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HISTÓRIA

Ocupação da Região de
Pernambuco: da Pré-Colonização à
Organização da Colônia Portuguesa

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

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CÓDIGO:
230511083952

DANIEL VASCONCELLOS

Daniel Vasconcellos é pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade


Darwin (2013). Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas
- UNIPAM (2003). Possui mais de 15 anos de experiência em docência nas áreas de
História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia Científica, no Ensino Médio,
Superior e em preparatório para vestibulares e concursos. Atua como professor
concursado da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JENIFER MARCELA DE MOURA RAMOS - 13063917419, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
História
Ocupação da Região de Pernambuco: da Pré-Colonização à Organização da Colônia Portuguesa
Daniel Vasconcellos

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Ocupação da Região de Pernambuco: da Pré-Colonização à Organização da Colônia
Portuguesa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1. Ocupação Pré-Histórica de Pernambuco. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.1. Características Socioculturais das Populações Indígenas que Habitavam
o Território do Atual Estado de Pernambuco, antes dos Primeiros Contatos
Euro-Americanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2. Ocupação Pré-Colonial do Atual Estado de Pernambuco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.1. A Capitania de Pernambuco e a “Guerra dos Bárbaros”. . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3. A Lavoura Açucareira e a Mão de Obra Escrava. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.1. A Lavoura Açucareira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.2. Mão de Obra Escrava. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4. A Insurreição Pernambucana (1645-1654). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Mapas Mentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

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Daniel Vasconcellos

APRESENTAÇÃO
Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem?
A Polícia Militar do Estado de Pernambuco está em eminência de publicar o edital de
abertura do concurso PM/PE para provimento do cargo de Soldado. Trata-se de uma
excelente oportunidade para que você consiga a tão sonhada aprovação, a estabilidade
empregatícia e toda a gama de vantagens que poderá valer-se na condição de servidor
público do Estado de Pernambuco. Não é mesmo uma boa notícia?
Nesse sentido, ao elaborar esse material, o objeto primordial é que você alcance plenas
condições de GABARITAR A PROVA DE HISTÓRIA. Abordaremos a forma como os conteúdos
serão cobrados e alguns “macetes” para que você, querido(a) aluno(a), consiga resolver
com tranquilidade e confiança as questões de História.
Com relação ao conteúdo, o edital deverá valorizar a tão rica e significativa História
de Pernambuco. Não é para menos. Registros de povoamento na região remontam 11.000
anos. Pernambuco foi a “menina dos olhos” da Coroa Portuguesa à época do açúcar, da
escravidão. Tão importante que foi tomado pelos holandeses. Tão importante a ponto
de influenciar os destinos do país, os destinos de países europeus. Realmente, não é para
menos! Daí a necessidade de esmiuçarmos temas tão regionais e ao mesmo tempo tão
expressivos para a história do Brasil.
Além disso, você, meu(minha) querido(a) aluno(a), precisa ter como requisito o
conhecimento da História da sociedade a qual deverá proteger, zelar. Você será Policial
Militar do Estado de Pernambuco, Estado da Federação que possui uma população com
características culturais muito específicas. Como poderá defender uma sociedade que
você não conhece? Não é apenas uma disciplina cobrada para “encher linguiça”, para
testar sua alfabetização. É uma necessidade lógica muito bem trabalhada na seleção
pelas bancas examinadoras.
Assim, é muito importante que você tenha um grande escopo de conhecimento sobre
a História de Pernambuco, conhecimento esse que possibilitará que você tenha um alto
índice de acertos nas questões ou, melhor ainda, que você gabarite a prova e encaminhe
com solidez a sua aprovação em um cargo público.
Para tanto, a base que norteará todo o nosso curso será o diálogo, favorecendo uma
boa interação entre aluno(a) e professor e a resolução oportuna das eventuais e possíveis
dúvidas que por ventura surgirem.
Antes, porém, peço licença para uma breve apresentação.
Me chamo Daniel Vasconcellos, sou de Patos de Minas, interior de Minas Gerais. Pouco
antes de me formar em História, coisa de um ano antes, 2003, comecei a trabalhar como
professor no ensino médio. Tomei gosto pela coisa. Gosto do que faço, amo a docência. Foi
muito rápido, quando percebi já atuava em cursinhos preparatórios para concursos públicos,
vestibulares e no ensino médio da rede particular no interior de Minas. Passei a ministrar
também aulas de Filosofia, Sociologia e Geografia. Não faltava trabalho.
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Daniel Vasconcellos

Tive a sorte de ser “engolido” pelo sistema particular de ensino e recebia um salário
razoável, pelo menos pra quem desejava uma vida pacata no interior. Com isso não criei o
interesse por concurso público. Era feliz: trabalhava com o que gostava, mas... os ventos
mudaram. Em 2013, após perder minha maior carga horária de trabalho, resolvi ir para
Brasília, onde ainda resido.
Entre agosto e dezembro de 2013 tentei os concursos do Ministério do Trabalho, Câmara
dos Deputados e Secretaria de Educação do Distrito Federal. Fiquei muito mal quando não
vi meu nome aprovado no concurso da Câmara. Me sentia preparado, mas não era a minha
área. A concorrência era enorme para um salário de R$ 18.000. Três meses de preparação
é muito pouco tempo. Para um concurso deste porte eu já deveria estar me preparando.
Tudo é planejamento e disciplina.
Mas o negócio é levantar a cabeça, estudar mais e focar no próximo. Em dezembro fiz
as provas para a Secretaria de Educação, em fevereiro saiu o resultado e em julho já estava
fazendo o que gosto de novo! Mas o melhor de tudo: fazendo o que gosto, ganhando bem e
com estabilidade!!! A estabilidade é a cereja do bolo do serviço público. Não existe mais
aquela pressão de todos os finais de anos letivos em que ficávamos apreensivos sem saber
ao certo se teríamos emprego no ano seguinte. Em apenas um ano minha vida deu uma
guinada radical e hoje só me arrependo de não ter buscado os concursos públicos antes.
Se existe algo que eu possa passar com essa experiência é que não se pode perder
tempo! Você precisa se dedicar, mas com planejamento, sem desespero. Esse material
foi feito com muito carinho para que seu tempo seja otimizado, para que você não perca
tempo com o que não tem possibilidade aparecer na prova. Vamos ajudá-lo(a) a alcançar
seu objetivo, e digo mais, num curto espaço de tempo.
Você verá, meu(minha) caro(a) aluno(a) que o sacrifício vale muito! Não vá se sentir
culpado por não dedicar o tempo que seria justo à sua família e a seus amigos. Aquele
encontro fica pra depois, e vai ser muito mais prazeroso porque carregado da alegria pela
conquista do seu esforço!
Então vamos!!! Bora buscar seu cargo! Conte comigo em tudo o que for preciso para
alcançar seu objetivo.
Muito bem, feitas as apresentações, vamos ao curso:
Aula 1: Ocupação da região de Pernambuco: da pré-coloniação à organização da
colônia portuguesa.
• Ocupação pré-colonial do atual Estado de Pernambuco:
• Ocupação Pré-Histórica de Pernambuco;
• Características socioculturais das populações indígenas que habitavam o território
do atual estado de Pernambuco, antes dos primeiros contatos euro-americanos;
• A Capitania de Pernambuco: a “Guerra dos Bárbaros”;
• A lavoura açucareira e mão de obra escrava;
• A Insurreição Pernambucana (1645-1654)

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Aula 2: Movimentos Sociais e Políticos


• A Guerra dos Mascates;
• As instituições eclesiásticas e a sociedade colonial;
• A Província de Pernambuco no I e II Reinado: Insurreição Pernambucana de 1817,
Pernambuco no contexto da Independência do Brasil;
• Movimentos Liberais: Confederação do Equador e Revolução Praieira;

Aula 3: Escravidão e cultura africana em Pernambuco:


• O tráfico transatlântico de escravos para terras pernambucanas;
• Cotidiano e formas de resistência escrava em Pernambuco;
• Crise da Lavoura canavieira;
• A participação dos políticos pernambucanos no processo de emancipação/abolição
da escravatura.

Aula 4: Pernambuco Republicano


• Voto de Cabresto e Política dos governadores;
• Pernambuco sob a interventoria de Agamenon Magalhães;
• Movimentos sociais e repressão durante a Ditadura CivilMilitar (1964-1985) em Pernambuco;
• Herança afro-descente em Pernambuco; Processo político em Pernambuco (2001-2015).

METODOLOGIA

A ideia do curso é que você não precise utilizar nenhum outro material além deste
para se preparar para as questões de História. Cada detalhe do curso foi meticulosamente
preparado para sanar todas as dúvidas que puderem surgir.
Na parte teórica você encontrará uma narrativa leve e objetiva, com intuito de que
consiga enxergar, compreender a História de Pernambuco como um processo. Variados
exemplos, esquemas e mapas mentais serão utilizados para que consiga criar links
cognitivos. Você, em curto espaço de tempo, conseguirá ler uma alternativa e perceber
o seu erro por um pequeno detalhe, saberá identificar a única alternativa lógica para o
Universo da História de Pernambuco.
Ao final de cada aula, os principais pontos dos temas estudados serão reunidos em um
RESUMO. É ele o responsável para que você não tenha que voltar a ler as aulas incontáveis
vezes. Esse resumo terá a função de fazer você recordar o que fora estudado como uma
cadeia códigos que se conecta com sua memória, fazendo se lembrar, inclusive, de como
o assunto poderá ser cobrado.

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Detalharemos cada fato relevante à compreensão do processo, mas isto só terá sentido
na medida em que ajudá-lo(a) a resolver as questões, a fazer bem a prova. Não vamos
perder tempo com detalhes menores já que o objetivo não é que você escreva um artigo
científico sobre “A Influência da Revolução Científica Moderna sobre o Governo de Maurício
de Nassau em Pernambuco”.
Não se preocupe, ao final do curso você estará muito bem preparado para realizar uma
excelente prova.

SUPORTE
A dúvida é o princípio do conhecimento. Questionar, indagar... é assim que a
humanidade chegou no atual estágio de desenvolvimento. Por isso, questione. Não
tenha receio em perguntar.
Caso a dúvida não seja sanada de maneira firme, objetiva, o processo de aprendizagem
pode ser comprometido. Por isso, não hesite em questionar. Estarei à disposição para sanar
quaisquer dúvidas que tiver.

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OCUPAÇÃO DA REGIÃO DE PERNAMBUCO: DA PRÉ-


COLONIZAÇÃO À ORGANIZAÇÃO DA COLÔNIA
PORTUGUESA
Estimado(a), a história de Pernambuco é marcada por inúmeros conflitos, por lutas
sangrentas. Além de ser um dos berços da origem do homem no território brasileiro, em
muitos momentos, Pernambuco foi responsável pela consolidação do espaço geográfico
de nosso País. Portanto, não há como estudar a história de Pernambuco sem que
façamos, sempre que viável, uma contextualização. Em outras palavras: a história
mundial, desde 1500 com a chegada dos portugueses, influencia e é influenciada
pela história de Pernambuco.
Assim, preparamos uma pequena linha do tempo da História do Brasil, separando
didaticamente os períodos (Pré-História, Colônia, Império, República) e listando os
conteúdos de História do Brasil que devem ser abordados por serem relacionados a
História de Pernambuco.
Observe:

Este esquema-resumo será sempre revisitado. Ao final do curso conseguirá recordar de


todo o conteúdo apenas consultando-o. Isso mesmo: com apenas esse pequeno organograma
você conseguira se lembra de tudo o que precisar.

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1. OCUPAÇÃO PRÉ-HISTÓRICA DE PERNAMBUCO


Querido(a), Pré-História é um conceito que define, didaticamente, o período da
humanidade em que o homem não sabia ler ou escrever. O surgimento da escrita marca o
início da História da Humanidade. No caso do Brasil, o portugueses trouxeram a escrita e, por
isso, sua chegada marca o fim da Pré-História do Brasil e o início do que chamamos Brasil
Colônia (período em que o Brasil era controlado política e economicamente por Portugal.)
Vestigios seguros mostram que a ocupação de Pernambuco ocorreram a cerca de 11.000 anos,
na região de Chã do Caboclo, em Bom Jardim, e Furna do Estrago, em Brejo da Madre de Deus.
Inclusive, em Furna do Estrago, foi descoberta uma importante necrópole pré-histórica,
com 125 metros quadrados de área coberta, onde resgataram 83 esqueletos humanos em
bom estado de conservação.

Gurpos indígenas de Pernambuco:


ITAPARICA: Esse grupo indígena moldou uma tradição cultural responsável por produzir
artefatos de pedra lascada há mais 6.000 anos.
CARIRIS VELHOS: Subtradição responsável pela produção de pinturas rupestres datadas
de aproximadamente de 2.000 anos. O sítio de Alcobaça, localizado na zona rural do
município de Buíque, desperta interesse da comunidade cientifica internacional pela
quantidade de pinturas rupestres.
CAETÉS, TABAJARAS: Grupos indígenas já desaparecidos..
PANKARARU (em Tacaratu) e os ATIKUM (em Floresta): Nos brejos de altitude do Estado
de Pernambuco ainda encontramos os PANKARARU, em Tacaratu, e os ATIKUM, em Floresta.

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1.1. CARACTERÍSTICAS SOCIOCULTURAIS DAS POPULAÇÕES INDÍGENAS


QUE HABITAVAM O TERRITÓRIO DO ATUAL ESTADO DE PERNAMBUCO, ANTES
DOS PRIMEIROS CONTATOS EURO-AMERICANOS
A seguir, de maneira objetiva, uma lista das características socioculturais desses povos:
• Semi-nômades: migravam de acordo com a necessidade de recursos mas, também,
praticavam o cultivo rudimentar da mandioca;
• Ágrafos: não dominavam nenhum tipo de escrita. Importante destacar que pintura
rupestre é uma forma de comunição artistica, rústica, mas não pode ser classificada
como algum tipo de escrita;
• Sociedades Tribais;
• A propriedade era coletiva. Não existia propriedade privada.
• Faziam quimadas controladas para abrir clareiras e descampados (coivara).

Existem várias grutas no vale do catimbau que guardam registros de sepultamento e pinturas
rupestres. Usavam jenipapo e urucum misturados com pigmentações metálicas para produzir
suas pinturas. Registravam desenhos de animas, figuras humanas e desenhos geométricos.
Em sua maioria, os grupos indígenas que habitavam a zona litoral Pernambucana
falavam a língua Tupi. Seus laços sociais eram embasados no parentesco, em aldeias de
milhares de pessoas, dividindo as tarefas de acordo com o gênero e a idade.

001. (IAUPE/PM/PE/2016) “...não se pode ignorar o NE na hora de se discutir a antiguidade do


homem na América e as vias de dispersão por ele percorridas, não importando se foi há 20,
30 ou 40 mil anos... É conhecida de todos a longa sequência estratigráfica lograda no Sítio
do Boqueirão da Pedra Furada, que pode significar a permanência do homem pré-histórico
nesse sítio, a partir de 48 mil anos. Mas a Pedra furada não é um caso único.” (MARTIM, G.
Pré-História do Nordeste: pesquisas e pesquisadores. Clio Arqueológica, Recife: UFPE, n. 12,
p. 7-15. ano 1997. p.11. Adaptado.
Em Pernambuco, por exemplo, localizado no município de Buíque, o sítio de “Alcobaça”
possui um dos maiores e mais representativos painéis de figura rupestre do estado, que,
por seu tamanho e complexidade, é de grande relevância para o entendimento da pré-
história local e nacional. Em relação ao estudo do período pré-colonial sobre o atual estado
de Pernambuco, assinale a alternativa INCORRETA.

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a) O sítio “Furna do Estrago”, localizado no município do Brejo da Madre de Deus, é de grande


importância para o entendimento dos grupos que habitaram o atual agreste nordestino,
uma vez que permite se entender um pouco mais sobre os rituais funerários da época.
b) O material arqueológico, encontrado nos sítios que remontam ao período pré-colonial
do estado, é fundamental para se entender o povoamento da região, bem como parte das
características socioculturais daqueles que os utilizaram.
c) As figuras rupestres, encontradas em vários sítios de Pernambuco, são de grande relevância
para a compreensão das populações que habitaram as terras pertencentes hoje a esse estado.
d) Embora a região da Zona da Mata também possua vestígios da presença dos Homo
Sapiens Sapiens, o Agreste e o Sertão pernambucano, durante o longo período pré-colonial,
são os locais onde pode ser encontrado o maior número de sítios arqueológicos do Estado.
e) Embora “Alcobaça” possua grande representatividade entre os arqueólogos, o estado
de Pernambuco, como um todo, tem pouca importância para o entendimento do período
pré-colonial. Isso se deve, dentre outras coisas, ao pequeno número de sítios encontrados
em seu território.

Ainda que você nunca tivesse ouvido falar sobre Alcobaça, pintura rupestre, Sítio “Furna do
Estrago”, a alternativa errada apresenta um discurso de desprezo para com a rica história
de Pernambuco. Toda alternativa que apresentar a você esse desmerecimento para com a
importância do tema abordado, deverá ser considerada errada! Além disso, o argumento que
se segue é falso. Existe um grande número de sítios arquelógicos, além dos mencionados,
em Pernambuco: Sítio do Peri-Peri, do Tubarão, Parque Nacional Da Serra Do Catimbau etc.
Letra e.

2. OCUPAÇÃO PRÉ-COLONIAL DO ATUAL ESTADO DE


PERNAMBUCO
Querido(a) aluno(a), os portugueses chegaram ao Brasil em 1500 e, no entanto, não
ocuparam o território de imediato. Daí a nomenclatura Pré-Colonial para nos referirmos aos
trinta anos que se seguem. Portanto, entre 1500 e 1530, a ocupação territorial se limitou a
FEITORIAS: uma mistura de forte para defesa do território e armazém. Mas por que isso?
A resposta fica mais interessante e compreensível quando feita em partes:

Por que a Coroa Portuguesa decidiu não explorar a colônia brasileira entre os anos de
1500 e 1530?

• Porque não encontraram metais precisosos em expedições;


• Porque o comércio com as Índias era suficientemente lucrativo;
• Porque em 1500 a única nação que detinha tecnologia naval para tomar a colônia
brasileira de Portugal era a Espanha, que celebrou o Tratado de Tordesilhas com Portugal.

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Por que a Coroa Portuguesa decidiu passar a explorar a colônia brasileira a partir dos
anos de 1530?

• Porque tiveram notícias da descoberta de ouro e prata na américa espanhola;


• Porque o comércio com as Índias entrou em crise;
• Porque países como França, Inglaterra, Holanda e Bélgica, desenvolveram suas frotas
marítimas e passaram a representar uma grande ameça ao controle português
sobre a colônia.
Esclarecendo: Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, foi um tratado
celebrado entre o Reino de Portugal e a Coroa de Castela(Espanha) para dividir as terras do
globo, “descobertas e por descobrir”, por ambas as Coroas fora da Europa.

