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OBS 2 - O PARTO

AULA 01 - O PARTO

- TRAJETO MOLE: inclui segmento inferior


do útero, colo do útero, vagina, região
vulvoperineal. Não é o que atrapalha na
- A conjugata diagonalis (12cm) é acessível
hora do parto.
ao exame físico.
- TRAJETO DURO: pelve, é onde ocorrem
Estreito médio: local mais comum de
problemas. Dos ossos ilíacos, sacro, cóccix,
distocia (10,5cm).
pube. Grande bacia x pequena bacia.
Estreito inferior: conjugata exitus (9,5cm),
com a propulsão do cóccix vai para 11cm.

- TIPOS DE PELVE

Estreito superior : 1º estreitamento que o


feto tem que passar, vai da borda superior
da sínfise púbica ao pube. Conjugata é o
diâmetro anteroposterior da bacia, a
obstétrica é + importante/estreita
(10,5cm).

Favorece desproporção cefalopélvica.


- SITUAÇÃO: relação do maior eixo fetal
com o maior eixo materno, sendo a mais
comum a longitudinal.

- APRESENTAÇÃO: é a parte fetal que faz


contato com o estreito superior da bacia, é
a parte do corpo fetal mais à frente no
canal de parto. Na situação longitudinal, a
Atrapalha o parto dependendo da
apresentação é cefálica ou pélvica.
insinuação do feto, mas não tanto quanto a
pelve androide.

- ATITUDE: posição do feto em relação a


ele mesmo. Na fletida 9,5cm de diâmetro
cefálico e a referência é lambda, na
deflexão de: a) 1º grau: 12cm, b) 2º grau:
13,5cm, c) 3º grau: apresentação do mento
para a pelve materna, diâmetro pequeno
de 9,5cm, mas que não se adequa ao canal.

Não impede parto vaginal.

A apresentação pélvica pode ser completa


(pelvipodálica) – “buda” -> ocupa mais
espaço e pode prejudicar o parto pélvico.
Na pélvica simples ou incompleta o parto é
pior, pode passar o corpo e agarrar a
cabeça e a perna impede a progressão.
- Pontos de referência do feto em relação à
pelve materna.

- ALTURA DA APRESENTAÇÃO: Planos de


De Lee - quanto mais alta (-), mais baixa (+).
Demonstra a descida da apresentação.

- POSIÇÃO: relação do dorso fetal com o


lado esquerdo ou direito da gestante. 1 - Apresentações cefálicas:

Apresentação -> cefálica fletida -> lambda.

- MANOBRAS DE LEOPOLD
Apresentação -> deflexão 1º grau ->
bregma

1ª: delimita-se o fundo de útero com


ambas as mãos. Avalia a situação fetal.

2ª manobra: tenta-se palpar o dorso fetal e Apresentação -> deflexão 2º grau -> raiz do
os membros, de um ou outro lado do nariz (glabela).
útero. Avalia a posição fetal.

3ª manobra: explora-se a mobilidade do


polo fetal que se apresenta em relação com
o estreito superior do trajeto. Realiza-se
movimentos de lateralização para precisar
o grau de penetração da apresentação na
bacia. Avalia a apresentação fetal. Apresentação -> deflexão 3º grau -> mento.
4ª manobra: palpação da pelve para tentar
reconhecer o polo cefálico ou pélvico, e,
assim, determinar a apresentação e a
penetração na bacia. Avalia a insinuação ou
altura da apresentação.

- VARIEDADE DE POSIÇÃO
2 – Apresentação pélvica:
Apresentação pélvica -> sacro.

- Pontos de referência da gestante

Dividir em anterior (pube – 12h) e posterior


(sacro – 6h), dividir em esquerdo e direito
com os respectivos quadrantes. Resultado:
4 quadrantes e 2 estruturas fixas, além de
E/D transversa. Feto tem que rodar para
12h (OP) e occipto é o ponto de referência.

- A rotação interna traz o ponto fetal de


referência para a frente, junto ao púbis (OP,
que é o objetivo) -> rotação anterior, para
realizar a deflexão no desprendimento. Se
feto roda para traz, faz rotação posterior
(ou sacra). A rotação é sempre no menor
caminho até OP e o grau de rotação varia - Manobras para liberação da cabeça
de acordo com a variedade de posição:
1 – Manobra de Bracht: desprendimento da
cabeça fetal realizado pela elevação do
dorso fetal em direção ao abdome
materno, com ajuda de pressão
suprapúbica feita por assistente.

OEA e ODA -> 45º em rotação anterior.

OET e ODT -> 90º.

