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A narrativa de “A moreninha” se passa no 

século XIX. De fato, é possível perceber muitos costumes da


época durante a história, como a rotina de um estudante de medicina, o casamento arranjado, a tradição
religiosa da festa de Sant’Ana, os bailes e até uma das lendas da cultura nacional.
Embora não mencionado no resumo, a obra também mostra que as mulheres namoravam mais de um
homem ao mesmo tempo. Assim, o autor mostrou como era importante para as mulheres garantir um
casamento.
ASPECTOS TÉCNICOS
O livro “A moreninha” é narrado em 3ª pessoa, ou seja, possui um narrador onisciente. Porém, em
alguns momentos é Augusto quem conta a história, como quando ele fez a aposta com Filipe. Dessa
forma, é possível que o leitor compreenda melhor a personalidade dos personagens.
Todo o romance acontece ao longo de três semanas e meia e é contado em tempo cronológico.

De forma geral, a sua linguagem é simples e prende o leitor com um leve suspense. Além disso, como há
muitos diálogos entre os personagens, o leitor tem a sensação de que o desenvolvimento da trama está
acontecendo naquele momento.

“A moreninha” e o Romantismo
Como sabemos, o romance “A moreninha”, do autor Joaquim Manuel de Macedo, é considerado
a primeira obra do Romantismo brasileiro.
Além disso, podemos observar a tradição religiosa, o sentimentalismo e a caracterização da
natureza que constroem um cenário romântico para o amor também romântico de AUGUSTO E
CAROLINA.

VISÃO GERAL DOS PERSONAGENS DE “A MORENINHA”


Augusto: estudante de medicina descrito como inconstante e volúvel em seus relacionamentos
amorosos. Mesmo assim, ele é um romântico.

Carolina: também conhecida como a moreninha, é uma menina de quatorze anos de idade,
impertinente, engraçada, inteligente e travessa. Ela é irmã de Filipe.

D. Ana: é a dona da casa na “ilha de…” que o grupo de amigos vai para passar o feriado. D. Ana é
avó de Filipe e de Carolina.

D. Violante: é amiga da D. Ana e a senhora inconveniente que aborreceu Augusto com suas
reclamações.

Fabrício: é amigo de Augusto e faz faculdade de medicina com ele. Ele é prático e um pouco
mesquinho quando o assunto são relacionamentos.

Joana: é a prima de Filipe que se envolve em um romance com Fabrício. Ela é uma adolescente
de dezessete anos, com olhos e cabelos negros e pele pálida.

Filipe: faz parte do grupo de amigos estudantes de medicina. É ele quem faz o convite para que
Augusto, Fabrício e Leopoldo passem o feriado de Sant’Ana na ilha, na casa da sua avó.

Joaquina: é uma jovem de dezesseis anos. Ela tem cabelos louros, olhos azuis, pele cor-de-rosa e
também é prima de Felipe.

Leopoldo: é o amigo de Augusto mais animado e também é estudante de medicina.

Filipe sugere que os amigos vão se interessar por suas primas ou por sua irmã, Carolina. E, pelo fato
de Augusto ser muito namorador, mas sem relacionamentos duradouros, Filipe faz uma aposta com ele:
caso Augusto se apaixone verdadeiramente na viagem, deve escrever um romance, caso não, Filipe é
quem o escreverá. Na ilha, os amigos entregam a personalidade de Augusto em um jantar, isso faz com
que as moças o desprezem, exceto Carolina.
Em um passeio com a avó de Filipe, Augusto revela ser assim devido a desilusões amorosas. Ele
conta que, na infância, apaixonou-se por uma menina com quem brincara na praia e trocara amor eterno,
por isso não consegue se relacionar com mais ninguém. Entretanto, apaixona-se por Carolina e, ao final
do romance, descobre que ela é a menina de sua infância. Assim, para cumprir a aposta, escreve este
livro.
Personagens
As personagens são típicas da burguesia carioca do século XIX, com seus comportamentos, costumes,
lazer e relacionamentos. A seguir, veja os papéis de cada uma na história:
 Filipe: estudante de medicina que convida os colegas de curso para passarem o feriado na casa
de sua avó;
 Fabrício: um dos amigos de Filipe. Na ilha, ele tenta se livrar de Joaquina;
 Leopoldo: o mais animado do grupo de amigos;
 Augusto: o mais namorador do grupo. Apaixona-se fácil, mas é inconstante nos relacionamentos
que não duram muito, por isso ele afirma nunca ter amado verdadeiramente;
 Carolina: a Moreninha. Menina travessa e espontânea, tem 14 anos, é irmã de Filipe e mora na
ilha com a avó;
 Dona Ana: dona na casa na ilha e avó de Filipe. Uma senhora de 60 anos gentil e compreensiva
que ama Carolina, a quem cria após ter ficado órfã;
 Joana: prima de Filipe, tem 17 anos e é morena;
 Joaquina: também é prima de Filipe, tem 16 anos sendo loura de olhos azuis.

