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EMERGÊNCIAS

OBSTÉTRICAS
PROFA. ISABEL FREITAS DOS SANTOS NOBREGA
ALGUMAS DEFINIÇÕES
● Obstetrícia – É a especialidade médica que cuida da gestante
desde a fecundação até o puerpério (pós-parto).
Envolve três fases:
● Gravidez: da concepção ao trabalho de parto
● Parto: período durante o qual a criança e a placenta são expelidos
do corpo da mãe para o mundo exterior.
● Pós-parto (puerpério): período no qual os órgãos de reprodução
restauram suas condições e tamanhos primitivos, durando
aproximadamente seis semanas após o parto.
GESTAÇÃO
1. Pré-termo
Menos de 37 semanas completas (menos de 259 dias) de
gestação.
2. Termo
De 37 semanas a menos de 42 semanas completas (259 a
293 dias) de gestação.
3. Pós-termo
42 semanas completas ou mais (294 dias ou mais) de
gestação.
O QUE SÃO EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS?
São situações que decorre durante a gestação e
que coloca em risco o binômio materno fetal
devido a alguma irregularidade, a qual exige
resposta imediata de toda a equipe que
atenderá a gestante e o feto que se encontram
em risco.
EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS
Pré-
eclampsia

Sofrimento Partos de Eclâmpsia


fetal
emergência

Rotura
uterina
PRÉ-ECLÂMPSIA
1. Definição: hipertensão com > 20
semanas de gestação + proteinúria
2. Sinais e sintomas: ECLÂMPSIA:
- Cefaléia, náuseas, vômitos, turvação Hipertensão + sinais e
visual e dor epigástrica sintomas de pré-
3. Complicações: eclâmpsia associado à
- Descolamento prematuro de convulsão
placenta, insuficiência renal aguda,
eclâmpsia e até mesmo a morte.
PRÉ-ECLÂMPSIA
4. Condutas:
Se sinais e sintomas associado a PA ≥ 160X110 mmHg
-Admnistrar anti-hipertensivo conforme prescrição
médica
Hidralazina 20 mg/ml (1 ampola + 10 ml de AD), fazer
5 ml da solução de 20/20 min, máximo de 4 doses
PRÉ-ECLÂMPSIA
4. Condutas:

PROFILAXIA ANTICONVULSIVANTE (SULFATOTERAPIA):


- DOSE DE ATAQUE: SULFATO DE MAGNÉSIO 50% - 12 ML (6g) + 100 ML
DE SORO GLICOSADO 5% - CORRER EM 30 MIN
- DOSE DE MANUTENÇÃO: SULFATO DE MAGNÉSIO 50% - 24 ML (12g)
EM CADA FASE DE 500 ML DE SORO GLICOSADO 5% (CORRER 2000 ML
EM 24 HORAS)
PRÉ-ECLÂMPSIA
4. Condutas:

EM RELAÇÃO AO FETO, SE MENOR QUE 34 SEMANAS:


QUANTO MAIS TEMPO PUDER ADIAR O PARTO MELHOR!
USO DE CORTICÓIDE (BETAMETASONA OU DEXAMETASONA)
ADMNISTRADO NA MÃE PARA AMADURECER O PULMÃO DO FETO.
SE PARTO PREMATURO, DEIXAR ACONTECER.
SE PUDER ADIAR AGUARDAR ATÉ 37-38 SEMANAS DE GESTAÇÃO PARA
REALIZAR CESÁREA
PRÉ-ECLÂMPSIA
4. Condutas:
SE O FETO >34 SEMANAS, MAS A MÃE TEM SINAIS DE GRAVIDADE:
- ESTABILIZAR A PACIENTE (VERIFICAR SSVV)
- REALIZAR ANTI-HIPERTENSIVO E SULFATOTERAPIA
- PASSAGEM DE SONDA VESICAL DE DEMORA (ENFERMEIRO) E
REGISTRO DE ENTRADAS E SAÍDAS NO BALANÇO HÍDRICO (TÉCNICO
DE ENFERMAGEM)
- PROCEDER PARA O PARTO, PODE SER INDUZIDO PARTO NORMAL SE
BOAS CONDIÇÕES MATERNOFETAIS
ECLÂMPSIA
1. Condutas:
Cuidados gerais (SSVV e observar o volume de diurese na sonda)
Manter o ambiente tranquilo
Decúbito elevado a 30 graus e DLE
Catéter nasal com oxigênio (se necessário)
Puncionar acesso venoso calibroso (jelco 18 ou 20)
Terapias anticonvulsivantes (sulfato de magnésio. Se convulsões
recorrentes pode utilizar a fenitoína)
ROTURA UTERINA

