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Distócias

Vitor Bastos Jardim


Ginecologista e Obstetra
CRM-MG 66.726 / RQE 44.623
Pelve Materna
Distócia

Parto difícil!
Distócia

1. Discinesias uterinas: contrações uterinas podem ser


insuficientes ou descoordenadas para que ocorram o
apagamento e dilatação do colo/ Puxos ineficazes.

2. Anormalidades da apresentação, posição ou


desenvolvimento do feto

3. Anormalidade do esqueleto pélvico materno - vício pélvico

4. Anormalidades dos tecidos moles do trato reprodutivo for-


mando um obstáculo à descida do reto
Distócia

• Período de latência (fase latente do TP): levam à mínima


dilatação cervical

• Fase ativa não ocorre antes dos 6 cm em multíparas

• Nulíparas levam em média 2,2h para a dilatação total após 6


cm

A dilatação cervical NÃO É LINEAR!!!


Diagnóstico

• Verificar se está na fase ativa

• Pelo menos 5 cm de dilatação

• < 0,3 a 0,4 cm/h

• Se estiver com 8cm, < 0,7 cm/h


Diagnóstico

• Perguntas:

1. As contrações estão adequadas?

2. Há posição ou apresentação anômala?

3. Há DCP, levando a suspeitar de macrossomia ou pelve


estreita?

4. Há comorbidades que interferem na escolha


terapêutica?
Distócia de ombro

• É a falha da liberação do ombro fetal, após o


desprendimento do polo cefálico, exercendo-se uma
gentil tração para baixo.

• Precedido pelo “sinal da tartaruga”.

• Fatores de risco: DMG, obesidade materna, pós-


datismo, macrossomia, baixa estatura materna, feto
masculino e vício pélvico.

• DMG: Glicemia de jejum ≥ 92; TOTG ≥ 153 mg/dL.


Distócia de ombro

Mnemônico ALEERTA

A – Ajuda

L – Levantar as pernas: Manobra de McRobert (sozinha resolve mais de 40% dos


casos)

E – Externa: pressão suprapúbica

E – Considerar possibilidade de episiotomia

R – Remoção do braço posterior

T – Toque, manobras internas

A – Alterar posição da paciente


Distócia de ombro
L – Levantar as pernas
Distócia de ombro
• Alinhamento vertical da pelve
• Rotação cefálica da pube
• ↓ lordose lombar e retificação do
promontório
• Giro da sínfise púbica sobre o ombro
impactado
• Flexão da coluna fetal e queda do
ombro posterior na concavidade do
sacro
• Direção da força perpendicular ao plano
de saída
• Aumento da força expulsiva
Distócia de ombro
E – Externa
Distócia de ombro
R - Remoção
Distócia de ombro
T – Toque: manobras internas
Distócia de ombro
T – Toque: manobras internas
Distócia de ombro
A – Alterar posição
Parto em OS (occípitossacro)

• Incidência no termo 5-10%

• Verticalização - pode auxiliar


na rotação espontânea para
OP
Parto em OS

5 POSSIBILIDADES NO “OS” PERSISTENTE:

• Parto espontâneo - em até 45%


casos
• Rotação manual com parto vaginal
• Parto assistido a vácuo
• Parto assistido a fórceps
• Parto cesariana
Parto em OS

Notar que o feto promove uma deflexão!


Apresentação composta

• Enquanto o trabalho de parto progride normalmente,


nenhuma atitude é necessária

• Se o braço estiver impedindo a descida, deve-se


suavemente elevá-lo e a cabeça deve ser
simultaneamente manipulada para baixo
Prolapso de cordão umbilical

• Verdadeira emergência obstétrica!!!

• Compressão do cordão entre a apresentação fetal e pelve


materna, podendo levar a morte

• Identificação rápida e medidas de emergência

• Diagnóstico: inspeção visual ou toque vaginal


Prolapso de cordão umbilical

Conduta:

1) Elevar a apresentação fetal para fora da pelve – colocar uma mão


na vagina com força, mas com cuidado;

2) Posicionar a gestante em Trendelemburg ou posição genupeitoral;

3) Contraindicado redução do cordão umbilical;

4) Se houver demora, envolva o cordão em compressa morna úmida.


Referências

• ALSO Brasil, 2018


• Rezende obstetrícia / Carlos Antonio Barbosa
Montenegro, Jorge de Rezende Filho. - 13. ed. - Rio de
Janeiro : Guanabara Koogan, 2017.
OBRIGADO!

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