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brasileiras.
do Doutor.
Este livro é apenas um esboço de parte da vida e do trabalho de
.....................................................................................................................................................12
................................15
...............................17
.....................................................................................................................................................20
..........................................................................................................................................................23
.................................................................................................24
......................................................27
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............................................................................32
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..............................39
.............41
.......................................................43
.................44
.......................................................................................45
..................................................................50
....................................................................53
......................................................................................56
..60
.................................................................63
.........68
...............................................................................71
..........................................................74
.........................................................................................76
.........................................................................................................................80
.............................................................................................................83
Uma das características marcantes de toda sociedade está em torno
de sua mobilidade, e não poderia ser diferente visto que a humanidade é
1
CENSO DEMOGRÁFICO 2010. Características gerais da população, religião e pessoas
com deficiência. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. Disponível em: <
ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Caracteristicas_Gerais_Religiao
_Deficiencia/caracteristicas_religiao_deficiencia.pdf>. Acesso em: 27 jul. 2013. p. 89.
2
Ibidem, p. 92.
|8
nacional.
Apesar do número extremamente relevante de adeptos na
das religiões no Brasil, ainda que esta, por vezes, não seja uma área que
exerça muita atração ao universo dos historiadores.
3
LÉONARD, Émile-Guillaume. O Protestantismo Brasileiro: Estudo de Eclesiologia e
História Social. 2ª edição. Rio de Janeiro e São Paulo: JUERP/ASTE, 1981. p. 17.
|9
século XIX.
Tomaremos emprestada a proposição de Cardoso4 ao dispor Robert
como, o seu encontro com Sarah Poulton Wilson, que viria a ser sua esposa
e se tornaria pedra fundamental no alicerce da primeira igreja evangélica
4
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. 1ª
edição. Viçosa - MG: Editora Ultimato, 2001, p. 16.
5
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2007,
pp. 73,74.
É impossível tratar de qualquer assunto no campo histórico sem
antes se conhecer os eventos predecessores deste. Independente de se
pensar a história a partir de uma linha que realce suas rupturas ou suas
alicerce sólido.
Universalis Ecclesia daria poderes ao rei para que este criasse cargos
eclesiásticos, bem como nomeasse os seus titulares; coletasse os dízimos;
6
RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. 2ª Edição. São
Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 71.
7
VAINFAS, Ronaldo (Org). Dicionário do Brasil colonial (1500-1808). Rio de Janeiro:
Objetiva, 2001, pp. 466, 467.
| 11
(1551).
8
ALVES, Marcio M. A Igreja e a Política no Brasil, Editora Brasiliense: São Paulo, 1979,
pp. 19, 20.
9
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 24.
10
Ibidem, p. 25
Ainda durante o século XVI inúmeras Ordens Religiosas passaram a
se estabelecer na colônia. A primeira delas, a Ordem dos Jesuítas,
11
ALVES, Marcio M. A Igreja e a Política no Brasil. p. 21.
12
Ibidem, p. 22.
13
ALVES, Marcio M. A Igreja e a Política no Brasil. p. 22.
| 13
assistencialismo social.
Apesar disto, o ritmo de crescimento e de organização da Igreja
desenvolvimento destas.
igreja.
14
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 30.
15
ALVES, Marcio M. A Igreja e a Política no Brasil. p. 24.
16
Ibidem, pp. 25, 26.
| 14
17
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. pp. 31,
32.
No decurso do século XVIII o Iluminismo abalaria fortemente as
bases políticas e religiosas do mundo ocidental. Este movimento
esclarecido.
Entre as medidas adotadas por Pombal, uma das que mais se tornou
notória esteve em torno da expulsão dos jesuítas do Brasil e Portugal. Para
18
ALVES, Marcio M. A Igreja e a Política no Brasil. p. 25.