Fonte desconhecida

Entre 1500 e 1530, o único produto explorado era o pau-brasil. Como ainda não haviamos passado
pela Revolução Industrial, não existiam corantes sintéticos. O pau-brasil foi muito utilizado nas
manufaturas têxteis. As concessões para exploração eram dadas pela cora e chamadas de estanco.
Para cortar a madeira e levar aos navios era necessária uma grande quantidade de mão
de obra. A modalidade de exploração da mão de obra indígena recebeu o nome de escambo:
troca de presentes, de artefatos e animais que não existiam aqui pelo trabalho dos índios.
Não escravizaram os índios. A Coroa Portuguesa seguia a risca o ordenamento da igreja em
não escravizar os nativos, considerados almas puras do paraíso.
Para nos situarmos:
Antes de darmos sequência, entendo ser necessário que faça um pequeno apontamento
sobre o entendimento do que são os “Ciclos Econômicos da História do Brasil”. Isso é importante
para que consiga relacionar a atividade econômica do período com os eventos sociais e
políticos que se sucedem a longo do curso. Esse esquema é de grande utilidade na resolução
de questões sobre conflitos em Pernambuco, principalmente relacionadas ao ciclo do açucar.

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A história de Pernambuco passa, necessariamente, por estes ciclos econômicos.


Entretanto, para o objetivo a ser alcançado, dedicaremos mais tempo a discutir o ciclo de
açúcar, porque é essa atividade econômica e sua sequente crise que moldaram os principais
eventos históricos cobrados pela IAUPE.

2.1. A CAPITANIA DE PERNAMBUCO E A “GUERRA DOS BÁRBAROS”


Querido(a) aluno(a), a Coroa Portuguesa voltou seus olhos para a colônia brasileira e
dicidiu povoá-la, explorá-la, afim de resolver sua crise econômica e impedir que outras
nações tomassem o teritório da colônia.
O problema é que a coroa portuguesa não tinha recursos financeiros para promover
essa empreitada. Eis então a solução proposta: terceirizar a tarefa da colonização,
entregando lotes de terras a fidaldgos(nobres portugueses). Nasceram assim as
Capitanias Hereditárias.
Observe:

IBGE - 2018

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CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
Faixas de terra que partiam do litoral para o interior até a linha imaginária do Tratado
de Tordesilhas. De ínicio, foram quinze Capitanias que eram entregues para usufruto do
Donatário. Importante destacar que o donatário não era dono da terra, ele possuía o
direito de explorá-la, direito esse estendido a seus descendentes.
No campo jurídico, existiam dois documentos para regulamentar as relações entre a
Coroa Portuguesa e os donatários:
• Carta de Doação: documento que dava ao donatário o direito de exploração da
terra e repassar esse direito a seus descendentes. Também autorizava o donatário
a construir vilas e engenhos com o objetivo de povoar;
• Carta Foral: documento que regulamentava tributos e a divisão dos lucros da capitania
entre a Coroa e os Donatários
O sistema de Capitanias era extremamente vantajoso para a Coroa Portuguesa, pois tranferia
a responsabilidade da empresa de coloniação para os fidalgos. Entretanto, os donatários
passaram por grandes dificuldades: desenvolver a colônia com poucos recursos financeiros,
a distância em relação à metrópole (Portugal) e os constantes conflitos com os nativos.
Diante dessas dificuldades, a maioria das capitanias não conseguiu vingar, desenvolver
sua economia e gerar tributos para a Coroa. As únicas exceções foram a Capitania de
Pernambuco e a Capitania de São Vicente.

Por que a Capitania de Pernambuco prosperou?

• Resposta: A terra fértil possibilitou o cultivo da cana-de-açúcar e a construção de


engenhos. Alem disso, a distância em relação a Portugal era menor se comparada as
outras capitanias.
O atual estado de Pernambuco é o equivalente à Capitania de Pernambuco e a Capitania
de Itamaracá. A primeira foi doada por Dom João III ao donatário Duarte Coelho no dia 10
de março de 1534. A segunda foi doada a Pero Lopes de Sousa. A Carta Foral da Capitania de
Pernambuco foi usada como modelo para as demais capitanias do Brasil. Em 1535, Duarte
Coelho tomou posse da Capitania e lhe batizou “Nova Lusitânia”. Entretanto, pouco tempo
depois foi rebatizada Capitania de Pernambuco.
Igarassu e Olinda foram os primeiros povoados instalados ainda na chegada de Duarte
Coelho. No ano de 1537, esses pirmeiros povoados estabelecidos foram elevados a categoria
de vila. Olinda recebeu o status de capital administrativa da capitania. O porto de Olinda
deu origem a atual cidade de Recife.
Essas vilas serviram como ponto de partida para expedições ao interior da colônia,
assegurando o controle e a expansão, além de combater a resitência indígena. Duarte
Coelho instalou grandes engenhos de açúcar e incentivou também a produção de algodão.

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002. (UPENET/IAUPE/PM PE/POLICIAL MILITAR PM/SOLDADO/2018)

Em relação ao primeiro século de colonização, assinale a alternativa CORRETA.


a) A expansão territorial da capitania de Pernambuco se deveu mais ao seu primeiro
donatário, Duarte Coelho, que a seus filhos e cunhado, Jerônimo de Albuquerque. Estes se
detiveram a consolidar a região habitada.
b) A conquista da porção interiorana da capitania de Pernambuco, principalmente a região
designada por sertões, foi facilitada pela docilidade dos grupos indígenas que ali habitavam.
c) Em Igarassu, ainda na primeira metade do século XVI, os colonos portugueses enfrentaram
a resistência dos nativos, que cercaram essa vila por muitos dias, tendo que contar com o
apoio dos que habitavam em Itamaracá para romper o cerco indígena.
d) Os franceses foram grandes aliados dos portugueses na defesa do norte do Brasil e da
Guiana Francesa. Em Pernambuco, por exemplo, as tropas dessas duas nações repeliram
os caetés.
e) Como a sociedade era extremamente patriarcal, o comando da capitania de Pernambuco,
quando da ausência de Duarte Coelho, ficava sob a responsabilidade do seu cunhado, uma
vez que D. Beatriz de Albuquerque, sua esposa, era considerada inapta à tarefa.

a) Errada. Não houve expansão da capitania, mas redução. A capitania perdeu o que hoje
conhecemos como os estados da Paraíba, Alagoas, Ceará Rio Grande do Norte e também
parte da Bahia.
b) Errada. Não havia docilidade dos indígenas. Os portugueses se aproveitaram das rivalidades
dos diversos povos indígenas para conquistar o território.
c) Certa.
d) Errada. Na luta contra os índios foram os bandeirantes quem ajudaram e não os franceses.
Além do mais houve
e) Errada. Depois de sua morte quem assumiu a capitania foi justamente a sua esposa D.
Beatriz de Albuquerque.
Letra c.

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A GUERRA DOS BÁRBAROS


A Guerra dos Bárbaros foi um conjunto de conflitos, rebeliões e confrontos que envolveu as
várias etnias indígenas, chamadas genericamente de Tapuias, e os colonizadores portugueses
após a expulsão dos Holandeses. Não se preocupe, falaremos sobre o Brasil Holandês
mais adiante.
O nome “Bárbaro” é uma referência aos povos “não civilizados” que viviam fora do
Império Romano. Fácil entender a relação, não é verdade?
Esses confrontos representam a resistência dos povos nativos à invasão dos colonizadores
sobre seus territórios a partir de 1683. Os portugueses retomaram o avanço sobre o interior
do Nordeste, principalmente para a criação de gado. Essa atividade econômica foi subsidiária
à atividade açucareira. Nas áreas litorâneas o plantio de açúcar ocupava grande extensão
de terras, o que inviabilizava a pecuária. No entanto, era necessário carne e força motriz
para o transporte (carros de boi) e para os engenhos. Por isso sua interiorização.
Os portugueses não mediram esforços para realizar a conquista. Convocaram bandeirantes
paulistas (Domingos Jorge Velho) e fortificaram seu efetivo militar. Do outro lado, as várias
etnias indígenas tapuias do interior nordestino se uniram em uma aliança de várias tribos:
paiacus, cariris, icós, caipus, caratiús e janduís. Essa aliança foi chamada pelos portugueses
de Confederação dos Cariris ou Confederação dos Bárbaros e foi derrotada apenas em 1713.

003. (IAUPE/PM/PE/2016) Segundo o historiador Pedro Puntoni, no livro “A Guerra dos


Bárbaros”, “Sem dúvida alguma, a compreensão dos povos ditos tapuias como uma unidade
histórica e cultural, em oposição não só ao mundo cristão europeu mas aos povos tupis,
habitantes do litoral, foi um dos elementos mais importantes na caracterização coeva da
unicidade dos conflitos ocorridos no Nordeste, ao longo das décadas finais dos Seiscentos
e início dos Setecentos, no contexto específico do processo de expansão da pecuária e,
portanto, da fronteira. De fato, a extensa documentação colonial refere-se ao conjunto de
confrontos e sublevações dos grupos tapuias do sertão nordestino como uma “Guerra dos
Bárbaros”, unificando, dessa maneira, situações e contextos peculiares. Por isso, tal como
no episódio da chamada Confederação dos Tamoios, inventada pela intuição de Gonçalves
de Magalhães, a Guerra dos Bárbaros foi igualmente tomada pela historiografia como uma
confederação das tribos hostis ao império português, um genuíno movimento organizado de
resistência ao colonizador. (...) Câmara Cascudo, que conhecia bem a documentação colonial
do Rio Grande, criticou em sua História aqueles que, “lembrando a dos tamoios”, chamavam
a Guerra dos Bárbaros, “romanticamente”, de confederação dos cariris. Não houve plano
comum nem unidade de chefia.” (PUNTONI, Pedro. A Guerra dos Bárbaros - Povos Indígenas
e a Colonização do Sertão Nordeste do Brasil, 1650-1720. São Paulo, Hucitec, 2002, p.77;79).

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A partir do texto acima, assinale a alternativa CORRETA.


a) O autor defende que a existência de uma confederação dos cariris, ou mesmo, de uma
Guerra dos Bárbaros generalizada são criações dos historiadores que mal interpretaram a
documentação colonial.
b) O autor associa a Guerra dos Bárbaros à Confederação dos Tamoios, defendendo que
ambas foram movimentos sociais indígenas contra a colonização.
c) O autor defende a existência de um confronto entre as forças da colonização e as
populações indígenas sertanejas, organizadas em uma frente comum.
d) O texto defende que nunca existiu um levante indígena sertanejo contra a colonização,
tendo sido a Guerra dos Bárbaros apenas uma invenção da historiografia.
e) Segundo o autor, por não haver unidade na resistência indígena contra a colonização,
essa resistência não teria existido.

Querido(a) aluno(a), essa questão em específico é muito mais de interpretação de texto do


que necessariamente de conhecimento sobre a temática. O autor é enfático em defender que
os portugueses “criaram” a nomenclatura “Guerra dos Bárbaros”. Outro ponto importante:
a Confederação dos Tamoios não possui relação alguma com a “Guerra dos Bárbaros”. Não
me ocuparei aqui de elucidar sobre os Tamoios, já que isso foge do seu objeitivo.
Letra a.

3. A LAVOURA AÇUCAREIRA E A MÃO DE OBRA ESCRAVA


3.1. A LAVOURA AÇUCAREIRA
O grande centro econômico da colônia portuguesa nos primeiros séculos da colonização
foi, sem sombras de dúvidas, Pernambuco. Tanto o foi, que a capital administrativa da
Colônia passou a ser Salvador, pela proximidade de Pernambuco. Para se ter uma ideia,
quando a economia açucareira entrou em decadência e surgiu a economia mineradora na
região de Minas Gerais, a capital administrativa da colônia passou a ser o Rio de Janeiro.
Mas por que o açúcar foi a atividade escolhida pelos portugueses?
• O preço do açúcar na Europa estava elevado;
• Os portugueses já tinham a experiência da atividade na Ásia;
• O clima e a terra fértil (solo de massapê) eram propícios.
Unidade Produtora:
• Casa-Grande: Residência do Senhor de Engenho e seus familiares.
• Senzala: Onde viviam os escravos.
• Capela: demonstra a importância e a influência da igreja católica no processo
de colonização
• Canavial: latifúndio.
• Engenho: Casa de moagem, casa de fervura, casa de purgar.

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As bases da produção açucareira foram a Monocultura, a Escravidão, a Exportação e


o Latifúndio. Você, meu(minha) querido(a) não vai se esquecer do MEL da economia
açucareira. Não se esqueça dessa dica! Será valioso saber dessas características na hora
de gabaritar a questão.

Sistema de Plantation da economia açucareira:


• Monocultura: plantio de um único gênero agrícola;
• Escravidão: mão-de-obra utilizada;
• Exportação: toda a produção visava o mercado externo;
• Latifúndio: grande propriedade permitindo vastas lavouras de cana-de-açúcar.

SOCIEDADE AÇUCAREIRA
Caro(a) aluno(a), a forma como a sociedade pernambucana se organizou, se estruturou
e criou relações entre os indivíduos, é toda relacionada com a produção açucareira.
Veja:
O topo da pirâmide social usufruía da riqueza gerada enquanto os escravos eram
responsáveis por toda a produção.

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Características da Sociedade Açucareira:


• Patriarcal: é a figura do Senhor de Engenho, do pai, do homem que manda. É assim
uma sociedade machista.
• Rural: diferentemente da sociedade mineradora, em que se formaram núcleos urbanos
no entorno das minas.
• Estamental: não havia mobilidade social. O negro não conseguia abandonar sua
situação de escravidão a não ser que fugisse para um quilombo, como veremos mais
adiante. Ele não sairia da base da pirâmide, não ascenderia.
Algumas curiosidades ilustram bem como era o cotidiano do engenho de açúcar.
Vamos a elas:
Existiam muito mais escravos do que moradores da Casa Grande. Além do açúcar, a
cana também foi utilizada como matéria-prima para outros produtos. A cachaça era um
resíduo descartado da produção do açúcar e usada pelos escravos para preparar a carne
do cachaço (macho) e da cachaça (fêmea), uma espécie de porco selvagem. Foi o porco o
quem deu nome à bebida.
Os senhores de engenho logo utilizaram da bebida para “acostumar” o escravo ao
trabalho na lavoura. Logo nas primeiras horas do dia, já serviam dozes aos negros.
Não era raro que o senhor de engenho tivesse relações com suas escravas. Apesar de
ocorrerem muitos estupros das “mercadorias”, haviam casos em que as escravas seduziam
o senhor de engenho visando um trabalho no interior da Casa Grande para fugir do
sofrimento da lavoura.

004. (UPENET/IAUPE/PM PE/POLICIAL MILITAR PM/SOLDADO/2018)

Em relação à economia açucareira no período colonial, assinale a alternativa CORRETA.


a) Sem possuir uma experiência concreta no cultivo e produção do açúcar, Portugal,
inicialmente, teve dificuldades em implementar o empreendimento açucareiro no território
da Capitania de Pernambuco.
b) A mentalidade da colonização portuguesa fez com que os recursos obtidos no comércio
do açúcar fossem transferidos para a metrópole, não permitindo o desenvolvimento da
Capitania de Pernambuco nem altos investimentos na produção açucareira.

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c) Muito importante para a comercialização do açúcar durante o “Período holandês”, os


cristãos novos de origem judaica praticamente não tiveram acesso ao tráfico do açúcar
no período colonial em Pernambuco, pois a Santa Inquisição proibia a participação destes.
d) Os escravos africanos, ao contrário dos indígenas da América Portuguesa, não estavam
habituados a manejar lavouras destinadas à produção capitalista, o que dificultou, mas
não impossibilitou, a introdução daqueles no empreendimento do açúcar.
e) Duarte Coelho assumiu um papel agressivo no lançamento do empreendimento açucareiro
na Capitania de Pernambuco, trazendo para esta artesãos e especialistas das ilhas do Atlântico.

A Capitania de Pernambuco foi uma das poucas que obtiveram êxito. Parte dos fatores
favoráveis a isto foi a política de incentivo para trazer pessoas que já plantavam açúcar
nas ilhas invadidas por Portugal anteriormente ao Brasil.
a) Errada. Portugal já dominava a técnica de produção de açúcar;
b) Errada. Apesar de a maioria das riquezas advindas da produção açucareira de fato terem
ido para Lisboa, durante o período em que Pernambuco foi controlada pelos holandeses,
no governo de Maurício de Nassau, ocorreram investimentos para a própria produção.
Voltaremos a essa temática mais adiante.
c) Errada. Os cristãos novos também tiveram participação no “tráfico do açúcar”;
d) Errada. Os trabalhadores de origem africana que foram escravizados já tinham experiência
com o plantio de açúcar, por isso foram alvo da brutalidade escravista portuguesa.
Letra e.

3.2. MÃO DE OBRA ESCRAVA


Querido(a), a escravidão não é uma invenção dos Portugueses e nem foram eles os responsáveis
por introduzir essa prática no continente africano. Os africanos de tribos inimigas capturavam
negros para serem vendidos nas Feitorias do litoral africano. Mas, antes de seguirmos, preciso
atentá-lo (a) para uma característica fundamental das economias europeias que influenciou
consideravelmente o Tráfico de Escravos. Estamos falando do Mercantilismo.
O mercantilismo é o conjunto de ideias e práticas econômicas adotadas durante o
Capitalismo Comercial (séculos XIV a XVIII). A base da atividade era a troca de mercadorias
e o lucro era, não em dinheiro, mas em espécie.
Os Portugueses realizavam o chamado comércio triangular: Trocavam o açúcar brasileiro
por escravos africanos, traziam os escravos nos navios negreiros e trocavam por mais do
açúcar brasileiro. Trocavam manufaturados europeus por escravos e pelo açúcar etc.

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Entre os povos africanos que foram trazidos podemos citar os:


• Bantos: mais ao sul do país, na mineração.
• Sudaneses: mais altos e fortes, foram usados nas lavouras de cana-de-açúcar do
nordeste brasileiro.
Essa migração, somada a existência de povos nativos e à chegada dos europeus fez
com que a miscigenação se tornasse um traço evidente no nosso país. Recorde comigo a
miscigenação básica da nossa cultura:
• Mulato: resultado da mistura de brancos e africanos - na época colonial, quase
sempre branco e negra -, vem de mula;
• Cafuzo ou carafuzo: é resultado da união entre negro e índio;
• Mameluco: mestiço de branco e índio.

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Meu (minha) amigo (a), apenas uma parte da escravidão africana foi tratada nessa aula,
a que nos interessa nesse momento, como uma atividade econômica. Na nossa terceira
aula, voltaremos a tratar assunto com maior foco na resistência dos negros, sua luta pela
abolição e suas heranças culturais africanas em Pernambuco.

