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HISTÓRIA

Movimentos Sociais e Políticos em


Pernambuco

Livro Eletrônico
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CÓDIGO:
230511113838

DANIEL VASCONCELLOS

Daniel Vasconcellos é pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade


Darwin (2013). Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas
- UNIPAM (2003). Possui mais de 15 anos de experiência em docência nas áreas de
História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia Científica, no Ensino Médio,
Superior e em preparatório para vestibulares e concursos. Atua como professor
concursado da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal.

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História
Movimentos Sociais e Políticos em Pernambuco
Daniel Vasconcellos

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Movimentos Sociais e Políticos em Pernambuco. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. A Crise da Economia Açucareira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. A Guerra dos Mascates (1710-1711). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3. As Instituições Eclesiásticas e a Sociedade Colonial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.1. Instituições Eclesiásticas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.2. Sociedade Colonial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
4. A Província de Pernambuco no I e no II Reinados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4.1. Insurreição Pernambucana de 1817. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4.2. Pernambuco no Contexto da Independência do Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4.3. Confederação do Equador (1824). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.4. Revolução Praieira (1848-1850). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55

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APRESENTAÇÃO
Olá, querido(a)!!!
Nesta aula, trataremos dos seguintes assuntos:
• Crise do açúcar;
• Guerra dos Mascates de 1710 a 1711;
• As Instituições Eclesiásticas e a Sociedade Colonial;
• Insurreição ou Revolução Pernambucana de 1817;
• Pernambuco no contexto da Independência do Brasil;
• Confederação do Equador de 1824;
• Revolução Praieira de 1848 a 1850.
Antes, porém, chamo atenção para que revisitemos o nosso primeiro mapa mental. Relembre:

Já passamos pela Pré-História e por grande parte do período Colonial. A ideia é que
você, ao ler esse mapa mental, consiga se lembrar dos conteúdos até agora tratados. Então
vamos lá: observe com atenção e tente se lembrar do máximo de informações sobre os
temas listados. Pegue um papel e uma caneta e tente escrever o máximo de informações,
em forma de tópicos mesmo. Lembrou-se de tudo? Caso a dúvida ainda permaneça, não
tenha receio em questionar. Estou à disposição para isso. Você vai estar muito bem preparado
para a realização da prova.

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MOVIMENTOS SOCIAIS E POLÍTICOS EM


PERNAMBUCO

1. A CRISE DA ECONOMIA AÇUCAREIRA


Como já lhe disse, é necessário que revisitemos conteúdos que, apesar de não listados
no edital do concurso, são significativos para que compreenda de maneira objetiva os
conteúdos que foram sim listados no edital.
Assim, a crise da atividade açucareira representa a decadência econômica da região, o
que gerou consequências que reverberaram movimentos sociais importantíssimos, não só
para Pernambuco, mas para todo o país.
Nesse sentido, é preciso que revisitemos outro mapa mental, qual seja o mapa dos Ciclos
Econômicos. Observe novamente:

Podemos definir Ciclos Econômicos como uma proposta de divisão didática por períodos
da História do Brasil em que uma atividade econômica era a razão da “existência” da
Colônia. Em outras palavras, à época do pau-brasil, toda estrutura da colônia era organizada
em torno da exploração da madeira. Do mesmo modo, à época do Ciclo do Açúcar, emergiu
toda uma estrutura social e política derivadas da atividade econômica.
Portanto, caro(a) aluno(a), fica muito mais fácil compreender a História de Pernambuco
se a relacionarmos com o apogeu e a crise do açúcar.
Então vamos:
A produção e exportação de açúcar para a Europa foi a principal atividade econômica
brasileira no século XVI e parte do XVII. Como vimos, os Engenhos de Açúcar, espalhados
principalmente pelo nordeste brasileiro, geravam riqueza para os senhores, para a coroa
portuguesa(tributos) e para os comerciantes holandeses (refino e distribuição).
Ocorre que, com a expulsão dos holandeses, o controle da colônia, e, portanto, da produção
do açúcar, voltou a mão dos portugueses. Mas antes de todo esse imbróglio, como você há de
se recordar, os portugueses não refinavam e nem distribuíam o açúcar no mercado europeu.

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Os holandeses, que já dominavam as técnicas de refinamento e a logística da distribuição


comercial, aprenderam todo o processo de produção quando ocuparam regiões do
Nordeste brasileiro. Quando foram expulsos, não abandonaram a atividade, passaram a
fazer concorrência com o açúcar brasileiro produzindo nas Antilhas (América Central).
Podemos assim apontar a concorrência holandesa como principal fator para a crise
da economia açucareira.
Apesar da crise que se seguiu, com a baixa dos preços do açúcar brasileiro no mercado
internacional, a produção e a exportação do açúcar continuaram como a principal atividade
econômica até o ápice do Ciclo do Ouro no século XVIII.
Como consequências da crise da economia açucareira podemos listar:
• Surgimento de conflitos no interior da Colônia;
• Estímulo à produção de outros gêneros agrícolas na colônia como tabaco e algodão;
• Intensificação das entradas e bandeiras (expedições ao interior da colônia) que
acabaram descobrindo ouro em Minas e Goiás.

001. (UNIFOR-CE/VESTIBULAR/2012) O Nordeste brasileiro ainda sofre as consequências do


processo de exploração da economia açucareira realizada no Brasil Colonial. Considerando as
características vigentes na organização social e econômica da produção de açúcar naquele
contexto histórico nessa região, pode-se afirmar que persistem a:
a) grande concentração fundiária e a pequena diversificação da produção;
b) diversificação da produção agrícola e o trabalho compulsório nas grandes fazendas;
c) produção voltada para mercado local e a pequena concentração de terra;
d) descentralização na organização da produção e a valorização do trabalho especializado;
e) liberdade de produção industrial e a centralização na organização da produção agrícola.

Querido, você se lembra do MEL da economia açucareira? Esta questão ilustra a herança
da atividade econômica açucareira. Tenha em mente que a Capitania de Pernambuco já
nasceu como uma grande faixa de terras concentrada nas mãos de um único donatário.
O latifúndio e o predomínio da monocultura são heranças dessa forma de colonização.
Letra a.

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2. A GUERRA DOS MASCATES (1710-1711)


A Guerra dos Mascates foi um conflito envolvendo as cidades de Olinda e Recife nos anos de
1710 e 1711. É uma rebelião nativista e se insere no contexto da crise da economia açucareira.

Rebeliões Nativistas: são rebeliões entre colonos ou em defesa do interesse das elites coloniais.
• Revolta dos Beckman de 1684;
• A Guerra dos Emboabas de 1708 e 1709;
• A Revolta de Felipe dos Santos de 1720 e
• A Guerra dos Mascates.
Rebeliões Separatistas: visam a independência em relação a Portugal.
• Inconfidência Mineira 1789;
• Conjuração Baiana 1798;
• Insurreição Pernambucana de 1817. (A Insurreição Pernambucana 1645-1654 é a
que expulsou os holandeses. A insurreição Pernambucana de 1817 será tema tratado
mais adiante.)

Meu(minha) querido(a), a concorrência holandesa, como já vimos, provocou uma grave


crise na produção açucareira. Os senhores de engenho (aristocracia rural), em sua maioria
residindo em Olinda, passavam por grandes dificuldades financeiras, mas mantinham o
controle político graças aos cargos que detinham na câmara municipal.
Do outro lado, Recife destoava do momento de crise. Desenvolveu-se uma intensa atividade
econômica com os negócios dos mascates (comerciantes portugueses). A prosperidade
econômica desse grupo permitia que realizasse empréstimos com juros elevadíssimos aos
olindenses. Obviamente, cada vez mais Olinda era submetida à estrutura econômica de Recife.
As tensões entre os dois grupos se intensificaram quando a Coroa Portuguesa publicou a
Carta Régia de 1709. Por ela, Recife passou a ser vila independente, conquistando autonomia
política com relação à Olinda. Havia um grande receio por parte da aristocracia rural de
Olinda de que Recife se tornasse, além de centro econômico, o centro político de Pernambuco.
Podemos listar, de maneira objetiva, as causas da Guerra dos Mascates:
• Sentimento antilusitano alimentado pelos Olindenses;
• Disputa entre Olinda e Recife pelo controle político de Pernambuco;
• A Carta Régia de 1709. (Autonomia política de Recife)
Os olindenses iniciaram os conflitos. Em 1710, diante do clima de hostilidade, invadiram
Recife. Sob a liderança de Bernardo Vieira de Melo e do Capitão-mor, Pedro Ribeiro da Silva,

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alegando que Recife não respeitava as fronteiras entre as comarcas, destruíram o Pelourinho
e libertaram todos os presos.
Em 1711, os recifenses(mascates) reagiram. Se organizaram, invadiram Olinda e
destruíram vilas e engenhos da cidade.
O conflito só teve fim com a intervenção da Coroa Portuguesa. O rei nomeou Félix
José Machado como governador de Pernambuco. A expectativa era no sentido de acabar
com a guerra, colocar ordem na colônia. E assim o fez: prendeu os principais líderes do
movimento, manteve a autonomia de Recife e, em 1712, ainda a elevou a categoria de sede
administrativa de Pernambuco.

002. (UPENET-IAUPE/PM PE/SOLDADO/2018)

O texto acima faz referência à “Guerra dos Mascates”, conflito, que colocou, em lados
opostos, os senhores de engenho e os comerciantes reinóis. Em relação a esse episódio, é
CORRETO afirmar que
a) a criação de uma nova municipalidade em atendimento às demandas dos comerciantes
reinóis gerou grande insatisfação à açucarocracia olindense, que queria reservar a si não
apenas honrarias e privilégios especiais como também o controle político da capitania.
b) mesmo tendo saído derrotados na “Guerra dos Mascates”, os senhores de engenho de
Olinda não se abateram, pois não perderam o controle sobre a recém criada Câmara do Recife.
c) com seu fim, as elites comerciais de Recife e as latifundiárias de Olinda restabeleceram os
laços graças à ativa influência da administração lusa, a quem não interessava financeiramente
a desunião de comerciantes e produtores de açúcar.
d) influenciados pelas ideias revolucionárias que circulavam pela Europa, os senhores de
engenho de Olinda defenderam os interesses da capitania, reafirmando o sentimento de
identidade nacional do Brasil.
e) considerado pela historiografia como um movimento liberal, buscava conservar a
maior autonomia da Câmara de Olinda em relação à administração lusitana, algo que os
pernambucanos conservavam desde o período duartino.

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a) Certa. os comerciantes conseguiram elevar Recife à categoria de Vila. O que deixou os


proprietários de terras de Olinda insatisfeitos.
b) Errada. Olinda não controlou a Câmara do Recife. Apenas a câmara teve a administração
dividida entre as duas cidades a cada seis meses.
c) Errada. Não restabeleceram os laços. O novo governante Félix José de Mendonça apoiou
os Mascates e mandou prender muitos olindenses.
d) Errada. Não eram influenciados por ideias de revolta. Queriam a manutenção da situação
e não uma mudança.
e) Errada. Não buscavam autonomia frente à Coroa. Buscavam continuar sendo influência
na região como única vila estabelecida.
Letra a.

3. AS INSTITUIÇÕES ECLESIÁSTICAS E A SOCIEDADE


COLONIAL

3.1. INSTITUIÇÕES ECLESIÁSTICAS


Quando Pedro Álvares Cabral e seus tripulantes pisaram no novo mundo, a primeira coisa
que fizeram foi organizar uma missa. Isso tem um significado muito importante! Querido(a)
amigo(a), havia uma estreita relação entre a Igreja e o Estado Português. Para falar sobre
essa relação, que causou impactos profundos na sociedade brasileira, precisamos chamar a
atenção para o contexto internacional do século XVI. A Igreja Católica perdeu grande parte
de seus fiéis, bem como terras, ante as Reformas Protestantes.
Tentei resumir ao máximo informações importantes parra a sequência de estudos de
modo que não percamos o foco em Pernambuco. Veja:
• Reformas protestantes: Conjunto de movimentos sociais de ruptura com o domínio
da Igreja Católica Apostólica Romana. Podemos citar o Luteranismo na Alemanha, o
Anglicanismo na Inglaterra e Calvinismo na Suíça e nos Países Baixos.
• Contrarreforma: Foi um conjunto de medidas adotadas pela Igreja Católica para
impedir o avanço das religiões protestantes. Ficou marcada pelo Concílio de Trento
(1545-1563), uma série de sessões, reuniões que determinaram o futuro do catolicismo,
rejeitando veementemente as doutrinas protestantes. Entre outras coisas, a igreja
acabou com a cobrança de indulgências (documentos que “salvavam” a alma dos
pecadores) e a venda de relíquias. Além disso, criou uma lista de livros proibidos (Index)
e reativou os Tribunais da Santa Inquisição. As disputas entre católicos e protestante
levou à Guerra dos Trinta Anos. Episódio de grande derramamento de sangue, só se

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encerrou em 1548, com o Tratado de Vestfalia, demarcando as fronteiras entre as


duas correntes cristãs.
• Jesuítas: Ignácio de Loyola (1491-1556) criou a Companhia de Jesus – irmandade
que objetivava expandir e fortalecer o catolicismo e combater o protestantismo.
Autodenominavam-se Soldados de Cristo. A ordem jesuíta foi muito importante para
a reação católica, realizando grandes obras missionárias, não só nas Américas, como
também no Oriente. Várias aldeias jesuítas foram criadas na região sertaneja, apoiadas
pelos Colégios da Bahia e de Pernambuco. Nesses Colégios ensinavam os membros da elite
colonial que, posteriormente, eram encaminhados à Europa para cursar Direito, Medicina
ou Engenharia. Existem variados registros de aldeias Tapuias organizadas em “missões”.
• Missões eram povoados indígenas criados e administrados por padres jesuítas no
Brasil Colônia, entre os séculos XVI e XVIII. O principal objetivo era catequizar os índios
e, por isso, os protegiam da escravização.
Muito bem meu(minha) caro(a), contextualizados, podemos seguir:
A tarefa da colonização, como vimos, foi terceirizada através das Capitanias Hereditárias.
Entretanto, no contexto da Contrarreforma, a Coroa Portuguesa se considerava protetora da
fé Católica e se associou à Igreja para levar o catolicismo ao Novo Mundo e catequizar os nativos.
Para tanto, trouxeram muitos membros da Companhia de Jesus e criaram alguns instrumentos:
• Padroado: Controle estatal sobre a Igreja. A Coroa tinha a prerrogativa de preencher
cargos eclesiásticos de maior importância, abrir dioceses, indicar bispos. Por outro
lado, também ficava com a obrigação de pagar os salários dos sacerdotes, e, portanto,
funcionários públicos da Coroa.
• Beneplácito: Para que determinações da Igreja Católica tivessem efeitos em Portugal
e suas Colônias, era necessário a aprovação do Rei.
A catequização dos nativos era muito difícil porque, como vimos, enfrentava a resistência
dos índios. É bom ressaltar que eles já possuíam sua crença. Os Caetés, por exemplo,
realizavam rituais antropofágicos em que praticavam o canibalismo na crença de que
absorveriam as qualidades de seus inimigos. Ficaram conhecidos em relatos não comprovados
por terem efetivado esse ritual com Dom Pero Fernandes Sardinha, primeiro bispo brasileiro.
O estado português usou o argumento da Guerra Justa, para praticar a violência contra os
indígenas resistentes. Lembremos do exemplo da Guerra dos Bárbaros (Amiguinho(a), se não se
recordar, revisite a aula anterior.) No entanto, caso os nativos se convertessem, eram preservados.
A Igreja também adotou a força ativando os Tribunais da Santa Inquisição com o objetivo
de prevenir e combater heresias. Na prática, controlava a vida privada das pessoas, inclusive
da vida sexual. Judeus, homossexuais (sodomitas), adúlteros, prostitutas e praticantes

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de superstições (heresias) eram levados a julgamento e sofriam as mais variadas punições,


desde o degredo para outra colônia até a morte na fogueira.
Outra característica importante da religiosidade na colônia é o sincretismo religioso.
De maneira geral, podemos defini-lo como qualquer prática religiosa que provém da fusão
de outras. É a mistura de símbolos e práticas religiosas de duas ou mais crenças. No
Brasil ocorreu um complexo processo histórico de misturas culturais.
Podemos observar inúmeras matrizes religiosas como o Judaísmo, o Cristianismo
Católico, o Cristianismo Protestante, o Cristianismo Espírita Kardecista, o Islamismo, o
Budismo, o Hinduísmo que desembarcaram nos navios que vieram para o país desde 1500.
Os cultos africanos também se inserem nesse contexto. Fons, Malês, Angolas, Congos
e Iorubás também desembarcaram no país e encontraram os Guaranis, os Tapuias, os Tupis
e vários outras etnias. A mistura, a interação entre essas manifestações culturais distintas,
possibilitaram o surgimento de inúmeras práticas disseminadas pelo território brasileiro.
Como a Igreja impôs o catolicismo na Colônia, tentou exercer sua soberania controlando a
difusão de outros cultos. Basta recordarmos o que comentamos a respeito dos Tribunais da
Santa Inquisição. Entretanto, a dinâmica da mistura de elementos culturais de outras matrizes
acabou se fundindo com elementos do cristianismo católico e, ao invés de combatê-los, a igreja
optou por administrá-los. Em outras palavras: outros elementos religiosos eram aceitos
desde que a matriz católica fosse a matriz predominante. Isso explica manifestações como
a Lavagem da Escadaria da Igreja do Senhor do Bonfim (BA) por candomblecistas.
Podemos organizar os principais tipos de sincretismos surgidos no Brasil a partir de sua
matriz étnica:
• cristão-indígena;
• africano-cristã;
• indígena-africana;
• indígena-cristão-africana.
Essas são as matrizes que possibilitaram o surgimento de cultos, festejos populares,
folclores, lendas, personagens, rituais e práticas sociais.

003. (CONSULPLAN/SEDUC/PROFESSOR/2018) “(...) EIS UMA CARACTERÍSTICA, INCIPIENTE


NA ÉPOCA, MAS QUE SE INTENSIFICARÁ NO DECORRER DA ERA MODERNA: O DESRESPEITO
ÀS DIFERENÇAS E À CULTURA DE OUTROS POVOS. (...) A imposição de dogmas religiosos - e,
hoje, acrescentaríamos, científicos – como forma de dominar e subjugar povos estranhos
é, com certeza, algo marcante na história.” (Carvalho, S/D, p.57.)