Análise
Narrada em tempo cronológico e linear, a história retratada no romance ocorre em três semanas e
meia. Um amor que nasce na pureza da infância e persiste ao longo dos anos é retomado em meados do
romance e delineia um relacionamento difícil que acontece na primeira metade do século XIX. A seguir,
compreenda melhor essa época.
A Moreninha retrata os hábitos da juventude carioca desse período, com seus saraus,
piqueniques, namoros e costumes. Assim, forneceu valores e padrões de conduta ao leitor da
época. Abaixo, leia mais algumas características importantes do romance.
Características da obra
Macedo escreveu a história de um amor impossível, repleto de obstáculos e dúvidas, além de
uma pitada de suspense e de humor.

Confira outros pontos de destaque na obra:


O amor puro e idealizado é o tema central da narrativa com uma história que começa na
infância e tem final feliz quando os personagens se reencontram;

O narrador é onisciente em terceira pessoa, descrevendo tudo o que vê. Entretanto, em alguns
momentos o narrador é Augusto, pois é ele quem relata a aposta feita com Filipe;

A linguagem do romance é simples com uso do discurso direto, características que expressam
espontaneidade nas falas das personagens e dão o tom coloquial da juventude;

A subjetividade das personagens e a exaltação da natureza na composição do cenário da obra


expressam traços do Romantismo;

Apesar da pouca diferença de idade em relação às suas primas, a Moreninha é caracterizada de


forma muito diferente delas: como uma moça brincalhona, espontânea e doce. Tanto ela quanto
Augusto são um pouco infantilizados na narrativa.

Um dos fatos que guia a história é a lenda da gruta. Dona Ana conta a Augusto que uma
indígena Ttamoia chorou sobre o rochedo até formar uma fonte porque foi desprezada por seu
amor. Esse, por sua vez, dormiu na gruta e bebeu das lágrimas dela, assim se apaixonou. Por isso,
a água da gruta é milagrosa e quem bebe dela adivinha os segredos dos outros.

Texto 01 a 05:
                 Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhados abaixo. Em um sarau todo o
mundo tem que fazer. O diplomata ajusta, com um copo de champanha na mão, os mais intrincados
negócios; todos murmuram e não há quem deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e
das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da sua época; as moças são no sarau como
as estrelas no céu; estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa nas
asas dos aplausos, por entre os quais surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá da sala
do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua partida no écarté, mesmo na ocasião em que a moça se
espicha completamente, desafinando um sustenido; daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares,
se deslizando pela sala e marchando em seu passeio (…) Finalmente, no sarau não é essencial ter
cabeça nem boca, porque, para alguns é regra, durante ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos.
                   E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis conduziram da Corte para a ilha
de… senhoras e senhores, recomendáveis por caráter e qualidades; alegre, numerosa e escolhida
sociedade enche a grande casa, que brilha e mostra em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto.   
A Moreninha – Joaquim Manuel de Macedo – pp. 66, 67. – Ed. Ftd…

1.Pesquise o significado de sarau e associe-o a um evento contemporâneo:

R: o sarau se aproxima das festas familiares em que ocorrem dança, jogos, conversa, não é uma
balada, pois o sarau tinha caráter privado, não era aberto a quem quisesse.

2.No fragmento, o autor destaca os aspectos positivos do ambiente ou o deprecia? Justifique:

R: o autor destaca os aspectos positivos do ambiente, trata-se de um sarau, apresentado no


trecho como uma festa agradável, frequentada por pessoas de bom gosto, de caráter e qualidades,
alegre, escolhida sociedade.

3.O sarau associa-se ao modo de vida burguês. Que elementos justificam a afirmação?

o elemento que associa o sarau ao modo de vida burguês é o fato de ser uma festa urbana,
noturna.

4.A burguesia se firmou como classe dominante a partir da Revolução Francesa. Que mudanças
ela implantou no cotidiano?

introduziu a valorização da família, do trabalho, e novas formas de lazer, mais democráticas, como
os bailes, os saraus.

5.  A linguagem do texto romântico marca-se pela metáfora/comparação e pela hipérbole. Destaque


do texto exemplos das duas figuras:

R: metáfora/comparação: as moças são no sarau como as estrelas no céu; hipérbole: no sarau não
é essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra, durante ele, pensar pelos pés e falar
pelos olhos.

6. Texto 1:
Já era tarde. Augusto amava deveras, e pela primeira vez em sua vida; e o amor, mais forte que seu
espírito, exercia nele um poder absoluto e invencível. Ora, não há ideias mais livres que as do preso; e,
pois, o nosso encarcerado estudante soltou as velas da barquinha de sua alma, que voou, atrevida, por
esse mar imenso da imaginação; então começou a criar mil sublimes quadros e em todos eles lá aparecia
a encantadora Moreninha, toda cheia de encantos e graças. Viu-a, com seu vestido branco, esperando-o
em cima do rochedo, viu-a chorar, por ver que ele não chegava, e suas lágrimas queimavam-lhe o
coração.(Joaquim Manuel de Macedo. “A Moreninha”. São Paulo: Ática, 1997, p.125.)

Texto 2:Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo


que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou
para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.
(Carlos Drummond de Andrade. “Reunião”. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973, p.19.)

a) Em ambos os textos, percebe-se a utilização de uma mesma temática mas com tratamentos distintos.
Explique, com suas próprias palavras, a concepção de amor presente nos textos de Joaquim Manuel de
Macedo e de Carlos Drummond de Andrade.

b) Nota-se que a estrutura do poema “Quadrilha” é construída a partir de dois movimentos. Identifique-os
indicando, para cada movimento, o verso inicial e o final.