ODP e OEP -> 135º em rotação posterior. 2 – Manobra de Mauriceau: feto é apoiado
sobre o antebraço do obstetra que introduz
os dedos médio e indicador na boca do feto
e puxa, fletindo o polo cefálico ao mesmo
que eleva o feto para a barriga da mãe.
50mmHg de intensidade. O que interfere
na sua duração é analgesia e a parturidade.

O que fazer? Manobra de Ritgen


modificada (proteção perineal) – fazer
resistência com uma mão e coma outra
impedir a deflexão rápida da cabeça fetal;
clampeamento tardio do cordão em
condições normais (1min-3min),
episiotomia seletiva (mais usada é a médio-
lateral, a mediada ai para o esfíncter anal).
- PERÍODOS CLÍNICOS

O que não fazer? Episiotomia de rotina e


manobra de Kristeller (aplicar pressão a
parte superior do útero).
- Presença de contrações uterinas rítmicas
e coordenadas com frequência 2-5/10min e
duração 45-60s. Dilatação do colo uterino
3-5cm e progressivo apagamento > 80%.
Termina com a dilatação total.
O que fazer? Ocitocina profilática 10U IM,
Contrações de Braxton-Hicks: de baixa
tração controlada do cordão, massagem
intensidade e incoordenadas
uterina após secundamento, revisão do
O que fazer? Deambulação, presença de canal do parto, episiorrafia/sutura de
acompanhante, ingestão de líquidos e lacerações.
ausculta feta (intermitente ou contínua).
O que não fazer? Tração intempestiva do
O que não fazer? Enteróclise, tricotomia, cordão.
toques vaginais desnecessários (em até 4h
Deslocamento “Sentral” da placenta.
ou se necessário), amniotomia de rotina.

- Inicia após a dilatação total (10cm) e


termina com a expulsão completa do feto.
A atividade uterina é máxima, ocorrendo
cerca de 5 contrações em 10min de até
- Também chamada de distocia funcional.

- Dilatação lenta do colo uterino, <1cm/h.


A curva da dilatação ultrapassa a linha de
alerta e, às vezes, a linha de ação.

Causa: contrações uterinas não eficientes


(falta de motor).
- Fase 1: miotamponagem – contração
uterina faz oclusão dos vasos miometriais.

- Fase 2: trombotamponagem – vasos são


obliterados por trombose vascular.

O que fazer? Observar sangramentos.

- PARTO CESÁREA

- Indicações absolutas: desproporção


céfalo pélvica, placenta prévia total, herpes
genital ativo, prolapso de cordão, morte
materna com feto vivo, falha imediata na
RCP, apresentação córnica ou defletida de
2º grau, cesárea anterior clássica,
obstrução do canal de parto, vasa pérvia,
ruptura uterina, apresentação pélvica
(eletiva), gemelar com primeiro não Conduta: deambulação, verticalização da
cefálico, gemelar monoamniótico, cicatriz gestante e, se necessário, prescrição de
uterina prévia corporal ocitocina venosa e amniotomia.

- Indicações relativas: gemelaridade,


apresentação pélvica, cesárea segmentar - Dilatação cervical sem alteração na
anterior. parturiente em fase ativa de trabalho de
parto. O diagnóstico é feito após 2 toques
consecutivos com intervalo > 2h.
- Deve ser aberto na fase ativa do TP, ou
seja, com dilatação >3-5cm e contrações Causa: desproporção cefalopélvica, não há
efetivas (2-3/10min de 40s), momento em progressão da apresentação no Plano de
que as linhas de atenção e ação devem ser De Lee.
traçadas.

- Triângulo = dilatação, vai aumentando na


diagonal. Linhas de alerta da dilatação,
indicam parada na evolução -> tomar
conduta; Círculo = apresentação cefálica,
vai abaixando de acordo com os Planos de
De Lee. Também informa variedade de
posição.

1 – PERÍODO DE DILATAÇÃO
Conduta: verticalização, deambulação e, se
necessário, prescrição de ocitocina venosa,
e amniotomia. Indicar cesárea?

2 – PERÍODO EXPULSIVO

- É o parto pélvico prolongado.


- Conduta: se a desproporção for absoluta
- Descida lenta da apresentação, embora
-> cesariana, se relativa -> individualizar e
dilatação completa.
avaliar cesariana.
- Causa: contrações uterinas não
- PARTO TAQUITÓCITO OU PRECIPTADO
eficientes.
- Dilatação e descida/expulsão ocorreram ≤
4h.

- Causa: útero hipercinético – espontâneo


ou por administração inadequada de
ocitocina. Pode causar sofrimento fetal,
traumatismo e laceração do trajeto.

- Conduta: verticalização da paciente,


deambulação, prescrição de citocina
venosa, realização de amniotomia e
considerar uso de fórceps.

