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Parto Natural
- Realizado sem qualquer tipo de intervenção durante ou após o parto.
- O médico e sua equipe acompanham o procedimento, mas não há nenhuma interferência.
- O trabalho de parto pode durar horas - até 12 horas - respeitando o tempo da mãe e do bebê.
Parto Transvaginal
- Parto realizado via vaginal
Parto Normal
- Parto dentro do esperado, podendo ser transvaginal ou cesárea
- Parto com a presença de algumas intervenções (anestesia, peridural, episiotomia, aplicação de
ocitocina, colocação de acesso intravenoso, uso de instrumentos como fórceps, vácuo-
extração).
Cesárea
- Parto com presença de intervenção.
- Recomendada quando as circunstancias naturais não são favoráveis ao bem estar materno e
fetal. Ex:
- Desproporção céfalo pelvica,
- Posição fetal
- Placenta prévia
- Infecções e HIV
- Descolamento prematuro da placenta
- Duas ou mais cesáreas anteriores
- Sangramento
- Prolapso de cordão
- Ruptura da vasa prévia
PARTO
1. TRAJETO canal de parto representado pela bacia óssea (caracteristicas do canal de parto)
2. MOTOR força que impulsiona o feto através do canal de parto (dinâmica uterina)
3. OBJETO feto que irá atravessar o trajeto.
Parto pode ser:
* Parto Eutócico
- É um parto que evolui de maneira normal sem necessidade de intervenção médica.
- O feto encontra-se em posição fetal cefálica e flexionada e a sua saída é vaginal.
- Ocorrem contrações uterinas rítmicas e coordenadas, modificação e dilatação do colo do
útero e descida do bebé através do canal de parto.
* Parto Distócico
- Requer intervenção médica: a identificação de distocias é feita pela observação da dilatação
cervical e descida da apresentação.
- Ocorre contrações uterinas ineficientes, sem progressão do parto.
- Pode ocorrer atresia, bloqueio, limitação na sequencia do trabalho de parto.
2. MOTOR (FUNCIONAL)
- Anomalias na contratilidade:
MECANISMO DO PARTO
- Conjunto de movimento ativo e passivo do bebê durante a passagem no canal.
Relações Uterofetais
* Situação Fetal
- Relação entre o maior eixo da cavidade uterina e o maior eixo fetal
- O mais comum é longitudinal ou cefálica = 96,5%
* Posição Fetal
- Pode ser direita ou esquerda
- Serve para saber onde procurar o BCF
- Posição esquerda é a mais comum
* Variações na Apresentação Fetal
OBS: apresentação fetal defletida de 2º grau ou de fronte é a menos comum. Alto risco
* Apresentações Cefálicas
O.S - occipitossacra
O.P - occipito púbiano
OBS: a apresentação cefálico occipito-pubico (OP) é a variedade de posição mais adequada para
o feto nascer.
Tempos do Mecanismo de Parto
1- Insinuação
- Passagem da maior circunferência (zero De Lee) da apresentação pelo estreito superior da
bacia.
- Para que se processe a insinuação é necessário que ocorram a flexão cefálica e o assinclitismo.
- Movimento acessório: flexão
* Assinclitismo - movimentos de lateralizacao da cabeça fetal para tentar passar pela bacia.
2- Descida ou Progressão
- Continuação da insinuação em que a cabeça penetra no estreito médio da bacia.
- Planos 0, +1,+2,+3... DeLee
- Movimento acessório: rotação interna.
* Rotação Interna - movimentos de rotação feitos pelo feto visando adaptar a apresentação
aos estreitos da bacia.
- Linha de orientação fetal (sutura sagital) passa do diâmetro transverso ou um dos oblíquos do
estreito superior para o diâmetro antero-posterior do estreito inferior.
- Ponto de referencia fetal (lambda) voltado para o pube ou sacro.
