoções,
obviamente, me privava do calor do afeto, e mesmo recebendo, não surtia o mesmo efeito
em mim, logo eu carecia e não sabia, de afeto.
124
Quando saí da primeira relação, em frangalhos, já me prostei carente, quando me
joguei na vida, só piorou, afinal, os prazeres não eram mais prazeres, não tinha mais o
mesmo gosto. O problema maior, é que após isso, toda vez que recebia o mínimo afeto,
como um viciado de entorpecentes, me entregava, iludido, a isso e logo quebrava a cara
e sofria. Com certeza, o pior inimigo fora a carência.
PS.: Imagine que você cria um cão da raça Pitbull. Você não demonstra medo
algum, o alimenta, cuida, dá amor e carinho. O protege, mas é firme. Seu cachorro,
adulto, o amará e protegerá, certo? Agora, se você, em antologia, neste mesmo exemplo,
demonstrar constante medo, não cuidar, tratar como monstro, manter sempre preso, o
que acontecerá quando o mesmo for adulto? Na primeira oportunidade de fugir, fugirá.
Ou até pior! Se te vir, te mata. Assim são nossas emoções, nossos defeitos, nossos
demônios ou nossos problemas. Se você abre mão de uma parte de você, ao invés de
guiá-la, controlá-la, na primeira oportunidade, ela te mata, te consome.
Quero deixar bem claro que hoje eu entendo as mulheres com TPM. Sei como
sofrem, eu senti na pele, hein?!
Como eu dizia, tudo ia muito bem, até que conheci a filha da dona, uma
garota, aparentemente normal. Nos apresentamos formalmente e até aí tudo
bem. Dei treinamento comercial para a equipe e ela faria parte. Concluído o
treinamento, estávamos todos no térreo e ela pegou o chapéu que eu usava, e
olhando no espelho, provou o chapéu, parou, olhou-me através do espelho e
sorriu, com um olhar arteiro, mas provocante. Nessa hora, minha carência deu
as caras e eu acreditei cega e terrivelmente que estava apaixonado. Passei
horas, mal dormi a noite, pensando nessa moça, que aqui chamarei de Milena.
125
digo para você: NÃO FAÇA ISSO! Repito: NÃO FAÇA ISSO! Passei a me
comparar com seu namorado, para mostrar o quanto eu era melhor em tudo.
Ela, ora se afastava, ora se aproximava e isso me incendiava. Eu estava caindo
em um jogo de sedução, logo eu, sedutor implacável...
126
ODE MUSICAL IV
UMA ETERNA CANÇÃO DE AMOR
Uma eterna canção de amor
Um tiro no escuro
De cara com o muro
Guiando meus passos
Um beijo, um toque
Um simples arrepio na pele me sobe
127
ODE MUSICAL V
UMA NOVA CANÇÃO DE AMOR
Uma nova canção de amor
Seu olhar me inspira calor
Agora penso em te abraçar
E cada vez mais te tocar
SÓ PENSO EM VOCÊ
A CADA AMANHECER
SUA FALA ME DESTRÓI
ME FORTALECE, ME INSPIRA, CONSTRÓI
UMA NOVA CANÇÃO DE AMOR (BIS)
128
129
MAGIA E SEDUÇÃO
Após minha recente derrocada amorosa, tentei me distrair, sem aprender, mais
uma vez, a valiosa lição que a vida tentava esfregar na minha cara: Aceitar meu
erro, afinal, como mudar sem saber que precisa?! Que devemos aceitar,
ressignificar e prosseguir... Fugi da lição da melhor forma que conhecia: Me
preencher de momentos, lugares, pessoas, mulheres...
130
Disse a ela que sedução era como uma dança, uma dança de salão; uma
hora você avança, enquanto o outro recua, e depois você recua, provocando
assim o avanço do outro e sincronizadamente, ambos são capazes de realizar
uma dança, sem regras, sem agressão, sem falsa pretensão, apenas o momento
e nada mais...
Enquanto fui falando, fui dançando com ela, deixando-a colada ao meu
peito. O tempo congelou por um momento.
A tensão sexual pairava no ar; era gritante, mesmo que não disséssemos
nada. Ao se despedir, tomei a frente, me curvei e beijei sua mão, subindo
lentamente. Ela ficou surpresa, mas encantada.
“Me salve! Me mostre que nasci para sentir o verdadeiro prazer! Quero
me sentir viva! Me possua! Aqui e agora, me torne sua, como se não houvesse
amanhã”.
131
Cassandra então, como uma pantera selvagem — e foi assim que a
chamei a partir daquele dia —, com um desejo mais que inflamado, removeu
meu cinto, como se o mesmo fosse seu pior inimigo, abriu minha calça, enfiou
a mão dentro de minha cueca e o retirou completamente; isso me surpreendeu,
mas dei a mão à valsa sexual que ali ela propunha e deixei, ao passo que, com
meus dedos, curiosamente arteiros, a iniciei naquele pecaminoso e delicioso
momento e que delicioso momento... a adrenalina de alguém aparecer, tornava
tudo ainda mais gostoso.
Enquanto, com uma mão, segurava sua calcinha, com a outra, molhava
ainda mais sua intimidade, já encharcada, salientada mais e mais pelo
pecaminoso e saboroso momento, o que a fazia se contorcer de prazer e conter
gemidos do âmago de seu ser. Enquanto isso, Cassandra, com sua mão, passou
a me dar prazer, com bastante destreza, o que me surpreendeu e fez-me
parecer um total amador, se comparar com as vezes que me toquei. Nada podia
nos parar em nosso “momentum sexual” e então fizemos os anjos e demônios
corarem, com nossas libertinagens e peripécias cheias de luxúria e ardor e
nenhum pudor.
Embora não tivesse havido penetração, o resto fez isso ter sido um mero
detalhe. O que posso dizer é que ela me deixou ofegante e se me permite, sem
fluido para contar a história. HA HA! Para finalizar esse relato erótico, digo
que tive de tapar sua boca, para seus gemidos não nos entregarem e isso se
tornar um polêmico e estrondoso caso policial.
Observação: O lance aqui foi mostrar o valor que eu já tinha. Então não ficava
de “tecnicazinha”, para criar valor ou desqualificar a moça, apenas mostrei o valor,
criei e aumentei exponencialmente nossa conexão, o que a fez confiar e se sentir
confortável comigo, gerei bastante tensão sexual e fiz nascer um clima de romance, de
magia... Fi-la voar, mas voar de verdade. Sabe, não basta deixá-la com fogo, tem que
criar impedimentos, fomentar a ideia de romance, da magia no ar, surpreender também,
mas se posso dizer algo, o verdadeiro tiro de misericórdia, o que gerou tudo isso, foi o
simples e delicado selinho.
132
DE VILÃO A “HERÓI”
Bem, aqui início a história que prometi. Da moça que fez reverberar os
meus dias, me levar do céu ao inferno em tão pouco tempo. O início da minha
maior e mais decisiva queda e a catálise de minha redenção.
Como estava bem para baixo, por conta do que aconteceu na escola, com
a filha de minha chefe. Estava me preenchendo, como sempre, de momentos e
pessoas, então passei a frequentar o colégio e conversar com o Gustavo, meu
aluno e fazer mais amizades. Foi nessa época que conheci a Cassandra e pouco
tempo após, a pessoa que estragaria, ao passo que melhoraria, minha vida.
Paloma — Vamos chamá-la assim.
Alguém ali comentou que eu sabia ler mãos e ela logo se “enxeriu’, para
que lesse a dela, pondo a palma estendida sobre minha coxa. Como de
costume, fiz um charme, dizendo que não leria, inventando desculpas. Ela
insistiu e me vi compelido a fazer sua vontade; comecei então minha “magia”.
Ao indagar a um amigo sobre ela e sua atitude, falou que era o jeito dela,
disse também que era a garota mais popular do colégio, que era casada com
um advogado rico e por fim, a mais bonita também.
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— Ah, é?! Pois então ela será minha! Vou seduzi-la, “comer” e cair fora, só
porque é a mais linda, casada, mas principalmente por ter cometido o pecado
de me esnobar gratuitamente. Quem ela pensa que é?! Ela vai ver! — proferi.
Passamos a nos falar todo dia, trocar músicas, piadas, até conselhos para
melhorar o casamento dei — antes que me acuse, realmente dei conselhos
134
válidos, para ajudar — e amigo, se eu já estava me preenchendo antes, com
simplesmente idas a um colégio e saídas com mulheres e amizades, imagine
agora, todo conectado com uma garota. Passei a não mais ir ao colégio pelo
Gustavo e companhia, mas sim para vê-la, para ficar com ela, simplesmente
conversar, já fazia meu dia valer e o que fazíamos de interessante? Apenas
conversar e divagar sobre disparidades, futilidades, amenidades, enfim,
qualquer assunto que simplesmente nos desse a desculpa de ficar perto um do
outro.
Disse para a Paloma que não poderíamos mais ser amigos, o que a deixou
perplexa e com voz de choro e uma expressão, que tentava conter o desespero,
perguntou-me o motivo. Falei que estava gostando muito dela, que a
considerava demais uma amiga, mas que havia feito algo ruim, que quando
nos conhecemos, por ter me esnobado, quis levá-la a cama só por ser bonita,
casada e pela atitude gratuita comigo. Isso não era certo e não merecia sua
amizade.
— Jean, tá tudo bem! Olha, você errou, mas tá arrependido, realmente tá tudo
bem, ok?! — ela me falou.
Contudo disse que ainda assim não poderia, pois (e demorei para falar
essa parte) estava totalmente apaixonado por ela, ela era casada e não queria
bagunçar sua vida; não que eu fosse o tipo de homem que ligasse para isso,
mas como gostava muito dela, decidi ir contra “minha natureza” — ou era o
que pensava —, não a levando à traição. Terminando de falar, beijei sua testa
e sai, sem olhar para trás.
135
— Mas...
Foi aí que ela me contou tudo o que acontecia em seu casamento e que não era
perfeito, como faziam parecer, a toxicidade, as agressões, o terror psicológico,
tudo...
Contou-me cada coisa, que faria as páginas desse livro ficarem perplexas
e certamente você também. Abster-me-ei de tamanha informação, apenas saiba
que ela pintou o marido como um verdadeiro demônio. Eu fiquei sem palavras
e o que antes eu sentia sobre mim mesmo em relação a ela, sendo um calhorda,
passei a me ver como um herói. Não, melhor: Como um pirata, um bandido
dos mares, que decidiu atracar numa ilha, saquear o povo e sequestrar a
princesa, mas que no processo, se apaixona, converte-se e descobre que o
marido era um verdadeiro monstro e eu seria o salvador.
Então ele chegou e ela foi embora, triste, com ele e eu? Bem, passei a noite
e o dia seguinte inteiro com isso na cabeça.
136
chefe e também, de forma diferente, para a Paloma, como romance e esta foi a pior de
todas, pois me entreguei em todos os sentidos.
137
ODE MUSICAL VI
IT’S SO EASY
O que vai acontecer
Se deixar isso fluir
Atirar-se sem pensar
E o destino desafiar
IT’S SO EASY
IT’S SO EASY
EU QUERO VOCÊ
ENTÃO TENTE ENTENDER
IT’S SO EASY
IT’S SO EASY
VOU CUIDAR DE VOCÊ
TE PROTEGER
ME DEIXA
VOU FAZER VALER A PENA
IT’S SO EASY
SO EASY
138
DO CÉU AO INFERNO
Após escrever uma música, onde expressava toda minha paixão, minha
devoção ao momento, a ela, e mostrando que era sim fácil, mas se ela quisesse
de verdade e até usei uma brincadeira interna nossa, onde falávamos “It’s so
easy” para muitas coisas, que em português, significa “é tão fácil”.
Observação: Como pôde notar, Meu querido amigo leitor, eu tava fazendo tudo,
menos racionalizar, como um peixe, pego pela boca, eu tava sucumbindo às minhas
emoções e porquê? Porque a carência me deixou suscetível às minhas emoções eufóricas.
Lembra que eu queria me sentir vivo?! A adrenalina, a ideia do romance proibido, a
redenção do vilão, transformado em herói... Eu tava preso num conto romântico e não
havia percebido.
Passamos a nos ver com uma frequência ainda maior, até a levei em
minha casa, onde apresentei toda minha família, orgulhoso e claro, meus pais,
preocupados, não gostaram nada dessa história, mas deixaram ver, afinal, cego
como estava, eu não ouviria ninguém, que não fosse minimamente capaz de
entender e apoiar o nosso “amor”.
Um determinado dia, que estávamos para nos ver, ela disse que o esposo
ligou para sua mãe, que morava numa cidade do interior de Goiás, Planaltina
ou Brasilinha, para os íntimos. (risos) Sua mãe estava perplexa com as atitudes
da filha e condenou-me e tomou-me por demônio, que apareci para estragar o
casamento perfeito de sua garotinha e foi quando, tomada pelo desespero,
139
Paloma revelou toda a verdade para sua mãe e provou. Perplexa, entrou em
pânico e um torpor de culpa e disse que lá, ela não ficaria nunca mais, que
arrumasse as coisas e ainda aquele dia iriam embora para Brasilinha.Se eu
pudesse ler sua mente agora, acredito que veria algo como: “Putz! Que cara
azarado... Será que ele nunca será feliz?!” haha Pois é, Amigo, foi o que eu
pensei também e claro, fiquei em frangalhos, afinal já estávamos fazendo
planos, eu já estava procurando a casa para alugarmos. Combinamos então de
nos ver a cada 15 dias, ora eu iria para lá, ora, ela para cá. Eu queria pedi-la em
namoro, mas de uma forma surpreendente, algo simplesmente único. Como
nos falávamos todos os dias, volta e meia, me mandava fotos, fotos comuns,
antes que pense besteira.
Fazendo uma pequena pausa para reflexão, direi que um dos erros cometido, era
o de falar constantemente, eu não era escasso, mas disponível demais e como sabe, isso
acaba com a atração.
Mas voltando ao assunto, escolhi uma foto e a desenhei numa folha A3.