19
Galicanismo: sinteticamente, podemos propor que o galicalismo (oriundo de Gália,
antigo nome da França) seja um tipo de ideário nacionalista, que buscava restringir os
poderes do papa. Atuou através de dois ramos: os que militavam em torno das
“liberdades galicanas” por sentimentos de ordem nacionalista e os que militavam por
estarem persuadidos de que a autoridade eclesiástica residia sobre os bispos e não
sobre o papa. (GONZÁLEZ, Justo L. História ilustrada do cristianismo: a era dos
reformadores até a era inconclusa. 2ª ed. rev. São Paulo: Vida Nova, 2011, pp. 294, 295).
Jansenismo: programa de reformas desenvolvidas por Cornélio Jansênio (1563-1638),
bispo de Ypres, que pretendia dar nova ênfase doutrinária à Igreja por meio da obra
de Santo Agostinho. Para Cornélio Jansênio, no decorrer da Idade Média a Igreja havia
perdido a essência da mensagem da graça de Deus. A mensagem de Jansênio é
| 16
revolucionárias.20
extremamente semelhante à proposta pelo reformador João Calvino, visto que ambos
tiveram em Agostinho sua principal referência. Temas como predestinação,
depravação humana, graça soberana e irresistível, etc., são encontradas nas obras de
ambos. Tais questões haviam sido categoricamente condenadas pelo Concílio de
Trento. (Ibid, pp. 296 – 301).
Liberalismo: um ideário que abarca várias esferas da sociedade seja na área religiosa,
política, econômica, etc. O seu âmago está em torno da liberdade do homem nas suas
mais variadas atividades, tendo por grande objetivo o progresso. (Ibid, pp. 400, 406).
20
ALVES, Marcio M. A Igreja e a Política no Brasil. pp. 26, 27.
21
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 36.
O ano de 1808 é de extrema relevância para se compreender a
dinâmica do cenário religioso brasileiro.
alguns acordos entre as duas nações, com destaque para a abertura dos
protestante.
O Tratado do Comércio e Amizade, firmado em 1810, além de dar
22
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 36.
| 18
23
KIDDER, Daniel P. Reminiscências de Viagens e Permanência no Brasil. Brasília:
Senado Federal, 2001. p. 49.
24
BRAZIL. Constituição (1824). Constituição Política do Imperio do Brazil. Registrada
na Secretaria de Estado dos Negocios do Imperio do Brazil a fls. 17 do Liv. 4º de Leis,
Alvarás e Cartas Imperiaes. Rio de Janeiro em 22 de Abril de 1824. Disponível em: <
| 19
alterado.25
Igreja e não apenas esta, mas outras questões, a exemplo das ligadas à
moralidade.
26
ALVES, Marcio M. A Igreja e a Política no Brasil. p. 26.
| 21
[...]”.29
Desta feita, a Religião Católica apresentava-se como opção exclusiva
27
LÉONARD, Émile-Guillaume. O Protestantismo Brasileiro. p. 40.
28
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 42.
29
LÉONARD, Émile-Guillaume. O Protestantismo Brasileiro. p. 42.
| 22
30
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 43.
31
ALVES, Marcio M. A Igreja e a Política no Brasil. p. 28,29.
32
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 43.
| 24
David Kay que, por sua vez, possuía quatro filhos: Mary, James, Anna e
Macredie.33
O ano de 1815 traria um novo infortúnio à vida de Kalley, sua mãe
viria a falecer tornando Kalley e sua irmã Jane, órfãos de pai e mãe. Seu
33
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 60
| 25
34
PORTO FILHO, Manoel da S. A epopéia da Ilha da Madeira, Vol. I. Rio de Janeiro:
UIECB, 1987, p. 16.
35
BARROS, Rosa. Manuscritos sobre Robert Reid Kalley. p. 01. apud MATOS, Antônio
Alberto de S. As raízes históricas, teológicas e litúrgicas da Igreja Evangélica
Congregacional e suas implicações para os dias atuais. p. 14.
| 26
Combinado a isto tudo, Kalley, além de atuar como médico dos membros
36
FORSYTH, William B. Jornada no Império: a vida e obra do Dr. Kalley no Brasil. 1ª
edição. São Paulo: Fiel, 2006, p. 16.
37
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. pp. 64,
65.
| 28
pelo Dr. Kalley acerca de qual a motivação que a fazia viver daquela forma,
Kalley receberia).