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O texto analisado à vista do contexto da apropriação da América pelos europeus reflete


de certa forma:
a) A forte influência e o grande poder da Igreja católica na Mesoamérica.
b) Ao misticismo arcaico indígena preponderante na religiosidade americana.
c) A amplitude da descentralização política refletida no sincretismo religioso.
d) O sucesso total na exclusão indígena da cultura americana pós-colonização.

Meu(minha) querido(a), como vimos, o Estado Português se associou à Igreja Católica para
exercer a dominação dos povos na colônia portuguesa. A estratégia foi impor um processo
de aculturação, tanto dos nativos indígenas, quanto dos negros africanos.
Letra a.

Obviamente, meu(minha) querido(a), a religiosidade também interferiu na arquitetura


e nas artes. Nesse sentido, o Barroco era expressão artística adota da pela Igreja Católica.
Vamos entendê-la:
A Arte Barroca (séc. XVII e XVIII) foi estabelecida como ideologia religiosa da Contrarreforma,
como ideologia política na defesa do poder Absoluto do rei e como ideologia colonialista
na aculturação e controle dos povos colonizados. Em solo pernambucano, a própria região
delineou o estilo Barroco, dando-lhe características peculiares. Observe os exemplos da
arte barroca em Pernambuco:

Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres dos Montes Guararapes. Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco

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Matriz de Santo Antônio no Recife, Pernambuco.

Um índio anônimo no século XVII produziu este Cristo açoitado, hoje no Museu de Arte Sacra de
Pernambuco.

O Barroco em Pernambuco possui produção de alta qualidade, mas ainda pouco estudada.
O grande nome do Barroco Pernambucano foi Manoel da Silva Amorim (Recife, 1780-
1873), irmão da Ordem Terceira de São Francisco de Recife e considerado um dos mais
importantes escultores nordestinos do século XIX. Suas principais obras são Mater
Dolorosa do Mosteiro de São Bento de Olinda e a pequena Nossa Senhora da Ajuda de 1867,
que figura no altar-mor da Capela Dourada.
Podemos listar, de maneira objetiva, as principais características que marcaram o Barroco:
• Arte rebuscada e exagerada;
• Valorização do detalhe;
• Dualismo e contradições; (Homem x Deus, Céu x Inferno...)
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• Obscuridade;
• Sensualismo.
Além das construções patrocinadas pela Igreja Católica e pelo Estado Português, muitas
irmandades leigas também construíram suas igrejas. Mais do que um templo de oração,
era também local de reuniões dos membros que, quando faleciam, eram enterrados em
cemitérios no subsolo ou nos jardins. Para se ter uma ideia, existiram irmandades até de
escravos libertos em Minas Gerais.

004. (CESPE/PREF. DE TERESINA/PROFESSOR/2008) Com relação à arte barroca no Brasil,


assinale a opção correta.
a) Os ex-votos eram obras feitas por fiéis para serem vendidas aoS portugueses.
b) O Barroco, em qualquer região do Brasil, apresenta-se da mesma forma, com as mesmas
características.
c) A escultura barroca no Brasil é representada apenas por escultores brasileiros, principalmente
no Rio de Janeiro.
d) O Barroco brasileiro é profundamente ligado à religião católica e está presente, até hoje,
em inúmeras igrejas.

Querido(a), essa foi fácil né?! O Barroco é um estilo artístico ligado à Contrarreforma, criado
com o objetivo de combater os avanços do Protestantismo para dominar culturalmente
os povos colonizados.
Letra d.

3.2. SOCIEDADE COLONIAL


Querido(a) aluno(a), a sociedade colonial Pernambucana já foi tratada, em parte, na
primeira aula, quando conversamos sobre a Sociedade Açucareira. Vamos rever para, na
sequência, assinalarmos outras características importantes cobradas no edital da banca.
Veja:

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Como já vimos, a sociedade colonial foi assentada sobre o catolicismo. Mesmo os escravos
eram obrigados a participar de missas.
Outro ponto que merece ser destacado é que não existiam apenas dois grupos sociais.
Apesar de a pirâmide social do período colonial ser dividia entre o Senhor de Engenho e
os escravos, outros grupos sociais acabaram surgindo como subsidiários da economia
açucareira. Relembremos agora a pirâmide social.

Surgiram várias vilas e cidades onde era realizado o comércio, a distribuição, o transporte
e a fiscalização da exploração do açúcar. Essas atividades eram feitas por trabalhadores livres e
funcionários da Coroa Portuguesa. Tivemos, assim, uma sociedade de predominância rural, mas
com o surgimento de áreas urbanas no litoral. Além dos escravos (que eram a maioria da população)
e dos senhores, existiam profissionais liberais, burocratas, comerciantes, militares e artesãos.
Entenda, meu(minha) querido(a), a base da sociedade era a dicotomia entre o
Senhor de Engenho e os Escravos. Contudo, a Pirâmide Social permite a inclusão desses
trabalhadores livres.
Veja:

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Novamente chamo atenção: a maioria da população era composta por escravos. Eram
formados principalmente por indígenas (pelo menos durante o início da colonização) e por
negros de origem africana.
A existência de tantos grupos sociais e étnicos possibilitou uma miscigenação muito
forte. Como vimos, existem três matrizes étnicas, quais sejam a matriz branca, negra e
indígena. Recorde comigo o resultado da miscigenação:
• Mulato: resultado da mistura de brancos e africanos - na época colonial, quase
sempre branco e negra -, vem de mula;
• Cafuzo ou carafuzo: é resultado da união entre negro e índio;
• Caboclo ou Mameluco: mestiço de branco e índio.
Gilberto Freyre, pernambucano, um dos sociólogos mais respeitados pela comunidade
científica, cunhou a expressão Democracia Racial afirmando que ocorreu uma miscigenação tão
intensa que favoreceu certa harmonia nas relações entre as matrizes étnicas. Apesar de não ter
usado o termo no livro Casa Grande e Senzala, publicou a expressão em trabalhos posteriores.
Os grupos dominantes eram, obviamente, brancos de origem portuguesa. Senhores
de engenho e grandes proprietários. Somente essas pessoas, chamadas de Homens Bons,
podiam participar das Câmaras Municipais, perpetuando o domínio sobre os marginalizados
( judeus, prostitutas, libertos, ciganos...).

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005. (MARINHA/COLÉGIO NAVAL/ALUNO/2010) “As Câmaras Municipais, encarregadas da


administração local, foram sendo estruturadas paralelamente à formação das primeiras
vilas.” A atuação das Câmaras, controladas pelos homens-bons, abrangia diversos setores,
como o abastecimento, a tributação e a execução das leis [...] assim, as Câmaras Municipais
constituíam poderosos órgãos da administração colonial. (Cotrim, Gilberto. História Global-
Brasil e Geral. 8. ed. São Paulo: Saraiva,2005.p.203.)
A categoria dos homens-bons refere-se aos
a) contratadores, homens de prestígio, que eram autorizados a cobrarem impostos e o dízimo.
b) homens da sociedade colonial que se notabilizaram por fazer grandes obras de caridade.
c) administradores enviados pela coroa portuguesa com o objetivo de fiscalizar a arrecadação
do quinto.
d) homens encarregados dos assuntos da justiça, auxiliares diretos dos governadores-gerais.
e) proprietários de terras, de escravos ou de gado que em muitas cidades exerciam o
poder político

Meu(minha) querido(a), esta questão não é de concurso público e sim de um simulado do


Enem. Entretanto, cumpre a função didática para que você assimile o conteúdo e faça uma
ótima prova. Homens Bons: Membros das Câmaras Municipais. A participação política era
censitária, em outras palavras, só participava da vida política àquele que tivesse grande
quantidade terras, escravos ou gado. Essa prática de controle da política pela aristocracia
rural deixará marcas profundas no Brasil, como veremos na nossa quarta aula, ao tratarmos
do coronelismo no período republicano.
Letra e.

4. A PROVÍNCIA DE PERNAMBUCO NO I E NO II REINADOS


Meu(minha) querido(a) aluno(a), o Século XIX será marcado por importantes movimentos
separatistas e liberais em Pernambuco. Antes, porém, novamente é necessário que contextualizemos.
Em 1808, a Família Real portuguesa, acompanhada de uma Corte de aproximadamente
1500 pessoas, desembarcou no país fugindo das tropas napoleônicas. Acontece que,
na Europa, a França de Napoleão Bonaparte havia imposto um Bloqueio Continental à
Inglaterra, de modo que, nenhum país da Europa Continental poderia comercializar com
a Inglaterra sob a pena de ser invadido pelo temido exército francês. Como D. João,

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príncipe regente de Portugal, desobedeceu a essa exigência, Napoleão invadiu Portugal.


Isso teve impactos profundos na colônia.
Como consequência, tivemos a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil, o fim do
Pacto Colonial (exclusividade do comércio da colônia por parte de Portugal) e o aumento
de tributos para sustentar a corte no Rio de Janeiro.
Meu(minha) querido(a), a transferência da capital da colônia, de Salvador para o Rio
de Janeiro em 1763, foi um grande baque na hegemonia política da aristocracia rural
nordestina. Como você deve se lembrar, a Coroa Portuguesa precisava fiscalizar mais de
perto a região aurífera. Com a chegada da Corte Portuguesa, essa aristocracia nordestina
se viu submetida, politica e economicamente, ao Rio de Janeiro.
É nesse contexto que eclodem em Pernambuco movimentos sociais muito importantes.
Movimentos que contribuíram para o desenvolvimento do processo de emancipação política do país.

4.1. INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817


Querido(a), a Insurreição Pernambucana ou Revolução Pernambucana, também
conhecida como Revolução dos Padres, foi um movimento separatista (emancipacionista)
e republicano que eclodiu em 6 de março de 1817 na Capitania de Pernambuco. Foi a única
das Rebeliões Separatistas (Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana) que superou a fase
da conspiração e tomou o poder de político. Você há de se recordar que estudamos outra
Insurreição Pernambucana, a de 1645 a 1654, que expulsou os holandeses.
Variados são os motivos que levaram à eclosão do movimento. Vamos listá-los:
• Altos Gastos da Corte no RJ: membros da corte eram sustentados pela Coroa,
tanto para moradia quanto alimentação e vestuário. Muitos nobres tinham cargos no
governo apenas para receber salário. O governador de Pernambuco tinha que enviar
vultuosas somas de dinheiro para o Rio de Janeiro chegando a atrasar salários de
soldados e outros funcionários;
• Rivalidade entre Brasileiros e Portugueses: A invasão francesa a Lisboa deixou
Portugal numa situação econômica desastrosa. Muitos portugueses vieram de Portugal
e ocuparam os principais cargos da administração pública, aumentando o sentimento
antilusitano dos brasileiros;
• Influência da Independência dos EUA (1776): A independência norte-americana,
com seu modelo republicano, inspirou a população da colônia portuguesa a também
tentar sua autonomia acabando com o sistema monárquico;
• Influência da Revolução Francesa (1789): Os ideais da Revolução Francesa (Liberdade,
Igualdade e Fraternidade) combatiam o absolutismo monárquico e os privilégios da
nobreza. Foram ideias que reverberaram por todo mundo, influenciando, por exemplo,
na Inconfidência Mineira (1789) e na Conjuração Baiana (1798);

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• Independência Colônias Espanholas: Enquanto as colônias espanholas conseguiam


sua independência em relação à metrópole (Espanha) e instituíam o regime
republicano presidencialista, o Brasil seguia como colônia de Portugal como única
monarquia da américa latina;
• Maçonaria: Sociedades secretas em que os associados praticavam a filantrópica e
discutiam questões relevantes aos destinos de Pernambuco. Foram influenciadas pelo
Iluminismo (Movimento filosófico surgido na França no século XVIII. Vários intelectuais,
em suas obras, discutiam conceitos como racionalismo, liberalismo, democracia...). Em
Pernambuco as principais foram o Areópago de Itambé, a Patriotismo, a Restauração,
a Pernambuco do Oriente e a Pernambuco do Ocidente. Seus membros eram
intelectuais militares e religiosos que conspiraram para o início da Insurreição;
• Grande seca de 1816: aumentou ainda mais a miséria na região com grandes perdas
agrícolas e pecuárias.
A revolta começou quando um soldado matou um português durante as festas
comemorativas da expulsão dos holandeses. O movimento foi liderado por Domingos José
Martins, com o apoio dos religiosos Padre João Ribeiro, Padre Miguelinho, Padre Roma, Vigário
Tenório, Frei Caneca e mais Antônio Carlos de Andrada e Silva (irmão de José Bonifácio),
José de Barros Lima, Domingos Teotônio Jorge Martins Pessoa, Manuel Correa de Araújo,
Cruz Cabugá, José Luiz de Mendonça e Gervásio Pires, entre outros. Muitos plantadores de
cana e algodão, que circundavam o morro do Catucá, também participaram do movimento,
lhe atribuindo também um caráter popular.
Ao saber da organização da revolta, o governador de Pernambuco, Caetano Pinto de
Miranda, ordenou a prisão dos envolvidos. Porém, os revoltosos resistiram e prenderam o
governador. Em 6 de março de 1817, militares liderados por José Barros de Lima (apelidado
de “Leão Coroado”), tomaram Recife e libertaram os presos políticos.
Com Recife dominada, os insurgentes criaram um governo provisório, republicano, que
abaixou impostos, aumentou o salário dos militares, aboliu impostos e decretou a liberdade
de imprensa. Estabeleceram a separação entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
Buscaram apoio de províncias, mas, sem apoio popular, não obtiveram respaldo.
A república pernambucana buscou apoio no exterior. Enviou emissários à Argentina e
aos Estados Unidos, propondo acordos comerciais e pedindo reconhecimento. Ao mesmo
tempo, os revolucionários criaram uma bandeira própria e difundiram a ideia do patriotismo.
D. João, receoso de que a revolta se propagasse, promoveu uma forte represália: Enviou
tropas que cercaram o Recife em embates violentos que duraram 75 dias. Os principais líderes
foram presos ou condenados à morte. O Padre João Ribeiro suicidou-se. O Vigário Tenório
foi enforcado, decepado, teve as suas mãos cortadas e o corpo arrastado pelas ruas do Recife.

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A repressão de D. João continuou. A Capitania de Pernambuco foi dividida com a criação


da Comarca de Alagoas. Isso também representou uma recompensa aos proprietários
rurais da região que se mantiveram fiéis à Coroa.
Ainda que os revoltosos tenham conseguido se manter no poder por menos de três
meses, seu legado é importantíssimo: as ideias liberais e a violência da repressão de D. João
despertaram a revolta dos brasileiros que, cada vez mais, desejavam a independência da
colônia em relação a Portugal.

006. (CESPE/PM-AL/OFICIAL COMBATENTE/2012) Tendo pertencido a Pernambuco na


maior parte do período colonial brasileiro, Alagoas adquiriu autonomia em 1817, quando
se transformou em província por decisão do governo central, sediado no Rio de Janeiro.
Essa emancipação política da região foi interpretada como
a) forma de incentivar a introdução da cultura da cana-de-açúcar na região.
b) recompensa ao donatário Duarte Coelho por sua lealdade ao rei.
c) estratégia para derrotar os quilombolas de Palmares.
d) gesto de gratidão do rei pela luta do povo alagoano para expulsar os holandeses do Nordeste.
e) represália do poder central à Insurreição Pernambucana de 1817.

Como vimos, meu(minha) querido(a), a repressão de D. João à Pernambuco continuou mesmo


depois de ter derrotado a Insurreição. Nesse sentido, a criação da Comarca de Alagoas foi
um duro golpe no poder político de Pernambuco.
Letra e.

4.2. PERNAMBUCO NO CONTEXTO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL


Vamos continuar nossa contextualização: Em 1818, após a morte de Dona Maria I, a louca,
D. João foi coroado rei de Portugal com o título de D. João VI. Entretanto, permaneceu na
colônia, o que gerou insatisfação dos portugueses a ponto de realizarem uma ameaça: ou D.
João VI voltava a Portugal e jurava sobre uma constituição, ou os portugueses escolheriam
outro rei. Esse episódio ficou conhecido como Rebelião Liberal do Porto (1820). D. João
VI voltou a Portugal, mas antes limpou todas as riquezas dos cofres do Banco do Brasil
(criado em 1808) deixando o país sem reservas para manutenção de toda a estrutura do
governo. D. Pedro, filho do rei, ficou na colônia como príncipe regente.

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Mas os portugueses não se deram por satisfeitos e exigiram o retorno de D. Pedro


a Portugal para “terminar seus estudos”. Na verdade, ainda acreditavam que poderiam
recolonizar o Brasil. Entretanto, em 9 de janeiro de 1822, um documento reuniu mais de 8.000
assinaturas pedindo que D. Pedro não voltasse a Portugal. Esse episódio ficou conhecido como
Dia do Fico. Importante destacar que esse documento foi redigido por Cipriano Barata, um
dos envolvidos na Insurreição Pernambucana de 1817. Além disso, a aristocracia rural de
Pernambuco passou a apoiar a desobediência de D. Pedro para com Portugal.
Em 26 de outubro de 1821, Gervásio Pires assumiu o governo de Pernambuco. Em 1º de
junho de 1822, uma comitiva vinda do Rio de Janeiro chegou à Recife pedindo que o governo
de Pernambuco declarasse adesão à causa de Dom Pedro, entretanto, o governo de Gervásio
Pires respondeu com “protestos de obediência”. Sem confiar na ideia de que a independência
liderada por dom Pedro traria a desejada autonomia política, Gervásio Pires evitava tomar
uma posição e o fez, em julho, de forma tímida, sob pressão de parte dos proprietários rurais,
que já se articulavam com o conselheiro regencial José Bonifácio para derrubá-lo.
Em 7 de setembro de 1822, dom Pedro recebe uma mensagem de José Bonifácio
explicando que D. João VI havia emitido ordem para que certas leis criadas por D. Pedro
fossem revogadas. Estava proclamada a Independência do país.
D. Pedro precisou elaborar uma constituição para o país e, para isso, convocou uma assembleia
constituinte. Entretanto, diante da limitação de seu poder pela constituição escrita pela
assembleia, D. Pedro dissolve a assembleia constituinte e outorga a nossa primeira Constituição
em 1824. Sua característica mais marcante é a existência da Divisão dos Três Poderes (Executivo,
Legislativo, Judiciário) de Montesquieu submetidos ao Poder Moderador que era exercido
pelo Imperador. Em outras palavras, D. Pedro criou uma fachada constitucionalista para
que exercesse o poder absolutista. Sempre que houvesse divergência entre os três poderes,
o Poder Moderador do Imperador era evocado, realizando sempre o desejo de D. Pedro.
Essa traição aos princípios constitucionalistas levou os Pernambucanos a se organizarem
novamente contra o governo, como veremos a seguir, com a Confederação do Equador.