005. (FGV/SEDUC-AM/Professor/Ciclo Regular/2014) “O Brasil de hoje é um país miscigenado


porque vários povos contribuíram para sua formação, a saber, os nativos (os índios), os
colonizadores principais (os portugueses), os ‘demais colonizadores’ em forma de imigrantes
(italianos, japoneses, alemães, entre outros), além daqueles (...) que vieram para o Brasil de
forma compulsória a datar do início da colonização até o final do século XIX (africanos).”
(Adaptado. Revista Multidisciplinar, (UNIESP), 14, dez. 2012.)
Com base nesse processo de miscigenação, relacione os vocábulos a seguir às definições
correspondentes.
1. Cafuzo
2. Caboclo
3. Nissei

( ) Termo usado para denominar a descendência de ameríndios e brancos.


( ) Termo utilizado para designar a descendência de imigrantes japoneses.
( ) Termo usado para nomear os descendentes de negros africanos e ameríndios.

Assinale a opção que mostra a relação correta, de cima para baixo.


a) 1 – 3 – 2.
b) 1 – 2 – 3.
c) 2 – 3 – 1.
d) 2 – 1 – 3.
e) 3 – 2 – 1.

Essa exige que você compreenda os vocábulos das miscigenações. Recorde: Mulato: resultado
da mistura de brancos e africanos - na época colonial, quase sempre branco e negra -, vem
de mula; Cafuzo ou carafuzo ou caboclo: é resultado da união entre negro e índio; Mameluco:
mestiço de branco e índio.
Letra c.

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4. A INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA (1645-1654)


Caro(a) aluno(a), aqui precisaremos fazer uma pausa e contextualizar a Capitania de
Pernambuco, maior produtora de açúcar e menina dos olhos de Portugal, e seu papel
na geopolítica da Europa. Sim meu(minha) amigo(a)! De nada irá adiantar discutirmos a
Insurreição Pernambucana se não souber o porquê de ela acontecer.

Como os Benditos Holandeses Entraram na história de Pernambuco?

Vou tentar resumir a situação sem que para isso venha a gastar muito do seu precioso
tempo. Sei que ainda precisa revisitar conteúdos de outras matérias. Então vamos:
Em 1580 D. Sebastião, rei de Portugal, faleceu sem deixar herdeiros. Felipe II, Rei da
Espanha e parente mais próximo do morto, unificou as coroas Portuguesa e Espanhola sob
sua batuta (União Ibérica – 1580 – 1640).

Ah, mas o que isso tem a ver com Pernambuco?

Acontece que o maior distribuidor do açúcar brasileiro, pernambucano, era a Holanda.


Quem realizava o trabalho sujo da produção e transporte até a Europa eram os portugueses.
Os holandeses lucravam cerca de 400% com a atividade, apenas refinando e distribuindo
o açúcar no continente.
Desenrolando a conversa: A Holanda se tornou definitivamente independente da
Espanha poucos meses antes. Entenda meu(minha) querido(a) aluno(a): A Espanha era
inimiga da Holanda.
Para se vingar, a Espanha tentou minar o lucrativo negócio holandês com o açúcar. Como?
Felipe II da Espanha ordenou a proibição do comércio das colônias portuguesas com
os holandeses. A Espanha controlava Portugal e, portanto, controlava todas as colônias
portuguesas, inclusive a brasileira. Essa é a motivação para que os holandeses viessem
para o Brasil.

006. (ESPCEX/2016) Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal, morre na batalha de Alcácer-
Quibir. Sem descendentes, o trono foi entregue a seu tio dom Henrique, que viria a falecer
dois anos depois, sem deixar herdeiro. Depois de acirrada disputa, a Coroa portuguesa
acabou nas mãos de Filipe II, rei espanhol, dando início à chamada União Ibérica. Com esta
união, um tradicional inimigo da Espanha torna-se inimigo de Portugal. Das opções abaixo,
assinale aquele que se tornou inimigo de Portugal.

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a) Holanda
b) Alemanha
c) Itália
d) Inglaterra
e) EUA

Essa é fácil. Sob o controle da Coroa Espanhola, Portugal e todas as suas colônias, o que
inclui o Brasil, ficaram proibidas de comercializar com os holandeses.
Letra a.

INVASÃO HOLANDESA
Chamamos Invasões Holandesas as incursões da República das Províncias Unidas
(Holanda) no Nordeste Brasileiro:
• Bahia em 1624;
• Pernambuco em 1630;
• Maranhão em 1641.
Os holandeses criaram uma empresa que seria responsável por recuperar o comércio
do açúcar invadindo o nordeste brasileiro: a Companhia das Índias Ocidentais. Após
serem derrotados em Salvador, tiveram a sorte de encontrar e saquear um navio espanhol
carregado de prata sul-americana! Com o capital, se prepararam para voltar ao Brasil, agora
em Pernambuco, onde conseguiram triunfar. Os brasileiros e portugueses até tentaram
montar uma resistência, no chamado Arraial do Bom Jesus, mas foram traídos por
Domingos Calabar e caíram diante das tropas holandesas.

007. Leia o texto a seguir: “A primeira invasão ocorreu na Bahia, em 1624. Chefiada por Jacob
Wilekems e Johan van Dorf (comandante terrestre, posteriormente morto em combate),
logrou dominar Salvador e prender o governador. Não chegaram, porém, a estabelecer
maiores contatos com os proprietários rurais do Recôncavo, pois a reação no interior,
liderada pelo bispo dom Marcos Teixeira, conseguiu evitar qualquer tipo de penetração.”
(Wehling, Arno; Wehling, Maria José C. De M. A formação do Brasil Colonial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1994. p.127).
O texto refere-se à:

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a) primeira invasão holandesa no nordeste no Brasil, já que, em 1624, o Sul e o Sudeste já


haviam sido dominados pela Holanda.
b) primeira invasão holandesa na Bahia, já que em outros estados brasileiros, os holandeses
já haviam desembarcado desde o fim do século XV.
c) primeira invasão holandesa no Brasil, que foi debelada no ano de 1625 por uma armada
luso-espanhola.
d) primeira e única invasão holandesa no Brasil, já que, depois de serem expulsos da Bahia
em 1625, os holandeses não mais voltaram.
e) primeira e única invasão holandesa no Brasil, já que os holandeses permaneceriam por
cerca de duas décadas na Bahia até o momento da restauração da coroa portuguesa.

Em 1624 ocorreu a primeira invasão holandesa ao território brasileiro, encerrada com a


expulsão dos holandeses por parte de portugueses e espanhóis (União Ibérica, 1580-1640).
As outras invasões dos holandeses ao Brasil ocorreram em 1630, em Pernambuco, e em
1641, no Maranhão.
Letra c.

ADMINISTRAÇÃO HOLANDESA

Em 1637 a, W.I.C. (Cia. Das Índias Ocidentais) enviou Maurício de Nassau para administrar
os negócios na Nova Holanda (Pernambuco).
Nassau governou percebendo que teria que atuar de forma pacífica com os senhores de
engenho. Ao invés de pressioná-los, proibiu a agiotagem praticada por agentes holandeses
e conseguiu empréstimos para os senhores de engenho. Como “mimo” ainda concedeu
a liberdade religiosa dos católicos. Ocorre que os Holandeses eram calvinistas (religião
cristã protestante) e costumavam impor seu credo em suas colônias. Ainda promoveu obras
de urbanização no Recife.
Era um humanista, influenciado pelo Renascimento Cultural e, por isso, estimulou as
ciências e as artes. Construiu um observatório astronômico, criou o jardim botânico.
Trouxe grandes mestres da pintura flamenga como Albert Eckout e Frans Post. Convidou
diversos artistas e cientistas para um grande projeto que ele mesmo definiu como “exploração
profunda e universal da terra”.
Entretanto, esses gastos com a colônia provocaram desavenças com a W.I.C. A Cia. Das
Índias Ocidentais era uma empresa que visava o lucro maximizado. Foi para isso que Nassau
foi chamado a governar. Por isso, em maio de 1644 Maurício de Nassau retorna a Holanda.

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Maurício de Nassau é muito lembrado em todos os concursos e vestibulares do país.


Querido(a), no geral, esse cara fez só coisa bacana no Recife. Ele acabou promovendo o
desenvolvimento na região. Então não tenha medo de marcar a alternativa da questão que
só fale bem do Maurício de Nassau!!!

008. (UPENET/IAUPE/PM PE/POLICIAL MILITAR PM/SOLDADO/2018)

Um dos artistas trazidos por Nassau foi o autor da tela “Vista da Cidade Maurícia”, pintada
em 1657.

Em qual alternativa está indicado o nome do autor dessa obra?


a) Albert Eckhout
b) Jean B. Debret
c) Caspar Schamlkalden
d) Frans Post
e) Felipe Bettendorff
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O Holandês Frans Post foi o primeiro artista a pintar panoramas na América.


Letra d.

A INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA (1645-1654)


Você se lembra que no “Pulo do Gato” anterior declarei todo o meu amor ao Maurício de
Nassau? Então. Se eu o admiro pelo que fez em Pernambuco, imaginem os que viveram isso!
Brincadeiras à parte, o fato é que o retorno de Maurício de Nassau à Europa foi seguido de
um acirramento das tensões religiosas em função da Reforma Protestante e da Contrarreforma
Católica. Além disso, a W.I.C. decidiu cobrar os empréstimos realizados aos senhores de
engenho pelas mãos de Nassau e ainda aumentar os tributos.
Assim, uma das principais causas da Insurreição Pernambucana foi a elevada cobrança
de impostos por parte da Companhia das Índias Ocidentais (empresa holandesa criada com
o intuito de explorar colônias nos continentes americano e africano).
Até 1644, a colonização holandesa em Pernambuco foi gerida por José Maurício de
Nassau, fornecendo empréstimos aos senhores de engenho (que produziam açúcar). Com
a sua demissão, essas cobranças se tornaram abusivas, o que provocou indignação entre
os luso-brasileiros.
Além disso, outro fator que levou ao estopim dos conflitos (a Insurreição Pernambucana
é constituída por diversas batalhas) foi a perseguição religiosa aos católicos. A Holanda
era um país calvinista. No contexto das reformas religiosas, isso significou uma rivalidade
com Portugal e os luso-brasileiros da colônia, por conta da forte aliança dos portugueses
com a Igreja Católica.
O medo de perder suas propriedades rurais, escravizados, gado e outras propriedades,
por conta do não pagamento das dívidas, resultou na Insurreição Pernambucana.
Homens como Henrique Dias, negro liberto, e Filipe Camarão, líder indígena potiguar,
lideraram senhores de engenho, grupos de indígenas e africanos em um movimento de
resistência à colonização holandesa. Assim iniciou, em 1645, a Insurreição Pernambucana.
Como Portugal estava em trégua com a Holanda, a Coroa só passou a participar ativamente
do embate a partir de 1651, restando aos residentes do território brasileiro enfrentar os
holandeses em diversas batalhas.
Entre 1645 e 1654, os conflitos, que se desenrolaram em diversas batalhas, tiveram a
participação de portugueses, luso-brasileiros, indígenas e africanos.
Os principais líderes do confronto, que ajudaram a acabar com o chamado “Brasil
holandês”, foram o negro Henrique Dias, o indígena Filipe Camarão, o luso-brasileiro Vidal
de Negreiros e o português João Fernandes Vieira, rico latifundiário.

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Ocupação da Região de Pernambuco: da Pré-Colonização à Organização da Colônia Portuguesa
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Os conflitos começaram em maio de 1645. João Fernandes Vieira, um próspero senhor


de engenho de Pernambuco, liderou o movimento com o importante auxílio de alguns
africanos libertos e de índios potiguares (estes liderados por Antônio Felipe Camarão,
conhecido como Poti).
Ao longo da Insurreição Pernambucana ocorreram as diversas batalhas, sendo as
mais representativas:
• Batalha do Monte das Tabocas: ocorrida em 19 de abril de 1645, foi a primeira batalha
vencida pelos luso-brasileiros.
• Batalha de São Lourenço, ou Batalha de Tejucupapo: ocorrida em 24 de abril de 1646,
ficou conhecida pelo fato de 600 holandeses terem sido derrotados pelas mulheres
da vila de Tejucupapo, já que os homens do local teriam ido ao Recife para vender a
produção agrícola.
• Batalhas de Guararapes: duas batalhas, uma em 1648 e outra em 1649. Ambas
perdidas pelos holandeses.
• Batalha de Campina Taborda: ocorrida em 26 de janeiro de 1654, foi a última travada
entre os rivais.
A Batalha do Monte Tabocas foi a principal batalha ocorrida no início do da Insurreição.
Os holandeses sofreram uma grande derrota. As notícias dessa vitória fizeram com que
recebessem apoio de tropas vindas da Bahia.
O relacionamento da Holanda com o Portugal era, no mínimo, interessante. Na Europa
apoiava os portugueses contra o domínio espanhol, ao mesmo tempo em que mantinha a
ocupação de colônias portuguesas na África e no Brasil.
Em 1648, Espanha e Holanda assinaram um tratado de paz. Por ele, todas as conquistas
do movimento de insurreição deveriam ser devolvidas aos holandeses. Isso causou ainda
mais indignação dos insurretos.
Em 19 de abril de 1648 e em 19 de fevereiro do ano seguinte aconteceram a Primeira
e a Segunda Batalha dos Guararapes. A vitória das tropas da Insurreição abriu caminho
para o retorno do domínio português na região a partir de 1654. Também é considerada
símbolo da fundação do Exército Brasileiro.
Em 1654, após as diversas batalhas da Insurreição Pernambucana, os holandeses
assinaram sua rendição. Porém, só acertaram sua retirada a partir de 6 de agosto de 1661,
após a assinatura de um tratado chamado Paz de Haia. Esse acordo estabeleceu que o
chamado “Brasil holandês” seria devolvido aos portugueses após o pagamento de 8 milhões
de florins aos holandeses (equivalente a 63 toneladas de ouro).
Essa dívida, contudo, não foi paga, pois os países negociaram a troca de alguns territórios.
Portugal cedeu o Ceilão (território do atual Sri Lanka), as ilhas Molucas (território hoje na
Indonésia) e alguns privilégios no comércio açucareiro.

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Após as negociações, os holandeses aceitaram a soberania portuguesa em território


brasileiro e angolano, onde também a Companhia havia exercido domínio. Como os holandeses
foram expulsos do Brasil, levaram para as Antilhas, ilhas na América Central sob seu domínio,
seu conhecimento para cultivo da cana-de-açúcar.
Dessa forma, a produção antilhana passou a competir com a brasileira, contribuindo
dessa forma com a crise de produção açucareira, até então principal produto exportador.

009. (CESPE/UERN/2010) Quanto à história do Rio Grande do Norte durante os séculos XVI
e XVII, assinale a opção correta.
a) Em maio de 1654, o domínio português estava restaurado em todas as capitanias
anteriormente ocupadas pelos holandeses.
b) A medida capaz de incentivar a ocupação das terras, após a expulsão dos holandeses,
foi a adoção do regime de capitanias hereditárias e o povoamento da região com índios e
portugueses, o que incentivou a miscigenação dessas etnias.
c) A chamada Guerra dos Bárbaros foi uma luta que se estendeu por cerca de cinquenta
anos entre os índios cariris, aliados dos portugueses, e os holandeses.
d) Durante os cinquenta anos que se seguiram à Guerra dos Bárbaros, os índios tapuios
foram perseguidos e exterminados pelo militar Bernardo Vieira de Melo.
e) O militar português Bernardo Vieira de Melo aliou-se aos holandeses, ajudando-os a
invadir o Forte dos Reis Magos.

Com a Insurreição Pernambucana (1645-1654), os holandeses foram definitivamente


expulsos do território brasileiro.
Letra a.

Estimado(a), chegamos ao final da parte teórica da primeira aula de nosso curso. Mas a
aula ainda não terminou. Na sequência, estude os resumos e os mapas-mentais. Também
faça todos os exercícios. São eles os responsáveis para que você compreenda o quê e como
as bancas cobram o seu conhecimento.
Ah, não se esqueça de avaliar esta aula. Sua opinião é fundamental pra que continuemos
produzindo materiais que atendam às suas expectativas e necessidades.
Nos encontraremos novamente em nossa próxima ataul.
Abraços,
Professor Daniel

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Ocupação da Região de Pernambuco: da Pré-Colonização à Organização da Colônia Portuguesa
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RESUMO
Ocupação pré-histórica de Pernambuco:
• 11 mil anos. região de Chã do Caboclo, em Bom Jardim, e Furna do Estrago, em Brejo
da Madre de Deus.
• Grupos indígenas em Pernambuco quando os europeus chegara: Itaparicas, Cariris
Velhos, Caetés, Tabajaras, Pankararu e Atikum.
• Características socioculturais dos indígenas: Seminômades, Ágrafos, Tribais,
Propriedade coletiva, Coivara, língua tupi.
Sistema Colonial Português na América:
• Até 1530: Pré-Colonização
• Após 1530: Colonização de Fato. Estabelecimento das Capitanias Hereditárias como
forma de terceirizar o empreendimento de ocupação do território. Com o fracasso
das Capitanias o governo português decidiu pela criação do Governo Geral, afim de
centralizar o pode na Colônia.
Ocupação colonial de Pernambuco:
Igarassu e Olinda foram os primeiros povoados instalados ainda na chegada do donatário
Duarte Coelho. No ano de 1537, esses pirmeiros povoados estabelecidos foram elevados
a categoria de vila. Olinda recebeu o status de capital administrativa da capitania. O
porto de Olinda deu origem a atual cidade de Recife. Essas vilas serviram como ponto de
partida para expedições ao interior da colônia, assegurando o controle e a expansão, além
de combater a resitência indígena. Duarte Coelho instalou grandes engenhos de açúcar e
incentivou também a produção de algodão.
Escravidão: a maior parte dos negros trazidos da África eram Bantos ou Sudaneses e
foram utilizados principalmente na atividade açucareira, mineradora e nas lavouras de café.
Lavoura açucareira: Grande contingente de mão-de-obra escrava sustentava a atividade
em péssimas condições de vida. As bases da economia açucareira eram a exportação e o
latifúndio rural. MEEL: monocultura, escravidão, exportação, latifúndio.
Instituições eclesiásticas: Visando aumentar a quantidade de fiéis, a igreja, através
da coroa portuguesa, promoveu a catequização dos nativos e enviou a irmandade jesuíta.
As relações de colaboração entre o estado português e a igreja podem ser exemplificados
pelos regimes de Beneplácito e do Padroado.
Atividade mineradora: a descoberta de ouro na região de Minas Gerais e, posteriormente,
em Goiás e Mato Grosso, fez surgir sociedades urbanas e aumentar o controle da metrópole
na colônia, inclusive transferindo a capital de Salvador para o Rio de janeiro, devido a
proximidade da região mineradora.

