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APÊNDICE II - PLANO DE AULA 3

Dados de identificação da Instituição Concedente


Nome da escola: Escola Estadual Professora Maria Araújo
Diretor(a): Rossana Carla T. dos Santos Araújo
Coordenador(a): Carlos Andre Lucena da Cruz
Tempo da aula: 50 minutos Período: 1
Turma/Ano: 8 A e 8B. 8º ano.
Nome do(a) Estagiário(a): Cristiane Fortes Marks

Objetivos: Que os alunos possam identificar os principais causadores de


distúrbios à saúde respiratória, relacionando causas, sintomas e formas de
prevenção.
EF04CI08, EF05CI06, EF06CI10, EF07CI12, EF07CI13, EF07CI09, EF07CI11,
EF07CI10, EF07CI11, EF08CI01.

Recursos: Livro didático e Quadro.

Sequência didática: Sequência de assuntos que serão abordados na aula:


1) Fazer a chamada dos alunos presentes;
2) Executar os exercícios do ANEXO I;
3) Listar os componentes mais abundantes no ar atmosférico e inferir suas
origens;
4) Listar principais doenças associadas ao Sistema Respiratório;
5) Conversar sobre as consequências do uso de algumas drogas ao
Sistema Respiratório;
6) Discorrer sobre o estilo de vida e a exposição à contaminação do ar.
Iniciarei a aula fazendo a chamada dos alunos presentes. Em seguida, irei
executar os exercícios físicos e de respiração listados no ANEXO I.
Solicitarei que peguem a folha em que constam os exercícios de revisão da
aula anterior e, caso não tenham respondido ainda, aproveitem o tempo que
em escrevo no quadro.
Para orientar a sequência da aula e favorecer a criação de um mapa mental a
respeito do assunto, escreverei, de um lado do quadro os principais
componentes do ar atmosférico que inspiramos: N2 (78%); O2 (fotossíntese/
21%); CO2 (respiração celular e combustíveis fósseis); VAPORES;
MICRORGANISMOS; PARTÍCULAS (poeira, fuligem, microplástico) e GASES
DO EFEITO ESTUFA (CO2, CH4, NOx, CFCs, O3). Do outro lado do quadro
escreverei a lista das doenças mais comuns associadas ao Sistema
Respiratório: RINITE (mucosa nasal); SINOSITE (seios da face); BRONQUITE
(brônquios); ASMA (bronquíolos); PNEUMONIA (alvéolos); ENFISEMA
(alvéolos); DPCOP (bronquite + enfisema); CÂNCER DE PULMÃO;
RESFRIADOS; GRIPES (Influenza); TUBERCULOSE (Mycobacterium
tuberculosis); COVID-19 (coronavírus SARS-CoV-2).
Para a correção dos exercícios, solicitarei que façamos, em voz a alta, a leitura
da frase da primeira questão, já incluindo as respostas corretas nas lacunas, a
qual ficará assim: “Quando os músculos da respiração CONTRAEM o volume
da caixa torácica AUMENTA e a pressão interna DIMINUI, fazendo o ar
ENTRAR, processo este chamado de INSPIRAÇÃO. Na EXPIRAÇÃO, os
músculos RELAXAM, fazendo o volume da caixa torácica DIMINUIR, a pressão
interna AUMENTAR, e o ar SAIR dos pulmões”. Como resposta à segunda
questão, direi que, para sair do nosso corpo, o ar percorre, seguindo em
ordem, os ALVÉOLOS, BRONQUÍOLOS, BRÔNQUIOS, TRAQUEIA,
LARINGE, FARINGE e por fim, a CAVIDADE NASAL ou ORAL.
Para dar início ao assunto da aula, perguntarei a eles: Afinal, o que
respiramos?
Explicarei que o ar atmosférico é composto de diversas partículas, gases e
microrganismos. Os gases mais abundantes são o Nitrogênio (N2) que compõe
cerca de 78%, e o Oxigênio (O2) que compõe cerca 21% do ar que nos rodeia.
Relembrarei que enquanto nós consumimos o açúcar e o O2 e liberamos o
CO2, os seres fotossintetizantes fazem o contrário, armazenando energia em
forma de açucares, através do consumo de CO2, luz e H20 e liberação de O2.
Questionarei se alguém lembra quem faz fotossíntese e confirmarei, afirmando