RESPOSTA:
a)A concepção de amor no texto 1 indica idealização do sentimento amoroso e da mulher amada;
valorização da fantasia e da imaginação; caracterização do poder absoluto do amor sobre as
personagens. O tema é tratado no texto 2 a partir de um tom crítico e irônico, apontando o
desencanto e o desencontro entre as personagens.  b)Lili, a “que não amava ninguém”, é a única
do grupo que ironicamente encontrou um par. Diferente dos outros que cumpriam um destino
solitário ou trágico, ela se casou com J. Pinto Fernandes, uma personagem fora da quadrilha.

 Texto para as questões 7, 8, 9 e 10


“Malditos românticos, que têm crismado tudo e trocado em seu crismar os nomes que melhor exprimem
as ideias!… O que outrora as chamava em bom português, moça feia, os reformadores dizem menina
simpática!… O que numa moça era antigamente, desenxabimento, hoje é ao contrário: sublime languidez!
… Já não há mais meninas importunas e vaidosas… As que o foram chamam-se agora espirituosas!… A
escola dos românticos reformou tudo isso, em consideração ao belo sexo.” (MACEDO, Joaquim Manuel
de. “A Moreninha”. São Paulo: FTD, 1991. p.31.)
 7.De acordo com o texto e considerando o período em que a obra foi escrita, é correto afirmar:
a) A figura de linguagem utilizada no texto para se referir ao modo como as mulheres passam a ser
tratadas pelos artistas românticos é a hipérbole, que consiste no exagero com o intuito de realçar uma
ideia.

b) O termo “românticos”, utilizado no texto, diz respeito a estado de espírito, desviando-se do movimento
artístico dominante na primeira metade do século XIX brasileiro.

c) O movimento romântico teve caráter contestador, trazendo mudanças não somente para a arte
como também para o comportamento.
d) Percebe-se, no texto, forte influência do Positivismo, pois o personagem preocupa-se com a maneira
através da qual os escritores românticos referem-se às mulheres.
e) A referência ao modo de tratar a figura feminina exprime uma tentativa de aproximar dois polos
considerados inconciliáveis e opostos, denotando profundo gosto pelo paradoxal e antitético.

8.Considere as afirmativas a seguir.

I.Há no texto uma nítida oposição entre “outrora” e “hoje”, podendo o primeiro ser lido como “época em
que dominavam os valores clássicos”, e o segundo, como “época em que dominam os valores
românticos”.

II.No período clássico, a designação da realidade era feita através de palavras precisas, deixando claro
que aquele que a focalizava possuía grande conhecimento da língua portuguesa padrão.
III. No período romântico, a realidade não é mais vista por uma única perspectiva, por conseguinte, pode
ser apreendida de maneira subjetiva.

IV.Olhar a realidade de forma romântica ou de forma clássica vem a ser a mesma coisa, pois o olhar é,
antes de mais nada, humano.
Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.               b) I e III.                  c) II e IV.                   d) I, III e IV.              e) II, III e IV.
9.Dado o fato de haver no texto o emprego do substantivo “reformadores” aplicado aos românticos, é
correto afirmar que Fabrício:

a) Mostra-se conservador devido à peculiaridade de sua história familiar.

b) Discorda da visão de mundo dos românticos, seus contemporâneos.


c) Está efetuando leitura da oposição visão de mundo romântica e visão de mundo clássica em período
posterior à ocorrência das mesmas.

d) Possui visão de mundo católica, opondo-se aos adeptos da Reforma de Lutero.

e) Apresenta-se neutro frente à oposição visão de mundo clássica e visão de mundo romântica.

10.Sobre a expressão “em bom português”, presente no texto, considere as afirmativas a seguir. Estão
corretas apenas as afirmativas:

I.Conforme aparece no texto, indica o desejo de estar de acordo com a norma culta da língua portuguesa.

II.Corresponde à expectativa de preservar, no uso corrente da língua portuguesa, a clareza e a


objetividade.

III. Conforme aparece no texto, aponta a valorização da fidelidade aos sentidos originais dos vocábulos.

IV.É utilizada para ressaltar a admiração pela língua portuguesa conforme é falada em Portugal.

a) I e III.              b) II e III.             c) II e IV.             d) I, II e IV.            e) I, III e IV.


“Ora, o tal bichinho chamado amor é capaz de amoldar seus escolhidos a todas as circunstâncias e de
obrigá-los a fazer quanta parvoíce há neste mundo. o amor faz o velho criança, o sábio doido, o rei
humilde, cativo; faz mesmo. Ás vezes, com que o feio pareça bonito e o grão de areia um gigante. O amor
seria capaz de obrigar um coxo a brincar o tempo-será, a um surdo o companheiro e a um cego o procura
quem te deu. O amor foi inventor das cabeleiras, dos dentes postiços e de outros certos postiços que…
mas, alto lá! Que isto é bulir com muita gente; enfim, o amor está fazendo um estudante do quinto ano de
medicina passar um dia inteiro brincando com bonecas.”(Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha.)