Cardoso pontua que a experiência de conversão pela qual passara
Kalley, isto é, na casa de uma pobre anciã e distante dos lugares tidos por
estruturas.41 Não apenas isto, mas também a forma com que Kalley fora
tratado pela Igreja Escocesa o afastaria cada vez mais da igreja/instituição.
38
FORSYTH, William B. Jornada no Império. pp. 17-19.
39
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 65.
40
Ibidem, p. 83.
41
Ibidem, p. 69.
42
FORSYTH, William B. Jornada no Império. p. 19.
43
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 71.
| 30
toda a preparação que fora feita até aquele momento. Durante a sua
estadia em Glasgow, Margareth Crawford seria acometida de uma forte
44
FORSYTH, William B. Jornada no Império. p. 20.
| 31
certamente, sua futura esposa não seria habilitada nos exames médicos da
referida sociedade.45
de sua esposa.46
45
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. pp. 72,
73.
46
FORSYTH, William B. Jornada no Império. pp. 22-25.
| 32
ensino da língua inglesa tendo como livro base para o ensino o Novo
Testamento.
No primeiro domingo após chegar à Ilha, visitou uma Igreja
47
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. pp. 75,
76.
48
Ibidem, p. 76.
| 33
mesma forma, não tomava por relevante a igreja que o fizesse, deixando
49
PORTO FILHO, M. S. A Epopéia da Ilha da Madeira. p. 43
50
FORSYTH, William B. Jornada no Império. p. 35.
| 34
mais tempo para o cuidado dos menos favorecidos, como para que
51
Ibidem, pp. 38-40.
52
Ibidem, pp. 43, 44.
| 35
impacto produzido por sua obra filantrópica, bem como da sua presteza
53
PORTO FILHO, M. S. A Epopéia da Ilha da Madeira. p. 37
| 36
da Bíblia escolhida por Kalley para promover sua atividade de ensino foi a
54
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. pp. 83,
84.
55
Ibidem, pp. 86, 87.
| 37
cólera da igreja oficial. Da mesma forma, a perda de clientes por parte dos
56
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. pp. 86,
87.
57
FORSYTH, William B. Jornada no Império. pp. 52- 54.
| 38
copiosamente afetado, visto que suas principais atividades lhe haviam sido
interditadas. Por fim, ele seria também proibido de permanecer realizando
suas pregações.58
por cerca de seis meses. O doutor pautava suas ações de defesa dentro
58
Ibidem, pp. 54- 56.
59
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 89.
60
Ibidem, p. 88.
| 39
Ante tal panorama, a Igreja Livre da Escócia, ainda que sem consultar
Kalley, em fevereiro de 1845 encarregou o Rev. William Hepburn Hewitson
regressaram à Escócia.
Kalley e sua esposa retornariam ainda outra vez à Ilha, visto que o
61
FORSYTH, William B. Jornada no Império. pp. 75-79.
| 40
português, ainda que ele próprio imputasse sobre o Rev. Hewitson esta
honra.62
Após a saída forçada da Ilha, Kalley, sua esposa e os refugiados
ingleses que retornariam à Ilha com este fim. Cardoso descreve a situação
destes enquanto aguardavam as embarcações:
financeiros.64
62
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 93.
63
Ibidem, p. 95.
64
FORSYTH, William B. Jornada no Império. pp. 87-89.
| 41
Beirute.65
William Wilson, viajou à Beirute a fim de que Kalley examinasse o seu filho
65
CARDOSO, Douglas Nassif. Sarah Kalley: missionária pioneira da evangelização do
Brasil. p. 94.
66
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 100.
67
CARDOSO, Douglas Nassif. Sarah Kalley: missionária pioneira da evangelização do
Brasil. p. 31.
68
Ibidem, p. 40.
| 42
69
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 100.
70
CARDOSO, Douglas Nassif. Sarah Kalley: missionária pioneira da evangelização do
Brasil. p. 95.
| 43
Madeira fora a ensaio ideal para este novo desafio. Tempos depois Kalley
afirmaria:
de Janeiro em 10 de maio.72
71
ROCHA, J. G. da Lembranças do Passado. Vol 1, pp. 18, 19 apud CARDOSO, Douglas
Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 102.
