O documento descreve o Auto de São Lourenço, uma peça teatral escrita por José de Anchieta em 1583. A peça mostra a arrogância da Igreja Católica ao retratar os nativos como criaturas primitivas e pecadoras. Nela, São Sebastião e São Lourenço derrotam o demônio Guaixará para proteger uma aldeia indígena. A peça usa o maniqueísmo para propagar a visão católica sobre os nativos e perpetuar a Igreja como sua salvadora.
Descrição original:
Resenha do Auto de São Lourenço, jesuíta catequizador de índios, século XVI.
O documento descreve o Auto de São Lourenço, uma peça teatral escrita por José de Anchieta em 1583. A peça mostra a arrogância da Igreja Católica ao retratar os nativos como criaturas primitivas e pecadoras. Nela, São Sebastião e São Lourenço derrotam o demônio Guaixará para proteger uma aldeia indígena. A peça usa o maniqueísmo para propagar a visão católica sobre os nativos e perpetuar a Igreja como sua salvadora.
O documento descreve o Auto de São Lourenço, uma peça teatral escrita por José de Anchieta em 1583. A peça mostra a arrogância da Igreja Católica ao retratar os nativos como criaturas primitivas e pecadoras. Nela, São Sebastião e São Lourenço derrotam o demônio Guaixará para proteger uma aldeia indígena. A peça usa o maniqueísmo para propagar a visão católica sobre os nativos e perpetuar a Igreja como sua salvadora.
A prepotncia da Igreja Catlica e sua falsa impresso de superioridade so fatos
conhecidos h sculos. Dentro de vrios exemplos histricos e artsticos, o Auto de So Loureno, representado no terreiro da Capela de So Loureno, em Niteri, a 10 de agosto de 1583, mostra, de maneira clarssima, tal arrogncia. Durante uma tentativa por parte de Guaixar, rei dos diabos, de corromper uma aldeia indgena, fazendo com que estes pecassem e, assim, se juntassem a ele, acaba confrontado por So Sebastio e So Loureno. Naturalmente, a fora do bem, apoiada por Deus, triunfa sobre o mal, personificado pelo j citado Guaixar e seus criados, Aimbir e Saravaia. Sem espao determinado pelo escritor Jos de Anchieta, a pea traz o maniquesmo habitual utilizado pelos catlicos para incutir sua verdade sobre o povo. O contexto real a catequizao dos ndios reflete como estes eram vistos pelos padres: criaturas primitivas e sem educao, que tendiam fortemente ao pecado. interessante perceber que tal olhar e pensamento sobre os nativos cultivado tanto pelo diabo quanto pelos santos. Irnico ao mostrar Aimbir e Saravaia vestindo coroas aps matarem dois imperadores (morte esta a pedido do anjo, representante da grande bondade catlica), o Auto tende, por conseguinte, a perpetuar a Igreja como salvadora dos sem redeno. Escrita bela e fluidamente por Anchieta, a pea perpetua-se como uma grande representante da histria brasileira.