11.A passagem extraída do romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, refere-se ao seu
protagonista masculino, o estudante de medicina Augusto.
O tema abordado neste texto corresponde:

a) ao caráter inconstante da paixão amorosa

b)à relação problemática entre o amor e juventude.

c) à exaltação romântica do amor juvenil.

d) às alterações de comportamento provocadas pelo amor.


e) aos paradoxos afetivos que caracterizam os enamorados.

12.Assim se pode definir o romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo:

 a)Relato da vida nas repúblicas estudantis do tempo do Império.

b) Estudo da psicologia de um tipo de mulher brasileira, no ambiente rural.

c) História de fidelidade ao amor de infância, na sociedade do Rio


d) Crônica de um caso de mistério, na sociedade carioca de fins do século.

e)Narrativa sobre o problema da escravidão, na sociedade brasileira do século passado

13.Analise as afirmações abaixo sobre o romance “A Moreninha” e seu autor Joaquim

Manuel de Macedo.

I- A Moreninha é um livro centrado no romance entre Augusto e Carolina e é um dos pilares de nossa
literatura romântica.

II- Numa época onde a cultura era totalmente voltada para a Europa, A Moreninha é uma das primeiras e
magníficas tentativas de fazer literatura brasileira, observando usos e costumes do Brasil do Segundo
Império, retratando o cotidiano da vida brasileira em meados do século XIX.

III- O romance apresenta a temática do casamento por interesse tão comum no século XIX e criticado
pelo autor que já era considerado realista-naturalista.

 Quais são corretas?

A) Apenas I.      B) Apenas I e II.         C) Apenas II e III.           D) Apenas I e III.     E) I, II e III.


14.Analise as afirmações abaixo sobre o romance “A Moreninha” e seu autor Joaquim Manuel de Macedo.

 I- Mestre na arte do folhetim, Macedo sabia como entrelaçar vários fios narrativos, criando para o leitor
momentos de emoção imprevistos e cenas cômicas que ajudam a desfazer a tensão, enquanto o narrador
prepara o final feliz reservado para os protagonistas.
II- O Romantismo presente na trama desenvolvida por Macedo se manifesta em diversos aspectos da
estrutura: há a pureza do amor infantil, que se concretiza na idade adulta; há a manutenção do mistério
da identidade dos amantes; há até o traço nacionalista com a apresentação de uma lenda indígena.

III- Foi o primeiro romance romântico urbano com qualidade literária que alcançou grande sucesso de
público e abriu caminho para uma vasta produção de folhetins escritos por autores brasileiros.

 Quais são corretas?

Apenas I.               B) I, II e III.        C) Apenas I e II.        D) Apenas II e III.      E) Apenas I e III.
15.Sobre o romance “A Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo, leia o trecho reproduzido e responda
à questão seguinte.

“Entre os rapazes, porém, há um que não está absolutamente satisfeito: é Augusto. Será porque no tal
jogo da palhinha tem por vezes ficado viúvo?… não! ele esperava isso como castigo da sua inconstância.
A causa é outra: a alma da ilha de … não está na sala! Augusto vê o jogo ir seguindo o seu caminho
muito em ordem; não se rasgou ainda nenhum lenço, Filipe ainda não gritou com a dor de nenhum
beliscão, tudo se faz em regra e muito direito; a travessa, a inquieta, a buliçosa, a tentaçãozinha não está
aí: D. Carolina está ausente!…

Com efeito, Augusto, sem amar D. Carolina, (ele assim o pensa) já faz dela ideia absolutamente diversa
da que fazia ainda há poucas horas. Agora, segundo ele, a interessante Moreninha é, na verdade,
travessa, mas a cada travessura ajunta tanta graça, que tudo se lhe perdoa. D. Carolina é o prazer em
ebulição; se é inquieta e buliçosa, está em sê-lo a sua maior graça; aquele rosto moreno, vivo e delicado,
aquele corpinho, ligeiro como abelha, perderia metade do que vale, se não estivesse em contínua
agitação. O beija-flor nunca se mostra tão belo como quando se pendura na mais tênue flor e voeja nos
ares; D. Carolina é um beija-flor completo.”MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. L&PM: Porto
Alegre, 2001.p. 123-124.

A única alternativa incorreta sobre a obra e o trecho lidos é:

A) O cotidiano burguês do século XIX é apresentado em diversos capítulos, detalhando os hábitos e
costumes da época.

B) A comparação de D. Carolina a um beija-flor é um recurso estilístico próprio do Romantismo, e serve


para enfatizar o caráter idealizador sobre a figura feminina.

C) A inquietação de Augusto é causada pela ausência de D. Carolina, e não pelo fato de o jogo estar
monótono.

D) Augusto começa a enxergar a jovem D. Carolina como uma mulher sedutora e extravagante,
após alguns dias devidamente instalado na ilha de…
E) A obra sugere, em seu final, que o romance é resultado da derrota de Augusto na aposta realizada
com seu amigo Filipe.

16.Sobre o contexto histórico-literário da obra “A Moreninha” e seu autor, analise as afirmações a seguir.