No verso, transcrevi a letra da música, nossa marca registrada; a marca do
nosso amor. Chegado o dia dela passar o final de semana comigo, fui buscá-la
na Rodoviária do Plano piloto e quando a vi, entreguei o desenho, enrolado tal
qual um pergaminho, e quando abril, riu feito boba e beijando-me sem parar,
disse sim várias vezes. Eu não conseguia conter, sequer mensurar a felicidade
que senti naquele momento. Passeamos um pouco por lá e então fomos para
casa. A semana foi simplesmente maravilhosa, se deu bem com minha família,
até ajudou minha mãe na cozinha. Nossa tensão sexual tava cada vez maior,
afinal ainda não tínhamos nos conhecido biblicamente, nem ao menos
havíamos nos visto sem roupa. Os dias ocorreram bem, fomos até deixá-la em
casa, ficando quase 3 horas dirigindo. E assim continuamos nossa rotina, nos
falando todo dia, contando absolutamente tudo que fazíamos, fazendo mil
planos, até que uma hora a conta vem. E veja bem, quando você decide levar
sua companheira para jantar no restaurante da rotina, do tédio e da monotonia,
tem de estar disposto a pagar o alto preço que ele cobra e eu só não sabia o
quão caro seria e que eu não teria um “tostão” e sem opção de lavar prato, para
compensar.
140
Um determinado dia, ela não me respondeu com a mesma empolgação,
mesmo podendo falar, escolheu não me priorizar. O desespero me atingiu em
cheio, quando dei conta, cego pelas emoções, a sequência de besteiras estava
pronta. Liguei cerca de 10 vezes, liguei para a irmã, liguei para a mãe, mais de
uma vez e quando finalmente consegui falar com ela, tomei o tiro de
misericórdia. Ela mostrou-se fria como gelo e brigamos feio, brigamos pelo fato
de eu não estar entendendo a súbita mudança de humor e atitude comigo,
pelas desculpas que ela apresentou, sendo que eu sabia, serem furadas e ela,
por sentir-se sufocada; até que cometi o fatal erro de perguntar se me amava.
Ela, em silêncio por um bom tempo, fez com que eu, já desesperado, mostrasse
um lado, que até então, eu não havia visto: Um lado agressivo,
emocionalmente instável. Eu gritei com ela. Paloma então xingou-me de vários
nomes e me comparou ao seu marido, desligando em seguida, na minha cara.
Passou o natal, o ano novo e não pude fazer nada. Nada além de apenas
imaginar como poderia ter sido se eu não tivesse gritado, ou insistido ou
sequer ligado. Cometi o erro do “e se”, de ficar remoendo os acontecimentos e
lamentando minha falta de sorte. Fiz uma música e uma poesia (que ela só foi
ouvir uns 4 anos depois, quando eu estava namorando a mãe do meu filho e
ela, certamente queria tentar algo, mas eu já estava em outra). Pensei em vários
planos, incluindo até ir à sua cidade, e na festa de aniversário, subir no palco e
cantar nossa música. Olhe só o nível que eu cheguei.
141
Observação: Só seja romântico quando a mulher já sente algo por você ou no
caso, ainda sente algo por você. Se apelar para o romantismo fora dessas condições, só
irá saturar ainda mais ela, diminuir seu valor, afinal ela perdeu a atração, ou no
primeiro caso, não a possui.
Acabei não realizando o feito, pois um primo, que por muitos anos
participou de aventuras comigo, aprendeu comigo e tive como irmão por um
bom tempo, me botou juízo na cabeça e desisti da maluca ideia.
142
ODE MUSICAL VII
GAROTA EU TE AMO
Foi perfeito, foi real
Cada momento que passou
Tivemos uma história
Como um filme de amor
143
Você pode até dizer
Que isso pode não dar certo
Mas eu não vou desistir de você
Garota eu te amo
Te amo!
144
ODE POÉTICO II
MEU PRESENTE DE NATAL
Fui ao seu encontro,
nem tanto assim...
talvez coincidência, destino...
algo para mim.
Então te cheguei,
li sua mão;
mil besteiras falei.
Um medo em seu olhar;
desdém.
Aí recuei!
Vergonha talvez;
raiva e frustração,
me desesperei.
Passei a te odiar,
tratar com desdém.
Garota arrogante,
ninguém me despensa!
Nem você, nem ninguém!
Dias após dias,
145
te ignorava e você refletia.
Trocávamos farpas,
nos odiávamos,
muita "alegria"...
Então eu me jurei:
Vou seduzi-la!
A mais bela, a mais linda,
mais popular deste lugar
Só porque és casada e esnobe,
vou te ganhar!
Você verá!
Daí eu comecei,
meu plano em prática coloquei
Táticas e mais táticas.
Na conquista iniciei
e então aconteceu!
Então a megera,
mostrou-se diante mim,
uma bela donzela; doce e singela.
Amigos viramos.
Compartilhávamos tudo.
Desisti de meu plano,
amizade tinha futuro.
146
Dias e dias,
o sentimento ascendia.
A magia acontecia,
acontecia e crescia.
Então eu descobri.
Estava gostando dela.
A ex megera,
então minha donzela,
era a rainha do meu ser,
do meu viver
e por ela até reverteria.
Aceitaria me converter...
Triste, fiquei.
Precisava me afastar.
Nunca a machucaria,
seu mal não pretendia
e ela estava casada.
Eu me importava!
Ela chorou.
não queria me abandonar.
Uma história, um futuro;
tinha algo a desejar.
147
Não pode ser possível!
Um futuro comigo...
Algo pretendido,
não queria acreditar.
Ela estava ali a me almejar...
Fiquei emocionado
e deleitado com a ideia:
A dona do meu coração correspondia,
mas eu não podia!
Não era certo!
Não valia!
Difícil situação.
Como abandonar ela,
a minha donzela?!
Que Deus me dê o perdão
por levá-la à traição!
Presente de natal,
um sonho eu vivi.
Encontros de amor.
Achei, eu morri!
Fui ao paraíso, é disto que preciso!
Pois és meu abrigo.
148
Dele se separou,
a família confrontou e a mim se apegou.
Da mãe não fugiu,
contou-lhe logo tudo
e seu genro que lhe era nobre;
sapo e ogro e demônio convertido;
mudou tudo!
149
Não sei se um dia volto a encontrá-la,
“volver” nossa amizade,
recuperar o tempo perdido
e contar as novidades.
150
151
NATASHA
Estamos no final de 2014 e após minha, agora, não tão recente derrocada,
estava me sentindo muito bem; pleno, confiante, sagaz e com uma nova
perspectiva de vida, já que eu não iria mais seguir a filosofia Pick Up Artist, as
técnicas, devoções e a hábito da abordagem, afinal, jurei não mais abordar, não
com a motivação da paquera, ao menos, a não ser que estivesse realmente
querendo algo.
Andamos até o prédio de mãos dadas e todo mundo decidiu por fazer
hora no apartamento de outra grande amiga minha, que também estava na
152
festa. Ficamos colados, conversamos muito mais, e quanto mais brecha eu
dava, mais ela se aproveitava, como me pedir para desenhar nela, pedir para
desenhar em mim — o que me encantou, afinal eu sempre desenhei e ela
desenhava muitíssimo bem — e por fim, não obstante, deitar sua cabeça em
meu colo. Olha, admito e creio que não será nenhum segredo para você, que
está tão íntimo de mim, que isso mexeu comigo.
E mais uma vez, caí nas graças do afeto. Você tá vendo o nível da carência
e como essa “Filha da mãe” nos sacaneia sem dó ou piedade?! Vê também
como o hábito de fugir dos problemas ou ignorá-los só piora as coisas?! Eu fugi
de mim mesmo, criei um escudo, me fiz frio, abdiquei das experiências de
sentir e é claro que isso não daria certo, pelo contrário, afinal somos seres
emocionais, a não ser que lesionemos nosso cérebro, mais especificamente o
Sistema límbico, que é o responsável pelas emoções, não há como parar de
sentir, não para sempre e quando tentamos, todo o tempo em que deveríamos
sentir, na primeira oportunidade, aparece e aparece acumulado.
153
RECAÍDA
Como sabe, já estava muito bem, tendo em vista a evolução que a vida
me obrigou a passar, mas algo que não falei me atingiu em cheio e pouco tempo
após o rompimento com Paloma, que foi o divórcio dos meus pais e de maneira
muito chata. Isso foi algo que mexeu muito comigo e por um bom tempo, me
tirou dos trilhos, que levei meses para recuperar.
Observação: A mulher sempre saberá quando você espera algo mais. Primeiro
que aqui, você a está tratando como prêmio, troféu e isso invalida-o, pois mostra como
154
a coloca num pedestal, ao passo que ela também se sente comprada. E se você tenta
comprar a afeição de alguém, é porque não tem habilidade de conquista, não é um bom
parceiro, um bom provedor, um bom homem. Jamais tente comprar o afeto, as pazes ou
a calcinha de uma mulher.
Um dia decidi me declarar e dizer que sairia de sua vida, ela disse que
sabia e que queria apenas ficar, mas eu queria algo mais e ela não estava no
clima para romance. Eu entendi, aceitei e antes de ir embora, ela me puxou e
meu um beijo daqueles, só para me fazer sofrer..
Ela me chamou apenas para dizer que eu não precisava me afastar, que
poderíamos ser amigos e é óbvio que eu sabia que estava virando “a garantia”,
caso tudo desse errado, o plano B, mas é óbvio também que fiquei esperançoso.
Para resumir essa história, tentei tanto, que só me frustrei e decidi ejetar.
Parei de investir e após muitos acontecimentos, que citarei no próximo título,
conheci uma pessoa e a ela me entreguei e fui correspondido.
155
ODE MUSICAL VIII
FUJO DE VOCÊ
Fujo de você
Vou dizer o porquê
Eu não quero te ver
Estar com você
É MINHA MISSÃO
TER QUE PROTEGER
MAS QUANDO ESTOU PERTO,
TUDO SAI ERRADO
E EU FUJO DE VOCÊ
Calculista e frio
Tudo era fácil
Tinha as mulheres na mão
E agora não sei o que faço
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SER TEU COBERTOR
NAS HORAS SOMBRIAS
TE PASSAR CALOR
É MINHA MISSÃO
TER QUE PROTEGER
MAS QUANDO ESTOU PERTO,
TUDO SAI ERRADO
E EU FUJO DE VOCÊ
É MINHA MISSÃO
TER QUE PROTEGER
MAS QUANDO ESTOU PERTO,
TUDO SAI ERRADO
E EU FUJO DE VOCÊ
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ODE MUSICAL IX
EU SEI QUE É AMOR
Às vezes a paixão nos pega de surpresa
Faz com que sejamos loucos, bobos
E tolos de vez
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ODE MUSICAL X
ANJO
ANJO, DESCREVE O SEU ROSTO INTEIRO
ANJO, TEUS OLHOS, BOCA, TEU SORRISO
DE ANJO ME DIZ O QUE É PRECISO PARA
E VOU FAZER
SOU FELIZ PORQUE AMO VOCÊ
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INTENSA AMIZADE
Essa é a história de uma amizade que começou bem lá atrás, se fortaleceu
após tentar me juntar com a Natasha, sua vizinha de prédio e ficamos
inseparáveis. Brigamos várias vezes, mas não conseguíamos ficar longe um do
outro.
Foi a primeira pessoa que eu disse que amava, mas como amiga e foi
alguém que arrisquei a vida, que comprei briga com a mulher do maior
traficante de um bairro vizinho; por ela enfrentei um punk e todos seus
seguidores, quase morrendo no processo.
160
magoado, ela estava magoada e orgulhosos, não nos permitíamos passar por
cima do ego e falar com o outro.
Devido a um acontecimento, fui correndo até a casa do pai dela, onde ela
estava no dia e ela me abraçou como nunca e então retomamos nossa calorosa
e inigualável amizade. Lembra do evento Happy Holi? Pois é! Ela foi e na volta,
ao me encontrar, me deu um abraço tão gostoso, tão caloroso, que saí de mim.
Eu estava tendo minha amiga de volta. Eu estava tão feliz... e foi esse
acontecimento que deu o retorno de nossa apreciada amizade.
Nesse dia, até dormi, juntamente a um amigo em comum, que havia ido
também ao evento do Festival das cores com ela, e com meu primo, pois ela
implorou, por não estar se sentindo bem e com pensamentos ruins (ela sofria
de Pânico e Terror noturno). Ela pediu para que eu dormisse com ela, pois
tivera um sonho ruim comigo, se não me falha a memória e aceitei.
Dormi perto da parede, por ser meu local favorito e ela, abraçada a mim.
Ela então pede para que eu a abrace, “de conchinha” e apesar de não me sentir
muito confortável com a ideia, aceito. E confesso ter me sentido bem com isso.
Ela começa a chorar e ao indagar o porquê, simplesmente me abraça mais forte
e diz que não era nada, que poderia voltar a dormir. Assim o fiz.
Em um determinado dia, sem notar, passo a sentir ciúmes dela com outro
amigo, indagando o porquê de ele estar recebendo mais atenção que eu — o
que, logo odiei, pois não havia razão para ciúmes (ou achava). Isso me
incomodou o resto da noite, mas seguimos tranquilamente na rotina e no dia
seguinte, quando, como sempre, fui encontrá-los, todos estavam, menos
Patrícia.
Onde estava Patrícia? não sei. Fui em todos os locais e nada, então desci
para a casa do Ballack e lá fiquei até o final da noite, mas a cabeça longe; lá na
Patrícia.
161
sinto um certo alívio. Irracional, eu sei, mas senti mesmo assim. Começamos a
conversar e ela me pede para acompanhá-la até sua escola, em outro bairro.
Sigo então com ela até lá, mas ela decide não assistir aula. Não corroborei com
tal decisão, mas acatei. Fomos então passear pelas ruas e como se fosse a coisas
mais agradável do mundo, nos divertimos no local mais improvável em que
um adolescente ou adulto poderia divertir-se: um supermercado. Mas está
claro, não está, que não era o local, mas a companhia?! Num momento,
enquanto ela escolhia o que comprar, disparo:
— Você também é!
Eu sei! Algo muito errado de se falar e nem sei porquê falei ou não sabia na
ocasião ao menos. Hoje, sei. Falei porque a sementinha já estava plantada e era uma
forma subliminar de declaração. Mas para mim, fora apenas uma frase afetuosa de um
amigo. Não percebi meus próprios sentimentos por ela.
Passamos uma tarde, que para muitos poderia ser chamada de ociosa,
mas para nós, nada menos que agradabilíssima. Conversamos bastante e num
momento, sentados para lanchar, ela “lança”, comigo deitado em seu colo:
— Lobbo, sabe… se não tivesse a Natasha e a Fabi, eu... namoraria... com você.
— Fabi era sua irmã mais velha, também muito amiga minha, e que segundo
Patrícia, nutria um interesse romântico — e platônico — por mim.