72
CARDOSO, Douglas Nassif. Sarah Kalley: missionária pioneira da evangelização do
Brasil. p. 127.
| 45
neste torrão.
Cardoso elenca alguns destes elementos beneficentes. Em primeiro
Romano.73
Estado: “Mas o Imperador quer a submissão dos Bispos, tenta obtê-la, e não
73
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. pp.
108, 109.
74
BRASIL. Senado Federal. Atas do Conselho de Estado: 1875-1880. Brasília: Senado
Federal. Disponível em: <www.senado.gov.br>. Acesso em: 28 ago. 2013, p. 05.
75
NABUCO, Joaquim. Um Estadista do Império, II, pp. 259-260 apud BRASIL. Senado
Federal. Atas do Conselho de Estado. p. 06.
| 47
76
LÉONARD, Émile-Guillaume. O Protestantismo Brasileiro. pp. 47,48.
77
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 109.
78
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. pp. 73,74.
| 48
mão dos males e perseguições que ali se sucederam. Não nos parece
provável que alguém que tenham, sobretudo, pretensões turísticas e
de 1846).
79
LÉONARD, Émile-Guillaume. O Protestantismo Brasileiro. p. 49.
80
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 88.
| 49
81
Ibidem, p. 110.
| 50
Inglaterra.
82
CARDOSO, Douglas Nassif. Sarah Kalley: missionária pioneira da evangelização do
Brasil. pp. 129, 130.
| 51
situação da área da saúde. Além das doenças já citadas, uma outra chegara
ao Rio de Janeiro – a cólera, e, em fins de 1855, martirizava até mesmo a
população de Petrópolis. Diante de tal situação, prontamente Kalley
abraçaria a oportunidade de atuar como médico e farmacêutico, logo
83
Ibidem. pp. 132-134.
84
ROCHA, J. G. da Lembranças do Passado. Vol 1, p. 34 apud CARDOSO, Douglas Nassif.
Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 112.
| 52
que sua tradição neste campo é muito mais sólida. A primeira escola
bíblica seria um tanto informal, sendo realizada em Gernheim (na época a
agosto de 1855. A primeira aula foi ministrada por Sarah, tendo como
participantes algumas crianças de origem inglesa.85
85
FORSYTH, William B. Jornada no Império. p. 130.
86
Ibidem, p. 131.
87
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 114.
| 53
agosto de 1856.88
Cardoso destaca que a escolha destes três madeirenses não foi
88
FORSYTH, William B. Jornada no Império. pp. 135,136
89
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 115.
| 54
Janeiro, para tal alugaria uma residência e daria início ao culto doméstico.
Além disso, ficaria responsável pelo trabalho de colportagem90 naquela
colportagem.
Em citação que Forsyth atribui ao Rev. Manoel da Silveira Porto Filho
(1908-1988), importante líder congregacional brasileiro, percebemos a
importância que estes apoiadores tiveram no estabelecimento da primeira
90
Isto é, distribuição e venda de Bíblias, Novos Testamentos, livros e folhetos.
91
FORSYTH, William B. Jornada no Império. p. 137.
| 55
Fica-nos patente que o real objetivo de Kalley não era fundar uma
92
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 118.
| 56
licença para vender livros. Através de fiança, paga por Kalley, ele seria
93
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. pp.
119, 120.
| 57
– provocando a ira dos seus adversários visto que todos sabiam que se
94
Ibidem, p. 124.
95
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. p. 60, grifo meu.
| 58
medicamentos e afim de que o seu paciente fosse curado. Tal atitude, ante
sua originalidade, mostrou-se bastante exitosa e proporcionou bons
resultados entre os que por ele eram atendidos. 96 Com este respeito é
96
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. pp.
123-125.
97
CARDOSO, Douglas Nassif. Sarah Kalley: missionária pioneira da evangelização do
Brasil. p. 163.
| 59
brasileira.98
Durante o verão de 1858 uma funesta epidemia de febre amarela
98
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 127.
