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(O Jornal Interno de Saúde é um documento interno do SMS desenvolvido com o objetivo de levar aos
colegas de trabalho informações úteis sobre o tema da Saúde. Lembramos que as informações aqui
contidas não se destinam a prescrever medicamentos e nem induzir os colegas a auto-medicação. Quem
deve avaliar o estado clínico e medicar é o Médico Especialista)
Navarro/2003
Jornal Interno de Saúde
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nariz até aos alvéolos. A destruição é marcada por inflamação, hemorragia e necrose dos tecidos.
As quantidades de SO2 lançados no ar, sobretudo pelos canos de escapamentos de ônibus e
caminhões, provocam irritações discretas mas importantes ao longo prazo. Se o nível do gás for
alto, as pessoas sentem ardência nos olhos, nariz e garganta e, por vezes, tossem.
A mucosa respiratória que atapeta o nariz, a traquéia e os brônquios, enfim a região
chamada de vias aéreas superiores, é muito engenhosa. Possui uma camada celular com vários
tipos de células: as células mucosas e as células ciliadas. As primeiras secretam muco recobrindo
com uma camada fina as vias aéreas superiores; as outras movimentam seus cílios de tal modo
que a camada de muco é continuamente deslocada de dentro para fora, dos pulmões para a boca.
O muco é pegajoso e próprio, portanto, para prender partículas de todo tipo que entram pelas vias
aéreas durante a respiração. Graças ao trabalho das células ciliadas, as partículas ou mesmo
bactérias coladas ao muco não chegam à intimidade dos pulmões mas são expulsas para a boca
e imperceptivelmente deglutidas. Uma vez no estômago, o ácido clorídrico e o restante do tubo
digestivo se encarregam delas. Esse sistema de defesa é chamado de aparelho mucociliar.
O gás SO2 é muito solúvel e ao chegar na mucosa respiratória, transforma-se em ácido
sulfuroso e/ou sulfúrico (pelo contato com a umidade da mucosa) que, mesmo em quantidades
muito pequenas, ao longo do tempo lesam o aparelho muco-ciliar. A doença que provoca é a
tráqueo-bronquite crônica que, depois de certo tempo é irreversível, pois as defesas foram
definitivamente comprometidas.
Hidrocarbonetos
Os HCs constituem uma grande família de substâncias orgânicas compostas de hidrogênio
e carbono. Os combustíveis fósseis, a gasolina e o óleo diesel, têm centenas de HCs alguns
formados por longas cadeias de carbono. Na queima dos combustíveis fósseis a situação persiste:
os gases de emissão da gasolina e do óleo diesel contém muitos HCs distintos, entre eles uma
família especial, a dos hidrocarbonetos policíclico aromáticos (HPAs). Dá-se o nome de
aromáticos a todos os compostos orgânicos que têm núcleo benzênico (benzeno) na molécula.
Chamam-se de cíclicos aqueles compostos que apresentam mais de um anel em sua estrutura,
por exemplo o antraceno, que tem 3 anéis.
HPAs são compostos orgânicos de carbono e hidrogênio que possuem mais de uma
estrutura em anel e, pelo menos, um núcleo benzênico.
Muitos HCs não têm efeitos sobre a saúde, a não ser em concentrações altíssimas que
nunca ocorrem nas poluições atmosféricas. Entretanto, existem HCs que são perigosos por serem
irritantes, por agirem sobre a medula óssea provocando anemia e leucopenia, isto é, diminuindo o
número de glóbulos vermelhos e brancos, e, sobretudo, por provocarem câncer.
Na indústria petroquímica existe o risco das leucemias (câncer do sangue) e, por isso, os
níveis dos HCs perigosos são constantemente controlados. Nas poluições atmosféricas por
automóveis, a correlação entre os níveis de HPAs, densidade de tráfego e incidência de câncer
pulmonar foi demonstrada e, em conseqüência, foram desenvolvidos os catalizadores que
reduzem a quantidade de HPAs emitida pela queima de gasolina e óleo diesel. No Brasil esses
catalizadores já são utilizados.
Aldeídos
Aldeídos são compostos químicos resultantes da oxidação parcial dos álcoois. Assim, o
álcool metanol ao perder um átomo de hidrogênio (a perda de hidrogênio aumenta a proporção de
oxigênio e, por isso, fala-se em oxidação dos álcoois) dá origem ao aldeído fórmico e o etanol, ao
acético:
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nele ficaram presas, os macrófagos e o sistema linfático mantém por um tempo longo as
sujeiras nos pulmões e tecidos adjacentes.
Chumbo
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