serem as plantas e as algas. Perguntarei então se alguém sabe dizer a origem
do CO2 presente no ar. Lembrarei que, além de ser um dos produtos da
respiração celular, a principal fonte atual vem da queima de combustíveis
fósseis, que são os derivados do petróleo, carvão mineral e gás natural. O
aumento da concentração atmosférica deste gás e de outros gases e partículas
provenientes da queima desses combustíveis está associada ao efeito estufa.
Mas, de forma mais direta, estão associados a distúrbios em nosso organismo.
A baixa umidade relativa do ar e as substâncias nocivas ao sistema respiratório
como CO, CO2, fuligem e, pasmem, até microplástico, podem causar a
irritação das vias aéreas, reduzindo a atividade de defesa contra agentes
patógenos e a eficiência respiratória.
Solicitarei que abaram o livro didático na página 67 ou na página 88, conforme
o ANEXO II.
Lerei no quadro as doenças respiratórias mais comuns: Rinite (mucosa nasal),
Sinusite (seios da face), Bronquite (brônquios), asma (bronquíolos) e
pneumonia (alvéolos), sendo a rinite e a asma as de maior prevalência, e
explicarei que se caracterizam pela inflamação de diferentes partes do sistema
respiratório, comprometendo a defesa contra patógenos e a eficiência da
respiração. Seguirei citando que, segundo o Ministério da Saúde, “A poluição
do ar é o principal fator de risco de morte por pneumonia em todas as faixas
etárias, perfazendo quase um terço de todas essas mortes”.
Perguntarei se já ouviram falar de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica)
e explicarei que se trata de um conjunto de doenças respiratórias normalmente
relacionadas ao tabagismo, sendo elas a bronquite crônica e o enfisema
pulmonar, uma doença degenerativa que também pode estar associada a
poluição do ar, e compromete a função dos alvéolos, que se tornam maiores e
mais rígidos, dificultando o contato do ar com o sangue. Os alvéolos
comprometidos não retornam ao normal, mas alguns tratamentos e controle de
estilo de vida podem amenizar os sintomas. A adoção de hábitos de vida
saudáveis, como boa alimentação, hidratação e exercícios físicos auxiliam de
forma geral ao corpo, mas não evitam que os efeitos colaterais da exposição
crônica à contaminação se instalem, mas, por outro lado, estes efeitos podem
ser potencializados quando associados ao sedentarismo e má alimentação.
Enfatizarei que o tabagismo está associado não apenas às doenças do trato
respiratório, mas também à diversos tumores, devido à exposição aos seus
componentes tóxicos. Como as vias aéreas são portas de entrada e contato
direto com o sangue, não somente o O2 é absorvido, mas tudo que for capaz
de passar por difusão. Mas a inalação de fumaça em si também é certamente
prejudicial. Inclusive, estudos apontam que fumar maconha está associado a
inflamações crônicas das vias aéreas. Porém, estes estudos não foram
realizados com produto de tráfico, e, associado a estes, podem conter diversas
outras substâncias. Os efeitos adversos da ingestão do tabaco à saúde
respiratória são ainda potencializados pela sua produção e armazenamento
atrelados ao uso de substâncias cancerígenas. Então, se vocês acreditavam
que é tranquilo fumar em vape, estão completamente enganados. Ainda não
existem estudos suficientes demonstrando os efeitos adversos da quantidade
variável de nicotina que eles liber am, além dos compostos utilizados para
estabilização da nicotina, aroma e formação de vapor. Os efeitos já relatados