99
FORSYTH, William B. Jornada no Império. pp. 140, 141.
| 60
seria o grupo que tais igrejas iriam compor. Ao invés disto, ele optou por
uma expressão mais genérica, isto é, “evangélica”, e de indicação
geográfica, “fluminense” e “pernambucana” (que viria a ser fundada em
1873).
Para Porto Filho as causas para tal escolha estavam diretamente
100
Ibidem, p. 141.
| 61
nomenclatura:
101
PORTO FILHO, Manoel da S. Congregacionalismo Brasileiro. Rio de Janeiro: UIECB,
1983, p. 23.
102
FORSYTH, William B. Jornada no Império. p. 141.
| 62
103
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 129.
| 63
O estopim que daria início a uma repressão mais severa por parte da
104
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 129.
105
FORSYTH, William B. Jornada no Império. p. 143.
| 64
senhora que José Pereira passara a discipular a fim de fazer uma inspeção.
Em 26 de maio de 1859 a perseguição torna-se patente, Kalley foi proibido
ser distribuídos entre os fiéis católicos durantes as missas com ataques aos
dissidentes. O Núncio Apostólico protestou veementemente contra a
atitude de tolerância que acontecera com os protestantes no Brasil. Em
decorrência a isto, em meados de 1859, o ministro das relações exteriores
da paz e que ante essas questões a Sra. Kalley lhe era conivente e
apoiadora.107
Em 1 de julho de 1859, Sr. H. W. Stuart assinou um despacho
106
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. pp.
132, 133.
107
FORSYTH, William B. Jornada no Império. p. 143.
| 65
apreciados pelos três maiores juristas à época no Império, Dr. José Tomaz
Nabuco de Araújo, Dr. Urbano Sabino Pessoa de Melo e Dr. Caetano
108
In REILY, Duncan Alexander. História documental do protestantismo no Brasil. 3ª
edição. São Paulo: ASTE, 2003, p. 117.
| 66
sua própria defesa. O que estava em litígio era um tema muito mais amplo,
109
ROCHA, J. G. da Lembranças do Passado. Vol 1, pp. 94-96 apud CARDOSO, Douglas
Nassif. Sarah Kalley: missionária pioneira da evangelização do Brasil. pp. 155-156.
110
CARDOSO, Douglas Nassif. Sarah Kalley: missionária pioneira da evangelização do
Brasil. pp. 156-157.
| 67
Tal decisão daria amparo não somente ao trabalho kalleiano, mas também
estabeleceriam a jurisprudência necessária para o estabelecimento do
111
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 134.
| 68
cidade.112
Logo um novo suporte, certamente o mais relevante, se colocaria ao
o casal, por Kalley estar doente, Sarah faria as cerimônias. Tal visita acena
para uma certa simpatia que o imperador nutria para com o casal de
112
CARDOSO, Douglas Nassif. Sarah Kalley: missionária pioneira da evangelização do
Brasil. pp. 159, 160.
113
Ibidem, pp. 169- 173.
114
FORSYTH, William B. Jornada no Império. pp. 146, 147.
| 69
torna da solicitação que este último havia feito a fim de incluir alguns de
seus hinos em uma coleção que pretendia lançar, Kalley negou.115
O trabalho de colportagem crescia a passos largos e novos
colportores eram admitidos no serviço. Durante o período de 1855 a 1860
115
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. pp.
136-139.
116
Ibidem, p. 141.
| 70
117
Ibidem, pp. 141, 142.
| 71
letra e música seriam publicadas. Sarah ensinava todos os hinos aos seus
118
FORSYTH, William B. Jornada no Império. pp. 161, 162.
119
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 142.
| 72
cada cemitério fosse reservada para o enterro dos acatólicos, visto que,
até o presente momento até o presente momento o enterro de brasileiros
120
Ibidem, p. 145.
121
Ibidem, pp. 143, 144.
122
FORSYTH, William B. Jornada no Império. p. 170.
123
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 116.