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Invasões Estrangeiras: Invasões Holandesas na região nordeste (Salvador em 1624 e


Recife em 1630). Invasões Francesas. Tomada do Rio de Janeiro em 1555 com fundação da
França Antártica; e a fundação da cidade de São Luís do Maranhão com a França Equinocial.
Expansão territorial: As bandeiras e entradas foram importantes movimentos
de desbravamento e ocupação do território da Colônia. Além disso, foram celebrados
importantes tratados de fronteiras com nações europeias. Sobre esses tratados consulte
os mapas mentais.
Insurreição Pernambucana (1645-1654):
• Causas: Fim da União Ibérica. Holandeses da Companhia das Índias Ocidentais, após
a saída de Maurício de Nassau, aumentaram de tributos, cobraram empréstimos
anteriores e impuseram o fim da liberdade de culto.
• Henrique Dias, negro liberto, e Filipe Camarão, líder indígena potiguar, lideraram
senhores de engenho, grupos de indígenas e africanos em um movimento de resistência
à colonização holandesa.
• Domingos Fernandes Calabar: Traidor dos portugueses ou herói dos holandeses?
• Consequência: expulsão dos holandeses. Crise da economia açucareira, pois os
holandeses passaram a concorrer com o açúcar brasileiro, inundando o mercado e,
por conseguinte, abaixando os preços.

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MAPAS MENTAIS

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Ocupação da Região de Pernambuco: da Pré-Colonização à Organização da Colônia Portuguesa
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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

001. (IAUPE/PM/PE/2016) “...não se pode ignorar o NE na hora de se discutir a antiguidade do


homem na América e as vias de dispersão por ele percorridas, não importando se foi há 20,
30 ou 40 mil anos... É conhecida de todos a longa sequência estratigráfica lograda no Sítio
do Boqueirão da Pedra Furada, que pode significar a permanência do homem pré-histórico
nesse sítio, a partir de 48 mil anos. Mas a Pedra furada não é um caso único.” (MARTIM, G.
Pré-História do Nordeste: pesquisas e pesquisadores. Clio Arqueológica, Recife: UFPE, n.
12, p. 7-15. ano 1997. p.11. Adaptado.
Em Pernambuco, por exemplo, localizado no município de Buíque, o sítio de “Alcobaça”
possui um dos maiores e mais representativos painéis de figura rupestre do estado, que,
por seu tamanho e complexidade, é de grande relevância para o entendimento da pré-
história local e nacional. Em relação ao estudo do período pré-colonial sobre o atual estado
de Pernambuco, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O sítio “Furna do Estrago”, localizado no município do Brejo da Madre de Deus, é de grande
importância para o entendimento dos grupos que habitaram o atual agreste nordestino,
uma vez que permite se entender um pouco mais sobre os rituais funerários da época.
b) O material arqueológico, encontrado nos sítios que remontam ao período pré-colonial
do estado, é fundamental para se entender o povoamento da região, bem como parte das
características socioculturais daqueles que os utilizaram.
c) As figuras rupestres, encontradas em vários sítios de Pernambuco, são de grande relevância
para a compreensão das populações que habitaram as terras pertencentes hoje a esse estado.
d) Embora a região da Zona da Mata também possua vestígios da presença dos Homo
Sapiens Sapiens, o Agreste e o Sertão pernambucano, durante o longo período pré-colonial,
são os locais onde pode ser encontrado o maior número de sítios arqueológicos do Estado.
e) Embora “Alcobaça” possua grande representatividade entre os arqueólogos, o estado
de Pernambuco, como um todo, tem pouca importância para o entendimento do período
pré-colonial. Isso se deve, dentre outras coisas, ao pequeno número de sítios encontrados
em seu território.

002. (UPENET/IAUPE/PM PE/POLICIAL MILITAR PM/SOLDADO/2018)

Em relação ao primeiro século de colonização, assinale a alternativa CORRETA.

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a) A expansão territorial da capitania de Pernambuco se deveu mais ao seu primeiro


donatário, Duarte Coelho, que a seus filhos e cunhado, Jerônimo de Albuquerque. Estes se
detiveram a consolidar a região habitada.
b) A conquista da porção interiorana da capitania de Pernambuco, principalmente a região
designada por sertões, foi facilitada pela docilidade dos grupos indígenas que ali habitavam.
c) Em Igarassu, ainda na primeira metade do século XVI, os colonos portugueses enfrentaram
a resistência dos nativos, que cercaram essa vila por muitos dias, tendo que contar com o
apoio dos que habitavam em Itamaracá para romper o cerco indígena.
d) Os franceses foram grandes aliados dos portugueses na defesa do norte do Brasil
e da Guiana Francesa. Em Pernambuco, por exemplo, as tropas dessas duas nações
repeliram os caetés.
e) Como a sociedade era extremamente patriarcal, o comando da capitania de Pernambuco,
quando da ausência de Duarte Coelho, ficava sob a responsabilidade do seu cunhado, uma
vez que D. Beatriz de Albuquerque, sua esposa, era considerada inapta à tarefa.

003. (IAUPE/PM/PE/2016) Segundo o historiador Pedro Puntoni, no livro “A Guerra dos


Bárbaros”, “Sem dúvida alguma, a compreensão dos povos ditos tapuias como uma unidade
histórica e cultural, em oposição não só ao mundo cristão europeu mas aos povos tupis,
habitantes do litoral, foi um dos elementos mais importantes na caracterização coeva da
unicidade dos conflitos ocorridos no Nordeste, ao longo das décadas finais dos Seiscentos
e início dos Setecentos, no contexto específico do processo de expansão da pecuária e,
portanto, da fronteira. De fato, a extensa documentação colonial refere-se ao conjunto de
confrontos e sublevações dos grupos tapuias do sertão nordestino como uma “Guerra dos
Bárbaros”, unificando, dessa maneira, situações e contextos peculiares. Por isso, tal como
no episódio da chamada Confederação dos Tamoios, inventada pela intuição de Gonçalves
de Magalhães, a Guerra dos Bárbaros foi igualmente tomada pela historiografia como uma
confederação das tribos hostis ao império português, um genuíno movimento organizado de
resistência ao colonizador. (...) Câmara Cascudo, que conhecia bem a documentação colonial
do Rio Grande, criticou em sua História aqueles que, “lembrando a dos tamoios”, chamavam
a Guerra dos Bárbaros, “romanticamente”, de confederação dos cariris. Não houve plano
comum nem unidade de chefia.” (PUNTONI, Pedro. A Guerra dos Bárbaros - Povos Indígenas
e a Colonização do Sertão Nordeste do Brasil, 1650-1720. São Paulo, Hucitec, 2002, p.77;79).
A partir do texto acima, assinale a alternativa CORRETA.
a) O autor defende que a existência de uma confederação dos cariris, ou mesmo, de uma
Guerra dos Bárbaros generalizada são criações dos historiadores que mal interpretaram a
documentação colonial.
b) O autor associa a Guerra dos Bárbaros à Confederação dos Tamoios, defendendo que
ambas foram movimentos sociais indígenas contra a colonização.

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c) O autor defende a existência de um confronto entre as forças da colonização e as


populações indígenas sertanejas, organizadas em uma frente comum.
d) O texto defende que nunca existiu um levante indígena sertanejo contra a colonização,
tendo sido a Guerra dos Bárbaros apenas uma invenção da historiografia.
e) Segundo o autor, por não haver unidade na resistência indígena contra a colonização,
essa resistência não teria existido.

004. (UPENET/IAUPE/PM PE/POLICIAL MILITAR PM/SOLDADO/2018)

Em relação à economia açucareira no período colonial, assinale a alternativa CORRETA.


a) Sem possuir uma experiência concreta no cultivo e produção do açúcar, Portugal,
inicialmente, teve dificuldades em implementar o empreendimento açucareiro no território
da Capitania de Pernambuco.
b) A mentalidade da colonização portuguesa fez com que os recursos obtidos no comércio
do açúcar fossem transferidos para a metrópole, não permitindo o desenvolvimento da
Capitania de Pernambuco nem altos investimentos na produção açucareira.
c) Muito importante para a comercialização do açúcar durante o “Período holandês”, os
cristãos novos de origem judaica praticamente não tiveram acesso ao tráfico do açúcar
no período colonial em Pernambuco, pois a Santa Inquisição proibia a participação destes.
d) Os escravos africanos, ao contrário dos indígenas da América Portuguesa, não estavam
habituados a manejar lavouras destinadas à produção capitalista, o que dificultou, mas
não impossibilitou, a introdução daqueles no empreendimento do açúcar.
e) Duarte Coelho assumiu um papel agressivo no lançamento do empreendimento
açucareiro na Capitania de Pernambuco, trazendo para esta artesãos e especialistas
das ilhas do Atlântico.

005. (FGV/SEDUC-AM/Professor/Ciclo Regular/2014) “O Brasil de hoje é um país miscigenado


porque vários povos contribuíram para sua formação, a saber, os nativos (os índios), os
colonizadores principais (os portugueses), os ‘demais colonizadores’ em forma de imigrantes
(italianos, japoneses, alemães, entre outros), além daqueles (...) que vieram para o Brasil de
forma compulsória a datar do início da colonização até o final do século XIX (africanos).”
(Adaptado. Revista Multidisciplinar, (UNIESP), 14, dez. 2012.)

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Com base nesse processo de miscigenação, relacione os vocábulos a seguir às definições


correspondentes.
1. Cafuzo
2. Caboclo
3. Nissei

( ) Termo usado para denominar a descendência de ameríndios e brancos.


( ) Termo utilizado para designar a descendência de imigrantes japoneses.
( ) Termo usado para nomear os descendentes de negros africanos e ameríndios.

Assinale a opção que mostra a relação correta, de cima para baixo.


a) 1 – 3 – 2.
b) 1 – 2 – 3.
c) 2 – 3 – 1.
d) 2 – 1 – 3.
e) 3 – 2 – 1.

006. (ESPCEX/2016) Em 1578, dom Sebastião, rei de Portugal, morre na batalha de Alcácer-
Quibir. Sem descendentes, o trono foi entregue a seu tio dom Henrique, que viria a falecer
dois anos depois, sem deixar herdeiro. Depois de acirrada disputa, a Coroa portuguesa
acabou nas mãos de Filipe II, rei espanhol, dando início à chamada União Ibérica. Com esta
união, um tradicional inimigo da Espanha torna-se inimigo de Portugal. Das opções abaixo,
assinale aquele que se tornou inimigo de Portugal.
a) Holanda
b) Alemanha
c) Itália
d) Inglaterra
e) EUA

007. Leia o texto a seguir: “A primeira invasão ocorreu na Bahia, em 1624. Chefiada por Jacob
Wilekems e Johan van Dorf (comandante terrestre, posteriormente morto em combate),
logrou dominar Salvador e prender o governador. Não chegaram, porém, a estabelecer
maiores contatos com os proprietários rurais do Recôncavo, pois a reação no interior,
liderada pelo bispo dom Marcos Teixeira, conseguiu evitar qualquer tipo de penetração.”
(Wehling, Arno; Wehling, Maria José C. De M. A formação do Brasil Colonial. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1994. p.127).

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O texto refere-se à:
a) primeira invasão holandesa no nordeste no Brasil, já que, em 1624, o Sul e o Sudeste já
haviam sido dominados pela Holanda.
b) primeira invasão holandesa na Bahia, já que em outros estados brasileiros, os holandeses
já haviam desembarcado desde o fim do século XV.
c) primeira invasão holandesa no Brasil, que foi debelada no ano de 1625 por uma armada
luso-espanhola.
d) primeira e única invasão holandesa no Brasil, já que, depois de serem expulsos da Bahia
em 1625, os holandeses não mais voltaram.
e) primeira e única invasão holandesa no Brasil, já que os holandeses permaneceriam por
cerca de duas décadas na Bahia até o momento da restauração da coroa portuguesa.

008. (UPENET/IAUPE/PM PE/POLICIAL MILITAR PM/SOLDADO/2018)

Um dos artistas trazidos por Nassau foi o autor da tela “Vista da Cidade Maurícia”, pintada
em 1657.

Em qual alternativa está indicado o nome do autor dessa obra?


a) Albert Eckhout
b) Jean B. Debret
c) Caspar Schamlkalden
d) Frans Post
e) Felipe Bettendorff

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009. (CESPE/UERN/2010) Quanto à história do Rio Grande do Norte durante os séculos XVI
e XVII, assinale a opção correta.
a) Em maio de 1654, o domínio português estava restaurado em todas as capitanias
anteriormente ocupadas pelos holandeses.
b) A medida capaz de incentivar a ocupação das terras, após a expulsão dos holandeses,
foi a adoção do regime de capitanias hereditárias e o povoamento da região com índios e
portugueses, o que incentivou a miscigenação dessas etnias.
c) A chamada Guerra dos Bárbaros foi uma luta que se estendeu por cerca de cinquenta
anos entre os índios cariris, aliados dos portugueses, e os holandeses.
d) Durante os cinquenta anos que se seguiram à Guerra dos Bárbaros, os índios tapuios
foram perseguidos e exterminados pelo militar Bernardo Vieira de Melo.
e) O militar português Bernardo Vieira de Melo aliou-se aos holandeses, ajudando-os a
invadir o Forte dos Reis Magos.

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EXERCÍCIOS

010. (IAUPE/PM/PE/2016) No processo de formação do território pernambucano, a partir


da chegada dos portugueses na Capitania de Pernambuco ou Nova Lusitânia, os primeiros
núcleos de povoamento foram as Vilas de
a) Itamaracá e Recife.
b) Igarassu e Olinda.
c) Igarassu e Recife.
d) Recife e Olinda.
e) Itamaracá e Igarassu.

011. (VUNESP/PM/SP/2015) Nível Médio.


O açúcar, no período colonial, e o café, no Império, foram duas importantes riquezas do
Brasil. Com relação a essas atividades, é correto afirmar que:
a) o açúcar promoveu o surgimento de cidades no interior, enquanto a lavoura cafeeira
expandiu-se na faixa litorânea.
b) ambas basearam-se no minifúndio e desenvolveram uma organização política marcada
pelo poder dos burgueses.
c) a ascensão social era mais fácil nos engenhos de açúcar do que nas fazendas de café,
onde a sociedade era imóvel.
d) ambas estavam submetidas ao monopólio de comércio e produziam, principalmente,
para o mercado interno.
e) a produção açucareira baseou-se na escravidão, assim como, no início, o café, que depois
usou trabalho livre imigrante.

012. (UPNET/IAUPE/CMB/PE/2017) “São tão grandes as riquezas deste novo mundo e da


mesma maneira sua fertilidade e abundância, que não sei por qual das cousas comece
primeiramente: mas, pois todas elas de muita consideração, farei uma salada na melhor
forma que souber, para que fiquem claras e deem gosto”. (Ambrósio Fernandes Brandão
– séc. XVII. Apud BRANDÃO, Ambrósio Fernandes. Diálogos das grandezas do Brasil. 3. ed.
Recife: FUNDAJ, Ed. Massangana, 1997. p. 85.)
Em relação à colonização da Capitania de Pernambuco no século XVI, assinale a alternativa
CORRETA.
a) Diferente do que ocorrera nas outras capitanias, Duarte Coelho fora o único donatário a receber
da Coroa Lusitana vultosas doações para o desenvolvimento das suas terras, bem como um corpo
de milícia para garantir a sua defesa, uma vez que se achava sob constante ataque dos índios caetés.
b) Com o passar dos anos e as investidas de outros navegadores, especialmente franceses,
o governo de Portugal decidiu promover a colonização da América Portuguesa por meio da
instituição do Governo Geral. Essa atitude favoreceu sobremaneira Pernambuco, uma vez
que se beneficiou da administração direta da Corte.

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c) Além do trabalho na agricultura, a presença africana era necessária para aberturas


de novas áreas no território, dominado, muitas vezes, por índios que faziam guerra aos
portugueses e impediam o avanço, principalmente em direção ao sertão.
d) A questão de povoamento não enfrentava contratempos, especialmente devido aos
condenados pela justiça reinol que eram punidos com o degredo para o Brasil. Estes, além
de resolverem o problema da falta de cidadãos portugueses dispostos a colonizar o novo
mundo, colaboravam para o bom serviço que o Capitão Donatário pretendia prestar à Coroa.
e) As alianças estabelecidas com os indígenas permitiram a Duarte Coelho o estabelecimento
de duas vilas nas terras de Pernambuco, sem a necessidade de conflitos com os naturais da
terra. A primeira delas, fundada logo na chegada do Capitão Donatário à sua Capitania, foi
denominada de Igaraçu. A segunda, chamada de Olinda, distante cinco léguas da primeira,
logo passou a ser a sede da capitania.

013. (UPNET/IAUPE/CMB/PE/2017) “Rebentou, então, por culpa dos portugueses, uma revolta
dos índios, que anteriormente se mostravam pacíficos, e o chefe da terra pediu-nos pelo amor
de Deus, que fôssemos às pressas auxiliar o lugar… do qual os indígenas queriam se apoderar.
[…] O número dos defensores montava, incluindo-nos, cerca de 90 cristãos. Acrescente-se a
esse número 30 negros e escravos brasileiros, a saber, selvagens que pertenciam a colonos.”
(SATDEN, Hans. Duas viagens ao Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1974. p. 46.)
Sobre a relação estabelecida entre os chamados índios pernambucanos e os colonizadores
portugueses, é CORRETO afirmar que
a) as constantes solicitações feitas por Duarte Coelho à coroa portuguesa, no sentido de
permitir que ele pudesse importar para a Capitania negros escravizados da Guiné, faziam
sentido em face ao pendor natural à preguiça, apresentado pelos índios.
b) ao contrário do que ocorria na maior parte do território da América Portuguesa, não
existia, nas terras da Capitania de Pernambuco, diversidade de povos indígenas. Pelo
contrário, a dispersão dos caetés por todo o território pernambucano foi um dos fatores
para sua rápida conquista e colonização.
c) na capitania de Pernambuco, os ataques indígenas foram constantes às vilas e plantações
de açúcar. Apesar de as tropas coloniais repelirem as investidas, esses ataques não eram
cessados. Esse foi um dos motivos que levaram a Coroa portuguesa a enviar ao Brasil levas
de missionários, para que pudessem atuar entre os índios e ajudar na sua “domesticação”.
d) os inúmeros contatos que os europeus-cristãos estabeleceram com os povos indígenas, a
partir de um determinado momento da colonização, foram mediados por uma lógica colonizadora
de opressão, imposição, negação, impostas pela superioridade dos colonos Portugueses. Essa
era tamanha, que não permitiu o desenvolvimento de qualquer forma de resistência indígena.
e) a história das relações sociais entre os missionários franciscanos e indígenas na Capitania
de Pernambuco revela a existência de inúmeros contatos ao longo do período colonial. Mais
preocupados com a catequese dos povos indígenas, não exerceram nenhuma influência na
política indigenista adotada pela metrópole.