- Falta de progressão (descida ou rotação)


quando essa fase do parto dura > 3h em
nulípara e > 2h em multípara. O diagnóstico
é feito por altura igual após 2 toques
consecutivos com intervalo > 1h.

- Causa: desproporção cefalopélvica.


estar no momento adequado pelo
tamanho.

- PREDIÇÃO:

- USG do colo uterino: o colo uterino é


curto entre 15-25mm:

 Se ausente FR, rastreamento por


USG com cervicometria entre 18-
24 semanas -> se < 20mm usar
progesterona vaginal em dose 100-
200mg/dia.
 Se presente FR, antecipar USG com
cervicometria para 16-24 semanas
e se colo < 25mm -> progesterona
vaginal.

- Fibronectina fetal (liberada pela matriz


extracelular quando há ruptura na interface
uteroplacentária -> alto valor preditivo
negativo, principalmente em pcts
sintomáticas após 22-24 semanas.

- PREVENÇÃO: repouso, abstinência sexual,


tto da vaginose bacteriana assintomática
(Metronidazol), cerclagem uterina -> não é
indicada para tto de colo curto como
achado de USG, mas sim em caso de
incompetência cervical com história
clássica (antecedentes de abortamentos
tardios, parto prematuro precoce, dilatação
cervical indolor) -> feita entre 12-16
semanas de gestação.

PROGESTERONA via vaginal a partir de 16


semanas até o termo ou parto, indicada
para pcts com história de abortamento
- Parto entre 20-22 semanas e antes de 37 tardio após 16 semanas ou parto
semanas, principal causa de mortalidade prematuro espontâneo.
perinatal. Colo curto OU história de parto prematuro
- FR: -> PROGESTERONA. Colo curto + história de
parto prematuro -> PROGESTERONA +
CIRCLAGEM.

- TRABALHO DE PARTO PREMATURO

Polidramnia: útero muito grande e entra


em trabalho de parto precoce, achando
- FR: similares aos da prematuridade.

- DIAGNÓSTICO: anamnese + exame físico


(saída de líquido claro pelo orifício externo
do colo ao exame especular), pH vaginal >
6-6,5 (líquido amniótico é básico entre 7,1-
- TOCÓLISE: o seu objetivo é inibir (e não 7,3), teste da cristalização (observação feita
prevenir) o trabalho de parto prematuro e, do liquido ao microscópio do padrão em
com isso, ganhar tempo para fazer “folha de samambaia” – forte indicativo de
corticoterapia. presença de líquido amniótico), USG (nem
- Nifedipina: pode ser considerado de 1ª sempre diminuição do líquido é ruptura),
escolha, mas é hipotensor e não deve ser proteínas identificadas pelo swab - PAMG-1
administrado para pct cardiopata. e IGFBP (são intrauterinas).

- Antagonista de ocitocina: usado em - CONDUTA:


substituiçao para pct que não pode  Se infecção vigente: ATB (Ampi +
nifedipina e tem menos efeitos colaterais, Genta) e parto vaginal imediato. Só
porém é mais caro. é indicada cesariana se sofrimento
- Sulfato de magnésio: neutroproteção (24- fetal, feto < 2kg ou história de pelo
32 semanas), como tocolítico não é menos 2 cesarianas prévias.
eficiente

- Indometacina: risco de fechamento do


canal arterial, não usar >32 semanas.

- Salbumatol e terbutalina: geram


taquicardia, tremores e náuseas. Pouco
usados na prática atual.

- CORTICOTERAPIA: feita para maturação


pulmonar fetal se RPMO acontecer entre Se for indicada cesariana, proteger a
24-34 semanas, com Betametasona cavidade com compressas para reduzir
(1x/dia) ou Dexametasona (2x/dia) – contaminação bacteriana intraperitoneal.
benefício a partir de 48h de administração, Lavar cavidade, suturas com pontos
reduzindo: separados, inclusive no útero infectado.

 Sem infecção e > 34 semanas:


profilaxia para GBS e parto.
 Sem infecção e < 34 semanas:
conduta conservadora para evitar
prematuridade -> internação
hospitalar, corticoterapia e ATB de
latência (Ampicilina e Azitromicina
e depois passa para Amoxicilina
por 7 dias).
- Ruptura das membranas após 20
RESUMO ATB: 1 – Profilaxia para sepse
semanas e antes do início do trabalho de
neonatal precoce -> Penicilina Cristalina em
parto. Se acontecer > 34 semanas, não
casos de prematuridade, tempo de bolsa
precisa fazer corticoterapia e sulfato de
rota > 18h, entre outros; 2 – Aumentar o
magnésio.
período de latência até o parto (não
recomendado pela Frebasgo e cada vez - Metilergometrina é contraindicada em
menos frequente); 3 – Tto corioamnionite pcts HAS e pode-se usar ácido tranexâmico
(Clindamicina + Gentamicina). em pcts HAS e HIV+.