124
FORSYTH, William B. Jornada no Império. p. 170.
| 73
[...] O que Deus dá ao escravo é para ser usado por ele, em seu
proveito. É escravo? Ninguém tem o direito de fazê-lo escravo,
roubando-lhe a liberdade pessoal, negociando com uma criatura
humana, como se fosse uma máquina ou um objeto!
Cada um tem de dar contas ao Altíssimo Juiz do que pratica,
quando obriga um seu semelhante a trabalhar, contra a vontade
e sem salários e sob ameaças e sofrimentos diversos, para produzir
em seu favor (do senhor, que o maltrata injustamente) bons
serviços e excelentes lucros! Isto é um ROUBO VIOLENTO dos
dons que o Criador concedeu ao pobre estrangeiro, que não é
uma criatura diferente do senhor que o comprou!125
125
ROCHA, J. G. da Lembranças do Passado. II, 80-82 apud REILY, Duncan Alexander.
História documental do protestantismo no Brasil. p. 122. Informações adicionais
presentes na nota de fim: "Na sessão extraordinária, do dia 20/12/1865, o Sr.
Bernardino foi excluído. Na mesma sessão 'são lidas duas cartas de liberdade,
concedidas pelo Sr. João Severo a Joaquim e a Pedro'. (Ibid., p. 85). No documento
acima, os grifos e maiúsculas obedecem o texto da obra citada".
| 74
tal, havia contatado o Rev. Richard Holden para este fim. Holden assumiria
sua família.
Ao passo que desenvolvia o seu trabalho de colporter e de
126
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 150.
127
Ibidem, pp. 151-153.
| 75
solução encontrada seria caseira. João Manuel Gonçalves dos Santos seria
Escócia.132
128
FORSYTH, William B. Jornada no Império. p. 205.
129
Ibidem, pp. 208-210.
130
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. pp.
153, 154.
131
FORSYTH, William B. Jornada no Império. p. 218.
132
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 154.
| 76
brasilidade das igrejas por ele fundadas, tal como fora o seu objetivo
desde o início.
Kalley faleceu em Edimburgo em 17 de janeiro de 1888134. Sua
133
ROCHA, J. G. da Lembranças do Passado. Vol 4, p. 251 apud CARDOSO, Douglas
Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 128.
134
FORSYTH, William B. Jornada no Império. p. 238.
135
Ibidem, p. 246.
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Concordamos com outros autores que, o fato de Kalley não ter sido
136
FORSYTH, William B. Jornada no Império. pp. 11,12.
137
Ibidem, p. 12.
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certas notícias, que no parecer de Kalley, nem sempre eram oportunas 139.
Tal reprovação é claramente percebida em correspondência que o mesmo
gosto do serviço das sociedades. Publicam nos jornais o que se faz, e isso é
chamar a atenção dos inimigos das Escrituras Sagradas ao que se está se
138
CARDOSO, Douglas Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 13.
139
Ibidem, p. 140.
140
ROCHA, J. G. da Lembranças do Passado. Vol 1, p.72 apud CARDOSO, Douglas
Nassif. Robert Reid Kalley: médico, missionário e profeta. p. 140.
141
FORSYTH, William B. Jornada no Império. p. 101.
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uma imagem ideal de Luís XIV, imagem esta, pomposa e majestosa, que
deveria ser exposta aos seus súditos. Em O que é história cultural?, tratando
desta mesma questão, Burker conclui que: “[...] o rei contribuía para a
destaque menor.
142
BURKE, Peter. O que é história cultural? 2ª ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2008. p. 115.
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Kalley, temos certos indícios que nos auxiliam a compreender a sua quase
“repulsa” ao institucionalismo religioso.
enquanto instituição.
A proposição de Cardoso ao dispô-lo como um profeta de fé,
crença.
A resistência de Kalley frente às perseguições sofridas na Ilha da
Evangélica.
Por fim, é válido citar que a obra kalleiana é célebre, pois por meio
seja fator decisivo para a compreensão desta questão, visto que, era praxe
de tais sociedades uma intensa atividade propagandística em torno de
missionária.
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BURKE, Peter. O que é história cultural? 2ª ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2008.