3- Desprendimento
- Terminado a rotação interna, com a cabeça fletida, toma-se ponto de apoio (hipomóclio) a
sínfise púbica, deslizando ao redor dela em forma de arco.
- Seu desprendimento se faz por extensão e deflexão (usa o púbis como alavanca)
- Movimento acessório: deflexão.
* Restituição ou Rotação Externa da Cabeça - a cabeça sofre novo movimento de flexão, pelo
seu próprio peso, voltando o occipital para o lado onde se encontrava na bacia.
* Rotação interna das espáduas - ao chegarem ao assoalho pélvico, as espáduas também
sofrem movimento de rotação.
* Despreendimento das espáduas - passagem das espáduas e pelve fetal através do orifício
vulvar. Para libertar o ombro posterior, o tronco sofre flexão lateral. Com a progressão em
direção a saída, despreende-se a espádua posterior.
1.Período de Dilatação
- Contrações rítmicas até completar 10cm de dilatação
- Pressão da apresentação
- Aumento da pressão hidrostática da bolsa amniótica
- Esvaecimento ou apagamento do colo
Trabalho de Parto
- Contrações
- Dilatação > 5cm
- Apagamento cervical
- Ruptura da bolsa
2.Período Expulsivo
- Inicia-se com a dilatação total (10cm) do colo do útero e se encerra expulsão do feto.
- Quando atingida a dilatação máxima, a mulher deve iniciar a força para a descida da
apresentação fetal, realizar movimentos de empurrar e mantendo a respiração controlada.
- Nesse período, a descida do polo cefálico é classificada em fase cefálica e pélvica.
- Considerando os planos De Lee:
-- Fase Cefálica: apresentação esta ACIMA do plano +3 de De Lee
-- Fase Pélvica: apresentação esta ABAIXO do plano +3 de De Lee.
OBS: Para as mulheres primíparas, a expulsão dura cerca de 50 minutos; já para as mulheres
multíparas, cerca de 20 minutos.
4.Período Greenberg
- Inclui-se a primeira hora após o parto.
- É de extrema importância pois há ocorrência de fenômenos para estabilização materna:
* Contração fixa: o útero adquire maior tônus e assim se mantem auxiliando no retorno do
útero ao estado pré gravídico.
COMPREENDER O PARTOGRAMA (HISTÓRICO/UTILIZAÇÃO)
Partograma permite:
1. Acompanhar a evolução
2. Documentar
3. Diagnosticar alterações
4. Indicar a tomada de condutas apropriadas
5. Evitar intervenções desnecessárias
Identifica-se:
- Dilatação cervical ▲ ou X
- Altura da apresentação fetal O
- Batimentos cardíacos fetais (taquicardia/ bradicardia)
- Dinâmica uterina - número e intensidade de contrações
■ contração forte: > 40’’
◪ contração moderada: 20 - 39’’
□ contração fraca: 1 - 19’’
OBS: o número de quadrados pintados = quantidade de contrações por segundos.
COMO REGISTRAR?
Plano de Lee - planos imaginários que indicam qual a altura do feto dentro do canal de parto
(pelve), tem como plano de referencia ZERO as espinhas ciáticas. A descida da apresentação
deve ser registrada no partograma no eixo correspondente à altura, preenchido por uma
circunferência representando altura da apresentação
Planos de Hodge - são planos imaginários, numerados (algarismo romano) de cima para baixo e
que colocam a altura do feto em relação à vagina no decorrer da evolução do trabalho de
parto.
3º Quadrante - Contrações
- A cada 1 hora, contar quantas contrações acontecem num período de 10 minutos.
■ contração forte: > 40’’
◪ contração moderada: 20 - 39’’
□ contração fraca: 1 - 19’’
DISTOCIA DE PARTOGRAMA
Classificação
- Parto taquitócico
- Fase ativa prolongada
- Parada secundária da dilatação
- Parada secundária da descida
- Período pélvico prolongado
OBS: O parto taquitócico pode ser espontâneo em multíparas, sendo mais raro em primíparas
FASE ATIVA PROLONGADA
- Diagnosticada por dois toques sucessivos, com intervalo de 2 horas ou mais, com a mulher em
trabalho de parto ativo.
