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Tucuruí – PA
2022
SUZANE VIANA VEIGA
Tucuruí – PA
2022
SUMÁRIO
RESUMO.......................................................................................................................4
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................5
2 OBJETIVOS...............................................................................................................6
5 METODOLOGIA........................................................................................................7
6 RESULTADOS...........................................................................................................8
7 DISCUSSÃO..............................................................................................................9
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................17
9 REFERÊNCIAS........................................................................................................18
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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
5 METODOLOGIA
6 RESULTADOS
7 DISCUSSÃO
Como dizem os movimentos sociais, “chega de parto violento para vender cesárea”.
Conforme César Victora, 23% das mortes maternas no Brasil podem ser atribuídas
apenas ao aumento nas taxas de cesárea ocorrido desde o ano 2000.
Na negligência em atender mulheres que expressam seu sofrimento (com
choro, gritos, gemidos) ou que pedem ajuda de modo insistente. Existe uma cultura
disseminada nos serviços de que a mulher que chora ou grita recebe pior
assistência, sobretudo aquelas consideradas “descompensadas” ou
malcomportadas, ou ainda aquelas que expressam qualquer desagrado com a
assistência, ou insistem em ser atendidas com urgência. A demora em responder a
estas demandas é associada a riscos aumentados de morbimortalidade materna;
Na hostilidade contra profissionais e mulheres considerados dissidentes do
modelo hegemônico de assistência. Nos casos de transferência de uma casa de
parto ou de um parto domiciliar, os abusos verbais e as demoras no atendimento
tendem a ser maiores. Estes casos são exemplo do que tem sido chamado de
“hostilidade Inter profissional” em estudos realizados em outros países, e constitui
uma ameaça importante à segurança das pacientes; (DINIZ, 2014)
Na hostilidade, negligência e retardo do atendimento às mulheres em situação
de abortamento: quando as equipes identificam ou supõem que o aborto tenha sido
provocado, muitas vezes negam atendimento ou demoram a realizá-lo. A
indisponibilidade de serviços que realizam aborto nas situações em que é previsto
por lei também tem grande impacto na morbimortalidade materna, pois pode levar
muitas mulheres à prática de aborto inseguro; (VENTURE, 2013)
No impedimento à presença de um acompanhante: A maioria das mortes
maternas ocorre durante o parto e no pós-parto (Kassebaum et al. (2014) e,
paradoxalmente, a mulher encontra-se dentro de uma instituição de saúde na quase
totalidade dos casos. A negativa da presença de acompanhantes é uma ameaça à
segurança das mulheres, pois eles poderiam sinalizar de forma enfática aos
profissionais que o estado clínico da paciente se deteriorou. Ainda que possa ser a
diferença entre a vida e a morte e seja assegurado pela lei federal 11.108/2005, esse
direito muitas vezes não é respeitado.
Nos últimos anos, diversos autores propuseram tipificações e classificações
sobre a violência obstétrica, inclusive a OMS, mais recentemente. Entre diversas
tipificações da violência obstétrica, a síntese de Bowser e Hill sobre as formas de
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acontece via educação permanente que tem como ponto de partida o cotidiano do
trabalho. E, no segundo momento, parte da ruptura do ensino de graduação em
saúde pautado em procedimentos técnicos e de evolução dos quadros clínicos para
um território onde a "educação em ato" ocorre através de práticas cuidadoras, com
inovação e centrada no diálogo com o usuário e equipe, buscando criar os nexos
necessários entre saúde, educação e trabalho.
Nesse contexto, a formação do enfermeiro obstetra é um dos meios para a
conquista dessa mudança, exigindo o envolvimento, o empenho e a colaboração de
diferentes atores envolvidos, instituições de ensino, serviços de saúde, entidades de
classes e profissionais. O saber-fazer do profissional deve ser capaz de conhecer e
intervir sobre as diversas situações que permeiam a saúde da mulher, bem como ao
neonato e sua família, com ética, senso de responsabilidade social e compromisso
com a cidadania, de modo culturalmente sensível às diferenças existentes na
população assistida.
Isso torna-se essencial para a mudança do modelo positivista, flexneriano e
tecnocrata de assistência à mulher em predomínio nas práticas em saúde, na
formação de profissionais e no dia a dia das instituições. O cuidado em saúde não
atende às demandas assistenciais fundamentadas na integralidade, na subjetividade
e na individualidade, tampouco contemplam a prática baseada em evidência, tendo
por consequência uma assistência violenta, despersonificada e impessoal.
A humanização e a qualidade da atenção em saúde se tornam importantes
para mudar a realidade atual e fortalecer a capacidade das mulheres frente aos
problemas identificados e de reivindicar seus direitos. Em 1990, o MS investiu na
qualificação e formação do(a)s enfermeiro(a)s obstétrico(a)s, determinando normas
para criação de cursos de Especialização em Enfermagem Obstétrica e a iniciativa
foi fortalecida com a criação de políticas nacionais de atenção à saúde da mulher,
em destaque a Rede Cegonha, instituída pela portaria n o 1.459, implementada em 24
de junho de 2011.
quando necessário nos momentos críticos que possam ocorrer, colocando seus
saberes em serviço e visando o bem estar da mulher e do bebê. (BRASIL, 2001).
Inicialmente, destaca-se o conceito de parto humanizado, que diferente do que
muitos apontam, não se trata de um tipo específico de parto. A humanização do
parto tratase de um processo no qual tem a mulher e o bebê como protagonistas, um
parto livre de qualquer tipo de violência, cercado de amor e afeto, com profissionais
proporcionando conforto e segurança, sempre com muita atenção, respeito e
pautados em evidências científicas para sugerir qualquer intervenção. (ROCHA;
MARINHO, 2019).
Outras formas de parir e nascer são possíveis e deve ser oferecidas a todas
as mulheres. Nesse sentido, as mulheres e usuárias do sistema de saúde brasileiro
reivindicam intervenções urgentes na assistência ao parto e nascimento. Nesta feita,
o parto humanizado elenca sobre si direitos inerentes à reprodução:
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
9 REFERÊNCIAS
Diniz SG. Gênero, saúde materna e o paradoxo perinatal. Rev Bras Crescimento
Desenvolv Hum. 2009;19(2):313-26.
Salgado HO, Niy DY, Diniz CSG. Meio grogue e com as mãos amarradas: o
primeiro contato com o recém-nascido segundo mulheres que passaram por
uma cesárea indesejada. RevBrasCrescimento Desenvolv Hum. 23(2):190-7.