4.3. CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR (1824)


A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário que pretendia a
independência de alguns estados numa confederação. Ocorreu em 1824 e teve essência
emancipacionista e republicana. Teve início em Pernambuco, mas, rapidamente, se espalhou
por outras províncias da região nordeste (Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte)
Em Pernambuco, epicentro da revolução, ouve participação das elites regionais, intelectuais
e das camadas populares. Essa, talvez, sua característica mais marcante.
Querido(a), resumi o máximo possível as causas que levaram a eclosão do movimento:

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• Situação socioeconômica do Nordeste: Em virtude da crise da economia açucareira


e dos aumentos de impostos;
• Descontentamento com a influência portuguesa na vida política do Brasil, mesmo
após a independência;
• Insatisfação de Pernambuco com o governo: D. Pedro havia centralizado o poder
político com o Poder Moderador instituído na Constituição de 1824. O Autoritarismo de
D. Pedro chegou ao extremo: A elite de Pernambuco havia escolhido Manuel Carvalho
Pais de Andrade como governador para a província. Porém, em julho de 1824, D. Pedro
indicou Francisco Paes Barreto como governador de sua confiança para a província.
Esta divergência política deu início ao conflito.
Em Pernambuco vinha crescendo a influência do pensamento liberal. Essas ideias
importadas da Revolução Francesa e do Iluminismo encontravam simpatizantes que
divulgavam e fomentavam o debate em jornais da região. O jornal “Sentinela da Liberdade
na Guarita de Pernambuco” de Cipriano Barata (baiano, jornalista e defensor das classes
baixas, teve participação na Conjuração Baiana e na Insurreição Pernambucana) e a publicação
“Tífis Pernambuco” de Frei Caneca (Discípulo de Cipriano).
Diante da posição de D. Pedro de indicar um governador para a província de Pernambuco,
passando por cima da escolha dos Pernambucanos, Manuel de Carvalho Pais de Andrade,
presidente da província, proclama a Confederação do Equador, unindo Pernambuco, Ceará,
Paraíba e Rio Grande do Norte. Atotaram a Constituição colombiana de imediato até que
pudessem elaborar uma.
Podemos listar como objetivos da Confederação do Equador:
• Diminuir a influência do governo nos assuntos políticos regionais;
• Convocação de uma nova Assembleia Constituinte para elaboração de uma nova
Constituição de cunho liberal;
• Organizar forças de resistências populares contra a repressão do governo imperial;
• Acabar com o tráfico de escravos para o Brasil;
O imperador decidiu organizar logo a repressão. Como não existia um exército organizado,
contratou o mercenário Lord Cochrane, que comandou as forças navais, e o brigadeiro
Francisco de Limas e Silva, que liderava as forças terrestres.
Em agosto de 1824 as forças do governo derrotam os revoltosos em Recife e Olinda.
Nos meses seguintes tomam também o Ceará.
Os revoltosos são presos, condenados à morte ou conseguiram fugir. Frei Caneca é
condenado à forca, mas acabou sendo fuzilado diante da recusa do carrasco em executar a pena.
Apesar da derrota, D. Pedro acabou com sua imagem desgastada. Ora, usou de recursos
de tributos de brasileiros para massacrar brasileiros. O descontentamento com o imperador

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foi crescente. A oposição encontrava no jornal Aurora Fluminense, de Evaristo Veiga, terreno
para divulgação de críticas ao governo, além de propagar ideias liberais.

007. (UPENET-IAUPE/PM-PE/SOLDADO/2016) As primeiras décadas do século XIX foram marcadas


pelo chamado ciclo das insurreições liberais em Pernambuco, com a Insurreição de 1817, a
Confederação do Equador e a Revolução Praieira. Essas insurreições se constituíram em movimentos
federalistas e, com exceção da Insurreição Pernambucana, se contrapunham ao projeto de
independência implantado em 1822 por José Bonifácio e D. Pedro I, a partir do Rio de Janeiro.
No que concerne especificamente à Confederação do Equador, assinale a alternativa CORRETA.
a) Diferindo da Revolução Praieira, que defendia a bandeira da abolição, os principais líderes
da Confederação do Equador eram antiabolicionistas.
b) Os líderes da Confederação do Equador, liberais e republicanos, contestavam o poder
centralizado e autoritário de D. Pedro I e propunham a abolição da escravidão assim como
a República Federalista.
c) Frei Caneca, um dos intelectuais responsáveis pelas ideias basilares da Confederação do
Equador, era um veterano de outras insurreições liberais, como a Praieira.
d) Apesar da derrota das forças da Confederação do Equador para as forças do Império, a Província
de Pernambuco que, a partir dessa revolta, consolidaria uma imagem de província rebelde,
conseguiu assegurar um novo território, a comarca do São Francisco, agregada a partir da Bahia.
e) A Confederação do Equador foi um movimento republicano e federalista, proposto por
integrantes da elite pernambucana, entre os quais se destacavam intelectuais, militares e
políticos liberais, que se espalhou pelas províncias da Paraíba, do Rio Grande do Norte e Ceará.

Meu(minha) querido(a), a Confederação do Equador, como a própria nomenclatura indica, tinha


o objetivo e criar uma federação em que as províncias tivessem autonomia administrativa,
diferentemente do que ocorria com a centralização política do Império de D. Pedro.
Letra e.

Amigo(a), muita coisa aconteceu no país desde a Confederação do Equador em 1824 e


a Revolução Praieira em 1848. Novamente é preciso fazer uma contextualização.
Não bastasse a impopularidade de D. Pedro graças a forma como lidou com a Confederação
do Equador, o Imperador insistia em abusar de seu autoritarismo. Para piorar, durante a
II Guerra Cisplatina (atual Uruguai), aumentou impostos e impôs a obrigatoriedade do
serviço militar. Muitos jovens de Pernambuco foram para a guerra e não voltaram. Ao fim da

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Guerra, depois de tantos gastos e do sacrifício da vida de brasileiros, o Brasil saiu derrotado
e o imperador ainda mais desmoralizado.

A região da bacia do Rio Prata, na fronteira entre Brasil e Argentina, era de grande importância
estratégica no uso do transporte fluvial para o comércio.

• I – Guerra Cisplatina: Em 1816 D. João mandou tropas invadirem Montevidéu e


anexarem a região com o nome de Província Cisplatina.
• II – Guerra Cisplatina: Entre 1825-1828 Brasil e Argentina disputaram o controle
da região. A população local não aceitava ser controlada por um país com língua e
culturas diferentes das deles. O Brasil foi derrotado e a região se tornou o que hoje
chamamos de Uruguai.
O imperador ainda passaria por uma acusação de assassinato antes de abdicar do trono.
No dia 21 de novembro de 1830, Libero Badaró, um jornalista de oposição, foi traiçoeiramente
executado. O episódio da Noite das Garrafadas (13 de março de 1831) em que brasileiros e
portugueses se confrontaram, revelou toda a insatisfação da população, levando D. Pedro
a abdicar do trono em favor de seu filho D. Pedro II. Como este tinha apenas cinco anos de
idade, institui-se no Brasil um Governo Regencial até que atingisse sua maioridade.
O Período Regencial (1831-1840) foi marcado por grande instabilidade política, com
grandes manifestações contra a centralização política do Rio de Janeiro. A pacificação do
país só veio com o Golpe da Maioridade. Ocorrido em 1840, foi uma decisão outorgada
pelo parlamento brasileiro em que o príncipe herdeiro, aos 15 anos de idade, se tornaria
Imperador do Brasil. A decisão contrariava a constituição e antecipou a coroação em 3 anos.
Durante o II Reinado (1840-1889) Pernambuco também será palco de importantes
eventos da história brasileira, dentre eles a Revolução Praieira.

4.4. REVOLUÇÃO PRAIEIRA (1848-1850)


A Revolução Praieira foi uma revolta de cunho liberal e federalista que aconteceu na
província de Pernambuco entre 1848 e 1850. Esta é foi a última revolta do Brasil Império. O
nome “praieira” é referência à sede do jornal Diário Novo, localizada na rua da Praia, onde
liberais do movimento (praieiros) comandavam suas ações.
Ela é tão importante para a historiografia que se insere no contexto da Primavera dos Povos
(Conjunto de Revoluções Liberais, Socialistas e Nacionalistas que ocorreram na Europa em 1848.)
O Senado brasileiro era controlado, em 1848, pelo Partido Conservador. Assim, o senado
vetou a indicação do liberal pernambucano Antônio Chinchorro da Gama gerando a revolta
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de grupos políticos liberais de Pernambuco, já insatisfeitos com a falta de autonomia política


das províncias e a centralização do poder do Império.
O movimento eclodiu em Olinda no dia 7 de novembro de 1848. O líder da revolta ficou
a cargo do general José Inácio de Abreu e Lima, do Capitão de Artilharia Pedro Ivo Veloso
da Silveira, do Tenente Coronel da Guarda Nacional Bernardo José da Câmara, futuro Barão
de Palmares, do deputado liberal Joaquim Nunes Machado e do militante da ala radical do
Partido Liberal, Antônio Borges da Fonseca.
Herculano Ferreira Pena, governador nomeado por D. Pedro II, foi afastado e o processo
revolucionário ganhou toda a Zona da Mata da região pernambucana.
Outra característica importante foi a participação das camadas menos favorecidas,
exploradas graças a concentração fundiária da aristocracia rural. Existe uma quadra popular
que faz referência à poderosa família Cavalcanti:
“Quem viver em Pernambuco
não há de estar enganado:
Que, ou há de ser Cavalcanti,
ou há de ser cavalgado.”
Podemos listar, de maneira objetiva, as seguintes causas para a Revolução Praieira:
• Concentração latifundiária;
• Encarecimento dos gêneros de primeira necessidade;
• O Monopólio dos comerciantes portugueses;
• O êxodo rural.
Os políticos liberais chegaram a tomar a cidade de Olinda com apoio das populações
mais pobres. Em 1 de janeiro de 1849 lançaram o Manifesto ao Mundo. Suas principais
reivindicações podem ser assim listadas:
• Federalismo;
• Voto livre e Universal;
• Independência dos poderes e fim do Poder Moderador;
• Liberdade de imprensa;
• Nacionalização do comércio de varejo;
• Reforma do Poder Judiciário;
• Fim da lei do juro convencional;
• Fim do sistema de recrutamento militar.
A Revolução Praieira foi derrotada em 1850. Os rebeldes que não foram mortos nos
combates foram presos e julgados. Alguns membros da elite de Pernambuco que fizeram
parte da rebelião foram anistiados em 1851.

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008. (AMEOSC/PREFEITURA DE ANCHIETA/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2017) A chamada


Revolução Praieira, que eclodiu durante o Segundo Reinado em novembro de 1848 em
Pernambuco, ficou caracterizada historicamente como um movimento.
a) Absolutista e separatista.
b) Republicano e escravocrata.
c) Absolutista e escravocrata.
d) Liberal e Federalista.

Querido(a) aluno(a), a Revolução Praieira foi organizada por liberais que controlavam o
jornal na rua da Praia. Defendiam o federalismo, com maior autonomia das províncias em
detrimento da situação de centralização política do governo imperial de D. Pedro II.
Letra d.

Querido(a) aluno(a), chegamos ao fim de mais uma parte teórica. Na sequência, estude
o resumo e os mapas mentais. Faça todos os exercícios com calma, de preferência, agora!
Insisto nisso porque a memorização dos conteúdos passa por três fases necessárias: o
contato com o conteúdo, sua revisão e o exercício de fixação. Por isso, não deixe de fazê-
los. Ah, não se esqueça de avaliar a aula, tá bom?
Nós nos encontraremos novamente em nossa próxima aula. Continue focado!
Abraço,
Professor Daniel

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RESUMO
Crise da economia açucareira: concorrência holandesa nas Antilhas.
Guerra dos Mascates (1710-1711): Comerciantes portugueses de Recife (credores) x
Senhores de Engenho de Olinda (devedores). Resultado: Recife se tornou capital de Pernambuco.
Instituições eclesiásticas:
• Missões religiosas: catequização indígena.
• Padres jesuítas: catequização, educação da elite. Expulsos de Portugal e de suas
colônias por ordem do Marquês de Pombal em 1759.
• Padroado: Controle estatal sobre a Igreja. A Coroa tinha a prerrogativa de preencher
cargos eclesiásticos de maior importância, abrir dioceses, indicar bispos. Por outro
lado, também ficava com a obrigação de pagar os salários dos sacerdotes, e, portanto,
funcionários públicos da Coroa.
• Beneplácito: Para que determinações da Igreja Católica tivessem efeitos em Portugal
e suas Colônias, era necessário a aprovação do Rei.
Sociedade colonial:
• Sociedade açucareira: Estamental, rural, patriarcal
• Sociedade mineradora: Certa mobilidade, urbana, burocrática.
Insurreição Pernambucana 1817: Caráter emancipacionista.
• Causas: Grande seca de 1816, Altos Gastos da Corte no RJ, Rivalidade entre Brasileiros
e Portugueses, Influência da Independência dos EUA (1776) e da Revolução Francesa
(1789), Independência Colônias Espanholas, Maçonaria.
• Líderes: Frei Caneca, Domingos José Martins, José de Barros Lima (conhecido como o
“Leão Coroado”) planejaram a revolução que se iniciou com a ocupação de Recife e a
prisão do governador do Estado de Pernambuco – Caetano Pinto de Miranda Montenegro.
• Objetivo: Independência e implementação de uma República.
• Governo provisório: libertação de presos políticos, redução de impostos e liberdade
de imprensa.
• Resultado: O movimento foi reprimido por Dom João num combate que durou 75
dias. Os principais líderes foram presos ou condenados à morte. O Padre João Ribeiro
suicidou-se. O Vigário Tenório foi enforcado, decepado, teve as suas mãos cortadas e
o corpo arrastado pelas ruas do Recife. A Capitania de Pernambuco foi dividida com
a criação da Comarca de Alagoas.
Pernambuco no contexto da independência:
• A aristocracia rural de Pernambuco passou a apoiar a desobediência de D. Pedro para
com Portugal.

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• Em 26 de outubro de 1821, Gervásio Pires assumiu o governo de Pernambuco. Em


1º de junho de 1822, uma comitiva vinda do Rio de Janeiro chegou à Recife pedindo
que o governo de Pernambuco declarasse adesão à causa de Dom Pedro, entretanto,
o governo de Gervásio Pires respondeu com “protestos de obediência”.
Confederação do Equador (1824):
• A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário iniciado em Pernambuco,
em 1824, e que se espalhou pelo Nordeste contra o autoritarismo de Dom Pedro I.
• Desde a Assembleia Constituinte de 1823, Dom Pedro mostrou seu autoritarismo,
que se confirmou com a Constituição de 1824, que lhe garantiu amplos poderes.
• Os revoltosos, além de se oporem ao imperador, eram defensores do regime republicano.
• O principal líder da Confederação do Equador foi Frei Caneca.
• As tropas imperiais derrotaram os revoltosos.
Revolução Praieira (1848-1850)
• Liberal e federalista
• “Praieira”: referência à sede do jornal Diário Novo, na rua da Praia,
• Foi influenciada pela Primavera dos Povos e dela faz parte (Conjunto de Revoluções
Liberais, Socialistas e Nacionalistas que ocorreram na Europa em 1848.)
• Senado vetou a indicação do liberal pernambucano Antônio Chinchorro da Gama.
• Causas para a Revolução Praieira:
− Concentração latifundiária;
− Encarecimento dos gêneros de primeira necessidade;
− O Monopólio dos comerciantes portugueses;
− O êxodo rural.
• Manifesto ao Mundo (1 de janeiro de 1849):
− Federalismo;
− Voto livre e Universal;
− Independência dos poderes e fim do Poder Moderador;
− Liberdade de imprensa;
− Nacionalização do comércio de varejo;
− Reforma do Poder Judiciário;
− Fim da lei do juro convencional;
− Fim do sistema de recrutamento militar.
A Revolução Praieira foi derrotada em 1850. Os rebeldes que não foram mortos nos
combates foram presos e julgados. Alguns membros da elite de Pernambuco que fizeram
parte da rebelião foram anistiados em 1851.

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MAPA MENTAL

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

001. (UNIFOR-CE/VESTIBULAR/2012) O Nordeste brasileiro ainda sofre as consequências do


processo de exploração da economia açucareira realizada no Brasil Colonial. Considerando as
características vigentes na organização social e econômica da produção de açúcar naquele
contexto histórico nessa região, pode-se afirmar que persistem a:
a) grande concentração fundiária e a pequena diversificação da produção;
b) diversificação da produção agrícola e o trabalho compulsório nas grandes fazendas;
c) produção voltada para mercado local e a pequena concentração de terra;
d) descentralização na organização da produção e a valorização do trabalho especializado;
e) liberdade de produção industrial e a centralização na organização da produção agrícola.

002. (UPENET-IAUPE/PM PE/SOLDADO/2018)

O texto acima faz referência à “Guerra dos Mascates”, conflito, que colocou, em lados
opostos, os senhores de engenho e os comerciantes reinóis. Em relação a esse episódio, é
CORRETO afirmar que
a) a criação de uma nova municipalidade em atendimento às demandas dos comerciantes
reinóis gerou grande insatisfação à açucarocracia olindense, que queria reservar a si não
apenas honrarias e privilégios especiais como também o controle político da capitania.
b) mesmo tendo saído derrotados na “Guerra dos Mascates”, os senhores de engenho de
Olinda não se abateram, pois não perderam o controle sobre a recém criada Câmara do Recife.
c) com seu fim, as elites comerciais de Recife e as latifundiárias de Olinda restabeleceram os
laços graças à ativa influência da administração lusa, a quem não interessava financeiramente
a desunião de comerciantes e produtores de açúcar.
d) influenciados pelas ideias revolucionárias que circulavam pela Europa, os senhores de
engenho de Olinda defenderam os interesses da capitania, reafirmando o sentimento de
identidade nacional do Brasil.
e) considerado pela historiografia como um movimento liberal, buscava conservar a
maior autonomia da Câmara de Olinda em relação à administração lusitana, algo que os
pernambucanos conservavam desde o período duartino.