- Principal Causa: Desproporção cefalo-pélvica (DCP) relativa ou absoluta
- Relativa – Posição: Deflexão, Transversa, Posterior
- Conduta: deambulação, analgesia (ocitocina), amniotomia, ressuscitação intrauterine,
cesárea.
- Diagnosticada por dois toques sucessivos, com intervalo de 1 hora ou mais, desde que a
dilatação do colo uterino esteja completa.
- Dilatação cervical completa
- Cessação da descida > 1h
- Contrações adequadas
- Principal Causa: Desproporção cefalo-pélvica (DCP) relativa ou absoluta
- Conduta - ressuscitação intrauterina, cesárea.
PERÍODO PELVICO PROLONGADO
Rastreamento
- Glicemia de jejum na primeira consulta de pré-natal e entre 24 e 28 semanas de gestação
- Teste Oral de Tolerância a Glicose (TOTG) com 75 g (exame de melhor sensibilidade e
especificidade para diagnosticar DMG)
Outros Fatores:
- Níveis séricos baixos de 25(OH) vitamina D.
- Menarca antes dos 11 anos.
- Distúrbios do sono.
Fisiopatologia
- Caracterizada pelo aumento da resistência periférica à ação insulínica e incremento na
produção de insulina pelas células beta pancreáticas.
- Esse aumento da resistência ocorre em virtude da secreção placentária de hormônios
antagônicos à ação da insulina (hormônio lactogênico placentário, de crescimento, cortisol, o
estrogênio e a progesterona) e de enzimas, as insulinases, que quebram as cadeias de insulina.
- A partir da 24ª semana gestacional: aumento na produção dos hormônios hiperglicemiantes,
aumentando a resistência periférica a insulina e levando a hiperinsulinismo, diminuição das
reservas de glicogênio e gordura e aumento da gliconeogênese. Ocorre elevação da glicemia, a
fim de suprir as necessidades fetais.
Diagnóstico de DM em Gestantes
Tratamento
- Dieta
- Exercícios físicos
- Insulinoterapia
- São pontos de destaque: freqüência das consultas, controle metabólico materno e a avaliação
do bem-estar fetal.
- As consultas de pré-natal devem ser quinzenais, do diagnóstico de DMG até a 32ª semana e,
assim por diante, semanais até o parto;
- Controle glicêmico materno é realizado em todas as consultas de pré-natal e é realizado pelo
perfil glicêmico (PG) de 24 horas, nas gestantes usuárias de insulina e de 12 horas, nas
controladas com dieta e exercício físico;
- Realizar um ultrassom:
* 1º trimestre: para datar a idade gestacional
* 2º trimestre: entre a 24ª/25ª semanas para avaliação da morfometria fetal
* A partir da 30ª semana, deve ser mensal para avaliação da biometria-desenvolvimento fetal,
índice de líquido amniótico (ILA) e grau placentário, com Doppler das artérias umbilical e
cerebral média, de preferência, a cada quinze dias;
- Cardiotocografia anteparto - a partir da 28ª/30ª semana de gestação, semanal
Cardiotocografia (CTG)
- Exame que realiza o registro da frequência cardíaca fetal, atividade uterina, permitindo a
percepção de movimentação fetal.
Doppler
- Exame para avaliar alterações nas carótidas, artérias responsáveis por levar sangue do coração
ao cérebro.
- Realizado como método preventivo.
Amniocentese
- Exame no qual uma amostra do líquido amniótico é retirado para análise.
Cordocentese
- Exame feito a partir da coleta de uma amostra do sangue do feto, obtido no cordão umbilical,
para detectar algumas patologias.