162
Fico alguns segundos em silêncio, processando a informação. Eu jamais
imaginei, imaginaria ouvir aquilo, ainda mais dela. Eu nunca havia olhado
para Patrícia daquela maneira, ela não me atraía fisicamente, não era
exatamente meu tipo de mulher, além do mais, ela tinha um jeito todo durão,
então eu jamais imaginaria. Meu coração acelerou e me veio à mente diversas
lembranças e principalmente como me senti no dia anterior.
— Eu não sei o que falar, Patrícia... nunca imaginei você falar isso pra mim,
assim...
— Relaxa, Lobbo!
— Eu...
A tarde passou e com ela, minha calma. Minha mente não estava lidando
tão bem assim com o rumo que o dia havia tomado, com essa torrente de novas
informações, de sentimentos... Na volta, sento e começo a escrever e minutos
depois, peço, todo ansioso para mostrar-lhe algo, um presente. Canto para ela
uma música, a música que havia acabado de escrever, mostrando todo meu
afeto por ela e o quanto era importante para mim.
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ODE MUSICAL XI
CINDERELA
Sabe como foi difícil encontrar
Alguém que eu amasse de verdade
Sem pesar
DO AR QUE EU RESPIRO
TUA AUSÊNCIA, MINHA DOR
ENTROU NA MINHA VIDA
TE SIGO ONDE FOR
164
ENCONTREI NAS ESTRELAS
MINHA CINDERELA
UMA GRANDE AMIGA
A MAIS LINDA A MAIS BELA
DO AR QUE EU RESPIRO
TUA AUSÊNCIA, MINHA DOR
ENTROU NA MINHA VIDA
TE SIGO ONDE FOR
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CEGO AMOR
Após ouvir atentamente a música, Patrícia me dá um abraço acalorado,
não queria soltar-me — nem eu, para falar a verdade —, ali, naquela estação
de metrô, só existia nós dois. Chegando no destino, encontramos nossos
amigos numa praça e sentamos. Todos estavam falando, interagindo, rindo,
mas para mim, não passavam de balbuciados, eu não entendia absolutamente
nada e nem queria. Até que não aguentei e mandei a ela a seguinte mensagem,
no WhatsApp:
— Sabe, naquela hora que eu estava deitado em seu colo, e você me falou
aquilo, senti uma vontade enorme de te beijar.
Ela nada disse e seu silêncio me assustava. O receio de ter cometido uma
besteira e botar à prova nossa amizade.
— Olha, se você não falar nada, não saberei onde enfiar minha cara, de
vergonha...
— Sim.
— Eu tbm.
166
Nota: Se havia algum fantasma ali, com certeza, ficou com a sensação de estar
segurando não uma vela, mas um candelabro.
Comecei a cantar para ela, como sempre gostei de fazer, só que diferente
das outras vezes, ela gostou. (risos) Disse que a toquei com emoção. Vou
admitir, isso mexeu sim comigo. Dessa vez, não resisti. Inclinei sobre ela, indo
para a frente, em direção seu rosto; ela foi afastando a cabeça, com os olhos
arregalados, até topá-la na parede. Eu parei, sorri e ela então fechou os olhos.
A beijei. Beijei como nunca havia beijado ninguém antes, beijei como estivesse
faminto e sedento, no deserto e avistasse um Oásis, com comida e bebida,
beijei-a como se nada mais importasse, apenas aquele momento.
167
— Sempre foi você! Sempre foi você... (falei rindo, coração acelerado)
— Ora, sempre foi você! Eu lembrei de todos os momentos em que você esteve
comigo, em que me amou, mesmo sem esperar algo em troca, momentos se
doou, era com você que eu deveria estar. Sempre foi você! — Então ela sorriu.
Nos beijamos e passamos a namorar, em segredo. Se antes já não nos
desgrudávamos, agora, namorando, bem mais. Só não sabíamos o quanto isso
seria prejudicial.
Após tal alarde, nosso amigo Ballack pediu-nos para sair correndo, que
ele ganharia tempo e percebi que precisávamos, afinal haviam vários punks
retirando armas brancas para nos cercar, o que me entristeceu, pois vários
deles ensinei um pouco de defesa pessoal e “anti-faca”. Peguei na mão dela e
de minha cunhada, juntamente com meu primo, que estava conosco e saímos
mais que depressa, como se nossa vida dependesse disso. HAHA! E não
dependia?!
Ansiamos pela emoção, se passamos por agitos, mixados com emoções boas, logo
temos dispendemos atenção à outra pessoa, atraindo-nos cada vez mais.
168
O tempo foi passando e com ele, nosso juízo. Não seguimos a máxima
que diz que saudade faz bem para o coração. Estávamos constantemente
aflorando nossa paixão, nossa libertinagem e nosso desejo, enfim nossa intensa
e fogosa relação.
Posso dizer que foi um namoro muito... assim… então… bem, vamos
apenas dizer que foi como andar numa verdadeira montanha russa emocional,
tanto para mim, quanto — principalmente — para ela, já que eu era bem mais
manipulador do que percebia (ou sentia), mas você entenderá melhor os
poréns dessa relação no próximo título. Sem spoilers, okay?!
169
O PIOR DE MIM
Um determinado dia, após um ano e três meses de muito amor, paixão,
loucuras e toxicidade — boa parte, vinda de mim — recebo a carta verbal do
adeus; ela pediu para terminar. Terminar tudo, toda a nossa história, fogo,
paixão, desejo, loucuras, toda a nossa entrega, sonhos, ambições... tá, tô sendo
romântico e melancólico por demais.
Entenda algo com o tio aqui: Nunca e repito, nunca é de repente, as coisas vão
acontecendo, não vão sendo consertadas, sanadas, conversadas e quando damos conta,
a bomba explode à nossa mão.
170
Vá por mim! Em minha mente, estava tudo correto, afinal eu estava
lutando por um amor, estava sendo romântico, mas consegue analisar o quão
assustador eu estava sendo já? Isso, eram minhas emoções, descontroladas,
falando mais forte, a E.T.P.A. (Estado temporário de percepção alterada).
Tentei uma última vez voltar e cheguei ao ponto de me ajoelhar e chorar,
dizendo para não me deixar, ao que fria, disse que se eu não parasse, não
conseguiria falar mais comigo, com medo de eu fazer uma besteira.
Ela foi uma pessoa muito querida para mim. Por várias vezes, daria a
vida sem pensar duas vezes; troquei transas só para ficar com ela, mesmo sem
vê-la como mulher; me entreguei de corpo e alma — até demais (risos) — à
nossa relação. Fui muito feliz, mas infelizmente, minhas atitudes me levaram
a ser o pior de mim, e hoje, quase 6 anos após o término, sei que a deixei com
uma extensa e profunda marca no coração, uma ferida na alma e acredito que
nem tão cedo, será curada e as experiências do pós-término sejam, por fim,
desvinculadas de mim. Este livro é uma verdadeira aula de sedução, a imersão
de quem lê nos âmagos dos sórdidos segredos da mesma; um passeio na minha
história, com um toque lírico; uma roupagem de romance; uma mentoria, mas
acima de tudo, é a minha carta de redenção.
171
UMA NOTA ESPECIAL
172
173
AMIGA OU AMANTE?
Sabe quando você está no fundo do poço?! Precisa de ancoragens para se
sentir vivo ou bem... no caso, bem, por estar ligado ao passado; um passado
em que se estava feliz, antes da perda e então procura lugares, pessoas, objetos
e afins, para se conectar com esse passado perdido. E assim estava eu. Havia
acabado de terminar o namoro e da pior forma possível ainda por cima; e após
vários vacilos, até a amizade; também. Para ela, eu havia me tornado — ou
disfarçado, sempre fui — um monstro. E foi nessa de me conectar, ao passo de
receber umas dicas de reconquista, que conheci uma garota incrível, que aqui
chamarei de “Ana Paula”. Ana Paula era amiga de longa data da Fabi, irmã da
Patrícia. E sempre a admirei como uma pessoa observadora, sensível e
perspicaz. Comecei a usá-la como suporte emocional, válvula de escape; a
minha psicóloga, e nossas conversas por WhatsApp, o meu divã.
Com o tempo, nos conectamos de uma forma tão incrível, tão profunda
que após um tempo, já não era pelo intelecto dele, pelas dicas de reconquista,
era pelo prazer de estar com ela, da conexão, do bem estar, da forma que eu
era afagado. Então estava nascendo ali uma amizade, todos os dias
entregávamos um ao outro numa grande sincronia; a sincronia de afago, da
supressão da carência, do alavancamento de nossas autoestimas.
Todo dia nos falávamos e não mais na minha ex, mas coisas do cotidiano,
pensamentos, discussões, temas sobre literatura, política, sobre nós e isso nos
guiava, nos impulsionava cada vez mais para o bem estar. Até que comecei a
vê-la com outros olhos, a atração emocional e intelectual estava num nível que
me fez confundir as coisas e então comecei a pensar que estava enamorado,
apaixonado por ela.
174
Ao indagá-la sobre o que sentia por mim, com um certo receio,
demonstrou-me sentir o mesmo e então, como um casal de apaixonados,
estávamos letárgicos, devido a promessa ludibriosa da paixão e por termos
uma enorme conexão intelectual, só piorava a situação, pois iludidos, agíamos
como um casal, repleto de tensão sexual, loucos para nos encontrarmos;
enquanto isso, fazíamos os mais fantasiosos sexos em nossos contos
imaginativos, enquanto não podíamos cumprir, pessoalmente.
De repente paro e tomando as duas mãos dela, inicio-a numa dança, uma
valsa e mesmo sem música alguma, apenas de nosso desejo, dançamos e nos
beijamos lenta, mas calorosa e intensamente. Após isso, desci seu vestido, que
caído subitamente, mostrou-se contente por iniciar o ato mais que esperado,
revelando a nudez dela, toda para mim. Contemplo a musa que estava diante
de mim por alguns segundos, atônito e então a abraço, tomando seu corpo,
mostrado para a natureza que ela, ao menos ali, me pertencia e seria toda
minha. Pego em sua nuca, enrolando meus dedos em suas rebeldes madeixas
— o que a leva a se arrepiar ainda mais — e com a outra mão em sua cintura,
a colo a mim e a beijo, só que mais rápido, para deixar aquele “gostinho de
quero mais”.
175
meu lado mais selvagem com o mais doce, fui à sua intimidade, com meus
lábios curiosos e língua arteira, provando ali que nada mais importava, apenas
o seu prazer, e após provar do néctar da maturação, viscoso e límpido e ouvir
seu gemido e arfado de prazer, vejo que ela estava mais que pronta. Então com
delicadeza, a deito sobre a grama e em sua frente, a faço contemplar-me,
enquanto me dispo, de forma sublime, pois afinal, o reflexo da lua contornava
minha silhueta, dando-me o brilho de um Apolo encarnado e encantada,
chorou, por sua primeira vez ser mais que especial. Sorrio, como entendesse e
compartilhasse do sentimento e então deito sobre ela, mostrando o quanto a
quis possuir, o quanto esperei e o quanto desejei-a.
Mandei esse texto para ela, imaginando como seria nossa primeira vez
perfeita, o que nos fez ansiar ainda mais um pelo outro, onde completávamos
com esse mais outros textos, juntos, com nosso amor sapiossexual, mais
cerebral, que físico. E o final dessa história? Marcamos por várias vezes, e
quando finalmente saímos, descobrimos que somos bons amigos e nada mais;
continuamos a conversar, deixando nossa transa romântica e especial na
imaginação e no passado e assim findo essa, a história em que não sabia se
tinha uma amiga ou amante.
176
CONSELHEIRO APAIXONADO
A próxima será sobre Bruna, outra amiga em comum, uma moça que
inclusive, apesar de não ser amiga de Patrícia, havia estudado com ela e era
amiga de sua irmã, Fabi. No início, confesso que só queria me preencher de
momentos — em minha cabeça, estando com os amigos que me lembravam da
ex, seria como reviver esses momentos, mesmo sem estar com ela, de fato —,
após, realmente tornei-me amigo dela, assim como de Ana Paula e seguia e
encontrando cada vez mais com ela.
Nota: Quando você não supera um amor e busca em alguém, você jamais será
feliz, pois está se preenchendo das pessoas, o que falta em você. Foque em seu amor,
para saber o que é amar e então, com a pessoa certa, poder investir plenamente.
177
ODE POÉTICO III
ATÉ LOGO, MINHA CLEÓPATRA
Até logo minha Cleópatra!
Até logo, até quem sabe...
um dia seremos nós,
agora já não se sabe.
178
um colecionador de raras borboletas.
Caçou a mais bela, a mais rara
e após usurpar suas asas,
abandonou-a ao relento
e a qualquer desatento,
poderá você perecer.
179
e mais bonitas,
seu símbolo de poder.
180
que era pra ter sido nós dois,
mas não deu.
E se eu estiver pronto,
deixo você se aproximar;
claro, se não se assustar!
Mas por agora,
só posso dizer isto.
181
OUTRO FORA
Após mandar a poesia, onde subcomunicava meu interesse e admiração
ao passo que dizia que desapareceria, ela logo pede para vê-la. E como fica
minha ansiedade, expectativa e imaginação? Preciso falar mais?!
Com o passar dos dias, ela parou de me responder da forma que estava
e para falar a verdade, nem nossa amizade vingou, afinal ela passou a me
evitar, o que é compreensível, mas na época, apenas a culpei e vi como um
verdadeiro fora, mais um fora.
182
por momentos, sensações e afins e aí, verá tudo com os olhos da carência e se encontra
alguém em semelhante situação, terão nas mãos um verdadeiro desastre, afinal assim
que o efeito passar, verão que apenas estavam suprindo-se, mutuamente, um do outro;
que criaram versões inexistentes de si e projeções do outro irreais e aí, amigo, quando a
magia acaba, só restará o fim, com sinais catastróficos. Geralmente, quando dá em
relacionamento, chamamos de “rebote”, pois aconteceu logo após o término de outro e
salvas exceções, nunca dão certo, justamente pelos motivos acima citados, além de
alguns outros, claro.
E mais uma vez me vi ruim, abandonado e carente, pois ainda não havia
aprendido a lição que mais importava e espero que aprenda com meu erro: O
amor próprio.
183
CASSANDRA
Bem, já estamos em 2017 e vou contar a história referente à uma moça de
meu passado. Vocês lembram da Cassandra?
Vou em seu apartamento e sou super bem recebido, mesmo após quatro
anos, sem sequer se ver, desde o colégio, quando rolou aquilo tudo.
