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DANIEL VASCONCELLOS
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História
Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco
Daniel Vasconcellos
SUMÁRIO
Escravidão e Cultura Africana em Pernambuco. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. O Tráfico Transatlântico de Escravos para Terras Pernambucanas. . . . . . . . . . . . . 5
2. Cotidiano e Formas de Resistência Escrava em Pernambuco. . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.1. Quilombo dos Palmares. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.2. Quilombo do Catucá. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.3. Divino Mestre. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3. Crise da Lavoura Canavieira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4. A Participação dos Políticos Pernambucanos no Processo de Emancipação/
Abolição da Escravatura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
5. Herança Afro-descente em Pernambuco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
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Se recorda do nosso exercício inicial da aula anterior? Pois bem, antes de seguirmos,
para cada tópico listado no Império, aponte o que sua memória conseguir recordar. Com
dificuldade? Volte aos mapas-mentais da aula anterior e tente descrever (O que foi, causas,
consequências) cada uma das revoltas como se estivesse contando uma história, um causo
a alguém. Conseguiu? Pode ser que tenha derrapado em um ou outro detalhe, então volte
a aula anterior e leia o que estiver lhe despertando dúvidas. Pronto! Ao fazer isso algumas
vezes, sua revisão de véspera passará apenas pelos mapas-mentais dos resumos. Qualquer
dúvida, só chamar no fórum.
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A história do Brasil está marcada pela presença da mão de obra escrava e de tudo o que ela
representou para seu desenvolvimento econômico e cultural.
Em relação ao tráfico de escravos para as terras pernambucanas, é CORRETO afirmar que
a) na primeira metade do século XIX, a dinâmica do tráfico atlântico de escravos envolvia
uma série de produtos, que eram levados pelos navios saídos da província de Pernambuco,
rumo aos portos africanos. Dentre esses produtos, havia, inclusive, artigos das manufaturas
europeias e norte-americana.
b) a Lei de 7 de novembro de 1831, que declarava livre todos os escravos vindos de fora
a partir daquela data, não impactou o comércio escravista de Pernambuco, pois estes
continuaram sendo desembarcados nos portos desta província, sem qualquer fiscalização.
c) os dados sobre a importação de escravos entre os anos de 1815 e 1824 sugerem que tanto
a Insurreição Pernambucana de 1817 como a Confederação do Equador (1824) diminuíram
consideravelmente a entrada da mão de obra escrava. Em 1817, por exemplo, houve uma
queda de cinquenta por cento em relação a 1815.
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d) os tratados de 1826 assinados entre Brasil e Inglaterra previam o fim do comércio atlântico
de escravos em três anos. A partir daí, o número de importações cairia até não se registrar
mais a entrada de africanos escravizados pós 1850.
e) após várias revisões historiográficas, hoje é possível se afirmar que, ao menos na capitania
de Pernambuco, o único fator que contribuiu para o fim do tráfico atlântico de escravos
foi a pressão internacional.
Várias crianças foram ilegalmente escravizadas em praias nos limites de alguns dos
maiores e mais tradicionais engenhos de Pernambuco. O litoral era controlado por senhores
de engenhos que estavam inseridos no topo da escala social das povoações próximas, pois
eram eles que ocupavam as posições mais altas na justiça de paz, na guarda nacional e
na polícia civil. Eram eles, portanto, os encarregados de reprimir o tráfico do qual eram
protagonistas.
Portanto, é uma bobagem falar desses senhores de engenho como vítimas dos traficantes,
aos quais estariam endividados, pois era impossível um negreiro desembarcar sua preciosa
carga humana sem estar sob a proteção do proprietário que controlava o acesso ao local
de desembarque. Esses proprietários rurais eram senhores de engenho-traficantes – uma
expressão que pode ser utilizada sem aspas, pois é um termo que define a posição relativa
deles nesse ramo de negócios, pois não eram apenas compradores de cativos recém-
chegados, mas protagonistas do processo, desde o desembarque até a escravização das
mais de 150 mil pessoas livres que vieram para a província depois de 1831 nos porões de
navios negreiros.
Esse crime, portanto, foi protagonizado pela tal “nobreza da terra”, melhor dizendo,
senhores de engenho traficantes. O maior ou menor destaque de cada um desses protagonistas
nesse ramo de negócios é matéria para a historiografia atual e futura. O que fica claro, é que
o tráfico marcaria o litoral desses imensos brasis e foi um potente instrumento de reforço
e legitimação da escravidão, ao envolver diferentes agentes, inclusive empregando muita
gente, que compunha a população livre pobre circunvizinha aos pontos de desembarque.
Claro que o tráfico sempre empregou muita gente, mas depois de 1831, era uma atividade
francamente ilegal mesmo que apoiada pelo estado brasileiro, ao menos a partir da regência
do pernambucano Araújo Lima, em 1837, cujo engenho margeava o rio Sirinhaém, que
desembocava em Ponta de Serrambi, um conhecido ancoradouro de navios negreiros
depois de 1831.
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b) o quilombo do Catucá, que se localizava nas proximidades das cidades do Recife e Olinda,
foi um dos maiores problemas para as autoridades provinciais durante quase toda a segunda
metade do século XIX.
c) apesar de a capoeira ser vista hoje como uma luta, ela não era praticada pelos escravos
como forma de resistência. Nessa época, estava muito mais ligada ao lado lúdico e de
diversão.
d) o processo de catequese pelos quais passavam os escravos africanos permitiu que a
religião africana praticamente desaparecesse do Brasil, no período imperial. Poucos eram
os escravos que resistiam e continuavam a homenagear os orixás.
e) ao contrário do medo existente entre os habitantes da Bahia e do Rio de Janeiro, a
população de Pernambuco não estava assombrada por um grande levante de escravos, aos
moldes do que ocorreu no Haiti. Isso se justificava pela enorme repressão exercida contra
os escravos rebeldes na capitania de Pernambuco.
a) Certa. os escravos que trabalhavam com alguma forma de comércio eram conhecidos
como “escravos de ganho”. Normalmente era fixado uma quantia diária que o escravo
deveria entregar ao senhor.
b) Errada. O quilombo do Catucá foi extinto antes da segunda metade do século XIX. Depois
de colocarem fim à Cabanada o governo pode focar em acabar com quilombos como o de
Catucá, que foi extinto na segunda metade da década de 1830.
c) Errada. A capoeira sempre foi uma forma de luta. a música foi introduzida para despistar
os senhores e seus capangas.
d) Errada. Muitos escravos não se converteram à fé católica. Muitas vezes adotavam atos
religiosos para não serem punidos, mas secretamente continuavam adotando suas próprias
crenças.
e) Errada. Revoltas importantes ocorreram no Rio e na Bahia. A Revolta dos Malês foi
inspirada na Revolução do Haiti, ocorreu em Salvador. A revolução no Haiti causou um
grande temor nas classes mais poderosas nos países da América do Sul, pois a tomada de
poder pela classe tida como subalterna foi possível em um país bem próximo. Essas duas
revoltas espalharam o medo nos senhores de escravo pelo Brasil inteiro.