QUESTÕES - Piora das contrações em longo TP +


desconforto em baixo ventre + hemorragia
- Nascimento pré-termo (22-37 semanas) e
vaginal + útero amolecido – perda da
a termo > 37 semanas. Em relação ao peso
capacidade de contração (sem conseguir
para a idade, se < percentil 10 = pequeno
avaliar BCF e apresentação = pensar em
para IG e podem ser classificados como
ruptura uterina -> laparotomia imediata.
proporcionais (altura e perímetro cefálico
em percentis semelhantes ao do peso) ou - Geralmente abre-se o partograma quando
desproporcionais (discrepância). a gestante entra na fase ativa da dilatação.
A linha de alerta é traçada após a 1ª
- A cesárea é a melhor opção para
dilatação registrada e a linha de ação 4h
multípara em TP com feto em apresentação
depois.
pélvica (indicação relativa). Se fosse fazer o
parto vaginal, realizar manobra de Bracht. - A dilatação cervical nas multíparas tem
velocidade média de 1,5cm/h.
- Para o desprendimento do polo cefálico é
necessária a deflexão da cabeça fetal. - Distócia de hipoatividade: a) primária:
desde o início do TP; b) secundária: início
- As contrações uterinas no início do TP
normal e torna-se lento ou para de evoluir -
têm um tríplice gradiente descendente.
> conduta é amniotomia, estimula
- Em pct com suspeita de corioamnionite liberação de PG, aumentando a
em TP, está indicada ATB e assistência ao TP contratilidade uterina
e puerpério.
- Mecanismo trabalho de parto: insinuação
- A ausculta do BCF na fase ativa da ou descida -> flexão (pela resistência na
dilatação é feita a cada 30min, descida) -> rotação interna (busca colocar
independente do risco. occipício contra púbis materno) ->
extensão -> desprendimento da
- As desacelerações tardias associam-se à apresentação -> rotação externa.
diminuição do pH fetal e maior
morbimortalidade perinatal. - Para que ocorra o nascimento via vaginal
o feto deve estar em posição fletida ou em
- Gestante em pré-natal de risco habitual e face (deflexão de 3º grau). As posições de
COVID leve – isolamento, medidas de bregma e fronte (deflexões de 1º e 2º
suporte, orientações escritas sobre sinais graus) não permitem sua passagem ->
de gravidade, monitorização da evolução cesariana.
dos sintomas pela equipe de saúde.
- Indicação de episiotomia -> sofrimento
- Gestante HIV+: fetal (bradicardia no período expulsivo),
 CV >1000 cópias ou desconhecida especialmente no uso de fórceps. Pode ser
– cesárea eletiva após 38 semanas mediana (da fúrcula ao ânus), médio-lateral
e AZT IV 3h antes do (direita ou esquerda, preservando esfíncter
procedimento; anal e reduzindo chance de incontinência).
 CV < 1000 - parto vaginal e AZT Outras indicações de episiotomia:
até clampeamento do cordão. utilização de fórceps, risco de laceração
 CV indetectável após 34 semanas - grave, distocia biacromial.
parto vaginal sem AZT IV.
- Conjugata diagonalis mede 12cm (única materna ou ganho de peso excessivo na
medida clinicamente) é 1,5cm maior que a gestação, parto vaginal assistido (ex: uso de
conjugata obstétrica (vera), espaço real fórceps). Conduta imediata – gestante na
onde o feto deverá passar. posição de 4 apoios.