I.Joaquim Manuel de Macedo foi o primeiro romancista a alcançar sucesso junto ao novo público
romântico formado por jovens senhoras e estudantes.

II.O contexto da publicação da obra revela um Rio de Janeiro imperial e seus costumes urbanos.
III. A burguesia mantém-se como personagem e consumidor dos romances românticos, fato esse herdado
da estética literária anterior.

Quais são corretas?

A) Apenas I            B Apenas I e II.       C) Apenas II e III.    D) Apenas I e III.      E ) I, II e III.


17.(UFP)Em linhas gerais, o romance A Moreninha, de Joaquim Manoel de Macedo, é:
a) o relato de uma história de fidelidade ao amor de infância, na sociedade brasileira do século
passado.
b) a crônica de um caso amoroso ocorrido em fins do século XVII nas imediações do Rio de Janeiro.

c) uma história baseada no problema da escravidão, na sociedade brasileira do Segundo Império.

d) a história dramática de uma heroína às voltas com um amor impossível.

 e) uma história que mostra a oposição Roça/Corte no século passado, através de um episódio amoroso.

 19.(ARL) Analise as afirmações abaixo sobre o escritor Joaquim Manuel de Macedo.


 I- Joaquim Manuel de Macedo foi médico, político,  professor, romancista, teatrólogo e poeta, numa
época  de euforia da burguesia, classe social dominante, em  pleno Brasil pós independente.

II- Foi aceito de imediato pelo público porque explorou  com muita felicidade a “psicologia feminina e a 
sociedade da época” bem como por usar a linguagem  do leitor.

III- Retratou a elite brasileira da corte com alguns tipos  inconfundíveis: os estudantes, a moça
namoradeira, a  criada intrometida, a avó carinhosa, a senhora  fofoqueira, todos eles envolvidos em
cenas que se  desenrolam em espaços claramente brasileiros (a Ilha

de Paquetá, as matas da Tijuca, os espaços urbanos  do Rio de Janeiro.

 Quais são corretas?

A) Apenas I.            B) Apenas I e II.      C) Apenas II e III.    D) Apenas I e III.     E) I, II e III.

Análise de "A Moreninha" de Joaquim Manoel de Macedo

“A Moreninha”, de Joaquim Manoel de Macedo, foi considerado o primeiro romance do Romantismo


brasileiro, garantindo a Macedo o pioneirismo de fato nesse gênero literário. O título do livro foi dado pelo
próprio protagonista da história, o personagem Augusto, em homenagem a D. Carolina. Durante toda a
história, evidenciam-se os traços da protagonista, principalmente a cor do rosto: pele morena. Por isso, as
pessoas mais íntimas chamavam-na de Moreninha. O sucesso de “A Moreninha” está vinculado à
capacidade do autor de amarrar o leitor na atmosfera de romance, aguçando a curiosidade do leitor com
pequenos enigmas, simples conflitos e uma leitura fácil e agradável. Tais características se organizam
numa narrativa fixada entre a lenda e o romance para formar uma obra de gosto popular.

Esta análise irá abordar os elementos estruturais da narrativa: enredo, personagens, narrador, tempo e
linguagem 

1- ENREDO
A história de “A Moreninha” gira em torno de uma aposta feita por quatro estudantes de Medicina
da cidade do Rio de Janeiro do fim da primeira metade do século XIX. Um deles, Augusto, é tido pelos
amigos como namorador inconstante. Ele próprio garante aos colegas ser incapaz de amar uma mulher
por mais de três dias. Um de seus amigos, Filipe, o convida juntamente com mais dois companheiros,
Fabrício e Leopoldo, a passarem o fim de semana em uma ilha, na casa de sua avó, D. Ana. Ali também
estarão duas primas e a irmã de Filipe, Carolina, mais conhecida como "Moreninha". Por causa da fama
de namorador do colega, Filipe propõe-lhe um desafio: se a partir daquele final de semana Augusto se
envolver sentimentalmente com alguma (e só uma!) mulher por no mínimo 15 dias, deverá escrever um
romance no qual contará a história de seu primeiro amor duradouro. Apesar de Augusto garantir que não
correrá esse risco, no final do livro ele está de casamento marcado com Carolina e o romance que
deveria escrever já está pronto.
Nas linhas finais da obra, o próprio Augusto nos informa seu título: "A Moreninha". Clímax O clímax
do romance ocorre quando D.Carolina revela a Augusto, ao deixar cair um breve contendo um camafeu,
que é a mulher a quem ele tinha prometido se casar na sua infância, no final do Capítulo XXXIII: Desfecho
Como todo bom romance romântico, o desfecho dá-se no final da história quando Augusto e Carolina já
estão de casamento marcado e Augusto perde a aposto que havia feito com Filipe. 2- 

PERSONAGENS
A Moreninha apresenta dois personagens principais planos, simples, construídos superficialmente,
embora essa caracterização funcione de modo a destacá-los do grupo a que pertencem. Eles são sempre
compostos de modo a tornar viável o que mais interessa nesse tipo de romance: a ação. São eles:
Augusto e D. Carolina, a Moreninha.