Letra a.
Quando obtinham sucesso na fuga, buscavam encontrar outros fugidos. Foi assim que
nasceram os quilombos.
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O primeiro rei de Palmares foi Ganga Zumba, filho de uma princesa do Congo. Em 1678,
o governador de Pernambuco, Aires Souza e Castro selou um acordo com Ganga Zumba,
decretando a liberdade de todos os negros nascidos em Palmares. Esse foi o Acordo
de Recife.
Alguns quilombolas não aceitaram os termos postos no acordo. É certo que havia uma
diferenciação de status entre os quilombolas. Aqueles que chegavam aos quilombos pelos
próprios meios eram mais prestigiados enquanto que os libertados por ações de guerrilha
eram desprivilegiados e colocados em trabalhos mais pesados. Assim, Ganga Zumba foi
envenenado por opositores e Zumbi assumiu o controle de Palmares.
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Meu(minha) querido(a), a questão é uma aula. Traz uma pequena explanação das formas de
resistência à escravidão e, em seguida, um trecho da importante da obra de Marcus Carvalho,
um dos maiores estudiosos da escravidão em Pernambuco. A letra b está fazendo uma
afirmação geográfica errada. Se o Quilombo do Catucá está situado as margens de Recife,
como sua extensão poderia chegar a Palmares em Alagoas? Ademais, os dois Quilombos
estão muito separados no tempo: o grande crescimento do Quilombo do Catucá se dá no
século XIX. É muito importante que você, ao ler a questão, não deixe de se atentar para a
bibliografia. Note que Marcos Carvalho, o autor citado, fez um recorte cronológico (1822-
1850) e geográfico (Recife) de suas pesquisas. Olha o
mesmo que não tivesse conhecimento sobre o Quilombo do Catucá, o recorte geográfico e
cronológico é suficiente para percebermos o erro da associação entre Catucá e Palmares.
Letra b.
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Mais uma questão que funciona como uma verdadeira aula. O Quilombo do Catucá, por ser
próximo a Pernambuco, cresceu se favorecendo das disputas entre as elites e de revoltas
como a Insurreição Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador de 1824. Se
aproveitando das instabilidades e da falta de fiscalização, os cativos fugiam para o quilombo
mais próximo, justamente o do Catucá.
Letra a.
006. (UPENET/IAUPE/CBMPE/2017)
“O quilombo constitui questão relevante desde os primeiros focos de resistência dos
africanos ao escravismo colonial, reaparece no Brasil/república com a Frente Negra Brasileira
(1930/40) e retorna à cena política no final dos anos 70, durante a redemocratização do
país. Trata-se, portanto, de uma questão persistente, tendo na atualidade importante
dimensão na luta dos afro-descendentes.” (LEITE, Ilka Boaventura. Os quilombos no Brasil:
questões conceituais e normativas. Etnográfica, Vol. IV (2), 2000, pp. 333-354).
Em relação aos Quilombos dos Palmares e do Catucá, assinale a alternativa CORRETA.
a) A proximidade que o Quilombo do Catucá tinha do Recife, localizado entre as freguesias
do Recife, Paratibe e Paulista, permitiu aos seus moradores elaborarem uma série de táticas
de sobrevivência, que perpassavam pela cooperação da população negra livre e dos escravos
dos engenhos próximos.
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Em 1846, as autoridades policiais do Recife prenderam o negro livre Agostinho José dos Santos,
junto com outros seis negros, (...) Todos se referiam a Agostinho por “Divino Mestre”. De acordo
com o chefe da Polícia da Província, fazia cinco anos que Agostinho pregava na cidade, tentando
converter mais pessoas à sua crença religiosa. Suspeitava-se, todavia que a ‘seita’, na realidade,
não passava de um disfarce para se preparar uma insurreição, e que as reuniões promovidas por
Agostinho tinham ramificações de sociedades estabelecidas em outras províncias com o único
objetivo de promover uma rebelião de negros. (CARVALHO, 2002, p.111)
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Vários jornais abriram espaço para a publicação de artigos em defesa da abolição. Nesse
sentido, destacam-se os seguintes jornais: A Abolição, Oitenta e Nove, A Liberdade, O Amigo
do Escravo, A Gazeta da Tarde, entre outros espalhados em todo o país.
Diante da pressão internacional pelo fim da escravidão, a própria aristocracia rural
começou a inflacionar o preço dos escravos na expectativa de que o governo pagasse uma
indenização quando a previsível abolição acontecesse.
Entretanto, o governo brasileiro libertou os escravos, mas não indenizou os proprietários.
Resultado: a aristocracia escravagista começou a sonegar tributos retirando o
sustentáculo financeiro do Império. Uma grave crise tomou conta do governo, já debilitada
pelos altos gastos com a Guerra do Paraguai (1864-1870).
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É muito importante que você leia os textos com atenção. Note que a alternativa “e” concorda
com as afirmações: “era óbvio que a abolição estava iminente”, “O movimento abolicionista
tornou-se irresistível nas áreas cafeeiras”, “segmentos da população que simpatizavam
com a causa abolicionista”, “a escravidão tornou-se uma instituição desmoralizada”, “Quase
ninguém opunha-se à ideia de abolição...”
Letra e.
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• Fase da Libertação: Tobias Barreto foi o maior expoente desta fase, pensando na
organização da sociedade através do trabalho livre. Nesse momento, a campanha
abolicionista ganha inúmeros adeptos. Cerca de 800 mil escravos foram libertos com
a Lei Áurea de 1888.
A influência da Escola de Direito do Recife foi enorme. Tanto que muitos abolicionistas
não pernambucanos estudaram lá. Castro Alves, Plínio de Lima, Aristides Spínola, Rui Barbosa
e Regueira Costa fundaram uma associação abolicionista de alunos.
José Mariano Carneiro, que se formou na mesma turma de Joaquim Nabuco, fundou
o jornal abolicionista A Província.