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003. (CONSULPLAN/SEDUC/PROFESSOR/2018) “(...) EIS UMA CARACTERÍSTICA, INCIPIENTE


NA ÉPOCA, MAS QUE SE INTENSIFICARÁ NO DECORRER DA ERA MODERNA: O DESRESPEITO
ÀS DIFERENÇAS E À CULTURA DE OUTROS POVOS. (...) A imposição de dogmas religiosos - e,
hoje, acrescentaríamos, científicos – como forma de dominar e subjugar povos estranhos
é, com certeza, algo marcante na história.” (Carvalho, S/D, p.57.)
O texto analisado à vista do contexto da apropriação da América pelos europeus reflete
de certa forma:
a) A forte influência e o grande poder da Igreja católica na Mesoamérica.
b) Ao misticismo arcaico indígena preponderante na religiosidade americana.
c) A amplitude da descentralização política refletida no sincretismo religioso.
d) O sucesso total na exclusão indígena da cultura americana pós-colonização.

004. (CESPE/PREF. DE TERESINA/PROFESSOR/2008) Com relação à arte barroca no Brasil,


assinale a opção correta.
a) Os ex-votos eram obras feitas por fiéis para serem vendidas aoS portugueses.
b) O Barroco, em qualquer região do Brasil, apresenta-se da mesma forma, com as mesmas
características.
c) A escultura barroca no Brasil é representada apenas por escultores brasileiros, principalmente
no Rio de Janeiro.
d) O Barroco brasileiro é profundamente ligado à religião católica e está presente, até hoje,
em inúmeras igrejas.

005. (MARINHA/COLÉGIO NAVAL/ALUNO/2010) “As Câmaras Municipais, encarregadas da


administração local, foram sendo estruturadas paralelamente à formação das primeiras
vilas.” A atuação das Câmaras, controladas pelos homens-bons, abrangia diversos setores,
como o abastecimento, a tributação e a execução das leis [...] assim, as Câmaras Municipais
constituíam poderosos órgãos da administração colonial. (Cotrim, Gilberto. História Global-
Brasil e Geral. 8. ed. São Paulo: Saraiva,2005.p.203.)
A categoria dos homens-bons refere-se aos
a) contratadores, homens de prestígio, que eram autorizados a cobrarem impostos e o dízimo.
b) homens da sociedade colonial que se notabilizaram por fazer grandes obras de caridade.
c) administradores enviados pela coroa portuguesa com o objetivo de fiscalizar a arrecadação
do quinto.
d) homens encarregados dos assuntos da justiça, auxiliares diretos dos governadores-gerais.
e) proprietários de terras, de escravos ou de gado que em muitas cidades exerciam o poder político

006. (CESPE/PM-AL/OFICIAL COMBATENTE/2012) Tendo pertencido a Pernambuco na


maior parte do período colonial brasileiro, Alagoas adquiriu autonomia em 1817, quando

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se transformou em província por decisão do governo central, sediado no Rio de Janeiro.


Essa emancipação política da região foi interpretada como
a) forma de incentivar a introdução da cultura da cana-de-açúcar na região.
b) recompensa ao donatário Duarte Coelho por sua lealdade ao rei.
c) estratégia para derrotar os quilombolas de Palmares.
d) gesto de gratidão do rei pela luta do povo alagoano para expulsar os holandeses do Nordeste.
e) represália do poder central à Insurreição Pernambucana de 1817.

007. (UPENET-IAUPE/PM-PE/SOLDADO/2016) As primeiras décadas do século XIX foram marcadas


pelo chamado ciclo das insurreições liberais em Pernambuco, com a Insurreição de 1817, a
Confederação do Equador e a Revolução Praieira. Essas insurreições se constituíram em movimentos
federalistas e, com exceção da Insurreição Pernambucana, se contrapunham ao projeto de
independência implantado em 1822 por José Bonifácio e D. Pedro I, a partir do Rio de Janeiro.
No que concerne especificamente à Confederação do Equador, assinale a alternativa CORRETA.
a) Diferindo da Revolução Praieira, que defendia a bandeira da abolição, os principais líderes
da Confederação do Equador eram antiabolicionistas.
b) Os líderes da Confederação do Equador, liberais e republicanos, contestavam o poder
centralizado e autoritário de D. Pedro I e propunham a abolição da escravidão assim
como a República Federalista.
c) Frei Caneca, um dos intelectuais responsáveis pelas ideias basilares da Confederação do
Equador, era um veterano de outras insurreições liberais, como a Praieira.
d) Apesar da derrota das forças da Confederação do Equador para as forças do Império, a Província
de Pernambuco que, a partir dessa revolta, consolidaria uma imagem de província rebelde,
conseguiu assegurar um novo território, a comarca do São Francisco, agregada a partir da Bahia.
e) A Confederação do Equador foi um movimento republicano e federalista, proposto por
integrantes da elite pernambucana, entre os quais se destacavam intelectuais, militares e
políticos liberais, que se espalhou pelas províncias da Paraíba, do Rio Grande do Norte e Ceará.

008. (AMEOSC/PREFEITURA DE ANCHIETA/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2017) A chamada


Revolução Praieira, que eclodiu durante o Segundo Reinado em novembro de 1848 em
Pernambuco, ficou caracterizada historicamente como um movimento.
a) Absolutista e separatista.
b) Republicano e escravocrata.
c) Absolutista e escravocrata.
d) Liberal e Federalista.

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EXERCÍCIOS

009. (UPNET-IAUPE/PM-PE/SOLDADO/2016) A chamada Guerra dos Mascates, episódio


ocorrido em Pernambuco, entre 1710 e 1711, foi um conflito entre diferentes elites político-
econômicas, localizadas em Olinda e Recife, resultando na ascensão da elite mercantil de Recife.
Sobre isso, assinale a alternativa CORRETA.
a) Em 1711, as autoridades coloniais puseram fim ao conflito, reafirmando o status de
Recife enquanto vila, o que conferiu à elite dessa povoação os meios para consolidar seu
poder político na capitania, mediante cargos na câmara municipal da nova vila.
b) Os mercadores do Recife foram politicamente apoiados, em sua revolta contra o poderio
dos senhores olindenses, por diversos grupos sociais livres de Recife e Olinda assim como
por um pequeno número de escravos.
c) A Guerra dos Mascates foi um conflito político entre senhores de engenho e mercadores
de grande porte em Pernambuco do início do século XVIII que se estendeu por outras
províncias do atual Nordeste, como o Ceará e o Rio Grande do Norte.
d) Os mercadores do Recife, em sua ânsia por liberdade, proclamaram a República em 1711,
proclamação, entretanto, revogada pelas autoridades coloniais.
e) Em 1711, as autoridades coloniais puseram fim ao conflito, elevando o Recife à categoria de
vila, mas dando à elite olindense a primazia sobre os cargos da nova câmara municipal do Recife.

010. (UFPE/VESTIBULAR/2008) O segundo reinado no Brasil ocorreu sem as muitas


instabilidades políticas que marcaram os primeiros anos da independência. Pernambuco,
que mantinha uma tradição liberal, decorrente de movimentos como a Revolução de 1817
e a Confederação do Equador, mostrou seu descontentamento com o governo central na
Revolução Praieira de 1848. Com relação ao movimento praieiro, podemos afirmar que:
a) tinha a liderança das elites políticas liberais e expressava também o radicalismo político
dos grupos socialistas pernambucanos.
b) foi cenário de confrontos militares, que obrigaram o governo a reforçar suas tropas e a
julgar os rebeldes presos com rigor.
c) foi um movimento político socialista, que expressou ideais de liberdade e de socialização
das riquezas.
d) ameaçou o governo central, pois contou com o apoio militar de várias províncias do
Norte e do Nordeste.
e) não passou de uma rebelião local, sem grandes repercussões políticas, restringindo-se
a uma disputa por cargos administrativos.

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011. (EXÉRCITO/ESPCEX/CADETE DO EXÉRCITO/2017) No início do século XVIII, a concorrência


das Antilhas fez com que o preço do açúcar brasileiro caísse no mercado europeu. Os proprietários
de engenho, em Pernambuco, para minimizar os efeitos desta crise, recorreram a empréstimos
junto aos comerciantes da Vila de Recife. Esta situação gerou um forte antagonismo entre
estas partes, que se acirrou quando D. João V emancipou politicamente Recife, deixando esta
de ser vinculada a Olinda. Tal fato desobrigou os comerciantes de Recife do recolhimento de
impostos a favor de Olinda. O conflito que eclodiu em função do acima relatado foi a
a) Revolta de Beckman.
b) Guerra dos Mascates.
c) Guerra dos Emboabas.
d) Insurreição Pernambucana.
e) Conjuração dos Alfaiates.

012. (FUVEST/VESTIBULAR/2012) A Revolução Praieira de 1842-1849 foi também inspirada


por acontecimentos que estavam ocorrendo em solo europeu contra as forças conservadoras
do Antigo Regime. Qual era essa inspiração?
a) Guerras Napoleônicas
b) Primavera dos Povos
c) Comuna de Paris
d) Revolução Francesa
e) Revolução Industrial Inglesa.

013. (FUVEST/VESTIBULAR/2014) A sociedade colonial brasileira “herdou concepções clássicas


e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que
se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) as distinções
essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que
cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem
em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos
imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida
verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um
novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de
serem aborígines e, mais tarde, os africanos, diferenças étnicas, religiosa e fenotipicamente
dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura
e na cor.” (STUART B. Schwartz, Segredos internos.) A partir do texto pode-se concluir que:

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a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na


Europa, foi transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento
fundamental da sociedade brasileira colonial.
b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições
como a escravidão, completamente desconhecida da sociedade europeia nos séculos XV e XVI.
c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados,
não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial.
d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros
tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade.
e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de
negros, não alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante
os séculos XVI e XVII.

014. (UFPE/VESTIBULAR/2013) “E eu piso onde quiser, você está girando melhor, garota
Na areia onde o mar chegou, a ciranda acabou de começar, e ela é!
E é praieira!!! Segura bem forte a mão
E é praieira!!! Vou lembrando a revolução, vou lembrando a Revolução
Mas há fronteiras nos jardins da razão”

O trecho acima da música Praieira, de Chico Sciense, remete brevemente à Revolução


Praieira de 1842-1849, ocorrida em Pernambuco. Essa revolução de caráter liberal tinha
uma série de reivindicações, exceto:
a) a liberdade de imprensa.
b) a instituição do voto universal.
c) o fim do monopólio comercial dos portugueses.
d) o fim da propriedade privada dos meios de produção.
e) a extinção do poder moderador.

015. (INÉDITA/2023) Durante os anos finais da década de 1840, Pernambuco viveu uma
verdadeira guerra civil em decorrência da eclosão da Revolução Praieira, que tinha dentre
seus objetivos colocar fim ao poder moderador exercido pelo Imperador e garantir a liberdade
de imprensa. A Revolução recebeu esse nome pelo fato:
a) de o jornal Diário Novo, órgão de divulgação dos revolucionários, localizar-se na Rua da
Praia, em Recife.
b) de as ações dos revolucionários restringirem-se à faixa litorânea do estado de Pernambuco.
c) de o movimento alastrar-se por todo o litoral nordestino, criando inúmeras dificuldades
para a repressão das forças imperiais.
d) de a sede do novo governo revolucionário localizar-se na Rua da Praia, em Recife.
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016. (UPNET-IAUPE/CMB-PE/SOLDADO/2017) Segundo o historiador Marcus Carvalho, alguns


aspectos chamam a atenção na história social do Recife, na primeira metade dos oitocentos.
Um deles é, sem dúvida, o ciclo das insurreições liberais, que se inicia com a Insurreição de
1817, passa pela Confederação do Equador em 1824 e termina com a Praieira em 1848.
(CARVALHO, Marcus Joaquim Maciel de. Rumores e rebeliões: estratégias de resistência escrava no Recife
de 1817-1848.Tempo,Vol. 3 – n. 6, dezembro de 1998).

Sobre esses movimentos, é CORRETO afirmar que


a) alguns dos participantes da Insurreição Pernambucana de 1817 foram plantadores de
algodão e cana, que circundavam o quilombo do Catucá. Ali também viveram muitos dos
plantadores, que estiveram envolvidos na Confederação do Equador. Dessa forma, uma
das consequências dessas insurreições foi a fuga de escravos para o referido quilombo.
b) por serem insurreições liberais e essa doutrina não admitir a prática da escravidão, a
abolição da escravatura e o fim do tráfico atlântico de escravos foram uma das bandeiras
defendidas por todos os seus líderes. Essa medida fez com que os cativos pegassem em
armas e lutassem contra as tropas reais.
c) na década de 1840, havia duas facções competindo pelo poder na província de Pernambuco.
O levante dos praieiros está relacionado com as disputas entre esses dois grupos das elites
locais pelo governo de Pernambuco, não existindo, assim, nenhuma conexão com as disputas
parlamentares na Corte.
d) os descontentamentos resultantes da outorga da Constituição de 1817 pela corte foram
claramente manifestados em Pernambuco. Esse fato acabou insuflando as elites pernambucanas
que proclamaram a república, adotando, provisoriamente, a constituição estadunidense.
e) entre mortos e feridos, o saldo da Revolução Praieira foi de quase novecentas pessoas. Mas
diferente das Insurreições 1817 e 1824, a Praieira não contou com a participação da “populaça”. A
presença das “classes perigosas” nas duas primeiras insurreições liberais fez com que a repressão
fosse muito maior. Os rebeldes de 1817 foram esmagados de tal forma que até padres foram
executados, algo inusitado no mundo colonial lusitano e que se repetiria em 1824.

017. (IAUPE/PM-PE/SOLDADO/2009) Sobre a Revolução Pernambucana de 1817, é INCORRETO


afirmar que
a) os diversos grupos sociais envolvidos na revolta tinham como consenso o objetivo de
proclamar a república.
b) o movimento se inspirou na luta pela implantação de ideais democráticos no Estado Polonês,
a qual se solidificou com a carta constitucional polonesa, que ficou conhecida como “A Polaca”.
c) os rebeldes, que tomaram o poder em Pernambuco, construíram um governo provisório,
que decidiu extinguir alguns impostos e elaborar uma constituição, decretando a liberdade
religiosa e de imprensa e a igualdade para todos, exceto para os escravos.

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d) apesar de ter fracassado, a Revolução Pernambucana foi o movimento mais importante


de todos os outros precursores da independência, porque ultrapassou a fase de conspiração,
e os revoltosos chegaram ao poder.
e) tropas reais, enviadas por mar e terra, ocuparam a capital de Pernambuco, desencadeando
intensa repressão. Os principais líderes foram presos e sumariamente executados

018. (ENEM/2011) O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos
árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas
(séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época, passou a ser importado
do Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um
produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras”.
CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.
Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por
Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de:
a) O lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.
b) Os árabes serem aliados históricos dos portugueses.
c) A mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente.
d) As feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto.
e) Os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante.

019. (CESPE/SEE-AL/PROFESSOR HISTÓRIA/2013) Com base na expansão marítima europeia


e na colonização das Américas, julgue os itens:
A mais lucrativa atividade das colônias portuguesas na América no início do século XVII era a
plantação e a comercialização de açúcar, mas, com a invasão holandesa em Pernambuco (1630-
1654) e a posterior retomada da região, a cultura da cana-de-açúcar foi levada para as Antilhas,
fazendo concorrência à produção brasileira e motivando uma grave crise comercial em Portugal.

020. (AEVSF/FACAPE/PREFEITURA DE PETROLINA–PE/PROFESSOR SUBSTITUTO ENSINO


FUNDAMENTAL/2021) “Salve! Ó terra dos altos coqueiros!
De belezas soberbo estendal!
Nova Roma de bravos guerreiros
Pernambuco, imortal! Imortal!”
(Hino de Pernambuco)

O estado de Pernambuco teve sua história marcada por várias revoltas e revoluções. Sobre
as revoltas e revoluções pernambucanas, assinale a alternativa CORRETA:

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a) Alguns movimentos ocorridos no século XIX foram influenciados por ideias iluministas,
liberais e comunistas, tendo também como referência a Independência dos Estados Unidos
e a Revolução Francesa.
b) A Guerra dos Mascates, ocorrida no século XIX, foi pautada pela rivalidade entre a nobreza
de Olinda e os mascates do Recife, rivalidade que não termina após o conflito, em razão da
crise do açúcar e das dívidas dos senhores de engenho.
c) Os revolucionários pernambucanos de 1817 aboliram a escravidão e relativizaram a
propriedade privada.
d) No curso do processo da Revolução Pernambucana de 1817, o Governo Provisório conseguiu
apoio dos republicanos nos Estados Unidos, na Inglaterra e na Argentina.
e) A Guerra dos Mascates trouxe, como algumas bandeiras, o republicanismo, o federalismo
e o antilusitanismo.

021. (EXÉRCITO/ESFCEX/OFICIAL/2011) Sobre as relações entre colonos e jesuítas, no que


diz respeito ao uso da mão de obra indígena, analise as afirmativas abaixo e, em seguida,
assinale a alternativa correta.
I – O uso da mão de obra escrava pelos colonos não conflitava com os interesses da Coroa e
nem com os dos jesuítas, mas ao insistirem no cativeiro indígena, os colonos despertaram
a oposição dos inacianos.
II – As relações contrárias aos padres jesuítas por parte dos colonos acentuaram-se pelo
fato de os lusos acreditarem que os inacianos retardavam o desenvolvimento de suas
atividades econômicas ao dificultar o uso da mão de obra indígena.
III – Os jesuítas foram expulsos da Capitania de São Vicente porque os colonos os denunciaram
por transformar índios aldeados em escravos da Companhia.
a) somente I está correta
b) somente II está correta
c) somente III está correta
d) somente I e II estão corretas
e) somente II e III estão corretas

022. (TJ-SC/TJ-SC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011) As revoltas nativistas que eclodiram no Brasil


colonial não foram somente dos grupos submetidos (índios e negros), mas também dos
próprios colonos. As razões desses movimentos são variadas, porém todos eles apresentaram
uma característica comum: o sentimento nativista, expresso na insubordinação dos colonos
contra as autoridades e representantes da Coroa. As revoltas nativistas foram um movimento
de protesto, de caráter local ou regional, isto é, em defesa de interesses específicos de

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determinada região. Buscavam melhorias para os colonos sem, contudo, contestar as bases
da ordem social e econômica. (...).
(DOMINGUES, J.E. e FIUSA, L.P.L História O Brasil em Foco, FTD, p.53

Sobre as revoltas nativistas, assinale a única alternativa que está INCORRETA:


a) A revolta de Filipe dos Santos envolveu mineradores e a intendência das minas, órgão
que representava os interesses de Portugal.
b) O combate conhecido como Capão da Traição está relacionado à Guerra dos Emboabas.
c) A Guerra dos Mascates aconteceu devido ao choque entre comerciantes portugueses do
Recife e a aristocracia rural de Olinda, cujas relações comerciais eram, respectivamente,
de credores e devedores.
d) A primeira rebelião nativista foi a Revolta de Vila Rica.
e) A rebelião contra os abusos cometidos pela Companhia de Comércio do Maranhão deu
origem à Revolta dos irmãos Beckman.