Ela falou que aquele prato era um erotismo gastronômico... as ervas finas
cozinhando no arroz, o que era lindo e o cheiro, surreal; o tomate seco com
orégano, secando no forno, o que dava o aroma de uma pizza recém saída do
forno.
Mas quando ela provou, soltou aquele “Hmmmmm” tão gostoso, que eu
não sabia se focava no sabor ou nela, logo, imaginei besteira.
184
Após o almoço, Cassandra e eu fomos para a sala conversar, ouvir música
e passar a tarde. Nos divertimos bastante, tanto que transar ou não, seria um
mero detalhe. Pedi para fazer-lhe uma massagem. Então peguei um creme de
massagem e empenhei-me com afinco em seus belos pés. Tratei-os como os pés
de uma deusa, cultuando cada pedaço, arrancando sorrisos e anseios;
verdadeiros suspiros de prazer, então vendo as arfadas e os gemidos, paro e
me inclino sobre ela, que vindo até mim, faz acontecer o que era esperado, mas
segurado: Nossos beijos quentes, molhados e sedentos, como fosse acabar o
mundo amanhã e só tivéssemos o hoje para aproveitar.
Com o auxílio de um gel térmico, para uso sexual, dedos mais que hábeis,
boca e língua, sensíveis e curiosas e um desejo ardente de dar prazer — na
verdade, de se fazer ser inesquecível —, vou à sua intimidade, agarrando firme
suas ancas e então, ao final, após uma arqueada e grito de prazer, ouço:
Com o passar do tempo, passamos a nos ver cada vez mais e em cada
saída, nos encontrávamos compartilhando momentos mágicos, de paixão,
luxúria e conversas satisfatórias, que por si só, seriam capazes de saciar as mais
inquietantes mentes ou os mais desejosos sapio e demissexuais, pois era um
185
deleite para a mente e conexão emocional, digna de uma sólida amizade.
Cassandra estava cada vez mais apegada e envia-me uma mensagem onde
dizia que não poderia mais continuar, pois estava apegada e eu teria de
escolher entre o sexo, maravilhoso ou as boas conversas, inesquecíveis.
Com o tempo, não estava mais querendo vê-la, já havia perdido toda a
graça, as conversas não mais interessavam e passei a ficar mais retraído, até
que um dia recebo a mensagem que dizia que “estava atrasada” e com enjoos
constantes. Nessa hora, meu coração acelerou, afinal como eu poderia ser pai,
sem ter todo o aparato financeiro necessário, sem ter a maturidade necessária,
não a amava, não estava apaixonado e tão pouco sentia mais desejo e para falar
a verdade, até a vontade de conversar, havia sumido. Eu entrei em pânico, mas
então enviei a seguinte mensagem:
— Olha, realmente espero que não esteja grávida, mas se estiver, fique
tranquila! Esse filho terá o melhor e mais presente pai desse mundo! Você não
está sozinha!
Ela ficou muito feliz em ler isso e ficou de me dar uma resposta. Alguns
dias depois, disse que era alarme falso, que não estava grávida, que era apenas
efeito colateral de um remédio. O alívio que senti, era incalculável. Mas apesar
disso, nossa história encerrou. Não mais nos vimos, não nos falamos e aqui
acabou nossa história.
186
187
ODE POÉTICO IV
SINTO MINHA FALTA
E aí cara! Sou eu! É você.
Você, daqui a alguns anos.
188
ODE POÉTICO V
QUEM EU SOU
Sou só mais um cara
se aventurando neste ciclo chamado vida.
Às vezes poeta,
às vezes amante;
cozinheiro ou errante.
Um selvagem,
um cavalheiro,
vai do que a situação pedir.
Arranhar ou morder;
um beijo na mão
ou uma rosa roubada do pé,
para agradar outra rosa,
pode ser você,
por que não?!
Um príncipe encantado
e um lobbo mau.
Valho mais que um diamante
e menos que um centavo,
o que pede seu coração?
189
COMPLEXO DO HERÓI
Como puderam ver, eu estava deveras emocional, no primeiro título,
antes deste. Mostro no poema da época, como estava descontente comigo
mesmo, como estava deprimido, inconstante. Já no último, antes desse, mostro
uma personalidade ultra confiante e apesar de ser tudo verdade, claramente é
um relato narcisista e garboso e é obvio — deve ter notado isso —, que eu não
estava nada bem e foi nesse momento que conheci a autora dessa história, que
aqui, chamarei de Laura.
a) “Oi Gata!” (Só que sem direito a reclamar, você que pediu);
Mas poso afirmar com certeza, para você, Caro leitor, é que o que me
deixou completamente apaixonado por ela, é o que a psicologia denomina
“complexo do herói”. Complexo do herói, ou complexo de super-herói, é a
condição em que a pessoa se sente fortemente ligada à uma pessoa com
190
problemas e tenta resolvê-los, ser seu salvador, protetor e assim me vi em
relação a Laura; quanto mais ela me falava de seus problemas, seus medos,
demônios, mais eu ficava louco por ela; mais empatia sentia e mais confortável
em explanar minhas próprias mazelas também. Para mim, havia se
estabelecido uma conexão, apresentava-se ali, um verdadeiro conto de fadas.
Claro, somente em minha mente.
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ODE POÉTICO VI
LAURA
Laura!
Óh, doce Laura...
Tenho de falar sobre você,
lerei su'aura.
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Tu fazes amor com meu cérebro,
que regozijado é devorado,
pós coito, por tu'alma, misteriosamente cativante.
Desperta meu melhor lado.
Você me atrai,
namora meu lado;
o mais doce e puro,
Enquanto flerta com meus demônios,
o que dá medo,
se é seguro.
193
ODE POÉTICO VII
PENSANDO EM VOCÊ
Passei quase uma década
sendo o garanhão.
Atraindo, conquistando
e seduzindo por diversão.
Novas e velhas;
experientes e singelas.
194
ODE MUSICAL XII
LADY LAURA
Pegue seu violino!
Escute a minha voz...
Feche agora os olhos
e pense em nós...
Quando te olho,
fico sem graça...
Olha em meus olhos,
perco a fala.
Sonho com nós dois
e isso me abala.
Quando volto a mim,
não sei se pensa em mim, lady Laura...
195
HÁ UMA ESTRELA A BRILHAR...
TÔ AQUI NESSE LUGAR
NA ESPERANÇA DE ESTAR CONTIGO...
AO SEU LADO LADY LAURA (BIS)
196
O CICLO DE INSUCESSOS REINICIA
O problema de se estar carente, é que nos apegamos demais às pessoas,
aos momentos, lugares e quaisquer coisas que nos tragam conforto, gerem
dopamina e então nos entregamos, nos iludimos, criamos expectativas e essa é
a receita do bolo do verdadeiro fiasco. E era exatamente isso que estava
acontecendo comigo e Laura. Eu não havia desenvolvido, ainda, maturidade
emocional, havia passado por perdas significativas, no tocante “ao coração” e
por isso, me ligava quando me surpreendia, o que não é nada sadio.
Mais uma vez, vou falar (na verdade, relembrar): A vida que levei, sem
me abrir às emoções, me deixou inexperiente em me relacionar, em me abrir,
em confiar, ceder, estar vulnerável etc., fora que quando você inibe suas
emoções por muito tempo, também perde o contato, a experiência em lidar
com elas e na primeira brecha, você recebe uma verdadeira torrente emocional;
junte à soma, as frustrações e decepções, além do fato de ao invés de lidar com
elas, decidir me jogar ainda mais aos prazeres mundanos, a fim de sanar a dor.
Quando você foge de um problema, você não o resolve e mais cedo ou mais
tarde, ele o perseguirá e encontrará. A única maneira de resolver algo, é
enfrentando, infelizmente — ou felizmente —, não há outro caminho e se o
problema é de cunho psicoemocional, mais um motivo para trabalhá-lo. Mas
eu só fugia...
197
Precisamos da segurança, para nos sentirmos acolhidos, e da insegurança, para ter
aventura, sentir fortes emoções. Popularmente, é chamado de “Jogo doce”, “quente-
frio”, “puxa-empurra”, “morde e assopra”, “bate e alisa”, entre outros.
Por fim, o que posso dizer é que eu fiquei ligado ainda mais a ela e senti
cada ausência, fosse emocional ou de tempo e comecei a questioná-la sobre.
Passou a ficar evasiva, a dar mil desculpas e a cada vez menos, demonstrar
desinteresse por mim.
198
ODE POÉTICO VIII
VOCÊ QUEBROU MEU CORAÇÃO
O que tá feito,
não pode ser desfeito
e nesse pleito, digo a situação;
aqui exporei:
Você quebrou meu coração!
Estou na penumbra
Vivendo nas sombras
Sem esperança de um dia voltar
a ser quem fui antes da paixão,
mas nunca se esqueça:
Você quebrou meu coração!
Agora já chega!
199
Não me importo mais!
Levou minha paz,
Até meu perdão;
depois do que fez...
Você quebrou meu coração!
Eu te agradeço!
Não sinto mais,
perdi minha paz,
até mesmo a paixão.
Não vivo mais...
porque... garota...
Você quebrou meu coração.
200
A ENFERMEIRA REBELDE
No final do ano, ainda em 2017, no Tinder, conheci uma mulher
aparentemente normal. Bonita, mas normal. Conversamos algumas vezes e
então trocamos números. No WhatsApp, a conversa fluiu bem melhor, e sem
percebermos, estávamos nos delongando em assuntos extremamente pessoais,
como nossos problemas, anseios e afins (sim, ainda não havia aprendido a
lição. Como pode, né?!?!?!). Vou chamá-la de Daniele.
Daniele estava passando por uma fase muito ruim em sua vida, então de
certa forma, apegou-se a mim. Finalmente, marcamos de sair e quando
cheguei, mal pude fechar a boca... que mulher incrível, meu Deus! Estava ali,
num bar de rock, fumando um cigarro, com seu olhar imponente, batom forte,
cabelos loiros, cacheados e selvagens e um visual digno de primeira dama de
motoclube. Meu coração acelerou na hora... não apenas por ser uma mulher
lindíssima, que para mim, estava mais pra deusa, mas sim pela presença,
charme, um jeito irreverente, digamos, quase sobrenatural e também porque
tinha a imagem, que para mim, era perfeita: A roqueira selvagem.
Daniele me contou sua vida, que tinha uma filhinha, que era enfermeira,
amava um bom rock (sério?! Nem notei haha) e amava ler. Talvez seja pelo
signo — ou não —, mas como eu, era uma baita tagarela, uma geminiana
tagarela.
Quando deu duas horas da manhã, disse que teria de sair, pois teria que
estar no hospital às cinco. Isso me deixou mais animado ainda, afinal, ela nem
dormiria e trocou seu sono para estar ali, comigo. E mais uma vez — e não
deve ser novidade para você —, meu confidente e amigo leitor, eu estava
apaixonado. Mal cheguei em casa e pus-me a escrever; escrevi logo duas
poesias.
201
ODE POÉTICO IX
ENTÃO FECHEI MEUS OLHOS
Então fechei meus olhos
e do fundo do peito desejei
um grande amor encontrar;
o que preenchesse minha vida,
meus dias sóbrios e sombrios...
202
toda linda a me encarar,
sorriu pra minh'alma,
ao passo que me fez corar.
Com seu olhar, comprou os meus sonhos,
domou os meus medos
e sem querer ou querendo, não sei,
me tirou do abandono.
203
Que você me desse a chance
de mostrar que a vida pode ser linda e encantar,
que posso ser o melhor e jamais te machucar.
Que o amor nos é merecido,
a felicidade, nosso destino,
que basta apenas acreditar.
204
ODE POÉTICO X
VAI DAR ROCK
E esse cheiro de cigarro
que me persegue
e é sempre assim,
traz controle sobre mim,
vai dar rock!
A bela e a fera;
a fera e o belo.
Ambos decididos a iluminar o caminho,
a sonhar e acreditar,
a lutar e enfrentar seus demônios
e se encontraram ao luar...
uma batida encantada...
vai dar rock!
Sorrisos e bebidas,
gargalhadas e lágrimas,
lágrimas presas,
pois soltas, iriam machucar.
Sensualidade no sorriso e olhar...
A preocupação que paira no ar...
vai dar rock!
205
Duas vidas, dois sonhos, uma ligação...
nascia ali a esperança de dias melhores,
acontecia.
Vai dar rock!
Daí acabou!
Um encontro de amor,
de sonhos, ambições,
bebidas e cigarro mentolado.
O melhor encontro que se poderia ter,
sem nada demais a acontecer;
demais para olhos desatentos, destreinados,
um futuro abençoado,
vai dar rock!
206
MAIS UMA DECEPÇÃO PARA A CONTA
Como sempre, meu total despreparo com situações de apego, com meus
sentimentos aflorados e com minha relação com mulheres que me “fisgaram”,
me fizeram “meter os pés pelas mãos” e ela, claro, logo notou. Daniele passou
a ficar mais evasiva e fria e mais uma vez, ao sentir o vácuo, de tempo, presença
e dedicação, passei a cobrar ainda mais atenção e isso só me desvalidou cada
vez mais.
Nossa relação foi de, conexão profunda e sexual, para, eu sumir por um
tempo e ela, na carência, me chamar e quando satisfeita, sumir novamente. Eu
me deixei entrar nesse looping de humilhação e falta de autorrespeito; me
permiti isso.
207
Mais uma vez, a realidade estava me estuprando — e sem vaselina — (tá,
pode rir, eu deixo hahaha).Tivemos uma baita discussão por conta dessa
mudança de atitude e ouvi tanta coisa que jamais ousaria pensar, que fui às
lágrimas, assim que desligou. Isso me deixou mal por muito tempo, mas decidi
findar ali mesmo essa história.
Nos falamos algumas vezes mais, mas sem muita delonga. Ela, inclusive,
foi em meu aniversário, o que fez meu coração acelerar, mas ali mesmo, para
mim, foi o ponto final e falarei o porquê. Vi que não era para ser e ela deixou
claro estar gostando de outro homem. Então nesse dia, ficou claro que estava
encerrada essa história de amor ilusão.
208
ODE POÉTICO XI
DANIELLE, ABRO MÃO DE VOCÊ
Não adianta nada sentir o que sinto
e tenho de entender,
por isso vim aqui dizer:
Danielle, abro mão de você!
Quantas apaixonadas,
desesperadas pela minha atenção
e agora por carma talvez,
sou eu correndo atrás de um coração.
209
Mas tenho de te remover,
de minha mente extrair
ou não consigo focar em pensar em evoluir.