- Fórceps: usado para apreender a cabeça - Distocia: qualquer perturbação por


fetal e extraí-la através do canal de parto, alguma alteração nos fatores do parto: 1 –
indicado principalmente na parada de contratilidade uterina = distocia funcional;
progressão no final do 2º estágio do parto. 2 – objeto = distocia fetal; 3 – trajeto =
Critérios de aplicação – dilatação total, distocia de trajeto.
bolsa rota, descartar proporção
Identificação de distocia pelo tamanho
cefalopélvica, a partir de +2 de De Lee,
fetal (preferencialmente antes do TP):
identificação da variedade de posição,
altura uterina > p95 para IG; edema
esvaziamento de bexiga e analgesia. 1 –
suprapúbico e MMII SEM insinuação do
Fórceps de Simpson: de alívio, realiza
polo cefálico no estreito superior da bacia;
rotações pequenas (até 45°) – indicado
estimativa de peso (> 4kg atrapalha); prova
para parto cefálico; 2 – Fórceps de Kielland:
de TP – parada secundária de dilatação
de rotação, tem tração e usado na posição
pelo partograma.
transversa; 3 – Fórceps de Piper:
apresentação pélvica. - Manobra de versão cefálica externa
(VCE): tem sucesso em 2/3 dos casos e
- Assinclitismo de Litzmann: movimento de
reduz em 50% o risco de parto cesáreo,
inclinação lateral na descida simultânea
visa que feto pélvico passe para
dos 2 ossos parietais. A inclinação
apresentação cefálica por manipulação do
exagerada pode levar a distocia. 1 –
abdome materno, feito antes do TP ser
anterior (Nagele): parietal anterior desce 1°
iniciado.
e sutura sagital fica mais próxima do sacro;
2 – posterior (de Litzmann): parietal - Parto com sinais de sofrimento fetal e
posterior desce 1° e sutura sagital mais feto já progrediu até +2, usar vácuo
próxima do púbis. extrator ou fórcipes. No cardiotoco,
desacelerações tardias > 50% das
contrações (sofrimento).

- A flexão reduz em 4cm o diâmetro de


- TP ativo: contrações ritmadas a partir de
passagem pelo polo cefálico pelos estreitos
5m de dilatação (antes disso é fase
da pelve materna.
latente).
- Distocia de ombros: sinal da tartaruga –
- Parto induzido, multiparidade e parto
visualização da retração da cabeça fetal
taquitócito são FR para hemorragia pós-
contra o períneo materno, durante
parto.
contrações. FR presentes: peso elevado ao
nascimento e macrossomia, DM, distocia
prévia, parto pós-termo, obesidade
- A passagem da maior circunferência fetal
p/ estreito superior da bacia é a insinuação.

- Indicar cesárea imediata se gravidade


materna e BCF > 160bpm.

- Sinal de Sludge: sinal de USG de agregado


espesso de partículas no líquido amniótico
- Manobra de Mac Roberts é a 1ª usada no
próximo ao orifício interno do colo uterino
caso de distocia de ombros (vácuo-extrator
-> preditivo de prematuridade.
não é usado).
- Feto cefálico, dorso à esquerda e sutura
- Medidas de predição e prevenção de
sagital na eminência íleo-pectínea = OEA.
prematuridade são difíceis de serem
instituídas por sua etiologia multifatorial. - Lacerações perineais:
- Prematuridade terapêutica: PT por 1º grau: pele e mucosa.
complicações obstétricas ou maternas (25%
dos casos). 2º grau: lesão de pele, mucosa e músculos
transverso superficial do períneo e
- Taquissistolia: > 5 contrações em 10min. bulbocavernoso.
- A primo-infecção herpética no 3º T e a 3º grau: esfíncter externo do ânus.
presença de lesões herpéticas ativas em
gestante são indicações de parto cesáreo. 4º grau: esfíncter interno do ânus e mucosa
retal.
- O principal exame para predizer
prematuridade é USGTV com medição do - Salbutamol: evitar seu uso pelos efeitos
colo cervical, pode-se usar também teste colaterais em caso de cardiopatia, edema
da fibronectina fetal, interleucinas (IL-6 e agudo de pulmão, hipertireoidismo e DM.
IL-8) e hormônio liberador de corticotrofina - Insuficiência istmo-cervical (IC) – é a
(CRH). Progestogênios não se relacionam à incapacidade de o colo uterino manter uma
predição do parto pré-termo. gravidez no 2º T, mesmo sem evidência de
- Não há diferença nos resultados TP. Dilatação cervical indolor e progressiva
perinatais nem redução da incidência de = diagnóstico clínico de incompetência
asfixia nos partos com episiotomia seletiva istmo-cervical, na 2ª metade da gestação
x episiotomia de rotina, por isso ela não é em diante. Pode ser idiopática, fraqueza
indicada de rotina. por procedimento anterior (conização,
dilatação cervical e curetagem). Pela
- Corticoide não deve ser administrado em clínica, > 2 perdas consecutivas no 2ºT,
casos de corioamnionite, mesmo que partos extremamente prematuros com
IG<31. sintoma leve, no máximo. Pelo exame
físico, 14-27 semanas com colo dilatado e
- Atosibana (antagonista da ocitocina) e
apagado, sem contrações ou com
Nifedipina (BCC, inibe contração céls
contração fracas e irregulares (que não
miometriais) são os tocolíticos de
justificam a dilatação), além de membranas
preferência atualmente, por sua alta
prolapsadas ou rompidas. No USG seriado,
efetividade e menores efeitos colaterais.
comprimento cervical < 25mm antes de 24
- Durante o 1º período, toque vaginal deve semanas, fazer USGTV 18-24 semanas. A
ser realizado a cada 4h no trabalho de conduta é cerclagem a princípio pela via
parto que evolui fisiologicamente. vaginal, entre 12-16 semanas. Se o
diagnóstico acontecer até 25ª semana (tem - Convulsões em gestante com pré-
questão com gabarito até 24 semanas) = eclâmpsia.
cerclagem de resgate ou emergência, pode
associar progesterona e tocólise se início
de TP entre 24-34 semanas. Fora do - Surgimento de hipertensão sem
período gestacional, a proteinúria após 20 semanas.
histerossalpingografia com biópsia (na fase
lútea) é o melhor exame para diagnóstico
de IC, pois avalia a presença de - Hipertensão agravada por pré-eclâmpsia.
insuficiência de corpo lúteo.