Ultrassonografia e ECO
Perfil Biofísico Fetal (PBF)
- Método dinâmico de avaliação do bem-estar fetal, que se associa à ultrassonografia. Neste
exame.
- Solicitado geralmente no 3º trimestre de gravidez (a partir de 34 semanas),
- Avaliam cinco parâmetros biofísicos: os movimentos fetais, o tônus fetal, movimentos
respiratórios, reatividade da frequência cardíaca e volume de líquido amniótico.
# Pela lei do vínculo à maternidade, a gestante tem o direito de saber, desde o ato da sua
inscrição no programa de as- sistência pré-natal, em qual maternidade realizará o parto e será
atendida nos casos de intercorrência. (Lei do vínculo à maternidade)
# A lei do direito ao acompanhante, em vigor desde 2005, diz que a gestante tem o direito de
ser acompanhada por pessoa de sua escolha durante sua permanência no estabelecimento de
saúde.(Lei do direito ao acompanhante)
IMPORTANTE
* PARTURIENTE TEM O DIREITO de saber sobre seu estado de saúde e sobre os procedimentos
indicados.
* PROFISSIONAL DE SAÚDE TEM A OBRIGAÇÃO de explicar a finalidade de cada intervenção ou
tratamento, riscos e alternativas disponíveis.
IDENTIFICAR ALTERAÇÕES EMOCIONAIS NO PÓS PARTO
* Baby Blues
- Muito comum entre as mulheres.
- Inicia-se na 1ª semana pós parto e tem um pico entre o 4º e 5º dia com duração de até 2
semanas.
- No pós-parto é caracterizado por uma labilidade emocional: instabilidade emocional, tristeza,
euforia, irritabilidade, choro fácil, senso exagerado de empatia, sensação de estranheza, são
alguns dos sintomas.
- Conduta se dá através de tranquilização materna e familiar, aconselhamento com
profissionais capacitados.
* Pertubação na Amamentação
- Trata-se de um sentimento exaustivo e complexo, que ocorre enquanto a mãe amamenta,
podendo ser favorável ao desmame precoce e abrupto.
- É mais comum entre as mães que amamentam dois filhos de idades diferentes ou
amamentações prolongadas.
- Os sintomas aparecem das mais variadas formas enquanto a mãe amamenta, como
formigamento, coceira por todo corpo, angustia, vontade de chorar, raiva, sentimentos dos
quais são difíceis de explicar.
- De acordo com uma nova pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso de
cesariana continua crescendo mundialmente, respondendo agora por mais de um em cada
cinco (21%) partos. Este número deve continuar aumentando na próxima década, com quase
um terço (29%) de todos os partos provavelmente ocorrendo por cesariana até 2030.
- Um dos motivos desse alto índice de cesarianas no país é a falta de informação. O medo de
sentir dor durante o parto normal faz com que muitas mulheres optem pela cesárea, mas os
médicos lembram que, como em qualquer outro procedimento cirúrgico, o risco é maior e a
recuperação mais lenta.
- As cesarianas podem ser essenciais em situações como trabalho de parto prolongado ou
obstruído, sofrimento fetal ou porque o bebê está se apresentando em uma posição anormal.
- Embora uma cesariana possa ser uma cirurgia essencial e que salva vidas, ela pode colocar
mulheres e bebês em risco desnecessário de problemas de saúde em curto e longo prazo, se
realizada quando não há necessidade médica.
- No entanto, como em todas as cirurgias, as cesarianas podem apresentar riscos. Isso inclui o
potencial de sangramento intenso ou infecção, tempo de recuperação mais lento após o parto,
atrasos no estabelecimento da amamentação e do contato pele a pele e maior probabilidade
de complicações em gestações futuras.
- Trata-se de uma expressão criada com conotação preconceituosa que, sob o falso manto de
proteger a parturiente, criminaliza o trabalho de médicos e enfermeiros na tarefa de
atendimento ao parto.