O Ceará foi a primeira província brasileira a abolir a escravidão em 1884. Logo após, foi
criada a associação emancipatória Clube do Cupim, do qual eram membros José Mariano,
Joaquim Nabuco, Alfredo Pinto, Vicente do Café, Leonor Porto, Phaelante da Câmara e
João Ramos.
Uma discussão relevante sobre o processo da Abolição da Escravidão: o Nordeste
brasileiro enfrentava a diminuição da utilização da mão de obra escrava em função da
crise da lavoura canavieira. Nesse sentido, era muito conveniente à aristocracia rural de
Pernambuco apoiar o fim da escravidão. Ademais, ainda criaram a expectativa de receber
indenizações do governo pelos investimentos em escravos, o que não aconteceu. Esse,
inclusive, será um dos fatores responsáveis pela queda da monarquia, sem apoio das elites
aristocratas rurais.
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Existe uma variedade de produtos trazidos da África e que agora fazem parte da dieta
dos pernambucanos: a banana, o amendoim, o azeite de dendê, a manga, a jaca, o arroz,
a cana de açúcar, o coqueiro e o leite de coco, o quiabo, o caruru, o inhame, a erva-doce, o
gengibre, o açafrão, o gergelim, a melancia, a pimenta malagueta, etc.
A Capoeira foi trazida pelos escravos angolanos como uma dança religiosa. Entretanto,
foi transformada em luta pelos quilombolas de Palmares. As regras para transformar a
capoeira em um jogo foram publicadas em 1928, inclusive com ilustrações de golpes, passos,
defesas. Durante muito tempo o capoeirista foi tratado como um delinquente. O filme
Besouro (2009 com direção de João Daniel Tikhomiroff) conta a vida de Besouro Mangangá
(Ailton Carmo), um capoeirista brasileiro da década de 1920, a quem eram atribuídos feitos
heroicos e lendários. Em 15 de julho de 2008 a capoeira foi reconhecida como Patrimônio
Cultural Brasileiro e registrada como Bem Cultural de Natureza Imaterial.
Outra contribuição da Capoeira é o Frevo. Para evitar a repressão da polícia, os
capoeiristas adaptavam os movimentos. A palavra Frevo tem origem na expressão “frevura”.
É uma dança realizada com sombrinhas coloridas que servem para o equilíbrio e a estética
das coreografias no carnaval Pernambucano.
O Maracatu é uma forma de dança carnavalesca criada pelos membros de terreiros de
Candomblé para despistar a perseguição e intolerância do estado. Os negros se disfarçam de
nobres e parecem prestar reverência à Corte Portuguesa, mas na verdade estão adorando seus
deuses. Outra dança carnavalesca é o Congado que nasceu das coroações de reis africanos.
Nos anos de 1990, um movimento de contracultura surgiu no Recife: o Manguebeat.
Altamente influenciado pelos valores urbanos da cidade, promoveram a mistura dos
tambores do maracatu, com o hip hop, o rock e a música eletrônica. Seus principais expoentes
faziam parte da banda Nação Zumbi e Chico Science considerado o principal compositor
do movimento.
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• José Mariano Carneiro, que se formou na mesma turma de Joaquim Nabuco, fundou
o jornal abolicionista A Província
• associação emancipatória Clube do Cupim, do qual eram membros José Mariano,
Joaquim Nabuco, Alfredo Pinto, Vicente do Café, Leonor Porto, Phaelante da Câmara
e João Ramos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JENIFER MARCELA DE MOURA RAMOS - 13063917419, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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LEIS ABOLICIONISTAS
“Lei para Inglês ver” 1831 Proibia o Tráfico Negreiro para o Brasil.
Bill Aberdeen (Lei Inglesa) 1845 Permitia navios britânicos atacarem navios negreiros.
Eusébio de Queirós 1850 Proibiu de fato o tráfico negreiro para o Brasil.
Lei do Ventre Livre 1871 Libertava todo filho de escravo nascido a partir da data.
Lei do Sexagenário 1885 Libertava os escravos com mais de 60 anos.
Lei Áurea 1888 Assinada pela Princesa Isabel, aboliu a escravidão.
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A história do Brasil está marcada pela presença da mão de obra escrava e de tudo o que ela
representou para seu desenvolvimento econômico e cultural.
Em relação ao tráfico de escravos para as terras pernambucanas, é CORRETO afirmar que
a) na primeira metade do século XIX, a dinâmica do tráfico atlântico de escravos envolvia
uma série de produtos, que eram levados pelos navios saídos da província de Pernambuco,
rumo aos portos africanos. Dentre esses produtos, havia, inclusive, artigos das manufaturas
europeias e norte-americana.
b) a Lei de 7 de novembro de 1831, que declarava livre todos os escravos vindos de fora
a partir daquela data, não impactou o comércio escravista de Pernambuco, pois estes
continuaram sendo desembarcados nos portos desta província, sem qualquer fiscalização.
c) os dados sobre a importação de escravos entre os anos de 1815 e 1824 sugerem que tanto
a Insurreição Pernambucana de 1817 como a Confederação do Equador (1824) diminuíram
consideravelmente a entrada da mão de obra escrava. Em 1817, por exemplo, houve uma
queda de cinquenta por cento em relação a 1815.
d) os tratados de 1826 assinados entre Brasil e Inglaterra previam o fim do comércio atlântico
de escravos em três anos. A partir daí, o número de importações cairia até não se registrar
mais a entrada de africanos escravizados pós 1850.
e) após várias revisões historiográficas, hoje é possível se afirmar que, ao menos na capitania
de Pernambuco, o único fator que contribuiu para o fim do tráfico atlântico de escravos
foi a pressão internacional.
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c) apesar de a capoeira ser vista hoje como uma luta, ela não era praticada pelos escravos
como forma de resistência. Nessa época, estava muito mais ligada ao lado lúdico e de
diversão.
d) o processo de catequese pelos quais passavam os escravos africanos permitiu que a
religião africana praticamente desaparecesse do Brasil, no período imperial. Poucos eram
os escravos que resistiam e continuavam a homenagear os orixás.
e) ao contrário do medo existente entre os habitantes da Bahia e do Rio de Janeiro, a
população de Pernambuco não estava assombrada por um grande levante de escravos, aos
moldes do que ocorreu no Haiti. Isso se justificava pela enorme repressão exercida contra
os escravos rebeldes na capitania de Pernambuco.