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014. (UPNET/IAUPE/PM/PE/2009) Maurício de Nassau chegou a Pernambuco em 1637,


pretendendo pacificar a região e governar com a colaboração dos luso-brasileiros. Sobre
o governo de Nassau, analise as proposições abaixo.
I – Fundou, no interior da capitania, o Arraial do Bom Jesus para concentrar a resistência
holandesa e, usando a tática de guerrilha, minar a resistência dos pernambucanos.
II – A Companhia das Índias Ocidentais concedeu créditos aos senhores de engenho para o
reaparelhamento das propriedades, a recuperação dos canaviais e a compra de escravos.
III – Nassau estimulou a vida cultural e investiu em obras urbanas, nos domínios holandeses.
A cidade do Recife foi beneficiada com a construção de casas, pontes e obras sanitárias.
IV – Embora o objetivo dos holandeses fosse o de expandir sua fé religiosa, o luteranismo,
outras religiões foram toleradas, exceto o judaísmo.
Está CORRETO o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

015. (FUVEST) Foram, respectivamente, fatores importantes na ocupação holandesa no


Nordeste do Brasil e na sua posterior expulsão:
a) o envolvimento da Holanda no tráfico de escravos e os desentendimentos entre Maurício
de Nassau e a Companhia das Índias Ocidentais.
b) a participação da Holanda na economia do açúcar e o endividamento dos senhores de
engenho com a Companhia das Índias Ocidentais.
c) o interesse da Holanda na economia do ouro e a resistência e não aceitação do domínio
estrangeiro pela população.
d) a tentativa da Holanda em monopolizar o comércio colonial e o fim da dominação
espanhola em Portugal.
e) a exclusão da Holanda da economia açucareira e a mudança de interesses da Companhia
das Índias Ocidentais.

016. (UEPR) Leia o texto.


“Nassau chegou em 1637 e partiu em 1644, deixando a marca do administrador. Seu
período é o mais brilhante de presença estrangeira. Nassau renovou a administração (...)
Foi relativamente tolerante com os católicos, permitindo-lhes o livre exercício do culto.
Como também com os judeus (depois dele não houve a mesma tolerância, nem com os
católicos e nem com os judeus - fato estranhável, pois a Companhia das Índias contava
muito com eles, como acionistas ou em postos eminentes). Pensou no povo, dando-lhe
diversões, melhorando as condições do porto e do núcleo urbano (...), fazendo museus de
arte, parques botânicos e zoológicos, observatórios astronômicos”. (Francisco Iglésias)

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Esse texto refere-se:


a) à chegada e instalação dos puritanos ingleses na Nova Inglaterra, em busca de
liberdade religiosa.
b) à invasão holandesa no Brasil, no período de União Ibérica, e à fundação da Nova Holanda
no nordeste açucareiro.
c) às invasões francesas no litoral fluminense e à instalação de uma sociedade cosmopolita
no Rio de Janeiro.
d) ao domínio flamengo nas Antilhas e à criação de uma sociedade moderna, influenciada
pelo Renascimento.
e) ao estabelecimento dos sefardins, expulsos na Guerra da Reconquista Ibérica, nos Países
Baixos, e à fundação da Companhia das Índias Ocidentais.

017. (INÉDITA/2023) Que personagem histórico, que viveu no Nordeste brasileiro durante
o século XVII, colaborou com a invasão holandesa e depois foi julgado, condenado e morto
pelas autoridades portuguesas sob a alcunha de traidor?
a) Domingos Jorge Velho
b) José de Anchieta
c) José do Patrocínio
d) Joaquim José da Silva Xavier
e) Domingos Fernandes Calabar

018. (CESPE/SEDUC – CE/2013) A Guerra dos Bárbaros, também cunhada como Guerra da
Confederação dos Cariris, foi
a) o primeiro conflito pela autonomia política do Ceará e pela separação de Pernambuco
e ocorreu no século XVIII.
b) uma revolta regional do período regencial cujo conflito ocorreu no Ceará.
c) a insurreição de bandeirantes paulistas contra o governo da Capitania do Ceará que os
havia contratado.
d) a revolta jesuítica ocorrida no Ceará, similar à ocorrida na região das Missões no século XVIII.
e) um grande foco de resistência indígena no Nordeste brasileiro durante o período colonial
e perdurou por quase cinquenta anos.

019. (UFPR/TJSC/SC/AGENTE DE PORTARIA E COMUNICAÇÃO/2005) Podemos apontar como


a principal causa das invasões holandesas ao Brasil, a partir de 1624:
a) O desejo de fundar uma colônia protestante holandesa em terras brasileiras
b) O desinteresse de Portugal e Espanha pelo Brasil
c) A continuação da guerra entre Holanda e Espanha
d) O interesse holandês na produção do pau-brasil

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020. (UFPR/GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA/2012) A organização produtiva encontrada pelo


português no período da colonização tinha semelhanças com o sistema europeu classificado
como “pousio florestal longo”. No Brasil, registra-se a existência de uma técnica chamada
por alguns povos indígenas de “coivara”. Com base nos conhecimentos sobre a América
antes da chegada dos portugueses, é correto afirmar que a coivara era a denominação dada:
a) ao regime de trabalho organizado pelos portugueses para explorar a mão de obra indígena
na agricultura.
b) ao sistema simbólico que organizava o culto à natureza entre os indígenas nativos.
c) à organização social poligâmica das famílias indígenas nativas.
d) à preparação do solo para o plantio de alimentos pelos indígenas locais.
e) à técnica que viabilizou a exploração dos metais preciosos abundantes na América.

021. (UFPR/LITORAL/VESTIBULAR/2013) Observe a imagem a seguir, que registra um navio


negreiro conduzindo escravos

Com base nos conhecimentos sobre a escravidão, é correto afirmar que a imagem:
a) revela a fraternidade com que eram tratados os escravizados.
b) sintetiza a ausência de sofrimento dos escravizados.
c) confirma a civilidade no trato com os escravizados.
d) revela o cuidado com os direitos sociais dos escravizados.
e) representa a humilhação dos indivíduos escravizados.

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022. (FGV/2014) Dos engenhos, uns se chamam reais, outros inferiores, vulgarmente
engenhocas. Os reais ganharam este apelido por terem todas as partes de que se compõem
e todas as oficinas, perfeitas, cheias de grande número de escravos, com muitos canaviais
próprios e outros obrigados à moenda; e principalmente por terem a realeza de moerem com
água, à diferença de outros, que moem com cavalos e bois e são menos providos e aparelhados;
ou, pelo menos, com menor perfeição e largueza, das oficinas necessárias e com pouco número
de escravos, para fazerem, como dizem, o engenho moente e corrente. ANTONIL, André João.
Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp. 1982, p.69.
O texto oferece uma descrição dos engenhos no Brasil no início do século XVIII. A esse
respeito é correto afirmar:
a) O engenho de açúcar foi a principal unidade econômica do sertão nordestino durante o
período colonial, permitindo a ocupação dos territórios situados entre o rio São Francisco
e o rio Parnaíba.
b) A produção de açúcar no nordeste brasileiro colonial, em larga escala, foi possível graças
à implantação do sistema de fábrica e ao uso do vapor como força motriz nas moendas.
c) Os engenhos da Bahia utilizavam, sobretudo, mão de obra escrava africana, enquanto
que nos engenhos pernambucanos predominava o trabalho indígena.
d) Os grandes engenhos desenvolviam todas as etapas de produção do açúcar, do plantio,
passando pela moagem, a purga, a secagem e até a embalagem.
e) A produção de açúcar no sistema de “plantation” ficou restrita aos domínios lusitanos
das Américas, durante a época colonial, o que garantiu bons lucros aos produtores locais
e aos comerciantes reinóis.

023. (FGV/SME/SP/Professor de Ensino Fundamental II e Médio/História/2016)

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Com relação às invasões holandesas do século XVII, e com base na análise do frontispício,
assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) As invasões holandesas se inserem no quadro das relações internacionais entre os


países europeus, disputando o controle do comércio do açúcar.
( ) A capitulação holandesa, em 1654, imposta pelo poderio português, é objeto de
propaganda no frontispício mediante a sobreposição do escudo da Restauração a
um mapa que alude aos domínios do Império ultramarino português.
( ) A especificidade do conflito em terras coloniais, marcado pelo uso de emboscadas
com pequenos grupos, em constante movimento, está indicada na referência à
“guerra brasílica” no título da obra.

As afirmativas são, respectivamente,


a) F, V e F.
b) F, V e V.
c) V, F e F.
d) V, V e V.
e) F, F e V.

024. (ESSA/2016) O Primeiro Governo Geral do Brasil foi instalado em:


a) São Luís.
b) Fortaleza.
c) Olinda.
d) Salvador.
e) Rio de Janeiro.

025. (FGV/2015) A interrupção desse fluxo comercial levaria os negociantes e financistas da


República a fundarem a Companhia das Índias Ocidentais (1621). (...) O historiador Charles
Boxer considera que esse conflito, por produtos e mercados, entre o Império Habsburgo
e as Províncias Unidas, foi tão generalizado que pode ser considerado, de fato, a Primeira
Guerra Mundial, pois atingiu os quatros cantos do mundo. (Regina Célia Gonçalves, Fim do
domínio holandês In Circe Bittencourt (org), Dicionário de datas da história do Brasil, p. 34)
Acerca do fragmento, que aborda o conflito entre o Império Espanhol e as Repúblicas das
Províncias Unidas, nas primeiras décadas do século XVII, é correto afirmar que

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a) os fundamentos da presença holandesa em todos os domínios coloniais portugueses


devem ser associados à conjuntura de guerra religiosa dominante na Europa, cabendo
aos representantes batavos, prioritariamente, impor o calvinismo nas regiões recém-
conquistadas, caso de Angola.
b) as práticas holandesas de desrespeito aos domínios coloniais das outras potências
europeias, especialmente Portugal e França, determinaram uma onda permanente de guerras
entre essas potências, gerando o isolamento estratégico das companhias de comércio de
capital holandês.
c) a presença holandesa no Nordeste brasileiro, visando o comando da produção açucareira,
fez parte de um processo mais amplo, porque esteve associada ao domínio de espaços
fornecedores de escravos na África, além de outros domínios no Oriente, até então sob o
domínio português.
d) o maior interesse da companhia de comércio holandesa era a exploração mineral na
América portuguesa e, para atingir esse objetivo, optou pela entrada no Brasil por meio do
Nordeste açucareiro, porque era uma região menos protegida militarmente e mais aberta
à influência estrangeira.
e) a disputa por espaços coloniais no Caribe e na região oeste da América do Norte gerou
uma guerra europeia de grandes proporções, envolvendo as principais monarquias do
continente e obrigando a Espanha a se aliar à França e à Inglaterra, com o intuito de se
defender da marinha de guerra holandesa.

026. (ESPCEX/2016) As relações entre a metrópole e a colônia foram regidas pelo chamado
pacto colonial, sendo este aspecto uma das principais características do estabelecimento
de um sistema de exploração mercantil implementado pelas nações europeias com relação
à América. Com relação ao Brasil, do que constava este pacto?
a) As colônias só poderiam produzir artigos manufaturados.
b) A produção agrícola seria destinada, exclusivamente, à subsistência da colônia.
c) A produção da colônia seria restrita ao que a metrópole não tivesse condições de produzir.
d) A colônia poderia comercializar a produção que excedesse às necessidades da metrópole.
e) Portugal permitiria a produção de artigos manufaturados pela colônia, desde de que a
matéria-prima fosse adquirida da metrópole.

027. (INÉDITA/2023) O sistema de Capitanias Hereditárias era regulamentado por dois


documentos jurídicos, que definiram os direitos e os deveres dos donatários. Um desses
documentos cedia ao donatário uma ou mais capitanias, a administração sobre ela, as
suas rendas e o poder legal para interpretar e ministrar a lei. O outro estabelecia os
direitos e deveres dos donatários, como promover a prosperidade da capitania, conceder
sesmarias, receber a redízima das rendas da metrópole e a vintena da comercialização
do pau-brasil e do pescado.

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Esses documentos eram, respectivamente:


a) Carta de Doação e Foral
b) Foral e Regimento de Tomé de Souza
c) Carta de Doação e Regimento de Tomé de Souza
d) Foral e Carta de Doação
e) Regimento de Tomé de Souza e Foral

028. (ESSA/1976) A prosperidade das capitanias de S. Vicente e Pernambuco foi


devida, principalmente:
a) aos escravos índios
b) ao pau-brasil
c) à cana-de-açúcar
d) aos escravos negros

029. (UNAERP-SP) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação
do Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente,
todo o extenso território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo governo português
se deu através da:
a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
c) criação das capitanias hereditárias.
d) montagem do sistema colonial.
e) criação e distribuição das sesmarias.

030. Foram disputas intermitentes entre os índios cariris, que ocupavam extensas áreas no
Nordeste, contra a dominação dos colonizadores portugueses. Ocorreu em 1683 e durou
cerca de 30 anos de confrontos.
Estamos falando:
a) da Guerra dos Bárbaros
b) da Balaiada
c) da Confederação dos Tamoios
d) da Revolta dos Perdidos
e) da Revolta do Quebra-Quilos

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031. (FGV/2013) Sobre a conquista holandesa do Nordeste brasileiro, no período colonial,


é correto afirmar:
a) Os conflitos entre portugueses e holandeses devem ser compreendidos no contexto da União
Ibérica (1580-1640) e da separação das Províncias Unidas do Império Habsburgo (Espanha).
b) A ocupação das áreas de plantio de cana obrigou os holandeses a intensificarem a
escravização dos indígenas, uma vez que não possuíam bases no continente africano.
c) Estabelecidos em Pernambuco, os holandeses empreenderam uma forte perseguição aos
judeus e católicos ali residentes e fortaleceram a difusão do protestantismo no Brasil colonial.
d) A administração de Maurício de Nassau foi caracterizada pelo pragmatismo e pela desmontagem
do grande centro de artistas e letrados organizado pelas autoridades portuguesas em Olinda.
e) Os holandeses implementaram uma nova e eficiente estrutura produtiva baseada em pequenas
e médias propriedades familiares, que se diferenciava das antigas plantations escravistas.

032. (FGV/2017) Leia o excerto de uma peça teatral, de 1973.


Nassau
Como Governador-Geral do Pernambuco, a minha maior preocupação é fazer felizes os
seus moradores. Mesmo porque eles são mais da metade da população do Brasil, e esta
região, com a concentração dos seus quase 350 engenhos de açúcar, domina a produção
mundial de açúcar. Além do mais, nessa disputa entre a Holanda, Portugal e Espanha, quero
provar que a colonização holandesa é a mais benéfica. Minha intenção é fazê-los felizes…
sejam portugueses, holandeses ou os da terra, ricos ou pobres, protestantes ou católicos
romanos e até mesmo judeus.
Senhores, a Companhia das Índias Ocidentais, que financiou a campanha das Américas,
fecha agora o balanço dos últimos quinze anos com um saldo devedor aos seus acionistas
da ordem de dezoito milhões de florins.
Moradores
Viva! Já ganhou! (...) Viva ele! Viva!
Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra. Calabar: o elogio da traição, 1976. Adaptado.
Sobre o fato histórico ao qual a obra teatral faz referência, é correto afirmar que
a) as bases religiosas da colonização holandesa no nordeste brasileiro produziram uma organização
administrativa que privilegiava a elite luso-brasileira, ao oferecer financiamento com juros
subsidiados e parcelas importantes do poder político aos grandes proprietários católicos.
b) a grande distância entre as promessas de tolerância religiosa e a realidade presente
no cotidiano dos moradores da capitania de Pernambuco deu-se porque os dirigentes
da companhia holandesa impuseram o calvinismo como religião oficial e perseguiram as
demais religiões.

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c) a presença da Companhia das Índias Ocidentais no nordeste da América portuguesa


trouxe benefícios aos proprietários luso-brasileiros, como o financiamento da produção,
mas reproduziu a lógica do colonialismo, ao concentrar a riqueza no setor mercantil e não
no produtivo.
d) a felicidade prometida pelos invasores holandeses não pôde ser efetivada em função da
lógica diplomática presente na relação entre Portugal e Holanda, pois se tratava de nações
inimigas desde o século XV, em virtude da disputa pelo comércio oriental.
e) as promessas dos invasores holandeses se confirmaram, e a elite ligada à produção
açucareira e ao comércio colonial foi amplamente beneficiada, principalmente pelo livre
comércio, o que explica a resistência desses setores sociais ao interesse português em
retomar a região invadida pela Holanda.

033. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) Sobre a colonização


portuguesa na América, no século XVII, assinale a afirmativa correta.
a) A mão de obra comum a todo o território colonial era composta por africanos escravizados.
b) Os senhores de engenho compunham o segmento mais abastado das regiões açucareiras.
c) A exploração de mão de obra indígena havia sido extinta por pressão jesuítica.
d) O caráter predatório da ocupação inviabilizou a diversificação do mercado interno.
e) Os lavradores das minas investiam parte de seu capital na abertura de vias comerciais
com a região do Prata.

034. (AOCP/IBC/PROF. HISTÓRIA/2012) As capitanias hereditárias e as sesmarias foram


a primeira forma efetiva de ocupação das terras da América Portuguesa e propiciaram
o desenvolvimento da economia açucareira. Sobre a economia açucareira, assinale a
alternativa correta.
a) A cana de açúcar foi introduzida no Brasil em 1530 por Martim Afonso de Souza, que
construiu o primeiro engenho no ano de 1532 na capitania hereditária de Pernambuco.
b) Somente após 1570, a produção açucareira atingiu seu ápice, suplantando a Ilha da
Madeira mantendo-se o maior produtor e exportador do mundo até o início do século XIX.
c) A economia açucareira encontra concorrência quando, apoiadas por Ingleses, algumas
ilhas das Antilhas passam a ser grandes concorrentes do açúcar brasileiro.
d) O açúcar proporcionou grandes riquezas aos donos de engenhos, principalmente em
Pernambuco e São Paulo, onde o sistema de capitanias obteve o maior êxito.
e) Os holandeses, comandados por Nassau, invadem o nordeste brasileiro em 1630 e se
instalam na região mais próspera da economia açucareira brasileira.

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035. (PUC-PR) Uma das principais consequências da União Ibérica (1580 - 1640) para o
Brasil foi:
a) a decadência do bandeirantismo como atividade de penetração, já que o Tratado de
Tordesilhas deixou de funcionar;
b) o desenvolvimento da economia mineratória, aproveitando-se os brasileiros da experiência
espanhola nesse setor;
c) a formação da Companhia Geral do Comércio de Pernambuco, por determinação
direta de Filipe II;
d) a eclosão de vários movimentos nativistas de tendência emancipadora, como a Guerra
dos Emboabas;
e) a invasão holandesa do Nordeste e a posterior decadência da cultura canavieira brasileira,
com a fixação dos holandeses nas Antilhas.