- Estreito superior da pelve: saliência do


promontório e borda superior do corpo e - Hipertensão presente antes da gestação
da sínfise púbica. OU de 20 semanas, sem proteinúria.

- Na apresentação cefálica fletida, o


diâmetro da cabeça é subocciptobregático.
- FR:
- Índice de Bishop:

Se ≤ 6 = misoprostol, colo uterino não está


ponto para TP. Cesárea prévia contraindica
misoprostol, pode ser feita indução com
sonda de Foley em colo e cavidade uterina.

Se > 6 = ocitocina.

- FISIOPATOLOGIA: as artérias espiraladas


do útero são vasos de grande resistência,
entre a 6-12ª semana e 16-20ª semana,
ocorrem 2 ondas de invasão trofoblástica
para diminuir essa resistência e aumentar o
fluxo sanguíneo (art. uteroplacentárias).

Se a 2ª onda não ocorre de forma


OBS 4 – DOENÇAS INTERCORRENTES NA adequada (até 20ª semana, por isso
GESTAÇÃO proteinúria) -> placentação anormal. Há
aumento da resistência ao fluxo sanguíneo
AULA 01 – DISTÚRBIOS HIPERTENSIVOS
-> ↑ PA -> isquemia -> lesão endotelial ->
liberação de substâncias vasoativas e
tromboxano (redução de prostaciclina =
- CLASIFICAÇÃO
vasodilatadora) -> piora da resistência
vascular periférica. Tudo isso pode levar a
insuficiência placentária, sofrimento fetal
- Surgimento de hipertensão e proteinúria crônico, CIUR.
após 20 semanas.
PROTEINÚRIA (diminui mais a pressão
osmótica).

O espasmo arteriolar gera tamponamento


do vaso e aumento da permeabilidade
vascular -> perde líquido para 3º espaço
(edema).

Resumo

Outras teorias:
- DIAGNÓSTICO
- Má placentação: resposta imune
PRÉ-ECLÂMPSIA
deficiente aos antígenos paternos.

- Estresse oxidativo: produção de radicais


livres por hipóxia.

- Suscetibilidade genética: polimorfismos


genéticos.

- REPERCUSSÕES SISTÊMICAS

Esses achados denotam gravidade, não


precisa proteinúria para diagnóstico.

ECLÂMPSIA

HIPERTENSÃO GESTACIONAL

Endotélio glomerular inflamado e perde


sua capacidade de filtração, reduzindo a Se não melhorar no puerpério, reclassificar
TFG e elevando o ácido úrico -> para hipertensão crônica prévia à gestação.
HIPERTENSÃO CRÔNICA 3 – Trombocitopenia (LP): plaqueta
<100mil.

Não é necessário PE (hipertensão e


proteinúria) prévia à síndrome HELLP, são
PRÉ-ECLÂMPSIA SOBREPOSTA coisas diferentes.

- TRATAMENTO

- Não têm LOA, tratar da mesma forma ->


conduta conservadora até o termo,
observar sinais de gravidade maternos e
fetais. Não fazer anti-hipertensivo (mascara
sinal de gravidade).

- CLASSIFICAÇÃO PRÉ-ECLÂMPSIA
- Prevenção e tto das convulsões, Pritchard
é o mais usado.

- Intoxicação por sulfato de magnésio:


perda dos reflexos profundos, depressão
respiratória e parada cardíaca. Como
avaliar?

- Iminência de eclâmpsia: distúrbios


cerebrais (cefaleia, torpor, obnubilação), Diurese (< 25ml/h) indica risco de
distúrbios visuais (estocomas, turvação intoxicação, não é sinal de intoxicação. Não
visual, diplopia) e dor epigástrica. precisa suspender sulfato por isso. Reflexo
abolido ou FR < 16-12 = suspender sulfato e
usar antídoto = GLUCONATO DE CÁLCIO.