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Considerando o excerto e o que se sabe sobre o assunto discutido, é correto afirmar que
a) o abolicionismo foi uma forma de excluir a participação de negros alforriados da vida
pública brasileira, negando à população negra o direito ao trabalho, saúde e educação.
b) um recurso inteligente e eficaz de controle político das províncias trazia como diferencial
o ideal abolicionista que pregava a igualdade entre todos os seres humanos.
c) a contestação do poder central criou um processo de libertação indiscriminado de negros
escravizados que trouxe à sociedade brasileira da época um colapso tanto econômico
quanto social.
d) os princípios democráticos, republicanos e de liberdade, construídos de maneira rápida
e eficaz, foram difundidos nas províncias distantes e isoladas do vasto território imperial.
e) o abolicionismo corresponde a uma conjugação de ideias e valores contrários à perpetuação
da escravidão em uma sociedade que se pretendia moderna.
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EXERCÍCIOS
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Considerando o excerto e o que se sabe sobre o assunto discutido, é correto afirmar que
a) o abolicionismo foi uma forma de excluir a participação de negros alforriados da vida
pública brasileira, negando à população negra o direito ao trabalho, saúde e educação.
b) um recurso inteligente e eficaz de controle político das províncias trazia como diferencial
o ideal abolicionista que pregava a igualdade entre todos os seres humanos.
c) a contestação do poder central criou um processo de libertação indiscriminado de negros
escravizados que trouxe à sociedade brasileira da época um colapso tanto econômico
quanto social.
d) os princípios democráticos, republicanos e de liberdade, construídos de maneira rápida
e eficaz, foram difundidos nas províncias distantes e isoladas do vasto território imperial.
e) o abolicionismo corresponde a uma conjugação de ideias e valores contrários à perpetuação
da escravidão em uma sociedade que se pretendia moderna.
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Texto II
“A cultura e o folclore são meus / Mas os livros foi você quem escreveu... / Perseguidos sem
direito nem escolas / Como podiam registrar as suas glórias / Nossa memória foi contada
por vocês / E é julgada verdadeira como a própria lei / Por isso, temos registrado em toda
a história / Uma mísera parte de nossas vitórias / Por isso, não temos sopa na colher / E
sim, anjinhos para dizer que o lado mau é o Candomblé...”.
Texto III
“O preconceito racial a que são submetidos não só os maracatuzeiros e maracatuzeiras mas
toda a população negra desta cidade está oculto nas falas, nos procedimentos, nos gestos...”.
LIMA, I. M. de F.; GUILLEN, I. C. M. Cultura afrodescendente no Recife: maracatus, valentes e catimbós.
Recife: Bagaço, 2007. p. 11.
Com base nos textos, analise aspectos das manifestações culturais Afro-Brasileiras em
Pernambuco e assinale a alternativa CORRETA.
a) O livre exercício dos cultos religiosos bem como a proteção dos locais onde são realizados,
garantidos pela Constituição de 1988, foram decisivos para que não houvesse, nos últimos
anos, casos de intolerância religiosa em Pernambuco.
b) A permanência da cultura Afro-brasileira em Pernambuco demonstra que os
afrodescendentes, após a abolição da escravatura, tiveram suas condições sociais alteradas,
sendo reconhecidos e respeitados pelo Estado brasileiro bem como por sua sociedade.
c) Embora muito praticada em Pernambuco nos tempos de hoje, a capoeira só chegou a
esse Estado graças ao desenvolvimento da capoeira regional e capoeira de angola na Bahia.
d) A permanência da herança cultural afrodescendente no estado de Pernambuco só
foi possível devido às táticas estabelecidas pelos sujeitos históricos, que partilhavam e
partilham esses códigos culturais, constituindo-se em uma atitude de resistência em defesa
da identidade e do respeito à diversidade cultural.
e) A herança cultural afrodescendente em Pernambuco, como o maracatu, são verdadeiras
reproduções dos costumes africanos. No caso, o maracatu era a antiga coroação dos reis
e rainhas do congo.
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II – (...) Faz saber a todos os Subditos do Império, que a Assembleia Geral Decretou, e Ella
Sanccionou a Lei seguinte: Art. 1º Todos os escravos, que entrarem no territorio ou portos do
Brazil, vindos de fóra, ficam livres. Exceptuam-se: 1º Os escravos matriculados no serviço de
embarcações pertencentes a paiz, onde a escravidão é permitida, emquanto empregados no
serviço das mesmas embarcações. 2º Os que fugirem do territorio, ou embarcação estrangeira,
os quaes serão entregues aos senhores que os reclamarem, e reexportados para fóra do Brazil.
Para os casos da excepção n. 1º, na visita da entrada se lavrará termo do numero dos escravos,
com as declarações necessarias para verificar a identidade dos mesmos, e fiscalisar-se na visita
da sahida se a embarcação leva aquelles, com que entrou. Os escravos, que forem achados
depois da sahida da embarcação, serão apprehendidos, e retidos até serem reexportados.
(Coleção de Leis do Império do Brasil, Rio de janeiro, vol. 1 pt 1, p. 182.)
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020. (INÉDITA/2023) É correto dizer que o tráfico negreiro transatlântico contou, em grande
parte, com a participação decisiva:
a) dos nativos africanos que, voluntariamente, ofereciam-se ao processo de escravidão.
b) dos poderosos reinos africanos, que já praticavam a escravidão há séculos.
c) dos poderosos reinos pré-colombianos, que já haviam dado início à escravização de
africanos antes mesmo do descobrimento da América.
d) dos chineses, que também tinham interesse no uso da mão de obra escrava negra em
suas plantações de soja.
e) dos japoneses, que também tinham interesse no uso da mão de obra escrava negra em
suas plantações de arroz.
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c) O governo imperial, temendo o controle das terras pelos coronéis, inspirou-se no “Act
Homesteade” americano, para realizar uma distribuição de terras aos camponeses mais
pobres.
d) A Lei de Terras visava a aumentar o valor das terras e obrigar os imigrantes a vender sua
força de trabalho para os cafeicultores.
e) O objetivo do governo imperial, com esta lei, era proteger e regularizar a situação das
dezenas de quilombos que existiam no Brasil.
022. (INÉDITA/2023) Além da política que estimulava a imigração de europeus para o Brasil,
um dos efeitos do fim do tráfico negreiro transatlântico foi:
a) o início da negociação de escravos entre o Brasil e o Sul dos Estados Unidos.
b) a intensificação da atividade da Ku Klux Klan em solo brasileiro.
c) a intensificação do tráfico negreiro interprovincial em solo brasileiro.
d) a intensificação do processo de alforria em massa dos escravos negros nascidos no Brasil.
e) a ação de traficantes clandestinos (piratas) que vendiam os negros em um mercado
paralelo.