210
211
VAMOS FALAR DE EVOLUÇÃO?!
Vamos sair um pouco da cronologia para falar algo de suma importância:
O desenvolvimento. O desenvolvimento é de tamanha importância no quesito
atração e sedução. No caso da passiva, principalmente, afinal ela não necessita
de técnica, mas alta performance, que é obtida através do refinamento ou seja,
desenvolvimento.
O mundo pertence aos tubarões e você não pode ser uma sardinha ou o
que é pior, uma sardinha tentando bancar o tubarão. Você será motivo de piada
e após divertir a todos, devorado. Assim como não dá para ser um tubarão
nadando entre sardinhas ou achando que é uma sardinha.
212
Além de sua imagem e Mindset, sua aparência. Não ser bonito, não é
desculpa para não se cuidar, para não investir em seus pontos fortes e trabalhar
nos fracos. O charme visual vem do trabalho feito na aparência, não da estética
propriamente dita.
Trabalhe sua comunicação, afinal precisa ser ouvido, ser visto, para
então, ser notado, lembrado... não tem noção do poder de atração de alguém
que fala bem, sabe se expressar, sabe o que quer, além de se impor. Então aqui,
é uma questão de uma boa linguagem corporal, de uma boa dicção
(pronunciação correta das palavras, boa articulação fonética), altura.
Já falei isso antes, mas imagine aquela mulher lindíssima e então você
olha com desejo para ela e fala que ela é feia. Ela não irá acreditar e por quê?
Porque seu corpo disse o contrário!
Agora imagine que você olhou para uma mulher nada bonita com nojo e
diz que ela é bonita. Certamente não irá “engolir” essa, afinal não foi isso que
seu corpo falou.
Viu só? O que sai da sua boca, deve estar congruente com o resto ou não
será validado, não terá importância. O que manda na comunicação é a
linguagem e entonação.
213
O PRIMEIRO RAIO DE SOL
DO PRIMEIRO DIA DO ANO
Não tem como eu falar de desenvolvimento, de evolução, de Mindset,
sem falar na minha trajetória no Marketing multinível. Este é um modelo de
mercado fantástico, que não apenas fomenta um certo acúmulo financeiro, mas
ensina ferramentas fantásticas e mais que essenciais, no tocante às relações
humanas para negócios, como a criação de network, liderança, vendas, criação
de rapport, além das várias palestras e treinamentos empresariais.
214
Saí de lá com a sensação de ter jogado meu tempo no lixo e meu amigo
me perguntou o que achei e com qual combo entraria, que era melhor o de R$
1500. Disse para ele que não teria como; que eu era tatuador, estava cursando
biomedicina e vender cosméticos e colocar pessoas para fazer o mesmo, não
tinha nada a ver comigo.
Vamos para agosto de 2015. A firma que meu pai tinha, havia quebrado,
os trabalhos ficaram escassos e o país estava na recente crise. Um amigo, um
de meus pupilos, o Areb (lembra dele?) disse que haviam apresentado para
seu pai uma empresa fantástica que mexia com perfumes e maquiagens; a
Hinode (ainda não tinha “Grupo” no nome). Ele ficou falando com muita
euforia e convicção, só que eu não quis me abrir e já deixei claro:
— Areb, cara... ano passado, quando um cara que ganhava quase 30 mil, me
falou para entrar, não entrei... por que agora será diferente?
— Mano, não! Não quero ficar vendendo perfume, maquiagem... eu faço curso
na área da saúde; eu tatuo; isso não tem nada a ver comigo.
— Cara, não tem mais! Você não tá trabalhando e precisa gerar renda pra tua
casa. Você é o homem da casa.
215
— Jean, quem tá com fome, não escolhe o prato. Além do mais, podemos fazer
assim: Você treina em vendas minha equipe e te dou uma porcentagem, que
acha?
— Posso pensar.
— Vamos fazer assim: Amanhã às 11h, você vai lá em casa e meu pai te explica.
— Tá, vou lá, mas não garanto nada. Vou pra conhecer.
— Tá bom!
Amanhecendo o dia, me preparei e fui para a casa dele, que não era
distante da minha e após 10min, cheguei. Seu pai, que era pastor e vendedor,
era então, uma pessoa bem influente e sagaz. Vamos tomá-lo por Edson.
216
certas, foi ganhando minha atenção, afinal como falar não para quaisquer
dessas perguntas?!
Ele me fez ver que não era a questão de trabalhar ou não com cosméticos,
mas sim de ganhar dinheiro, afinal se as pessoas tomam banho, se o Brasil era
o 3º maior consumidor mundial de cosméticos, daria para ganhar dinheiro com
isso.
217
a serem independentes e formarem pessoas também independentes, eu estaria
feito. Eu fiquei extasiado, mas o golpe final foi quando ele tocou na ferida, me
mostrando que eu não estava satisfeito com a vida que levava e talvez essa
fosse a oportunidade que eu esperava e não custava tentar, principalmente
quando vi a filosofia da empresa, baseada em valores familiares.
Eu, na mesma hora, disse que toparia, mas como iria entrar, sendo que
não tinha um centavo e o combo de produtos para entrar, custava R$ 2200?!
Ele adorou a ideia e no dia seguinte, foi à minha casa e juntos, para a casa
de Areb. Chegando lá, Edson, juntamente ao seu líder, explicaram todo o plano
e assim como eu, “Jairo” estava focado, encantado, contudo sua namorada
“Tamara”, só queria ir embora.
218
Assim ele topou entrar e já nos acompanhou numa reunião; um evento
sensacionalista e mágico, vibrante, onde todas as pessoas pareciam
exageradamente felizes e agora, entendíamos o porquê. Ao final, chegamos no
palestrante, um homem que ganhava cerca de 150 mil e era parente do Edson
e perguntei se ele poderia pagar meu combo. Era o mesmo cara que falou
brevemente comigo, um ano antes, quando ganhava cerca de 30 mil — Seu
nome é Marcelo Barros, na época, imperial diamante do Grupo Hinode —. Ele
disse então:
— Jean, eu entendo seu esforço, de longe, você é a pessoa com mais fogo
aqui e é justamente a pessoa que quero em minha equipe, mas pagar seu
combo, não pago, pois além de R$ 2000 ser muito dinheiro, você, por não sentir
o peso no bolso, não dará o devido valor e assim, não trabalhará com afinco e
logo desistirá. Se eu fizer isso, meu caro, irei matar o seu negócio, mas eu vou
fazer o seguinte: Apareça no meu prédio amanhã às 20hs, que eu te darei 22
perfumes e ao vendê-los, terá o valor do seu combo (na época, o valor era R$
100).
Observação: Quando você não se sacrifica por algo, não sente o peso, não há
desafio — e isso vale para tudo na vida —, você não dá valor, seu subconsciente não vê
como algo importante, afinal tudo que é importante, é de difícil acesso e então ao receber
algo valioso de graça em todos os sentidos, você desvaloriza sem perceber. É como diz o
ditado: “O que é de graça, não damos valor”.
219
Expliquei ao Gustavo toda a situação e que queria migrar para sua
equipe, que também estava abaixo do Marcelo Barros, porém sob outras
lideranças. Ele disse que falaria com seu líder, um ouro recém formado. Disse
que seu nome é Douglas.
Acontece que nem ele e nem o Gustavo entraram em contato, então fui
no Facebook do Gustavo e digitei Douglas; apareceram alguns e fui em cada
perfil ver similaridades com o negócio, até que achei um que até batia com a
descrição e enviei em seu privado:
— Boa tarde! Me chamo Jeânderson Douglas e sou amigo do Gustavo; não sei
se é você a pessoa em questão e caso não, me desculpe! Caso seja, sou o rapaz
que o Gustavo falou que quer migrar para sua equipe. Gostaria de marcar uma
reunião para falarmos melhor. Eu estarei até tarde da noite na academia de
artes marciais Fight Club Marcelo Tigre. Caso seja você, poderia ir amanhã por
volta das 18h encontrar-me? Caso não, por favor, desconsidere esta.
Passei o endereço e aguardei. Pensar que não, ele apareceu, esperou meu
treino e fomos para sua casa, onde Gustavo esperava e falamos sobre como
sucederia essa migração.
Então fui falar com o Marcelo Barros, para explicar a situação e dizer que
gostaria de trocar de “linha” e se ele poderia ver como poderia fazer isso. Ele
disse que veria com a diretora de marketing tal possibilidade e que me
retornaria. Enquanto isso, passei a andar junto do Douglas e já o considerava
meu líder.
220
passaria os produtos, eu divulgaria, juntaria o dinheiro e ao final, pegaria meu
kit, meu combo e após, devolveria os produtos dele.
Assim minha equipe foi crescendo, atingi o nível de prata e sem perceber
estava com uma equipe enorme, com vários níveis.
221
IMPLACÁVEL MENTOR
Douglas Santos foi um mentor incrível, que apesar de ser apenas dois
anos mais velho que eu, me ensinou coisas mais que incríveis e sempre terei
um enorme apreço por ele e parte de minha formação, devo ao mesmo. Tive
alguns mentores ao longo da minha vida. Autores de livros, meu pai e o
Douglas.
Me ensinou que todas as pessoas têm defeitos, mas que para elas, podem
ser qualidades ou nem percebem tais características; que julgamentos abrem
precedentes, num efeito bumerangue, para mais julgamentos e que críticas
geram críticas; que falar dos erros das pessoas, apenas atrai suas justificativas
e não conserta a falha.
Bem, o que posso dizer, é que ele foi um grande amigo, um professor
fantástico, um visionário e acima de tudo, um implacável mentor.
222
223
O ENCONTRO PERFEITO
Essa é uma história de redenção, recaída e tomada de decisão, a história
da mãe do meu filho; como conheci Érika Christina, a mulher que mais me fez
feliz e triste em toda minha vida.
Fui ver com calma seu perfil e realmente ela era bem bonita, tinha fotos
bem legais e criativas. Gostei porque parecia estar em eventos relevantes e que
eu gostava, também tinha fotos trajada como “dra da alegria” — caso não
conheça, é um projeto onde você se veste de palhaço e vai em hospitais, animar
os dias ruins de quem está em seus piores momentos — e fiquei simplesmente
maravilhado. Iniciei uma conversa e ela era super gentil, educada e inteligente;
divertidíssima, até. Disse que se chamava Érika Christina; era formada em
fotografia, estava terminando o curso técnico de eventos, fazia aula de circo e
ações sociais em hospitais, vestida de palhaça. Érika também era “do rock”,
assim como eu e tinha uma mente empreendedora.
224
Quando dei por mim, estávamos falando por horas a fio, sem notar a
madrugada, até sermos alertados pelo nosso estado sonolento e
“zumbificado”, pela privação do sono.
225
— Sim, lembro sim.
Eu não sabia o que falar, não podia acreditar. Tudo era fantástico demais.
Ela se machucou fazendo algo incrível, mas nem era essa a melhor parte: Com
o joelho lesionado, escolheu me acompanhar e andar por 8km e em momento
algum reclamou; andou mais 8km para voltar e mais uma vez nada falou, nem
tão pouco deixou transparecer. Imagine a força necessária para disfarçar uma
dor, ainda mais que estava de bota... simplesmente a abracei e levei-a para casa.
Começamos a assistir filme com minha mãe e então fiz uma massagem
com gel de arnica em sua perna. Ao passo que estava surpreso e honrado, me
sentia muito culpado. Após horas vendo filmes, juntos, abraçados, não
consegui aguentar e beijei-a. Sabe, foi algo incrível... Meu Deus, há quanto
tempo eu não sentia uma sensação tão boa, tão reconfortante, mas ao mesmo
tempo, tão avassaladora... Terminamos de assistir e quase amanhecendo, levei-
a para um dos quartos e fui para o meu, dormir, após anos, verdadeiramente
feliz.
226
VOCÊ ESCOLHE AMAR
No dia 12, dia dos namorados, chamei-a para sair, para ir fazer uma
entrega comigo, já que eu nada teria para fazer e ela me acompanhou. Após as
entregas, fomos lanchar e ir à casa de um amigo meu, onde comemos mais e
papeamos por horas, até voltarmos de carro para casa e mais uma vez ela
dormiu, repetindo o clico amoroso da madrugada.
Ela assim o fez e muito nervoso disse que a gente combinava muito, que
se dava bem e todos já nos viam como um casal e eu não estava pensando em
ninguém, não até conhece-la e gostaria que continuasse; então a pedi em
namoro, que sem titubear disse um sonoro sim, oficializado por beijos e
carícias, para então ficarmos os dois, de “coração quentinho”, numa conchinha
perfeita.
Tudo estava tão lindo, tão perfeito, até que o fantasma do enjoo e da
saturação veio me atormentar, meteu “minhocas em minha cabeça” e fez-me
duvidar se realmente estava feliz, se fui precoce no pedido, se deveria
continuar essa relação. Isso realmente me assustou...
Cheguei a perguntar para minha mãe e irmãs se elas haviam achado cedo
demais o pedido e o que achavam dela. Me responderam que se eu estava feliz,
227
era o que importava e que gostavam muito dela, mas somente eu poderia ter a
resposta que precisava e isso me atormentou muito.
Perguntei para uma grande amiga, que aqui trarei como Lucilene, sobre
a questão. Ela, como sempre, foi direta e dura comigo.
— Jean, não tem isso não. O amor não é um sentimento, o amor, Jean, é uma
escolha. Você escolhe amar! O amor é construído através do afeto, do cuidado
constante, da entrega e do sacrifício. Claro que não é nada fácil. Tem dia que
você não quer olhar para a cara da pessoa e tá tudo bem. Tem dia que você
quer estourar com ela e tá tudo bem, mas o que fará a diferença é você sorrir,
mesmo sem estar com vontade, é abraçar, mesmo sem estar afim, elogiar,
mesmo quando quer criticar; não julgar, mesmo que a língua coce para isso; é
perguntar como foi o dia, é ajudar... enfim, Jean, quanto mais você rega uma
planta, mais ela cresce e assim é o relacionamento e é daí que surge o amor e
quando vê, você está amando a pessoa...
— Jean, para! Olha o que você tá falando, cara... pra que você vai abrir portas?
Existem coisas que não se fazem quando se está num compromisso e se você
respeita tua parceira, certamente não fará e Jean, não se coloque em situações
que garantam que você nutra sentimentos por outra pessoa, mas se acontecer,
pare de alimentar. A paixão tem prazo de duração e estar apaixonado, não
significa viver essa paixão. Se entregue, Jean! Se entregue... só se entregue.