023. (EXÉRCITO/ESFCEX/OFICIAL/2017)

Marque a alternativa correta, a partir da afirmação acima de Caio Prado, sobre a agricultura
de subsistência no Brasil Colônia.
a) Tanto os produtos da grande lavoura quanto os da agricultura de subsistência se consumia
no país e, também, exportava. A diferença estava na natureza econômica intrínseca de cada
categoria de atividade produtiva e no seu objetivo primário.
b) A cachaça era um subproduto e a sua produção volumosa independia da produção do
açúcar, porque seu objetivo primário era atender a grande demanda interna.
c) O algodão que servia para confecção de tecidos grosseiros para a vestimenta de escravos
não entrou na lista de produtos exportados.
d) No caso do arroz, produzido, principalmente, no Maranhão em grande volume, o estímulo
era para o comércio interno.
e) A grande lavoura e a agricultura de subsistência se distinguem, pois a segunda era
encontrada fora dos engenhos e dos domínios das grandes propriedades.

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024. (UPE/PREFEITURA DE OLINDA/GUARDA MUNICIPAL/2006) A Guerra dos Mascates


caracterizou-se como uma(um)
a) luta entre paulistas e portugueses para se obter o controle da região mineradora.
b) rebelião colonial motivada pelas dificuldades econômicas da empresa açucareira e pela
crise de mão-de-obra, que a Companhia Geral do Comércio do Estado do Maranhão não
conseguiu solucionar.
c) luta dos baianos para romperem com a dominação portuguesa e proclamarem uma
República democrática.
d) conflito entre os senhores-de-engenho de Olinda e os comerciantes do Recife, tendo
como estopim a autonomia administrativa pretendida por Recife.
e) rebelião olindense organizada pelos alfaiates contra a opressão colonial.

025. (UFPE/2002) O termo “nativismo” é utilizado pelos historiadores para designar “revoltas
ou movimentos de resistência contra a dominação portuguesa”. Foram movimentos nativistas
ocorridos no Brasil:
a) Mascates, Emboabas, Revolta de Beckman.
b) Guerra dos Bárbaros, Mascates.
c) Revolução de 1817, Confederação do Equador.
d) Revolução Praieira, Canudos, Quilombo dos Pal­mares.
e) Confederação dos Tamoios, Guerra dos Bárbaros.

026. (IBFC/PM-BA/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/2017) Assinale a alternativa que completa


corretamente a lacuna. Dentro do universo colonial, é importante destacar o cotidiano das
relações escravistas. Embora muitos proprietários vissem os cativos como simples “coisas” e
usassem a força e outros recursos para conservá-los nessa categoria, ______________________.
a) os escravos, os libertos e seus descendentes foram agentes passivos mesmo diante das
imposições feitas pelos proprietários
b) os escravos, os libertos e seus descendentes foram grandes parceiros dos indígenas no
início da colonização portuguesa
c) os escravos, os libertos e seus descendentes também foram agentes transformadores
de seu tempo
d) os escravos aceitavam as imposições culturais e religiosas da cultura portuguesa e, em
razão disso, não podem ser considerados agentes transformadores de seu tempo
e) os escravos, os libertos e seus descendentes também foram agentes conservadores de
seu tempo.

027. (INÉDITA/2023) A respeito do Primeiro Reinado (1822-31), governado por D. Pedro I,


é correto afirmar, exceto:

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a) Foi caracterizado por fortes tensões entre o imperador e seus súditos.


b) A Constituição de 1824 era elitista, pois estabelecia o voto censitário, e era centralizadora,
ao criar o Poder Moderador.
c) O apoio das elites escravocratas não impediu a renúncia do imperador em 1831, pressionado
por vários movimentos populares.
d) A economia brasileira apresentou dificuldades financeiras e a continuidade de privilégios
aos portugueses.
e) A Confederação do Equador, uma revolta contra o imperador e que teve Pernambuco
como centro, foi duramente reprimida.

028. (PUC-MG/VESTIBULAR/2017) No processo de colonização do Brasil (sécs. XVI - XVIII),


os jesuítas tiveram papel de destaque na difusão do catolicismo. Sobre eles é correto
afirmar, exceto:
a) Detinham o monopólio da educação e, na segunda metade do século XVI, fundaram
colégios na cidade de Salvador e na Vila de São Vicente.
b) Sua tarefa missionária era a catequização dos índios, convertendo-os à verdadeira fé e
à recuperação de fiéis.
c) Construíram as missões para impedir a escravidão dos indígenas pelos coloniais e manter
o universo de valores culturais dos índios.
d) Foram expulsos de Portugal e das possessões coloniais pelo Marquês de Pombal, após
1750, devido ao seu poder econômico e político.

029. (UFES/1996) Confederação do Equador: Manifesto Revolucionário


“Brasileiros do Norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós,
após uma estúpida condescendência com os brasileiros do Sul, aclamastes vosso imperador,
quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforo atrevimento de um europeu no Brasil.
Acaso pensara esse estrangeiro ingrato e sem costumes que tem algum direito à Coroa,
por descender da casa de Bragança na Europa, de quem já fomos independentes de fato
e de direito? Não há delírio igual (...).” (BRANDÃO, Ulysses de Carvalho. A Confederação do
Equador, Pernambuco: Publicações Oficiais, 1924)
A causa da Confederação do Equador foi a:
a) extinção do Poder Legislativo pela Constituição de 1824 e sua substituição pelo Poder Moderador;
b) mudança do sistema eleitoral na Constituição de 1824, que vedava aos brasileiros o
direito de se candidatar ao Parlamento, o que só era possível aos portugueses;
c) atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a Constituinte de 1823 e outorgar uma
Constituição que conferia amplos poderes ao imperador;

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d) liberação do sistema de mão de obra nas disposições constitucionais, por pressão do grupo
português, que já não detinha o controle das grandes fazendas e da produção do açúcar;
e) restrição às vantagens do comércio do açúcar pelo reforço do monopólio português e
aumento dos tributos contidos na Carta Constitucional.

030. (FCC/AL-PB/ASSESSOR TÉCNICO LEGISLATIVO/2013) As principais motivações para a


proclamação da Confederação do Equador, que ocorreu entre julho e novembro de 1824, foram a
a) difusão da recém promulgada Doutrina Monroe, que alimentava o sentimento antieuropeu,
e a popularidade de Frei Caneca junto às massas, fator responsável pela grande adesão
popular e pela absolvição desse clérigo após o fim da Confederação.
b) insatisfação das províncias do Norte e do Nordeste com a forte exploração econômica
exercida pelo Sudeste, e a abdicação de D. Pedro I em favor de seu filho, ato que fragilizou
a centralização política.
c) continuidade dos ideais e propósitos defendidos pela Revolução de 1817, e a ameaça de
dominação política por parte do governo da Bahia, que encabeçava uma luta pela emancipação
do Nordeste brasileiro, defendendo a instauração de outra monarquia.
d) reação ao autoritarismo de D. Pedro I, que outorgou uma constituição nesse mesmo ano, e
a tentativa de formar uma república composta por unidades federativas, fundamentalmente:
Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
e) influência direta do processo de independência vivido pelo Equador, o qual inspirou o
nome do movimento, e a busca por autonomia política, administrativa e econômica por
parte das províncias que eram as maiores produtoras de gado e cana- de-açúcar.

031. (EXÉRCITO/ESPCEX/CADETE DO EXÉRCITO/2008) A Confederação do Equador, proclamada


em 2 de julho de 1824, por Manuel de Carvalho,
a) contou com a adesão dos estados da atual região Norte do Brasil.
b) adotava provisoriamente a Constituição dos Estados Unidos da América.
c) mostrava-se sintonizada com o poder central, representado por D. Pedro.
d) defendia a instituição de uma monarquia constitucional.
e) buscava a organização de um governo representativo e republicano.

032. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR–BA/PROFESSOR ARTES PLÁSTICAS/2019) Observe as


imagens a seguir.

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I – “A visita dos anjos a Abraão”, gravura francesa de Michel Dermane, publicada em Paris
(1728-30) e imediatamente difundida na América portuguesa.

II – “Abraão adora os três anjos”, pintura de Manuel da Costa Ataíde na Igreja de São Francisco
de Assis de Ouro Preto, entre 1801 e 1812.
A partir das imagens e de seus respectivos contextos de produção, assinale a afirmativa
que descreve corretamente a relação entre o barroco na Europa e na América portuguesa.
a) O barroco europeu é um paradigma que foi transposto sem modificações para a América
portuguesa.
b) As matrizes do barroco europeu circulam na colônia, onde são reapropriadas com técnicas
e matérias primas próprias.

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c) O barroco brasileiro busca uma emancipação do modelo europeu, para forjar uma
identidade nacional.
d) O barroco mineiro baseia-se no repertório pictórico francês, para superar a matriz lusa.
e) A arte colonial brasileira imita os estilos formais do barroco europeu e replica suas temáticas.

033. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR HISTÓRIA/2019)

Vasco Fernandes, Adoração dos Reis Magos, 1501-1506 (detalhe)

O quadro acima representa a visita dos três reis magos ao menino Jesus, em que o indígena
da costa brasileira é retratado como rei mago, inovando a tradicional cena do relato bíblico.
Sobre o projeto missionário português, assinale a afirmativa correta.
a) Incorporou os nativos, a fim de universalizar a religião cristã.
b) Segregou os indígenas, relegando sua evangelização a ordens religiosas.
c) Converteu os indígenas, a partir de uma visão multiculturalista.
d) Equiparou heresia e paganismo, para submeter os povos autóctones.
e) Negou a humanidade dos nativos, em função de suas crenças politeístas.

034. (EXÉRCITO/ESPCEX/CADETE DO EXÉRCITO/2018) Quase duas décadas depois da


Conjuração Baiana, durante a estada da Família Real portuguesa no Brasil e o governo de
D. João VI, ocorreu um levante emancipacionista em Pernambuco que ficaria conhecido
como Revolução Pernambucana. Um dos motivos desta revolta foi
a) o fim do monopólio comercial de Portugal sobre a colônia.
b) a grande seca de 1816.
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c) a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves.


d) a liberação da atividade industrial no Brasil.
e) a cobrança forçada de impostos atrasados.

035. (EXÉRCITO/ESPCEX/CADETE DO EXÉRCITO/2009) “A primeira medida tomada pelo


regente D. João, ao chegar ao Brasil, foi decretar a abertura dos portos brasileiros às
nações amigas.” (SILVA, 1992)
Tal fato
a) significava, na prática, o fim do pacto colonial.
b) prejudicava a Inglaterra, que passaria a sofrer concorrência de outros países no comércio
com o Brasil.
c) contrariava, num primeiro momento, os interesses dos comerciantes brasileiros.
d) beneficiava a França, favorecida pela redução das tarifas alfandegárias nas relações
bilaterais.
e) criava condições igualitárias, quanto à tributação alfandegária, no comércio com Portugal
e com todas as demais nações.

036. (EXÉRCITO/ESPCEX/CADETE DO EXÉRCITO/2007) A Família Real Portuguesa, fugindo


das tropas de Napoleão Bonaparte, trouxe para o Brasil uma corte parasitária, composta
por 15.000 pessoas. Para custeá-la, as despesas com o serviço público aumentaram e o
governo, para compensar, criou novos impostos, o que gerou protestos organizados e um
movimento armado de grandes proporções.
Tal movimento foi a
a) Revolução Constitucionalista do Porto.
b) Revolução Pernambucana.
c) Conjuração Baiana.
d) Cabanagem.
e) Conjuração dos Alfaiates.

037. (EXÉRCITO/ESPCEX/CADETE DO EXÉRCITO/2007) Durante o Segundo Reinado no Brasil, surgiu


em Pernambuco, no ano de 1848, um movimento popular que uniu “pessoas de várias tendências,
sobretudo progressistas, inconformadas com o quadro político-social de sua província.”
(BARBEIRO; CANTELE; SCHNEEBERGER, 2005, p. 347).

Tal movimento é conhecido como a


a) Revolta dos Mascates.
b) Cabanagem.
c) Sabinada.

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d) Revolução Praieira
e) Balaiada.

038. (ESA/AVIAÇÃO/2009) A primeira constituição brasileira (1824) estabelecia, entre


outros fatores, a existência de quatro poderes. Aquele que era exercido exclusivamente
pelo imperador era o Poder:
a) Legislativo.
b) Judiciário.
c) Executivo.
d) Moderador.
e) Republicano.

039. (ESSA/COMBATENTE/2011) No ano de 1817, na Província de Pernambuco, deu-se uma


revolta contra o governo de D. João VI que ficou conhecida como
a) Revolução Liberal.
b) Cabanagem.
c) Confederação do Equador.
d) Revolta dos Alfaiates.
e) Revolução Pernambucana.

040. (ESA/AVIAÇÃO/1995) A Revolução Pernambucana de 1817 foi um movimento que pode


ser caracterizado como:
a) Ter contado coma participação de portugueses e espanhóis na luta contra holandeses.
b) Ter sido um movimento que não sofreu influência dos ideais de liberdade surgidos na
Independência dos Estados Unidos da América.
c) um movimento que provocou descontentamento entre os portugueses por causa da
contenção de despesas de D. João VI, que não concedeu privilégios aos próprios portugueses.
d) o único movimento em que os revoltosos não instalaram um governo provisório e nem
defenderam o ideal republicano.
e) o movimento que contribuiu decisivamente no processo de independência política do Brasil.

041. (IBFC/PM-PB/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR COMBATENTE/2014) A Revolução Praieira


ocorrida na Província de Pernambuco, entre os anos de 1.848 e 1.850, foi uma revolta de caráter:
a) Popular armada contra o objetivo de explorar os recursos minerais e a mão de obra da
região, além de ampliar o mercado consumidor para seus produtos industrializados.
b) Republicana com descontentamento político com o governo imperial brasileiro, com
busca por parte dos liberais por maior autonomia para as províncias.

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c) Popular devido a insatisfação com o elevado preço cobrado pelos produtos essenciais e
alimentos, além disso, reclamavam da carência de determinados alimentos.
d) Liberal e federalista, onde os senadores conservadores vetaram a indicação, para uma
cadeira do Senado de um liberal e da insatisfação com a falta de autonomia política das
províncias e concentração de poder nas mãos da monarquia.

042. (EXÉRCITO/ESFCEX/OFICIAL/2011) Sobre as relações entre colonos e jesuítas, no que


diz respeito ao uso da mão de obra indígena, analise as afirmativas abaixo e, em seguida,
assinale a alternativa correta.
I – O uso da mão de obra escrava pelos colonos não conflitava com os interesses da Coroa e
nem com os dos jesuítas, mas ao insistirem no cativeiro indígena, os colonos despertaram
a oposição dos inacianos.
II – As relações contrárias aos padres jesuítas por parte dos colonos acentuou-se pelo fato
de os lusos acreditarem que os inacianos retardavam o desenvolvimento de suas atividades
econômicas ao dificultar o uso da mão de obra indígena.
III – Os jesuítas foram expulsos da Capitania de São Vicente porque os colonos os denunciaram
por transformar índios aldeados em escravos da Companhia.
a) somente I está correta
b) somente II está correta
c) somente III está correta
d) somente I e II estão corretas
e) somente II e III estão corretas

043. (EXÉRCITO/ESPCEX/CADETE/2017) No início do século XVIII, a concorrência das Antilhas


fez com que o preço do açúcar brasileiro caísse no mercado europeu. Os proprietários de
engenho, em Pernambuco, para minimizar os efeitos desta crise, recorreram a empréstimos
junto aos comerciantes da Vila de Recife. Esta situação gerou um forte antagonismo entre
estas partes, que se acirrou quando D. João V emancipou politicamente Recife, deixando esta
de ser vinculada a Olinda. Tal fato desobrigou os comerciantes de Recife do recolhimento
de impostos a favor de Olinda. O conflito que eclodiu em função do acima relatado foi a
a) Revolta de Beckman.
b) Guerra dos Mascates.
c) Guerra dos Emboabas.
d) Insurreição Pernambucana.
e) Conjuração dos Alfaiates.

044. (UFRGS/2019) A Revolução Praieira foi um movimento que arregimentou oligarcas e


setores empobrecidos da população pernambucana contra o Império do Brasil. Ao divulgarem

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o “Manifesto ao Mundo”, os rebeldes exigiam, entre outras demandas, o voto livre e universal,
a independência dos poderes constituídos, o fim do Poder Moderador e o monopólio de
brasileiros no comércio varejista.
Em relação aos seus ideais, é correto afirmar que os rebeldes
a) Foram inspirados pela Revolução Francesa, eram favoráveis à centralização política no
poder executivo e partidários da presença portuguesa na economia.
b) Foram influenciados pela “Primavera dos Povos” de 1848, eram liberais e possuíam um
componente antilusitano.
c) Eram adeptos das teorias socialistas, incentivando a luta de classes e a administração
centrada no poder do imperador.
d) Lutavam contra o predomínio das oligarquias regionais, preconizavam a “revolução dos
pobres” e a independência da região Nordeste.
e) Defendiam o fim do Império, o retorno à condição colonial e o incentivo ao comércio interno.