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028. (FUVEST/2009) Trabalho escravo ou escravidão por dívida é uma forma de escravidão
que consiste na privação da liberdade de uma pessoa (ou grupo), que fica obrigada a
trabalhar para pagar uma dívida que o empregador alega ter sido contraída no momento
da contratação. Essa forma de escravidão já existia no Brasil, quando era preponderante a
escravidão de negros africanos que os transformava legalmente em propriedade dos seus
senhores. As leis abolicionistas não se referiram à escravidão por dívida. Na atualidade,
pelo artigo 149 do Código Penal Brasileiro, o conceito de redução de pessoas à condição
de escravos foi ampliado de modo a incluir também os casos de situação degradante e de
jornadas de trabalho excessivas.
(Adaptado de Neide Estergi. A luta contra o trabalho escravo, 2007.)
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029. (PUC-RIO/2007)
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030. (UDESC/2009) Em 17 de março de 1872 pelo menos duas dezenas de escravos liderados
pelo escravo chamado Bonifácio avançaram sobre José Moreira Veludo, proprietário da
Casa de Comissões (lojas de venda e compra de escravos) em que se encontravam, e lhe
meteram a lenha. Em depoimento à polícia, o escravo Gonçalo assim justificou o ataque:
Tendo ido anteontem para a casa de Veludo para ser vendido foi convidado por Filomeno
e outros para se associar com eles para matarem Veludo para não irem para a fazenda de
café para onde tinham sido vendidos. (Apud: CHALHOUB, Sidney, 1990, p. 30 31)
Com base no caso citado acima e considerando o fato e a historiografia recente sobre
os escravos e a escravidão no Brasil, é possível entender os escravos e a forma como se
relacionavam com a escravidão da seguinte forma:
I – O escravo era uma coisa, ou seja, estava sujeito ao poder e ao domínio de seu proprietário.
Privado de todo e qualquer direito, incapaz de agir com autonomia, o escravo era politicamente
inexpressivo, expressando passivamente os significados sociais impostos pelo seu senhor.
II – Nem passivos e nem rebeldes valorosos e indomáveis, estudos recentes informam que
os escravos eram capazes de se organizar e se contrapor por meio de brigas ou desordens
àquilo que não consideravam justo, mesmo dentro do sistema escravista.
III – Incidentes, como no texto acima, denotam rebeldia e violência por parte dos escravos.
O ataque ao Senhor Veludo, além de relevar o banditismo e a delinquência dos escravos, só
permite uma única interpretação: barbárie social.
IV – O tráfico interno no Brasil deslocava milhares de escravos de um lugar para outro. Na
iminência de serem subitamente arrancados de seus locais de origem, da companhia de
seus familiares e do trabalho com o qual estavam acostumados, muitos reagiram agredindo
seus novos senhores, atacando os donos de Casas de Comissões, etc.
V – Pesquisas recentes sobre os escravos no Brasil trazem uma série de exemplos, como o
texto citado acima, que se contrapõem e desconstroem mitos célebres da historiografia
tradicional: que os escravos eram apenas peças econômicas, sem vontades que orientassem
suas próprias ações.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I, II, IV e V são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
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031. (ADVISE/2009) A escravidão negra no Brasil teve várias facetas. Dentre as assertivas
a seguir, qual não pode ser considerada uma marca do escravismo brasileiro?
a) A vida nos engenhos era dura e penosa. Por isso, a expectativa de vida dos escravos era
muito pequena.
b) Todos os escravos se reconheciam como iguais e lutaram juntos pelo fim da infame
escravidão.
c) O processo de derrocada da escravidão foi lento e gradual, durando, legalmente falando,
quase quarenta anos (1850-1888).
d) Era relativamente comum ao “preto forro”, caso tivesse algum pecúlio, adquirir um escravo.
e) Os escravos que conseguiam, ao longo de muito anos de trabalho duro, juntar algum
cabedal compravam a sua liberdade.
032. (UFPB/2008) O texto, a seguir, retrata uma das mais tristes páginas da história do
Brasil: a escravidão.
“O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da besta mercantilista: uma máquina
de moer carne humana, funcionando incessantemente para alimentar as plantações e os
engenhos, as minas e as mesas, a casa e a cama dos senhores – e, mais do que tudo, os
cofres dos traficantes de homens.”
(Fonte: BUENO, Eduardo. Brasil: uma história: a incrível saga de um país. São Paulo: Ática, 2003. p. 112).
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033. (ENEM/2013) A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil,
muito menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma
guerra civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez, depois de uma
revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da população
livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças
das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade.
NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha, 2000 (adaptado).
No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre como deveria ocorrer o fim
da escravidão no Brasil, no qual
a) copiava o modelo haitiano de emancipação negra.
b) incentivava a conquista de alforrias por meio de ações judiciais
c) optava pela via legalista de libertação
d) priorizava a negociação em torno das indenizações aos senhores.
e) antecipava a libertação paternalista dos cativos
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044. (CESPE/IPHAN/ANALISTA I/2018) Julgue os itens a seguir, com relação aos traços gerais
da organização e da formação do espaço geográfico brasileiro na época da incorporação
do Brasil ao império português.
No âmbito do império português, a associação entre monocultura da cana-de-açúcar,
trabalho escravo e grande propriedade surgiu no Nordeste brasileiro, com o custeamento
da coroa.
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Esta composição de Paulo César Pinheiro imortalizada pela voz de Clara Nunes representa
um lamento em relação ao fato lamentável da escravidão no Brasil. Sobre esta assinale a
única alternativa INCORRETA:
a) A mão-de-obra escrava foi a base de sustentação da economia colonial e imperial.
b) A identificação de escravos como crioulos revelava a sua condição de nascido no Brasil,
diferente do africano que era o recém-chegado, trazido pelo tráfico.
c) O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pelo uso dos
índios como mão-de-obra.
d) A escravidão africana teve início com a descoberta do ouro na primeira metade do século
XVIII na região, que hoje, chamamos de Minas Gerais.
