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OLAVO BILAC

VIDA E OBRA

ALUNAS: GEOVANNA KARLA ,


GHENEFF BARBOSA, KARLA VITÓRIA
E YASMIN STEFANNY

TURMA: 3º B REDES
BIOGRAFIA
• OLAVO BRAZ MARTINS DOS GUIMARÃES BILAC.

• NASCEU NO RIO DE JANEIRO, NO DIA 16 DE DEZEMBRO DE 1865.

• FILHO DE BRAZ MARTINS DOS GUIMARÃES BILAC (CIRURGIÃO DO


EXÉRCITO) E DELFINA BELMIRA DOS GUIMARÃES BILAC.

• POETA, CONTISTA, INSPETOR DE ENSINO E JORNALISTA


BRASILEIRO.

• UM DOS FUNDADORES DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS,


CRIOU A CADEIRA Nº. 15, QUE TEM COMO PATRONO GONÇALVES
DIAS.
BIOGRAFIA
• EM 1880, BILAC ENTROU PARA A FACULDADE DE MEDICINA DO RIO DE
JANEIRO E DEPOIS PARA A FACULDADE DE DIREITO EM SÃO PAULO, MAS
NÃO COMPLETOU NENHUM DOS DOIS CURSOS.

• SE DEDICOU À POESIA E AO JORNALISMO E PUBLICOU SUAS PRIMEIRAS


POESIAS, EM 1883, NA GAZETA ACADÊMICA.

• CONHECEU ALBERTO DE OLIVEIRA E SUA IRMÃ AMÉLIA DE OLIVEIRA,


POR QUEM SE APAIXONOU, MAS FOI IMPEDIDO DE CASAR, POIS A
FAMÍLIA NÃO ACEITAVA A VIDA BOÊMIA DO POETA.

• TEVE INTENSA PARTICIPAÇÃO NA POLÍTICA E EM CAMPANHAS CÍVICAS,


DAS QUAIS A MAIS FAMOSA FOI EM FAVOR DO SERVIÇO MILITAR
OBRIGATÓRIO.
BIOGRAFIA

• FAZENDO JORNALISMO POLÍTICO NO COMEÇO DA REPÚBLICA, FOI UM


DOS PERSEGUIDOS POR FLORIANO PEIXOTO. TEVE QUE SE ESCONDER
EM MINAS GERAIS, MAS AO VOLTAR PARA O RIO FOI PRESO.

• EM 1888, OLAVO BILAC PUBLICOU SEU PRIMEIRO LIVRO, POESIAS. NELE,


O POETA JÁ DEMONSTRAVA ESTAR PLENAMENTE IDENTIFICADO COM AS
PROPOSTAS DO PARNASIANISMO.

• EM 1891, FOI NOMEADO OFICIAL DA SECRETARIA DO INTERIOR DO


ESTADO DO RIO.
BIOGRAFIA

• EM 1898, SE TORNOU INSPETOR ESCOLAR DO DISTRITO FEDERAL.

• FOI TAMBÉM DELEGADO EM CONFERÊNCIAS DIPLOMÁTICAS E, EM


1907, SECRETÁRIO DO PREFEITO DO DISTRITO FEDERAL.

• EM 1916, FUNDOU A LIGA DE DEFESA NACIONAL.

• OLAVO BILAC FALECEU NO RIO DE JANEIRO, NO DIA 28 DE DEZEMBRO


DE 1918, VÍTIMA DE EDEMA PULMONAR E INSUFICIÊNCIA CARDÍACA.
CARACTERÍSTICAS DO
PARNASIANISMO
• Objetividade • Descritivismo

• Linguagem rebuscada • Impessoalidade

• Arte pela arte • Culto à forma

• Resgate de temas da • Estruturas fixas (sonetos) e


Antiguidade clássica versos alexandrinos
A UM POETA
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha e teima, e lima, e sofre e sua!