045. (PUCCAMP/VESTIBULAR/2014) Deflagrada em Pernambuco no ano a que o texto se


refere, a Revolução Praieira se insere no contexto revolucionário do século XIX e ao mesmo
tempo representa uma das últimas manifestações de rebeldia ao governo imperial. O núcleo
urbano que aderiu ao movimento, sob a liderança de Borges da Fonseca, pretendia a
a) Antecipação da maioridade de D. Pedro, a extinção do voto censitário e a descentralização
do poder político.
b) Adoção do sistema federalista, a introdução do ensino primário gratuito e a coletivização
da propriedade privada.
c) Restauração do Conselho de Estado, a limitação do poder do rei e a instituição do
parlamentarismo.
d) Abolição da escravatura, a autonomia das províncias e a criação do Partido Republicano Regional.
e) Extinção do Poder Moderador, a proclamação da república e a instituição do sufrágio universal.

046. (UFRGS/VESTIBULAR/2006) Das rebeliões internas ocorridas no Brasil durante o Segundo


Reinado, destaca-se o sentido social da Revolução Praieira de 1848, porque:
a) O governo rebelde aprovou uma Constituição que tornava cidadãos brasileiros os
portugueses residentes no Brasil.
b) Pelo “Manifesto ao Mundo” os revoltosos pregavam o voto livre e universal para os brasileiros.
c) O imperador Pedro II estabeleceu uma política de conciliação, anistiando os líderes
revoltosos e integrando-os ao Senado Vitalício.
d) Entre as intenções dos revoltosos estava o desejo de livrar-se dos impostos excessivos
sobre a extração do ouro.
e) O movimento visava a isentar de servir no Exército chefes de família e proprietários rurais.

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047. (UFAM/2015)
Quem viver em Pernambuco
Há de estar enganado
Que ou há de ser Cavalcanti
Ou há de ser cavalgado
Quem for para Pernambuco
Leve contas pra rezar
Pernambuco é purgatório
Onde a gente vai penar.

Essas quadrinhas populares refletem a tradição de rebelião dos pernambucanos,


manifestada mais uma vez, em 1848, com a chamada “Revolução Praieira”. De acordo com
seus conhecimentos sobre esse movimento, considere as afirmativas a seguir:
I – A família Cavalcanti referida pela quadrinha detinha um terço dos engenhos de Pernambuco,
beneficiando-se do poder, restrito a uma minoria proprietária.
II – A falta de recursos e o alto preço da mão-deobra aproximaram lavradores e rendeiros
dos médios proprietários e dos comerciantes menos poderosos, que juntos engrossaram
a oposição pernambucana.
III – Assim como as Revoluções de 1848 na Europa representaram o encerramento de
uma onda revolucionária iniciada em 1789 com a Revolução Francesa, a Praieira, em
Pernambuco, correspondeu à última etapa das agitações políticas e sociais iniciadas com
a independência do país.
IV – A Praieira, embora inspirada no movimento revolucionário europeu, caracterizou-se
como um confronto armado entre camadas dominantes pernambucanas.
V – Os ideais socialistas e democráticos foram totalmente incorporados ao movimento
praieiro e aplicados no primeiro governo do Partido da Praia.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as afirmativas I, II, III e IV estão corretas
b) Somente as afirmativas I, II, III e V estão corretas
c) Somente as afirmativas I, III, IV e V estão corretas
d) Somente as afirmativas II, III, IV e V estão corretas
e) Todas as afirmativas estão corretas

048. (FCMSJF/2018) Leia o texto abaixo:


“Confederação do Equador: Manifesto Revolucionário Brasileiros do Norte! Pedro de Alcântara,
filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós, após uma estúpida condescendência com
os Brasileiros do Sul, aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos.

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Que desaforado atrevimento de um europeu no Brasil. Acaso pensará esse estrangeiro


ingrato e sem costumes que tem algum direito à Coroa, por descender da casa de Bragança
na Europa, de quem já somos independentes de fato e de direito? Não há delírio igual (… ).”
(Ulysses de Carvalho Brandão. A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR. Pernambuco: Publicações Oficiais, 1924).

Com base no texto e, em seus conhecimentos, podemos afirmar que:


a) Havia uma ampla harmonização de interesses no país, na organização do Estado Nacional.
b) O movimento defendia uma mudança do sistema eleitoral na Constituição de 1824, que
permitia aos estrangeiros naturalizados o direito de voto.
c) Era a favor da restrição às vantagens do comércio de borracha com os demais países platinos.
d) O movimento se posicionava contrário a atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a
Constituinte de 1823 e outorgar uma Constituição que conferia amplos poderes ao Imperador.

049. (FUVEST/1997) A chamada Guerra dos Mascates, ocorrida em Pernambuco, em 1710, deveu-se:
a) ao surgimento de um sentimento nativista brasileiro, em oposição aos colonizadores portugueses.
b) ao orgulho ferido dos habitantes da vila de Olinda, menosprezados pelos portugueses.
c) ao choque entre comerciantes portugueses do Recife e à aristocracia rural de Olinda pelo
controle da mão de obra escrava.
d) ao choque entre comerciantes portugueses do Recife e a aristocracia rural de Olinda,
cujas relações comerciais eram, respectivamente, de credores e devedores.
e) a uma disputa interna entre grupos de comerciantes, que eram chamados depreciativamente
de mascates.

050. (MS CONCURSOS/CBM-SC/2010)


“O Mendonça era Furtado
Pois dos paços o furtaram
Governador governado
Para o reino o despacharam.”

A cantiga popular refere-se à expulsão do governo da capitania de Pernambuco durante a


revolta do movimento nativista denominado:
a) Guerra dos Mascates.
b) Guerra dos Farrapos.
c) Revolta de Beckman.
d) Guerra dos Emboabas.

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GABARITO

1. a 35. a
2. a 36. b
3. a 37. d
4. d 38. d
5. e 39. e
6. e 40. e
7. e 41. d
8. d 42. d
9. a 43. b
10. b 44. b
11. b 45. e
12. b 46. b
13. d 47. a
14. c 48. d
15. a 49. d
16. a 50. a
17. b
18. a
19. C
20. d
21. d
22. d
23. a
24. d
25. a
26. c
27. c
28. c
29. c
30. d
31. e
32. b
33. a
34. b

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GABARITO COMENTADO

009. (UPNET-IAUPE/PM-PE/SOLDADO/2016) A chamada Guerra dos Mascates, episódio


ocorrido em Pernambuco, entre 1710 e 1711, foi um conflito entre diferentes elites político-
econômicas, localizadas em Olinda e Recife, resultando na ascensão da elite mercantil de Recife.
Sobre isso, assinale a alternativa CORRETA.
a) Em 1711, as autoridades coloniais puseram fim ao conflito, reafirmando o status de
Recife enquanto vila, o que conferiu à elite dessa povoação os meios para consolidar seu
poder político na capitania, mediante cargos na câmara municipal da nova vila.
b) Os mercadores do Recife foram politicamente apoiados, em sua revolta contra o poderio
dos senhores olindenses, por diversos grupos sociais livres de Recife e Olinda assim como
por um pequeno número de escravos.
c) A Guerra dos Mascates foi um conflito político entre senhores de engenho e mercadores
de grande porte em Pernambuco do início do século XVIII que se estendeu por outras
províncias do atual Nordeste, como o Ceará e o Rio Grande do Norte.
d) Os mercadores do Recife, em sua ânsia por liberdade, proclamaram a República em 1711,
proclamação, entretanto, revogada pelas autoridades coloniais.
e) Em 1711, as autoridades coloniais puseram fim ao conflito, elevando o Recife à categoria de
vila, mas dando à elite olindense a primazia sobre os cargos da nova câmara municipal do Recife.

Caro(a) aluno(a), a elevação de Recife à condição de Vila permitiria a criação de cargos


públicos na administração. Para além disso, a dinâmica da atividade dos mascates já exercia
poder econômico sobre Olinda. A coroa tomou partido de Recife e, em 1712, lhe conferiu
o status de sede administrativa de Pernambuco.
Letra a.

010. (UFPE/VESTIBULAR/2008) O segundo reinado no Brasil ocorreu sem as muitas


instabilidades políticas que marcaram os primeiros anos da independência. Pernambuco,
que mantinha uma tradição liberal, decorrente de movimentos como a Revolução de 1817
e a Confederação do Equador, mostrou seu descontentamento com o governo central na
Revolução Praieira de 1848. Com relação ao movimento praieiro, podemos afirmar que:
a) tinha a liderança das elites políticas liberais e expressava também o radicalismo político
dos grupos socialistas pernambucanos.
b) foi cenário de confrontos militares, que obrigaram o governo a reforçar suas tropas e a
julgar os rebeldes presos com rigor.

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c) foi um movimento político socialista, que expressou ideais de liberdade e de socialização


das riquezas.
d) ameaçou o governo central, pois contou com o apoio militar de várias províncias do
Norte e do Nordeste.
e) não passou de uma rebelião local, sem grandes repercussões políticas, restringindo-se
a uma disputa por cargos administrativos.

Pernambuco durante a Revolução Praieira foi palco de uma verdadeira guerra civil dos rebeldes
contra as tropas do governo central, mas o isolamento da luta dificultou sua continuidade.
Letra b.

011. (EXÉRCITO/ESPCEX/CADETE DO EXÉRCITO/2017) No início do século XVIII, a concorrência


das Antilhas fez com que o preço do açúcar brasileiro caísse no mercado europeu. Os proprietários
de engenho, em Pernambuco, para minimizar os efeitos desta crise, recorreram a empréstimos
junto aos comerciantes da Vila de Recife. Esta situação gerou um forte antagonismo entre
estas partes, que se acirrou quando D. João V emancipou politicamente Recife, deixando esta
de ser vinculada a Olinda. Tal fato desobrigou os comerciantes de Recife do recolhimento de
impostos a favor de Olinda. O conflito que eclodiu em função do acima relatado foi a
a) Revolta de Beckman.
b) Guerra dos Mascates.
c) Guerra dos Emboabas.
d) Insurreição Pernambucana.
e) Conjuração dos Alfaiates.

A Guerra dos Mascates teve como principal causa a grande rivalidade entre os senhores de
engenho de Olinda e os comerciantes portugueses de Recife, sendo que os comerciantes
portugueses contavam com o apoio do governador Sebastião de Castro Caldas.
Letra b.

012. (FUVEST/VESTIBULAR/2012) A Revolução Praieira de 1842-1849 foi também inspirada


por acontecimentos que estavam ocorrendo em solo europeu contra as forças conservadoras
do Antigo Regime. Qual era essa inspiração?
a) Guerras Napoleônicas
b) Primavera dos Povos
c) Comuna de Paris

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d) Revolução Francesa
e) Revolução Industrial Inglesa.

A Primavera dos Povos de 1848 foi um conjunto de Revoluções Liberais, Socialistas e Nacionalistas
que ocorreram na Europa em 1848. Esses movimentos inspiraram a Revolução Praieira.
Letra b.

013. (FUVEST/VESTIBULAR/2014) A sociedade colonial brasileira “herdou concepções clássicas


e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que
se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) as distinções
essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que
cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem
em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos
imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida
verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um
novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de
serem aborígines e, mais tarde, os africanos, diferenças étnicas, religiosa e fenotipicamente
dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura
e na cor.” (STUART B. Schwartz, Segredos internos.) A partir do texto pode-se concluir que:
a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na
Europa, foi transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento
fundamental da sociedade brasileira colonial.
b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições
como a escravidão, completamente desconhecida da sociedade europeia nos séculos XV e XVI.
c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados,
não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial.
d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros
tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade.
e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de
negros, não alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante
os séculos XVI e XVII.

A questão da formação do Brasil e do brasileiro (ou povo brasileiro) tem como um dos pontos
fundamentais a miscigenação das três principais raças ou culturas que compuseram nossa

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diversidade cultural. Essa questão sobrepôs-se à caracterização que se dava ao Brasil nos
séculos iniciais de sua formação, sobretudo a partir da distinção medieval.
Letra d.

014. (UFPE/VESTIBULAR/2013) “E eu piso onde quiser, você está girando melhor, garota
Na areia onde o mar chegou, a ciranda acabou de começar, e ela é!
E é praieira!!! Segura bem forte a mão
E é praieira!!! Vou lembrando a revolução, vou lembrando a Revolução
Mas há fronteiras nos jardins da razão”

O trecho acima da música Praieira, de Chico Sciense, remete brevemente à Revolução


Praieira de 1842-1849, ocorrida em Pernambuco. Essa revolução de caráter liberal tinha
uma série de reivindicações, exceto:
a) a liberdade de imprensa.
b) a instituição do voto universal.
c) o fim do monopólio comercial dos portugueses.
d) o fim da propriedade privada dos meios de produção.
e) a extinção do poder moderador.

Apesar de inspirada nos movimentos socialistas, liberais e nacionalistas da Primavera dos


Povos de 1848, os revoltosos do movimento praieiro não aderiram ao socialismo, portanto,
sendo contrários ao fim da propriedade privada dos meios de produção.
Letra c.

015. (INÉDITA/2023) Durante os anos finais da década de 1840, Pernambuco viveu uma
verdadeira guerra civil em decorrência da eclosão da Revolução Praieira, que tinha dentre
seus objetivos colocar fim ao poder moderador exercido pelo Imperador e garantir a liberdade
de imprensa. A Revolução recebeu esse nome pelo fato:
a) de o jornal Diário Novo, órgão de divulgação dos revolucionários, localizar-se na Rua da
Praia, em Recife.
b) de as ações dos revolucionários restringirem-se à faixa litorânea do estado de Pernambuco.
c) de o movimento alastrar-se por todo o litoral nordestino, criando inúmeras dificuldades
para a repressão das forças imperiais.
d) de a sede do novo governo revolucionário localizar-se na Rua da Praia, em Recife.

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O jornal Diário Novo, localizado na rua da Praia, era o centro de difusão dos ideais dos liberais
pernambucanos que se envolveram no processo revolucionário.
Letra a.

016. (UPNET-IAUPE/CMB-PE/SOLDADO/2017) Segundo o historiador Marcus Carvalho, alguns


aspectos chamam a atenção na história social do Recife, na primeira metade dos oitocentos.
Um deles é, sem dúvida, o ciclo das insurreições liberais, que se inicia com a Insurreição de
1817, passa pela Confederação do Equador em 1824 e termina com a Praieira em 1848.
(CARVALHO, Marcus Joaquim Maciel de. Rumores e rebeliões: estratégias de resistência escrava no Recife
de 1817-1848.Tempo,Vol. 3 – n. 6, dezembro de 1998).

Sobre esses movimentos, é CORRETO afirmar que


a) alguns dos participantes da Insurreição Pernambucana de 1817 foram plantadores de
algodão e cana, que circundavam o quilombo do Catucá. Ali também viveram muitos dos
plantadores, que estiveram envolvidos na Confederação do Equador. Dessa forma, uma
das consequências dessas insurreições foi a fuga de escravos para o referido quilombo.
b) por serem insurreições liberais e essa doutrina não admitir a prática da escravidão, a
abolição da escravatura e o fim do tráfico atlântico de escravos foram uma das bandeiras
defendidas por todos os seus líderes. Essa medida fez com que os cativos pegassem em
armas e lutassem contra as tropas reais.
c) na década de 1840, havia duas facções competindo pelo poder na província de Pernambuco.
O levante dos praieiros está relacionado com as disputas entre esses dois grupos das elites
locais pelo governo de Pernambuco, não existindo, assim, nenhuma conexão com as disputas
parlamentares na Corte.
d) os descontentamentos resultantes da outorga da Constituição de 1817 pela corte foram
claramente manifestados em Pernambuco. Esse fato acabou insuflando as elites pernambucanas
que proclamaram a república, adotando, provisoriamente, a constituição estadunidense.
e) entre mortos e feridos, o saldo da Revolução Praieira foi de quase novecentas pessoas.
Mas diferente das Insurreições 1817 e 1824, a Praieira não contou com a participação da
“populaça”. A presença das “classes perigosas” nas duas primeiras insurreições liberais
fez com que a repressão fosse muito maior. Os rebeldes de 1817 foram esmagados de tal
forma que até padres foram executados, algo inusitado no mundo colonial lusitano e que
se repetiria em 1824.

Em função das revoltas, muitos escravos fugiram para o quilombo do Catucá.


Letra a.

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Movimentos Sociais e Políticos em Pernambuco
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017. (IAUPE/PM-PE/SOLDADO/2009) Sobre a Revolução Pernambucana de 1817, é INCORRETO


afirmar que
a) os diversos grupos sociais envolvidos na revolta tinham como consenso o objetivo de
proclamar a república.
b) o movimento se inspirou na luta pela implantação de ideais democráticos no Estado Polonês,
a qual se solidificou com a carta constitucional polonesa, que ficou conhecida como “A Polaca”.
c) os rebeldes, que tomaram o poder em Pernambuco, construíram um governo provisório,
que decidiu extinguir alguns impostos e elaborar uma constituição, decretando a liberdade
religiosa e de imprensa e a igualdade para todos, exceto para os escravos.
d) apesar de ter fracassado, a Revolução Pernambucana foi o movimento mais importante
de todos os outros precursores da independência, porque ultrapassou a fase de conspiração,
e os revoltosos chegaram ao poder.
e) tropas reais, enviadas por mar e terra, ocuparam a capital de Pernambuco, desencadeando
intensa repressão. Os principais líderes foram presos e sumariamente executados

A Polônia se tornou independente somente em 1918, cem anos depois da Revolução


Pernambucana de 1817. Portanto, não poderia inspirar um movimento do século XIX.
Letra b.

018. (ENEM/2011) O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos
árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas
(séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época, passou a ser importado
do Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um
produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras”.
CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.
Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por
Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de:
a) O lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso.
b) Os árabes serem aliados históricos dos portugueses.
c) A mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente.
d) As feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto.
e) Os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante.

Ainda no século XVI o açúcar era considerado uma especiaria, devido ao alto valor que era
vendido na Europa. Além da alta lucratividade, a escolha da cana-de-açúcar foi favorecida,
dentre outros fatores, devido ao clima brasileiro e o prévio conhecimento das técnicas de

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cultivo, pois nesse período Portugal já possuía lavouras nas Ilhas Atlânticas. Dessa maneira,
o cultivo de cana foi eleito como atividade que impulsionaria a colonização permanecendo
como principal produto por mais de dois séculos.
Letra a.