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GABARITO
1. a 35. C
2. a 36. C
3. a 37. E
4. b 38. d
5. a 39. e
6. a 40. C
7. e 41. E
8. e 42. C
9. a 43. E
10. C 44. E
11. E 45. e
12. e 46. E
13. c 47. b
14. d 48. a
15. b 49. d
16. a 50. d
17. d 51. a
18. c 52. d
19. a
20. b
21. d
22. c
23. e
24. b
25. d
26. c
27. c
28. b
29. a
30. d
31. b
32. e
33. c
34. a
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GABARITO COMENTADO
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Considerando o excerto e o que se sabe sobre o assunto discutido, é correto afirmar que
a) o abolicionismo foi uma forma de excluir a participação de negros alforriados da vida
pública brasileira, negando à população negra o direito ao trabalho, saúde e educação.
b) um recurso inteligente e eficaz de controle político das províncias trazia como diferencial
o ideal abolicionista que pregava a igualdade entre todos os seres humanos.
c) a contestação do poder central criou um processo de libertação indiscriminado de negros
escravizados que trouxe à sociedade brasileira da época um colapso tanto econômico
quanto social.
d) os princípios democráticos, republicanos e de liberdade, construídos de maneira rápida
e eficaz, foram difundidos nas províncias distantes e isoladas do vasto território imperial.
e) o abolicionismo corresponde a uma conjugação de ideias e valores contrários à perpetuação
da escravidão em uma sociedade que se pretendia moderna.
É muito importante que você leia os textos com atenção. Note que a alternativa “e” concorda
com as afirmações: “era óbvio que a abolição estava iminente”, “O movimento abolicionista
tornou-se irresistível nas áreas cafeeiras”, “segmentos da população que simpatizavam
com a causa abolicionista”, “a escravidão tornou-se uma instituição desmoralizada”, “Quase
ninguém opunha-se à ideia de abolição...”
Letra e.
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A alternativa III está incorreta porque, mesmo com renda, os criados de servir, os menores
de 25 anos e os libertos foram excluídos de participação. Vale ressaltar que as mulheres
eram excluídas de direitos políticos pelas normas sociais.
Letra c.
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Texto II
“A cultura e o folclore são meus / Mas os livros foi você quem escreveu... / Perseguidos sem
direito nem escolas / Como podiam registrar as suas glórias / Nossa memória foi contada
por vocês / E é julgada verdadeira como a própria lei / Por isso, temos registrado em toda
a história / Uma mísera parte de nossas vitórias / Por isso, não temos sopa na colher / E
sim, anjinhos para dizer que o lado mau é o Candomblé...”.
Texto III
“O preconceito racial a que são submetidos não só os maracatuzeiros e maracatuzeiras mas
toda a população negra desta cidade está oculto nas falas, nos procedimentos, nos gestos...”.
LIMA, I. M. de F.; GUILLEN, I. C. M. Cultura afrodescendente no Recife: maracatus, valentes e catimbós.
Recife: Bagaço, 2007. p. 11.
Com base nos textos, analise aspectos das manifestações culturais Afro-Brasileiras em
Pernambuco e assinale a alternativa CORRETA.
a) O livre exercício dos cultos religiosos bem como a proteção dos locais onde são realizados,
garantidos pela Constituição de 1988, foram decisivos para que não houvesse, nos últimos
anos, casos de intolerância religiosa em Pernambuco.
b) A permanência da cultura Afro-brasileira em Pernambuco demonstra que os
afrodescendentes, após a abolição da escravatura, tiveram suas condições sociais alteradas,
sendo reconhecidos e respeitados pelo Estado brasileiro bem como por sua sociedade.
c) Embora muito praticada em Pernambuco nos tempos de hoje, a capoeira só chegou a
esse Estado graças ao desenvolvimento da capoeira regional e capoeira de angola na Bahia.
d) A permanência da herança cultural afrodescendente no estado de Pernambuco só
foi possível devido às táticas estabelecidas pelos sujeitos históricos, que partilhavam e
partilham esses códigos culturais, constituindo-se em uma atitude de resistência em defesa
da identidade e do respeito à diversidade cultural.
e) A herança cultural afrodescendente em Pernambuco, como o maracatu, são verdadeiras
reproduções dos costumes africanos. No caso, o maracatu era a antiga coroação dos reis
e rainhas do congo.
A história de resistência da população negra se deu das mais variadas formas, com as
manifestações e tradições culturais sendo exemplo disto.
Letra d.
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II – (...) Faz saber a todos os Subditos do Império, que a Assembleia Geral Decretou, e Ella
Sanccionou a Lei seguinte: Art. 1º Todos os escravos, que entrarem no territorio ou portos
do Brazil, vindos de fóra, ficam livres. Exceptuam-se: 1º Os escravos matriculados no serviço
de embarcações pertencentes a paiz, onde a escravidão é permitida, emquanto empregados
no serviço das mesmas embarcações. 2º Os que fugirem do territorio, ou embarcação
estrangeira, os quaes serão entregues aos senhores que os reclamarem, e reexportados
para fóra do Brazil. Para os casos da excepção n. 1º, na visita da entrada se lavrará termo
do numero dos escravos, com as declarações necessarias para verificar a identidade dos
mesmos, e fiscalisar-se na visita da sahida se a embarcação leva aquelles, com que entrou.
Os escravos, que forem achados depois da sahida da embarcação, serão apprehendidos, e
retidos até serem reexportados.
(Coleção de Leis do Império do Brasil, Rio de janeiro, vol. 1 pt 1, p. 182.)
Muito fácil! Listei, inclusive, os parágrafos da Lei Feijó no corpo do texto sobre a Questão
Abolicionista. Tenha em mente que você deverá saber identificar cada uma das leis
abolicionistas. Na seção Mapas Mentais, encontrará uma tabela resumindo essas leis.
Letra b.
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Os clubes ou associações abolicionistas tinha suas atuações voltadas para a libertação dos
escravos. No caso específico do clube abolicionista de Goiana, realizavam conferências para
conseguir donativos para as alforrias.
Letra d.
A monarquia perdeu o apoio ideológico da igreja, o apoio financeiro dos senhores de escravos
que esperavam uma compensação pela abolição, e o apoio do exército, influenciado pelos
ideais positivistas republicanos.
Letra c.
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020. (INÉDITA/2023) É correto dizer que o tráfico negreiro transatlântico contou, em grande
parte, com a participação decisiva:
a) dos nativos africanos que, voluntariamente, ofereciam-se ao processo de escravidão.
b) dos poderosos reinos africanos, que já praticavam a escravidão há séculos.
c) dos poderosos reinos pré-colombianos, que já haviam dado início à escravização de
africanos antes mesmo do descobrimento da América.
d) dos chineses, que também tinham interesse no uso da mão de obra escrava negra em
suas plantações de soja.
e) dos japoneses, que também tinham interesse no uso da mão de obra escrava negra em
suas plantações de arroz.