— Tá bom! Não sei nem o que falar. Você me fez lembrar daquele filme,
baseado no amor ágape, À prova de fogo; aquele sobre o bombeiro babaca que
tenta reconquistar a esposa.
— Sim, lindo filme! Aprendi muito com ele, mas é mais sobre vivência, sabe...
Eu já tenho 32 anos, já vivi muita coisa; eu sei.
228
que dedicamos. Lembra quando eu disse que o que não é “sofrível”, não valorizamos?
Pois é! Se não há sacrifício de alguma forma, se não dedicação, se não há investimento,
não damos a devida atenção, afinal como explicado no início deste livro, somos atraídos
pelo desafio, precisamos dele para que nos sintamos vivos, com propósito; a vida é por
si só um constante desafio... então a premissa vale para as relações. Quando nos
dedicamos a algo, investimos tempo, esforço, paciência, controle e várias outros
cuidados, nutrimos um apego, um forte sentimento de que algo é nosso e então são
liberados diversos hormônios prazerosos, como a dopamina e ocitocina. Passamos então
a querer cuidar e proteger e ver bem o “objeto” amado. E então, chega um momento,
que apenas a felicidade da outra pessoa nos basta, independente se nós estamos
envolvidos nela e isso, meu caro, é amor.
No final do mês, Érika foi para o evento Campus Party Brasília, como
assistente de produção, ou Staff, como queira chamar. Ela passou uns cinco
dias lá, dormiu no evento e nesse tempo, continuei semeando o amor em nossa
relação e com uma semana, notei que não era a mesma coisa; conversar com
ela à distância. A queria ali, comigo... nem notei e já sentia sua falta.
229
uma desculpa para ela ir —; ela foi e após nos abraçarmos, matarmos a
saudade, um amigo me chamou para ajudá-lo a escolher umas roupas, pois iria
viajar e a levei comigo. Num determinado momento, dentro do carro, dei um
selinho nela e pela primeira vez, meu coração acelerou e acelerou como nunca.
Percebi, naquele momento, que estava apaixonado por ela. Contei todo feliz e
fui recebido com tanto ardor por ela, que fiquei ainda mais extasiado. Então
estávamos os dois completamente apaixonados e fazendo mil planos juntos.
Os meses foram passando e nosso namoro foi ficando cada vez mais
sólido e avassalador, estávamos cada vez mais apaixonados. Em seu
aniversário de 23 anos, em agosto, fiz uma surpresa incrível. A busquei em seu
trabalho, tarde da noite e a recebi com um desenho grande e realista de seu
falecido avô, vestido de Capitão América (Seu avô a criou como filha, já que o
pai era falecido, juntamente à esposa, sua avó. Então “Seu Antônio” era o pai
dela, mas no início do ano que nos conhecemos, faleceu, o que deixou um
enorme buraco em seu coração e Capitão América é seu herói favorito, então
essa junção tornou tudo muito especial e confesso: Deu muuuito trabalho).
Ela ficou extasiada, e ao chegarmos em casa, ela foi recebida por um bolo
que minha mãe fez. Foi perfeito. Tudo estava indo bem, até tomarmos a decisão
de morarmos sozinhos. O intuito era sairmos de casa; queria ter meu lugar,
minha independência e ela, sair do lugar que só lembrava da falta de seu avô
e então propus dividirmos um aluguel. Ninguém viu dessa maneira, já nos
tratavam por um casal amaseado, como casados. Pensamos e vimos que era
correto e lógico, afinal éramos um casal e dividiríamos um lugar. Fomos
avisados de que esse passo seria muito grande, que deveríamos esperar,
inclusive o Douglas nos disse, mas a gente não ouviu, afinal nos dávamos tão
bem, não enjoamos um do outro, na verdade, cada vez mais apaixonados, o
que poderia dar errado?
230
A PRIMEIRA GRANDE CRISE
Ficamos animados, pois minha casa era enorme; teríamos um quarto
grande, com banheiro dentro, não pagaríamos aluguel, apenas nossa parte nas
contas; fora o fato de todos gostarem da Érika.
Entenda! Quando você junta com alguém, você está construindo sua
liberdade, suas próprias regras, manias e tudo o que destoa de sua antiga vida,
então quando você continua na casa de seus pais, sob a tutela das antigas
regras, não haverá essa liberdade, não haverá espaço para suas novas regras,
manias e jeito, o que pode gerar os primeiros conflitos e acredite, vai acontecer.
Além do mais, você não tem sua liberdade, seja para discutir a relação ou
até brigar, pois haverá intromissão e os parentes, obviamente, além de se
meterem, ficarão do lado do consanguíneo.
231
desanimada, contida, deprimida; eu a estava perdendo e não via — ou via, mas
fingia que não.
Então, vendo ela cada vez mais fria e distante, sem associar com a energia
lá de casa, acabei fazendo com que meus demônios voltassem e passei a ficar
preocupado, então o Jeânderson confiante, calmo, sábio e inteligente, fez as
malas e seguiu viagem e em seu lugar, deu as caras o Jeânderson que cobra
atenção, julga precipitadamente, critica, compara — e se compara —, briga,
desconfia e com toda a insegurança, mostra-se alguém totalmente diferente do
começo.
Então percebi que ainda não estava curado, que ainda era superficial a
mudança, que eu apenas não havia sido testado o suficiente, para mostrar que
ainda era possível recair; que quando, por algum motivo, a mulher que está
comigo se afastasse, eu não manteria minha inteligência emocional e então,
toda a torrente de emoções negativas, guiadas pela insegurança e despreparo,
mais uma vez, me sabotariam, me fariam pôr tudo a perder.
Mas não estava ruim o suficiente, poderia sim piorar e piorou... Vamos
para novembro, no início, onde ela foi chamada para um evento de rap e me
falou para irmos; combinamos então de nos encontrar lá, pois ela teria de
acompanhar sua avó em um lugar.
232
mas as pessoas estavam tão bêbadas ou drogadas, que era difícil dar alguma
credibilidade para os relatos.
Já deve imaginar como minha cabeça estava, não é?! Pense que sufocante.
Posso dizer que estava totalmente desesperado e ao mesmo tempo uma
convidada nada esperada apareceu para me abraçar: Uma baita crise de
ansiedade. O resultado dessa equação maluca? Comecei a ficar taquicardíaco,
a vista logo ficou turva, deu falta de ar... eu não sabia o que aconteceria, se eu
233
desmaiaria, se gritaria, se socaria o que visse pela frente, se choraria como um
bebê que está com medo, fome e assustado; EU NÃO SABIA DE NADA! E isso
me deixava ainda mais aturdido. Comecei a chamar a atenção de várias
pessoas, alguns assustados, outros preocupados e quando estava preste a
surtar, respirei fundo, parei e procurei relaxar; pensar com clareza no que
fazer.
Eu fiquei ansioso, mas ao mesmo tempo aliviado, por saber que ela
estava segura e quando cheguei, ela simplesmente não me falou nada e fiquei
esperando sua reação e não a obter, me deixou furioso. Notei que estava com
cara de sono, com fala meio arrastada e olhos vermelhos.
Você não consegue mensurar a fúria que senti dentro de mim, como vê-
la nesse estado mexeu comigo... e logo disparei:
— Desculpe...
234
QUANDO FUI, ANDANDO EM LINHA RETA E NÃO TE VI?! POR QUE
SAIU DE LÁ?
— Eu não fumei — nessa hora, fiquei ainda mais furioso, porque senti que ela
tava me fazendo de otário, achando que eu era burro, que não sabia quando
alguém tinha fumado.
— Eu não sei, véeeei! — aqui, ela já estava desconfortável, triste e com medo.
— Nicotina???
— Éh...
235
— ANDA! EU SEI QUE VOCÊ FUMOU MACONHA TAMBÉM E QUERO
QUE ME FALE QUEM TE VENDEU, TE DEU, SEJA O QUE FOR!
— ...
Eu parei, mas antes, dei um soco com bastante força numa pilastra de
cimento, o que a deixou visivelmente assustada, assim como todos a nossa
volta. Então continuamos conversando, só que agora eu havia parado de gritar
e tava tentando manter a calma, até que um vendedor de doces nos abordou e
friamente o dispensei, mas ele insistiu e quando disse que era para agradar a
namorada, perdi a recém adquirida compostura e o tratei grosseiramente.
Na hora, senti vergonha pela minha atitude, pois nunca havia tratado
alguém assim, então vi que eu já estava mais do que fora de mim e que
precisava repensar minhas atitudes.
236
Dentro do ônibus, continuei “passando sabão” nela, como se fosse minha
filha, recebendo um sermão, após o mal feito. Até cheguei a dizer que estava
me segurando para não terminar com ela.
Aquele dia, foi a primeira — e única — vez que matei seu sorriso, mas
para uma mulher, ainda mais uma que passou por muitas coisas, só precisa
uma vez.
Eu queria ir até ela e me desculpar, mas sabia que após tudo, precisava
dar espaço e assim o fiz, mas fui ao quarto, levei lanche, depois recolhi e
perguntei se queria algo e a cada meia hora, uma hora, fui até lá, ver se
precisava de algo.
Disse que eu era quem devia desculpas e que nunca imaginei tratá-la
daquela maneira ou tratar alguém daquela maneira e nos beijamos, um
momento cheio de carinho, doçura e choros entrecortados.
No dia seguinte, eu, como todo homem, pós briga, achei que estava tudo
bem e que poderia tratá-la como se nada tivesse acontecido (Se você, leitor, for
237
homem, não faça isso! Repito: Não faça isso!) e era claro que não estava, então
não teve outra: Ela passou o dia na defensiva e o que fiz eu? Fui compreensivo
e dei espaço? Claro... que não!
Eu, mais uma vez, dispensei o bom senso com chute na cara e agi pela
emoção. Eu comecei a cobrar dela o motivo de estar daquele jeito, de se fechar
para mim, sendo que já tínhamos feito as pazes; que não era nada justo e então
Érika começou a se fechar ainda mais em um casulo e foi o começo de seu
hábito de não expressar o que sente, o que incomoda, então assim como fiz
com Paloma, cinco anos antes, comecei a perguntar se ainda me amava etc.
Nota: Entenda! Quando alguém está com raiva, quer tudo, menos ser
questionado sobre os sentimentos por quem o deixou com raiva; ou vai se calar ou dizer
que não.
Ela ficou calada. Repeti a pergunta e mais uma vez, calou-se e ainda
abaixou a cabeça. Furioso, saí de casa e fiquei horas sem retornar. Para piorar,
ainda liguei chorando para sua avó, explicando que ela e eu não estávamos
nada bem. Um erro, que mais tarde, eu pagaria e caro.
Quando eu cheguei, minha mãe disse que logo após minha saída, ela saiu
também e não falou com ninguém e nem para onde ia, apenas saiu. Ficamos
todos preocupados, pois além de ninguém a conhecer, estava de noite e como
havia tido o famoso “saidão”, vários detentos foram liberados.
Saí para procurá-la e nada; ligava e nada; mais uma vez a ansiedade, o
pânico e a culpa, vieram me ver; eu estava com os nervos “à flor da pele” já.
Quando estava para sair pela quarta vez atrás dela, ela chega, nada diz e
simplesmente vai para o quarto, onde se fecha e mais uma vez, me sinto
acuado, pequeno e impotente.
Quando amanheceu o dia, ela fez as malas e disse que passaria umas
semanas na casa da avó e que precisava respirar. Eu aceitei, mas não por muito
tempo, pois a agonia da ansiedade ainda se fazia bastante presente em mim e
sem prévio aviso, ainda de noite, fui até sua avó, também para passar a semana.
238
Ela me ignorou e se fez distante todo o tempo, onde tentei aproximar,
sem sucesso — eu não havia, ainda, enfiando em minha cabeça que ela só
precisava de tempo e espaço e eu não dei —. Fiz massagem, o que acabou nos
garantindo uma tarde de amor, mas em seguida ela dispara que nada mudou,
deixando-me em frangalhos.
No dia após a conversa, ela pede para que eu vá em casa (em outro bairro,
meio longe), buscar uma bota dela, pois iria sair. Vou e quase duas horas após,
retorno com a bota e ao indagá-la, disse que um amigo meu a chamou para
conversar.
Logo saco que era o mesmo amigo que ajudamos a escolher as roupas e
ganhamos umas de presente. Ele era meio carente e apesar de não ganhar mal,
era muito sozinho. Recentemente, o havia cortado, pois ele queria ficar
mandando mensagem tarde da noite para minha namorada, para conversar,
desabafar — que sempre me mostrava — e queria chamá-la para sair sem mim
e até chamar para seu apartamento. Eu sei que ele não tinha intenções escusas,
mas como namorado, não poderia permitir esse tipo de atitude.
239
a chegar em casa e chegando, tínhamos de ir na comemoração do aniversário
de uma de suas irmãs, então não teve como.
Passados uns dias, ela se fechou ainda mais e decidi ir embora, pois
estava me sentindo um verdadeiro palhaço com toda essa situação e não queria
mais alimentar a pena de todos por mim, que já estava grande o suficiente.
Antes de ir, perguntei para sua tia se poderia passar em sua casa, ela
assentiu e após andar por cerca de meia hora, engolindo a vontade de chorar,
chego. Minha intenção era socializar, jogar videogame e relaxar, mas chegando
lá, com o semblante que estava, não bastou disfarçar o sorriso, não bastou
porque simplesmente estava um caco e todos notaram. Fui recebido com caras
piedosas e logo a tia e prima de Érika vieram me consolar e quando me
abraçaram, foi mais forte que eu; não aguentei e chorei; chorei como nunca
chorei antes; chorei tudo que há anos não chorava; chorei por todas as vezes
que deveria, que poderia ter chorado; eu chorei copiosamente e mesmo
cobrindo a cara com o travesseiro, não adiantou, pois tão alto era meu choro,
tão agonizante, tão sofrível, que hipnótico, fê-las chorar junto comigo por
quase cinco minutos. Até os meninos jogando videogame, seu primo e o
namorado de sua prima, quase choraram junto. Eu me senti tão ridículo...
Ao final do dia, ela me ligou através do número de sua prima e esta disse
para que eu fosse firme e não cedesse e eu assenti, convicto de que o faria. A
mensagem dizia para que eu fosse até lá, conversar com ela; perguntei se sua
prima e o namorado poderiam de dar carona e me deixaram na avó, para que
pudesse ter minha conversa. Na hora da conversa, ela fica sem graça, escolhe
bem as palavras e diz que ia terminar comigo, mas ao me ver desistiu, viu que
ainda me amava, que só precisava de um espaço, que eu não dei, não respeitei,
mas esse evento a fez repensar com clareza em tudo e viu que ainda me amava
e não queria desistir de nós. Ela me beijou. Tentei recuar, mas foi mais forte
que eu. Como amava essa mulher! Quando dei por mim, estávamos dormindo
de “conchinha”.