vão de cefaleia e tosse, a dor torácica e pneumonia. Segundo o INCA, em
cerca de 85% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado
ao consumo de derivados de tabaco. É um câncer extremamente letal, sendo
de apenas 18% a taxa de sobrevivência após 5 anos. Os sintomas mais
comuns incluem tosse, catarro, rouquidão, cansaço e dor no peito, mas não
costumam ocorrer de forma alarmante até que o câncer esteja em estado
avançado. O tratamento depende do avanço e do tipo de tecido afetado,
podendo incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Relembrarei que as vias respiratórias funcionam como um filtro para o ar, se
utilizando de muco, cílios e associação ao sistema linfático. Porém, a depender
da concentração destes, podem ultrapassar a barreira de proteção e vir a se
alojar nas vias aéreas, alvéolos ou até mesmo chegarem a infectar o sangue.
Os sintomas mais recorrentes são coriza, espirros, febre, dor de cabeça,
cansaço e mal-estar geral. Mais comumente, costumamos ter resfriados e
gripes, mas algumas doenças podem ser mais preocupantes, como a
tuberculose e a COVID-19. A Tuberculose é causada pelo Mycobacterium
tuberculosis e acomete os pulmões. O sintoma principal é a tosse, e, quando
não recebe o tratamento adequado, pode ser fatal.
Perguntarei então se eles têm alguma curiosidade sobre a COVID-19.
Explicarei que é causada por variações de Corona vírus, que pode acometer
diversos órgãos e mostra-se frequentemente associada a problemas
circulatórios, cardíacos e pulmonares. Nos pulmões, foram verificadas a
possibilidade de intensa resposta inflamatória nos alvéolos, fibrose e a
presença de coágulos de sangue, dificultando ou impedindo as trocas gasosas.
Em casos de hipóxia (baixa saturação de O2 no sangue) é utilizada a
oxigenoterapia. No início da pandemia, foi emblemático o problema da falta de
oxigênio suplementar a ser fornecido aos pacientes, o que acarretou a morte
de diversos pacientes que necessitavam da ventilação mecânica e a imediata
criação de um protocolo para que não houvesse desperdício em seu uso.
Vou solicitar agora que paremos um pouco para conversar sobre o estilo de
vida da nossa sociedade e como podemos nos prevenir das doenças
associadas ao trato respiratório. Vou direcioná-los a argumentar sobre o uso de
combustíveis fósseis pelo transporte e indústria e pelo uso cotidiano de plástico
e como este já está presente até mesmo pelo ar. Questionarei como cada um
pode agir para auxiliar na redução da emissão de poluentes ao meio ambiente,
como andar de bicicleta, priorizar produtos in natura e reduzir o uso de
plásticos. Também, vou sugerir que argumentem sobre o uso de transporte
público e outros ambientes fechados com aglomerações de pessoas e como a
exposição conjunta aos agentes alergênicos e microrganismos expõe e facilita
a proliferação de epidemias de origem respiratória. Para concluir, vou sugerir
discutirmos sobre a importância da adoção de alguns hábitos como a
higienização da casa, a execução de exercícios respiratórios, a limpeza nasal
com solução salina (como o soro fisiológico), o uso de máscaras e a
manutenção da vacinação em dia podem prevenir o adoecimento do Sistema
Respiratório e até mesmo conter a disseminação de epidemias.
Ditarei as questões avaliativas desta aula e solicitarei que escrevam na mesma
folha que já constam as questões de avaliação das aulas anteriores. Após
todos responderem, discutirei com eles as respostas e solicitarei que me
entreguem as folhas para anexar ao relatório.