036. (UAM/SP) Segundo se pôde concluir das poucas e suspeitas notícias encontradas a
respeito nos escritos contemporâneos, Calabar exercia a profissão de contrabandista; nem de
outro modo se podem explicar os roubos feitos à fazenda real de que o acusam os nossos...
Era o único homem capaz de se medir com Matias de Albuquerque; e como tinha sobre este
a vantagem de dispor do mar, desfechou-lhe os golpes mais certeiros. Qual móvel o levou
a abandonar os compatriotas, nunca se saberá; talvez a ambição ou a esperança de fazer
mais rápida carreira entre os estranhos, tornando-se pela singularidade de seus talentos
indispensável aos novos patrões ou, talvez, o desânimo, a convicção da vitória certa e fácil
do invasor. (ABREU, Capistrano. Capítulos da História Colonial.)
O texto trata:
a) da Revolução Praieira;
b) da Revolução dos Alfaiates;
c) da Balaiada;
d) da Invasão Holandesa;
e) da Revolução Pernambucana de 1817.

037. (INÉDITA/2023) Um importante episódio da história colonial do RN, ocorrido entre


fins do século XVII e princípios do XVIII, refere-se à reação dos primitivos habitantes da
região, especialmente dos cariris, à utilização do trabalho escravo indígena. Esse episódio
ficou conhecido como
a) Confederação Potiguar.
b) Insurreição Cariri.
c) Rebelião Autóctone.
d) Guerra dos Bárbaros.
e) Confederação do Equador.

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038. (CESPE/TJ/SC/TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR/SECRETARIA/2011) Em relação ao Período


Colonial do Brasil, leia as proposições abaixo:
I – Como Portugal não tinha recursos próprios para implantar um sistema administrativo
na sua colônia americana, resolveu transferir o ônus da colonização para particulares,
dividindo o território brasileiro em Capitanias Hereditárias.
II – O Sistema de Governo Geral trouxe maior centralização à administração colonial. O
primeiro governador geral do Brasil foi Tomé de Sousa (1549 1553).
III – Entre os motivos que levaram Portugal a querer colonizar o Brasil, podemos citar a
decadência do comércio português no Oriente.
IV – A estrutura da economia açucareira do Brasil neste período era composta por: grandes
propriedades, monocultura, mão-de-obra escrava, entre outros.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas a alternativa II está incorreta
b) Apenas a alternativa IV está incorreta
c) Apenas a alternativa II e III estão corretas
d) Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas
e) Todas as alternativas estão corretas

039. (CESPE/IRBR/TERCEIRO SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA/2018) Tendo em vista


que, como colônia de Portugal, o Brasil fazia parte do mercantilismo da Idade Moderna,
que tinha no sistema colonial um dos fatores fundamentais do processo de acumulação
primitiva da Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII, julgue (C ou E) os itens a seguir, acerca das
características básicas da produção brasileira no período colonial.
Exercida sob o modelo de latifúndio autossuficiente, a produção gerava excedentes que
propiciavam um vigoroso comércio entre as capitanias.

040. (CESPE/IRBR/TERCEIRO SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA/2018) Tendo em vista


que, como colônia de Portugal, o Brasil fazia parte do mercantilismo da Idade Moderna,
que tinha no sistema colonial um dos fatores fundamentais do processo de acumulação
primitiva da Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII, julgue (C ou E) os itens a seguir, acerca das
características básicas da produção brasileira no período colonial.
A posse da terra era concedida exclusivamente a proprietários de pequeno e médio porte;
predominava o trabalho escravo e a produção manufatureira livre destinava seus produtos
à venda por comerciantes portugueses na Europa.

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041. (CESPE/IPHAN/ANALISTA I/2018) Julgue os itens a seguir, com relação aos traços gerais
da organização e da formação do espaço geográfico brasileiro na época da incorporação
do Brasil ao império português.
A produção gerada na colônia estava organizada de forma a atender as necessidades do
mercado interno e estimular o desenvolvimento da colônia.

042. (CESPE/IPHAN/ANALISTA I/2018) Julgue os itens a seguir, com relação aos traços gerais
da organização e da formação do espaço geográfico brasileiro na época da incorporação
do Brasil ao império português.
O sistema produtivo implantado no Brasil promoveu, desde o início da colonização, uma relação
espacial de exploração econômica entre o espaço subordinante e o espaço subordinado.

043. (AOCP/PREF. MUN. DE JABOATÃO DOS GUARARAPES/PROF. DE HISTÓRIA/2015) A cultura


brasileira origina-se da primeira forma efetiva de ocupação das terras da América Portuguesa
ocorrida por meio das capitanias hereditárias e sesmarias, quando a produção açucareira
se destacou através da construção de engenhos, não somente para evitar ataques de
índios, corsários e franceses, mas também na intenção de obter proventos com um método
sistemático e organizado. A respeito da expansão da economia açucareira na América
Portuguesa, assinale a alternativa correta.
a) A cana-de-açúcar (Saccharum officinarum), pertencente à família das gramíneas, segundo
os registros oficiais, foi introduzida no Brasil em 1530 por Martim Afonso de Souza, que
construiu o primeiro engenho no ano de 1532 na capitania hereditária de Pernambuco.
b) Somente após 1570, a produção açucareira conheceu seu grande surto, quando a colônia
portuguesa suplantou a Ilha da Madeira, tornando-se o maior produtor e exportador do
mundo, posto este sustentado até 1880.
c) O açúcar, antes utilizado apenas para fins medicinais e farmacológicos, passa afazer
parte de diversas classes da hierarquia social, principalmente na cozinha, onde serviu para
adoçar e até mesmo conservar alimentos.
d) A produção açucareira proporcionou grandes riquezas aos donos de engenhos, com
exceção de Pernambuco e São Vicente respectivamente, onde o sistema de capitanias não
obteve muito êxito.
e) Ao observar a prosperidade dos engenhos na América Portuguesa, os espanhóis, comandados
por Nassau, invadem o nordeste brasileiro em 1630 com o intuito de estabelecer engenhos
naquela região.

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044. (AOCP/PREFEITURA MUNICIPAL DE SEROPÉDICA/PROF. DE HISTÓRIA/2013) Foi em


março de 1532, quando Martim Afonso de Souza ainda estava em São Vicente, que o rei D.
João III decidiu empregar no Brasil o mesmo sistema de colonização que havia dado certo
nos Açores e na Ilha da Madeira. Apesar da experiência bem-sucedida nas ilhas, o império
ultramarino português estava mais preparado e interessado em descobrir, conquistar,
comercializar e, eventualmente, em pilhar, do que em colonizar, mas a ameaça francesa
persistia e o rei compreendeu que a única maneira de preservar as terras era dando início
a sua efetiva ocupação. A respeito do assunto, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A Coroa portuguesa optou por dividir as terras brasileiras em 14 capitanias hereditárias,
totalizando 15 lotes doados a figuras importantes da Corte portuguesa.
b) as capitanias brasileiras foram concedidas a membros da burocracia estatal e militares
navegadores por desinteresse da nobreza lusitana.
c) Os donatários receberam poderes majestáticos, podiam legislar e controlar tudo em suas
terras menos a arrecadação de impostos reais.
d) Os 12 donatários vieram para o Brasil a fim de observar as condições de clima, relevo e
possibilidades do solo para cultivos e adaptações de plantas asiáticas.
e) Apesar do balanço desfavorável e de todos os vícios que legaram a estrutura fundiária
do Brasil, as capitanias definem o embrião da futura ocupação do Brasil.

045. (AOCP/PREFEITURA MUNICIPAL DE QUISSAMÃ – PROFESSOR DE HISTÓRIA/2009) O


“Sistema colonial, efetivamente, constitui-se no componente básico da colonização da
época mercantilista, elo que permite estabelecer as mediações essenciais entre os diversos
níveis da realidade histórica.” (Novais, 1995, p.57). Assinale a alternativa correta.
a) O Sistema Colonial se nos apresenta como o conjunto das relações entre as metrópoles
e suas respectivas colônias.
b) O Sistema Colonial pode ser situado no período entre a baixa Idade Media e o Renascimento
seguindo a tradição de vários historiadores.
c) O Sistema Colonial do Mercantilismo que dá sentido à colonização europeia entra em
crise com os Descobrimentos Marítimos.
d) No sistema colonial a Metrópole deve se constituir em favor essencial do desenvolvimento
econômico da colônia dando-lhe maior mercado.
e) Na colonização, a política mercantilista, conquanto fosse pautada no montante de metal
nobre existente dentro de cada nação não estabelecia uma prática competitiva.

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046. (ESSA/2013) As expedições portuguesas ao Brasil nas duas primeiras décadas do século
XVI objetivaram
a) iniciar o cultivo da cana-de-açúcar e o imediato povoamento.
b) travar contato com os nossos índios e iniciar atividades comerciais com os mesmos
c) transferir para o Brasil os acusados de heresias protestantes na corte portuguesa.
d) reconhecer a terra descoberta e salvaguardar a sua posse.
e) estimular a catequese dos índios a pedido da Companhia de Jesus

047. (ESSA/2013) No tocante as primeiras atividades econômicas desenvolvidas pelos


portugueses na colônia do Brasil, entre os anos 1501 a 1530, é correto afirmar que se
destacaram como atividade(s) principal(is)
a) a exploração de ouro e pedras preciosas.
b) a escravização do indígena.
c) a extração das chamadas drogas do sertão e criação de gado.
d) a extração e comercialização do pau-brasil.
e) o cultivo de fumo e do café.

048. (ESSA/2006) No Brasil Colônia, a atividade econômica que atendia, basicamente, o


mercado interno era o(a):
a) pecuária
b) cacau
c) tráfico negreiro
d) produção de tabaco
e) manufatura têxtil.

049. (ESSA/2006) Dentre as quinze Capitanias Hereditárias fundadas no Brasil a partir de


1530, somente duas progrediram até 1550:
a) Pernambuco e São Vicente.
b) Maranhão e Ceará
c) Itamaracá e Porto Seguro
d) Ilhéus e Porto Seguro
e) São Tomé e Santana.

050. (ESSA/2007) No início da colonização, a cultura de cana-de-açúcar era realizada em


grandes propriedades que eram chamadas de:
a) Sítios
b) Latifúndios
c) Alqueiras
d) Minifúndios
e) Casas-grandes

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GABARITO

1. e 35. e
2. c 36. d
3. a 37. d
4. e 38. e
5. c 39. E
6. a 40. E
7. c 41. E
8. d 42. C
9. a 43. c
10. b 44. e
11. e 45. a
12. c 46. d
13. c 47. d
14. b 48. a
15. b 49. a
16. b 50. b
17. e
18. e
19. c
20. d
21. e
22. d
23. d
24. d
25. c
26. c
27. c
28. c
29. c
30. a
31. a
32. c
33. b
34. d

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GABARITO COMENTADO

010. (IAUPE/PM/PE/2016) No processo de formação do território pernambucano, a partir


da chegada dos portugueses na Capitania de Pernambuco ou Nova Lusitânia, os primeiros
núcleos de povoamento foram as Vilas de
a) Itamaracá e Recife.
b) Igarassu e Olinda.
c) Igarassu e Recife.
d) Recife e Olinda.
e) Itamaracá e Igarassu.

Muito cuidado! Itamaracá é nome dado a Capitania doada por Dom João III a Pero Lopes de
Sousa. Recife surgiu depois de Olinda, era seu antigo porto, povoada principalmente por
pescadores. Infelizmente, há a necessidade de que você decore o nome dessas primeiras
vilas. Mas isso não é difícil pra você, não verdade!?
Letra b.

011. (VUNESP/PM/SP/2015) Nível Médio.


O açúcar, no período colonial, e o café, no Império, foram duas importantes riquezas do
Brasil. Com relação a essas atividades, é correto afirmar que:
a) o açúcar promoveu o surgimento de cidades no interior, enquanto a lavoura cafeeira
expandiu-se na faixa litorânea.
b) ambas basearam-se no minifúndio e desenvolveram uma organização política marcada
pelo poder dos burgueses.
c) a ascensão social era mais fácil nos engenhos de açúcar do que nas fazendas de café,
onde a sociedade era imóvel.
d) ambas estavam submetidas ao monopólio de comércio e produziam, principalmente,
para o mercado interno.
e) a produção açucareira baseou-se na escravidão, assim como, no início, o café, que depois
usou trabalho livre imigrante.

A mão de obra escrava foi fundamental para o desenvolvimento das duas atividades.
Letra e.

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012. (UPNET/IAUPE/CMB/PE/2017) “São tão grandes as riquezas deste novo mundo e da


mesma maneira sua fertilidade e abundância, que não sei por qual das cousas comece
primeiramente: mas, pois todas elas de muita consideração, farei uma salada na melhor
forma que souber, para que fiquem claras e deem gosto”. (Ambrósio Fernandes Brandão
– séc. XVII. Apud BRANDÃO, Ambrósio Fernandes. Diálogos das grandezas do Brasil. 3. ed.
Recife: FUNDAJ, Ed. Massangana, 1997. p. 85.)
Em relação à colonização da Capitania de Pernambuco no século XVI, assinale a alternativa
CORRETA.
a) Diferente do que ocorrera nas outras capitanias, Duarte Coelho fora o único donatário a
receber da Coroa Lusitana vultosas doações para o desenvolvimento das suas terras, bem
como um corpo de milícia para garantir a sua defesa, uma vez que se achava sob constante
ataque dos índios caetés.
b) Com o passar dos anos e as investidas de outros navegadores, especialmente franceses,
o governo de Portugal decidiu promover a colonização da América Portuguesa por meio da
instituição do Governo Geral. Essa atitude favoreceu sobremaneira Pernambuco, uma vez
que se beneficiou da administração direta da Corte.
c) Além do trabalho na agricultura, a presença africana era necessária para aberturas
de novas áreas no território, dominado, muitas vezes, por índios que faziam guerra aos
portugueses e impediam o avanço, principalmente em direção ao sertão.
d) A questão de povoamento não enfrentava contratempos, especialmente devido aos
condenados pela justiça reinol que eram punidos com o degredo para o Brasil. Estes, além
de resolverem o problema da falta de cidadãos portugueses dispostos a colonizar o novo
mundo, colaboravam para o bom serviço que o Capitão Donatário pretendia prestar à Coroa.
e) As alianças estabelecidas com os indígenas permitiram a Duarte Coelho o estabelecimento
de duas vilas nas terras de Pernambuco, sem a necessidade de conflitos com os naturais da
terra. A primeira delas, fundada logo na chegada do Capitão Donatário à sua Capitania, foi
denominada de Igaraçu. A segunda, chamada de Olinda, distante cinco léguas da primeira,
logo passou a ser a sede da capitania.

a) Errada. Nenhum donatário recebeu recursos da coroa Portuguesa para promover a


instalação das capitanias.
b) Errada. O Governo-Geral foi criado por Portugal em 1548 com o objetivo de centralizar
ainda mais a administração colonial. Com sede em Salvador, Pernambuco pouco se beneficiou
dessa centralização.
c) Correta.
d) Errada. Entre os contratempos, podemos citar a resistência indígena e a falta de recursos
para que os donatários instaurassem as capitanias.
e) Errada. Lembre-se de que as vilas foram atacadas por indígenas.
Letra c.

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013. (UPNET/IAUPE/CMB/PE/2017) “Rebentou, então, por culpa dos portugueses, uma


revolta dos índios, que anteriormente se mostravam pacíficos, e o chefe da terra
pediu-nos pelo amor de Deus, que fôssemos às pressas auxiliar o lugar… do qual os
indígenas queriam se apoderar. […] O número dos defensores montava, incluindo-nos,
cerca de 90 cristãos. Acrescente-se a esse número 30 negros e escravos brasileiros,
a saber, selvagens que pertenciam a colonos.” (SATDEN, Hans. Duas viagens ao Brasil.
Belo Horizonte: Itatiaia, 1974. p. 46.)
Sobre a relação estabelecida entre os chamados índios pernambucanos e os colonizadores
portugueses, é CORRETO afirmar que
a) as constantes solicitações feitas por Duarte Coelho à coroa portuguesa, no sentido de
permitir que ele pudesse importar para a Capitania negros escravizados da Guiné, faziam
sentido em face ao pendor natural à preguiça, apresentado pelos índios.
b) ao contrário do que ocorria na maior parte do território da América Portuguesa, não
existia, nas terras da Capitania de Pernambuco, diversidade de povos indígenas. Pelo
contrário, a dispersão dos caetés por todo o território pernambucano foi um dos fatores
para sua rápida conquista e colonização.
c) na capitania de Pernambuco, os ataques indígenas foram constantes às vilas e plantações
de açúcar. Apesar de as tropas coloniais repelirem as investidas, esses ataques não eram
cessados. Esse foi um dos motivos que levaram a Coroa portuguesa a enviar ao Brasil levas
de missionários, para que pudessem atuar entre os índios e ajudar na sua “domesticação”.
d) os inúmeros contatos que os europeus-cristãos estabeleceram com os povos indígenas,
a partir de um determinado momento da colonização, foram mediados por uma lógica
colonizadora de opressão, imposição, negação, impostas pela superioridade dos colonos
Portugueses. Essa era tamanha, que não permitiu o desenvolvimento de qualquer forma
de resistência indígena.
e) a história das relações sociais entre os missionários franciscanos e indígenas na Capitania
de Pernambuco revela a existência de inúmeros contatos ao longo do período colonial. Mais
preocupados com a catequese dos povos indígenas, não exerceram nenhuma influência na
política indigenista adotada pela metrópole.

Note que o texto do enunciado aponta para os portugueses como culpados pelo conflito
com os indígenas, o que justifica assinalar a alternativa c. Ademais, uma das estratégias
para apaziguar os indígenas foi a catequização através da ação de missionários religiosos
( jesuítas, carmelitas, beneditinos e franciscanos)
Letra c.

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014. (UPNET/IAUPE/PM/PE/2009) Maurício de Nassau chegou a Pernambuco em 1637,


pretendendo pacificar a região e governar com a colaboração dos luso-brasileiros. Sobre
o governo de Nassau, analise as proposições abaixo.
I – Fundou, no interior da capitania, o Arraial do Bom Jesus para concentrar a resistência
holandesa e, usando a tática de guerrilha, minar a resistência dos pernambucanos.
II – A Companhia das Índias Ocidentais concedeu créditos aos senhores de engenho para o
reaparelhamento das propriedades, a recuperação dos canaviais e a compra de escravos.
III – Nassau estimulou a vida cultural e investiu em obras urbanas, nos domínios holandeses.
A cidade do Recife foi beneficiada com a construção de casas, pontes e obras sanitárias.
IV – Embora o objetivo dos holandeses fosse o de expandir sua fé religiosa, o luteranismo,
outras religiões foram toleradas, exceto o judaísmo.
Está CORRETO o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

Afirmativa I: Errada. O Arraial do Bom Jesus foi um acampamento entrincheirado de onde o


Superintendente da Guerra da Capitania de Pernambuco, Matias de Albuquerque (c. 1590-
1647), organizou a resistência ao invasor holandês, a partir de 1630.
Afirmativa IV: Errada. A religião dos holandeses era calvinista. Além disso, Nassau tolerou
outras religiões, inclusive, com a saída de Nassau, os holandeses passaram a não tolerar
outras religiões, sendo um dos motivos de eclosão da Insurreição Pernambucana.
Letra b.