Mas que na força se disfarce o emprego


Do esforço: e trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua
Rica mas sóbria, como um templo grego

Não se mostre na fábrica o suplício


POEMA 1

Do mestre. E natural, o efeito agrade


Sem lembrar os andaimes do edifício:

Porque a Beleza, gêmea da Verdade,


Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
A UM POETA

Lon/ge/ do es/té/ril/ tur/bi/lhão/ da/ ru/a,


Be/ne/di/ti/no es/cre/ve/! No a/con/che/go
Do/ claus/tro/, na/ pa/ciên/cia e/ no/ sos/se/go
ANÁLISE - POEMA 1

Tra/ba/lha e/ tei/ma, e/ li/ma , e/ so/fre, e/ su/a!

Mas/ que/ na/ for/ma/ se/ dis/far/ce o em/pre/go


Do es/for/ço: e/ tra/ma/ vi/va/ se/ cons/tru/a
De/ tal/ mo/do/, que a i/ma/gem /fi/que/ nu/a
Ri/ca/ mas/ só/bria/, co/mo um/ tem/plo/ gre/go.
A UM POETA

Não/ se/ mos/ter/ na/ fá/bri/ca o/ su/ plí/cio


Do/ mes/tre e/ na/tu/ral/, o e/ fei/to a/ gra/de
Sem/ lem/brar/ os/ an/dai/mes/ do e/di/fí/cio:
ANÁLISE - POEMA 1

Por/que a/ Be/le/za/ gê/mea/ da/ Ver/da/de


Ar/te/ pu/ra/ i/ ni/mi/ga/ do ar/ti/fí/cio,
É a/ for/ça e a/ gra/ça/ na/ sim/pli/ci/da/de.
A UM POETA
Longe do estéril turbilhão da rua, A
Beneditino escreve! No aconchego B
Do claustro, na paciência e no sossego, B
Trabalha e teima, e lima, e sofre e sua! A

Mas que na força se disfarce o emprego B


Do esforço: e trama viva se construa A
De tal modo, que a imagem fique nua, A
Rica mas sóbria, como um templo grego. B
Figuras de linguagens:
Não se mostre na fábrica o suplício C
Do mestre. E natural, o efeito agrade, D • Polissíndeto
Sem lembrar os andaimes do edifício: C • Comparação
• Metáfora
Porque a Beleza, gêmea da Verdade, D
Arte pura, inimiga do artifício, C
É a força e a graça na simplicidade. D
UM BEIJO
Foste o beijo melhor da minha vida,
ou talvez o pior... Glória e tormento,
contigo à luz subi do firmamento,
contigo fui pela infernal descida!

Morreste, e o meu desejo não te olvida:


queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,
e do teu gosto amargo me alimento,
e rolo-te na boca malferida.

Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,


POEMA 2

batismo e extrema-unção, naquele instante


por que, feliz, eu não morri contigo?

Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto,


beijo divino! e anseio delirante,
UM BEIJO

Fos/te o/ bei/jo/ me/ lhor/ da/ mi/nha/ vi/da,


Ou/ tal/vez/ o /pi/or.../ Gló/ria e/ tor/ men/to,
Com/ti/go à/ luz /su/bi /do/ fir/ma/ men/to,
ANÁLISE - POEMA 2

Com/ti/go /fui/ pe/la in/fer/nal/ des/ ci/da!

Mor/res/te, e o /meu/ de/se/jo /não/ te ol/ vi/da:


Quei/mas/-me o/ san/gue, em/ches/-me o/ pen/as/ men/to,
e/ do/ teu/ gos/to a/mar/go /me a/li/ men/to,
e/ ro/lo/-te /na/ bo/ca/ mal/fe/ ri/da.
UM BEIJO

Bei/jo ex/tre/mo, /meu/ prê/mio e/ meu/ cas/ti/go,


Ba/tis/mo e ex/tre/ma un/ção,/ na/que/le ins/tan/te
Por/ que,/ fe/liz,/ eu/ não/ mo/rri/ com/ti/go?
ANÁLISE - POEMA 2