É definido como o rompimento do útero,


causando uma hemorragia que pode ocasionar
a saída da placenta e até mesmo do próprio feto
para a cavidade abdominal.
ROTURA UTERINA
1. Conduta
- Puncionar dois acessos venosos calibrosos
- Reposição volêmica
- Manter vias aéreas pérvias
- Ofertar oxigênio
- Avaliar vitalidade fetal (enfermeiro)
- Parto cesárea/laparotomia de emergência
SOFRIMENTO FETAL AGUDO
É um estado de hipóxia ocasionado no feto diante da queda
súbita do aporte de oxigênio ao mesmo.

CAUSAS:
DIABETES
SÍNDROMES HIPERTENSIVAS
RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO UTERINO
OLIGODRÂMNIO/POLIDRÂMNIO
DOENÇA FETAL PRÉVIA
ROTURA PREMATURA DE MEMBRANAS
SOFRIMENTO FETAL AGUDO
1. Condutas:
Promover melhora na oxigenação fetal:
- Colocar a gestante em DLE
- Ofertar oxigênio
- Admnistrar ringer lactato IV
- Se comprometimento fetal (parto cesárea)
- Se feto estável e a mãe estiver em trabalho de parto,
monitorar o feto com mais frequência
ASSISTÊNCIA AO PARTO DE EMERGÊNCIA
1. Fases do trabalho de parto: SE O TRABALHO DE PARTO/PARTO
ACONTECER NO AMBIENTE PRÉ-
- Pródromos: preparo para o trabalho de parto, menor HOSPITALAR:
que 4 cm de dilatação - SOLICITAR O SAMU (192)
- MONITORAR O TRABALHO DE
- Fase latente: contrações regulares, rítmicas e com PARTO ATÉ A CHEGADA DO
duração progressiva SAMU
- CASO O FETO NASÇA ANTES DA
- Fase ativa: dilatação do colo uterino maior ou igual CHEGADA DO SAMU, DEVE-SE
que 5 cm MANTÊ-LO AQUECIDO E SOB O
SEIO MATERNO
- Fase expulsiva: dilatação completa (10 cm) + puxos - AGUARDAR CHEGADA DO SAMU
PARA CLAMPEAMENTO DO
- Dequitação da placenta: saída da placenta após o CORDÃO UMBILICAL E
parto ENCAMINHAMENTO PARA O
HOSPITAL
ASSISTÊNCIA AO PARTO DE EMERGÊNCIA
1. Fases do trabalho de parto: SE O TRABALHO DE PARTO/PARTO
ACONTECER AMBIENTE
- Pródromos: preparo para o trabalho de parto, menor HOSPITALAR, DEVE SER REALIZADO
que 4 cm de dilatação PELO MÉDICO OU ENFERMEIRA
OBSTETRA.
- Fase latente: contrações regulares, rítmicas e com CONDUTAS PÓS-PARTO:
duração progressiva - ADMNISTRAR OCITOCINA 10 UI
INTRAMUSCULAR NA MÃE
- Fase ativa: dilatação do colo uterino maior ou igual - COLOCAR O RECÉM-NASCIDO EM
que 5 cm CONTATO PELE A PELE E
AQUECER
- Fase expulsiva: dilatação completa (10 cm) + puxos
SE O RN NÃO ESTIVER EM BOAS
- Dequitação da placenta: saída da placenta após o CONDIÇÕES DEVE SER LEVADO E
parto AVALIADO PELO NEONATOLOGISTA

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