A escravidão no continente africano, assim como nos continentes europeu e asiático, remonta
à Idade Antiga. Antes mesmo do contato com muçulmanos e europeus, os reinos africanos
subjugavam tribos inteiras e tornavam seus membros escravos. A prática de fornecimento
de escravos a reinos fora do continente africano, por parte de reinos como Benin, Angola,
Mali e Songhai, já era muito expressiva antes da colonização europeia da América. A entrada
de portugueses e espanhóis no tráfico inaugurou a fase mais predatória e lucrativa de um
negócio que já existia.
Letra b.
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022. (INÉDITA/2023) Além da política que estimulava a imigração de europeus para o Brasil,
um dos efeitos do fim do tráfico negreiro transatlântico foi:
a) o início da negociação de escravos entre o Brasil e o Sul dos Estados Unidos.
b) a intensificação da atividade da Ku Klux Klan em solo brasileiro.
c) a intensificação do tráfico negreiro interprovincial em solo brasileiro.
d) a intensificação do processo de alforria em massa dos escravos negros nascidos no Brasil.
e) a ação de traficantes clandestinos (piratas) que vendiam os negros em um mercado
paralelo.
Um dos efeitos mais evidentes do fim do tráfico negreiro transatlântico foi a intensificação do
tráfico interprovincial, isto é, entre as províncias do Império do Brasil. Essa nova modalidade
de negociação de escravos deu sobrevida não apenas ao trabalho escravo em si, mas também
à renda que se obtinha com a própria atividade dos traficantes.
Letra c.
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A lucratividade do tráfico negreiro foi a principal motivação para que houvesse a substituição
da mão de obra escrava indígena pela negra.
Letra e.
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a) Errada. Não diferencia a pecuária como atividade realizada por força de trabalho livre;
b) Errada. Afirmar que a técnica era rudimentar em ambas, sendo que na produção do
açúcar, as técnicas eram sofisticadas;
c) Errada. A afirmação não considera que na produção do açúcar a mão de obra era
essencialmente escrava;
e) Errada. É sim possível fazer comparação entre os dois tipos de economia.
Letra d.
A Lei do Ventre Livre, decretada em 1871, não estipulava a alforria imediata para os filhos
de escravos nascidos a partir de 1871. Ela determinava que os filhos de escravos seriam
retidos até os 8 anos de idade e, caso libertos, seu antigo dono deveria ser indenizado. Mas
se o “senhor” optasse, ele poderia permanecer com esse escravo até os 21 anos e, após
isso, seria obrigado a libertá-lo. Nesse caso, não havia indenização estipulada.
Letra c.
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028. (FUVEST/2009) Trabalho escravo ou escravidão por dívida é uma forma de escravidão
que consiste na privação da liberdade de uma pessoa (ou grupo), que fica obrigada a
trabalhar para pagar uma dívida que o empregador alega ter sido contraída no momento
da contratação. Essa forma de escravidão já existia no Brasil, quando era preponderante a
escravidão de negros africanos que os transformava legalmente em propriedade dos seus
senhores. As leis abolicionistas não se referiram à escravidão por dívida. Na atualidade,
pelo artigo 149 do Código Penal Brasileiro, o conceito de redução de pessoas à condição
de escravos foi ampliado de modo a incluir também os casos de situação degradante e
de jornadas de trabalho excessivas. (Adaptado de Neide Estergi. A luta contra o trabalho
escravo, 2007.)
Com base no texto, considere as afirmações abaixo:
I – O escravo africano era propriedade de seus senhores no período anterior à Abolição.
II – O trabalho escravo foi extinto, em todas as suas formas, com a Lei Áurea.
III – A escravidão de negros africanos não é a única modalidade de trabalho escravo na
história do Brasil.
IV – A privação da liberdade de uma pessoa, sob a alegação de dívida contraída no momento
do contrato de trabalho, não é uma modalidade de escravidão.
V – As jornadas excessivas e a situação degradante de trabalho são consideradas formas
de escravidão pela legislação brasileira atual.
São corretas apenas as afirmações:
a) I, II e IV
b) I, III e V
c) I, IV e V
d) II, III e IV
e) III, IV e V
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Afirmativa II: Incorreta. Apesar da abolição pela Lei Áurea (1888), ainda hoje é possível
encontrar casos de trabalho escravo, sejam em fazendas mais isoladas, até casos de
trabalhadoras domésticas.
Afirmativa IV: Incorreta. Deixar uma pessoa presa a um trabalho em razão de uma dívida é
sim caracterização de trabalho escravo.
Letra b.
029. (PUC-RIO/2007)
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Apesar de os escravos especializados serem mais valorizados pelos senhores, não viviam
como homens livres, fugiam sim e participavam de revoltas.
Letra a.
030. (UDESC/2009) Em 17 de março de 1872 pelo menos duas dezenas de escravos liderados
pelo escravo chamado Bonifácio avançaram sobre José Moreira Veludo, proprietário da
Casa de Comissões (lojas de venda e compra de escravos) em que se encontravam, e lhe
meteram a lenha. Em depoimento à polícia, o escravo Gonçalo assim justificou o ataque:
Tendo ido anteontem para a casa de Veludo para ser vendido foi convidado por Filomeno
e outros para se associar com eles para matarem Veludo para não irem para a fazenda de
café para onde tinham sido vendidos. (Apud: CHALHOUB, Sidney, 1990, p. 30 31)
Com base no caso citado acima e considerando o fato e a historiografia recente sobre
os escravos e a escravidão no Brasil, é possível entender os escravos e a forma como se
relacionavam com a escravidão da seguinte forma:
I – O escravo era uma coisa, ou seja, estava sujeito ao poder e ao domínio de seu proprietário.
Privado de todo e qualquer direito, incapaz de agir com autonomia, o escravo era politicamente
inexpressivo, expressando passivamente os significados sociais impostos pelo seu senhor.
II – Nem passivos e nem rebeldes valorosos e indomáveis, estudos recentes informam que
os escravos eram capazes de se organizar e se contrapor por meio de brigas ou desordens
àquilo que não consideravam justo, mesmo dentro do sistema escravista.
III – Incidentes, como no texto acima, denotam rebeldia e violência por parte dos escravos.
O ataque ao Senhor Veludo, além de relevar o banditismo e a delinquência dos escravos, só
permite uma única interpretação: barbárie social.