A figura de Augusto resume um certo tipo de estudante alegre, jovial, inteligente e namorador.
Dotado de sólidos princípios morais, fez no início da adolescência um juramento amoroso que retardará a
concretização de seu amor por Carolina. Esse impedimento de ordem moral permitirá o desenvolvimento
de várias ações até que, ao final da história, Carolina revelará ser ela mesma a menina a quem o jovem
Augusto jurara amor eterno. É muito jovem e "moreninha" e também travessa, inteligente, astuta e
persistente na obtenção de seus intentos.

Carolina encarna a jovem índia Ahy, que espera incansavelmente por seu amado Aoitin – uma
antiga história da ilha que D. Ana conta a Augusto. No final ela revela para Augusto que era a menina
para quem lhe prometera casamento. Os personagens secundários compõem o quadro social necessário
para colocar a história em movimento ou propiciar informações de certos dados essenciais à trama e
representam, por meio de alguns tipos característicos, a sociedade burguesa da capital do Império.

Rafael: Escravo, criado de Augusto, espécie de pajem ou moleque de recados. É quem lhe
prepara os chás e quem lhe atura o mau humor, levando castigos corporais (bolos) por quase nada.

Tobias: Escravo, criado de D. Joana, prima de Filipe. O negro tem dezesseis anos, é bem-
apessoado, falante, muito vivo quanto à questão de dinheiro.

Paula: Ama-de-leite de Carolina; incentivada por Keblerc, bebeu vinho e ficou bêbada.

D. Ana: Avó de Filipe, é uma senhora de espírito e alguma instrução. Tem sessenta anos, cheia de
bondade. Seu coração é o templo da amizade cujo mais nobre altar é exclusivamente consagrado à
querida neta, Carolina, irmã de Filipe.

Filipe: I Irmão de Carolina, neto de D. Ana. Amigo de Augusto, Fabrício e Leopoldo. Também
estudante de Medicina.

D. Violante: "D. Violante era horrivelmente horrenda, e com sessenta anos de idade apresentava
um carão capaz de desmamar a mais emperrada criança." Meio estabanada, ela quebra a harmonia
reinante no ambiente burguês, sem causar transtornos graves.
Keblerc: Alemão que, diante das garrafas de vinho, prefere ficar com elas a tomar parte na festa
que se desenrola na ilha. Embriaga-se, mas não perturba o clima de harmonia em que se desenvolve a
história.

Fabrício: Amigo de Augusto, também estudante de Medicina. Está apaixonado por Joaninha, mas
dela quer livrar-se por causa das exigências extravagantes da moça. Chega a pedir a ajuda de Augusto
para livrar-se da namorada exigente.

Leopoldo: Amigo de Augusto, Filipe e Fabrício; também estudante de Medicina.

D. Joaninha: Prima de Filipe, namorada de Fabrício. Exigia que o estudante lhe escrevesse cartas
de amor quatro vezes por semana; que passasse por defronte da casa dela quatro vezes por dia; que
fosse a miúdo ao teatro e aos bailes que frequentava; que não fumasse charutos de Havana nem de
Manilha, por ser falta de patriotismo.

D. Quinquina: Moça volúvel, namoradeira. Namorava um tenente Gusmão da Guarda Nacional.


Na festa da ilha, recebeu um cravo de um velho militar e ia passá-lo adiante, a um jovem de nome Lúcio.
O cravo terminou, por acaso, nas mãos de Augusto.

D. Clementina: Moça que cortou uma madeixa dos cabelos fez um embrulho e deixou-o sob uma
roseira para ser apanhado por Filipe. Augusto antecipou-se ao colega e guardou o pacotinho.

D. Gabriela: Moça que, por cartas, se correspondia com cinco mancebos. Certo dia, a senhora
encarregada de distribuir as correspondências enganou-se na entrega de duas; trocou-as e deu a de lacre
azul ao Sr.Juca e a de lacre verde ao Sr. Joãozinho.

O ROMANCE É NARRADO NA TERCEIRA PESSOA, POR UM NARRADOR ONISCIENTE.


O narrador está presente em todos lugares da história, característica essa que pode ser facilmente
observada no romance:
no banco de relva perto da gruta, enquanto Augusto conta para Sra. D. Ana à história de
seus amores (Cap. VII); no gabinete das moças, relatando a situação de Augusto debaixo de uma
cama que se achava no fundo do gabinete (Cap. XII); No gabinete dos rapazes, enquanto os
quatros estudantes dormem (Cap. XV); Fora da Ilha, gabinete de Augusto e na Ilha relatando as
modificações do comportamento de D. Carolina (Cap. XIX), dentre outros.
Em toda a narrativa, podemos observar que o narrador se dirige a uma outra pessoa, que o Cap.
XV nos faz acreditar ser o próprio autor do romance, convidando-o para participar na narrativa como
observador dos acontecimentos, não chegando, porém, a ser caracterizado como um narrador onisciente-
intruso.