Avaliação:
1) Cite os principais agentes causadores de distúrbios ao Sistema
Respiratório, trabalhados nesta aula.
Resposta: Poeira, poluição ambiental, uso de drogas e exposição a
microrganismos.

2) Na sua rotina de vida, o que você faz ou pretende fazer para auxiliar a
manutenção da saúde do seu Sistema Respiratório?
Resposta: A resposta é pessoal, mas espero encontrar citações ao uso de
máscaras, evitar ambientes muito poluídos, reduzir o uso de transporte movido
a queima de combustíveis fósseis, realizar atividades físicas ou exercícios de
respiração, evitar o uso de drogas, manter a casa limpa e fazer a limpeza
nasal.

Referências:
ARBEX, M. A. et al.. A poluição do ar e o sistema respiratório. Jornal Brasileiro
de Pneumologia, v. 38, n. 5, p. 643–655, set. 2012.
BARROS, R.; RAPOSO, L. Efeitos do consumo de cannabis na função
respiratória. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, [S. l.], v. 13, n. 1, p. 85–
90, 2014. DOI: 10.9771/cmbio.v13i1.9934. Disponível em:
https://periodicos.ufba.br/index.php/cmbio/article/view/9934. Acesso em: 15
maio. 2023.
BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças respiratórias crônicas. Cadernos de
Atenção Básica, n. 25. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília:
Ministério da Saúde, 2010. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_respiratorias_cronicas.pdf
CANTO, E. L. e CANTO, L. C. Ciências naturais: aprendendo com o cotidiano
8. 6. ed. São Paulo: Moderna, 2018.
CARNEVALLE, M. R. Araribá mais: Ciências – 8º ano. Organizadora Moderna;
obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna
https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/pulmao. Acesso em: 15
maio. 2023.
CARVALHO, C. R. R. D.E .; TOUFEN JUNIOR, C.; FRANCA, S. A.. Ventilação
mecânica: princípios, análise gráfica e modalidades ventilatórias. Jornal
Brasileiro de Pneumologia, v. 33, p. 54–70, jul. 2007. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/4y7hFzHCx3HwdWpjpD9yNQJ/#
https://bvsms.saude.gov.br/12-11-dia-mundial-da-pneumonia-2/#:~:text=A
%20polui%C3%A7%C3%A3o%20do%20ar%20%C3%A9,de
%20749.200%20pessoas%20em%202019 (acessado em 15/05/2023);
https://cetesb.sp.gov.br/proclima/gases-do-efeito-estufa/ (acessado em
18/05/2023);
https://www.infoescola.com/quimica/composicao-do-ar-atmosferico/ (acessado
em 15/05/2023);
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/enfisema/ (acessado em
15/05/2023);
https://jornal.usp.br/ciencias/microplasticos-na-atmosfera-podem-afetar-
sistema-respiratorio-de-forma-grave/#:~:text=Os%20micropl%C3%A1sticos
%20absorvem%20alguns%20poluentes,formam%20uma%20esp%C3%A9cie
%20de%20biofilme
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/4259.pdf (acessado
em 15/05/2023);
KNORST, M. M.; BENEDETTO, I. G.; HOFFMEISTER, M. C.; GAZZANA, M.
B.. Cigarro eletrônico: o novo cigarro do século 21? J Bras Pneumol, v. 40, n. 5,
p.564-573, 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1806-
37132014000500013. Acesso em: 15 maio. 2023;
MENDES, B.S.; TESSARO, L.M.; FARINACI, V.M.; MOREIRA, V.A.;
SARDENBERG; R.A. COVID-19 & SARS. Ulakes Journal of Medicine [Internet].
2020 Jul 24; vol. 1, p.41-49. Disponível em:
https://revistas.unilago.edu.br/index.php/ulakes/article/view/269 (acessado em
15/05/2023);
MORA, T. C.. Anatomia e Fisiologia humanas. Indaial: Uniasselvi. 213p. 2012.

Anexos:
ANEXO I – Exercícios físicos a serem realizados ao início da aula.
Os exercícios devem ser realizados respeitando seus limites. Caso sintam
formigamentos, tonturas, taquicardia ou dificuldade ao respirar, o exercício
deve ser interrompido e os sintomas comunicados.
1- Fiquem em pé, corrijam a postura, relaxem os ombros e o maxilar e
alinhem os pés com o quadril.
2- Fechem os olhos, coloquem as mãos no abdômen. Mantendo a boca
levemente fechada, respirem pelo nariz. Sintam o movimento que a
inspiração e a expiração provocam. Percebam se o movimento ocorre
em todo o tronco ou se somente expande o tórax e eleva os ombros.
3- Inspirem profundamente pelo nariz, buscando encher a barriga como um
balão. Sintam a movimentação do diafragma. Mantenham esta
respiração durante os próximos movimentos.
4- Façam movimentos circulares com a cabeça.
5- Entrelacem os dedos e ergam os braços, espreguiçando.
6- Entrelacem os dedos e inspirem elevando os braços e ficando na ponta
dos pés.
7- Expirem o ar enquanto descem, trazendo as mãos unidas e espalmadas
à frente do corpo e mantendo levemente flexionados os joelhos e o
quadril.
8- Repitam os itens 7 e 8 por mais quatro vezes.

ANEXO V – Páginas do livro didático

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