Sin/to/-me o ar/dor,/ e o /cre/pi/tar/ te es/cu/to,


Bei/jo/ di/vi/no!/ e na/seio/ de/li/ran/te,
Na/ per/pé/tua/ sal/da/de/ de um/ mi/nu/to..
UM BEIJO
Foste o beijo melhor da minha vida, A
ou talvez o pior... Glória e tormento, B
contigo à luz subi do firmamento, B
contigo fui pela infernal descida! A

Morreste, e o meu desejo não te olvida: A


queimas-me o sangue, enches-me o pensamento, B
e do teu gosto amargo me alimento, B
e rolo-te na boca malferida. A Figuras de linguagens:
Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo, C • Polissindeto
batismo e extrema-unção, naquele instante D
• Antítese
por que, feliz, eu não morri contigo? C
• Anáfora
Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto, E • Hipérbato
beijo divino! e anseio delirante, D • Assonância
na perpétua saudade de um minuto... E
ORA (DIREIS) OUVIR ESTRELAS!
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-Ias, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto …

E conversamos toda a noite, enquanto


A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: “Tresloucado amigo!


POEMA 3

Que conversas com elas? Que sentido


Tem o que dizem, quando estão contigo?”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las!


Pois só quem ama pode ter ouvido
Ora (direis) ouvir estrelas!

“O/ra/ (di/reis)/ ou/vir/ es/ter/las!/ cer/to


Per/des/te o/ sen/so!” E eu/ vos/ di/rei/, no en/tan/to,
Que/, pa/ra ou/vi/las/, mui/ta/ vez/ des/per/to
ANÁLISE - POEMA 3

E a/bro as/ ja/ne/las/, pá/li/do/ de es/pan/to …

E/ con/ver/sa/mos/ to/da a/ noi/te, en/quan/to


A/ vi/a/ lác/tea/, co/mo um/ pá/lio a/ber/to,
Cin/ti/la. E, ao/ vir/ do/ sol/, sau/do/so e em/ pran/to,
In/da as/ pro/cu/ro/ pe/lo/ céu/ de/ser/to.
Ora (direis) ouvir estrelas!

Di/reis/ a/go/ra:/ “Tres/lou/ca/do a/mi/go!


Que/ con/ver/sas/ com/ e/las/? Que/ sen/ti/do
Tem/ o/ que/ di/zem/, quan/do es/tão/ con/ti/go?”
ANÁLISE - POEMA 3

E eu/ vos/ di/rei/: “A/mai/ pa/ra en/ten/dê-las!


Pois/ só/ quem/ a/ma/ po/de/ ter/ ou/vi/do
Ca/paz/ de ou/vir/ e/ de en/ten/der/ es/tre/las.”
Ora (direis) ouvir estrelas!
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo A
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto, B
Que, para ouvi-Ias, muita vez desperto A
E abro as janelas, pálido de espanto … B

E conversamos toda a noite, enquanto B


A via láctea, como um pálio aberto, A
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, B
Inda as procuro pelo céu deserto. A
Figuras de linguagens:
Direis agora: “Tresloucado amigo! C
• Metáfora
Que conversas com elas? Que sentido D
Tem o que dizem, quando estão contigo?” C • Comparação
• Pleonasmo
E eu vos direi: “Amai para entendê-las! E
Pois só quem ama pode ter ouvido D
Capaz de ouvir e de entender estrelas." E
ANALISE ESTRUTURAL
Rima quanto à:
• Fonética: rimas perfeitas
• À acentuação: rimas graves

POEMAS
• Posição do verso: rimas • Ao valor: rimas ricas e pobres
externas

• Posição na estrofe: • Possui versos decassílabos


- Poema 1 e 2: rimas intercaladas
(ABBA) • Tipo do poema: Soneto
- Poema 3: rimas alternadas
(ABAB)
FIM
!

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