015. (FUVEST) Foram, respectivamente, fatores importantes na ocupação holandesa no


Nordeste do Brasil e na sua posterior expulsão:
a) o envolvimento da Holanda no tráfico de escravos e os desentendimentos entre Maurício
de Nassau e a Companhia das Índias Ocidentais.
b) a participação da Holanda na economia do açúcar e o endividamento dos senhores de
engenho com a Companhia das Índias Ocidentais.
c) o interesse da Holanda na economia do ouro e a resistência e não aceitação do domínio
estrangeiro pela população.
d) a tentativa da Holanda em monopolizar o comércio colonial e o fim da dominação
espanhola em Portugal.
e) a exclusão da Holanda da economia açucareira e a mudança de interesses da Companhia
das Índias Ocidentais.

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A Holanda conseguiu dinamizar a produção e o comércio do açúcar na região Nordeste do


Brasil a partir da década de 1640. A expulsão dos holandeses dessa região foi motivada por
uma série de fatores: um deles foi a revolta dos senhores de engenho contra o sistema de
administração da produção de açúcar e, outro, a restauração do trono português com o
fim da União Ibérica.
Letra b.

016. (UEPR) Leia o texto.


“Nassau chegou em 1637 e partiu em 1644, deixando a marca do administrador. Seu
período é o mais brilhante de presença estrangeira. Nassau renovou a administração (...)
Foi relativamente tolerante com os católicos, permitindo-lhes o livre exercício do culto.
Como também com os judeus (depois dele não houve a mesma tolerância, nem com os
católicos e nem com os judeus - fato estranhável, pois a Companhia das Índias contava
muito com eles, como acionistas ou em postos eminentes). Pensou no povo, dando-lhe
diversões, melhorando as condições do porto e do núcleo urbano (...), fazendo museus de
arte, parques botânicos e zoológicos, observatórios astronômicos”. (Francisco Iglésias)
Esse texto refere-se:
a) à chegada e instalação dos puritanos ingleses na Nova Inglaterra, em busca de
liberdade religiosa.
b) à invasão holandesa no Brasil, no período de União Ibérica, e à fundação da Nova Holanda
no nordeste açucareiro.
c) às invasões francesas no litoral fluminense e à instalação de uma sociedade cosmopolita
no Rio de Janeiro.
d) ao domínio flamengo nas Antilhas e à criação de uma sociedade moderna, influenciada
pelo Renascimento.
e) ao estabelecimento dos sefardins, expulsos na Guerra da Reconquista Ibérica, nos Países
Baixos, e à fundação da Companhia das Índias Ocidentais.

As ações descritas no enunciado fazem menção à administração de Maurício de Nassau,


holandês que comandou a dominação flamenca no Brasil durante um bom tempo. Observando
suas principais atitudes, percebemos que a colonização holandesa se mostrou mais cordial
e empreendedora quando comparada às ações habituais da colonização portuguesa.
Letra b.

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017. (INÉDITA/2023) Que personagem histórico, que viveu no Nordeste brasileiro durante
o século XVII, colaborou com a invasão holandesa e depois foi julgado, condenado e morto
pelas autoridades portuguesas sob a alcunha de traidor?
a) Domingos Jorge Velho
b) José de Anchieta
c) José do Patrocínio
d) Joaquim José da Silva Xavier
e) Domingos Fernandes Calabar

Domingos Fernandes Calabar contribuiu com os holandeses no processo de ocupação


da capitania de Pernambuco, tendo, antes disso, colaborado com os portugueses no
reconhecimento daquela região. Em 1635, nos trâmites da disputa pela fixação no local,
Calabar foi capturado e morto pelos portugueses. Sua figura já gerou inúmeros debates
historiográficos e uma peça teatral intitulada “Calabar: o Elogio da traição”, concebida por
Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra.
Letra e.

018. (CESPE/SEDUC – CE/2013) A Guerra dos Bárbaros, também cunhada como Guerra da
Confederação dos Cariris, foi
a) o primeiro conflito pela autonomia política do Ceará e pela separação de Pernambuco
e ocorreu no século XVIII.
b) uma revolta regional do período regencial cujo conflito ocorreu no Ceará.
c) a insurreição de bandeirantes paulistas contra o governo da Capitania do Ceará que os
havia contratado.
d) a revolta jesuítica ocorrida no Ceará, similar à ocorrida na região das Missões no século XVIII.
e) um grande foco de resistência indígena no Nordeste brasileiro durante o período colonial
e perdurou por quase cinquenta anos.

A Confederação dos Cariris foi um movimento de resistência da nação Cariri (ou Kiriri) à
dominação portuguesa, ocorrido entre 1683 e 1713, que envolveu nativos principalmente
do Ceará e algumas tribos de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba.
Letra e.

019. (UFPR/TJSC/SC/AGENTE DE PORTARIA E COMUNICAÇÃO/2005) Podemos apontar como


a principal causa das invasões holandesas ao Brasil, a partir de 1624:
a) O desejo de fundar uma colônia protestante holandesa em terras brasileiras
b) O desinteresse de Portugal e Espanha pelo Brasil
c) A continuação da guerra entre Holanda e Espanha
d) O interesse holandês na produção do pau-brasil

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Querido(a), lembre-se de que a Holanda perdeu o rico comércio do açúcar por causa da
Espanha, que passou a controlar Portugal e suas colônias através da União Ibérica. Os
holandeses não se deram por satisfeitos e invadiram o nordeste brasileiro, passando, além
de controlar o comércio do açúcar, a também dominar as técnicas de produção.
Letra c.

020. (UFPR/GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA/2012) A organização produtiva encontrada pelo


português no período da colonização tinha semelhanças com o sistema europeu classificado
como “pousio florestal longo”. No Brasil, registra-se a existência de uma técnica chamada
por alguns povos indígenas de “coivara”. Com base nos conhecimentos sobre a América
antes da chegada dos portugueses, é correto afirmar que a coivara era a denominação dada:
a) ao regime de trabalho organizado pelos portugueses para explorar a mão de obra indígena
na agricultura.
b) ao sistema simbólico que organizava o culto à natureza entre os indígenas nativos.
c) à organização social poligâmica das famílias indígenas nativas.
d) à preparação do solo para o plantio de alimentos pelos indígenas locais.
e) à técnica que viabilizou a exploração dos metais preciosos abundantes na América.

Muito fácil, não é mesmo?! Guarde o conceito de coivara.


Letra d.

021. (UFPR/LITORAL/VESTIBULAR/2013) Observe a imagem a seguir, que registra um navio


negreiro conduzindo escravos

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Com base nos conhecimentos sobre a escravidão, é correto afirmar que a imagem:
a) revela a fraternidade com que eram tratados os escravizados.
b) sintetiza a ausência de sofrimento dos escravizados.
c) confirma a civilidade no trato com os escravizados.
d) revela o cuidado com os direitos sociais dos escravizados.
e) representa a humilhação dos indivíduos escravizados.

Questão de interpretação de fácil resolução. A foto mostra como a população negra


escravizada era humilhada.
Letra e.

022. (FGV/2014) Dos engenhos, uns se chamam reais, outros inferiores, vulgarmente
engenhocas. Os reais ganharam este apelido por terem todas as partes de que se compõem
e todas as oficinas, perfeitas, cheias de grande número de escravos, com muitos canaviais
próprios e outros obrigados à moenda; e principalmente por terem a realeza de moerem
com água, à diferença de outros, que moem com cavalos e bois e são menos providos e
aparelhados; ou, pelo menos, com menor perfeição e largueza, das oficinas necessárias e
com pouco número de escravos, para fazerem, como dizem, o engenho moente e corrente.
ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo:
Edusp. 1982, p.69.
O texto oferece uma descrição dos engenhos no Brasil no início do século XVIII. A esse
respeito é correto afirmar:
a) O engenho de açúcar foi a principal unidade econômica do sertão nordestino durante o
período colonial, permitindo a ocupação dos territórios situados entre o rio São Francisco
e o rio Parnaíba.
b) A produção de açúcar no nordeste brasileiro colonial, em larga escala, foi possível graças
à implantação do sistema de fábrica e ao uso do vapor como força motriz nas moendas.
c) Os engenhos da Bahia utilizavam, sobretudo, mão de obra escrava africana, enquanto
que nos engenhos pernambucanos predominava o trabalho indígena.
d) Os grandes engenhos desenvolviam todas as etapas de produção do açúcar, do plantio,
passando pela moagem, a purga, a secagem e até a embalagem.
e) A produção de açúcar no sistema de “plantation” ficou restrita aos domínios lusitanos
das Américas, durante a época colonial, o que garantiu bons lucros aos produtores locais
e aos comerciantes reinóis.

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O texto deixa claro que nos engenhos reais (portanto, nos grandes engenhos) todas as
etapas da produção do açúcar eram feitas, porque tais engenhos contavam com “(...) todas
as partes de que se compõem e todas as oficinas (...)”. Logo, nesses engenhos ocorriam o
plantio, a moagem, a purga, a secagem e a embalagem.
Letra d.

023. (FGV/SME/SP/Professor de Ensino Fundamental II e Médio/História/2016)

Com relação às invasões holandesas do século XVII, e com base na análise do frontispício,
assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) As invasões holandesas se inserem no quadro das relações internacionais entre os


países europeus, disputando o controle do comércio do açúcar.
( ) A capitulação holandesa, em 1654, imposta pelo poderio português, é objeto de
propaganda no frontispício mediante a sobreposição do escudo da Restauração a
um mapa que alude aos domínios do Império ultramarino português.
( ) A especificidade do conflito em terras coloniais, marcado pelo uso de emboscadas
com pequenos grupos, em constante movimento, está indicada na referência à
“guerra brasílica” no título da obra.

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As afirmativas são, respectivamente,


a) F, V e F.
b) F, V e V.
c) V, F e F.
d) V, V e V.
e) F, F e V.

Todas as afirmativas estão corretas. Chamo sua atenção para o fato de que a terceira
afirmativa pode gerar dúvidas. No entanto, como as duas primeiras são relativamente
fáceis de se constatar que são verdadeiras, não há opção V, V, F. Infere-se, portanto, que a
última afirmativa é correta.
Letra d.

024. (ESSA/2016) O Primeiro Governo Geral do Brasil foi instalado em:


a) São Luís.
b) Fortaleza.
c) Olinda.
d) Salvador.
e) Rio de Janeiro.

Salvador foi a primeira capital da colônia.


Letra d.

025. (FGV/2015) A interrupção desse fluxo comercial levaria os negociantes e financistas da


República a fundarem a Companhia das Índias Ocidentais (1621). (...) O historiador Charles
Boxer considera que esse conflito, por produtos e mercados, entre o Império Habsburgo
e as Províncias Unidas, foi tão generalizado que pode ser considerado, de fato, a Primeira
Guerra Mundial, pois atingiu os quatros cantos do mundo. (Regina Célia Gonçalves, Fim do
domínio holandês In Circe Bittencourt (org), Dicionário de datas da história do Brasil, p. 34)
Acerca do fragmento, que aborda o conflito entre o Império Espanhol e as Repúblicas das
Províncias Unidas, nas primeiras décadas do século XVII, é correto afirmar que

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a) os fundamentos da presença holandesa em todos os domínios coloniais portugueses


devem ser associados à conjuntura de guerra religiosa dominante na Europa, cabendo
aos representantes batavos, prioritariamente, impor o calvinismo nas regiões recém-
conquistadas, caso de Angola.
b) as práticas holandesas de desrespeito aos domínios coloniais das outras potências
europeias, especialmente Portugal e França, determinaram uma onda permanente de guerras
entre essas potências, gerando o isolamento estratégico das companhias de comércio de
capital holandês.
c) a presença holandesa no Nordeste brasileiro, visando o comando da produção açucareira,
fez parte de um processo mais amplo, porque esteve associada ao domínio de espaços
fornecedores de escravos na África, além de outros domínios no Oriente, até então sob o
domínio português.
d) o maior interesse da companhia de comércio holandesa era a exploração mineral na
América portuguesa e, para atingir esse objetivo, optou pela entrada no Brasil por meio do
Nordeste açucareiro, porque era uma região menos protegida militarmente e mais aberta
à influência estrangeira.
e) a disputa por espaços coloniais no Caribe e na região oeste da América do Norte gerou
uma guerra europeia de grandes proporções, envolvendo as principais monarquias do
continente e obrigando a Espanha a se aliar à França e à Inglaterra, com o intuito de se
defender da marinha de guerra holandesa.

A questão remete ao conflito da dinastia Habsburgo (Espanha) que dominava boa parte da
Europa no século XVII contra a Holanda denominada Repúblicas das Províncias Unidas. O
historiador Charles Boxer afirmou que este conflito foi tão amplo que pode ser denominado
de Primeira Guerra Mundial considerando que no império de Filipe II Habsburgo o sol nunca
se põe (o império incorporava quase toda América Latina, Espanha, Portugal e boa parte
da Itália e Alemanha além das Filipinas). O conflito ocorreu porque a Holanda pertencia a
Espanha e por motivos religiosos e econômicos principalmente, a Holanda se emancipou
em 1581. Daí Filipe II, rei da Espanha e “dono do mundo” implantou um boicote econômico
contra a Holanda. Esta reagiu e criou a Companhia das Índias Orientas e a Companhia das
Índias Ocidentais em 1621. Esta última visava invadir o nordeste do Brasil para dominar a
produção do açúcar.
Letra c.

026. (ESPCEX/2016) As relações entre a metrópole e a colônia foram regidas pelo chamado
pacto colonial, sendo este aspecto uma das principais características do estabelecimento
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de um sistema de exploração mercantil implementado pelas nações europeias com relação


à América. Com relação ao Brasil, do que constava este pacto?
a) As colônias só poderiam produzir artigos manufaturados.
b) A produção agrícola seria destinada, exclusivamente, à subsistência da colônia.
c) A produção da colônia seria restrita ao que a metrópole não tivesse condições de produzir.
d) A colônia poderia comercializar a produção que excedesse às necessidades da metrópole.
e) Portugal permitiria a produção de artigos manufaturados pela colônia, desde que a
matéria-prima fosse adquirida da metrópole.

a) Errada. As colônias eram proibidas de produzir manufaturados para não concorrer com
a produção da metrópole.
b) Errada. A produção agrícola visava o mercado metropolitano, mas, existiam poucas
atividades de subsistência, como a agricultura de alimentos e a pecuária.
d) Errada. A colônia estava sujeita ao “planejamento” econômico da metrópole, sendo
proibida de comercializar com outras nações.
e) Errada. Como disse, a produção de manufaturados era proibida na colônia.
Letra c.

027. (INÉDITA/2023) O sistema de Capitanias Hereditárias era regulamentado por dois


documentos jurídicos, que definiram os direitos e os deveres dos donatários. Um desses
documentos cedia ao donatário uma ou mais capitanias, a administração sobre ela, as suas
rendas e o poder legal para interpretar e ministrar a lei. O outro estabelecia os direitos e
deveres dos donatários, como promover a prosperidade da capitania, conceder sesmarias,
receber a redízima das rendas da metrópole e a vintena da comercialização do pau-brasil
e do pescado.
Esses documentos eram, respectivamente:
a) Carta de Doação e Foral
b) Foral e Regimento de Tomé de Souza
c) Carta de Doação e Regimento de Tomé de Souza
d) Foral e Carta de Doação
e) Regimento de Tomé de Souza e Foral

Questão fácil. O primeiro, que cedia a capitania a um donatário, foi a Carta de Doação. Já
o segundo, que regulamentava as relações de direitos e deveres entre os donatários e a
Coroa Portuguesa, foi a Carta Foral.
Letra c.

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028. (ESSA/1976) A prosperidade das capitanias de S. Vicente e Pernambuco foi devida,


principalmente:
a) aos escravos índios
b) ao pau-brasil
c) à cana-de-açúcar
d) aos escravos negros

Também questão fácil. A atividade açucareira possibilitou o sucesso da capitania de


Pernambuco.
Letra c.

029. (UNAERP-SP) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação
do Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo
o extenso território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu
através da:
a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
c) criação das capitanias hereditárias.
d) montagem do sistema colonial.
e) criação e distribuição das sesmarias.

Sem recursos para empreender a colonização, a Coroa Portuguesa optou por terceirizar a
atividade para os donatários.
Letra c.

030. (INÉDITA/2023) Foram disputas intermitentes entre os índios cariris, que ocupavam
extensas áreas no Nordeste, contra a dominação dos colonizadores portugueses. Ocorreu
em 1683 e durou cerca de 30 anos de confrontos.
Estamos falando:
a) da Guerra dos Bárbaros
b) da Balaiada
c) da Confederação dos Tamoios
d) da Revolta dos Perdidos
e) da Revolta do Quebra-Quilos

Lembre-se de que a Guerra dos Bárbaros também ficou conhecida como Confederação dos
Cariris, indígenas citados no enunciado.
Letra a.

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031. (FGV/2013) Sobre a conquista holandesa do Nordeste brasileiro, no período colonial,


é correto afirmar:
a) Os conflitos entre portugueses e holandeses devem ser compreendidos no contexto
da União Ibérica (1580-1640) e da separação das Províncias Unidas do Império
Habsburgo (Espanha).
b) A ocupação das áreas de plantio de cana obrigou os holandeses a intensificarem a
escravização dos indígenas, uma vez que não possuíam bases no continente africano.
c) Estabelecidos em Pernambuco, os holandeses empreenderam uma forte perseguição
aos judeus e católicos ali residentes e fortaleceram a difusão do protestantismo no
Brasil colonial.
d) A administração de Maurício de Nassau foi caracterizada pelo pragmatismo e pela
desmontagem do grande centro de artistas e letrados organizado pelas autoridades
portuguesas em Olinda.
e) Os holandeses implementaram uma nova e eficiente estrutura produtiva baseada
em pequenas e médias propriedades familiares, que se diferenciava das antigas
plantations escravistas.

As invasões holandesas no nordeste – Bahia, Pernambuco e Paraíba – ocorreram no contexto


das “Guerras do Açúcar” entre Holanda e Espanha. A potência Ibérica controlava Portugal e
suas colônias e, como forma de retaliar os holandeses foi decretada a proibição do comércio
de açúcar brasileiro, representando grande prejuízo para os investidores holandeses.
Letra a.

032. (FGV/2017) Leia o excerto de uma peça teatral, de 1973.