Vejamos alguns trechos da narrativa que poderão nos dar uma melhor visão da onipresença
do narrador:
“Quanto aos homens ... Não vale a pena!... vamos adiante. (Cap. III) “Um autor pode entrar
em toda parte e, pois ... não. Não, alto lá! No gabinete das moças ... não senhor; no dos rapazes,
ainda bem.” (Cap. XV) “Sobre ela estão conversando agora mesmo Fabrício e Leopoldo. Vamos
ouvi-los.” (Cap. XVI) “Devemos fazer-lhe uma visita; ele está em seu gabinete ...” (Cap. XIX)

4- TEMPO
No romance “A Moreninha”, o tempo é linear, ou seja, os acontecimentos vão sendo
incorporados à história em ordem cronológica, sem recuos nem avanços.
Os eventos narrados desenrolam-se durante os trinta dias pelos quais a aposta entre os
estudantes Filipe e Augusto era válida. A aposta foi feita em 20 de julho de 18...: Quando a história se
inicia, Augusto já estava no quinto ano de Medicina e conquistara, entre os amigos, a fama de
inconstante. Nos capítulos VII e VIII, o autor conta-nos a origem da instabilidade amorosa do herói. Tudo
começara há oito anos, quando Augusto contava 13, e Carolina 7 anos de idade, utilizando a técnica
chamada de flashback, que consiste em voltar no tempo. 
CONCLUSÃO
A obra nos mostra porque continua sendo um dos romances mais lidos, com uma leitura
interessante e agradável, vem provar mais uma vez a importância da redescoberta dos valores mais
puros, honestos e genuínos presentes na alma do ser humana. Sua importância dentro do Romantismo
foi ter sido a primeira obra expressiva deste movimento literário no Brasil. O tema é a fidelidade a um
amor de infância. Tem valor para o nosso tempo pois resgata sentimentos como honra, fidelidade e
amor , valores esses que vêm sendo esquecidos na atualidade.

A MORENINHA, DE JOAQUIM MANUEL DE MACEDO - TRECHO - QUESTÕES OBJETIVAS


 A MORENINHA JOAQUIM MANUEL DE MACEDO

D. Carolina passou uma noite cheia de pena e de cuidados, porém já menos ciumenta e
despeitada; a boa avó livrou-a desses tormentos. Na hora do chá, fazendo com habilidade e destreza cair
a conversação sobre o estudante amado, dizendo: - Aquele interessante moço, Carolina, parece pagar-
nos bem a amizade que lhe temos, não entendes assim?... - Minha avó...eu não sei. - Dize sempre,
pensarás acaso de maneira diversa?... A menina hesitou um instante e depois respondeu: - Se ele
pagasse bem, teria vindo domingo. - Eis uma injustiça, Carolina. Desde sábado à noite que Augusto está
na cama, prostrado por uma enfermidade cruel. - Doente?! Exclamou a linda Moreninha, extremamente
comovida. Doente?...em perigo?... - Graças a Deus, há dois dias ficou livre dele; hoje já pôde chegar à
janela, assim me mandou dizer Filipe. - Oh! Pobre moço!... se não fosse isso, teria vindo ver-nos!... E,
pois, todos os antigos sentimentos de ciúme e temor da inconstância do amante se trocaram por ansiosas
inquietações a respeito de sua moléstia.
No dia seguinte, ao amanhecer, a amorosa menina despertou, e buscando o toucador, há uma
semana esquecido, dividiu seus cabelos nas duas costumadas belas tranças, que tanto gostava de fazer
ondear pelas espáduas, vestiu o estimado vestido branco e correu para o rochedo. - Eu me alinhei,
pensava ela, porque enfim... hoje é domingo e talvez... como ontem já pôde chegar à janela, talvez
consiga com algum esforço vir ver-me. E quando o sol começou a refletir seus raios sobre o liso espelho
do mar, ela principiou também a cantar sua balada: “Eu tenho quinze anos E sou morena e linda”. Mas,
como por encantamento, no instante mesmo em que ela dizia no seu canto: “Lá vem sua piroga Cortando
leve os mares” Um lindo batelão apareceu ao longe, voando com asa intumescida para a ilha. Com força
e comoção desusadas bateu o coração de d.
Carolina, que calou-se para empregar no batel que vinha atentas vistas, cheias de amor e de
esperanças. Ah! Era o batel suspirado. Quando o ligeiro barquinho se aproximou suficientemente, a bela
Moreninha distinguiu dentro dele Augusto; sentado junto a um respeitável ancião, a quem não pôde
conhecer (...). (...) Augusto, com efeito, saltava nesse momento fora do batel, e depois deu a mão a seu
pai para ajudá-lo a desembarcar; d. Carolina, que ainda não mostrava dar fé deles, prosseguiu seu canto
até que quando dizia: “Quando há de ele correr Somente para me ver...”
Sentiu que Augusto corria para ela. Prazer imenso inundava a alma da menina, para que possa ser
descrito; como todos preveem, a balada foi nessa estrofe interrompida e d. Carolina, aceitando o braço do
estudante, desceu do rochedo e foi cumprimentar o pai dele. Ambos os amantes compreenderam o que
queria dizer a palidez de seus semblantes e os vestígios de um padecer de oito dias, guardaram silêncio
e não tiveram uma palavra para pronunciar; tiveram só olhares para trocar e suspiros a verter. E para que
mais?

01. D. Carolina estava atormentada pelo ciúme e despeito devido 


a) as conversas que ela tinha com a avó. 
b) ao não comparecimento de Augusto a sua casa.
c) as informações que Filipe deu sobre Augusto. 
d) ao bom conceito que a avó tinha de Augusto.