240
estávamos desconfiando que estava grávida; já até havíamos pensado em
alguns nomes e escolhido Antônio Lorenzo, caso fosse menino.
Na ligação, ela disse que algo havia morrido dentro dela, que não era a
mesma coisa, que estava tudo diferente e sentia que não me amava mais e isso
a machucava. Tentei usar razões lógicas para fazê-la entender que ela não
poderia terminar comigo, mas claro, razões lógicas não funcionam para mudar
decisões tomadas pelas emoções e o erro de muitas pessoas nesse estágio, de
término, é tentar usar razões, quando é a emoção do outro que está levando
para a decisão de finalizar.
Após muita insistência, disse que pensaria, mas que eu não criasse
esperança e assim desligamos. Passei os próximos dias tentando “sobreviver”.
Seguindo os conselhos de um terapeuta, que conheci no Wpp, decidi recuar e
apenas esperar, deixar a poeira baixar e focar mais em mim, talvez meditar.
241
ODE POÉTICO XII
LÁGRIMAS E ESPERANÇA NO OLHAR
Eu era um caçador; implacável e insaciável.
Um completo agressor; agressor do amor.
Colecionando corpos... Momentos e momentos;
grandiosos e singelos; sonhos jogados ao vento.
242
Lutei e dediquei.
Não havia sentimento e pensava...
Como estar com alguém, se não sente nada?
Mas o amor é assim mesmo;
engraçado e sem jeito.
Diferente do que se aprende;
é paciente e não ardente.
Não é o sentir ou o falar,
é a decisão do agir,
a dedicação de querer cuidar;
de ser gentil e respeitar;
de querer com o outro estar.
Se formos pensar, não é assim que surgem as paixões
Ou o gostar?!
243
Estava feliz! Oh! Como estava feliz!
Nunca me senti tão feliz!
Um só homem realizado.
Um futuro planejado.
244
Ah, como amo você!
Sou louco por você!
E se assim puder dizer,
sem te ter, não sei como viver!
245
O DIA MAIS FELIZ DA MINHA VIDA
Eu estava desolado, completamente carente, triste e sensível... só faltava
as amigas e o pote de sorvete. (risos) Mas decidi pensar na minha relação; o
que deu errado, o que EU fiz de errado. Imergi dentro de mim; eu mergulhei
de uma forma que jamais havia feito. Eu estava crescendo...
Após uma semana sem contato, Érika tentou contatar-me, mas não
conseguiu, pois meu celular estava com problema e eu não recebi suas
mensagens, nenhuma delas, tão pouco sua ligação. Minha mãe chegou em casa
dizendo que ela estava tentando falar comigo, mas eu não respondia. Quando
abri meu WhatsApp, vi a chuva de mensagens meio desesperadas, tentando
marcar um encontro. Marcamos de nos encontrar lá em casa.
Nota: “Mas quando vem a volta, o homem se arruma, faz barba, lava o carro, se
banha, se perfuma... e liga pro amigo, que tanto lhe deu forças e jura nunca mais, vai
perder essa moça... e a mulher se abraça, à mãe diz obrigado! E põe aquela roupa, que
agrada seu amado e passa a tarde toda, cuidando da beleza... jantar à luz de velas e
amor de sobremesa...”
Tá, eu sei que você cantou junto e não adianta mentir, viu?! E deve ter ficado
frustrado, por não ler o refrão... Mas okay! Não serei tão mal, vou mandar o refrão, pra
você não me odiar... HA HA! Só não conte a ninguém, pois tenho uma fama de badboy
a zelar, certo?! Hahahaha — “E perto um do outro, a vida é diferente. A solidão dá
espaço ao amor que estava ausente; quem olha não tem jeito de duvidar agora da força
da paixão que vem... dois corações e uma história. A força da paixão que vem... dois
corações e uma história.” — Certo, agora que estamos ambos satisfeitos, vamos voltar
para a história!
246
Após nos ajeitarmos, ela diz que tinha quase certeza que nossa
desconfiança era mais que uma certeza, que provavelmente, ela estava
realmente grávida. Aquilo me deixou tão feliz, tão feliz, que eu não conseguia
mais raciocinar. Afinal, um de meus sonhos mais ocultos, era ser pai e teria um
filho — ou filha — com a mulher que amava, que quase perdi e que agora
estava ali, me pedindo para que nos déssemos mais uma chance. Ela voltou lá
para casa, o que foi um enorme erro, para ficarmos por lá. E fomos seguindo a
rotina, tentando voltar à normalidade, mas vaso quebrado não fica igual e você
não deve agir como se nada tivesse acontecido, pelo contrário, adapte-se,
ressignifique e siga alinhando as arestas.
No final de janeiro de 2019, nos mudamos para a casa de sua avó, pois
era muito idosa e não teria ninguém para ficar com ela. E assim os meses foram
passando e eu seguindo a premissa de cuidar, de ceder e correr atrás de nos
mantermos. Nossa situação não estava tão boa, pois após as brigas, nos
deixamos levar pelo emocional e já não fazíamos mais vendas como antes, na
verdade, quase nada e nossa renda caiu drasticamente.
Os meses foram passando e com eles, minha falta de senso, pois eu estava
me moldando cada vez mais; o problema, é que a virada foi de 180º e então o
que era pra acontecer apenas uma mudança de postura, tornou-se uma espécie
de “vassalagem”. Sim, ao invés de apenas dosar minhas atitudes enérgicas e
autoritárias, eu estava perdendo minha identidade e sacrificando quem eu era;
cedendo mais, desculpando-me mais, sacrificando mais, afinal o medo de
perder era enorme. E isso era o início do fim. Começamos a nos preparar para
a chegada do Antônio Lorenzo, nosso menino tão aguardado; estávamos
felizes, mas a pressão só aumentava e isso, querendo ou não, nos afetou. E
quanto mais me afetava, mais eu cedia, tentava agradá-la, não a contrariar.
Então de dominador, fui à dominado.
247
Em meados de abril, e vou contar a seguir, comecei a trabalhar na escola
com um conhecido que trabalhou comigo no Grupo Hinode, meu atual sócio,
Paulo Vítor. Foi o começo da mudança, pios iniciamos com força total,
tentando resgatar uma escola que estava falindo, mas isso ficará mais para
frente. Acontece, que isso me deixou mais confiante, ousado, provedor... passei
a recuperar assim, o respeito e admiração dela, o que deu um verdadeiro
“boost” em nossa relação. Passou a me beijar mais, a se tornar mais disposta
para nos amarmos, a compartilhar mais comigo, procurar conversar e até fazer
verdadeiras declarações de amor, dessas capazes de aquecer os mais gélidos e
petrificados corações.
E da mesma forma que estou agora, enquanto escrevo, sorri feito bobo,
enquanto senti um calor enorme no peito e o coração batendo acelerado;
mesmo agora, dois anos depois, só de lembrar, já bate a vontade de chorar de
alegria e se eu pudesse, Leitor, emprestar a você meus olhos, para ver o que vi,
os meus ouvidos, para ouvir o que ouvi e meu coração, para sentir o que senti,
saberia como, o que com palavras não consigo descrever, me senti. Todo o calor
e emoção que só um pai pode receber, mas ouso tentar e posso afirmar que foi
a melhor sensação do mundo e ao tê-lo em meus braços e dar um beijo em sua
testa, antes de pô-lo em sua mãe, me senti vivo e soube na hora, que aquele era
o dia mais feliz da minha vida.
248
LEGACY
Vamos voltar um pouco. Mais especificamente para abril de 2019,
quando um conhecido que trabalhou comigo na Hinode, Paulo Vítor, tomando
conhecimento do meu passado com escolas, chamou-me para administrar com
ele uma escola de cursos que estava praticamente falida, mas pior que isso,
estava “A Deus dará”...
Paulo e eu então decidimos criar uma escola do zero, mesmo que não
fôssemos os donos. Uma nova identidade empresarial, uma nova gestão, nova
logística; tudo do zero.
249
Conseguimos recuperar alunos desistentes, assim como renovar vários
contratos, fechar parcerias empresariais e bloquear a retirada de dinheiro,
deixando que o mesmo ficasse na escola.
O local onde estávamos não era o ideal, mas estávamos presos pela
dívida para com o imóvel. Era um prédio comercial, onde as fases elétricas de
todas as salas eram dividas, não apenas entre si, mas com o galpão no térreo,
onde funcionava um supermercado. Sempre que as máquinas eram ligadas, a
energia oscilava e um dia, perdemos todos nossos computadores, sendo que
um deles, pegou fogo em plena sala de aula, com crianças...
Bem, foi um baque para nós, afinal, foram tantas matrículas feitas, tantos
processos cancelados, novos professores, cursos reformulados, parcerias com
empresários relativamente fortes... mas como eu vivia falando para o Paulo, “a
gente trabalha com o que tem”, “existem momentos em nossa vida, que
bombas explodiram e nada podemos fazer, a gente apenas evita danos maiores
e administra os feitos” e também que “a dor ensina a crescer” e assim
procuramos fazer, como um moribundo respirando por aparelho, não sabendo
se viverá mais um dia, se questionando se realmente vale a pena.
250
contratamos vendedores comissionados que morassem na região, mas ainda
assim, não conseguíamos, afinal o aluguel já estava para vencer.
251
ODE POÉTICO XIII
QUER CASAR COMIGO?
Por muito tempo esperei acontecer.
Há muito tempo sonhava com você.
Não a conhecia é verdade,
mas por Deus, não esperava tamanha bondade
para com minh’alma, desolada e perdida
sem esperança ou esperança contida
de um dia encontrar; quem pudesse me fazer e ser feliz,
quem me fizesse voar.
252
mas sempre que falhar, irei consertar.
253
“CAIXA DE PANDORA”
Voltando à linha do tempo, meu filho havia nascido há um mês e a
Legacy, oficialmente inativa. Mas o Paulo começou a frequentar a academia do
Marcelo Tigre e lá, com seus graúdos contatos empresariais, criar network e
propagar os valores da Legacy, enquanto isso, eu estava abatido em casa e
minha relação começou a ruir, a pressão aumentou, tanto por parte de minha
família, quanto da dela, pois cobravam uma posição de minha parte e eu estava
me deixando levar pelos problemas, sendo consumido pela vitimização e
autopiedade.
Num determinado dia, comprei uma aliança para Érika, o que foi errado,
já que havíamos acabado de brigar. É um erro você tentar sanar uma briga com
algo assim, pois parece que é tipo um “cala a boca”; fora que estávamos numa
baita crise e um anel de compromisso, parece forçar demais a barra.
O que acontece, é que ela não aceitou. Quando cheguei em casa, com o
Paulo, que me ajudou a comprar, ela estava deitada, com dor de cabeça, com
raiva de mim e o Paulo ainda estava por lá. Eu simplesmente tentei empurrar
em seu dedo e fiquei furioso por ela ter recusado. Eu peguei minhas coisas e
saí de casa, indo para a casa de minha mãe.
254
Num determinado dia, após duas semanas, talvez um pouco mais, meu
primo me ensinou a usar uma máquina de grampear, chamada “Meruna”. Essa
era uma máquina de uso técnico, mas arrisquei mesmo assim; não teria perigo,
usando da forma que deveria. Em minha soberba, não quis ouvir o que meus
supervisores me falaram; eu queria fazer do meu jeito, eu não via sentido na
maneira que eles ensinaram.
Acontece que meu jeito não era o certo e estava tendo muito erro. Meu
primo começou a me zoar e dizer que eu era covarde, que estava com medo de
me machucar e que era só uma dorzinha. Não sei se era resquício não tratado
da época do bullying, mas aquilo me “esquentou o sangue” e confesso ter
sentido uma vontade grande de botar a mão e mostrar que não era falta de
coragem, mas sim, que apenas não concordava com o jeito. Claro, não fiz essa
besteira, afinal não é porque sentimos vontade de fazer algo, ainda mais no
calor do momento, que vamos fazer, não é mesmo?!
Fiquei retraído, de cara fechada e um outro rapaz veio até mim e de uma
forma paternal e gentil, explicou-me porque a maneira que os supervisores
falaram, estava correta e porque a minha não; e por isso acontecia os erros.
Então aprendi e ficou tudo bem. No dia seguinte foi a festa de uma de minhas
irmãs, meu primo foi e ficamos juntos na festa, eu já não estava mais com raiva.
No dia seguinte, ajeitei a conta do Tinder para ele e assim seguiu o dia...
Na segunda feira, por estar doente, não fui, indo apenas na terça e ao
chegar, noto que havia outro primo meu e era seu segundo dia de trabalho. Foi
solicitado a ele que usasse a Meruna. Como o rapaz fez comigo na semana
anterior, fui até ele e já expliquei a forma correta de fazer, assim como mostrei,
para que o fizesse em seguida. Enquanto ele ia grampeando, eu segurava os
vincos dos livros que seriam grampeados, com meus dedos, para que os
grampos ficassem alinhados.
Fiz exatamente o que não se deve fazer quando se opera uma máquina
de relativa periculosidade: Distraí-me, conversando, sem dar atenção à
máquina, apenas conversando, em pé, com nosso outro primo.
255
preocupação e imaginei que não fosse nada, que o grampo apenas havia
entrado. Quando tirei o dedo, erguendo para ver o grampinho que havia
entrado, vi um dedo como parte da falange distal (onde fica a unha) sem unha,
pendurada, e meu osso exposto, com a cabeça da falange esmigalhada.
Na hora, não tive uma reação esperada, apenas olhei frio, como fosse um
corte de papel. Todos começaram a correr desesperados, com medo de uma
significativa perda de sangue ou que a parte pendurada de meu dedo caísse.
Enrolaram um pano e me levaram ao hospital. Chegando lá, após horas de
espera, vou à traumatologia e nem queira imaginar a dor que foi tirar aquele
pano grudado em meu dedo, nem queira!
Nota: Mais um vez, Paulo parou tudo que estava fazendo para fazer algo por
mim. Foi comigo ao hospital e ficou por várias horas, inclusive entrou na sala de
pequenas cirurgias, onde uma monstra hábil médica, com toda raiva de sua vida, do
namorado que a deixou, do professor da faculdade e da TPM e do mundo delicadeza,
256
arrancou com força retirou as ataduras, que estavam 14 dias com sangue grudado em
meu dedo, com tecido novo. Como a odiei fiquei agradecido...