019. (CESPE/SEE-AL/PROFESSOR HISTÓRIA/2013) Com base na expansão marítima europeia


e na colonização das Américas, julgue os itens:
A mais lucrativa atividade das colônias portuguesas na América no início do século XVII era a
plantação e a comercialização de açúcar, mas, com a invasão holandesa em Pernambuco (1630-
1654) e a posterior retomada da região, a cultura da cana-de-açúcar foi levada para as Antilhas,
fazendo concorrência à produção brasileira e motivando uma grave crise comercial em Portugal.

Lembre-se de que, com a expulsão dos holandeses na Insurreição Pernambucana (1645-


1654), estes foram para as Antilhas onde implementaram engenhos de açúcar que passaram
a concorrer com o açúcar brasileiro, diminuindo os preços do produto m=no mercado.
Certo.

020. (AEVSF/FACAPE/PREFEITURA DE PETROLINA–PE/PROFESSOR SUBSTITUTO ENSINO


FUNDAMENTAL/2021) “Salve! Ó terra dos altos coqueiros!
De belezas soberbo estendal!
Nova Roma de bravos guerreiros
Pernambuco, imortal! Imortal!”
(Hino de Pernambuco)

O estado de Pernambuco teve sua história marcada por várias revoltas e revoluções. Sobre
as revoltas e revoluções pernambucanas, assinale a alternativa CORRETA:
a) Alguns movimentos ocorridos no século XIX foram influenciados por ideias iluministas,
liberais e comunistas, tendo também como referência a Independência dos Estados Unidos
e a Revolução Francesa.
b) A Guerra dos Mascates, ocorrida no século XIX, foi pautada pela rivalidade entre a nobreza
de Olinda e os mascates do Recife, rivalidade que não termina após o conflito, em razão da
crise do açúcar e das dívidas dos senhores de engenho.
c) Os revolucionários pernambucanos de 1817 aboliram a escravidão e relativizaram a
propriedade privada.

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d) No curso do processo da Revolução Pernambucana de 1817, o Governo Provisório conseguiu


apoio dos republicanos nos Estados Unidos, na Inglaterra e na Argentina.
e) A Guerra dos Mascates trouxe, como algumas bandeiras, o republicanismo, o federalismo
e o antilusitanismo.

A Revolução Pernambucana contou com relativo apoio internacional: os Estados Unidos, que
dois anos antes tinham instalado no Recife o seu primeiro Consulado no Brasil e no Hemisfério
Sul devido às relações comerciais com Pernambuco, se mostraram favoráveis à insurreição, bem
como os ex-oficiais de Napoleão Bonaparte que pretendiam resgatar o seu líder do cativeiro
em Santa Helena, levá-lo a Pernambuco e depois a Nova Orleans. Os revolucionários, oriundos
de várias partes da colônia, tinham como objetivo principal a conquista da Independência do
Brasil em relação a Portugal, com a implantação de uma república liberal.
Letra d.

021. (EXÉRCITO/ESFCEX/OFICIAL/2011) Sobre as relações entre colonos e jesuítas, no que


diz respeito ao uso da mão de obra indígena, analise as afirmativas abaixo e, em seguida,
assinale a alternativa correta.
I – O uso da mão de obra escrava pelos colonos não conflitava com os interesses da Coroa e
nem com os dos jesuítas, mas ao insistirem no cativeiro indígena, os colonos despertaram
a oposição dos inacianos.
II – As relações contrárias aos padres jesuítas por parte dos colonos acentuaram-se pelo
fato de os lusos acreditarem que os inacianos retardavam o desenvolvimento de suas
atividades econômicas ao dificultar o uso da mão de obra indígena.
III – Os jesuítas foram expulsos da Capitania de São Vicente porque os colonos os denunciaram
por transformar índios aldeados em escravos da Companhia.
a) somente I está correta
b) somente II está correta
c) somente III está correta
d) somente I e II estão corretas
e) somente II e III estão corretas

I – Certo. Os jesuítas não se opunham à escravidão do negro, porém consideravam os índios


almas que poderiam ser salvas, por isso foram contra a escravidão indígena.
II – Certo. Os colonos queriam fazer os índios de escravos, mas os jesuítas foram contra.

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III – Errado. Embora tenha havido luta entre jesuítas e colonos pelo controle da mão de obra
indígena, os jesuítas não buscavam escravizar os índios, buscavam catequizá-los.
Letra d.

022. (TJ-SC/TJ-SC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011) As revoltas nativistas que eclodiram no Brasil


colonial não foram somente dos grupos submetidos (índios e negros), mas também dos
próprios colonos. As razões desses movimentos são variadas, porém todos eles apresentaram
uma característica comum: o sentimento nativista, expresso na insubordinação dos colonos
contra as autoridades e representantes da Coroa. As revoltas nativistas foram um movimento
de protesto, de caráter local ou regional, isto é, em defesa de interesses específicos de
determinada região. Buscavam melhorias para os colonos sem, contudo, contestar as bases
da ordem social e econômica. (...).
(DOMINGUES, J.E. e FIUSA, L.P.L História O Brasil em Foco, FTD, p.53

Sobre as revoltas nativistas, assinale a única alternativa que está INCORRETA:


a) A revolta de Filipe dos Santos envolveu mineradores e a intendência das minas, órgão
que representava os interesses de Portugal.
b) O combate conhecido como Capão da Traição está relacionado à Guerra dos Emboabas.
c) A Guerra dos Mascates aconteceu devido ao choque entre comerciantes portugueses do
Recife e a aristocracia rural de Olinda, cujas relações comerciais eram, respectivamente,
de credores e devedores.
d) A primeira rebelião nativista foi a Revolta de Vila Rica.
e) A rebelião contra os abusos cometidos pela Companhia de Comércio do Maranhão deu
origem à Revolta dos irmãos Beckman.

A Revolta de Vila Rica ou Revolta de Felipe dos Santos ocorreu em 1720 contra a implantação
das Casas de Fundição, que pretendiam acabar com o contrabando de ouro na região
com a obrigatoriedade da coleta do quinto (20%) do minério. Portanto, não foi a primeira
rebelião nativista, já que a Revolta de Beckmam ocorreu em 1684. A segunda foi a Guerra
dos Emboabas (1709). A Guerra dos Mascates ocorreu em 1710-1711. Assim, em verdade,
a Revolta de Vila Rica foi a última das revoltas nativistas.
Letra d.

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023. (EXÉRCITO/ESFCEX/OFICIAL/2017)

Marque a alternativa correta, a partir da afirmação acima de Caio Prado, sobre a agricultura
de subsistência no Brasil Colônia.
a) Tanto os produtos da grande lavoura quanto os da agricultura de subsistência se consumia
no país e, também, exportava. A diferença estava na natureza econômica intrínseca de cada
categoria de atividade produtiva e no seu objetivo primário.
b) A cachaça era um subproduto e a sua produção volumosa independia da produção do
açúcar, porque seu objetivo primário era atender a grande demanda interna.
c) O algodão que servia para confecção de tecidos grosseiros para a vestimenta de escravos
não entrou na lista de produtos exportados.
d) No caso do arroz, produzido, principalmente, no Maranhão em grande volume, o estímulo
era para o comércio interno.
e) A grande lavoura e a agricultura de subsistência se distinguem, pois a segunda era
encontrada fora dos engenhos e dos domínios das grandes propriedades.

O texto utilizado no enunciado permite interpretação sem margem para dúvida. Os produtos
da agricultura de “subsistência” subsidiaram a economia açucareira. Mas nem por isso tiveram
menos importância no processo de colonização, haja vista que a pecuária e a agricultura
de subsistência contribuíram para a interiorização da colonização.
Letra a.

024. (UPE/PREFEITURA DE OLINDA/GUARDA MUNICIPAL/2006) A Guerra dos Mascates


caracterizou-se como uma(um)
a) luta entre paulistas e portugueses para se obter o controle da região mineradora.
b) rebelião colonial motivada pelas dificuldades econômicas da empresa açucareira e pela
crise de mão-de-obra, que a Companhia Geral do Comércio do Estado do Maranhão não
conseguiu solucionar.
c) luta dos baianos para romperem com a dominação portuguesa e proclamarem uma
República democrática.

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d) conflito entre os senhores-de-engenho de Olinda e os comerciantes do Recife, tendo


como estopim a autonomia administrativa pretendida por Recife.
e) rebelião olindense organizada pelos alfaiates contra a opressão colonial.

A Guerra dos Mascates envolveu os comerciantes de origem portuguesa no Recife contra


os senhores de engenho de Olinda, devedores dos comerciantes.
Letra d.

025. (UFPE/2002) O termo “nativismo” é utilizado pelos historiadores para designar “revoltas
ou movimentos de resistência contra a dominação portuguesa”. Foram movimentos nativistas
ocorridos no Brasil:
a) Mascates, Emboabas, Revolta de Beckman.
b) Guerra dos Bárbaros, Mascates.
c) Revolução de 1817, Confederação do Equador.
d) Revolução Praieira, Canudos, Quilombo dos Pal­mares.
e) Confederação dos Tamoios, Guerra dos Bárbaros.

Questão fácil! A alternativa a lista 3 das quatro rebeliões nativistas: Mascates, Emboabas,
Revolta de Beckman e Revolta de Felipe dos Santos.
Letra a.

026. (IBFC/PM-BA/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR/2017) Assinale a alternativa que completa


corretamente a lacuna. Dentro do universo colonial, é importante destacar o cotidiano das
relações escravistas. Embora muitos proprietários vissem os cativos como simples “coisas” e
usassem a força e outros recursos para conservá-los nessa categoria, ______________________.
a) os escravos, os libertos e seus descendentes foram agentes passivos mesmo diante das
imposições feitas pelos proprietários
b) os escravos, os libertos e seus descendentes foram grandes parceiros dos indígenas no
início da colonização portuguesa
c) os escravos, os libertos e seus descendentes também foram agentes transformadores
de seu tempo
d) os escravos aceitavam as imposições culturais e religiosas da cultura portuguesa e, em
razão disso, não podem ser considerados agentes transformadores de seu tempo
e) os escravos, os libertos e seus descendentes também foram agentes conservadores de
seu tempo.

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Note que o trecho do enunciado “Embora muitos proprietários vissem os cativos como
simples “coisas” e usassem a força e outros recursos para conservá-los nessa categoria”,
exige um argumento contrário à coisificação dos sujeitos históricos das alternativas. Assim,
a alternativa “c” aponta esse argumento, já que todos os seres humanos em suas épocas
são construtores da história e, portanto, transformadores do seu tempo.
Letra c.

027. (INÉDITA/2023) A respeito do Primeiro Reinado (1822-31), governado por D. Pedro I,


é correto afirmar, exceto:
a) Foi caracterizado por fortes tensões entre o imperador e seus súditos.
b) A Constituição de 1824 era elitista, pois estabelecia o voto censitário, e era centralizadora,
ao criar o Poder Moderador.
c) O apoio das elites escravocratas não impediu a renúncia do imperador em 1831, pressionado
por vários movimentos populares.
d) A economia brasileira apresentou dificuldades financeiras e a continuidade de privilégios
aos portugueses.
e) A Confederação do Equador, uma revolta contra o imperador e que teve Pernambuco
como centro, foi duramente reprimida.

a) Certa. Lembre-se de que a Confederação do Equador de 1824 é exemplo dessa tensão


entre o imperador e seus súditos.
b) Certa. Essas são as duas principais características da Constituição de 1824, memorize-as.
c) Errada. Nem mesmo as elites escravocratas apoiaram o imperador.
d) Certa. O Império Brasileiro teve que pagar uma pesada indenização em troca do
reconhecimento de Portugal à Independência. Ademais, Portugal continuou com uma tarifa
alfandegária baixa (Tratado de Paz e Aliança de 1810: os ingleses pagariam 15% de imposto
sobre as mercadorias que desembarcassem nos portos brasileiros. Em contrapartida,
os navios portugueses se submeteriam ao valor de 16% de imposto e as outras nações
estrangeiras ficariam com um tributo de 24%.
e) Certa. Como vimos, a Confederação do Equador de 1824 foi duramente combatida
pelo imperador.
Letra c.

028. (PUC-MG/VESTIBULAR/2017) No processo de colonização do Brasil (sécs. XVI - XVIII), os


jesuítas tiveram papel de destaque na difusão do catolicismo. Sobre eles é correto afirmar, exceto:
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a) Detinham o monopólio da educação e, na segunda metade do século XVI, fundaram


colégios na cidade de Salvador e na Vila de São Vicente.
b) Sua tarefa missionária era a catequização dos índios, convertendo-os à verdadeira fé e
à recuperação de fiéis.
c) Construíram as missões para impedir a escravidão dos indígenas pelos coloniais e manter
o universo de valores culturais dos índios.
d) Foram expulsos de Portugal e das possessões coloniais pelo Marquês de Pombal, após
1750, devido ao seu poder econômico e político.

Atenção à pegadinha: Como pretendiam catequisar, isso implicava em modificar o universo


de valores culturais dos índios.
Letra c.

029. (UFES/1996) Confederação do Equador: Manifesto Revolucionário


“Brasileiros do Norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós,
após uma estúpida condescendência com os brasileiros do Sul, aclamastes vosso imperador,
quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforo atrevimento de um europeu no Brasil.
Acaso pensara esse estrangeiro ingrato e sem costumes que tem algum direito à Coroa,
por descender da casa de Bragança na Europa, de quem já fomos independentes de fato
e de direito? Não há delírio igual (...).” (BRANDÃO, Ulysses de Carvalho. A Confederação do
Equador, Pernambuco: Publicações Oficiais, 1924)
A causa da Confederação do Equador foi a:
a) extinção do Poder Legislativo pela Constituição de 1824 e sua substituição pelo Poder Moderador;
b) mudança do sistema eleitoral na Constituição de 1824, que vedava aos brasileiros o
direito de se candidatar ao Parlamento, o que só era possível aos portugueses;
c) atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a Constituinte de 1823 e outorgar uma
Constituição que conferia amplos poderes ao imperador;
d) liberação do sistema de mão de obra nas disposições constitucionais, por pressão do grupo
português, que já não detinha o controle das grandes fazendas e da produção do açúcar;
e) restrição às vantagens do comércio do açúcar pelo reforço do monopólio português e
aumento dos tributos contidos na Carta Constitucional.

Entre os fatores que explicam a eclosão desse movimento revolucionário, temos a ação
autoritária do imperador D. Pedro I, através do Poder Moderador, como um dos mais
importantes pontos que explicam a Confederação do Equador.
Letra c.

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030. (FCC/AL-PB/ASSESSOR TÉCNICO LEGISLATIVO/2013) As principais motivações para a


proclamação da Confederação do Equador, que ocorreu entre julho e novembro de 1824, foram a
a) difusão da recém promulgada Doutrina Monroe, que alimentava o sentimento antieuropeu,
e a popularidade de Frei Caneca junto às massas, fator responsável pela grande adesão
popular e pela absolvição desse clérigo após o fim da Confederação.
b) insatisfação das províncias do Norte e do Nordeste com a forte exploração econômica
exercida pelo Sudeste, e a abdicação de D. Pedro I em favor de seu filho, ato que fragilizou
a centralização política.
c) continuidade dos ideais e propósitos defendidos pela Revolução de 1817, e a ameaça de
dominação política por parte do governo da Bahia, que encabeçava uma luta pela emancipação
do Nordeste brasileiro, defendendo a instauração de outra monarquia.
d) reação ao autoritarismo de D. Pedro I, que outorgou uma constituição nesse mesmo ano, e
a tentativa de formar uma república composta por unidades federativas, fundamentalmente:
Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
e) influência direta do processo de independência vivido pelo Equador, o qual inspirou o
nome do movimento, e a busca por autonomia política, administrativa e econômica por
parte das províncias que eram as maiores produtoras de gado e cana- de-açúcar.

Lembre-se de que o Poder Moderador, criado pela Constituição de 1824 (outorgada =


imposta), aumentava o autoritarismo de Dom Pedro.
Letra d.

031. (EXÉRCITO/ESPCEX/CADETE DO EXÉRCITO/2008) A Confederação do Equador, proclamada


em 2 de julho de 1824, por Manuel de Carvalho,
a) contou com a adesão dos estados da atual região Norte do Brasil.
b) adotava provisoriamente a Constituição dos Estados Unidos da América.
c) mostrava-se sintonizada com o poder central, representado por D. Pedro.
d) defendia a instituição de uma monarquia constitucional.
e) buscava a organização de um governo representativo e republicano.

Influenciado pelos ideais iluministas, os revoltosos objetivavam implantar um regime


republicano.
Letra e.

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032. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR–BA/PROFESSOR ARTES PLÁSTICAS/2019) Observe as


imagens a seguir.

I – “A visita dos anjos a Abraão”, gravura francesa de Michel Dermane, publicada em Paris
(1728-30) e imediatamente difundida na América portuguesa.

II – “Abraão adora os três anjos”, pintura de Manuel da Costa Ataíde na Igreja de São Francisco
de Assis de Ouro Preto, entre 1801 e 1812.
A partir das imagens e de seus respectivos contextos de produção, assinale a afirmativa
que descreve corretamente a relação entre o barroco na Europa e na América portuguesa.

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a) O barroco europeu é um paradigma que foi transposto sem modificações para a América
portuguesa.
b) As matrizes do barroco europeu circulam na colônia, onde são reapropriadas com técnicas
e matérias primas próprias.
c) O barroco brasileiro busca uma emancipação do modelo europeu, para forjar uma
identidade nacional.
d) O barroco mineiro baseia-se no repertório pictórico francês, para superar a matriz lusa.
e) A arte colonial brasileira imita os estilos formais do barroco europeu e replica suas temáticas.

A arte barroca no Brasil Colônia adaptou as técnicas e temáticas europeias e os adaptaram


a realidade local, utilizando de outras matérias primas, como a pedra sabão.
Letra b.

033. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR HISTÓRIA/2019)

Vasco Fernandes, Adoração dos Reis Magos, 1501-1506 (detalhe)

O quadro acima representa a visita dos três reis magos ao menino Jesus, em que o indígena
da costa brasileira é retratado como rei mago, inovando a tradicional cena do relato bíblico.
Sobre o projeto missionário português, assinale a afirmativa correta.
a) Incorporou os nativos, a fim de universalizar a religião cristã.
b) Segregou os indígenas, relegando sua evangelização a ordens religiosas.

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c) Converteu os indígenas, a partir de uma visão multiculturalista.


d) Equiparou heresia e paganismo, para submeter os povos autóctones.
e) Negou a humanidade dos nativos, em função de suas crenças politeístas.