02.A conversa entre D. Carolina e sua avó sobre o estudante amado pela jovem foi 
a) esclarecedora 
b) desmotivante 
c) entediante
d) animadora 

03. O ciúme e o despeito de D..Carolina foi substituído 


a) pela esperança e serenidade diante das informações dadas pela avó.
b) pelo alívio e tranqüilidade por causa do recado de Filipe. 
c) pelas ansiosas inquietações a respeito da doença de Augusto. 
d) pela culpa de ter julgado mal seu amado.

 04. A menina voltou a arrumar-se pois 


a) queria ir visitar o amado. 
b) tinha esperança de ser visitada pelo amado. 
c) recuperou-se do ciúme e do despeito.
d) foi aconselhada pela avó a cuidar-se.

05. “Com força e comoção desusadas bateu o coração de d. Carolina...”, o termo em destaque significa 
a) enormes 
b) constantes 
c) incomuns 
d) reais

06. O reencontro de d. Carolina e Augusto foi 


a) cheio de declarações de amor. 
b) cheio de questionamentos. 
c) marcado pela indiferença e dúvidas. 
d) marcado pela troca de olhares e suspiros.

07) No fragmento: “o amor é um menino doidinho e malcriado que , quando alguém intenta refreá-lo ,
chora, esperneia, escabuja”, e no outro “... amor é um anzol que ,quando se engole, agadanha-se logo no
coração da gente...” temos uma figura de linguagem chamada : 
a) metonímia 
b) personificação 
c) metáfora 
d) antítese 

08) No primeiro capítulo do livro, Augusto fez com Felipe uma aposta. Quem perdesse deveria escrever a
história dos acontecimentos em casa de D. Ana. Perdida a aposta, Augusto cumpriu a promessa e
escreveu A Moreninha. 

Vamos escrever como isso aconteceu, numerando os fatos relacionados abaixo de acordo com a ordem
em que eles se sucederam no romance. 
( ) Carolina percebe que ama Augusto. 
( ) Augusto se dá conta que começa a amar Carolina.
( ) Augusto declara seu amor a Carolina.
( ) Augusto acha Carolina estouvada, caprichosa e feia. 
( ) Carolina revela-se a menina a quem Augusto fizera o juramento de amor. Os dois ficam noivos. 
( ) Perdida a aposta, Augusto escreve o livro. 
( ) Augusto adoece de amor pela Moreninha, em função do juramento que fizera na infância.

9) Se você reparou bem há um mistério que envolve as vidas de Augusto e de Carolina. Os dois vivem
presos a um fato que foi muito importante para eles. Qual foi esse acontecimento?
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10) Leia e responda: “[...] porém não posso mais esconder estes sentimentos que eu penso que são
segredos e que todo mundo mos lê nos olhos!” Com qual dos provérbios seguintes essa fala de Augusto
se relaciona: 
a) Longe dos olhos, longe do coração.
b) O que os olhos não veem o coração não sente. 
c) Os olhos são a janela da alma. 
d) Em terra de cego quem tem um olho é rei.

11 . Com base na leitura e análise do livro A Moreninha, classifique as afirmações seguintes de


verdadeiras ou falsas:
1. ( ) O sucesso de A Moreninha está vinculado à capacidade do autor de imergir o leitor na atmosfera de
lenda e de sonho, onde o tempo, o sofrimento e o trabalho parecem não existir.
2. ( ) A divisão tradicional do livro, composto de heróis e vilões, é um dos aspectos que o vinculam ao
Romantismo.
3. ( ) Dois personagens do livro quebram a harmonia social da história: o alemão Keblerc, que se
embriaga e leva à embriaguez a ama-de-leite de Carolina, e a senhora D. Violante.
4. ( ) O romance é narrado em primeira pessoa, pelo próprio Augusto.

12. Relacione corretamente:


a. D. Violante
b. Joaninha
c. Quinquina
d. Tobias
e. Rafael
f. Keblerc
1. ( ) Escravo, criado de Augusto, espécie de pajem ou moleque de recados.
2. ( ) Alemão que, diante das garrafas de vinho, prefere ficar com elas a tomar parte na festa que se
desenrola na ilha.
3. ( ) Exigia que o namorado lhe escrevesse cartas de amor quatro vezes por semana; que passasse por
defronte da casa dela quatro vezes por dia.
4. ( ) Escravo, criado de D. Joana, prima de Filipe. O negro tem dezesseis anos, é bem-apessoado,
falante e muito vivo.
5. ( ) Moça volúvel, namoradeira. Namorava um tenente Gusmão da Guarda Nacional.
6. ( ) Com sessenta anos de idade, apresentava um carão capaz de desmamar a mais emperrada
criança.

GABARITO:
1-B

2-A

3 - C 

4-B

5-C

6-D

7 - C 

8 - 4, 2, 3, 1, 6, 7, 5.

9 - A promessa que fizeram de se casarem, quando ainda eram crianças.

10 - C 
11 -  V; F; V; F.

12 - 1 (E)
       2 (F)
       3 (B)
       4 (D)
       5 (C)
       6 (A)

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