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031. (ADVISE/2009) A escravidão negra no Brasil teve várias facetas. Dentre as assertivas
a seguir, qual não pode ser considerada uma marca do escravismo brasileiro?
a) A vida nos engenhos era dura e penosa. Por isso, a expectativa de vida dos escravos era
muito pequena.
b) Todos os escravos se reconheciam como iguais e lutaram juntos pelo fim da infame
escravidão.
c) O processo de derrocada da escravidão foi lento e gradual, durando, legalmente falando,
quase quarenta anos (1850-1888).
d) Era relativamente comum ao “preto forro”, caso tivesse algum pecúlio, adquirir um escravo.
e) Os escravos que conseguiam, ao longo de muito anos de trabalho duro, juntar algum
cabedal compravam a sua liberdade.
A maioria dos escravos foi aculturada. Ademais, muitos temiam os castigos que poderiam
receber caso fossem pegos fugindo ou auxiliando alguém a fugir.
Letra b.
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032. (UFPB/2008) O texto, a seguir, retrata uma das mais tristes páginas da história do
Brasil: a escravidão.
“O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da besta mercantilista: uma máquina
de moer carne humana, funcionando incessantemente para alimentar as plantações e os
engenhos, as minas e as mesas, a casa e a cama dos senhores – e, mais do que tudo, os
cofres dos traficantes de homens.”
(Fonte: BUENO, Eduardo. Brasil: uma história: a incrível saga de um país. São Paulo: Ática, 2003. p. 112).
a) Errada. As pressões inglesas aumentaram a partir de 1850 para acabar com o tráfico de
escravos.
b) Errada. Lembre-se dos Escravos de Ganho.
c) Errada. Poderiam ter quantos escravos quisessem.
d) Errada. A maioria das alforrias ocorreram no século XIX. Ainda, os libertos não se tornaram
proprietários de terra.
Letra e.
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033. (ENEM/2013) A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil,
muito menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma
guerra civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez, depois de uma
revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da população
livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças
das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade.
NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha, 2000 (adaptado).
No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre como deveria ocorrer o fim
da escravidão no Brasil, no qual
a) copiava o modelo haitiano de emancipação negra.
b) incentivava a conquista de alforrias por meio de ações judiciais
c) optava pela via legalista de libertação
d) priorizava a negociação em torno das indenizações aos senhores.
e) antecipava a libertação paternalista dos cativos
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Tendo por referência inicial as informações contidas no texto acima e considerando aspectos
significativos do ensino de história, da história da América e de suas identidades, bem como
da história africana e de suas relações com o exterior, julgue o item.
Na formação histórica do Brasil, as relações processadas via Atlântico são de tal ordem
essenciais que se pode afirmar que “o Brasil também começa na África, e a África se prolonga
no Brasil”.
Os laços culturais que envolvem a África e o Brasil, e não só ele mas o continente americano,
permitem o argumento da afirmativa.
Certo.
A ideia é fazer com que os alunos se identifiquem com essas práticas ou as reconheça como
legítimas.
Certo.
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Esta questão, em particular, pode levar o candidato a entender que a alternativa A estaria
correta. Entretanto, a África não esteve isolada do comércio com outras regiões, realizando
interações com variados povos que atracavam seus navios no litoral. A alternativa correta
é a letra D, pois os portugueses somente conseguiram empreender o comercio de escravos
construindo feitorias e realizando acordos com chefes tribais locais.
Letra d.
Afirmativa II: Incorreta. A maioria dos escravos que foram trazidos para o Brasil vieram do
interior do continente africano.
Letra e.
Exemplo dessas concessões dadas aos escravos são os festejos e celebrações religiosas,
além da prática da capoeira.
Certo.
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Muito errada e com pegadinhas. No período não predominava a pluricultura e não existiam
indústrias, proibidas pela coroa portuguesa para não competir com os produtos produzidos
na metrópole.
Errado.
Uma estratégia utilizada pela coroa portuguesa para enfraquecer os movimentos de revolta
de escravos era criar condições para que uma minoria conseguisse sua liberdade através
das cartas de alforria.
Certo.
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044. (CESPE/IPHAN/ANALISTA I/2018) Julgue os itens a seguir, com relação aos traços gerais
da organização e da formação do espaço geográfico brasileiro na época da incorporação
do Brasil ao império português.
No âmbito do império português, a associação entre monocultura da cana-de-açúcar,
trabalho escravo e grande propriedade surgiu no Nordeste brasileiro, com o custeamento
da coroa.
A afirmação está correta até a última oração, pois a criação das Capitanias Hereditárias
visava justamente terceirizar a atividade açucareira, sem custos para a Coroa Portuguesa.
Errado.
O Quilombo dos Palmares foi o maior quilombo estruturado em território brasileiro. Resistiu a
inúmeras investidas dos senhores e das autoridades da Coroa Portuguesa até sua derrocada.
Letra e.
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Atenção concurseiro(a)! Essa é uma questão de interpretação da realidade. Você não pode
associar o termo escravo ao negro africano pelo simples fato de que ser negro não é igual à
condição de escravo. Escravo é termo corretamente atribuído a uma condição de trabalho.
Outro detalhe é que, na Grécia Antiga, existia a escravidão por dívida.
Letra b.
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Esta composição de Paulo César Pinheiro imortalizada pela voz de Clara Nunes representa
um lamento em relação ao fato lamentável da escravidão no Brasil. Sobre esta assinale a
única alternativa INCORRETA:
a) A mão-de-obra escrava foi a base de sustentação da economia colonial e imperial.
b) A identificação de escravos como crioulos revelava a sua condição de nascido no Brasil,
diferente do africano que era o recém-chegado, trazido pelo tráfico.
c) O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pelo uso dos
índios como mão-de-obra.
d) A escravidão africana teve início com a descoberta do ouro na primeira metade do século
XVIII na região, que hoje, chamamos de Minas Gerais.
Querido(a), essa é pra gabaritar! Lembre-se do mapa mental sobre os ciclos econômicos.
Pela ordem cronológica: pau-brasil, cana-de-açúcar, ouro, café. Também se lembre do MEL
(monocultura, escravidão, exportação, latifúndio) da economia açucareira. Agora basta um
mero exercício de lógica: a alternativa afirma que a escravidão começou com a descoberta do
ouro, no entanto, se o açúcar surgiu antes e utilizava da mão de obra escrava, a alternativa
D só pode estar errada.
Letra d.
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Querido(a), procure ver clipes de Chico Science & Nação Zumbi. A banca costuma cobrá-lo
em suas provas. Tanto que seguirão questões sobre a temática na lista de exercícios ao
final desta aula. Foi um movimento de contracultura com letras de músicas que retratam
o cotidiano urbano do Recife e denunciam questões sociais. Também foi caracterizado pela
ressignificação de ritmos como o maracatu e o rock.
Letra d.
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Abra
caminhos
crie
futuros
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