- Redução da hemorragia cerebral.


1 – HEMÓLISE (h): esquizócitos (céls. em
capacete), BT ≥ 1, 2 (as custas de BI) e LDH
> 600.

2 – Elevação de enz hepáticas (EL): TGO - TTO agudo: Hidralazina IV, Nifedipina VO.
≥70.
- TTO crônico: Metildopa, Hidralazina e - DMG: intolerância à glicose iniciada na
Nifedipina. gestação.

- DM pré-gestacional: gestação em pcts


com DM 1 ou 2.
- Tratamento definitivo, nunca é imediato
(geralmente espera 4h para estabilizar). - CLASSIFICAÇÃO

Priscilla White - Prognóstico gestacional

- Tentar conduta estabilizadora até IG < 34


semanas, desde que gestante e feto
estáveis. Se > 34 semanas = interromper Há
risco materno e baixo benefício fetal).

- TTO: parto independente da IG, após


estabilização da pct.

- FR:
- TTO: mesma conduta da eclâmpsia. Pode
ser conservadora para maturação
pulmonar se gestante estável. Pode
complicar com hematoma na cesariana,
rotura hepática e piora no puerpério
imediato.

- PREVENÇÃO PRÉ-ECLÂMPSIA

- Apenas para populações de alto risco


(história pessoal de PE), gestação múltipla, - FISIOPATOLOGIA: feto prefere glicose e
HAS, DM, DR, LES, SAF. aminoácidos, há produção de hormônios
contra-insulínicos (lactogênio placentário,
E, P, cortisol) -> glicose circula por mais
tempo para chegar até o feto (difusão
facilitada) e gestante tem que quebrar
lipídios.
AULA 02 - DMG
Pâncreas aumenta secreção de insulina
para compensar a resistência periférica e,
se ele consegue fazer isso de forma eficaz =
normoglicemia. Caso contrário = DMG.

- DIAGNÓSTICO

Glicemia de jejum na 1ª consulta pré-natal:

≥ 92 e < 126 (até 125) = DMG confirmado.

≥ 126 ou TOTG 75g 2h ≥ 200 = DM pré-


gestacional.

< 92 = normoglicemia, TOTG 24-28


semanas. Se GJ ≥ 92 ou G1h ≥ 180 ou G2h ≥
153 = DMG.

- COMPLICAÇÕES

- Para MS, se pré-natal começar entre 20-


28 semanas -> TOTG entre 24-28 semanas,
se começar > 28 semanas -> TOTG
imediato. Se não houver disponibilidade
Polidramnia – diurese hiperosmolar fetal. técnica ou financeira, GJ entre 24-28
semanas.

- CONDUTA:

- Controle glicêmico pré-concepcional (↓


risco de abortamento e malformações).
- Controle glicêmico durante gestação -> Manobra de McRoberts: começa por ela
dieta, atividade física, insulina. (manobra de 1ª linha)

Ganho de peso de acordo com IMC:

Atividade física: 20-30 min/dia, na maioria


dos dias (caminhada, natação, yoga).

Insulinoterapia: falha em manter glicemia Pressão suprapúbica/Rubin I: manobra de


adequada com dieta e exercícios, jejum ≥ 1ª linha.
95, G1h ≥ 140 e G2h ≥ 120.

Dose inicial: NPH 0,5 U/Kg, 2/3 pela manhã


e 1/3 à noite.

Parto

- Se tto com dieta e exercícios: aguardar


até 39-40 semanas.

- Se tto com insulina: antecipar para 38-39


semanas ou se tiver sofrimento fetal.

- Via de parto é obstétrica, considerar


cesárea se peso fetal 4-4,5Kg. Manobra de Woods/Rubin II: “saca-rolha”.

Pós-parto:

- DMG com insulina: suspender insulina


pós-parto e TOTG 75g entre 6-12 semanas
no pós-parto.

- DM2: retornar para hipoglicemiantes


oral.

- DM1 com uso de insulina: retornar à


dose utilizada anteriormente ou metade da
dose do fim da gestação.

- DM diagnosticado na gestação: Manobra de Jacquemier: muda o diâmetro


individualizar tto de acordo com HGT pós- para axilo-acromial
parto.

DISTÓCIA DE ESPÁDUAS: diâmetro


biacrominal maior em feto com mãe
diabética.
AULA 02 – GEMELARIDADE

- Dizigótica (fraterna): ovulação e


fertilização de 2 ovócitos diferentes, só
podem resultar em placentação dicoriônica
e diamniótica, sexos diferentes.