Nassau
Como Governador-Geral do Pernambuco, a minha maior preocupação é fazer felizes os
seus moradores. Mesmo porque eles são mais da metade da população do Brasil, e esta
região, com a concentração dos seus quase 350 engenhos de açúcar, domina a produção
mundial de açúcar. Além do mais, nessa disputa entre a Holanda, Portugal e Espanha, quero
provar que a colonização holandesa é a mais benéfica. Minha intenção é fazê-los felizes…
sejam portugueses, holandeses ou os da terra, ricos ou pobres, protestantes ou católicos
romanos e até mesmo judeus.
Senhores, a Companhia das Índias Ocidentais, que financiou a campanha das Américas,
fecha agora o balanço dos últimos quinze anos com um saldo devedor aos seus acionistas
da ordem de dezoito milhões de florins.
Moradores

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Viva! Já ganhou! (...) Viva ele! Viva!


Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra. Calabar: o elogio da traição, 1976. Adaptado.
Sobre o fato histórico ao qual a obra teatral faz referência, é correto afirmar que
a) as bases religiosas da colonização holandesa no nordeste brasileiro produziram uma organização
administrativa que privilegiava a elite luso-brasileira, ao oferecer financiamento com juros
subsidiados e parcelas importantes do poder político aos grandes proprietários católicos.
b) a grande distância entre as promessas de tolerância religiosa e a realidade presente
no cotidiano dos moradores da capitania de Pernambuco deu-se porque os dirigentes
da companhia holandesa impuseram o calvinismo como religião oficial e perseguiram as
demais religiões.
c) a presença da Companhia das Índias Ocidentais no nordeste da América portuguesa
trouxe benefícios aos proprietários luso-brasileiros, como o financiamento da produção,
mas reproduziu a lógica do colonialismo, ao concentrar a riqueza no setor mercantil e não
no produtivo.
d) a felicidade prometida pelos invasores holandeses não pôde ser efetivada em função da
lógica diplomática presente na relação entre Portugal e Holanda, pois se tratava de nações
inimigas desde o século XV, em virtude da disputa pelo comércio oriental.
e) as promessas dos invasores holandeses se confirmaram, e a elite ligada à produção
açucareira e ao comércio colonial foi amplamente beneficiada, principalmente pelo livre
comércio, o que explica a resistência desses setores sociais ao interesse português em
retomar a região invadida pela Holanda.

A presença holandesa no Brasil colonial, através do governo das Companhias das Índias
Ocidentais, ajudou por desenvolver a capitania de Pernambuco, em especial na produção de
açúcar. Mas a presença holandesa não modificou o panorama social da Colônia, beneficiando,
assim, as elites.
Letra c.

033. (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019) Sobre a colonização


portuguesa na América, no século XVII, assinale a afirmativa correta.
a) A mão de obra comum a todo o território colonial era composta por africanos escravizados.
b) Os senhores de engenho compunham o segmento mais abastado das regiões açucareiras.
c) A exploração de mão de obra indígena havia sido extinta por pressão jesuítica.
d) O caráter predatório da ocupação inviabilizou a diversificação do mercado interno.
e) Os lavradores das minas investiam parte de seu capital na abertura de vias comerciais
com a região do Prata.

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Querido(a), a classe social com maiores privilégios na sociedade açucareira era a dos senhores
de engenho.
Letra b.

034. (AOCP/IBC/PROF. HISTÓRIA/2012) As capitanias hereditárias e as sesmarias foram


a primeira forma efetiva de ocupação das terras da América Portuguesa e propiciaram
o desenvolvimento da economia açucareira. Sobre a economia açucareira, assinale a
alternativa correta.
a) A cana de açúcar foi introduzida no Brasil em 1530 por Martim Afonso de Souza, que
construiu o primeiro engenho no ano de 1532 na capitania hereditária de Pernambuco.
b) Somente após 1570, a produção açucareira atingiu seu ápice, suplantando a Ilha da
Madeira mantendo-se o maior produtor e exportador do mundo até o início do século XIX.
c) A economia açucareira encontra concorrência quando, apoiadas por Ingleses, algumas
ilhas das Antilhas passam a ser grandes concorrentes do açúcar brasileiro.
d) O açúcar proporcionou grandes riquezas aos donos de engenhos, principalmente em
Pernambuco e São Paulo, onde o sistema de capitanias obteve o maior êxito.
e) Os holandeses, comandados por Nassau, invadem o nordeste brasileiro em 1630 e se
instalam na região mais próspera da economia açucareira brasileira.

Como você há de se recordar, as únicas capitanias que prosperaram foram a de Pernambuco


e São Vicente (São Paulo) principalmente em razão da exploração da atividade açucareira.
Letra d.

035. (PUC-PR) Uma das principais consequências da União Ibérica (1580 - 1640) para o
Brasil foi:
a) a decadência do bandeirantismo como atividade de penetração, já que o Tratado de
Tordesilhas deixou de funcionar;
b) o desenvolvimento da economia mineratória, aproveitando-se os brasileiros da experiência
espanhola nesse setor;
c) a formação da Companhia Geral do Comércio de Pernambuco, por determinação direta
de Filipe II;
d) a eclosão de vários movimentos nativistas de tendência emancipadora, como a Guerra
dos Emboabas;
e) a invasão holandesa do Nordeste e a posterior decadência da cultura canavieira brasileira,
com a fixação dos holandeses nas Antilhas.
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Com a União Ibérica, os holandeses perderam o rico comércio do açúcar brasileiro, o que
os levou a invasões ao território da colônia portuguesa.
Letra e.

036. (UAM/SP) Segundo se pôde concluir das poucas e suspeitas notícias encontradas a
respeito nos escritos contemporâneos, Calabar exercia a profissão de contrabandista; nem de
outro modo se podem explicar os roubos feitos à fazenda real de que o acusam os nossos...
Era o único homem capaz de se medir com Matias de Albuquerque; e como tinha sobre este
a vantagem de dispor do mar, desfechou-lhe os golpes mais certeiros. Qual móvel o levou
a abandonar os compatriotas, nunca se saberá; talvez a ambição ou a esperança de fazer
mais rápida carreira entre os estranhos, tornando-se pela singularidade de seus talentos
indispensável aos novos patrões ou, talvez, o desânimo, a convicção da vitória certa e fácil
do invasor. (ABREU, Capistrano. Capítulos da História Colonial.)
O texto trata:
a) da Revolução Praieira;
b) da Revolução dos Alfaiates;
c) da Balaiada;
d) da Invasão Holandesa;
e) da Revolução Pernambucana de 1817.

Note que o texto do enunciado cita Calabar, personagem filho de um português com uma
indígena que se aliou aos holandeses.
Letra d.

037. (INÉDITA/2023) Um importante episódio da história colonial do RN, ocorrido entre


fins do século XVII e princípios do XVIII, refere-se à reação dos primitivos habitantes da
região, especialmente dos cariris, à utilização do trabalho escravo indígena. Esse episódio
ficou conhecido como
a) Confederação Potiguar.
b) Insurreição Cariri.
c) Rebelião Autóctone.
d) Guerra dos Bárbaros.
e) Confederação do Equador.

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Lembre-se de que a Guerra dos Bárbaros também ficou conhecida como confederação
dos cariris.
Letra d.

038. (CESPE/TJ/SC/TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR/SECRETARIA/2011) Em relação ao Período


Colonial do Brasil, leia as proposições abaixo:
I – Como Portugal não tinha recursos próprios para implantar um sistema administrativo
na sua colônia americana, resolveu transferir o ônus da colonização para particulares,
dividindo o território brasileiro em Capitanias Hereditárias.
II – O Sistema de Governo Geral trouxe maior centralização à administração colonial. O
primeiro governador geral do Brasil foi Tomé de Sousa (1549 1553).
III – Entre os motivos que levaram Portugal a querer colonizar o Brasil, podemos citar a
decadência do comércio português no Oriente.
IV – A estrutura da economia açucareira do Brasil neste período era composta por: grandes
propriedades, monocultura, mão-de-obra escrava, entre outros.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas a alternativa II está incorreta
b) Apenas a alternativa IV está incorreta
c) Apenas a alternativa II e III estão corretas
d) Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas
e) Todas as alternativas estão corretas

Todas as afirmativas são verdadeiras. Questão de fácil resolução se você leu com atenção
as informações anteriores ao exercício.
Letra e.

039. (CESPE/IRBR/TERCEIRO SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA/2018) Tendo em vista


que, como colônia de Portugal, o Brasil fazia parte do mercantilismo da Idade Moderna,
que tinha no sistema colonial um dos fatores fundamentais do processo de acumulação
primitiva da Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII, julgue (C ou E) os itens a seguir, acerca das
características básicas da produção brasileira no período colonial.
Exercida sob o modelo de latifúndio autossuficiente, a produção gerava excedentes que
propiciavam um vigoroso comércio entre as capitanias.

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Querido(a), atenção! O enunciado do texto, dizendo que a produção gerava excedentes,


pode te levar ao erro. Não ocorreu um vigoroso comércio entre as capitanias porque, no
sistema colonial, tudo o que era produzido visava o mercado externo, seja na produção do
açúcar, seja na extração do ouro.
Errado.

040. (CESPE/IRBR/TERCEIRO SECRETÁRIO DA CARREIRA DE DIPLOMATA/2018) Tendo em vista


que, como colônia de Portugal, o Brasil fazia parte do mercantilismo da Idade Moderna,
que tinha no sistema colonial um dos fatores fundamentais do processo de acumulação
primitiva da Europa nos séculos XVI, XVII e XVIII, julgue (C ou E) os itens a seguir, acerca das
características básicas da produção brasileira no período colonial.
A posse da terra era concedida exclusivamente a proprietários de pequeno e médio porte;
predominava o trabalho escravo e a produção manufatureira livre destinava seus produtos
à venda por comerciantes portugueses na Europa.

O direito de usufruto hereditário da terra era dado a Donatários de origem nobre portuguesa
(fidalgos), através das Capitanias Hereditárias. A produção do açúcar era escrava e destinada
com exclusividade a coroa portuguesa.
Errado.

041. (CESPE/IPHAN/ANALISTA I/2018) Julgue os itens a seguir, com relação aos traços gerais
da organização e da formação do espaço geográfico brasileiro na época da incorporação
do Brasil ao império português.
A produção gerada na colônia estava organizada de forma a atender as necessidades do
mercado interno e estimular o desenvolvimento da colônia.

A produção gerada na colônia visava o mercado externo, impedindo o desenvolvimento


colonial. Através do Exclusivo Comercial (Pacto Colonial) a colônia era obrigada a negociar
sua produção unicamente com os portugueses.
Errado.

042. (CESPE/IPHAN/ANALISTA I/2018) Julgue os itens a seguir, com relação aos traços gerais
da organização e da formação do espaço geográfico brasileiro na época da incorporação
do Brasil ao império português.
O sistema produtivo implantado no Brasil promoveu, desde o início da colonização, uma relação
espacial de exploração econômica entre o espaço subordinante e o espaço subordinado.

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Ocupação da Região de Pernambuco: da Pré-Colonização à Organização da Colônia Portuguesa
Daniel Vasconcellos

Desde o início, o espaço subordinante (Portugal) explorava o espaço subordinado (Brasil).


Certo.

043. (AOCP/PREF. MUN. DE JABOATÃO DOS GUARARAPES/PROF. DE HISTÓRIA/2015) A cultura


brasileira origina-se da primeira forma efetiva de ocupação das terras da América Portuguesa
ocorrida por meio das capitanias hereditárias e sesmarias, quando a produção açucareira
se destacou através da construção de engenhos, não somente para evitar ataques de
índios, corsários e franceses, mas também na intenção de obter proventos com um método
sistemático e organizado. A respeito da expansão da economia açucareira na América
Portuguesa, assinale a alternativa correta.
a) A cana-de-açúcar (Saccharum officinarum), pertencente à família das gramíneas, segundo
os registros oficiais, foi introduzida no Brasil em 1530 por Martim Afonso de Souza, que
construiu o primeiro engenho no ano de 1532 na capitania hereditária de Pernambuco.
b) Somente após 1570, a produção açucareira conheceu seu grande surto, quando a colônia
portuguesa suplantou a Ilha da Madeira, tornando-se o maior produtor e exportador do
mundo, posto este sustentado até 1880.
c) O açúcar, antes utilizado apenas para fins medicinais e farmacológicos, passa afazer
parte de diversas classes da hierarquia social, principalmente na cozinha, onde serviu para
adoçar e até mesmo conservar alimentos.
d) A produção açucareira proporcionou grandes riquezas aos donos de engenhos, com
exceção de Pernambuco e São Vicente respectivamente, onde o sistema de capitanias não
obteve muito êxito.
e) Ao observar a prosperidade dos engenhos na América Portuguesa, os espanhóis, comandados
por Nassau, invadem o nordeste brasileiro em 1630 com o intuito de estabelecer engenhos
naquela região.

e) Errada. O primeiro engenho na colônia foi construído na Capitania de São Vicente.


b) Errada. Em 1880 a produção açucareira estava em crise desde a expulsão dos holandeses
que ofereceram concorrência com suas colônias nas Antilhas.
c) Correta.
d) Errada Pernambuco e São Vicente foram as Capitanias de maior sucesso na Colônia.
e) Errada: Não foram os espanhóis que invadiram o Nordeste, foram os holandeses. Além
disso, Nassau não participou da invasão e, sim, da administração.
Letra c.

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044. (AOCP/PREFEITURA MUNICIPAL DE SEROPÉDICA/PROF. DE HISTÓRIA/2013) Foi em


março de 1532, quando Martim Afonso de Souza ainda estava em São Vicente, que o rei D.
João III decidiu empregar no Brasil o mesmo sistema de colonização que havia dado certo
nos Açores e na Ilha da Madeira. Apesar da experiência bem-sucedida nas ilhas, o império
ultramarino português estava mais preparado e interessado em descobrir, conquistar,
comercializar e, eventualmente, em pilhar, do que em colonizar, mas a ameaça francesa
persistia e o rei compreendeu que a única maneira de preservar as terras era dando início
a sua efetiva ocupação. A respeito do assunto, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A Coroa portuguesa optou por dividir as terras brasileiras em 14 capitanias hereditárias,
totalizando 15 lotes doados a figuras importantes da Corte portuguesa.
b) as capitanias brasileiras foram concedidas a membros da burocracia estatal e militares
navegadores por desinteresse da nobreza lusitana.
c) Os donatários receberam poderes majestáticos, podiam legislar e controlar tudo em suas
terras menos a arrecadação de impostos reais.
d) Os 12 donatários vieram para o Brasil a fim de observar as condições de clima, relevo e
possibilidades do solo para cultivos e adaptações de plantas asiáticas.
e) Apesar do balanço desfavorável e de todos os vícios que legaram a estrutura fundiária
do Brasil, as capitanias definem o embrião da futura ocupação do Brasil.

A estrutura das Capitanias Hereditárias é o embrião da concentração fundiária existente


no país.
Letra e.

045. (AOCP/PREFEITURA MUNICIPAL DE QUISSAMÃ/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2009) O


“Sistema colonial, efetivamente, constitui-se no componente básico da colonização da
época mercantilista, elo que permite estabelecer as mediações essenciais entre os diversos
níveis da realidade histórica.” (Novais, 1995, p.57). Assinale a alternativa correta.
a) O Sistema Colonial se nos apresenta como o conjunto das relações entre as metrópoles
e suas respectivas colônias.
b) O Sistema Colonial pode ser situado no período entre a baixa Idade Media e o Renascimento
seguindo a tradição de vários historiadores.
c) O Sistema Colonial do Mercantilismo que dá sentido à colonização europeia entra em
crise com os Descobrimentos Marítimos.
d) No sistema colonial a Metrópole deve se constituir em favor essencial do desenvolvimento
econômico da colônia dando-lhe maior mercado.
e) Na colonização, a política mercantilista, conquanto fosse pautada no montante de metal
nobre existente dentro de cada nação não estabelecia uma prática competitiva.

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b) Errada. O sistema colonial se situa na Idade Moderna.


c) Errada. Ganha impulso com os descobrimentos.
d) Errada. A Metrópole decidia pela colonização de povoamento ou de exploração.
e) Errada. Existia sim concorrência entre as metrópoles pela maior arrecadação de metais
preciosos.
Letra a.

046. (ESSA/2013) As expedições portuguesas ao Brasil nas duas primeiras décadas do século
XVI objetivaram
a) iniciar o cultivo da cana-de-açúcar e o imediato povoamento.
b) travar contato com os nossos índios e iniciar atividades comerciais com os mesmos
c) transferir para o Brasil os acusados de heresias protestantes na corte portuguesa.
d) reconhecer a terra descoberta e salvaguardar a sua posse.
e) estimular a catequese dos índios a pedido da Companhia de Jesus

Portugal não tinha interesse em colonizar o Brasil, inicialmente, porque não encontrara ouro.
As expedições buscavam reconhecer as terras e preservá-las do ataque de estrangeiros
que desrespeitavam o Tratado de Tordesilhas.
Letra d.

047. (ESSA/2013) No tocante as primeiras atividades econômicas desenvolvidas pelos


portugueses na colônia do Brasil, entre os anos 1501 a 1530, é correto afirmar que se
destacaram como atividade(s) principal(is)
a) a exploração de ouro e pedras preciosas.
b) a escravização do indígena.
c) a extração das chamadas drogas do sertão e criação de gado.
d) a extração e comercialização do pau-brasil.
e) o cultivo de fumo e do café.

A extração e comercialização de pau-brasil, pelo sistema de “estanco”, foi a primeira atividade


econômica desenvolvida pelos portugueses na colônia do Brasil entre os anos 1504-1530.
Letra d.

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048. (ESSA/2006) No Brasil Colônia, a atividade econômica que atendia, basicamente, o


mercado interno era o(a):
a) pecuária
b) cacau
c) tráfico negreiro
d) produção de tabaco
e) manufatura têxtil.

A pecuária nasceu da necessidade de abastecimento da população envolvida nas atividades


principais da colônia: a agricultura da cana-de-açúcar, nos séculos XVI, e XVII, e a mineração,
no século XVIII.
Letra a.

049. (ESSA/2006) Dentre as quinze Capitanias Hereditárias fundadas no Brasil a partir de


1530, somente duas progrediram até 1550:
a) Pernambuco e São Vicente.
b) Maranhão e Ceará
c) Itamaracá e Porto Seguro
d) Ilhéus e Porto Seguro
e) São Tomé e Santana.

Como vimos, essas foram as únicas Capitanias que vingara, principalmente em função do
plantio de cana-de-açúcar.
Letra a.

050. (ESSA/2007) No início da colonização, a cultura de cana-de-açúcar era realizada em


grandes propriedades que eram chamadas de:
a) Sítios
b) Latifúndios
c) Alqueiras
d) Minifúndios
e) Casas-grandes

Querido(a), essa questão está muito mais para português do que para história. A banca
quer saber se você sabe a definição de latifúndio.
Letra b.

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