Questão de interpretação e contextualização. Interpretação porque o indígena está


incorporado ao universo cultural cristão da pintura. Contextualização porque você sabe
do papel dos jesuítas na evangelização e conversão dos nativos à fé católica.
Letra a.

034. (EXÉRCITO/ESPCEX/CADETE DO EXÉRCITO/2018) Quase duas décadas depois da


Conjuração Baiana, durante a estada da Família Real portuguesa no Brasil e o governo de
D. João VI, ocorreu um levante emancipacionista em Pernambuco que ficaria conhecido
como Revolução Pernambucana. Um dos motivos desta revolta foi
a) o fim do monopólio comercial de Portugal sobre a colônia.
b) a grande seca de 1816.
c) a elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves.
d) a liberação da atividade industrial no Brasil.
e) a cobrança forçada de impostos atrasados.

A grande seca de 1816 colocou os agricultores em difícil situação. Apesar disto, o governo
continuou exigindo o pagamento de impostos.
Letra b.

035. (EXÉRCITO/ESPCEX/CADETE DO EXÉRCITO/2009) “A primeira medida tomada pelo


regente D. João, ao chegar ao Brasil, foi decretar a abertura dos portos brasileiros às
nações amigas.” (SILVA, 1992)
Tal fato
a) significava, na prática, o fim do pacto colonial.
b) prejudicava a Inglaterra, que passaria a sofrer concorrência de outros países no comércio
com o Brasil.
c) contrariava, num primeiro momento, os interesses dos comerciantes brasileiros.
d) beneficiava a França, favorecida pela redução das tarifas alfandegárias nas relações
bilaterais.
e) criava condições igualitárias, quanto à tributação alfandegária, no comércio com Portugal
e com todas as demais nações.

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Com a Abertura dos Portos de 1808, o Brasil deixou a obrigação de comercializar exclusivamente
com Portugal. Nesse sentido, significou o fim do Pacto Colonial.
Letra a.

036. (EXÉRCITO/ESPCEX/CADETE DO EXÉRCITO/2007) A Família Real Portuguesa, fugindo


das tropas de Napoleão Bonaparte, trouxe para o Brasil uma corte parasitária, composta
por 15.000 pessoas. Para custeá-la, as despesas com o serviço público aumentaram e o
governo, para compensar, criou novos impostos, o que gerou protestos organizados e um
movimento armado de grandes proporções.
Tal movimento foi a
a) Revolução Constitucionalista do Porto.
b) Revolução Pernambucana.
c) Conjuração Baiana.
d) Cabanagem.
e) Conjuração dos Alfaiates.

a) Errada. A Revolução Constitucionalista do Porto – 1820 – exigia o retorno de D. João VI


a Portugal objetivando recolonizar o Brasil.
b) Certa.
c) Errada. A conjuração Baiana – 1798 - ocorreu antes da chegada da corte portuguesa.
d) Errada. A Cabanagem aconteceu durante o período regencial.
e) Errada. A Conjuração dos Alfaiates é outro nome dado a Conjuração Baiana.
Letra b.

037. (EXÉRCITO/ESPCEX/CADETE DO EXÉRCITO/2007) Durante o Segundo Reinado no Brasil,


surgiu em Pernambuco, no ano de 1848, um movimento popular que uniu “pessoas de várias
tendências, sobretudo progressistas, inconformadas com o quadro político-social de sua
província.” (BARBEIRO; CANTELE; SCHNEEBERGER, 2005, p. 347).
Tal movimento é conhecido como a
a) Revolta dos Mascates.
b) Cabanagem.
c) Sabinada.
d) Revolução Praieira
e) Balaiada.

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Atente-se para a data do enunciado: 1848. Assim, a única revolta que se identifica é a Revolução
Praieira. Na dúvida, consulte o mapa mental sobre o assunto.
Letra d.

038. (ESA/AVIAÇÃO/2009) A primeira constituição brasileira (1824) estabelecia, entre


outros fatores, a existência de quatro poderes. Aquele que era exercido exclusivamente
pelo imperador era o Poder:
a) Legislativo.
b) Judiciário.
c) Executivo.
d) Moderador.
e) Republicano.

D. Pedro instituiu o poder Moderador como forma de praticar um absolutismo disfarçado


na medida em que o utilizava caso ocorresse algum conflito entre os outros poderes. Assim,
garantia sempre o exercício da sua vontade. Essa medida centralizadora, como vimos, foi
um dos motivos da eclosão da Confederação do Equador de 1824.
Letra d.

039. (ESSA/COMBATENTE/2011) No ano de 1817, na Província de Pernambuco, deu-se uma


revolta contra o governo de D. João VI que ficou conhecida como
a) Revolução Liberal.
b) Cabanagem.
c) Confederação do Equador.
d) Revolta dos Alfaiates.
e) Revolução Pernambucana.

A Revolução Pernambucana (1817) serviu para dar início a uma revolta contra o governo
de D. João VI, que ficou conhecida como Revolução Pernambucana.
Letra e.

040. (ESA/AVIAÇÃO/1995) A Revolução Pernambucana de 1817 foi um movimento que pode


ser caracterizado como:
a) Ter contado coma participação de portugueses e espanhóis na luta contra holandeses.

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b) Ter sido um movimento que não sofreu influência dos ideais de liberdade surgidos na
Independência dos Estados Unidos da América.
c) um movimento que provocou descontentamento entre os portugueses por causa da
contenção de despesas de D. João VI, que não concedeu privilégios aos próprios portugueses.
d) o único movimento em que os revoltosos não instalaram um governo provisório e nem
defenderam o ideal republicano.
e) o movimento que contribuiu decisivamente no processo de independência política do Brasil.

A Insurreição Pernambucana influenciou o restante do país com suas ideias


emancipacionistas.
Letra e.

041. (IBFC/PM-PB/SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR COMBATENTE/2014) A Revolução Praieira


ocorrida na Província de Pernambuco, entre os anos de 1.848 e 1.850, foi uma revolta de caráter:
a) Popular armada contra o objetivo de explorar os recursos minerais e a mão de obra da
região, além de ampliar o mercado consumidor para seus produtos industrializados.
b) Republicana com descontentamento político com o governo imperial brasileiro, com
busca por parte dos liberais por maior autonomia para as províncias.
c) Popular devido a insatisfação com o elevado preço cobrado pelos produtos essenciais e
alimentos, além disso, reclamavam da carência de determinados alimentos.
d) Liberal e federalista, onde os senadores conservadores vetaram a indicação, para uma
cadeira do Senado de um liberal e da insatisfação com a falta de autonomia política das
províncias e concentração de poder nas mãos da monarquia.

A Revolução Praieira foi uma revolta de cunho liberal e federalista que aconteceu na província
de Pernambuco entre 1848 e 1850. O Senado brasileiro era controlado, em 1848, pelo Partido
Conservador. Assim, o senado vetou a indicação do liberal pernambucano Antônio Chinchorro
da Gama gerando a revolta de grupos políticos liberais de Pernambuco, já insatisfeitos com
a falta de autonomia política das províncias e a centralização do poder do Império.
Letra d.

042. (EXÉRCITO/ESFCEX/OFICIAL/2011) Sobre as relações entre colonos e jesuítas, no que


diz respeito ao uso da mão de obra indígena, analise as afirmativas abaixo e, em seguida,
assinale a alternativa correta.

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I – O uso da mão de obra escrava pelos colonos não conflitava com os interesses da Coroa e
nem com os dos jesuítas, mas ao insistirem no cativeiro indígena, os colonos despertaram
a oposição dos inacianos.
II – As relações contrárias aos padres jesuítas por parte dos colonos acentuou-se pelo fato
de os lusos acreditarem que os inacianos retardavam o desenvolvimento de suas atividades
econômicas ao dificultar o uso da mão de obra indígena.
III – Os jesuítas foram expulsos da Capitania de São Vicente porque os colonos os denunciaram
por transformar índios aldeados em escravos da Companhia.
a) somente I está correta
b) somente II está correta
c) somente III está correta
d) somente I e II estão corretas
e) somente II e III estão corretas

I – Certo. Os jesuítas não se opunham à escravidão do negro, porém consideravam os índios


almas que poderiam ser salvas, por isso foram contra a escravidão indígenas.
II – Certo. Os colonos queriam fazer os índios de escravos, mas os jesuítas foram contra.
III – Errado. Embora tenha havido luta entre jesuítas e colonos pelo controle da mão-de-
obra indígena, os jesuítas não buscavam escravizar os índios, buscavam catequiza-los.
Letra d.

043. (EXÉRCITO/ESPCEX/CADETE/2017) No início do século XVIII, a concorrência das Antilhas


fez com que o preço do açúcar brasileiro caísse no mercado europeu. Os proprietários de
engenho, em Pernambuco, para minimizar os efeitos desta crise, recorreram a empréstimos
junto aos comerciantes da Vila de Recife. Esta situação gerou um forte antagonismo entre
estas partes, que se acirrou quando D. João V emancipou politicamente Recife, deixando esta
de ser vinculada a Olinda. Tal fato desobrigou os comerciantes de Recife do recolhimento
de impostos a favor de Olinda. O conflito que eclodiu em função do acima relatado foi a
a) Revolta de Beckman.
b) Guerra dos Mascates.
c) Guerra dos Emboabas.
d) Insurreição Pernambucana.
e) Conjuração dos Alfaiates.

A Guerra dos Mascates (1710-11) foi uma revolta nativista ocorrida em Pernambuco, motivada
por dívidas contraídas pelos latifundiários de Olinda em um processo de empobrecimento

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devido à crise açucareira. Recife era o local de residência dos comerciantes portugueses,
pejorativamente denominados como mascates, que souberam explorar o delicado momento
financeiro da elite fundiária de Pernambuco. A autonomia política concedida aos mascates
pela Coroa portuguesa foi o estopim para a invasão dos olindenses ao pelourinho de Recife.
Os mascates foram apoiados pelo governo português que concretizou a repressão violenta.
Após a vitória dos comerciantes, Recife foi elevada a capital da província, despertando um
profundo sentimento antilusitano em Olinda.
Letra b.

044. (UFRGS/2019) A Revolução Praieira foi um movimento que arregimentou oligarcas e


setores empobrecidos da população pernambucana contra o Império do Brasil. Ao divulgarem
o “Manifesto ao Mundo”, os rebeldes exigiam, entre outras demandas, o voto livre e universal,
a independência dos poderes constituídos, o fim do Poder Moderador e o monopólio de
brasileiros no comércio varejista.
Em relação aos seus ideais, é correto afirmar que os rebeldes
a) Foram inspirados pela Revolução Francesa, eram favoráveis à centralização política no
poder executivo e partidários da presença portuguesa na economia.
b) Foram influenciados pela “Primavera dos Povos” de 1848, eram liberais e possuíam um
componente antilusitano.
c) Eram adeptos das teorias socialistas, incentivando a luta de classes e a administração
centrada no poder do imperador.
d) Lutavam contra o predomínio das oligarquias regionais, preconizavam a “revolução dos
pobres” e a independência da região Nordeste.
e) Defendiam o fim do Império, o retorno à condição colonial e o incentivo ao comércio interno.

Como vimos, as revoluções nacionalistas, liberais e socialistas que ocorriam na Europa em


1848 influenciaram a Revolução Praieira.
Letra b.

045. (PUCCAMP/VESTIBULAR/2014) Deflagrada em Pernambuco no ano a que o texto se


refere, a Revolução Praieira se insere no contexto revolucionário do século XIX e ao mesmo
tempo representa uma das últimas manifestações de rebeldia ao governo imperial. O núcleo
urbano que aderiu ao movimento, sob a liderança de Borges da Fonseca, pretendia a

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a) Antecipação da maioridade de D. Pedro, a extinção do voto censitário e a descentralização


do poder político.
b) Adoção do sistema federalista, a introdução do ensino primário gratuito e a coletivização
da propriedade privada.
c) Restauração do Conselho de Estado, a limitação do poder do rei e a instituição do
parlamentarismo.
d) Abolição da escravatura, a autonomia das províncias e a criação do Partido Republicano Regional.
e) Extinção do Poder Moderador, a proclamação da república e a instituição do sufrágio universal.

Lembre-se do Manifesto ao Mundo publicado pelos revoltosos. O movimento praieiro


pretendia proclamar uma república, findar o poder moderador de Dom Pedro II e instituir
o voto universal.
Letra e.

046. (UFRGS/VESTIBULAR/2006) Das rebeliões internas ocorridas no Brasil durante o Segundo


Reinado, destaca-se o sentido social da Revolução Praieira de 1848, porque:
a) O governo rebelde aprovou uma Constituição que tornava cidadãos brasileiros os
portugueses residentes no Brasil.
b) Pelo “Manifesto ao Mundo” os revoltosos pregavam o voto livre e universal para os brasileiros.
c) O imperador Pedro II estabeleceu uma política de conciliação, anistiando os líderes
revoltosos e integrando-os ao Senado Vitalício.
d) Entre as intenções dos revoltosos estava o desejo de livrar-se dos impostos excessivos
sobre a extração do ouro.
e) O movimento visava a isentar de servir no Exército chefes de família e proprietários rurais.

Lembre-se das primazias do Manifesto ao Mundo: Federalismo; Voto livre e Universal;


Independência dos poderes e fim do Poder Moderador; Liberdade de imprensa; Nacionalização
do comércio de varejo; Reforma do Poder Judiciário; Fim da lei do juro convencional; Fim
do sistema de recrutamento militar.
Letra b.

047. (UFAM/2015)
Quem viver em Pernambuco
Há de estar enganado
Que ou há de ser Cavalcanti

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Movimentos Sociais e Políticos em Pernambuco
Daniel Vasconcellos

Ou há de ser cavalgado
Quem for para Pernambuco
Leve contas pra rezar
Pernambuco é purgatório
Onde a gente vai penar.

Essas quadrinhas populares refletem a tradição de rebelião dos pernambucanos, manifestada


mais uma vez, em 1848, com a chamada “Revolução Praieira”. De acordo com seus conhecimentos
sobre esse movimento, considere as afirmativas a seguir:
I – A família Cavalcanti referida pela quadrinha detinha um terço dos engenhos de Pernambuco,
beneficiando-se do poder, restrito a uma minoria proprietária.
II – A falta de recursos e o alto preço da mão-deobra aproximaram lavradores e rendeiros
dos médios proprietários e dos comerciantes menos poderosos, que juntos engrossaram
a oposição pernambucana.
III – Assim como as Revoluções de 1848 na Europa representaram o encerramento de
uma onda revolucionária iniciada em 1789 com a Revolução Francesa, a Praieira, em
Pernambuco, correspondeu à última etapa das agitações políticas e sociais iniciadas com
a independência do país.
IV – A Praieira, embora inspirada no movimento revolucionário europeu, caracterizou-se
como um confronto armado entre camadas dominantes pernambucanas.
V – Os ideais socialistas e democráticos foram totalmente incorporados ao movimento
praieiro e aplicados no primeiro governo do Partido da Praia.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as afirmativas I, II, III e IV estão corretas
b) Somente as afirmativas I, II, III e V estão corretas
c) Somente as afirmativas I, III, IV e V estão corretas
d) Somente as afirmativas II, III, IV e V estão corretas
e) Todas as afirmativas estão corretas

A única afirmativa errada é a V, pois os ideais socialistas não foram totalmente incorporados
ao movimento.
Letra a.

048. (FCMSJF/2018) Leia o texto abaixo:


“Confederação do Equador: Manifesto Revolucionário Brasileiros do Norte! Pedro de Alcântara,
filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós, após uma estúpida condescendência com

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os Brasileiros do Sul, aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos.


Que desaforado atrevimento de um europeu no Brasil. Acaso pensará esse estrangeiro
ingrato e sem costumes que tem algum direito à Coroa, por descender da casa de Bragança
na Europa, de quem já somos independentes de fato e de direito? Não há delírio igual (… ).”
(Ulysses de Carvalho Brandão. A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR. Pernambuco: Publicações Oficiais, 1924).

Com base no texto e, em seus conhecimentos, podemos afirmar que:


a) Havia uma ampla harmonização de interesses no país, na organização do Estado Nacional.
b) O movimento defendia uma mudança do sistema eleitoral na Constituição de 1824, que
permitia aos estrangeiros naturalizados o direito de voto.
c) Era a favor da restrição às vantagens do comércio de borracha com os demais países platinos.
d) O movimento se posicionava contrário a atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a
Constituinte de 1823 e outorgar uma Constituição que conferia amplos poderes ao Imperador.

Lembre-se de que, através da Constituição de 1824, outorgada por Dom Pedro I, instituiu-
se o Poder Moderador, que centralizava o poder nas mãos do Imperador.
Letra d.

049. (FUVEST/1997) A chamada Guerra dos Mascates, ocorrida em Pernambuco, em 1710, deveu-se:
a) ao surgimento de um sentimento nativista brasileiro, em oposição aos colonizadores portugueses.
b) ao orgulho ferido dos habitantes da vila de Olinda, menosprezados pelos portugueses.
c) ao choque entre comerciantes portugueses do Recife e à aristocracia rural de Olinda pelo
controle da mão de obra escrava.
d) ao choque entre comerciantes portugueses do Recife e a aristocracia rural de Olinda,
cujas relações comerciais eram, respectivamente, de credores e devedores.
e) a uma disputa interna entre grupos de comerciantes, que eram chamados depreciativamente
de mascates.

Com o passar do tempo, os aristocratas de Olinda se sentiram ameaçados pelos comerciantes


portugueses de Recife, aos quais deviam grandes quantias em dinheiro. Assim que os
comerciantes buscaram a sua autonomia política em relação a Olinda, os grandes proprietários
de terra se mobilizaram militarmente afim de que tal situação não se concretizasse.
Letra d.

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050. (MS CONCURSOS/CBM-SC/2010)


“O Mendonça era Furtado
Pois dos paços o furtaram
Governador governado
Para o reino o despacharam.”

A cantiga popular refere-se à expulsão do governo da capitania de Pernambuco durante a


revolta do movimento nativista denominado:
a) Guerra dos Mascates.
b) Guerra dos Farrapos.
c) Revolta de Beckman.
d) Guerra dos Emboabas.

Essa é fácil. O único dos movimentos nativistas entre os listados que ocorreram em
Pernambuco foi a Guerra dos Mascates.
Letra a.

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