Ter me acidentado, foi como abrir uma “caixa de Pandora”, pois tive de
ficar recluso em casa, sem saber o que seria de meu dedo, se seria recuperado
ou se teria de ser amputado, o que já mexeu muito comigo e após ser
dispensado, me senti inútil, pois tinha uma formação de fazer inveja à muita
gente, já havia empreendido com certo sucesso e abracei o meio empresarial e
por forças maiores que eu, quebrei. Então trabalhar numa gráfica, apenas
dobrando papel, ficando prostrado por duas semanas, perdendo a
funcionalidade do dedo e para sempre sua estética, além de ser dispensado,
fez com que eu me sentisse algo pior do que lixo.
Você já deve ter ouvido a expressão: “Quando você olha muito tempo
para o abismo, ele te olha de volta”. Pois bem! Permiti-me tanto ficar
remoendo, ruminando minhas desgraças, que parei de dar a devida atenção ao
meu filho, ao meu relacionamento, às oportunidades que surgiam, inclusive,
que o Paulo abria...
Quando você foca nos problemas, você os atrai, você perde sua
individualidade, você deixa de ser você mesmo. Imagine um homem que teve
em tão pouco tempo, menos de 5 anos, quatrocentas mulheres, que seduziu
muito mais; um homem inteligente, com experiência e diversas habilidades e
qualidades, sendo tóxico, deprimido, reclamão, procrastinador, aparência
descuidada... enfim, tudo de ruim que você pode imaginar.
257
Eu não era, de longe, o cara que fui um dia; estava feio, arruinado, o
corpo sarado que cultivei por anos, bem, na verdade, digamos que musculoso,
era coisa do passado. Me olhava no espelho e o que via, seja fisicamente, seja
mentalmente, não batia com a descrição; eu não me reconhecia mais e quanto
mais eu sentia isso, mais triste e deprimido eu ficava.
Ainda em janeiro, sua irmã fez na creche seu chá de fraldas e fomos. Já
perto de ir embora vendo anime no celular e ela me pediu para segurar o
Antônio, enquanto arrumava as coisas para irmos embora, eu digo:
— Júlia, segura aqui o Antônio pra mim, por favor! — falou ela para a irmã
menor.
Vi que ela se chateou e então pauso meu anime para segurar meu filho e
quando vou segurá-lo, ela então se vira bruscamente e o entrega para a irmã.
Então com raiva e orgulho, vou ao menos pegar o carrinho, que ela não
permitiu, claro. Mas eu respeitei? Claro que não! Simplesmente passamos a
competir pela posse do carro; ambos com as duas mãos, empurrando com o
quadril ao outro.
258
Como homem, mais forte e alto, venci a peleja, mas Érika não desistiu e
atrás de mim, agarrou o carrinho, abraçando-me no processo. Eu tentava
afastá-la com minhas costas e ela me empurrava com sua barriga e mais uma
vez a genética que aos homens favorece, me “ajudou” e então ela largou o
carrinho, sendo jogada para trás, pelas mãos traiçoeiras da inércia. O problema
é que tropeçou no degrau da entrada e caindo, deu com as costas no portão.
Eu nunca havia a visto daquele jeito, ela sempre foi a pessoa mais calma
da relação, afinal eu era o explosivo, o passional da história. Era costume meu
ter aquele semblante, não dela.
O ódio em seu olhar dizia tudo, não precisava falar mais nada. Sua mãe
pediu que eu me acalmasse e fosse para casa e ela iria para casa com ela, para
esfriar a cabeça.
259
finalizar por ali mesmo, que as coisas não estavam nada boas e que nada mais
sentia.
— Diga!
— Me dá uma ultima noite! Já que terminaremos, quero que meu cérebro saiba
que é a última vez, que já não haverá mais. Não dá para terminar tudo que
vivemos de surpresa. Merecemos uma despedida. Um último banho, uma
última noite de amor, uma última dormida de “conchinha”.
Ela assentiu e tivemos tudo isso. Tratei como realmente era, a última vez.
Aproveitei cada segundo do banho de casal, do amor mais que contemplativo
e por fim, a dormida abraçados.
No dia seguinte, não voltou para casa, dormiu em sua mãe e assim foi
fazendo, até que me mandou mensagem, dizendo para que eu pegasse minhas
coisas e fosse morar com minha mãe e que entregaria a casa, pois não iria ficar
pagando aluguel e moraria com a sua. Disse que poderia ficar tranquila, que
eu sairia sim, mas ela poderia ficar, eu deixaria todos os móveis e nos dois
primeiros meses, ajudaria com o aluguel. Ela aceitou.
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Sem entender nada, a indago o porquê daquilo tudo e ela diz que meu
primo falou que me acidentei propositalmente. Vou perguntar para ele e
rispidamente, diz que eu realmente me acidentei de propósito e perto do natal,
admiti.
— Cara, lembra o dia que você ficou me zoando? Dizendo que eu tava com
medo de me machucar e me chamando de covarde? Pois é, naquela hora, senti
vontade de me machucar, só pra você parar de falar isso. Se sem querer, eu me
machuquei, imagina se fosse de propósito, como senti vontade?!
Ele perguntou por quê eu estava falando aquilo para ele. Eu percebi
então que pudesse ter me expressado errado e ele achara que estava o
culpando. Tentei explicar que era só uma “resenha”, mas ele apenas disse que
se eu tivesse o feito, seria o maior babaca da história dos trabalhadores da
gráfica. Após isso, apaguei a mensagem, para não ter que olhar para ela sempre
que fôssemos trocar mensagens.
Quando retornei, em janeiro, ele mal trocou palavras comigo, então achei
estranho que na festa da minha irmã, tivesse socializando comigo.
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Quando olhamos para o abismo, ele olha de volta. Eu flertei com os
problemas, ao invés de me abrir às soluções. E tudo começou quando a “Caixa
de Pandora” foi aberta. Não, a Caixa não foi o que aconteceu com a escola, não
foi o acidente da gráfica, tão pouco o término e mais a frente, entenderá que
tinha de acontecer, que era necessário para o “encasulamento” da nova versão
que estava por vir.
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RECOMEÇO
Após um mês tentando, desesperadamente, reconquistar minha ex,
chorar pelos cantos, ser chato, só falar de problemas e afins, decido mudar,
afinal eu era melhor do que aquilo e que se acabou, era porque tinha de acabar,
quem sabe não era o chacoalhão que eu precisava, por estar estagnado em
minha zona de conforto. Não era certo que antes de algo melhorar, piora
muito?! Decidi então parar de reclamar e partir para a ação.
Cortei o cabelo, pois após muita gente falar, inclusive profissionais, que
eu não combinaria de cabelo longo e não estava cuidando bem. Alinhei a barba,
fiz sobrancelha, comprei um calçado novo, mudei forma de me vestir, passei a
me exercitar e fiz dieta na verdade, jejum intermitente; experimentei, pela
primeira vez, botar um brinco, um piercing; fiz novas tatuagens, e consegui
um emprego que pagaria bem, numa escola de cursos gráficos.
Ao encontrar a Érika, quando fui visitar meu filho, ela tomou um susto,
eu estava totalmente diferente, mas como tudo era recente, óbvio que a
mudança era mais externa que interna e após “nos amarmos”, nada mudou e
assim se sucedeu por algumas semanas, inclusive com recaídas emocionais
minhas e crises de ciúme, até que veio a pandemia e não saí. Aproveitei essa
lacuna de tempo e espaço para focar em minha evolução e decidi sumir das
vistas da Érika e fiz isso, ficando por duas semanas longe de todas as redes
sociais. Foi bom, pois me desintoxiquei e aproveitei para seguir o curso que
um ex colega da comunidade, o João Abrantes, me passou, o que muito ajudou.
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No dia seguinte, conversamos algumas vezes por mensagem; eu com
uma postura totalmente diferente, o que a surpreendeu por todo o tempo.
Passamos, graças a ela, a falar sobre nós, mas comigo recuando e tentando
desviar do assunto e quando comecei a falar que seria difícil achar uma mulher
tão incrível quanto ela, ela sentiu-se triste, pois viu que eu não estava mais
focado em reconquistá-la e ao dizer que desejava que ela fizesse o mesmo, a
abalou ainda mais e então disse que perderíamos tempo tentando conhecer
pessoas, se acostumando do zero e passar por tudo; que seria mais fácil
recomeçarmos, como um casal. Por dentro, estava tão feliz... estava dançando
“break”, mas por fora, já por ligação, fui sério e perguntei porque eu deveria
confiar, tendo em vista como fora o término. Ela disse que estava fazendo
terapia, que estava melhor e obviamente, eu estava bem melhor. Sugeri então
começarmos do zero, mas aos poucos.
Vivemos por um mês um verdadeiro clima de lua de mel, ali era nítido o
casal apaixonado, mas após a páscoa, esfriou e antes do dia dos namorados,
ela decidiu mais uma vez terminar e passamos o ano de 2020 assim. Várias
recaídas emocionais, de intimidades, de saídas, saudades, brigas, crises de
ciúmes de ambos, e voltas, sendo a última em outubro. Apesar disso, nesse
ínterim, eu estava bem mais bonito, pois perdi muita gordura com o jejum e
em agosto, entrei na academia e foquei como se não houvesse amanhã. Retomei
as mentorias de sedução, passei a meditar, fazer alguns cursos gratuitos, a
fazer novas amizades, e trabalhar em mim.
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UMA NOTA MAIS QUE ESPECIAL
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SEM MEDO DE SER FELIZ
Após muito penar nas intempéries da vida, aprendi muitas lições. Fui
uma grande mula no processo? Fui uma grande mula no processo, mas
finalmente aprendi.
Foi importante cada trajetória, pois fez com que eu aprendesse por todas
as perspectivas possíveis, que eu passasse por coisas que moldariam quem eu
seria, quem eu sou hoje, assim como serei no futuro.
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A VIDA ENSINA A VIVER
Quando você adentra o fundo do poço, você passa a enxergar tudo com
uma vista turva, bagunçada e não há clareza. Você passa a agir baseado em
emoções conflitantes e negativas e então, passa a fazer tudo errado e quanto
mais as coisas dão errado, mais você se desespera, se vitimiza, afunda mais e
culpa todo o sistema.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Bem, espero que tenha gostado dessa jornada fantástica que é a “A última
sedução”. Que tenha absorvido todo o conhecimentos e lições implícitas e
explícitas, tenha gostado da proposta que passei, assim como se conectado com
este que vos escreve. Vamos à uma última observação?! Que tal um resumo de
tudo que vimos até aqui?! Vamos lá!
Existem diversos tipos de atração. Atração é igual a interesse; atrair-se por algo
é estar interessado por algo, sendo assim, interagimos com alguém por estarmos
interessados nela, em algo que ela possa provir ou algo relacionado a ela.
Essas características atraem a pessoa, sendo para amizade, amor, sexo, tutela ou
união grupal, claro, inconscientemente.
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Vimos também que pessoas tomam decisões baseadas nas emoções e instintos,
pois seguem a programação máter. Vimos que nosso cérebro é dividido em três regiões:
Cérebro reptiliano, responsável pelos instintos; Sistema límbico, que traz todo o trato
emocional e o Neocórtex, que comanda nossos pensamentos racionais. E o cérebro
racional, o Neocórtex fica responsável por apenas 20% das ações, então 80% fica para
nossas emoções e instintos e ambos seguem a premissa de sobreviver e reproduzir.
Então se queremos mudar as ações de uma pessoa, devemos trabalhar suas emoções e
quando não temos o S&R forte o suficiente, usamos “atalhos”, os gatilhos mentais.
Gatilhos são técnicas que utilizam palavras e/ou ações que induzem um estado
emocional em alguém, algo primitivo, que ativando o instinto de sobrevivência e/ou
reprodução, leva a pessoa a agir mediante a emoção causada.
A atração faz com que você seja notado, abre a guarda, o segundo passo é a
conquista, advinda da conexão emocional, a sensação de cumplicidade e/ou alma gêmea
e por fim, a sedução acontece quando é fomentado o desejo sexual, através de técnicas
corporais, psicológicas ou da privação do ato, que chamamos tensão sexual.
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O jogo para mim não era para ser zerado, mas sim dominado. Poderia,
claro, ter feito dinheiro com isso, mas eu queria mesmo era ficar bom e ter
conseguindo “dormir” com um verdadeiro harém, ao passo que ter feito as
mais inimagináveis coisas.
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Arthur Penido, do Papo de hétero. Esse cara é sensacional e traz a
verdade nua e crua sobre os relacionamentos. Ajuda diariamente diversos
homens como reconquistar suas ex’s.
Felipe Alves, o Sedutor nato. Cara incrível que ensina a arte da lábia.
Saber conversar é um arte, mas também um ciência e se você domina, você
doma o jogo e este cara é um mestre nisso.
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O FIM?
Bem, meu amigo, é com pesar, mas também orgulho, que me despeço de
você. Foi uma longa caminhada. Me coloquei nu para você, expus minhas
fraquezas, demônios e aspirações. Meus erros, fracassos e até atitudes
deploráveis... mas como gosto de falar, se algo faz parte da história, deve ser
contado, pois a história deve ser contada. Assim como, relatar algo não
significa compactuar, mas apenas relatar.
Aprendi muito na vida, ainda posso aprender. Errei bastante e sei que
ainda errarei muito, mas agora, com uma nova roupagem, a do homem de
sucesso. Eu aprendi que para me fazer grande e dominar o mundo — risos —,
devo primeiro me fazer pequeno; a humildade mensura o nível de poder de
uma pessoa, então deve ser aprimorada, trabalhada; não há vergonha em ser
humilde, pelo contrário.
Tive uma vida que talvez 100 homens comuns, juntos, jamais teriam; fiz
coisas que não me orgulho e que jamais repetiria, errei bastante, cai, levantei,
recaí e evolui várias vezes... simplesmente eu vivi e tenho orgulho disso e sei
que ainda vou viver e muito, afinal tenho apenas 29 anos e apesar de tudo,
ainda tenho muito a viver, a experienciar, experimentar. Foi um enorme prazer
tê-lo aqui comigo, escrever cada palavra desse livro, por mais difíceis que
algumas passagens tenham sido; no final, me senti mais leve.
Muito obrigado!
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DEDICATÓRIA MAIS QUE ESPECIAL
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