- Monozigótica (idêntico): único ovócito,


com divisão subsequente e diferentes tipos
de placentação de acordo com o período
de divisão (quanto mais precoce, -
Manobra de Gaskin estruturas são compartilhadas).

- Corionicidade: número de placentas –


monocoriônica ou dicoriônica.

- Amniocidade: número de membranas


amnióticas – diamniótica, monoamniótica.

Manobra de Zavanelli: manobra de 3ª linha

- Gestação dizigótica (2/3) -> dicoriônica e


diamniótica.

- Gestação monozigótica (1/3):

- FR: drogas indutoras de ovulação, HFAM,


idade materna, reprodução assistida, raça
negra, multiparidade.

- DIAGNÓSTICO: USG 1º T -> identificação


da corionicidade e amniocidade.
Dicoriônica: dois sacos gestacionais e entre as circulações placentárias gera um
placentas, sexos diferentes (dizigótica). desequilíbrio: feto doador – hipovolemia,
oligúria, CIUR e oligodramnia; feto receptor
– hipervolemia, poliúria, polidramnia,
hidropisia.

1 massa placentária visualizada: mono ou


di. Sinal do Lambda ou sinal do Y ->
Dicoriônica (2 membranas saem de 2
placentas), membrana mais grossa entre os
fetos.

O diagnóstico é por USG pela divergência


acentuada de líquido amniótico nas 2
cavidades: bolsão > 8cm no receptor e
<2cm no doador. O tto é com amniocentese
seriada ou laserfetoscopia.

- PARTO: depende da apresentação e peso


Sinal do T -> monocoriônica diamniótica,
fetal (1,5-3,5kg). F1 e F2 CEF -> vaginal. F1
membrana mais fina entre os fetos.
não cefálico -> cesariana. Pesos
concordantes ou F2 < F1 -> vaginal. Se F2 >
F1 (25%, se > 0,5Kg) -> cesariana.
Monocoriônico (clampeamento imediato).

- Di/di = 38 até 38 + 6; Mono/diamniótico


= 36 até 36 + 6; Mono/mono = 32-34.

QUESTÕES
- COMPLICAÇÕES
- A situação de maior morbimortalidade na
Obstétricas:
gemelaridade é a gestação monozigótica e
monocoriônica.

- A principal complicação da gemelaridade


é a prematuridade.

- Colisão fetal = feto A em apresentação


Fetais específicas pélvica e feto B em apresentação cefálica.

- Peso fetal estimado (PFE): < p10 e > p90 =


inadequado.

- Gestação gemelar dicoriônica é também


diamniótica.
SÍNDROME DA TRANSFUSÃO FETO-FETAL
- Frequência gêmeos monozigóticos 1:250,
- Acomete os gêmeos monocoriônicos,
gêmeos dizigóticos 1:80 gestações.
principalmente diamniótico, a comunicação
- Complicação específica da gemelaridade - Em gestação a termo com elevação da
monocoriônica: 1 – STFF (mais comum nas pressão está indicado o parto vaginal, na
diamnióticas); 2 – feto acárdico (exclusivo ausência de contraindicações.
das amnioamnióticas); 3 – fetos
- Pct com HELLP tem plaquetopenia ->
conjugados.
contraindica raquianestesia (risco de
- Nos casos de STFF, a bexiga vazia no feto hematoma peridural), sendo essencial
doador e cheia no feto receptor reforça o solicitar hemograma e optar por anestesia
diagnóstico. geral se plaquetopenia (<50mil).

- Gestação monocoriônica diamniótica –


orientar sobre risco de prematuridade pela
gestação múltipla.

- Pós-parto imediato de DMG: dieta geral e


suspensão da terapêutica hipoglicemiante,
sem controle de glicemia.

- Pensar em insuficiência placentária


diante da diminuição da necessidade de
insulina no 3º trimestre. O lactogênio
placentário aumenta a resistência materna
à insulina para auxiliar no crescimento
fetal.

- Hiperinsulinismo fetal é FR de hipertrofia


do septo interventricular cardíaco,
tocotraumatismo (associado a
macrossomia e maior possibilidade de
distocia), dç de membrana hialina,
policitemia, hipoglicemia, macrossomia,
hipoxemia.

- As gestantes com DM devem monitorizar


a glicemia capilar em 4-6 momentos do dia.

- Avaliação do crescimento fetal por US


obstétrica deve ser realizada mensalmente,
a partir de 24 semanas, na DMG. Se
complicações vasculares maternas, o
doppler umbilical deve ser realizado a
partir da 26 semana.

- Pode-se solicitar novo TOTG para IG 31


em pct que não fez na época

- Nitroprussiato de sódio pode ser usado


no edema agudo de pulmão e hipertensão
grave refratária, por no máximo 4h.

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